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Clube do Povo no Jardim Conquista, região leste de Goiânia DIÓGENES FIDEL MARÇAL

Clube do Povo Região Leste Goiânia Goiás

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  • Clube do Povo no Jardim Conquista, regio leste de Goinia

    DIGENES FIDEL MARAL

  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

    DIGENES FIDEL MARAL

    Clube do Povo no Jardim Conquista, regioleste de Goinia

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    Anpolis2015

  • DIGENES FIDEL MARAL

    Clube do Povo no Jardim Conquista, regio leste deGoinia

    Trabalho de concluso de curso apresen-tado a Faculdade de Arquitetura e Urba-nismo da Universidade Estadual de Goiscomo parte dos requisitos necessrios obteno do ttulo de Arquiteto e Urbanista

    Orientador: Gilson David

    Anpolis2015

  • Sumrio

    1 Introduo e Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

    2 Lazer - Importncia do lazer na sociedade . . . . . . . . . . . . . . 62.1 Histria do Lazer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62.2 Lazer na contemporaneidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

    3 Panorama geral dos clubes scio-recreativos no Brasil . . . . . . 9

    4 Clube do Povo I, um clube da Prefeitura de Goinia . . . . . . . . 12

    5 Uso e manuteno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    6 Jardim Conquista e bairro adjacentes . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    7 Referncias Projetuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227.1 Referncias Projetuais 1 - Clube de Tnis . . . . . . . . . . . . . . 227.2 Referncias Projetuais 2 - Centro Esportivo . . . . . . . . . . . . . 25

    8 O Lugar, Jardim Conquista e entorno . . . . . . . . . . . . . . . . 278.1 Vias e acessso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 278.2 Topografia e Hidografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 288.3 Cheios e Vazios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 298.4 Terreno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    9 Diagnstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

    10 Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3210.1 Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3210.2 Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3210.3 Partido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

    Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

  • 4

    1 Introduo e Justificativa

    Recentemente a Praa Cvica, em Goinia, foi repaginada afim de melhorar daqualidade dos espaos urbanos da capital goiana, a prtica de construtoras construirou reformar equipamentos e espaos pblicos em parceria com prefeitura melhorandoa qualidade de vida e valorizando o entorno imediato frequente nos setores Marista eBueno, gigantescos parques repletos de equipamentos como o Parque Flamboant, noJardim Gois, Parque Vaca Brava, no Setor Bueno e Parque Cascvel, entre o ParqueAmazonas e Jardim Atlntico so motivos de encantamento e orgulho para quem moraem sua rendodezas, e de fato estruturas planejadas para gerar lugares de lazer econvvio social melhoram a qualidade do espao urbano, desde que o morador consigamanter o alto custo de moradia inflacionado por esses equipamentos, se mudarmos delocalizao e falarmos de equipamentos pblicos nas periferias, em especial a regioleste de Goinia veremos uma diminuio drstica de espaos pblicos, at mesmosos equipamentos urbanos de primeira necessidade, como hospitais, postos de sade edelegacias.

    As cidades so compostas por reas urbanizadas que abrigam a popu-lao de melhor poder aquisitivo e por reas com pouca e/ou sem urba-nizao, habitada pelas classes populares. Isso constitui uma violnciaorganizada contra a populao empobrecida em geral e, principalmente,contra a juventude, que vive em uma espcie de priso social. (TRIN-DADE, 2009, p. 13)

    A ausncia de espaos pblicos que proporcionem qualidade de vida para apopulao influencia diretamentamente na formao do carater de crianas e adoles-centes da regio. Os pais enfretam extensas jornadas de trabalho e depois enfretamhoras ao percorrerem o trajeto casa trabalho, principalmente os que dependem detransporte pblico, enquanto os filhos, quando no esto na escola, ficam totalmentedesprovidos de cuidados de adultos e sem prticamente nenhuma opo saudvel delazer, assim abrindo possibilidades para envolvimento com drogas e marginalidade.

    Para Ribeiro (2004), os agentes que determinaram e determinam a construoe expanso de Goinia so os poderes pblicos e privados. Quando o setor privadomelhora um espao garantindo infraestrutura (lazer, incluso) geralmente tal elemento limitado por uma barreira social - tomemos exemplo do parque Flamboyant que cercado por predios de alto padro e os condomnios fechados que isolam em mini-cidades muradas com segurana e infraestrutura proprias). Por outro lado, o poderpublico geralmente falha em produzir espaos de lazer de qualidade para o morador,fruto de uma serie de fatores e interesses politicos conflitantes. Ento. por objetivo

  • Captulo 1. Introduo e Justificativa 5

    deste trabalho, 1- definir o conceito de lazer e sua importncia para o contexto docidado; 2- Diminuir as barreiras entre espao privado e espao publico; 3- fazer usoda arquitetura para melhorar a qualidade de vida da populao em nivel local.

    O projeto Clube do Povo uma iniciativa da Prefeitura de Goinia com objetivode levar o prtica esportiva e o lazer para populao da regio onde est implantado,principalmente a crianas e idosos. Nas duas sedes que esto em funcionamentoem 2015 possvel encontrar piscinas (adulto e infantil), campos de futebol, quadraspoliesportivas cobertas, parquinhos infantis, reas de churrasco, salo de dana,lanchonetes, hortas comunitrias, praas e rea verde, disponveis gratuitamente parapopulao, como exceo do aluguel do espao de quadras e sales para eventosprivados.

    A primeira sede do Clube do Povo foi inaugurada em 2007, informaes daSecretaria de Esporte e Lazer de Goinia, que tambm busca a reforma do segundoclube que era o antigo clube da ABO (Associao Brasilira e Odontlogia) e existe umaprocesso licitatrio para o Clube do Povo 3.

    Dentro desse contexto venho propor a construo de um clube de lazer, queatenda a comunidade local com suas demandas de espao de convivncia social,prtica de esportivas, locais de apreciao e preservao da natureza afim de possibili-tar hbitos mais dignos e saudveis a quem nunca teve a qualidade de vida vendidanas regies mais elitizadas da cidade.

  • 6

    2 Lazer - Importncia do lazer na sociedade

    2.1 Histria do Lazer

    O que conhecemos hoje como tempo livre e tempo de trabalho fruto deuma conquista de revolues sindicais do sculo XIX. Antes da Revoluo Industral,perodos de trabalho de at 14 (quatorze) horas dirias eram comuns, trabalhadoresno tinham direito a descanso e relacionamento social. Com o advento das mquinase modelo de Ford, que configura-se de oito horas de trabalho, oito horas de descansoe oito horas de lazer, ento lazer e entreterimento passar a ser elementos na vida degrande parcela da populao. (COSTA; STUMPP; SARTORI, 2011)

    [ . . . ] a revoluo dos costumes que se baseou em trs novos ele-mentos intimamente relacionados: diminuio das horas de trabalho e,consequentemente, aumento das horas de cio; elevao do nvel sala-rial em virtude de maior rendimento em um menor tempo de trabalho;e a incapacidade de empregar adequadamente o tempo livre. (SILVA,1971, p. 10, apud MENOIA, 2000, p.8)

    Com as mudanas que ocorrem no dia-a-dia da sociedade ps RevoluoIndustrial, passa a existir uma busca por atividades para se exercer durante o tempode cio, entre o trabalho e descanso, nos quais os ambientes de entreterimento, quemais propuseram lazer se destacaram os; clubes aquticos e de prticas esportivas,cinemas, teatros, parques e praas.

    Em 1988 a Constituio Brasileira institui o lazer como um dos direitos bsicodo cidado, jogando por terra qualquer espcie de mentalidade que fosse em direooposta cultura do lazer, e consequentemente aumentando a quantidade de espaospara suas prticas.

    2.2 Lazer na contemporaneidade

    De acordo a leitura de MENOIA (2000), sobre a definio de lazer do francsDUMAZEDIER (1976) o lazer completo se constitui de aspectos, de livre escolha; semfins lucrativos, prazeroso, e supera espectativas alm de ser categorizado por quatrotipologias organizadas pelo tempo dsponvel para prtica deste, sendo: lazer do fim dodia; do final de semana; do final do ano e do fim da vida.

    Considerando o cenrio brasileiro, Marcellino (1987) afirma que no lazer noexiste busca por uma recompensa diferente daquela que provocada pela prpria

  • Captulo 2. Lazer - Importncia do lazer na sociedade 7

    situao e que o tempo disponvel meio possibilitador da prtica ou comtemplaodo lazer.

    Na atualidade grande parte do lazer associado a um poltica capitalista econsumista onde necessrio pagar, por um determinado perodo para apreciamentodessa prtica, o que gerou um grande impulso na multiplicao desses empreendimen-tos para lazer, o lazer dos nossos tempos tornou-se funcionalista e comercializado(MENOIA, 2000, p. 11), o que no implica que no existam outros tipos de ambientes,como parque e praas que so de acesso gratuito, ambientes comunitrios comoquadras esportivas que podem ser mantidos por uma gesto governamental ou comu-nitria, alm de uma infinidade de espaos virtuais para uma sries de tipos de lazercomo jogos, redes sociais, msicas, videos, etc. valido resaltar que o custo comercialtem pouca relao, com a qualidade/intensidade do lazer proposto, apesar de que emsua maioria o mesmo surgir como pago.

    O lazer levou a cultura e a prtica de hbitos que por sua vez resultaram nanecessidade da criao de espaos de recreao, convivncias sociais, prticas espor-tivas e reunio de operrios e sindicatos, mais tarde levado ao nvel da cidade, ondeLe Corbusier (1976) diz que a cidade no s um espao para se viver e trabalhar,mas tambm tem que reservar ambiente para que as pessoas cultivem seu corpo eesprito, algo que mais tarde contriburia para o surgimento de vrias praas e parques.

    Toda e qualquer experincia de Lazer se desenvolve no interior de espa-os e equipamentos, de modo em que as atividades de Lazer dependeme so sensivelmente demarcadas pelos ambientes onde acontecem.Estes espaos remetem a um problema para o setor pblico que, aoplanejar uma poltica de lazer, deve considerar os equipamentos j exis-tentes, a disputa pela apropriao do territrio ocupado e as condiesdo espao social a ser destinado e usufrudo pela populao. (ALMEIDA,2008, p. 9)

    Os espaos projetados para serem ambientes de lazer e entreterimento em suagrande parte impedem o incremento e ampliao das oportunidades de experinciasamplas no mbito do Lazer, o que dificulta a disseminao e a potencializao dacultura e do lazer nos grandes centros urbanos. MEZZADRI, CAVICHIOLLI e Souza(2006, p. 74). Trazendo a tona a reflexo que projetos que envolvam o lazer parauma determinada comunidade deve ter uma maior amplitude de utilizaes tal qualele possa se adaptar ao modelos culturais de quem o usa, e no impor uma formapr-determinada da experincia de lazer, tornando-se desta maneira um espao commaior significncia e aceitao para sociedade para qual voltado. (ALMEIDA, 2008)

    Dentre os espaos fsicos utilizados para na sociedade para obteno de lazerdestaca-se os clubes scio-recreativos por ser capaz de abrigar uma srie de progra-mas como esportes coletivos que abragem grandes nmeros de atletas (futebol, volei,

  • Captulo 2. Lazer - Importncia do lazer na sociedade 8

    basquete), ou com menos pessoas, em duplas (tnis, ping-pong, peteca), e tambmesportes individuais ( natao, atletismo, squash), a estrutura dos clubes tambmpermite a obteno do bem-estar relacionado com prticas para manuteno da sadefsica e mental (caminhadas, exposio a natureza, fuga de rotinas estressantes), almde ser um excelente espao para socializar-se e alimentar-se. Descorreremos maissobre esse tipo de estrutura agora.

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    3 Panorama geral dos clubes scio-recreativosno Brasil

    Os clubes scio-recreativos no Brasil, da maneira como conhecemos hoje,tiveram grande difuso no final do sculo XIX at meados do sculo XX, A ConfederaoBrasileira de Clubes mantm um lista de clubes com mais de 100 anos com atividadeininterrupta, no qual consta um nmero de 125 instituies, sendo a mais antiga,fundada em 20 de agosto de 1821, ou seja, com 194 anos de existncia. Esses fatosretratam a importncia dos clubes no cenrio brasileiro servindo de palco para cultura dapopulao h muito tempo, e como sendo agentes de influncia econmica e polticana comunidade onde est inserido. Camargo e Silva (2009, p.3) defendem que osclubes scio-recreativos no Brasil so uma manifestao democrtica de participaopopular por representar interesses de diversos segmentos sociais como classestrabalhadoras, grupos de imigrantes, inciativa pblica, empreendimentos privados e aburguesia elitizada, abrangido uma gigantesca parcela da sociedade brasileira agindocom influncia diretas ou indiretas.

    Entendemos que as pesquisas envolvendo as polticas setoriais no setorcorporativo so relevantes, pois, em todo o Brasil h cerca de 13.800instituies, denominadas clubes, que possuem sede prpria, tendo emseu quadro associativo uma mdia de mil scios titulares, com umamdia de quatro dependentes por scio titular. Com isso h cerca de53 milhes de pessoas vinculadas aos clubes, quase um tero da po-pulao nacional, conforme aponta a CBC (Confederao Brasileirados Clubes). Estes dados, aliados estrutura dos clubes, que com-posta por equipamentos esportivos (quadras, piscinas, salas de jogos,etc.), programaes com atividades fsico-esportivas e eventos sociais(festas, shows, bailes), alm da possibilidade de maior segurana aoseus frequentadores, numa sociedade como a brasileira, assustada comquestes referentes segurana, so relevantes para ampliarmos oses-tudos do lazer disseminados nesses espaos (Confederao Brasileirade Clubes, 2005).

  • FONTE: CONFEDERAO BRASILEIRA DOS CLUBES (2005), GRFICOS: DIGENES FIDEL (2015)

    MAIS1/4 DA POPULAO UM TOTAL DE

    54 MILHESDE ASSOCIADOS

    27%

    4 DEPEDENTES

    CADA ASSOCIADO POSSUI EM MDIA

    1.000 ASSOCIADOS

    EM MDIA CADA CLUBE POSSUI

    13.800 CLUBES

    BRASIL POSSUI

    PANORAMA DOS CLUBES NO BRASIL 10

  • Captulo 3. Panorama geral dos clubes scio-recreativos no Brasil 11

    Para se manterem os clubes elaboram vrios procedimentos como: aluguelde espaos para publicidade na mdia da entidade, como revistas, internet, cartazes,outdoor, a cesso de salo de festas e outros eventos para mebros associados, para acomunidade em geral, locao de todo o espao do clube desde piscinas at audirios esales para encontros e reunies de empresas, taxas cobradas por servios prestadosaos associados, a arrecadao de maior efeito econmico a cobrana de uma taxamensal dos associados. Essa taxa conhecida como TMD Taxa de Manuteno eDesenvolvimento-, ou taxa de condomnio (SILVA, 2007).

    Haja visto que a maneira de utilizao e a expectaviva de quem utiliza umclube-recreativo se rege de acordo com os aspectos culturais de seu entorno, (CA-MARGO; SILVA, 2009, p. 3) onde notam-se diferentes tipos de grupos que utilizamesses espaos, categorizados segundo Mezzadri (2003) por: 1- Um grupo ligados aaspectos culturais literrios e polticos onde os membros compartilham os mesmosideais; 2- O grupo com alto poder aquisitivo que buscam perpetuar os comportamentosda alta sociedade; 3- O grupo constitudo de imigrantes com inteno de preservar suastradies entre seus membros; 4-E aquele formado pela classe operria que se unempara conquistar direitos e se auxiliar nas dificuldades da classe.

  • Fonte: Autor, 2015Figura 1 - Clube o Povo

    4. Clube do Povo I - Prefeitura de Goinia

    O Clube do Povo(Figura 1), loca-lizado na Rua VF esquina com a Rua Samir Hellow, no Setor Alto do Vale, na Regio Noroeste da cidade de Goinia (Figura 2), oferece para comunidade local aulas de alongamentos, ginstica localizada, natao, hidroginstica, dana, treinamento funcional, aferi-o de presso arterial, jogos, cami-nhadas, alm de ser aberto ao publico geral nos nais de semana.

    O terreno divide espao com uma escola de ensino primrio tambm administrata pela prefeitura, onde os alunos aproveitam do espao do clube para atividades recreativas propostas pelos professo-res. A entrada (Figura 3) nos guia para administrao/secretria do clube, que segue para as piscinas, ou para a quadra coberta, que tambm utilizada para sediar diversos tipos de eventos.

    N

    Fonte: Google Maps, 2015, Editado

    Fonte: Autor, 2015

    Figura 3 - Recepo do clube a esquerda e da escola a direita

    Figura 2 - Localizao do Clube do Povo

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  • 4. Clube do Povo I - Prefeitura de Goinia

    Escola MunicipalAlto do Vale

    QuadraPoliesportiva

    PiscinasHorta

    Piscinas infantil

    AdministraoSalo de

    dana

    Campo deFutebol

    reas dechurrasco

    Vestirio

    Acesso

    N

    Fonte: Autor, 2015

    Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015

    Figura 5 - Idosos aps aula de hidroginstica

    Figura 4 - Setorizao

    Figura 6 - Aula de natao

    Como monstrado na setorizao (Figura 4), existem 7 piscinas para diferentes usos, sendo 3 maiores para uso adulto, geralmente para uso da hidroginstica (Figura 5)e as outras 4 so piscinas infantis (Figura 6), com dife-rentes profundidades para serem utilizadas de acordo com a idades das crian-as. Durante os dias de semana existem professores que coordenam atividades de natao e hidroginstica, durante os nais de semanas o clube aberto para toda a comunidade para uso livre.

    13

  • 4. Clube do Povo I - Prefeitura de Goinia

    Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015

    Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015

    Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015

    Figura 7 - Campo de Futebol Figura 8 - Quadra poliesportiva

    Figura 9 e 10. - Espao da quadra sendo preparado para aniversrio de um lider religioso da comunidade

    Figura 11 - Churrasqueira Figura 12 - Horta Comunitria

    Entre as piscinas e o vestirio existem dois espaos para churrasco (Figu-ra 11) com duas churrasqueiras, cada, que podem ser usados gratuitamente pela comunidade desde que agendado, a quadra poliesportiva (Figura 8, 9 e10) aberta apra prtica de esportes e pode ser locada para eventos, o clube do povo ainda possui um campo gramado de futebol (Figura 7) e uma horta comunitria (Figura 12).

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  • 15

    5 Uso e manuteno

    A partir de um estudo de quando e por quem utilizado o Clube Escola daPrefeitura de So Paulo, realizado por Frota (2005), onde apesar de ser um clubevoltado para o uso de crianas nota-se (Figura 13) que os idosos o tilizam muitomais o espao que qualquer outra faixa etria, principalmente durante os dias desemanas, alm de ser assiduos frequentadores com casos de idosos que frequentaeste clube por mais de 30 anos. Entende-se assim que um clube municipal alm deatender a demanda de lazer e esporte dos jovens da regio, ele deve apresentar totalcompatibilidade e planejamento para atender a terceira idade.

    Figura 13 Clube Escola Prefeitura de So Paulo

    FROTA, Thais, 2005

    Um clube necessita de manutenes e cuidados dirios e conseguir verba paramanter o local em funcionamento um verdadeiro desafio, para ajudar a prefeitura comestes custos vivel que o programa de necessidades inclua estruturas que geremrenda para o espao estas manutenes. Uma proposta ser um espao de locaopara festas com suporte at para 300 pessoas sentadas, que poderia ser utilizadocasamentos, formaturas, reunies e econtros de empresas dentre outros eventosdiversos.

  • Captulo 5. Uso e manuteno 16

    De acordo com o cerimonial (PIRES, 2015), (Tabela 1), um projeto de um es-pao que abrigue at 300 pessoas sentadas pode ser alugado por at R$ 9.000,00,considerando que o salo seja alugado uma nica vez ao ms no valor mnimo consi-derado pela tabela, e no considerando reajustes futuros, a locao do espao teriaaproximadamente R$ 5.500,00 por ms para ajudar na manuteno e nos custosgerados.

    Tabela 1 Coleta de Preos para espaos de festas em Goinia, reajuste de 50% em mdiaemapenas 3 anos.

    Espao 2012 2015

    Chcaras simples 600,00-1.800,00 900,00-2.500,00

    Chcaras estruturadas 2.000,00-4.000,00 2.600,00-5.000,00

    Chcaras alto padro 4.000,00-8.000,00 5.100,00-12.000,00

    Espao simples 800,00-2.500,00 5.100,00-12.000,00Espaos estruturados para at 200conv.

    1.500,00-3.000,00 4.000,00-6.500,00

    Espaos estruturados para at 300conv.

    3.000,00-4.500,00 5.500,00-9.000,00

    Espaos estruturados para mais400 conv.

    5.000,00-18.000,00 7.500,00-21.000,00

    Fonte: e Acesso em10/10/2015

    Como foi dito antes, existe um processo licitatrio para a contruo de um ter-ceiro Clube do Povo, dados ( SEMEL, 2015) SEMEL (Disponvel em , Acesso em 18/11/2015), en-to prope-se a construo da terceira sede do Clube do Povo em uma rea de posseda prefeitura de Goinia localizada no Jardim Conquista, hoje totalmente abandonada,servindo somente como espao para acumulo de lixo e foco do mosquito transmissorda dengue, no qual seria uma chave fundamental para revitalizao da regio doentorno do Jardim Conquista, melhorando em a qualidade do espao, fortalecendo olao com educao e esporte das crianas e jovens da comunidade, contribuindo parasade dos moradores e trazendo nova visibilidade para futuras melhorias.

  • 17

    6 Jardim Conquista e bairro adjacentes

    O Jardim Conquista est nas proximidades do Rio Meia Ponte, na Regio Lestede Goinia e faz divisa com os Setores Jardim Dom Fernando I, Jardim Dom Fernando IIe Jardim das Aroeiras, pode ser associado tambm por Favela do Buraco, (Figura 4) predominamente constitudo por familias de baixa renda, casas simples, inacabadase de estrutura frgil, caladas, quando existentes, so irregulares e estreitas, onde possvel o caminhar de apenas uma pessoa por vez.

    Figura 14 Favela do Buraco em 2004 .

    Foto: Marcelo Meirelles

    Segundo SILVA (2000, p. 17) e o instituto Labhab a ocupao organizada doJardim Conquista ocorreu em setembro de 1993, em um terreno de 138.794,77 m,dentro de uma rea de preservao ambiental, de propriedade particular. Dois mesesdepois, a rea foi declarada de interesse social para fins de desapropriao pelomunicpio, o projeto do bairro finalizado em 271 lotes, levou em considerao a atualocupao e algum espaos de preservao gerando alguns casos de relocao, o quecausou diversos conflitos sociais. Em 1994 implantado sistema de rede eltrica e

  • Captulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 18

    iluminao pblica que utilizada at hoje pelos moradores, j a pavimentao do setorfoi completada na administrao do prefeito Iris Rezendo no ano de 2006.

    A pequena extenso territorial do Jardim Conquista no apresenta nenhumavia arterial (com fluxo intenso de veiculos e que liga diversos destinos), no entornoconsideramos como as vias coletoras a rua JDF-217, no Jardim Dom Fernando II porser o acesso a transporte pblico mais prximo do bairro e tambm neste bairro arua Padre Jos Bonifcio, que mesmo apresentando o mesmo estreimamento queas vias locais, que j so mais estreitas que o recomendado para cidade, possui umgrande movimento devito a alta concentrao do comrcio gerando fluxo de veculose pedestres. O via arterial mais prxima a Avenida Anpolis que relativamentedistante para quem caminha, mas bem prximo pra quem trafega por algum veculo,no prolongamento da Av. Anpolis ela se torna Av. Manchester dando acesso ao JardimNovo Mundo (o maior bairro da regio leste) que por sua vez desgua na AvenidaAnhaguera que possibilita acesso para BR-153, sendo essas as nicas rotas de acessopara a parte mais centralizada da cidade.

    Figura 15 Rua e calada estreita no setor Dom Fernando II

    Autor, 2015

    O setor faz divisa com a regio de reserva de proteo ambiental das margensdo Rio Meia Ponte que no possui nenhuma barreira para acesso, essa reserva possuialgumas minas dgua que geram pequenas lagoas naturais (que usualmente so palcopara o lazer de crianas). Nas proximidades de uma dessas minas pode-se encontrarsofs domsticos inseridos por algum popular(Figura 5), mostrando que os moradoresutilizam o espao dentro da reserva como uma alternativa ao lazer e socializao. Umaoutra prova deste uso da area de proteo, foi a construo de um campo de futebol(Figura 6) pela prpria comunidade e que logo aps foi atuada e multada pela prefeiturade Goinia devido ao desmatamento causado.

  • Captulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 19

    Figura 16 Mobilirio inserido por moradores.

    Fonte: Autor, 2015

    Figura 17 Campo de terra construdo por moradores.

    Fonte: Autor, 2015

    A regio possui uma grande altitude comparada a regio central, que aliadocom a proximidade do rio Meia Ponte, gera um grande desnvel por todo bairro, ondetodas ruas so ingrimes e as bocas de lobo devem apresentar estruturas mais robustaspara receberem grande quantidades de gua de enxurradas (Figura 7). Apessar destaconfigurao topogrfica e das estreitas vias, o bairro possui um traado de quadrasregular, formando a maior parte das vias retilineas, apenas os lotes de esquinastendem a fugir do padro retangular e aprensentar tamanho maiores que 200m.

  • Captulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 20

    A existncia de lotes vagos praticamente nula, mesmo que as habitaes sejambem rsticas, a maioria absoluta de lotes possuem construes. O gabarito oscilaentra 1 e 2 pavimentos, raramente encontramos edifcio com 3 andares, visto queo Setor Dom Fernando II possui uma extensa gama de edificios comerciais comoSupermercados, restaurantes, lan houses, lojas e galerias ao longo da rua Padre JosBonifcio que atende bem a demanda de consumo do Jardim Conquista, acaba porpermitir que o bairro se constitua de um perfil residencial e pacato, possuindo apenasdois equipamentos de uso coletivo, um deles p CMEI Jardim Conquista (Figura 8), naRua Gois, recm inaugurado que faz divisa com a rea de proposta de interveno,e a poucos metros de distnicia, na Rua So Jos uma cooperativa de reciclagemgerenciada pela PUC-Gois.

    Figura 18 Bocas de lobos para um alto fluxo de enxurradas.

    Fonte:Google Street View, 2015

  • Captulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 21

    Figura 19 CMEI Jardim Conquista, recm inaugurado

    Fonte: Autor, 2015

  • O Rio Yonjiang, batiza com seu nome Clube de Tnis Yonjiang (Figura 20), construdo em suas margens, clube este que alm de ser um espao para prtica de esportes contendo duas quadras de tnis (Figura 21), um espao de contempao do rio, praas, areas verdes e todo seu entorno permitindo acesso dos pedestres que ali passam, atravs de escadarias (Figura 22) abertas ao pblico que facilmente chegam ao mirante. Atendendo tambm uma demanda urbana de uma grande cidade, o edifcio tambm capaz de abrigar mais de 300 veculos em seu estacionamento, de maneira a no prejudicar a arborizada paisagem nem o uxo de para quem caminha pela regio.

    Figura 20 - Clube de Tnis Yonjiang

    Figura 21 - Quadra de Tnis Figura 22 - Escadaria Figura 23 - Acesso as quadras

    Fonte: JINGANG, Zhang, 2013Fonte: JINGANG, Zhang, 2013Fonte: JINGANG, Zhang, 2013

    Fonte: JINGANG, Zhang, 2013

    10. Referncias Projetuais10.1. Clube de Tnis Yongjiang - Zhang Jingang

    22

    Arquitetos: Zhang JingangLocalizao: Ningbo, Zhejiang, ChinaEquipe de Projeto: WangCun, ,FangWei,Wang Yunhai, WangJun, Hu Yingjianrea: 15843.0 mAno do projeto: 2013Fotograas: Zhang Jingang

  • Figura 25- Corte esquemtico

    Fonte: JINGANG, Zhang, 2013

    Fonte: JINGANG, Zhang, 2013, editado

    10.1. Clube de Tnis Yongjiang - Zhang Jingang

    23

    Acesso Pedestre

    N

    Acesso VeculosEdicioRampa acesso subsolo/trreoEstacionamento (subsolo)

    Rio Yongjiang

    Zhang Jingang d total prioridade de uso do clube para o pedestres geran-do uxo independentes de vias de trnsito, implantando uma espessa massa verde por todo edicio e seu entorno, criando espaos para contemplao para proveito dessas reas e para e posiciona o um consideravel estacionamento, como visto na setorizao (Figura 24 e 25), totalmente no subsolo am de priori-zar a paisagem natural do entorno e gerar mais espaos de convivncias para quem faz uso do clubo ou de outros equipamentos do entorno.

    Figura 24 - Setorizao

  • Fluxo de PedestreFluxo de VeculosLuz Solar

    Ao caminhar em direo ao edcio o usurio tem a opo de seguir seu trajeto passando por cima do edicio e continuar o seu percurso atravs de uma esca-daria que d continuidade a massa verde at a cobertura (Figura 26), porm ele convidado a permanecer devido ao mirante (Figura 27) que proporciona uma agradvel vista de do rio Yonjiang, do entorno arborizado, praas e da cidade. O espao da cobertura tambm oferece mesas para repouso a sombra de arvores.

    Fonte: JINGANG, Zhang, 2013, editado

    Fonte: Autor, 2015

    10.1. Clube de Tnis Yongjiang - Zhang Jingang

    24

    Figura 26 - Fluxo e insolao

    Figura 27 - Mirante

  • Este espao esportivo (Figura 28) ven-cedor de um concurso pblico internacional para os IX Jogos Sul-Americanos de 2010, se localiza em Medelln, na Colmbia, que uma cidade referncia quando se trata se transfor-mar espaos complexos, como era a 20-30 anos atrs, com um dos maiores ndices de criminali-dade do mundo, toda falta de estrutura de transporte, sade e eduo e conseguir trans-formar o cenrio catico com um planejamen-to urbano estratgico se tornando uma exce-lnte cidade para morar. Fazendo parte deste o conceito o centro esportivo, no somente um espao para sediar atletas renomados durante as competi-es, tambm um espao urbano repleto de praas (Figura 29) para incentivar a permann-cia do usurio existe uma parede perfurada (Figura 30) que permite quem est de fora per-ceber o que acontece do lado de dentro, atraem crianas, jovens e adultos para usufrui-rem do espao.

    10.2. Unidade Esportiva Atanasio Girardot - Giancarlo Mazzanti e Felipe Mesa

    Figura 29 - Projeto incentiva o uso pblico atravs de praas no entorno do centro

    Fonte: Iwan Baan, 2009

    Fonte: Iwan Baan, 2009

    Figura 30 - Parede permite que seja visualizado o que acontece nas quadras

    25

    Figura 28 - Unidade Esportiva de Medelln Fonte: Iwan Baan, 2009

  • Os arquitetos utilizaram da regio montanhosa onde se encontra Medelln e utilizar como partido de concepo da forma do centro esportivo (Figura 33), que possue uma cobertura ondulada que remete a superfcie irregular do local. As aberturas criadas por essas ondu-laes (Figura 31) na cobertura so estrat-gicamente posicionadas para no pega-rem incidncia solar direta e receberem a melhor ventilao para o ambiente e ainda se estendem alm das quadras e arquiban-cadas para criar um caminho (Figura 32) sombreado e protegido de chuvas para quem passa por fora do local, tornando-se assim ume excelnte local para se fazer passeios urbanos independnte da clim-tica.

    Fonte: Iwan Baan, 2009

    10.2. Unidade Esportiva Atanasio Girardot - Giancarlo Mazzanti e Felipe Mesa

    Figura 31 - Ocilaes da cobertura permite a entrada de luz e ventilao

    Figura 32 - Marquises de proteo para adversidades temporais

    Fonte: Iwan Baan, 2009

    Fonte: Iwan Baan, 2009

    26

    Figura 33 - Partido gerado pela topograa do entorno

  • Rio M

    eia

    Pon

    te

    Jardim Conquista

    Jardim AroeirasVila Maltide

    Vila Concrdia

    Parque das Amendoeiras

    Vila Pedroso

    Jardim Dom Fernando I

    Grande Retiro

    Font

    e: G

    oogl

    e M

    aps,

    edi

    tado

    Jardim Dom Fernando II

    Via de Alto Fluxo

    Via Coletora Comercial

    Linha de nibus atual

    Proposta de linha de nibus

    Ponto de nibus

    Terreno da proposta

    O acesso principal a regio leste se d pela avenida Anpolis, e para chegar aos bairros do entorno Avenida-de Padre Jos Bonifcios (Figura 34) que apesar de estreita possui um grande mo-vimento comercial, sendo o principal ponto de abastecimento da regio, o restante das vias so de baixo uxo (Figura 35) com uso predominante apenas dos moradores. Quem mora nas regies mais perifericas dos setores Jardim Conquis-ta, Jardim Aroeiras e Dom Fernando II tem que caminhar bastante para chegar em um ponto de transporte pblico. notavel que com a chegada de um clube na regio se torna necess-ria uma nova proposta de rota, de prefe-rncia uma nova rota, visto que a atual por passar em uma quantidade grande de bairros sofre srios problemas com superlotao, no atendendo os bairros nem pela distncia dos pontos, nem pela quantidade de nibus necessria para um transporte pblico necessrio. No mapa temos uma proposta de uma nova rota, circular que tem seu ponto inicial e nal do Terminal Novo Mundo, percorrendo o interior de bair-ros como Dom Feranando II,Jardim Con-quista e Jardim das Aroerias

    9. O Lugar, Jardim Conquista e entorno9.1. Vias e Acessos

    27

    Figura 34 - Avenida Padre Jos Bonifcio de perl comercial no setor Jardim Dom Fernando II

    Fonte: Autor, 2015

    Figura 35 - Rua de perl padro da regio, pouco uxo e uso de moradores

    Fonte: Autor, 2015

  • Rio

    Meia

    Pon

    te

    Contorno das Quadras

    Linha de topograa

    Rio Meia Ponte

    Terreno da proposta

    Com a proximidade do Rio Meia Ponte os bairros Jardim das Aroei-ras, Jardim Conquista e parte do Dom Fernando II possui um grande desnvel em direo ao curso dgua. As demais regies apresentam perm relativamen-te planos. O posicionamento do terreno referente ao caimento da topograa ameniza o desnivel apresentado, de ma-neira que a diferena do ponto mais alto at o mais baixo de 13 metros. As margens do Rio existe uma massa verde referente a Area de Prote-o Permanente, com alguns pontos de invaso e de interferncia, alm disso temos o convento Me Dolorosa que possui uma consideravel rea perme-vel e de vegetao, entre as edicaes boa parte possui o minimo de permea-bilidade exigido pela prefeitura, as vias so pavimentadas e possuim amplas bocas de lobo (Figuras 36 e 37) para suportar grandes enxurradas que surgem devido a congurao topogr-ca do local.

    Jardim Conquista

    Jardim Aroeiras Vila Maltide

    Vila Concrdia

    Parque das Amendoeiras

    Vila Pedroso

    Jardim Dom Fernando I

    Grande Retiro

    Font

    e: A

    utor

    , 201

    5

    Jardim Dom Fernando II

    9.2. Topograa e Recursos Hdricos

    Fonte: Google Street View, nov/2015

    Fonte: Autor, 2015

    Figura 36 e 37 - Grande porte das bocas de lobo

    28

  • Rua Gois

    Rua Caraj

    Rua So Joo

    Fonte: Autor, 2015

    Residncias Escola Terreno

    Rua Gois

    Rua Caraj

    Rua So Joo

    rea de Proteo Permanente

    Fonte: Autor, 2015

    9.3. Cheios e vazios, Uso do Solo

    Apesar de um gabarito baixo de construo, a regio do entorno da rea muito adensada (Figura 40), so raras as vezes em que se encontra um terreno sem construo, sendo que muitos lotes pos-suem mais de uma casa, chegando at o numero de trs residncias em um nico lote. As caladas e ruas estreitas, (FIgura 42) e a ausncia de vias de grande uxo contribuem para um ambiente de muito adensado, os nicos fatores que contri-buem para o respiro urbano so os espaos de quintais em lotes que possuem uma nica casa pequena e rea de proteo s margens do Rio Meia Ponte. Vrias so as vias que possuem uma pavimentao irre-gular ou encontra-se repleta de buracos (Figura 41) Ao percorrer toda rea do Bairro Jardim Conquista nota-se que a predomi-nncia residencial do uso do solo(Figura 39) no existe absolutamente nenhum ponto comercial, tornando a regio totalmente depende dos setores vizinhos para que os moradores possam fazer as compras da casa ou mesmo comprar alguns pes para uma simples refeio.

    Figura 40 - Perl de adensamento visto a partir da rea de APP

    29

    Fonte: Autor, 2015

    Figura 41 - Pavimentao irregular e burcos na via

    Figura 42 - Rua e calada estreita

    Figura 39 - Uso do Solo

    Figura 38 - Cheios e Vazios

    Fonte: Autor, 2015

    Fonte: Autor, 2015

  • O terreno se localiza tem suas faces viradas para Rua Gois e Rua Caraj no setor Jardim Conquista, Regio Leste de Goinia. Sua rea de aproximada-mente de 13.000m (Figura 43) e suas dimenso quase retangular tem dimen-ses perto de 170x85m . Dentro desse espao atualmen-te encontra-se o recm inaugurado CMEI Jardim Conquista (Figura 44), que ter integrao total com a proposta do clube social, atraindo ainda mais usu-rios e complementando as utilidades dos dois equipamentos pblicos.

    Enquanto o acesso do clube se d pela Rua Gois, onde a insolao (Figura 45) menos incidente, permitin-do uma maior permanncia no local, do outro lado combinando a alta localiza-o da regio leste, com o acentuado declive de terreno e a insolao poente para o lado central de Goinia cria-se um mirante onde o usurio pode acompa-nhar um vislumbrante por-do-sol com o skyline da cidade como leito do astro.

    Vento seco

    Vento mido

    Fonte: Autor, 2015

    Insolao agresiva

    Insolao amena

    Fonte: Autor, 2015

    CMEI Jd. Conquista

    Fonte: Autor, 2015Rua Gois

    Rua Caraj

    Rua So Joo

    rea de Proteo Permanente

    A= 13.000m

    9.4. Terreno, Insolao e Ventos

    Fonte: Autor, 2015

    Figura 43 -Topograa

    Figura 44 - Edicaes

    Figura 45 - Insolao

    Figura 46 - Ventilao

    30

  • 31

    9 Diagnstico

    O bairro Jardim Conquista e seu entorno no possui equipamentos pblicos delazer entreterimento suficientes para atendar a demanda da regio, esse deficit estrutu-ral acaba por trazer precariedade para a regio e viabiliza para jovens o envolvimentocom dogras e trfico. Um espao para atividades de lazer, esporte e contemplaopode revitalizar regies em declneo e incentivar crianas e jovens a terem prticasmais saudveis.

    Problema Diretriz Estratgia

    Necessidade de equipamentode lazer esporte na regioleste

    Proposta um centro esportivo elazer que atenda a comunidadelocal

    Projetar equipa-mento pblicoesportivo

    Terreno abandonado, lixo efocos de mosquito da dengue

    Dar um uso ao terreno abando-nado

    Contruir clube noterreno

    Potencialidade Diretriz Estratgia

    Prefeitura em processo licita-trio para a construo do ter-ceiro Clube do Povo

    Identificar re-gio necessi-tada

    Apresentar terreno de posse da prefei-tura em estado de abandono.

    Populao cria espaos de la-zer e contemplao por inici-ativa prpria

    Adequar forma legalessa prtica

    Dar um espao adequado as normasambientais que possa ser se uso e cui-dado da comunidade local

  • Ambiente Funo Permannica Usurios Mobilirio Quantitade rea Unitria (m) rea Total (m) rea Contruda + 20% (m)Campo de Futebol jogar prolongada 20 a 100 traves, rede, tela de proteo 1 1050 1050 1260Quadra jogar, eventos prolongada at 300 1 1500 1500 1800Playground brincar prolongada at 30 brinquedos diversos 1 100 100 120Churrasqueira comer, cozinhar prolongada at 20 churrasqueira, pia, mesa 2 20 40 48Academia aberta exercitar prolongada at 20 equipamentos diversos 1 50 50 60Piscina Olimpica nadar prolongada at 20 trampolins, escada, boias divisria 1 1250 1250 1500Piscina Adulto nadar, exercitar, brincar prolongada at 50 escada 2 600 1200 1440Piscina Infantil nadar, exercitar, brincar prolongada at 10 escada 2 25 50 60Salo de Dana danar, eventos prolongada at 150 1 150 150 180Lanchonete comer prolongada at 30 mesas, cadeiras, balco, pia 1 70 70 84Vestirios trocar de roupas, banho transitria 24 chuveiro 4 20 80 96Banheiros Social higiene pessoal transitria 20 pia, espelho, bacia sanitria 4 20 80 96Recepo receber prolongada 40 mesa, cadeira, balco 1 20 20 24Estacionamento estacionar prolongada 41 mesa, cadeira, balco 1 522 522 626,4

    Pbli

    co

    Guarita identificar prolongada 1 mesa, computador, cadeira 1 6 6 7,2Depsito armazenar transitria 1 armrio 2 5 10 12Almoxarifado armazenar transitria 1 armrio 1 6 6 7,2Casa de Mquinas armazenar transitria 1 mquinas 1 8 8 9,6Se

    rvio

    Secretaria atendimento, administrativo prolongada 3 mesa, cadeira, computador 1 15 15 18Sala de apoio apoio administrativo prolongada 2 mesa, cadeira, computador 2 9 18 21,6Diretoria administrativo prolongada 1 mesa, cadeira, computador 1 9 9 10,8

    Total(m): 6234 7480,8

    Admi

    nistra

    tivo

    10. Projeto10.1. Programa

    10.2. Conceito

    Dados Tcnicosrea do terreno: 12.068,90m

    Taxa de Ocupao Mxima: 70% (8.447,60m)Taxa de permeabilidade mnima: 20%

    (2.413,60m)rea total da proposta: 6234,00 m

    32

    Trazer para crianas, jovens, adultos e idosos da regio leste de Goinia, um espao de lazer e prtica de esportes, entendendo que o projeto pode vir a ser a nica opo de entretenimento para moradores da regio, sendo que a maioria das regies goianienses possuem equipamentos similares ou de mesma funo, gerando assim uma cidade humana, justa e igualitria. Muito mais que uma opo de lazer o clube busca ser uma alternativa a crianas e adolescentes de classe baixa, que por falta de opes melhores acabam por entrar no mundo das drogas e crimina-lidade, cenrio que pode ser mudado com a proposta de escolas de futebol e futsal, turmas de nata-o, dana de salo, artes marciais entre outras prticas esportivas que a estrutura do clube munici-pal possibilita. Respeitar e cuidar de pessoas idosas, que alm de terem de enfrentar problemas da terceira idade tem que se submeterem a longas viagens em nibus lotados para fazerem uma simples cami-nhada, recomendada por um mdico, para o cuidado e manuteno da sade. Gerar uma ponte de convivncia entre diferentes geraes, avs, lhos e netos que possam ter uma pequena fuga da rotina estressante do dia-a-dia e possam passar momentos felizes juntos com as condies dignas de direito de qualquer cidado.

    Figura 47 - Crianas jogando futebol no Col. Est. Dom Fernando II

    Fonte: Autor, 2012

  • 10.3. Partido

    1. Programa de necessidades

    2. Diviso entre espao aberto e fechado

    ABERTO

    FECHADO

    ABERTO

    FECHADO

    3. Adequao a topograa

    4. Demarcao dos ambientes

    5. Diviso dos ambientes

    7. Perpectiva Volumtrica 8. Planta volumtrica

    6. Posicionamento e adequao dos espaos

    Rua Gois

    Acesso

    Rua Carajs

    N

    Devido a grande quanti-dade de espaos abertos que existem no programa de necessi-dades de um clube, divide-se a distibruio por essas categorias, posicionando espaos cobertos na parte mais alta do terreno e ambientes abertos na parte mais baixa. Logo aps acontece a diviso das subcategorias, que so os ambientes e equipamen-tos do programa e por m ade-qua-se os espaos am de facili-tar acessos e melhor distribuir os equipmentos, gerando a distri-buio de volumes do clube.

    33

  • 34

    Referncias

    SEMEL. Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. Goinia,Gois: [s.n.], 2015. Acesso em 23/11/2015. Disponvel em:.Citadonapgina16.

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    CAMARGO, L. A. R.; SILVA, M. R. D. OS CLUBES SOCIAIS E RECREATIVOS EO PROCESSO CIVILIZATRIO BRASILEIRO: UMA RELAO DE HBITOS ECOSTUMES. In: XI Simpsio Internacional do Processo Civilizador. [s.n.], 2009.Http://www.docomomo.org.br/seminarioDisponvel em: .Citado na pgina 11.

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    COSTA, A. E. da; STUMPP, M.; SARTORI, R. Arquitetura para o lazer: cinemase clubes na Serra Gacha, de 1930 a 1970. In: 9 seminrio docomomo Brasil.[s.n.], 2011. Acesso em 23/11/2015. Disponvel em: .Citado na pgina 6.

    DUMAZEDIER, J. Lazer e cultura popular- Debates. [S.l.]: Perspectiva, 1976. Citadona pgina 6.

    FROTA, T. Idosos e o Lazer. Dissertao (Monografia) Faculdade deArquitetura e Urbanismo de Santos, 2005. Acesso em 23/11/2015. Disponvel em:. Citado na pgina 15.

    MARCELLINO, N. C. Lazer e Educao. [S.l.]: Papirus, 1987. Citado na pgina 6.

    MENOIA, T. R. M. A. LAZER: histria, conceitos e definies. Dissertao (Monografia) Universidade Estadual de Campinas, Campinas, So Paulo, 2000. Acesso em23/11/2015. Disponvel em: . Citado 2 vezes nas pginas 6 e 7.

    MEZZADRI, F. M. O ESPORTE NO BRASIL ENTRE AS DCADAS DE30 50 E SUAS INFLUNCIAS NO DESENVOLVIMENTO DO ESPORTENO ESTADO DO PARAN. ANPUH XXII SIMPSIO NACIONAL DEHISTRIA, Joo Pessoa, Paraba, 2003. Acesso em 23/11/2015. Disponvel em:. Citado napgina 11.

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  • Referncias 35

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    SILVA, M. R. D. LAZER NOS CLUBES SCIO-RECREATIVOS DE CURITIBA/PR:a constituio de prticas e representaes sociais . Dissertao (Mestrado) Universidade Federal do Paran, 2007. Acesso em 23/11/2015. Disponvelem: . Citado na pgina 11.

    TRINDADE, A. M. da. SEGREGAO URBANA EM GOINIA E OS JOVENS DAVILA CORONEL COSME . Dissertao (Mestrado) Universidade Catlica de Gois,Goinia, 2009. Acesso em 23/11/2015. Disponvel em: . Citado na pgina4.

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