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Pesquisa Clínica na Área de Oncologia no Brasil: Desafíos e Prioridades Dr. Carlos H. Barrios Faculdade de Medicina, PUCRS Instituto do Câncer, HMD LACOG, Latin American Cooperative Oncology Group Porto Alegre, Brasil

Barrios

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Palestra apresentada pelo Dr. Carlos Barrios, no dia 06/02/2014, no IV Fórum de Políticas Públicas em Oncologia

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Pesquisa Clínica na Área de Oncologia no Brasil:

Desafíos e Prioridades

Dr. Carlos H. Barrios

Faculdade de Medicina, PUCRS

Instituto do Câncer, HMD

LACOG, Latin American Cooperative Oncology Group

Porto Alegre, Brasil

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Potenciais Conflitos de Interesse

• Participo em estudos Clínicos patrocinados pela maior parte das indústrias farmacêuticas (17 anos).

• Sou consultor nacional e internacional e recebi, nos últimos 12 meses, honorários de companhias como Roche, Novartis, Pfizer, GSK, Sanofi.

• Não tenho conflitos financeiros a declarar.

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36% improvement

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Age-Adjusted Male Mortality

Siegel R, et al. CA Cancer J Clin 2011;61:212-236. VC 2011 American Cancer Society.

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Age-Adjusted Female Mortality

Siegel R, et al. CA Cancer J Clin 2011;61:212-236. VC 2011 American Cancer Society.

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Age adujsted mortality rates, women. Brazil (1979-2004)

Source, INCA, MS, Brazil

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Cancer is a global challenge that will be met by global participation

Cancer “Globalization”

New Cancer Cases2000 - 10,000,0002010 - 15,000,0002030 - 27,000,000

New Cancer Cases2000 - 10,000,0002010 - 15,000,0002030 - 27,000,000

New Cancer Deaths2000 - 6,200,0002010 - 10,000,0002030 - 17,000,000

New Cancer Deaths2000 - 6,200,0002010 - 10,000,0002030 - 17,000,000

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Clinical Cancer Research

• Essential to improve therapeutic results• “Virtuous Circle” of clinical research: all involved do

benefit• Offers “state of the art” therapy• Qualified investigators and large number of patients (in

the region)• Should be a strategic priority• Need to recognize and address bureaucratic and all

other barriers that stall development

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Researched on Feb 2nd 2014. www.clinicaltrials.gov

Number of Studies www.clinicaltrials.gov (N=160.326)

ClinicalTrials.gov currently lists 160.326 studies in 181 countries

Non-US Only(45%)US Only(40%)Not Specified* (9%)Both US/Non-US (6%)Total 160,326

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Clinical Research in South America - 2014

www.clinicaltrials.gov, (Feb, 2014)

World 160.326 South America 5474 (3.4%)Argentina 1689Bolivia 24 Brazil 3708 (2.3%)Chile 904 Colombia 724 Ecuador 84 Guyana 1 Paraguay 15 Peru 688 Suriname 1 Uruguay 48 Venezuela 137

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Researched on Feb 2nd 2014. www.clinicaltrials.gov

Number of Studies in Cancer www.clinicaltrials.gov (N=41.757)

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Clinical Cancer Research in South America - 2014

www.clinicaltrials.gov, (Feb, 2014)

World 41.757 South America 1.030 (2.4%)Argentina 452 Brazil 711 (1.7%)Chile 213 Colombia 146 Ecuador 19 Peru 231 Uruguay 20 Venezuela 38

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Globalization of Clinical Cancer Researchimplies in Participation, Interaction,

Exchange…How do we do that?

1. Generating and Developing original Clinical Trials

2. Participation in International Clinical Trials

3. Developing Cooperation

Clinical Cancer Research “Globalization”

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In 2011, R&D expenditure was 0·65% of GDP, which is many times less than in developed countries

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Saturation of Clinical Trial Sites

RegionNumber of Trial Sites (per 1M Population)

US 82

Western Europe 11

Central / Eastern Europe 8

Latin America 2

Asia Pacific < 1

Source: Raps Focus, 2009, Latin American CTAs

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Globalization of Clinical Cancer Researchimplies in Participation, Interaction,

Exchange…How do we do that?

1. Generating and Developing original Clinical Trials

2. Participation in International Clinical Trials

3. Developing Cooperation

Clinical Cancer Research “Globalization”

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Testes de medicamentos movimentam R$ 1,4 bilhão, mas burocracia atrapalha.

Crescimento de 20x de 2000-2010R$ 1.4 bilhão por ano

63% estudos de fase III26% estudos de fase I e II80% patrocínio da indústria farmacêutica multinacional

Estado de São Paulo, 14 de Agosto, 2011

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BRAZIL

ARGENTINA

CHILE

PERU

COLOMBIA

MÉXICO

CANADA REINO UNIDO

FRANÇA

SUÉCIA

AUSTRÁLIA

9 months

4–5 months

3–4 months

4–4,5 months

3-4 months

3 months

5 months3 months

4 months

3 monthsUNITES STATES

5-12 months5-12 months

10-14 months10-14

months

12months

4-5 months

4 months

Adapted from: Hurley D. GCP Journal March 2006. 41st Annual Drug Information Association Meeting, 2005.

CLINICAL RESEARCH

REGULATORY TIMELINES ACROSS THE WORLD

CLINICAL RESEARCH

REGULATORY TIMELINES ACROSS THE WORLD

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Tempo de aprovação, que pode passar de um ano, é um dos maiores do mundo; órgãos de regulação ética e sanitária apontam falta de quadros.

Empresários ouvidos pelo Estado sugerem que a CONEP não utiliza só critérios técnicos para julgar os ensaios, mas ideológicos. A coordenadora da CONEP, Gyselle Tannous, discorda e apresenta um argumento pragmático para centralizar a aprovação das pesquisas estrangeiras: "Os CEPs são mais vulneráveis à pressão das grandes indústrias.”

…admite que a rotatividade dos 13 técnicos que auxiliam a emissão de pareceres, contratados de forma temporária, atrapalha o ritmo de trabalho.

A coordenadora de pesquisas, ensaios clínicos e medicamentos novos da Anvisa, Patrícia Andreotti, conta com apenas sete técnicos para aprovar e acompanhar todos os protocolos que chegam à agência... "É impossível cumprir os prazos”. "Precisamos de 50 técnicos. É um pleito antigo da agência."

Estado de São Paulo, 14 de Agosto, 2011

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“Nos últimos anos, cite a principal mudança negativa em termos de pesquisa clínica em câncer no Brasil? ”

Pesquisa Realizada pelo Dr. José Bines com 20 investigadores na Área de Oncologia no Brasil

Longo tempo dos processos regulatórios

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REGULATORY AGENCIES APPROVAL TIMESin the ALTTO trial (BIG02-06)

PARTICIPATING COUNTRIES

TIM

E T

O A

PP

RO

VA

L I

N D

AY

S

P= .046 P= .21P= .05

EUROPENORTH AMERICAASIA-PACIFIC SOUTH AMERICAAFRICA

ANOVA F = 3.39, P = 0.031

58d 60d

Average*

171d26d

In this study the regulatory

agencies in South America required many more days to approve the protocol in

comparison to remaining

regions

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• Senadora quer debate sobre regras para a pesquisa clínica com novos medicamentos• 27/01/2014 - • As informações da Interfarma indicavam ainda que até o final do ano o total de 41

pesquisas seriam perdidas, impedindo novos tratamentos a 2.856 pessoas.A lentidão para autorizar pesquisas clínicas com novos medicamentos no país é uma preocupação crescente de especialistas na área da saúde. Por isso, no início do ano legislativo, a senadora Ana Amélia (PP-RS) irá propor audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado para debater as regras para esse tipo de teste.

Enquanto o prazo médio para a liberação de pesquisas com novos medicamentos em grandes países é de 70 dias, no Brasil são necessários entre seis meses e um ano para a autorização dos testes. Em razão dessa lentidão, o Brasil perde dezenas de estudos anualmente, o que impede que centenas de pessoas tenham melhores condições de tratamento com novas drogas.Dados da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) mostram que em 2013, por exemplo, 21 estudos tinham sido perdidos, fazendo com que 438 pessoas deixassem de ser beneficiadas com o acesso a novos medicamentos.Atualmente, o país ocupa o 42º lugar no ranking mundial de pesquisa clínica, fazendo apenas 1% dos ensaios globais. Essa posição insatisfatória é atribuída pelos especialistas à burocracia excessiva de órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vinculada ao Conselho Nacional de Saúde.Para participar do debate, serão convidados representantes da Anvisa, da Conep, da Interfarma e da Associação Médica Brasileira (AMB). O requerimento da audiência também inclui entre os participantes a presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, e o coordenador do Centro de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital de Caridade de Ijuí, Fábio Franke.

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http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/33401

• Informe ENSP: A Conep está no âmbito do Conselho Nacional de Saúde, uma instituição bastante plural. Como a nova gestão pretende fortalecer o controle social dentro de todos os processos desenvolvidos?Jorge Venâncio: Antes de fazer parte da Conep, sou conselheiro do Conselho Nacional de Saúde. Assim que assumi a coordenação da Conep, apresentei um plano de trabalho à Comissão e ao Conselho. Naquele momento, a Conep possuía 660 protocolos de pesquisa na fila, uma média de 140 novos protocolos mensais, e apreciava cerca de 100 protocolos por mês. Ou seja, a fila crescia. A conclusão a que chegamos é que mesmo que análise ética dessas pesquisas precise ser rigorosa, não existe vantagem nenhuma em haver filas. Quando os projetos ficam parados, aguardando análise, é um tempo precioso desperdiçado. Principalmente se considerarmos que a Conep tem uma reserva nos CEPs espalhados por todo país para auxiliar nos processos de trabalho.Ter filas é sinal de que algo está faltando, e o que faltava, nesse caso, era controle social. Assim, propomos algumas medidas para agilizar o trabalho. Convocamos 30 relatores ad hoc, membros de CEPs e ex-membros da Conep para se somarem aos 30 membros da Comissão, no intuito de zerar nossa fila de espera. Além disso, foram contratados 23 novos técnicos, sendo 8 efetivos e 15 provisórios. Isso representou dobrar a nossa força técnica de trabalho. Nossa meta atual é atingir 250 protocolos por mês. Com isso, teremos fila zero até dezembro deste ano.

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Pesquisa Clínica: Desafios• Tempo Regulatório• Investimento na Área de Pesquisa• Patrocinador é responsável por 100% dos custos• Fornecimento de medicação pós-estudo• Maior burocratização• Restrições de envio de material para testes

moleculares• Cobertura de Indenizações• Treinamento e Dedicação de Recursos Humanos

(Pesquisadores, Estatísticos, etc.)• Educação da sociedade com relação à Pesquisa

Clinica• Desenvolver uma cultura de cooperação

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“Se você pudesse prever o futuro, nos próximos 10 anos, qual será a situação da pesquisa clínica em câncer no Brasil?”

Pesquisa Realizada pelo Dr. José Bines com 20 investigadores na Área de Oncologia no Brasil

5

15

80

PiorIgualMelhor

A maioria tem uma visão otimista

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Conclusions

• Cancer is a serious problem today and will shortly acquire epidemic

proportions.

• Clinical Research is most certainly, not the only one, but one of the easiest

and most practical strategies we can develop to face this epidemic.

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Conclusions

• Brazil’s performance in the international scenario of Clinical Research should be considered highly insufficient.

• The situation is not getting better, is worsening.

• The existing regulatory constraints should be considered as the most important

barrier stalling further development

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Conclusions

• Almost all institutions involved with Clinical Research in Brazil do not recognize the importance and far reaching benefits associated with this activity.

• Sponsors have definitively help in the development of stand alone qualified sites but have not been able to foster the development of original research or transfer the idea of cooperative work.

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Conclusions

• As investigators, we have failed collectively in developing a strategic plan for the development of new, young and dedicated talents.

• We need (all of us, all stakeholders) to work better and harder and generate

productive dialogue to be able to face the challenging future ahead.