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Acesso dos Idosos à Atenção Primária
um problema de saúde pública?
Ângelo José G. Bós, MD, PhD
Instituto de Geriatria e Gerontologia PUCRS
Soc. Bras. Geriatria e Gerontologia - RS
Projeção da Expansão da
População Brasileira
Fonte: IBGE, 20013
0
50
100
150
200
250
1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Po
pu
lação
em
milh
ões
Ano
Masculino
Feminino
Ambos os sexos
Taxas Brutas de Natalidade(Número de nascimentos por mil habitantes)
Fonte: IBGE, 20013
Taxas de Mortalidade
Infantil(mortes por 10 mil habitantes)
Fonte: IBGE, 20013
Expansão da População
idosa em mil habitantes
IBGE 2013
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
60 - 69
70 - 79
80 - 89
90+
Expansão proporcional
de idosos
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
60 - 69
70 - 79
80 - 89
90+
Fonte: IBGE, 20013
Esperança de vida ao nascer
Fonte: IBGE, 20013
Razão de dependência (%)
Fonte: IBGE, 20013
SERÁ QUE ESTAMOS
REALMENTE ENVELHECENDO?
Censo 2000 & 2010
Fonte: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=3&i=P&c=3107 acesso em 27/03/2013
• Censo 2000 % Censo 2010 % Diferença
• Total 169.799.170 190.755.799 12,3%
• 0 a 4 16.375.728 9,6% 13.796.159 7,2% -15,8%
• 5 a 9 16.542.327 9,7% 14.969.375 7,8% -9,5%
• 10-14 17.348.067 10,2% 17.166.761 9,0% -1,0%
• 15-19 17.939.815 10,6% 16.990.870 8,9% -5,3%
• 20-29 29.991.180 17,7% 34.349.603 18,0% 14,5%
• 30-39a 25.290.473 14,9% 29.633.093 15,5% 17,2%
• 40-49a 19.268.235 11,3% 24.842.718 13,0% 28,9%
• 50-59a 12.507.316 7,4% 18.416.621 9,7% 47,2%
• 60+ 14.372.836 8,5% 20.590.599 10,8% 43,3%
• 60-69ª 8.182.035 4,8% 11.349.929 5,9% 38,7%
• 70-79a 4.521.889 2,7% 6.305.085 3,3% 39,4%
• 80-89a 1.407.712 0,83% 2.486.455 1,30% 76,6%
• 90-99a 236.624 0,14% 424.894 0,22% 79,6%
• 100 + 24.576 0,014% 24.236 0,013% -1,4%
Por que não aumentamos o
número de centenários
• 261mil pessoas com 90+ anos em 2000
(centenariáveis)
• Dez anos depois apenas 24.236 estavam
vivas (9,3%)
• 236.964 (90,1%) faleceram em dez anos
Causas de morte entre
os centenariáveis
Mortes sem assistência
Outros sinais e sintomas anormais
Pneumonia
Doenças cerebrovasculares
Outras doenças cardíacas
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
40 50 60 70 80 90 100
Circulatórias
Respiratórias
Neoplasias
Mal definidas
Endócrinas
Digestivas
Percentagem de mortes para
cada faixa etária, Brasil 2007
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 200 400 600 800
Cu
sto
po
r h
ab
ita
nte
Mortes/10.000
Mortalidade por Doenças Mal Definidas
em Pessoas 80
Internações por causas
sensíveis à atenção primária• ICSAP
• Alfradique et al (2009) “conjunto de
problemas de saúde para os quais a
efetiva ação da atenção primária
diminuiria o risco de internações”
• Ações preventivas, diagnóstico e
tratamento precoce de doenças agudas
ou o controle rigoroso de doenças
crônicas.
ICSAP – Grupos (19)
• 1 Doenças preveníveis por imunização e
condições sensíveis
• 2 Gastroenterites Infecciosas e complicações
• 3 Anemia ferropriva
• 4 Deficiências Nutricionais
• 5 Infecções de ouvido, nariz e garganta
• 6 Pneumonias bacterianas
• 7 Asma
• 8 Doenças pulmonares
• 9 HipertensãoPORTARIA Nº 221 MS, DE 17 DE ABRIL DE 2008
ICSAP – Grupos (19)
• 10 Angina
• 11 Insuficiência Cardíaca
• 12 Doenças Cerebrovasculares
• 13 Diabetes melitus
• 14 Epilepsias
• 15 Infecção no Rim e Trato Urinário
• 16 Infecção da pele e tecido subcutâneo
• 17 Doença Inflamatória órgãos pélvicos femininos
• 18 Úlcera gastrointestinal
• 19 Doenças relacionadas ao Pré-Natal e PartoPORTARIA Nº 221 MS, DE 17 DE ABRIL DE 2008
ICSAP - 2012Faixa etaria ICSAP Todas Percentual
1 a 4 anos 334.509 598.204 55,9%
5 a 9 a 128.346 379.920 33,8%
10 a 14 a 67.213 322.707 20,8%
15 a 19 a 59.670 868.768 6,9%
20 a 29 a 128.460 2.062.154 6,2%
30 a 39 a 142.056 1.491.202 9,5%
40 a 49 a 186.516 1.139.224 16,4%
50 a 59 a 259.876 1.135.547 22,9%
60 a 69 a 309.022 1.060.638 29,1%
70 a 79 a 329.109 870.012 37,8%
80 anos + 275.542 587.572 46,9%
Total 2.439.745 11.075.788 22,0%DATASUS, 2013
Conclusões
• Idosos e principalmente longevos são as
faixas etárias que mais crescem no Brasil
• Poucos brasileiros se tornam centenários
• Mortalidade em nonagenários talvez reflita
uma atenção primária não acessível aos
mesmos
• Internações por causas sensíveis à
atenção primária devem ser adequadas
aos idosos
Conclusões
• Devemos compreender as necessidades
clínicas de saúde dos longevos
• Pensar em melhores estratégias de
acesso.
• Melhor informação da população aos
serviços prestados na atenção primária
• Serviços voltados à prevenção primária
• Serviços específicos ao idoso