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Crises convulsivas na infância Ac. Henrique Mascioli Fiorillo Interno 6º ano FAMECA 2012

Crises convulsivas na infancia

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Principais crises convulsivas na infância.

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Crises convulsivas na infância

Ac. Henrique Mascioli FiorilloInterno 6º ano FAMECA 2012

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EpilepsiaPatologia que se apresenta com crises

epilépticas que ocorrem sem condições tóxicas, metabólicas ou febris.

Crise epiléptica: alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro. Durante curto período de tempo, ocorrem descargas anormais e excessivas.

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Nem toda crise epiléptica é uma convulsão!Nem todo paciente que apresenta uma

convulsão é portador de epilepsia!

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FisiopatologiaAumento da excitação neuronalDiminuição da inibição neuronal

EtiologiaNeonatal: congênitas, trauma, anóxia e

metabólicas3 m – 5 anos: convulsões febris, idiopáticas e

infecções5 anos – 12 anos: genética (sd. epilépticas

primárias)

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ClassificaçãoParciais (restrita a determinada área do córtex)

Simples (preservação da consciência). Paralisia de Todd; Marcha jacksoniana.

Complexa (comprometimento da consciência e automatismos faciais com movimentos repetitivos). Ocorre período pós-ictal.

Fatores que podem desencadear: privação do sono, álcool, estresse, uso inadequado de anticonvulsivantes, estímulos específicos (luzes, videogames, músicas)

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Generalizada (crises originam-se simultaneamente dos dois hemisférios) Sistema reticular ativador ascendente é acometido

(perde consciência). Tonicoclônica Generalizada (Grande Mal) = perda

súbita da consciência, contração tônica, fase clônica, grito epiléptico, quatro membros afetados, sialorreia, liberação esfincteriana, período pós-ictal.

Crises de Ausência (Pequeno Mal) = perda súbita e breve (até 30 s) da consciência, várias vezes ao dia (chega a 200 vezes).

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Crises Clônicas

Crises Tônicas

Crises Mioclônicas (contrações musculares semelhantes a choques, preservação da consciência). Após acordar, privação do sono, início do sono.

Crises Atônicas (leva a quedas, desencadeadas por sustos).

Espasmos (contrações tônicas rápidas, ao acordar ou durante sono).

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Principais SíndromesAusência Infantil (Pequeno Mal)

5 – 8 anosPerda total da consciência dura de 5 – 25 s, até

200 vezes ao dia. Pode ser acompanhada de componente motor, autonômico e automatismos. Desencadeadas por hiperventilação, estresse, hipoglicemia.

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Epilepsia Parcial Benigna da InfânciaForma mais comum de epilepsia na infância

(15 – 25%)3 – 13 anosCrise parcial simples (motora ou sensitiva).

Normalmente envolve língua, lábios, faringe, bochechas. Crises são curtas (1 – 2 min).

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Epilepsia Mioclônica Juvenil (Sd de Janz)13 – 20 anosCrises mioclôncias ao despertar, geralmente por

privação de sono. Pode evoluir para tonicoclônica após mioclonias ou haver crises de ausência.

Sd de West (Espasmos Infantis)Tríade: espasmos infantis + retardo do desenvolvimento

nps + EEG com padrão de hipsarritmiaInício no 1° ano.Espasmos breves intermitentes do pescoço, tronco e

membros

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Sd de Lennox-GastautInício entre 2 – 10 anosDiversos tipos de crises associadas a retardo

mental e distúrbio comportamental.Pode ser por anóxia prévia, criptogênica ou

precedida pela sd de West.Geralmente são refratárias ao tratamento

antiepiléptico.

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DiagnósticosAnamnese detalhada sobre a crise.Exames complementares (EEG, TC, RNM).

TratamentoMonoterapia, iniciar com dose baixa, nunca

retirar droga subitamente

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Ausência = valproatoAusências + TCG = valproatoTCG = carbamazepina, fenitoína, valproatoParcial simples/complexa = CMZP, fenitoína,

valproatoParcial com generalização 2aria = CMZP,

fenitoína, valproatoMioclônica = valproato

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Crise FebrilTipo de convulsão mais frequente na infância.

Benigna.Entre 2 – 5% das crianças menores de 5 anos.Atenção! Febre + convulsão são

manifestações comuns em meningites e sepse!

Crianças de 6 meses – 5 anos.

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FisiopatologiaNão se sabe ao certoFatores genéticos?Mais frequentes com história familiar de

parentes de primeiro grau.

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Características clássicas:6 m – 5 anosFebre alta e/ou que aumenta rapidamenteDuração menor que 10 minutosConvulsão generalizada, TC ou apenas clônicaPeríodo pós-ictal.

Crises atípicas podem ocorrer!

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Em 30 – 50% das crianças as convulsões febris se repetem. Maior risco: menores de 1 ano e as que tiveram convulsões com febre relativamente baixa (38 – 39°C) e de curta duração (< 24h)

Não possui risco de desenvolver epilepsia primária no futuro. Exceto se apresentarem sinais de alarme:

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Anormalidades do desenvolvimento neurológico

Crise focal complexaHF de epilepsiaFebre < 1h antes da convulsãoManifestações atípicasConvulsões febris recorrentes

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Diagnóstico é clínicoExames em casos de suspeita de algo mais

grave (punção lombar, EEG, TC, RNM, laboratoriais).

TratamentoAcalmar os paisTratar causa da febre (ATB, antitérmico)Se crise durar mais de 5 min,

benzodiazepínicos (diazepam retal).

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Obrigado pela atenção