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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Seus Direitos Sua Proteção Sua Segurança Brasil Mais Seguro Secretaria de Reforma do Judiciário SRJ CÂMARA DE MONITORAMENTO LOCAL CARTILHA_BRASIL_MAIS_SEGURO20x20cm_2811_17h00.indd 1 28/11/13 20:56

Cartilha Brasil Mais Seguro

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O Programa Brasil Mais Seguro, lançado em 2012 pelo Governo Federal, adota novos paradigmas e coloca em prática ações mais efetivas no combate à violência e à criminalidade no país. A construção de políticas públicas torna-se eficaz à medida que os esforços são voltados à articulação e ao controle integrado das atividades. Para que as ações tenham resultados efetivos é essencial que exista a troca de experiências, a interação e a cooperação entre as esferas envolvidas.

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Page 1: Cartilha Brasil Mais Seguro

MINISTÉRIO DA

JUSTIÇA

Seus DireitosSua ProteçãoSua Segurança

Brasil Mais Seguro

Secretaria de Reforma do JudiciárioSRJ

CÂMARA DE MONITORAMENTO LOCAL

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BRASIL MAIS SEGURO

CÂMARA DE MONITORAMENTO LOCALSISTEMA DE JUSTIÇA

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Presidência da RepúblicaDilma Rousseff

Ministério da JustiçaJosé Eduardo Cardozo

Secretaria ExecutivaMárcia Pelegrini

Secretaria de Reforma do JudiciárioFlávio Crocce Caetano

Chefia de GabineteWagner Augusto da Silva Costa

Departamento de Políticas JudiciáriasKelly Oliveira de Araújo

Assessoria de Justiça Criminal e Segurança PúblicaDiogo Machado de Carvalho

Liane Sodré Borges Fernandes

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Page 5: Cartilha Brasil Mais Seguro

SUMÁRIO

Apresentação 7

Brasil Mais Seguro 8

Articulação com o Sistema de Justiça Criminal 10

Atuação da Secretaria de Reforma do Judiciário 10

Implementação do Brasil Mais Seguro 12

Quem participa? 12

Etapas 12

Quem faz o quê? 12

Câmara de Monitoramento Local 14

O que é 14

Quem pode participar? 15

Como funciona? 15

Princípios orientadores 15

Relatório de Acompanhamento Mensal 15

Capacitação e Prevenção 17

Capacitação 17

Como funciona 17

Quem pode participar 17

Prevenção 17

Serviços oferecidos na Casa de Direitos 18

Outras Ações 19

Apoio ao Controle de Armas de Fogo 19

Referências 20

Abreviaturas e Siglas 21

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APRESENTAÇÃO

O Programa Brasil Mais Seguro, lançado em 2012 pelo Governo Federal, adota novos paradigmas e coloca em prática ações mais efetivas no combate à violência e à criminalidade no país. A construção de políticas públicas torna-se eficaz à medida que os esforços são voltados à articulação e ao controle integrado das atividades. Para que as ações tenham resultados efetivos é essencial que exista a troca de experiências, a interação e a cooperação entre as esferas envolvidas.

A parceria entre os órgãos de Segurança Pública, de Justiça Criminal e do Sistema Prisional é fundamental para priorizar os interesses públicos. Neste sentido, o conteúdo apresentado no manual contribui para estimular a dinâmica das relações intergovernamentais. As informações têm como objetivo apoiar os Estados no processo de implementação da Câmara de Monitoramento de Inquéritos e Processos Judiciais e orientar os órgãos e instituições do Sistema de Justiça Criminal a estabelecer parâmetros para operacionalizar as ações de proteção social.

Atuar de forma articulada na formulação e execução de políticas públicas unifica os comandos e possibilita equacionar as várias instâncias de controle em resposta às demandas sociais, fortalecendo a atividade e promovendo a celeridade da Justiça. Do ponto de vista organizacional, trata-se de estabelecer parâmetros para o desenvolvimento de estratégias nacionais conjuntas, ferramentas imprescindíveis para a eficácia na prevenção e violação dos direitos humanos.

Regina Maria Filomena De Luca Miki Secretária Nacional de Segurança Pública

Flávio Crocce CaetanoSecretário de Reforma do Judiciário

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Page 8: Cartilha Brasil Mais Seguro

BRASIL MAIS SEGUROPacto pela Reduçãode Crimes Violentos

A taxa de homicídios no Brasil, em 2011,

considerando a população total, foi de 27,1

por 100 mil habitantes. Em 2010, a taxa

brasileira era a mais alta, se comparada com

os 12 países mais populosos do mundo, como

China, Índia e EUA, aproximando-se apenas

dos índices do México1. A taxa máxima

admitida internacionalmente é de apenas 10.

Quanto às unidades da Federação, nenhuma

delas tem taxas toleráveis, e algumas chegam

a ser mais que o dobro da média nacional. O

quadro de evolução nacional (fi gura 1) revela

que as regiões Norte e Nordeste tiveram

um crescimento signifi cativo da violência

nos últimos 10 anos, bem acima dos índices

registrados nas regiões Sul e Sudeste do país.

O problema da Segurança Pública é

complexo, de múltiplas causas (ex.: impunidade,

tráfi co de drogas e o crime organizado etc.), e

a sua solução exige o efetivo envolvimento de

diferentes órgãos governamentais, entidades

privadas e sociedade civil. Entre as possíveis

razões estão a defi ciência na gestão das

instituições de Segurança Pública, a ausência

de monitoramento e avaliação das políticas,

a carência de sistema de informações e

estatísticas confi áveis, e a baixa articulação

entre os órgãos de Segurança Pública e o

Sistema de Justiça Criminal.1 Fonte: Mapa da Violência 2013 - Homicídios e juventude no Brasil.

Figura 1. Fonte: SIM/DATASUS, 2010. IBGE Censo, 2010.

O Programa Brasil Mais Seguro, lançado

em 2012 pelo Governo Federal, se insere num

dos oito compromissos do Plano Nacional

de Segurança Pública, do Ministério da

Justiça. Seu objetivo é promover e induzir a

atuação qualifi cada e efi ciente dos órgãos

de Segurança Pública, de Justiça Criminal

e do Sistema Prisional e, com isso, reduzir

a criminalidade e a violência no país. Suas

ações, de médio e curto prazo, constituem um

projeto prioritário, e o modelo foi desenhado

com base em políticas de segurança cidadã

recentemente implementadas em âmbito

nacional. Por meio de ações coordenadas entre

os diferentes níveis de governo, e da integração

45

40

35

30

25

20

15

1000 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Evolução das taxas de CVLI por 100 mil habitantes por região.

e articulação com outras políticas de Segurança

Pública, o Ministério da Justiça pretende

reduzir os índices de CVLI no Brasil, atuando

prioritariamente nos Estados e regiões mais

atingidos pelo fenômeno da violência.

Você sabia?Criminalidade Violenta Letal Intencional - CVLI é uma classifi cação adotada para se referir aos crimes de homicídio doloso, latrocínio e lesões corporais dolosas seguidas de morte.

As ações do Brasil Mais Seguro são

formuladas em nível federal por meio da

Secretaria Nacional de Segurança Pública,

Secretaria de Reforma do Judiciário e

Departamento Penitenciário Nacional, do

Ministério da Justiça, e são acompanhadas

pela Casa Civil, da Presidência da República.

Sua implementação é realizada por meio

de parcerias entre as unidades federais, os

governos estaduais e os Sistemas de Justiça

locais, e envolvem, conforme o caso, a

transferência de recursos fi nanceiros da União

aos entes estaduais.

SÃO TRÊS OS EIXOS DE ATUAÇÃO:

Fortalecimento do Sistemade Segurança Pública.

(SENASP)

Apoio ao Sistema Prisional.(DEPEN)

Articulação com o Sistema de Justiça Criminal.

(SRJ)

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Page 9: Cartilha Brasil Mais Seguro

1. Fortalecimento do Sistema de Segurança Pública, com o aparelhamento das unidades de

perícia forense, reestruturação das unidades

policiais especializadas em investigação de

crimes violentos, inclusive com incremento

de recursos tecnológicos de comunicação

e dados, implantação de bases móveis de

policiamento de proximidade em locais de alta

vulnerabilidade criminal e controle de armas

de fogo;

2. Articulação com o Sistema de Justiça Criminal, por meio da realização de forças-

tarefa, instituição de mecanismos de diálogo

entre os órgãos de Segurança Pública, o

Ministério Público, a Defensoria Pública e os

respectivos Tribunais de Justiça para aumento

da celeridade processual, capacitação de

profissionais envolvidos no sistema e ampliação

de acesso à Justiça; e

3. Apoio ao Sistema Prisional, por meio

de investimentos em melhoria do sistema

penitenciário e redução do déficit prisional:

construção e aparelhamento de unidades

penitenciárias, educação profissional, saúde

prisional, alternativas penais etc.

e articulação com outras políticas de Segurança

Pública, o Ministério da Justiça pretende

reduzir os índices de CVLI no Brasil, atuando

prioritariamente nos Estados e regiões mais

atingidos pelo fenômeno da violência.

Você sabia?Criminalidade Violenta Letal Intencional - CVLI é uma classificação adotada para se referir aos crimes de homicídio doloso, latrocínio e lesões corporais dolosas seguidas de morte.

As ações do Brasil Mais Seguro são

formuladas em nível federal por meio da

Secretaria Nacional de Segurança Pública,

Secretaria de Reforma do Judiciário e

Departamento Penitenciário Nacional, do

Ministério da Justiça, e são acompanhadas

pela Casa Civil, da Presidência da República.

Sua implementação é realizada por meio

de parcerias entre as unidades federais, os

governos estaduais e os Sistemas de Justiça

locais, e envolvem, conforme o caso, a

transferência de recursos financeiros da União

aos entes estaduais.

SÃO TRÊS OS EIXOS DE ATUAÇÃO:

Fortalecimento do Sistema de Segurança Pública.

(SENASP)

Apoio ao Sistema Prisional.(DEPEN)

Articulação com o Sistema de Justiça Criminal.

(SRJ)

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Page 10: Cartilha Brasil Mais Seguro

ARTICULAÇÃO COM O SISTEMA DE JUSTIÇA CRIMINAL

O Sistema de Justiça Criminal no Brasil

é formado pelos subsistemas de Segurança

Pública, Justiça Criminal e Execução Penal.

Assim, participam da sua estrutura diferentes

órgãos e instituições, tanto do Poder Judiciário,

quanto do Poder Executivo, nos três níveis

de governo. As Polícias, incluindo a Perícia,

o Ministério Público, a Defensoria Pública,

os Tribunais de Justiça, e as instituições

integrantes do Sistema Prisional, atuam em

uma cadeia de procedimentos autônomos e ao

mesmo tempo interdependentes, conhecida

como fluxo do Sistema de Justiça Criminal.

Conciliar esses aspectos das instituições com a

prestação de uma Justiça célere e eficiente tem

sido o desafio dos governos federal e estaduais

ao implementar políticas públicas de Segurança

e acesso à Justiça. A estratégia adotada é

a criação de mecanismos de articulação e

integração dos subsistemas e a instituição de

fluxos de informação entre eles, que permitam

que as diferentes competências sejam somadas

e os esforços, uma vez compartilhados, gerem

resultados mais eficientes para todo o sistema.

ATUAÇÃO DA SECRETARIA DE REFORMA DO JUDICIÁRIO

No Poder Executivo Federal, a Secretaria de

Reforma do Judiciário - SRJ, órgão integrante

da estrutura do Ministério da Justiça,

regulamentado pelo Decreto nº 6.061, de

15 de março de 2007, tem como atribuição

institucional a promoção da articulação entre

os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,

os Governos Estaduais, a Sociedade Civil e os

Organismos Internacionais, a orientação e

coordenação de ações e medidas voltadas à

melhoria dos serviços judiciários prestados aos

cidadãos e à modernização da administração

da Justiça brasileira.

Por isso, no âmbito do Programa Brasil

Mais Seguro, coube à SRJ/MJ a tarefa de

articular e integrar os Sistemas de Justiça

Locais (Ministério Público, Defensoria Pública

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Page 11: Cartilha Brasil Mais Seguro

Você sabia?A atuação contínua e vocalizada dos diversos

parceiros nos três eixos apontados tem como meta inicial a melhoria da qualidade no fl uxo de informações entre os sistemas (de Segurança, Justiça Criminal e Prisional), impactando diretamente na celeridade do andamento de inquéritos e julgamento de processos, reduzindo o congestionamento processual e, consequentemente, a impunidade, ao tempo em que aumenta a sensação de segurança na sociedade.

e Tribunais de Justiça) com os Sistemas de

Segurança Pública e Prisional, com vistas à

redução dos índices de congestionamento

de inquéritos e processos judiciais estaduais

relacionados a crimes violentos, especialmente

os de homicídio. A proposta consiste em criar,

nos Estados pactuantes, uma rede integrada

entre as diversas instituições participantes do

Sistema, e gerar entre elas um fl uxo qualifi cado

de informações.

O desafi o da SRJ/MJ ao implementar o

Brasil Mais Seguro é atuar em três grandes

eixos:

GESTÃO

CAPACITAÇÃO

PREVENÇÃO

• GESTÃO - a principal ação desenvolvida

é o apoio à instalação de uma Câmara de

Monitoramento de Inquéritos e Processos;

• CAPACITAÇÃO - prevê realização de

cursos para o aperfeiçoamento da atividade

judicante, voltados para magistrados e

promotores de Justiça;

• PREVENÇÃO - contempla projetos de

ampliação do acesso à Justiça, educação para o

exercício de direitos e formação em mediação

comunitária.

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Page 12: Cartilha Brasil Mais Seguro

Você Sabia?O monitoramento da implementação das

ações, durante a vigência da Cooperação, é feito em conjunto pelas unidades federais, mediantea utilização de mecanismos como visitas técnicas, relatórios mensais de acompanhamento, encontros de avaliação e outros, que possibilitem a identifi cação de eventuais problemas durante o percurso e a correção de rumos, quando necessário.

• QUEM FAZ O QUÊ?

• SRJ/MJ - presta o apoio técnico e

fi nanceiro, diretamente ou mediante parcerias

com outras instituições federais, para a

execução do programa, especifi camente para

o desenvolvimento de projetos de prevenção

da violência, e capacitação de operadores

de Justiça Criminal; fi scaliza, acompanha e

monitora as ações empreendidas, acompanha a

Câmara de Monitoramento Local; articula com

o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho

Nacional do Ministério Público e o Conselho

Nacional dos Defensores Públicos-Gerais;

• Governos Estaduais - se comprometem com

a cessão de servidores para atuar na Câmara de

Monitoramento Local; criação de mecanismo

de integração entre o GGI (Gabinete de Gestão

Integrada) e a Câmara de Monitoramento

Local; disponibilização da logística necessária

ao funcionamento dos mecanismos de

integração, levantamento de dados junto aos

órgãos de Segurança Pública locais; apoio à

implementação de Casas de Direitos por meio

IMPLEMENTAÇÃODO BRASIL MAIS SEGURO

• QUEM PARTICIPA?

Estados da Federação com altas taxas de

criminalidade e violência e vulnerabilidade

territorial.

• ETAPAS:

1) Realização de Colóquio no Estado para

desenho de diagnóstico preliminar, com

levantamento das necessidades locais;

2) Construção conjunta de uma Matriz de

Responsabilidades;

3) Articulação com o Judiciário, Ministério

Público, Defensoria Pública e Governo

Estadual;

4) Assinatura de Acordo de Cooperação, com

defi nição de ações, atribuições, cronograma e

indicadores de desempenho;

5) Monitoramento mensal do andamento

das ações.

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Page 13: Cartilha Brasil Mais Seguro

da cessão de espaço físico e da disponibilização

de serviços da rede estadual de atendimento;

• TJs - são responsáveis por instalar e

coordenar a Câmara de Monitoramento

Local; apoiar ações executivas relacionadas

ao acordo; organizar forças-tarefa/mutirões

judiciais; apoiar a implementação de Casas

de Direitos, por meio do oferecimento

de serviços do Tribunal de Justiça; apoiar

cursos de aperfeiçoamento das atividades

investigativa e judicante; e pelo levantamento

e disponibilização de dados de processos

judiciais em andamento no Tribunal do Júri e

nas Varas Criminais do Estado;

• MP - levantar e cadastrar membros

para integrar forças-tarefa/mutirões;

designar membros para atuar na Câmara de

Monitoramento Local; produzir levantamento

de dados sobre inquéritos policiais de crimes

violentos letais intencionais instaurados,

recebidos, devolvidos ou arquivados; apoiar

a implementação da Casa de Direitos e

outros projetos de prevenção, por meio do

oferecimento de serviços da instituição em

espaços públicos, além de apoiar a realização

de cursos para aperfeiçoamento das atividades

investigativa e judicante;

• DP - levantar e cadastrar Defensores

Públicos que integrarão as forças-tarefa

e apoiar os TJs na realização de mutirões;

designar representantes para atuar na Câmara

de Monitoramento Local; produzir dados

sobre a atuação da Defensoria em processos

da competência do Tribunal do Júri; e apoiar a

implementação da Casa de Direitos.

SRJ/MJ

TJsMP

GovernosEstaduaisDP

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Page 14: Cartilha Brasil Mais Seguro

CÂMARA DEMONITORAMENTOLOCAL

• CONTEXTO

O tempo de processamento criminal na

Justiça brasileira é um fenômeno bastante

discutido entre acadêmicos, especialistas e

profi ssionais da área, que têm apontado para

a necessidade de melhoria no fl uxo do Sistema

de Justiça Criminal.

A agilidade nas investigações, denúncias

e julgamentos de crimes está diretamente

ligada ao bom funcionamento dos órgãos e

instituições responsáveis pela investigação e

processamento dos feitos, pelo cumprimento

das penas e demais medidas estabelecidas

em lei, mas também a uma prática de gestão

integrada e de compartilhamento de ações.

Iniciativas institucionais isoladas em torno

do aprimoramento de processos internos de

gestão tendem a apresentar resultados não

duradouros, com poucos ganhos para o sistema

em geral, já que não promovem mudanças

estruturais.

• O QUE É A CÂMARA?

A Câmara de Monitoramento Local

de Inquéritos e Processos Judiciais é um

mecanismo de gestão integrada e de atuação

em rede desenvolvido nos mesmos moldes das

salas de situação, e dos Gabinetes de Gestão

Integrada, no âmbito da Segurança Pública.

Constitui-se em um canal de diálogo

e interação permanente entre o Sistema

de Justiça Criminal e os órgãos de

Segurança Pública atuantes no Estado, para

acompanhamento de inquéritos e processos

judiciais referentes a crimes violentos letais

intencionais – CVLIs, discussão de estratégias

de atuação, formulação de políticas públicas

para dar celeridade aos feitos e avaliação da

gestão do sistema.

A criação da Câmara de Monitoramento

Local está prevista no escopo do Programa

Brasil Mais Seguro como ação voltada ao

aperfeiçoamento e efetividade do Sistema

de Justiça, à garantia de melhor fl uxo de

informações entre as instituições e à celeridade

processual. A sua instalação e funcionamento é

uma das atribuições do Estado pactuante.

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Page 15: Cartilha Brasil Mais Seguro

• QUEM PODE PARTICIPAR?

A Câmara deve ser composta por, no mínimo,

um representante titular e um suplente do (a):

• Judiciário;

• Ministério Público;

• Defensoria Pública;

• Polícia Judiciária;

• Departamento de Perícia Técnica;

• Governo do Estado;

• Ministério da Justiça.

Você sabia?Não existe composição máxima. Por isso,

sempre que possível, é importante convidar representantes do Município, de organizações da sociedade civil e entidades como a OAB.

• COMO FUNCIONA?

• Formalização da criação da Câmara de

Monitoramento por ato do Presidente do

Tribunal de Justiça e reserva de local adequado

para o seu funcionamento;

• Indicação, pelo TJ, dos integrantes da

Coordenação;

• Envio de ofício, pela Coordenação, aos

órgãos signatários solicitando indicação de

representantes, titulares e suplentes, entre

membros efetivos das carreiras (MP, DP, TJ, PC)

para composição do colegiado da Câmara.

Atenção!

A Coordenação deve ser composta por membros com legitimidade para, em nome da instituição, ofi ciar signatários, solicitar dados, convocar reuniões extraordinárias e demais atos necessários ao fi el cumprimento das atribuições da Câmara.

• PRINCÍPIOS ORIENTADORES:

• Atuação integrada e horizontal;

• Redução da assimetria de informação;

• Criação de um canal de diálogo entre os

sistemas;

• Deliberação por consenso.

• RELATÓRIO DEACOMPANHAMENTO MENSAL

Além do registro das reuniões semanais,

é muito importante que a Câmara de

Monitoramento elabore mensalmente

relatórios descritivos do andamento

dos inquéritos e processos judiciais.

São os relatórios que irão possibilitar o

acompanhamento da evolução do trabalho

desenvolvido e verifi car se houve redução

nos estoques iniciais.

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Page 16: Cartilha Brasil Mais Seguro

O que é preciso constar:

• MP - número de inquéritos instaurados

e finalizados no período, classificados em

recebidos, devolvidos para diligências,

arquivados e com denúncias oferecidas;

• TJ - número de processos distribuídos,

em andamento, pronunciados, suspensos,

arquivados definitivamente e sentenciados,

separados por Vara e Comarca, número de

processos remetidos ao Tribunal, número

de processos julgados pelo Tribunal, taxa de

congestionamento no período, bem como o

número de armas acauteladas aguardando

destruição;

• DP - número de processos judiciais de

crimes violentos letais intencionais em que

atuam, com descrição de Júris e audiências de

instrução realizadas no mês;

• PC - número de inquéritos instaurados,

relatados com e sem autoria, e recebidos com

pedido de novas diligências, tempo médio de

tramitação dos inquéritos (entre instalação e

relatório), representações de prisão temporária

e preventiva, interceptação telefônica, quebra

de sigilo telefônico e de busca e apreensão,

distribuídas entre solicitações feitas e

solicitações atendidas.

Atenção!

Os Relatórios podem ser emitidos separadamente por cada instituição ou constituir um único documento consolidado, desde que sejam apresentados e validados pelo colegiado da Câmara.

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Page 17: Cartilha Brasil Mais Seguro

CAPACITAÇÃO EPREVENÇÃO

Capacitação - mecanismos de cooperação

e compartilhamento de recursos materiais

e humanos para o aperfeiçoamento das

atividades judiciárias, nos termos das

Recomendações nº 28 e 38 do Conselho

Nacional de Justiça, e da Lei nº 11.473/2007.

O Brasil Mais Seguro apoia projetos de

aperfeiçoamento das atividades investigativa

e judicante. Para isso foram realizadas

parcerias com a Escola Nacional de Formação

de Magistrados - ENFAM e com o Conselho

Nacional do Ministério Público - CNMP para

capacitação de profissionais atuantes em

Justiça Criminal.

Os cursos são desenvolvidos com base

em mapeamento das principais dificuldades

constatadas nas investigações e atividade

judicante das Varas de Execução Penal e no

Tribunal do Júri.

O conteúdo oferece aos participantes o

intercâmbio de metodologias empregadas

por outros operadores para a superação de

problemas similares, é disponibilizado por

meio de módulos a distância e/ou presenciais,

gratuitos, e proporciona acesso ao conteúdo

teórico e prático mais atualizado em matéria

de persecução penal, gestão da Execução Penal

e Tribunal do Júri.

• COMO FUNCIONA:

• O Ministério Público e os Tribunais de

Justiça dos Estados signatários do Programa

Brasil Mais Seguro devem selecionar e

cadastrar membros das respectivas carreiras

para participar dos cursos que são oferecidos

de forma gratuita pela ENFAM e pelo CNMP.

O cadastramento pode ser disponibilizado

por meio de chamadas públicas divulgadas

diretamente pelas instituições parceiras.

• QUEM PODE PARTICIPAR:

• Promotores de Justiça, magistrados e,

conforme o caso, servidores vinculados ao

Estado signatário.

Prevenção - apoio a projetos de ampliação do

acesso à Justiça, educação para o exercício de

direitos e formação em mediação comunitária.

O acesso à Justiça é um direito humano

necessário à promoção da equidade econômica

e social, ao exercício da cidadania e ao

fortalecimento da democracia. A ampliação do

acesso à Justiça no Brasil foi elevada a princípio

constitucional com a promulgação da Emenda

Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de

2004, que tornou obrigatória a toda estrutura

do Poder Judiciário a criação de mecanismos

garantidores do pleno acesso do jurisdicionado

à Justiça, em todas as fases do processo.

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Page 18: Cartilha Brasil Mais Seguro

à Justiça e à cidadania às comunidades onde a

sua disponibilização é precária ou inexistente –

são as Casas de Direitos.

• SERVIÇOS OFERECIDOSNA CASA DE DIREITOS:

• Núcleo de Justiça Comunitária - espaço

de mediação de confl itos, informação e

educação sobre direitos humanos e cidadania,

onde o atendimento é realizado por agentes

da comunidade capacitados para tanto –

Governos Estadual e Federal;

• Assistência Jurídica - posto avançado de

atendimento - DP;

• Serviços de ouvidoria, projetos e ações de

promoção da tutela de cidadania e realização

de audiências públicas - MP;

• Ações itinerantes “Programa

Justiça Itinerante” e outros projetos para

democratização do acesso à justiça - TJ;

• Posto de atendimento cartorial, posto

de atendimento do INSS, posto de auto-

atendimento da Caixa Econômica Federal -

Governo e entidades parceiras.

Atenção!Onde não for possível a instalação de

Casas de Direitos, os Núcleos de Justiça Comunitária poderão ser instalados em local escolhido pelo Estado, de acordo com os critérios do Programa,se adequando às necessidades locais.

Entretanto, a democratização do acesso à

Justiça não deve ser entendida apenas como

o acesso dos segmentos sociais ao processo

judicial. É, antes disso, o oferecimento das

condições para que a população conheça, se

aproprie e exerça seus direitos fundamentais

e sociais de acesso a serviços públicos de

educação, saúde, assistência social etc.

Desde a sua criação, a SRJ/MJ tem como

eixo prioritário de atuação a “Democratização

do Acesso à Justiça”, buscando, por meio de

parcerias com o Poder Judiciário, do debate

coletivo com instituições da sociedade civil e

universidades, e de pesquisas realizadas em

conjunto com organizações internacionais,

articular uma política nacional voltada à

democratização do acesso ao Sistema de

Justiça.

Assim, a pactuação do Programa Brasil Mais

Seguro com os Sistemas de Justiça Locais prevê

a instalação de equipamentos públicos em

locais de vulnerabilidade socioeconômica, com

vistas ao oferecimento de serviços de acesso

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Page 19: Cartilha Brasil Mais Seguro

OUTRAS AÇÕES

• Apoio ao Controle de Armas de Fogo:

O Ministério da Justiça realiza o controle

de armas de fogo no país, por meio do Sistema

Nacional de Armas - SINARM, instituído no

âmbito da Polícia Federal, conforme o disposto

no Estatuto do Desarmamento - Lei nº 10.826,

de 22 de dezembro de 2003.

O art. 25 da Lei determina que as armas

de fogo apreendidas, quando não mais

interessarem à persecução penal, devem

ser encaminhadas pelo juiz competente

ao comando do Exército para destruição

ou doação, no prazo máximo de 48 horas,

observada a regulamentação. No entanto,

o alto custo com transporte e segurança do

material tem levado os tribunais a custodiar

mensalmente um número de armas acima da

sua capacidade de armazenamento.

Assim, além do incentivo à cultura da não

violência e ao desarmamento da população,

uma das iniciativas previstas no Programa

Brasil Mais Seguro é dar apoio logístico e

segurança para o transporte dessas armas

até os locais destinados para destruição. Esse

trabalho, realizado através de parcerias com

os Tribunais de Justiça, o CNJ, o Ministério da

Defesa e a Polícia Federal, tem como objetivo

facilitar o descarte de armas apreendidas,

evitando o acúmulo desnecessário de material

e o alto custo do seu armazenamento.

O levantamento do número e a identifi cação

de armas aptas ao descarte devem ser feitos,

em cada Estado, com o auxílio da Câmara de

Monitoramento Local, através do cruzamento

de dados sobre laudos periciais e apreensões

realizadas.

As instituições parceiras devem ainda

promover esforços para que o descarte ou

destruição seja feito com o uso dos meios

adequados e efi cazes disponíveis, tendo em

vista as particularidades regionais.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Justiça. Assessoria

Federativa. Gabinete de Gestão Integrada

Municipal – GGIM. Pronasci (2009);

BRASIL. Constituição da República

Federativa do Brasil. Disponível em:

www.presidencia.gov.br;

BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria de

Reforma do Judiciário. Apresentação “Casa de

Direitos” (2013). Material impresso;

BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria de

Reforma do Judiciário. Apresentação “Ações

SRJ - Justiça Criminal” (2013). Material

impresso;

BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria

Nacional de Segurança Pública. Apresentação

“Brasil Mais Seguro” (2013). Material

impresso;

BRASIL. Portal do Ministério da Justiça.

Disponível em: www.justica.gov.br;

BRASIL. Emenda Constitucional

nº 45, de 30 de dezembro de 2004.

Presidência da República. Disponível em:

www.presidencia.gov.br;

BRASIL. Presidência da República.

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Democratização do Acesso à Justiça

e Efetivação de Direitos: a Justiça

Itinerante no Brasil. Disponível em:

www.ipea.gov.br/redeipea;

BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Plano

de Gestão para o funcionamento de Varas

Criminais e de Execução Penal. Disponível em:

www.cnj.jus.br;

J.J. Waiselfi sz. Mapa da Violência 2013.

Homicídios e juventude no Brasil. Rio de Janeiro. Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos/Flacso Brasil: 2013.

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ABREVIATURAS E SIGLAS:

ACT – Acordo de Cooperação Técnica;

CF – Constituição Federal;

CNJ – Conselho Nacional de Justiça;

CNMP – Conselho Nacional do Ministério

Público;

DP – Defensoria Pública;

ENFAM – Escola Nacional de Formação de

Magistrados;

MERCOSUL – Mercado Comum do Sul;

MP – Ministério Público;

OAB – Ordem dos Advogados do Brasil;

PC – Polícia Civil.

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