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1. RESUMO
Nesta segunda aula pratica teve-se um contato maior com o laboratório de eletrônica de potência, e nesse contato aproveitou-se a oportunidade para simular os circuitos que foram montados no programa Psim, abordou-se conversores retificadores monofásicos de meia onda, e por fim aprendemos usar o diodo de roda livre. Teve-se a oportunidade de medir todas as tensões e corrente na carga e no diodo retificador, assim como também estudar, e deduzir as formulas de queda de tensão na carga. Usando os cálculos podemos perceber que a pratica bate com a teoria. Esta pratica foi essencial para podermos fazer uma analogia do conteúdo teórico com a prática.
2. INTRODUÇÃO
Na eletrônica de potência as entradas de energia das aplicações tem forma de onda senoidal a qual vem da rede nesta forma, devido à facilidade de distribuição e de adaptação de nível de tensão. No entanto, devido à necessidade do uso de aparelhos que utilizam tensão contínua, torna-se necessária a utilização de conversores CA-CC. Essa conversão de CA-CC (corrente alternada em corrente contínua) é realizada pelos conversores. No caso desta prática, serão utilizados os conversores retificadores. Estes se dividem em dois, onde podem ser tanto não controlados que são os feitos a diodos e os controlados que são os a tiristores.
Nesta experiência, será visto e estudado, os retificadores não controlados e feitos a diodo. O funcionamento ocorre da seguinte forma,
ao ser polarizado diretamente (semiciclo positivo), permite a condução de corrente e ao ser polarizado reversamente (semiciclo negativo) ele bloqueia a passagem de corrente, levando a tensão sobre a carga à zero. Serão realizadas medidas e análises de resultados sobre os circuitos com carga R e RL, os quais exemplificam e permitem visualizar o funcionamento do retificador não controlado.
3. OBJETIVOS E MATERIAIS
MATERIAIS
- Osciloscópio;- Resistor 140Ω;- Indutor 0,371H;- Diodos;- Cabos para conexão;
OBJETIVOS
O objetivo desta aula prática é estudar e analisar as tensões na carga e no diodo de um sistema puramente resistivo, depois com um sistema resistivo-indutivo e o próximo foi um circuito resistivo indutivo com um diodo de roda livre.
4. DESCRIÇÃO DA PRÁTICA
Relatório Referente ao Experimento Prático 2 de Eletrônica de Potência – Conversor Retificador Monofásico de Meia onda com carga R e RL.
Matheus Mendes Ribeiro - 26597 Vinicius Bastos - 24669
Professor: Clodualdo Venicio de Sousa
Como pedido montou-se o circuito abaixo, que a principio é composto por um circuito conversor retificador de meia onda não controlado com carga puramente resistiva.
Fig. 1 - Circuito retificador monofásico de meia onda não controlado com carga puramente
resistiva.
Obtiveram-se as formas de onda de tensão da rede, as formas tensão e corrente na carga, as deduções, comparações e cálculos de tensão e corrente média na carga serão abordados na discussão.
Depois foram registradas as formas de onda de tensão e corrente no diodo principal. As analises serão feitas na discussão.
Logo após montou-se um circuito retificador monofásico de meia onda não controlado com carga resistiva indutiva, como mostrado na figura abaixo.
Fig. 2 - Conversor retificador monofásico de meia onda não controlado com carga resistivo-indutiva.
Obtiveram-se as formas de ondas da tensão e corrente na carga, as comparações, deduções e cálculos estão nas discussões. Também se registraram as formas de onda da tensão e corrente em cima do diodo principal.
Logo após, montou-se um circuito com carga resistivo-indutivo com um diodo de roda livre em antiparalelo com a carga, como mostrado na figura abaixo.
Fig. 3 - Circuito retificador monofásico de meia onda não controlado com carga resistivo-indutiva
com diodo de roda livre.
Obtiveram-se as formas de onda de tensão e corrente da carga, as comparações, deduções e cálculos estão nas discussões. Logo após registrou-se as formas de onda de tensão e corrente em cima do diodo principal, e o mesmo foi feito com o doido de roda livre. As comparações entre as formas de onda de tensão e corrente dos diodos principal e de roda livre foram feitas na discussão.
5. DISCUSSÕES
Conversor retificador sobre uma carga puramente resistiva:
Na figura abaixo temos as formas de onda da tensão de rede na cor azul, na cor laranja temos a forma de onda da tensão em cima da
carga e na cor lilás temos a forma de onda da corrente do circuito:
Fig. 4 – Forma de onda azul é a tensão da rede, a laranja é a tensão em cima da carga e a lilás é a
forma de onda da corrente do circuito.
A tensão de rede é dada por V rede=V mx×senwt tensão e a corrente média
na carga são V carga=1
2 π∫0π
V mx×senwt d wt,
onde integrando fica V carga=V mx
2π×(−coswt ),
com limites de 0 a π, aplicando os limites na função cosseno wt temos a tensão na carga
V carga=V mx
π e a corrente por sua vez fica
I carga=V cargaR
. Com base nessas formulações
calculou-se a tensão e corrente média:
V carga=V mx
π
V carga=180π
V carga=57,32V
I carga=V cargaR
I carga=57,32280
I carga=V cargaR
I carga=204mA
Os cálculos bateram com os valores medidos, comprovando o embasamento teórico.Registrou-se também a forma de onda da tensão em cima do diodo retificador, como mostrado na figura abaixo, onde temos de diferente da ultima imagem a forma de onda laranjada que representa a tensão em cima do diodo.
Fig. 5 - Forma de onda laranja que representa a tensao em cima do diodo.
Em explicação a toda essa parte prática já mostrada, pode-se perceber que tendo uma fonte de tensão senoidal a qual tem um valor máximo e um período, durante seu semi-ciclo positivo a tensão em cima do ânodo é positiva e assim o diodo passa a conduzir, estando então ligado, o que permite existir corrente fluindo através do resistor e uma tensão em cima da carga que se encontra em fase com a meia onda senoidal positiva. Já no semi-ciclo negativo, a tensão no ânodo se torna mais negativa que no cátodo e o diodo passa ao estado desligado, não permitindo o fluxo de corrente para resistência.
Assim, por esses dados, observa-se claramente o diodo como uma chave estática quase ideal, sendo que quando há fluxo de corrente, não há tensão e ao se ter tensão, não há fluxo de corrente, concluindo que não há dissipação de energia nesta chave, vulgo diodo.
Conversor retificador sobre uma carga RL:
Na figura abaixo temos as formas de onda da tensão de rede na cor azul, na cor laranja temos a forma de onda da tensão em cima da carga e na cor lilás temos a forma de onda da corrente do circuito:
Fig. 6 – Forma de onda azul é a tensão da rede, a laranja é a tensão em cima da carga e a lilás é a
forma de onda da corrente do circuito.
A tensão e corrente média na carga RL podem ser deduzidas da seguinte maneira:
V med=1T ∫
0
5T8
V P sin (ωt )dt=V p
ωT (−cos 5ωT8
+cos0)=V p
2 π (−cos 5π4
+cos0)V med=
1,707V p
2π=1,707∗180
2π=48,9V
Já a corrente média pode ser calculada da mesma maneira feita anteriormente, ou seja,
I carga=V cargaR
=48,9140
=349,3mA
Os cálculos bateram com os valores medidos, comprovando o embasamento teórico.Registrou-se também a forma de onda da tensão em cima do diodo principal, como mostrado na figura abaixo, onde temos de
diferente da ultima imagem a forma de onda laranjada que representa a tensão em cima do diodo.
Fig. 7 - Forma de onda laranja que representa a tensao em cima do diodo principal.
Pode-se dizer que o princípio de funcionamento do retificador monofásico de meia onda alimentando uma carga RL é praticamente o mesmo de um retificador alimentando uma carga resistiva. A diferença é que, devido ao defasamento causado pela presença de elemento indutivo, a corrente é ceifada no momento em que o diodo entra em polarização reversa. Nesse instante, ao contrário de uma situação de carga puramente resistiva, o ciclo da corrente ainda não terminou, pois está atrasado. Por isso pode-se observar a forma de onda da corrente na figura anterior. A corrente vai para zero antes de a senoide estar completa.
Conversor retificador com diodo de roda livre sobre uma carga RL:
Para corrigir a característica do ceifamento mostrado anteriormente, é necessário que se instale um diodo de roda livre em antiparalelo com o diodo principal. Na figura abaixo temos as formas de onda da tensão de rede na cor azul, na cor laranja temos a forma de onda da tensão em cima da carga e na cor lilás temos a forma de onda da corrente do circuito:
Fig. 8 – Forma de onda azul é a tensão da rede, a laranja é a tensão em cima da carga e a lilás é a
forma de onda da corrente do circuito.
Quando se utiliza diodo de roda livre, as fórmulas para calular tanto a tensão quanto a corrente média são as mesmas utilizadas no retificador de meia onda com carga puramente resistiva. Então,
V carga=V mx
π = 57,29V
I carga=V cargaR
=57,29140
=409,25mA
Os cálculos bateram com os valores medidos, comprovando o embasamento teórico.Registrou-se também a forma de onda da tensão em cima tanto do diodo principal quanto do diodo de roda livre, como mostrado nas figuras abaixo.
Fig. 9 - Forma de onda que representa a tensao e corrente em cima do diodo principal.
Fig. 10 - Forma de onda que representa a tensao em cima do diodo de roda livre.
A partir das figuras anteriores, é possível perceber que a carga é influenciada pela condução de ambos os diodos. Enquanto o principal conduz a maior parte da senoide, o diodo de roda livre permite corrigir o ceifamento da corrente causado pela defasagem da carga indutiva. Este diodo é responsável por conduzir apenas a parte da corrente que é cortada pelo diodo principal. Desta forma, é possível ver na figura 8 que a corrente tem forma de onda senoidal novamente e que a condução é caracterizada por “regime contínuo”, o que significa que para qualquer instante, a corrente nunca toca o ponto zero.
Por fim, foram propostos os seguintes exercícios:
Utilizando o software Psim, comparar os resultados obtidos na simulação com os resultados práticos:
Primeiramente, construiu-se o circuito de retificação em meia onda para uma carga puramente resistiva. Nas figuras abaixo, pode-se observar as formas de onda de corrente e tensão, tanto na carga quanto no diodo:
Fig. 4 – Forma de onda de corrente e tensão em cima da carga, para o circuito puramente resistivo
Fig. 4 – Forma de onda de corrente e tensão em cima do diodo, para o circuito puramente resistivo
Pode-se observar, então, grande semelhança com as formas de onda encontradas durante a realização do experimento.
Já as figuras abaixo mostram as formas de onda de corrente e tensão na carga e também no diodo para o circuito RL, sem adição do diodo de roda livre:
Fig. 4 – Forma de onda de corrente e tensão em cima da carga, para o circuito RL
Fig. 4 – Forma de onda de corrente e tensão em cima do diodo principal, para o circuito RL sem
adição do diodo de roda livre
Mais uma vez, foi possível observar grande semelhança com as formas de ondas retiradas no dia da medição e mostradas acima.Por fim, a figura abaixo mostram as formas de onda na carga RL e também no diodo de roda livre, que é adicionado para corrigir o ceifamento causado pelo diodo principal:
Fig. 4 – Forma de onda de corrente e tensão na carga RL (primeiro gráfico) e também no diodo de roda livre (segundo gráfico). O ceifamento na carga
é corrigido.
Foi possível confirmar, então, através da simulação, que os resultados obtidos na medição estavam corretos, pois os gráficos obtidos no osciloscópio possuem exatamente a mesma forma de onda e valores obtidos.
Faça uma análise comparativa do retificador monofásico de meia onda alimentando uma carga RL sem diodo de roda e com diodo de roda livre:
Como se sabe, uma carga RL possui como sua principal característica o defasamento de corrente em relação à tensão. Esta característica dita toda a diferença entre um retificador sem e com diodo de roda livre. O retificador de meia onda sem roda livre ceifa uma pequena parcela da corrente que está atrasada. Em outras palavras, quando o diodo entra em polarização reversa, a corrente ainda está terminando de completar um semiciclo. Esta parcela, a partir do instante da polarização reversa, não é conduzida. Para solucionar esta situação, é inserido um diodo de roda livre em antiparalelo com o principal. O diodo de roda livre irá conduzir apenas a
parcela da corrente que foi cortada pelo diodo principal, fazendo com que o regime de condução seja contínua.
Calcule para o retificador monofásico de meia onda alimentando uma carga puramente resistiva:a) Corrente média no diodo;
I diodomed=V p
π∙ 1R
=180π∙ 1140
=409,26mA
b) Corrente de pico no diodo;
I diodopico=409,26m ∙π=1,28 A
c) Tensão de pico inversa no diodo;
V pico inversa=V p=180V
d) Corrente eficaz no diodo;
I diodorms=0,5∗Idiodo pico=0,5∗1,28=0,65 A
e) Corrente eficaz na carga;
I cargarms=I diodorms=0,65 A
f) Tensão eficaz na carga;
V cargarms=0,5∗V cargapico=0,5∗180=90V
g) Fator de forma;
FF=V cargarmsV cargamed
=V c argarmsV p/ π
= 90180 /π
=1,56
h) Fator de ripple.
FR=√ (V cargarms )2−(V cargamed)
2
V cargamed=√902−(180 /π ) ²
180/π=1,2
Explique o que é condução contínua e descontínua de um conversor e identifique o regime de condução do retificador montado no exercício 8:
Em poucas palavras, um regime de condução contínuo é aquele em que a corrente do circuito, para qualquer instante de tempo, nunca atinge o valor de zero. Analogamente, em um regime descontínuo a corrente do circuito atinge o valor de zero por um determinado tempo. Existe ainda um terceiro tipo de regime de condução. É chamado de regime crítico, e se caracteriza pelo fato de, em algum instante de tempo, a tensão e a corrente atingirem o valor de zero ao mesmo tempo. Temos então, para o retificar de meia onda com diodo de roda livre, uma condução do tipo contínua.
6. CONCLUSAO
7. BIBLIOGRAFIA
Introdução à análise de circuitos. Robert Boylestad, 10ª Edição, Prentice Hall do Brasil.
Retificadores a diodo: monofásico de meia onda não controlado. Unesp. http://www.feis.unesp.br/Home/depart
amentos/engenhariaeletrica/lepnovo/curso2002/cap21.pdf