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julho 2015 TELLUS APRESENTA PRODUTOS 1 e 2 RELATório PRIMEIRA INFância + SCFV + MAPEAMENTO DOS MUNIcípios

Relatório Primeira Infância - Grupo Tellus + Fundação MCSV

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  • julho 2015TELLUS APRESENTA

    PRODUTOS 1 e 2

    RELATrio PRIMEIRAINFncia + SCFV +

    MAPEAMENTO DOS MUNIcpios

  • NOTA

    O contedo deste relatrio refere-se aos Produtos 1 e 2 do Projeto Vnculos. A estrutura deste, no entanto, no segue necessariamente a ordem estabelecida em contrato com a FMCSV, j que optamos pelo agrupamento temtico, criando uma sequncia fluida para a compreenso do leitor. A meno aos respectivos produtos feita no ndice.

    importante ressaltar que a anlise quantitativa do Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos de 0 a 6 anos est sendo realizada em parceria com o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, e a troca de dados e estudos tm continuidade mesmo aps a entrega desta primeira anlise.

    Equipe Tellus

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 2

  • NDICEP

    2P

    1

    Captulo 1 - Primeira Infncia____________________________________________________________51.1. Teorias e impactos da primeira infncia na vida de um indivduo_____________________________________________6

    1.2. Importncia do vnculo para o desenvolvimento integral infantil____________________________________________16

    Captulo 2 - Proteo Social como Poltica Nacional__________________________232.1. Poltica Nacional de Assistncia Social_________________________________________________________________25

    Captulo 3 - O Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos____303.1. Concepo e objetivos do SCFV_______________________________________________________________________31

    3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos___________________________________________________________________41

    3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros_______________________________________________________________________48

    3.4. Metas e desafios do SCFV e SCFV 0-6_________________________________________________________________61

    Captulo 4 - Pesquisa etnogrfica_____________________________________________________664.1. Principais percepes_______________________________________________________________________________67

    4.2. Mapeamento dos municpios________________________________________________________________________70

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  • Este relatrio compe a primeira entrega do Projeto Vnculos uma parceria entre a Fundao Maria Ceclia Souto Vidigal e o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, com o apoio tcnico do Tellus.

    O material a seguir consolida os principais estudos e aprendizados da fase de diagnstico, em que procuramos compreender o contexto da Primeira Infncia, da Poltica de Proteo Social e do Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos, especificamente de 0-6 anos, objeto de estudo deste Projeto.

    INTRODUO

    Mapear boas prticas do SCFV de 0-6 anos e identificar oportunidades para promover o desenvolvimento integral de crianas em situao de vulnerabilidade em todo o Brasil.

    nosso desafio

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  • Captulo 1

    Teorias e impactos desse momento na vida de um indivduo

    Primeira Infncia

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  • A primeira infncia compreende os anos iniciais da vida de uma pessoa, sendo delimitada, em linhas gerais, pelo perodo que vai desde a concepo at os seis anos de idade. Boa parte do perfil de um indivduo se define na primeira infncia da agilidade do pensamento forma de se relacionar com os outros, passando tambm pelas caractersticas emocionais

    (Marino & Pluciennik, 2013)

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    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.1. Teorias e impactos da primeira infncia na vida de um indivduo

  • um processo globalDesenvolvimento infantil, O desenvolvimento integral da criana um processo global,

    no linear e interligado, que envolve diferentes aspectos: fsico, cognitivo e psicossocial.

    Crescimento do corpo e crebro, capacidades sensoriais, habilidades motoras e da sade.

    CognitivoFsico PsicossocialAprendizagem, memria, linguagem, pensamento, julgamento moral e criatividade.

    Modificaes e estabilidade na personalidade, que promovem as relaes sociais.

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    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.1. Teorias e impactos da primeira infncia na vida de um indivduo

  • Cuidado em rede preciso levar em conta que falar de criana falar de uma rede de cuidado que envolve diferentes contextos, como famlia, casa, comunidade e tambm a sociedade, atravs de setores ligados ao desenvolvimento social - educao, cultura e sade, entre outros.

    Estudos apontam que as experincias adquiridas na primeira infncia podem estar diretamente ligadas s oportunidades que a criana ter ao longo de sua vida. Portanto, fortalecer a rede de cuidado da criana significa cuidar tambm do seu futuro.

    Diversas teorias e conceitos acerca desse universo partem da premissa de que todas as esferas do desenvolvimento infantil esto interligadas.

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    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.1. Teorias e impactos da primeira infncia na vida de um indivduo

  • Sobre o cuidado em redeEntre as diversas teorias sobre o desenvolvimento infantil, existe um consenso de que todos sofrem um impacto na relao com essa rede que envolve a criana.

    Para Piaget, at os 2 anos de idade, perodo de desenvolvimento sensorial e motor, a dependncia da me ou do cuidador total, pois este quem lhe apresenta o mundo. Logo, o sucesso desse desenvolvimento est diretamente ligado ao suprimento de

    necessidades bsicas desse perodo, como: alimentao, abrigo, conforto, afeto e estmulo.

    Para Vigotski, o tempo do desenvolvimento diferente para cada criana, mas sempre se d na interligao de aspectos internos e externos criana, ou seja, o desenvolvimento acontece no s por meio de processos internos, mas na interao destes com condies externas.

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    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.1. Teorias e impactos da primeira infncia na vida de um indivduo

  • Desenvolvimento vs. AprendizadoO entendimento sobre desenvolvimento e aprendizado podem ser vistos de forma conjunta. J que nem um nem outro se d apenas em espaos limitados. Seja no ambiente de mediao pedaggica ou no campo natural e biolgico, todos os saberes e experincias da vida cotidiana devem ser considerados.

    Logo, o cuidar e o educar devem caminhar juntos.

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    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.1. Teorias e impactos da primeira infncia na vida de um indivduo

    [Evidncias] indicam que qualquer tipo de interveno que consiga despertar o interesse dos pais e faz-los estimular, desde cedo, o aprendizado cognitivo e emocional dos filhos tem excelente custo-benefcio

    James HeckmanPrmio Nobel de Economia

    (Entrevista para Educar para Crescer, abril/2015)

  • De acordo com pesquisas do Center on the Developing Child (CDC), da Universidade de Harvard, a arquitetura do crebro a soma de todas essas experincias, positivas ou negativas, que cada um vivncia.

    interessante observar que existe uma curva ascendente de conexes neurolgicas importantes durante a primeira infncia, que comea j no final da gravidez.

    O pico dessa curva, que depende das primeiras experincias de um indivduo, est dentro dos seis primeiros meses de vida.

    Fonte: Nelson 2001; Center on the Developing Child, Harvard University 2012; National Center for Infants, Toddlers and Families 2013

    Logo, quanto melhor forem o desenvolvimento e os estmulos nessa etapa, maior ser a habilidade da criana no uso da linguagem e maior acuidade sensorial, entre outros elementos que lhe serviro durante toda a vida.

    11

    arquitetura do crebro

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015

    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.1. Teorias e impactos da primeira infncia na vida de um indivduo

  • Se fizermos um recorte especfico no olhar para a Primeirssima Infncia - perodo que abrange da gestao aos trs primeiros anos de vida observamos que diferentes estudos da neurocincia apontam esse momento como o mais relevante entre os perodos de desenvolvimento cerebral.

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    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.1. Teorias e impactos da primeira infncia na vida de um indivduo

  • A oportunidade do desenvolvimento integral

    na primeirssima infnciaEm um cenrio de picos de conexes cerebrais e alto potencial de aprendizado, o foco no desenvolvimento integral possui importncia fundamental: a ateno dada por parte dos seus cuidadores, normalmente a famlia, mostra-se central para a formao no s de aspectos fsicos, bem como os cognitivos e sociais.

    Ateno, cuidado, carinho, socializao, rotinas e limites so condies que influenciam diretamente esses aspectos.

    Bebs e crianas precisam vivenciar com regularidade momentos gostosos. Momentos que nutrem a alma em nveis profundos e que ficaro registrados para sempre. Elas sero as chaves para acionar a garra de viver necessria para superar as dores da vida

    Fernanda FriaPsicloga e fundadora do Plauground da Inovao

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    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.1. Teorias e impactos da primeira infncia na vida de um indivduo

  • Porm, grande parte da populao brasileira

    no tem uma real dimenso da importncia dessa fase.

    Parece haver um desequilbrio nas prioridades elencadas essenciais para o desenvolvimento de crianas de zero a trs anos. Os aspectos fsicos tomam importncia maior em relao aos cognitivos e sociais.

    51% 18%

    31% 12%

    Levar ao pediatra

    Receber ateno dos adultos

    Cuidar da alimentao

    Receber carinho e afeto

    *IBOPE. Entrevista quantitativa, total da amostra 2.002 pessoas. Na sua opinio, quais dos seguintes itens so os mais importantes para o desenvolvimento da criana de zero a trs anos? (estimulado - resposta mltipla - trs alternativas)

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    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.1. Teorias e impactos da primeira infncia na vida de um indivduo

  • Nota-se, que no Brasil h uma cultura estabelecida sobre o cuidado referente aos aspectos fsicos do beb, mas os outros pilares ainda precisam ser enxergados com a mesma importncia dentro da perspectiva do desenvolvimento.

    Temos um patrimnio existente: a consulta de rotina valorizada, a vacinao valorizada e a amamentao tambm aparece como uma questo relevante. Resta saber como estes itens ligados ao biolgico se relacionam com a questo maior da interao e do cuidado com a criana

    Anna Maria Chiesa Enfermeira e consultora tcnica da FMCSV

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    (Marino & Pluciennik, 2013)

    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.1. Teorias e impactos da primeira infncia na vida de um indivduo

  • Importncia do vnculo para o desenvolvimento integral na primeira infncia

    Vnculo

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    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.2. Importncia do vnculo para o desenvolvimento integral infantil

  • e qual o aporte para o indivduo?Mas o que vnculo

    O homem humanizado justamente por conta do vnculo afetivo, elo essencial para a construo da relao entre me e beb. Se a me no estiver ligada ao beb de uma maneira consistente, afetiva e espontnea, ele pode no atingir seu desenvolvimento pleno.

    Todo vnculo uma relao, mas nem toda relao um vnculo.

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 17

    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.2. Importncia do vnculo para o desenvolvimento integral infantil

  • Diversos psicanalistas contribuem para a compreenso de como se consolida o vnculo e suas consequncias para o indivduo.

    Para Winnicott, cada um traz o potencial para o desenvolvimento em si. Se este vai se desenvolver, depende do ambiente. Nesse sentido, a me compe uma verdadeira unidade com o seu filho: Ao lhe dar amor, fornece-lhe uma espcie de energia vital, que o faz progredir e amadurecer.

    Melanie Klein considera que os sentimentos vividos pelo beb em seus primeiros anos de vida so cruciais para o bom desenvolvimento da estrutura psquica. O primeiro contato do beb com o objeto/me se d pela amamentao, quando a criana introjeta os aspectos positivos e negativos do mundo externo. Sensaes de gratificao, por exemplo, so construdas quando o beb recebe alimento e afeto.

    Para Bowlby, existe uma forte relao causal entre as experincias de um indivduo com seus pais e sua capacidade para estabelecer vnculos afetivos, inclusive manifestaes de futuros problemas sociais e nos distrbios de personalidade.

    Donald Winnicott Melanie Klein John Bowlby

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    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.2. Importncia do vnculo para o desenvolvimento integral infantil

  • preciso que exista o afeto.Para que exista o vnculo,

    o que a criana sente pelos pais

    o que os pais do aos filhos

    De acordo com a Teoria do Apego de Bowlby, recm-nascidos podem estabelecer relaes afetivas com qualquer cuidador compatvel que seja sensvel e receptivo com eles. A me biolgica , normalmente, a principal figura do apego, mas o papel pode ser tomado por qualquer pessoa que se comporte de uma maneira maternal.

    Para Serge Paugam (Torres, 2013), esse reconhecimento amoroso tem um valor nico e sintetizado no sentimento de autoconfiana. Uma convivncia que promove a autoconfiana nas relaes amorosas aquela onde h certeza de reciprocidade de afetos e cuidados.

    Da perspectiva do desenvolvimento integral infantil, o vnculo afetivo o passaporte para a criana se desenvolver e se tornar independente e segura de si. Mesmo que mes e filhos no estejam sempre juntos fisicamente o lao afetivo invisvel criado estar sempre ali, para que a criana se sinta acolhida e confortvel mesmo longe dela.

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    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.2. Importncia do vnculo para o desenvolvimento integral infantil

  • O vnculo e a

    Relaes entre vnculo e sade infantil tambm tem sido discutidas por estudiosos do desenvolvimento humano.

    Situaes de abuso e negligncia prolongada de crianas podem produzir o que neurocientistas denominam stress txico, condio que tem sido associada ao

    desencadeamento de transtornos emocionais e adoecimento.

    Alm disso, como relata Charles Nelson em seu estudo com crianas romenas em orfanatos, a falta de interao e estmulos de adultos com bebs tambm est relacionada a debilidades fsicas, como nanismo e estrabismo.

    Crianas nessa condio perdem cerca de um ms de desenvolvimento para cada um ou dois meses de negligncia. Em minha primeira visita, vi um beb que parecia recm-nascido, mas depois me disseram que ele j tinha um ano de idade. Crianas que hoje tm 12 anos tm a altura de uma de seis ou sete. Elas tambm tm atrasos no desenvolvimento da linguagem, QI muito baixo; crebros atrofiados e problemas psiquitricos graves

    Charles NelsonPesquisador e professor de pediatria da Universidade de Harvard

    sade fsica e mental

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    (Isto, 2013)

    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.2. Importncia do vnculo para o desenvolvimento integral infantil

  • MESMO SENDO FUNDAMENTAL,

    Para especialistas, existe uma pr-disposio da criana a buscar o outro, mas o adulto precisa estar ciente e disponvel para responder s necessidades da criana.

    Muitas famlias no esto conscientes ou preparadas para que o vnculo se estabelea e por isso necessrio trabalhar uma srie de elementos emocionais que, via de regra, no so observados em servios de pr-natal, puericultura, educao infantil ou, ainda, enxergados como importantes pelas pessoas.

    o vnculo nem sempre acontece de forma natural.

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 21

    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.2. Importncia do vnculo para o desenvolvimento integral infantil

  • As iniciativas de fortalecimento de vnculos vem de encontro a transformao desse cenrio, com o objetivo de tornar o espao das relaes acolhedor e propcio ao desenvolvimento.

    Assim, para que um indivduo possa ser capaz de fazer escolhas pessoais, polticas, afetivas, ele precisa fazer parte de um campo relacional protegido, vivenciando uma situao de igualdade para poder projetar no outro mudanas para si e para a coletividade.

    Valorizao e potncia

    Fortalecimento de vnculos

    Insubordinao e impotncia

    Isolamento social e fragilizao de vnculos

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 22

    Captulo 1 - Primeira Infncia 1.2. Importncia do vnculo para o desenvolvimento integral infantil

  • Captulo 2

    Proteo Social como Poltica Nacional

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 23

  • RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 24

    LINHA DO TEMPO DAProteo Social no Brasil

    Conselho Nacional do Servio Social (CNSS)

    Modelo de Seguridade Social

    PNAS e II NOB

    Tipificao Nacional dos Servios Socioassis-tenciais

    Estudos para formulao da Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS)

    Nova PNAS

    Reordena-mento dos Servios Socioassis-tenciais

    Legio Brasileira da Assistncia (LBA)

    I Norma Operacional Bsica da Assistncia Social (NOB)

    Implantao do SUAS

    Lei Orgnica da Assistncia Social

    IV Conferncia da Assistncia Social e aprovao do SUAS

    Regulam-entao do SUAS

    1938 1985 1998 20091994 2004 20131942 1997 20051993 2003 2011

    Captulo 2 - Proteo Social como Poltica Nacional

  • RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 25

    POLTICA NACIONAL DE ASSISTNCA SOCIAL

    Principais objetivos da PNAS:

    A Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS) estabelecida em 2004 marcou um movimento importante no pas, no sentido de padronizar, qualificar e ampliar os servios de assistncia no Brasil. Ela consolidou as bases para a implementao do Sistema nico de Assistncia Social (SUAS) que, como brao executor da poltica,

    concretizou aspectos importantes regulamentados pela Lei Orgnica de Assistncia Social (LOAS), em vigor desde 1993, a qual atribui ao Estado a responsabilidade de garantir a todos os cidados o acesso aos direitos sociais e servios pblicos e universalizar a oferta da proteo social.

    Prover servios, programas, projetos e benefcios de proteo social bsica e, ou, especial para famlias, indivduos e grupos que deles necessitarem.

    Contribuir com a incluso e aequidade dos usurios e gruposespecficos, ampliando o acesso aosbens e servios socioassistenciais.

    Assegurar que as aes nombito da assistncia socialtenham centralidade na famliae que garantam a convivnciafamiliar e comunitria.

    Proteo Social Incluso e Equidade Convivncia Familiar e Comunitria

    Captulo 2 - Proteo Social como Poltica Nacional 2.1. Poltica Nacional de Assistncia Social

  • A Poltica direcionada para pessoas em situao de vulnerabilidade e risco social, e visa garantir proteo social queles que necessitem, sem contribuio prvia. So casos como:

    Vulnerabilidade social uma condio multidimensional e, para identific-la, a Assistncia Social se baseia em critrios como habitao, trabalho, renda e educao. De acordo com a NOB/SUAS so consideradas as seguintes caractersticas:

    Perda ou fragilidade de vnculos

    Renda familiar per capita inferior a 1/2 salrio mnimo, com pessoas de 60 anos ou mais, ou pessoas com deficincia

    Famlia cuja chefe mulher, sem cnjuge, analfabeta e com filhos menores de 15 anos

    Renda familiar per capita inferior a 1/2 de salrio mnimo

    Famlia com uma pessoa acima de 16 anos desocupada com menos de 4 anos de estudo

    Renda familiar per capita inferior a 1/2 salrio mnimo, com membros de 0 a 14 anos, e responsvel com menos de 4 anos de estudo

    Famlia com um membro entre 10 e 15 anos que trabalha

    Famlia que reside em domiclio com servios de infraestrutura inadequados

    Famlia com um membro entre 4 e 14 anos que no estuda

    Estigmatizao por questo

    tnica, cultural ou sexual

    Violncia domstica ou advinda

    de outros de grupos

    Excluso pela pobreza

    Modo de vida que

    apresente risco pessoal

    e social

    Desvanta-gem pessoal

    decorrente de deficincia

    Dificuldade de insero no mercado de trabalho

    Uso de drogas

    Renda Configurao familiar

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 26

    Captulo 2 - Proteo Social como Poltica Nacional 2.1. Poltica Nacional de Assistncia Social

  • A gesto do SUAS pautada pela descentralizao poltica e administrativa, participao da sociedade e articulao das esferas municipal, estadual e federal no financiamento e execuo das aes. O Sistema est estruturado da seguinte forma:

    Situaes de risco em que houve violao de direitos. Casos como: abandono, abuso sexual, uso de

    drogas, situao de rua, entre outros.

    Unidade responsvel pela organizao e oferta de

    servios de proteo, alm da gesto territorial da rede de assistncia social bsica. Unidade que oferece acompanhamento

    tcnico para as famlias de forma a favorecer a reparao da situao de violncia vivida.

    Servio de Proteo e Atendimento Especializado a Famlias e Indivduos;

    executado pelos CREAS.

    Servios para famlias e indivduos com seus direitos violados, mas

    cujo vnculo familiar e comunitrio no foram rompidos.

    Servios que garantem proteo integral para aqueles que necessitam ser retirados do ncleo familiar ou comunitrio, como: Casa Lar, albergue e medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade.

    Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos

    Servio de Proteo e Atendimento Integral a Famlia; executado pelos CRAS. . Servio domiciliar de

    proteo para pessoas com deficincia e idosos;

    . Programa de incluso produtiva e projetos de enfrentamento da pobreza; entre outros

    PNAS

    PAIF

    Mdiacomplexidade

    Altacomplexidade

    SUAS

    PAEFI

    Preveno de riscos por meio da oferta de programas e servios a indivduos e famlias em situao de vulnerabilidade social.

    Proteo Social Especial

    Proteo Social Bsica

    CRASCREAS

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 27

    Servios de Proteo

    Bsica

    Captulo 2 - Proteo Social como Poltica Nacional 2.1. Poltica Nacional de Assistncia Social

  • 1. Matricialidade sociofamiliarExistem dois fatores fundamentais que regem a gesto da poltica de assistncia social, e valem ser ressaltados:

    A famlia, entendida como um conjunto de pessoas unidas por laos consanguneos, afetivos ou de solidariedade, o espao primeiro de proteo e socializao. Por meio dela so oferecidos cuidados necessrios aos indivduos e nela se criam formas comunitrias de vida, o que torna a famlia um ncleo essencial para a sociedade.

    A centralidade da famlia na poltica de Assistncia Social, se apoia na premissa de que para a famlia proteger e suprir seus membros preciso que ela tenha primeiramente condies de se sustentar. Por isso, o Estado deve desenvolver polticas que possibilitem que a famlia exera o cuidado cotidiano dos seus membros, e que valorizem a convivncia familiar e comunitria.

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 28

    Captulo 2 - Proteo Social como Poltica Nacional 2.1. Poltica Nacional de Assistncia Social

  • 2. TerritorialidadeExistem dois fatores fundamentais que regem a gesto da poltica de assistncia social, e valem ser ressaltados:

    A dimenso territorial entendida para alm da diviso geogrfica do espao. O territrio permeado por caractersticas econmicas, sociais, culturais e histricas, que delineiam a identidade dos indivduos que vivem nesse espao. nele onde se concretizam as relaes sociais e a vida comunitria.

    A gesto da Assistncia Social de forma territorializada permite uma compreenso mais clara dos contextos locais e uma viso mais abrangente dos usurios atendidos pela poltica. Dessa forma possvel ofertar servios adequados s necessidades locais, articulados em uma rede socioassistencial, ao mesmo tempo em que se facilita o acesso dos usurios a esses servios.

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 29

    Captulo 2 - Proteo Social como Poltica Nacional 2.1. Poltica Nacional de Assistncia Social

  • Captulo 3

    O Servio de convivncia e fortalecimento de vnculos

    SCFV

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 30

  • O que : O SCFV um servio contnuo, organizado em grupos, que atende famlias e indivduos que estejam vivenciando situaes de vulnerabilidade e/ou violao de direitos.

    Complementar e diretamente articulado ao trabalho do PAIF (vide pgina 35), o SCFV promove encontros e atividades em grupos, de carter preventivo e protetivo para o fortalecimento de vnculos familiares e comunitrios.

    Objetivos: Trabalhar as questes do territrio (espao, valores, hbitos e referncias) e estimular os usurios a reconstrurem suas histrias individuais, familiares e comunitrias.

    O Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos foi concebido como parte integrante do SUAS, sendo um instrumento de apoio Proteo Bsica.

    Os grupos podem ser divididos de acordo com os ciclos de vida, ou intergeracionais. Eles tambm so heterogneos em sua composio - sexo, presena de pessoas com deficincia, etnia e raa.

    Em casos especficos, o SCFV pode ser realizado na comunidade, de forma itinerante.RELATRIO PRIMEIRA INFNCIA

    TELLUS | JULHO 2015 31

    Captulo 3 - SCFV 3.1. Concepo e objetivos do SCFV

  • A oferta do Scfv est estruturada em trs eixos:

    As aes e atividades devem estimular o convvio social e

    familiar, os aspectos relacionados ao sentimento de pertena, formao da identidade, construo de processos de

    sociabilidade, aos laos sociais e s relaes de cidadania;

    Promove experincias que potencializem a vivncia

    dos ciclos etrios em toda a sua pluralidade;

    Tem como foco estimular a participao dos usurios nas

    diversas esferas da vida pblica, passando pela famlia, comunidade, escola, espaos pblicos, tendo em mente o seu desenvolvimento e o

    seu protagonismo.

    Convivncia social Direito de ser Participao

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 32

    Captulo 3 - SCFV 3.1. Concepo e objetivos do SCFV

  • um espao para... Reconhecer limites e possibilidades

    Aprender e ensinar de igual

    para igual

    Escutar e ser escutado

    Exercitar escolhas

    Tomar decises

    Admirar as diferenas

    Dialogar para resolver

    conflitos

    Construir projetos de

    vida

    Produzir coletivamente

    Valorizaro outro

    Reconhecer e nomear emoes

    33

    Captulo 3 - SCFV 3.1. Concepo e objetivos do SCFV

  • SCFV tem como pblico prioritrio crianas, adolescentes ou idosos nas seguintes situaes:

    Em situao de isolamento

    Em cumprimento de medidas socioedu-cativas em meio aberto

    Egressos de medidas socioedu-cativas

    Situao de abuso e/ou explorao sexual

    Com medidas de proteo do ECA

    Crianas e adolescentes em situao de rua

    Vivncia de violncia e/ou negligncia

    Fora da escola ou com defasagem escolar superior a 2 anos

    Em situao de acolhimento

    34

    Com histrico ou envolvimento com trabalho infantil

    Captulo 3 - SCFV 3.1. Concepo e objetivos do SCFV

  • SCFV paifServio planejado de acordo com os ciclos de vida, de carater preventivo para promover a convivncia e os vnculos familiares e comunitrios.

    Famlias e indivduos em situao de vulnerabilidade e com os vnculos fragilizados. Dividido por ciclos de vida: crianas de 0-6 anos, crianas e adolescentes de 6-15 anos, adolescentes de 15-17, jovens de 18-29 anos, adultor de 30-59 e idosos.

    Complementar o trabalho protetIvo com famlias para prevenir o risco social; prevenir a institucionalizao e segregao; desenvolver atividades intergeracionais.

    No CRAS, Centros de Convivncia, outras unidades pblicas ou entidade referenciada.

    Especfico para cada grupo e/ou ciclo de vida.

    #intergeracional #famlia #convincia #vnculos

    Servio contnuo, executado nos CRAS, para fortalecer o papel protetivo das famlias, para que sejam protagonistas sociais e capazes de responder pelo seu sustento, guarda e educao de seus membros.

    Foco em familias com entes que precisem de cuidados; famlias em vulnerabilidade decorrentes da pobreza e sem acesso a prestao de servios, fragilidade de vnculos e sociabilidade, com direito e ainda no cadastradas em programas de benefcio.

    Fortalecer a funo protetiva da famlia; combater todas as formas de violncia, preconceito e discrimanao das famlias; prevenir a ruptura de vnculos; garantir acesso a servios socioassitenciais.

    Nas Unidades do CRAS, necessariamente.

    No mnimo 5 dias por semana, 8 horas por dia. Necessariamente diurno, podendo desenvolver atividades complementares noite.

    #familia #acesso #proteo #CRAS

    O que

    Objetivos

    Onde

    Palavras Chave

    Quem participa

    Horrio de funcionamento

    35

    Captulo 3 - SCFV 3.1. Concepo e objetivos do SCFV

  • Nota: A identificao dos usurios do SCFV acontece atravs do Cadastro nico do Governo Federal (Cadnico), que realizado no CRAS e gera um Nmero de Identificao Social (NIS), como uma forma de identificar o cidado usurio do Servio e dos programas de benefcio.

    fluxo DO Scfv

    36

    O fluxo de planejamento e execuo do SCFV envolve os trs nveis - federal, estadual e municipal - e est estruturado da seguinte forma:

    Este fluxo ser validado e complementado com as informaes obtidas durante a pesquisa de campo.

    Captulo 3 - SCFV 3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos

    Canais e pontos de contato entre SCFV e usuriosCanais e pontos de contato entre municpios e MDS

  • O SCFV no tem uma identidade visual. De acordo com o MDS, a esfera federal no confecciona materiais visuais para identificao do SCFV, por consider-los dispensveis a execuo do servio.

    O gestor municipal, no entanto, tem autonomia para confeccionar placas, uniformes e outros itens de identificao do SCFV, caso sinta a necessidade. apenas recomendado que utilize o logotipo do SUAS.

    Pontos de contato

    No caso do ponto de contato entre municpios e a gesto do SCFV para o esclarecimento de dvidas, a gesto municipal e a equipe do SCFV so orientadas a contatar a central de atendimento do MDS ou enviar email para a coordenadoria geral do SCFV no MDS.

    Ponto de contato todo e qualquer meio pelo qual o usurio interage ou tem a possibilidade de interagir com o SCFV.

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 37

    Captulo 3 - SCFV 3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos

  • A articulao da rede intersetorial, embora esteja dentre as atribuies do territrio, no est prevista como meta especfica da Poltica Nacional de Assistncia Social. Para que esta acontea de forma ativa o papel da gesto municipal e estadual fundamental, j que uma responsabilidade coletiva e compartilhada

    com as demais Secretarias. A rede intersetorial se materializa pela troca de informaes e comunicao ativa, capacidade de negociao e disponibilidade de se trabalhar conflitos em prol da reduo da vulnerabilidade social.

    Interao com a Rede intersetorial

    Compem a rede intersetorial:

    educao, sade, cultura, esporte, habitao, justia e segurana.

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 38

    Captulo 3 - SCFV 3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos

  • A proposta de criar aes integradas baseia-se no entendimento de que as crianas devem ser compreendidas atravs de uma viso global, e as polticas pblicas no devem consider-las de maneira fragmentada. Com base nessa ideia se deu a proposta de integrao entre o SCFV e o PME para o pblico de 0 a 17 anos.

    Para que as aes ocorram, as escolas participantes do PME e unidades executoras do SCFV devem elaborar um plano conjunto. O plano de ao define para cada uma das partes os fluxos de atendimento e encaminhamento de crianas e adolescentes, a grade horria das atividades, as atribuies dos profissionais envolvidos e a periodicidade das reunies.

    Embora existam diretrizes que destacam a importncia do trabalho em rede, tais iniciativas ainda so pouco difundidas e articuladas entre os executores do SCFV. Entende-se que isso ocorre em parte por conta de estratgias pouco alinhadas com a realidade, linguagem e aes especficas dos CRAS e unidades conveniadas.

    Articulao e integrao do SCFV e o Programa Mais Educao - PME

    FONTE: Instruo Operacional e Manual de Orientaes no 01 SNAS MDS / SEB - MEC, 18 de dezembro de 2014.RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 39

    Captulo 3 - SCFV 3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos

  • Resoluo CNAS n 109/2009 Aprova a Tipificao Nacional dos Servios Socioassistenciais, a qual descreve, entre outros servios, o SCFV, possibilitando a padronizao de sua execuo em todo o pas. Resoluo CIT e CNAS n 1/2013 - Divulga o reordenamento do SCFV, medida que simplifica as regras de financiamento federal do SCFV por meio da unificao do repasse para todas as faixas etrias. A equalizao do repasse permite aos municpios a organizao de grupos de acordo com a demanda local, bem como a otimizao dos recursos.

    O reordenamento tambm busca incentivar a incluso de usurios em situao prioritria (vide pgina 34), estabelecendo metas de atendimento vinculadas ao repasse de recursos.

    Resoluo CNAS n 9/2014 - Reconhece as funes do orientador/educador social e estimula a atuao deste no desenvolvimento de atividades ldicas de convivncia e socializao.

    Portaria MDS n134/2013 - Ratifica os critrios de cofinanciamento federal estabelecidos pela Resoluo CIT e CNAS 1/2013, e institui o Sistema de Informaes do Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos (SISC) como ferramenta de monitoramento de usurios e grupos no mbito do SCFV, servindo tambm como base para o clculo do repasse federal.

    Resolues e diretrizes importantes para o SCFV

    O reordenamento do SCFV favorece a diversificao da oferta de grupos para as diferentes faixas etrias, o que pode ser especialmente positivo para

    crianas de 0 a 6 anos.

    40

    Captulo 3 - SCFV 3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos

  • Captulo 1 - VnculoCaptulo 3 - SCFV

    O Servio de Convincia e Fortalecimento de Vnculos para crianas de 0-6 anos

    SCFV

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 41

  • O SCFV para crianas de 0 a 6 anos tem como foco principal prevenir situaes de excluso social e risco, violncia domstica e trabalho infantil.

    O SCFV acredita no fortalecimento e no empoderamento da famlia como forma de transformao

    social. Por isso as atividades com a faixa etria 0-6 envolvem a participao de um ou mais membros da famlia, reforando a ideia de que o vnculo com o familiar adulto pode proporcionar uma base segura para o desenvolvimento da criana.

    No creche ou pr-escola, pois no deve ser ofertado diariamente ao mesmo grupo de crianas, atuando em horrio complementar a creche ou pr-escola. No funciona como domicilio. No ofecece merenda comunitria. No so festas comunitrias ou piqueniques, pois as atividades requerem continuidade e frequncia.

    O que no :

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 42

    O que o SCFV 0-6

    Captulo 3 - SCFV 3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos

  • O SCFV 0-6 faz parte de um sistema complexo: uma rede com muitos atores de peso e cujas relaes e interaes so bastante diversas.Mapa de Stakeholders

    SCFV 0-6

    Conselho e Secretaria Estadual

    de Assistncia Social

    ONGs efundaes

    Especialistasem famlia

    Especialistasem Primeira

    InfnciaEspecialistas em Desenvolvimento

    Infantil

    Conselho Nacional deAssistncia

    Social

    Programase serviosestaduais

    ECA

    MDS

    CrecheCRAS

    Escola

    CMDCA

    GestoMunicipal

    ConselhoMunicipal

    Juizado demenores

    Delegaciade polcia

    ConselhoTutelar

    Unidadesde sade

    UnidadesReferenciadas

    EntidadesReligiosas e Beneficentes

    Familiares

    EquipeSCFV

    EquipePAIF/PAEFI

    Comunidade

    Famlia

    Crianas

    Vizinhos Cuidadores

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 43

    Captulo 3 - SCFV 3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos

  • Um resumo sobre como funciona o SCFV 0-6Atividades de convivncia, fortalecimento de vnculos e socializao centradas em brincadeiras e experincias ldicas.

    Garantir e fortalecer o vnculo e convvio sociofamiliar; construir novas formas de relacionamento do indivduo com a famlia e com a sociedade; reduzir a incidncia de situaes de risco.

    Crianas em situao de fragilidade de vnculos; residentes em regies com pouca estrutura e oportunidade de convivio familiar e comunitrio; encaminhadas pela Proteo Social Especial; com deficincia e usurios do Benefcio de Prestao Continuada; em famlias beneficiadas por programas de transferncia de renda.

    No CRAS, Centros de Convivncia, outras unidades pblicas ou entidade referenciada.

    Assegurar espao de convvio, afetividade e socializao; incentivar o convvio entre crianas da mesma faixa etria; estimular e desenvolver crianas com deficincia e suas famlias; valorizar e fortalecer a cultura local; criar reflexes sobre a importncia da famlia no desenvolvimento infantil.

    As atividades so executadas por um Orientador Social - profissional de nvel mdio ou superior. O planejamento das aes feito em conjunto com um Tcnico de Referncia - servidor do CRAS de nvel superior, que tambm responsvel pelo acompanhamento das famlias dos usurios.

    Em dias teis, feriados ou finais de semana, com frequncia sequenciada ou intercalada. As atividades tm durao de 1,5 hora por dia, uma ou duas vezes por semana, com horrios adaptveis para garantir a participao de pais e filhos.

    Sala para atendimento individual e em grupos (sala que acomode mais de 25 pessoas). Ambiente fsico limpo, ventilado e colorido, com colchonetes, almofadas para acomodar as crianas. Materiais socioeducativos como jogos, brinquedos pedaggicos e artigos esportivos. Acessibilidade para todos.

    No h metas especficas para esta faixa etria. Ao menos 50% dos usurios atendidos devem estar dentro do perfil prioritrio (vide pg. 34).

    #intergeracional #crianas #brincar #convivncia #vnculos

    O que

    Onde

    Objetivos

    Quem conduz

    Estrutura necessria

    Palavras Chave

    Quem participa

    Benefcios para os usurios

    Horrio de funcionamento

    Metas

    44

    Captulo 3 - SCFV 3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos

  • Brincar a principal linguagem da criana - e tambm a principal ferramenta norteadora para promover a convivncia e fortalecimento de vnculos no SCFV 0-6, sejam eles familiares ou comunitrios.

    A funo do ldico e do brincar no Servio [SCFV 0-6] a de criar e fortalecer vnculos, uma vez que as brincadeiras e o ldico proporcionam diversas experincias de desenvolvimento e de potencializao do desenvolvimento ou do fortalecimento de vnculos para quem se envolve nas atividades

    O Brincar como ferramenta de fortalecimento de vnculos

    Secretaria Nacional de Assistncia Social

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 45

    Captulo 3 - SCFV 3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos

  • Dentre as atividades realizadas esto contao de histrias, desenhos, brincadeiras com massinhas e jogos, teatro, fantoches, msica e dana. Sempre que possvel as atividades devem priorizar o contato fsico.

    Com as crianas Com as famlias Com crianas com deficincia Atividades de socializao e fortalecimento de vinculos atravs do brincar.

    Atividades de orientao e cuidado com a criana, e fortalecimento de vinculos.

    Aes inclusivas e articulao com organizaes locais para troca de informaes e cuidados.

    Violncia na famliaPapis sociaisBrincadeiras adequadasPrticas educativas

    DireitosRede de serviosResoluo de conflitosApoio aos cuidadoresCaractersticas dos membros da famlia

    Temas trabalhados com crianas + famlias

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 46

    Captulo 3 - SCFV 3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos

  • rotina das atividades do SCFV 0-60 31 42 5 6 anos

    2 vezes por semana

    1 vez por semana

    1 vez por ms

    ADULTOS + CRIANAS

    SOMENTE CRIANAS

    ADULTOS + CRIANAS

    SOMENTE ADULTOS

    SOMENTE ADULTOS

    SOMENTE CRIANAS

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 47

    Captulo 3 - SCFV 3.2. O SCFV para crianas de 0 a 6 anos

  • SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

    CONTEXTOExecuo do ServioGesto e Finanas

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 48

  • (Fonte: IBGE, 2010)

    (Fonte: IBGE, 2010)

    (Fonte: CAIXA, jan/2013)

    Populao de 0 a 6 anos por regio

    Porcentagem da populao de 0 a 6 anos beneficiria do ProgramaBolsa Famlia

    CONTEXTO

    Norte 2,2

    milhes

    milhes

    milhesmilhes

    milhes

    Nordeste 6

    Mais de 1/3 da populao de 0 a 6 anos beneficiria do programa Bolsa Famlia.

    Sudeste 7,3Sul

    2,5

    Centro-Oeste 1,5

    190.765.799 19.622.565Populao brasileira 0 a 6 anos

    Nordeste 56%

    Sudeste

    26%

    Sul

    22%

    Norte 43%

    28%

    Centro Oeste

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 49

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

  • CONTEXTONo Brasil, 28% das crianas de 0 a 3 anos, e 88% de 4 a 5 anos esto inseridas no sistema educacional.

    O acesso a creches (0 a 3) chega a 35% na regio Sul, enquanto no Norte somente 12,7% da populao atendida.

    A regio Norte tambm possui o menor nvel de acesso a pr-escolas (79%). Em contraste, o Nordeste tem a maior taxa de frequncia na faixa 4 a 5 anos com 92,6%.

    27,9

    12,7

    25

    33,1

    35,2

    21,6

    0-3

    Brasil

    Norte

    Nordeste

    Sudeste

    Sul

    Centro-Oeste

    4-5 87,9

    78,8

    92,6

    90,5

    88,4

    82,5

    Taxa de Frequncia Escolar (Creche e Pr-Escola)

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 50

    Creche

    Pr-escola

    Creche

    Pr-escola

    Creche

    Pr-escola

    Creche

    Pr-escola

    Creche

    Pr-escola

    A meta do Plano Nacional de Educao garantir o acesso pr-escola para 50% da populao de 0 a 3 anos at 2024 (PNE, 2014)

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

  • RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 51

    Execuo do ServioPresente em 98,5% do territrio brasileiro

    O SCFV executado atravs dos CRAS, tanto diretamente como pela rede referenciada.

    Os CRAS esto, via de regra, localizados nos territrios de maior vulnerabilidade social. Em municpios menores, contudo, comum haver apenas um CRAS, e portanto, localizado em uma regio central.

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

    unidades8.088

    Pequeno Porte(4 profissionais e at 2.500 famlias)

    53,5%

    Mdio Porte(6 profissionais e at 3.500 famlias)

    17%

    Grande Porte(8 profissionais e at 5.000 famlias)

    29,5%

    Capacidade de atentimento dos CRAS

    Fonte: Censo SUAS 2014 - MDS

    Urbano central: 54,1%Urbano perifrico: 41,4%Rural: 4,2%Itinerante: 0,3%

    Localizao

  • dos CRAS executam diretamente o Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos.

    Nota: os CRAS que ofertam SCFV apenas atravs da rede referenciada no foram computados por no haver dados suficientes para esta anlise.

    Execuo do Servio 90%

    O Servio de Convivncia mais comum em todas as regies o para idosos. Uma justificativa plausvel para tamanha adeso a cultura de convivncia j estabelecida entre idosos, o que torna o servio praticamente auto-gerido.

    De outro lado, o servio menos difundido o para adultos (18-59 anos), presente em menos da metade dos CRAS. Quanto ao SCFV para a primeira infncia, o servio executado por 57% dos CRAS (mais detalhes sobre esta faixa etria a seguir).

    Oferta de SCFV, por faixa etria

    52

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

  • Execuo do Servio

    Para a execuo do SCFV muitos CRAS tambm contam com uma rede referenciada (entidades da sociedade civil e outras unidades pblicas). O referenciamento do Servio de Convivncia no igualmente distribudo em todo o territrio, como mostra o grfico ao lado.Nota-se uma concentrao maior de CRAS que contam com rede referenciada no eixo centro-sul do pas.

    unidades referenciadas no Brasil11.321

    Rede referenciada Porcentagem de CRAS que possuem rede referenciada

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 53

    31%Norte

    44%Nordeste

    58%Sudeste

    60%Centro-Oeste

    52%Sul

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

  • Execuo do Servio

    O tipo de unidade que oferta o SCFV (CRAS ou referenciada) parece variar de acordo com o porte do municpio: a participao da rede referenciada aumenta em municpios maiores.

    interessante notar que em metrpoles a dinmica da oferta de SCFV se inverte, havendo mais CRAS que executam o servio atravs da rede referenciada do que diretamente.

    Dinmica da oferta do SCFV

    Unidade executora do SCVF, por porte do municpio

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 54

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

    Fonte: Censo SUAS, 2014

    Porte do Municpio

    No

    . CR

    AS

    0

    Pequeno I Pequeno II Mdio Grande Metrpole

    SCFV Direto SCFV Referenciado

    50

    100

    150

    200

    250

  • Execuo do ServioCRAS ofertam SCFV 0-6 diretamente4.066

    A oferta de SCFV 0-6 chega a 63% dos CRAS no Nordeste, enquanto no Sul e Sudeste somente cerca de 50% dos CRAS oferecem o servio.

    Ao analisar os contextos regionais, os baixos nveis de adeso ao SCFV 0-6 no Sul e Sudeste podem estar relacionados com a maior insero de crianas no sistema educacional. Alm disso, pode ser que haja maior incidncia de programas estaduais direcionados primeira infncia nessas regies.

    Fonte: Censo SUAS 2014 - MDS

    Destaques:

    59,9%

    67,4%

    37,8%43,8%

    54,7%

    43,5%

    57,5%46,6%

    0%

    59,7%

    35,2%73,9%

    65,7%

    65,1%

    64,3%

    78,9%

    45,5%57,1%

    67%

    42,5%

    58,8%

    50%

    39,3%60,8%

    70,2%

    69,1%64,1%

    60% ou mais

    Oferta de SCFV 0-6por UF

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 55

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

  • Execuo do Servio

    So 91.499 grupos no Brasil

    Sendo 10.908 ofertados pela rede referenciada.

    No Sudeste dos grupos so referenciados, como se pode ver no grfico ao lado.

    Grupos SCFV

    Grupos SCFV 0 a 6 anos Somente 5% dos grupos so dedicados exclusivamente primeirssima infncia.

    Faixa Etria0 - 60 - 33 - 6

    N de Grupos3.597280

    2.290

    Indireta

    Direta

    Centro-OesteSulNorte Nordeste Sudeste

    2% 3%

    25% 13% 8%

    98% 97% 87% 92%75%

    56

    Grupos do SCFV, por unidade executora

    grupos de SCFV para a primeira infncia6.167

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

  • Execuo do Servio usurios diretos referenciados109.462 45.002

    (Fonte: Censo SUAS, 2014 - SISC, Abril/2015)

    50% 52% 62%

    (61% prioritrio) (48% prioritrio) (65% prioritrio)

    Cobertura SCFV 0-6 anos por regio

    653 1.232 337

    14.040 diretos 26.005 diretos 7.356 diretos

    5.518 referenciados 17.123referenciados

    3.413 referenciados

    59% 63%

    (41% prioritrio) (43% prioritrio)

    346 1.498

    12.336 diretos 49.725 diretos

    2.031 referenciados 16.924 referenciados

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 57

    0 a 6 anos

    NORT

    E

    Municpio; TarauacRegio; NorteEstado; AcreLocalizao; 400 km da capital, Rio BrancoPrefeito; Rodrigo Damasceno (PT)Governador; Tio Viana (PT)Secretrio Estadual da Assistncia Social; Gabriel Maia Gelpke (PSB)

    Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos 0 a 6 anos

    1 CRASUrbano centralMdio porte

    4 grupos0-6

    80 usurios0-6

    SCFV (CRAS)

    RedeReferenciada

    0-6 7-14 15-17 18-59 60+

    NORT

    E

    Municpio; TarauacRegio; NorteEstado; AcreLocalizao; 400 km da capital, Rio BrancoPrefeito; Rodrigo Damasceno (PT)Governador; Tio Viana (PT)Secretrio Estadual da Assistncia Social; Gabriel Maia Gelpke (PSB)

    Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos 0 a 6 anos

    1 CRASUrbano centralMdio porte

    4 grupos0-6

    80 usurios0-6

    SCFV (CRAS)

    RedeReferenciada

    0-6 7-14 15-17 18-59 60+

    NORT

    E

    Municpio; TarauacRegio; NorteEstado; AcreLocalizao; 400 km da capital, Rio BrancoPrefeito; Rodrigo Damasceno (PT)Governador; Tio Viana (PT)Secretrio Estadual da Assistncia Social; Gabriel Maia Gelpke (PSB)

    Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos 0 a 6 anos

    1 CRASUrbano centralMdio porte

    4 grupos0-6

    80 usurios0-6

    SCFV (CRAS)

    RedeReferenciada

    0-6 7-14 15-17 18-59 60+

    NORT

    E

    Municpio; TarauacRegio; NorteEstado; AcreLocalizao; 400 km da capital, Rio BrancoPrefeito; Rodrigo Damasceno (PT)Governador; Tio Viana (PT)Secretrio Estadual da Assistncia Social; Gabriel Maia Gelpke (PSB)

    Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos 0 a 6 anos

    1 CRASUrbano centralMdio porte

    4 grupos0-6

    80 usurios0-6

    SCFV (CRAS)

    RedeReferenciada

    0-6 7-14 15-17 18-59 60+

    NORT

    E

    Municpio; TarauacRegio; NorteEstado; AcreLocalizao; 400 km da capital, Rio BrancoPrefeito; Rodrigo Damasceno (PT)Governador; Tio Viana (PT)Secretrio Estadual da Assistncia Social; Gabriel Maia Gelpke (PSB)

    Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos 0 a 6 anos

    1 CRASUrbano centralMdio porte

    4 grupos0-6

    80 usurios0-6

    SCFV (CRAS)

    RedeReferenciada

    0-6 7-14 15-17 18-59 60+

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

  • Execuo do Serviodos usurios esto na regio Nordeste43%

    Em relao aos usurios prioritrios, o SCFV 0-6 no Sul e Centro-Oeste tem maior adeso, proporcionalmente, de usurios em situao de maior fragilidade de vnculos (61% e 62% do pblico atendido, respectivamente).

    Se considerarmos o nmero de beneficirios do programa Bolsa Famlia como indicador de vulnerabilidade, o Servio de Convivncia para crianas de 0 a 6 anos tem capacidade de atendimento para apenas 2% das crianas beneficirias no Brasil, o que demonstra um servio ainda muito tmido.

    Com medidas de proteo do Estatuto da Criana e do Adolescente - ECA

    Em situao de acolhimento

    Fora da escola ou com defasagem escolar superior a 2 (dois) anos

    Situao de abuso e/ou explorao sexual

    Trabalho infantil

    Vivncia de violncia e/ou negligncia

    Vulnerabilidade que diz respeito s pessoas com deficincia

    Classificao de usurios prioritrios

    Crianas e adolescente em situao de rua

    Em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto

    Egressos de medidas socioeducativas

    Em situao de isolamento

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 58

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

  • Gesto e Finanasdos municpios possuem secretaria exclusiva da Assistncia Social. 77,5%

    7% dos municpios tem a Assistncia organizada diretamente pelo gabinete Executivo, situao praticamente inexistente nas demais regies.

    dos municpios possuem Conselho e Fundo de Assistncia Social.

    dos municpios possuem Plano de Assistncia Social.

    Sudeste

    Sul

    A PNAS prev a gesto descentralizada e participativa do SUAS, o que torna fundamental a implantao e funcionamento de Fundo, Conselho e Plano de Assistncia Social nas esferas municipal, estadual e federal.

    Somente 63% dos municpios possuem secretaria exclusiva, e 29% administram a Assistncia em conjunto com outra secretaria.

    Fonte: Censo SUAS, 2013

    Fonte: Censo SUAS, 2014

    Norte

    Sudeste

    Nordeste

    Sul

    Centro-Oeste

    rgo municipal gestor da Assistncia Social

    92%

    99,7%

    59

    A ampla presena de Conselho, Fundo e Plano de Assistncia Social nos municpios indica que a poltica de proteo social tem sido bem sucedida em termos de planejamento, acompanhamento e gesto.

    Sul: 98,8% Sudeste: 87,7%

    A dimenso de Gesto e Finanas est incompleta. Ela deve ser complementada com indicadores especficos do SCFV, a partir de troca de dados entre o Tellus e MDS.

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

  • Gesto e Finanas

    Fonte: Censo SUAS 2013

    Fonte de financiamento da Proteo Bsica (% CRAS) A participao dos estados no financiamento da Proteo Bsica relativamente menor que das demais esferas.

    Na regio Norte, especialmente, 86% dos CRAS no contam com repasses estaduais.

    No Sudeste, 33% dos CRAS recebem recursos das trs esferas, acima da mdia nacional.

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 60

    dos CRAS contam com financiamento das trs esferas.25%

    Somente

    10%

    19%

    16%

    4%

    8%

    10%

    10%

    20%

    10%

    7%

    13%

    10%

    0%

    0%

    10%

    1%

    0%

    0%

    25%

    7%

    22%

    33%

    21%

    26%

    26%

    47%

    28%

    17%

    36%

    26%

    3%

    1%

    2%

    4%

    1%

    1%

    25%

    7%

    22%

    33%

    21%

    26%

    Somente Federal Somente MunicipalSomente Estadual Federal + Estadual Federal + Municipal Federal + Estadual + MunicipalEstadual + Municipal

    Captulo 3 - SCFV 3.3. SCFV e SCFV 0-6 em nmeros

  • Metas e desafios do SCFV e SCFV 0-6

    SCFV

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 61

  • O Plano Decenal SUAS (2009) no faz referncia a metas especficas para o SCFV, nem a aes da Proteo Social Bsica voltadas para crianas de 0 a 6 anos.

    Por outro lado, a Secretria Ieda Castro, ao fazer uma avaliao do mesmo, menciona o SCFV e considera os pontos ao lado como avanos e conquistas da Proteo Social Bsica:

    - Portflio de servios socioassistencias celebrados na Tipificao (onde o SCFV est includo).

    - O reordenamento do SCFV e a ampliao da rede do CRAS possibilitou o alcance do servio em 90% dos municpios.

    - Na Conferncia Nacional de Assistncia Social de 2015 sero avaliadas as metas e novos desafios sero criados.

    FONTE: Apresentao do Plano Decenal de Assistncia Social na Perpectiva da Consoli-dao do SUAS Avaliar para Avanar, abril de 2015.

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 62

    Balano da Proteo Social Bsica

    Captulo 3 - SCFV 3.4. Metas e desafios do SCFV e SCFV 0-6

  • A Comisso Intergestores Tripartite (CIT) estabeleceu a seguinte prioridade e meta para o SCFV, no quadrinio 2014/2017:

    53,8% = total de atendimentos prioritrios do SCFV. 47,8% = total de atendimentos prioritrios do SCFV 0-6.

    Meta: Atingir o percentual de 50% de incluso do pblico prioritrio no Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos.

    Situao atual:

    Metas e resultados

    Prioridade: Reordenamento dos Servios de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos.

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 63

    Captulo 3 - SCFV 3.4. Metas e desafios do SCFV e SCFV 0-6

  • Desafios do SCFV

    Estimular o brincar que beneficia todos os envolvidos, sejam crianas, familiares ou profissionais.

    Assegurar o acolhimento das necessidades e das dificuldades que desencadeiam o rompimento do vnculo.

    Construir novas formas de conviver em famlia e comunidade, potencializando a formao de grupos que trabalhem questes importantes para o bem estar da criana e da famlia.

    Reduzir a incidncia de situaes de risco no territrio - como trabalho infantil, negligncia e violncia domstica - um impacto importante que se deseja alcanar atravs do SCFV. Para tanto, fundamental:

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 64(MDS, 2011)

    Captulo 3 - SCFV 3.4. Metas e desafios do SCFV e SCFV 0-6

  • Aprimoramento da Gesto do SCFV

    Aes de comunicao direta com municpios, como envio de informes, avisos, documentos normativos, manuais de orientao e teleconferncias.

    Segundo informaes fornecidas pela CGSCFV em entrevista, aes que visam aprimorar a gesto e execuo do servio so realizadas peridodicamente.So elas:

    Monitoramento do SCFV por meio do SISC e aprimoramento contnuo do mesmo.

    Elaborao de materiais de orientao, como tutoriais, perguntas frequentes, portarias anotadas e comentadas, manual do SISC e instrues operacionais.

    Acompanhamento dos estados e Distrito Federal por meio de visitas tcnicas, contatos sistemticos por telefone e por e-mail, e participao em eventos de orientao.

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 65

    Captulo 3 - SCFV 3.4. Metas e desafios do SCFV e SCFV 0-6

  • Principais percepes e mapeamento dos municpios

    Pesquisa EtnogrficaCaptulo 4

    66

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 66

  • RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 67

    Vrios aprendizados foram reunidos durante a primeira parte exploratria do Projeto Vnculos da Primeira Infncia.

    Para tanto, foram avaliados documentos de diversas fontes, como o MDS, a prpria Fundao Maria Ceclia Souto Vidigal, teses e artigos publicados, matrias e reportagens de mdia, reunies de trabalho, alm de entrevistas com especialistas de diferentes reas - que por sua vez contriburam com mais referncias e materiais de consulta.

    Apresentaremos a seguir, de forma sintetizada, algumas hipteses originadas pelo cruzamento de todas essas vozes e materiais estudados. So hipteses que impactam diretamente as famlias e o SCFV 0-6, mas que perpassam as diferentes esferas que iremos explorar e por isso estaro presentes em diferentes momentos do campo, atravs da percepo de cada ator envolvido.

    Principais Aprendizados

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.1. Principais percepes

  • RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 68

    As famlias geralmente so vistas como rus, porm elas mesmas podem ser o resultado de uma condio histrica de negligncia.

    Quando nasce um beb, nem sempre nasce uma me. Muitas vezes essas famlias no esto preparadas emocionalmente para uma criana.

    O pai tem pouco envolvimento na gestao e no cuidado da criana, por isso cria vnculos mais frgeis do que a me.

    Cada vez menos as familias

    contam com uma rede de apoio, como avs e vizinhos.

    A maioria das famlias acha que cuidar de criana no demanda tantas habilidades.

    A demanda inicial das famlias com crianas de de 0-6 anos muito mais por creches e cuidadores do que pelas atividades de convivncia.

    No se sabem as consequncias positivas que os cuidados na primeira infncia geram na vida adulta de seus filhos.

    O ato de brincar distante da realidade dos pais, que enxergam outras atividades como prioritrias e urgentes.

    A demostrao de afeto atravs do toque para construir vnculos tampouco consciente.

    As famlias no sabem diferenciar o que PAIF e SCFV, o que dificulta o entendimento e benefcios do servio em suas vidas.

    FAMLIASCaptulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.1. Principais percepes

    Principais percepes sobre

  • RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 69

    A oferta do Servio est mais ligada demanda do que ao reconhecimento da importncia da primeira infncia.

    O olhar para a famlia segmentado por diferentes polticas, o que dificulta um cuidado integral das suas necessidades.

    Quando os dias e horrios das atividades so adaptados realidade das famlias, a aderncia ao Servio maior.

    Nem todos os pais compreendem a importncia do brincar, o que dificulta a adeso ao Servio.

    As boas prticas acontecem onde a equipe do PAIF e do servio de convivncia trabalham juntos.

    As diretrizes do MDS no dialogam com a realidade do gestor municipal e dos CRAS.

    Aparentemente, a rede referenciada no possui os mesmos recursos que os CRAS, o que gera uma limitao no atendimento s crianas.

    A rede referenciada uma opo barata aos municpios para a execuo do SCFV.

    Os profissionais que esto em contato direto com as crianas nem sempre possuem uma qualificao adequada.

    O SCFV de 0-3 anos mais desafiador porque requer, alm da presena do responsvel, uma linguagem adaptada faixa etria.

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.1. Principais percepes

    Principais percepes sobre SCFV 0-6

  • NORT

    ECE

    NTRO

    OES

    TENO

    RDES

    TESU

    DEST

    ESU

    L

    Acre

    Mato Grosso do Sul

    Rio Grande do Norte

    Rio Grande do Sul

    Minas Gerais

    Tarauac

    Trs Lagoas

    Santa Cruz

    Betim

    Caapava do Sul

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 70

    municpios que sero visitados:

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

  • como as cidades foram selecionadasCritrios para escolha dos municpios:

    1 - CRAS com PAIF e SCFV 0-6 2 - IDCRAS* mnimo 8 3 - 1 municpio por Macro Regio do Brasil (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) 4 - Porte: - 1 capital e/ou metrpole - 1 grande (100 a 200 mil habitantes) - 1 mdio (50 a 100 mil habitantes) - 1 pequeno II (20 a 50 mil habitantes) - 1 pequeno I (abaixo de 20 mil)

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 71

    NORT

    ECE

    NTRO

    OES

    TENO

    RDES

    TESU

    DEST

    ESU

    L

    Acre

    *O ndice de Desenvolvimento do CRAS (IDCRAS) calculado com base nos seguintes componentes: estrutura fsica, recursos humanos, horrio de funcionamento e atividades realizadas.

    Mato Grosso do Sul

    Rio Grande do Norte

    Rio Grande do Sul

    Minas Gerais

    Tarauac

    Trs Lagoas

    Santa Cruz

    Betim

    Caapava do Sul

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

  • 72

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

    NORT

    E

    Municpio; TarauacRegio; NorteEstado; AcreLocalizao; 400 km da capital, Rio BrancoPrefeito; Rodrigo Damasceno (PT)Governador; Tio Viana (PT)Secretrio Estadual da Assistncia Social; Gabriel Maia Gelpke (PSB)

    Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos 0 a 6 anos

    1 CRASUrbano centralMdio porte

    4 grupos0-6

    80 usurios0-6

    SCFV (CRAS)

    RedeReferenciada

    0-6 7-14 15-17 18-59 60+

  • 73

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

    NORT

    E

    Municpio; Tarauac

    Populao total; 38.201Populao de 0 a 6 anos; 20,31%

    Localizao do domiclio; Urbana 54,37% Rural 45,63%

    IDH; 0,539

    Taxa de alfabetizao; 71.8%Nmero de matrculas - Creche; 299

    Estimativa da Taxa defrequncia escolar (1 a 3 anos); 9%Nmero de matrculas na Pr-escola; 1.308

    Estimativa da Taxa de frequncia escolar (4 e 5 anos); 56%

    Renda per capita; R$251.53Populao extremamente pobre; 34.59%

    Populao pobre; 54.76%ndice de Gini; 0.65

    Taxa de atividade; 34.59Famlias Beneficirias do Programa Bolsa Famlia; 5.224

    PIB; R$ 324.146 PIB per capita; R$ 8.958

    Base da Economia; Agricultura,pecuria, pesca e extrativismo de

    borracha e madeira

    Esperana de vida ao nascer (anos); 68,2Taxa de mortalidade infantil; 33,7

    Populao

    Educao Trabalho e renda

    Economia Sade

  • 74

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

    NORD

    ESTE

    Municpio; Santa CruzRegio; NordesteEstado; Rio Grande do NorteLocalizao; 111 km da capital, NatalPrefeito; Fernanda Costa Bezerra (PMDB)Governador; Robinson Faria (PSD)Secretrio Estadual da Assistncia Social; Julianne Faria (PSD)

    Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos 0 a 6 anos

    2 CRAS1 Urbano central, 1 itinerante1 Grandeo porte, 1 mdio

    6 grupos0-6

    100 usurios0-6

    SCFV (CRAS)

    RedeReferenciada

    0-6 7-14 15-17 18-59 60+

  • 75

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

    NORD

    ESTE

    Municpio; Santa Cruz

    Populao total; 38.538Populao de 0 a 6 anos; 11,07%

    Localizao do domiclio; Urbana 85,2%Rural 14,8%

    IDH; 0,635

    Taxa de alfabetizao; 77,9%Nmero de matrculas - Creche; 556

    Estimativa da Taxa de frequncia escolar (1 a 3 anos); 30%Nmero de matrculas na Pr-escola; 1.039

    Estimativa da Taxa de frequncia escolar (4 e 5 anos); 82%

    Renda per capita; R$327,61Populao extremamente pobre; 15,6%

    Populao pobre; 34,56%ndice de Gini; 0,52

    Taxa de atividade; 58,17%Famlias Beneficirias do Programa Bolsa Famlia; 4.950

    PIB; R$217.332 PIB per capita; R$6.013

    Base da Economia; Servios e turismo religioso

    Esperana de vida ao nascer (anos); 70,7Taxa de mortalidade infantil; 24,7

    Populao

    Educao Trabalho e renda

    Economia Sade

  • 76

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

    CENT

    RO-O

    ESTE

    Municpio; Trs LagoasRegio; Centro-OesteEstado; Mato Grosso do SulLocalizao; 230 km da capital , Campo GrandePrefeito; Mrcia Moura (PMDB)Governador; Reinaldo Azambuja (PSDB)Secretrio Estadual da Assistncia Social; Rosiane Modesto de Oliveira (PSDB)

    Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos 0 a 6 anos

    4 CRAS1 Urbano central, 3 Perifricos3 Grande porte, 1 pequeno

    4 grupos0-6

    86 usurios0-6

    SCFV (CRAS)

    RedeReferenciada

    0-6 7-14 15-17 18-59 60+

  • 77

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

    CENT

    RO-O

    ESTE

    Municpio; Trs Lagoas

    Populao total; 111.652Populao de 0 a 6 anos; 10,57%

    Localizao do domiclio; Urbana 95,36%Rural 4,64%IDH; 0,744

    Taxa de alfabetizao; 94%Nmero de matrculas - Creche; 2.846

    Estimativa da Taxa de frequncia escolar (1 a 3 anos); 57%Nmero de matrculas na Pr-escola; 3.354

    Estimativa da Taxa de frequncia escolar (4 e 5 anos); 99%

    Renda per capita; R$863,66Populao extremamente pobre; 1,33%

    Populao pobre; 4,85%ndice de Gini; 0,51

    Taxa de atividade; 72,15%Famlias Beneficirias do Programa Bolsa Famlia; 3.630

    PIB; R$3.118.722 PIB per capita; R$30.122

    Base da Economia; Pecuria, industria e turismo

    Esperana de vida ao nascer (anos); 75,9Taxa de mortalidade infantil; 15,8

    Populao

    Educao Trabalho e renda

    Economia Sade

  • 78

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

    SUDE

    STE

    Municpio; Betim

    Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos 0 a 6 anos

    12 grupos0-6

    65 usurios0-6

    SCFV (CRAS)

    RedeReferenciada

    0-6 7-14 15-17 18-59 60+

    4

    Regio; SudesteEstado; Minas GeraisLocalizao; Regio metropolitana da capital, Belo HorizontePrefeito; Carlaile Pedrosa (PSDB)Governador; Fernando Pimentel (PT)Secretrio Estadual da Assistncia Social; Andr Quinto Silva (PT)

    8 CRAS2 Urbano central, 6 urbano perifrico8 Grande porte

    4

  • 79

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

    SUDE

    STE

    Municpio; Betim

    Populao total; 412.003Populao de 0 a 6 anos; 10,52%

    Localizao do domiclio; Urbana 99,27%Rural; 0,73%IDH; 0,749

    Taxa de alfabetizao; 95,1%Nmero de matrculas - Creche; 6.525

    Estimativa da Taxa de frequncia escolar (1 a 3 anos); 39%Nmero de matrculas na Pr-escola; 8.589

    Estimativa da Taxa de frequncia escolar (4 e 5 anos); 75%

    Renda per capita; R$ 660,56Populao extremamente pobre; 1,58%

    Populao pobre; 7,04%ndice de Gini; 0,47

    Taxa de atividade; 73,22%Famlias Beneficirias do Programa Bolsa Famlia; 18.002

    PIB; R$ 28.085.221PIB per capita; R$ 73.220,40

    Base da Economia; Indstria

    Esperana de vida ao nascer (anos); 76,8Taxa de mortalidade infantil; 12,7

    Populao

    Educao Trabalho e renda

    Economia Sade

    4

  • 80

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

    SUL Municpio; Caapava do Sul

    Regio; SulEstado; Rio Grande do SulLocalizao; 260 km da capital, Porto AlegrePrefeito; Otomar Oleques Vivian (PP)Governador; Jos Ivo Sartori (PMDB)Secretrio Estadual da Assistncia Social; Miki Breier (PSB)

    Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos 0 a 6 anos

    1 CRAS1 Urbano centralMdio porte

    2 grupos0-6

    119 usurios0-6

    SCFV (CRAS)

    RedeReferenciada

    0-6 7-14 15-17 18-59 60+

    5

    5

  • 81

    Captulo 4 - Pesquisa Etnogrfica 4.2. Mapeamento dos municpios

    SUL Municpio; Caapava do Sul

    Populao total; 34.665Populao de 0 a 6 anos; 8,03%

    Localizao do domiclio; Urbana 75,42%Rural 24,58%IDH; 0,704

    Taxa de alfabetizao; 92,3%Nmero de matrculas - Creche; 331

    Estimativa da Taxa de frequncia escolar (1 a 3 anos); 31%Nmero de matrculas na Pr-escola; 591

    Estimativa da Taxa de frequncia escolar (4 e 5 anos); 52%

    Renda per capita; R$ 698,18Populao extremamente pobre; 3,42%

    Populao pobre; 10,41%ndice de Gini; 62,47%

    Taxa de atividade; 71,57%Famlias Beneficirias do Programa Bolsa Famlia; 2.129

    PIB; R$ 491.250PIB per capita; R$ 14.613,13

    Base da Economia; Minerao, agricultura e pecuria

    Esperana de vida ao nascer (anos); 76,3Taxa de mortalidade infantil; 11,1

    Populao

    Educao Trabalho e renda

    Economia Sade

    5

  • FONTES

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 82

    Informaes sobre o SCFV 0 a 6 anos Censo SUAS (2014) / SISC (Junho/2015)

    Populao total IBGE Projeo Populacional (2014) Populao de 0 a 6 anos

    IBGE Censo Demogrfico (2010) Populao por gnero Populao por localizao do domiclio Taxa de alfabetizao de pessoas acima de 10 anos de idade Nmero de matrculas - Creche

    INEP Censo Escolar (2014) Nmero de matrculas - Pr-escola Estimativa da Taxa de frequncia escolar (0 a 3 anos)

    Clculo a partir de dados dos Censos IBGE e INEP Estimativa da Taxa de frequncia escolar (4 e 5 anos) Produto Interno Bruto (PIB)

    IBGE (2011) Produto Interno Bruto per capita Famlias Beneficirias do Programa Bolsa Famlia MDS DataSocial (2015) ndice de Desenvolvimento Humano (IDH)

    PNUD Atlas do Desenvolvimento Humano (2010)

    Esperana de vida ao nascer (em anos) Taxa de mortalidade infantil (em 1000 nascidos vivos) Renda per capita Populao extremamente pobre Populao pobre ndice de Gini Taxa de atividade Base da economia Wikipedia (acesso em julho/2015)

  • Referncias Bibliogrficas

    RELATRIO PRIMEIRA INFNCIATELLUS | JULHO 2015 83

    BOWLBY, JOHN (2006) Formao e rompimento dos laos afetivos. So Paulo, Martins Fontes.

    SEGAL, HANNA (1975) Introduo a obra de Melanie Klein. Rio de Janeiro, Imago.

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    Meu Municcpiohttp://www.meumunicipio.org.br/meumunicipio/home

    Ncleo Cincia Pela Infncia - Iniciativa FMCSV + Insper + Harvard + USPhttp://www.ncpi.org.br/

    Radar da Primeira Infnciahttp://www.radardaprimeirainfancia.org.br/

    Redeca Sistema de Informaes das redes pelo ECAredeca.org.br

    National Institute for Playhttp://www.nifplay.org/

    Anna Freud Centrehttp://www.annafreud.org/

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