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Dor Elsa Soares Elsa Soares Póvoa de Varzim 8 Junho 2010

Dor e qualidade de vida

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Dor

Elsa SoaresElsa SoaresPóvoa de Varzim

8 Junho 2010

Sono Movimentação / deambulação Respiração profunda Atenção e concentração Apetite Trabalho Humor Relação interpares Lazer Prazer de viver Vida sexual

Meyer-Rosberg et al. Eur J Pain. 2001;5:379-389

Impacto directo da doença no

emprego52%

N=126

Reformados (≥65 anos)

Desempregados

Pensão por doença

Redução do horáriopor doença

Trabalho a tempo parcial

Trabalho a tempo inteiro

Em 2002, nos USA, gastaram-se 41,7 bilhões de dólares no tratamento da Dor.

8%

18%

34%

19%

4%

17%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Patie

nts

(%)

Prevalência da DorGrave problema de saúde na Europa50% adultos sofre vários tipos de dor em determinada altura da vida

Dor crónica ・ Custos financeiros globais elevados (ao mesmo nível das doenças oncológicas e cardiovasculares)

Mais de 1.5 milhões de portugueses sofre de dor crónica*

EFIC 2001; *CienciaPT- A Informação da Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação em Portugal, Jun 2007

Sociedades Primitivas Dores internas atribuídas à encarnação de maus

espíritos Cérebro era o órgão de menor importância Coração controlava funções motoras e sensoriais,

incluindo a Dor

Grécia – Séculos V e VI a.C Cérebro era reconhecido como centro das sensações

– responsável pelo processamento da sensação nociceptiva

Alexandria – séculos III e IV a.C Distinção anatómica de nervos e artérias Percurso das fibras nervosas até ao cérebro e espinal

medula Reconhecimento do nervo na actividade sensorial e

motora

Renascimento Atribuição ao SNC do papel fundamental no

mecanismo das sensações e da nocicepção

Século XIX Teoria da especificidade Teoria do Padrão de estímulos

Século XX – 1965 – Melzack e Wall Teoria do Portão o impulso conduzido pelo SNP

ao SNC sofre a actuação de sistemas modulares, antes que a percepção dolorosa seja evocada.

Dor é a percepção consciente do estimulo doloroso

Sofrimento são as respostas afectivas negativas geradas pela dor

Comportamento de Dor são todas as formas de comportamento que reflectem a experiência dolorosa

POUCO SENSIVEIS MUITO SENSIVEIS

Ossos Pericárdio Peritoneu Tecido hepático

Pele (picada, inflamação)

Dentina e polpa dentária

Pleura (inflamação e compressão)

Músculo cardíaco (anóxia)

Meninges (distensão e inflamação)

DOR AGUDA DOR CRÓNICA

É provocada por uma lesão externa ou interna

A intensidade correlaciona-se com o estímulo desencadeante

Pode ser claramentelocalizada

Tem uma função clara de advertência e protecção

O sistema nervoso simpático é activado e são libertadas catecolaminas

Apresenta uma duração superior a 3-6 meses

Não está associada à ocorrência que a provocou

Torna-se, por direito próprio, numa doença

A sua intensidade deixa de estar correlacionada com o estímulo causal

Perdeu a sua função de advertência e protecção

Representa um desafio terapêutico especial

Cutânea ou superficial Localizada com precisão

Profunda Músculos, tendões, articulações

Fantasma Permanência da memória de Dor depois de

amputação Neuropática

Por lesão parcial ou total dos nervos periféricos ou do SNC (herpes zoster, AVC, diabetes)

Escala Numérica (EN)

Escala Visual Analógica (EVA)

Sem dor Com dor

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sem dor Dor ligeira Dor moderada Dor acentuada Pior dor imaginável

Localização Irradiação Carácter ou qualidade Intensidade Duração Evolução Relação com funções orgânicas Factores desencadeantes Factores de alívio Manifestações associadas

Irradiação da Irradiação da DorDor

Em pontada dor pleurítica Pulsátil alguns tipos de dor de cabeça Cólica intestinal, menstrual.. Queimadura úlcera Surda dor lombar Constrictiva EAM Contínua / em barra pancreatite aguda Fantasma amputação

É o tempo decorrido entre o início da dor e o diagnóstico: Fugaz Cíclica Contínua

Pode-se intensificar de forma progressiva

Pode ser rítmica

Pode apresentar surtos periódicos ao longo da duração da doença

Tem em conta a localização da Dor e a área afectada: Tórax Restroesternal Cervical Epigástrica Lombar Membros

Execução de esforço Alimentação Compressão do local Movimento Peso Repouso

- Posturas inadequadas- Esforço exagerado- Permanecer muito tempo

na mesma posição

O stress e a pressão do dia a dia ou até a insatisfação no trabalho podem desencadear uma crise dolorosa.

HÁBITO DE FUMAR: a nicotina acelera o processo de degradação do disco intervertebral

REALIZAÇÃO DE TRABALHOS PESADOS, mesmo que raramente

HÁBITOS POSTURAIS INADEQUADOS: sentar, andar, deitar ou carregar peso em posições que forcem as estruturas

musculoesqueléticas

Posições antálgicas Indução de vómito Resposta a analgésicos Repouso Calor Frio Movimento

A própria dor, quando muito intensa, pode provocar outros sintomas: Cólicas náuseas, vómitos, sudorese, palidez, mal-

estar

A Dor pode-se acompanhar de manifestações relacionadas com ela própria enxaqueca

Depressão Ansiedade Raiva Hostilidade Religião e crenças Situação profissional Estratégias para lidar com a Dor

MÉDICO MEDICAMENTOS REPOUSO IMOBILIZAÇÃO FISIOTERAPIA

CIRÚRGICO

O seu tratamento depende do diagnóstico e do grau de lesão.

Anestesia Fisiatria Psiquiatria Psicologia Neurologia Neurocirurgia Reumatologia Ortopedia Oncologia Enfermagem

Bloqueios nervosos Centrais Periféricos

Acupuntura TENS Hipnoterapia Biofeedback Radioterapia Fisioterapia Mesoterapia

Lombalgia (coluna lombar) Tendinites / tendinoses (ombro, cotovelo,

joelho, tornozelo) Compressão nervos periféricos (sindrome tunel

cárpico) Neuropatia diabética Fracturas (stress, osteoporose) Mialgias Fibromialgia Artrite Reumatóide

Torcicolo

Cefaléia

Dor nas costas

Lombalgia

Hernia de Disco

Dor Muscular

Cãibras

Inflamação ou ruptura do talão de

aquiles Entorce de tornozelo

A coluna vertebral é formada por 33

vértebras sobrepostas

vértebra

Disco intervertebral

Medula espinhal

COMO É A COLUNA VERTEBRAL

Entre uma vértebra e outra, encontramos o disco disco

intervertebralintervertebral, que serve de amortecedor da coluna.

Quando o disco é saudável ele é alto e hidratado e o

forame (buraco) apresenta tamanho compatível

para a passagem do nervo.

O disco intervertebral possui o centro rico em água, recoberto por um anel fibroso (lembra um chiclete).

Esforços repetitivos numa mesma direção podem ir destruindo as fibras, permitindo o extravasamento do núcleo para fora. É o que denominamos de hérnia de disco.

Hérnia de disco

Os músculos, que são responsáveis por realizar o movimento e os ligamentos que promovem a estabilidade da

articulação, mantendo um osso junto ao outro.

MÚSCULOS LIGAMENTOS

MúsculosLigamentos

Os nervos são ramificações que saem da medula espinhal e levam

informações do cérebro ao corpo e vice versa.

Quando os nervos são comprimidos, podem

provocar dores em todo o seu trajecto (irradiação da

dor).

Nervos

Requer a harmonia

entre todas as

suas estruturas

Quando vista de perfil, a coluna apresenta CURVATURAS NORMAIS, que permitem o bom equilíbrio entre as estruturas

Perfil

Lordose cervical

Cifose dorsal

Lordoselombar

O uso inadequado do corpo, com movimentos

repetitivos numa mesma direcção, pode

alterar as curvaturas da coluna em qualquer

região, rectificando-a (diminuindo) ou

acentuando-a (aumentando),

influenciando ou não na origem das dores.

Escoliose: desviolateral da coluna

Acentuação da Cifose:Aumento da curvatura

dorsal da coluna

Hiperlordose lombar:Aumento da curvatura

lombar da coluna

Lombar comirradiação para

perna e pé

Lombar

Cervical

Cervical comirradiação para

ombro, braço ou mão

LOMBALGIA FUNCIONAL:

Dores na região lombar da coluna que surgem e pioram com esforço

Desordem articular caracterizada por áreas de perda local da cartilagem, associada a formação de osteófitos (bicos de papagaio), podendo levar a deformidades.

Bico de papagaio

Doença esquelética progressiva, que resulta de um períodoassintomático de perda de massa óssea, com consequente

redução da força do osso até que ocorra uma fractura espontânea ou após um trauma leve.

EXAME CLÍNICO RX RESSONÂNCIA TOMOGRAFIA EMG

Ressonância

MÉDICO MEDICAMENTOS REPOUSO IMOBILIZAÇÃO FISIOTERAPIA

CIRÚRGICO

O seu tratamento depende do diagnóstico e do grau de lesão.

Sofrimento Total Dor

Sintomafísico

Psicológico

Social efinanceiro

Cultural

Espiritual

A postura adequada deve estarpresente em todas as ações do

seu dia-a-dia!

Observe cada movimento acima!

Ao caminhar, procure manter o troncoreto, pescoço alinhado, barriga para dentro,

olhando para frente e tocando o chão inicialmente com o calcanhar e depois a ponta do pé.

Procure aumentar o cabo da vassoura, aspirador, enxada...Realize as atividades com o tronco reto. Se necessário,

dobre seus joelhos e não sua coluna!!!

LEVANTAMENTO DE PESO

Dobre as pernas!!!

Muito peso DEFORMA a coluna. Carregue só o que for necessário.

O mais adequado é dividir o peso em dois pacotes.

A mochila prejudica menos quando carregada na cintura, bem próximo ao

corpo.

Mas a postura aqui é fundamental:contraia o abdomen, abra o peito e

olhe para frente!

SENTAR-SE

Não permaneça sentado em bancos por tempo prolongado. É muito importante apoiar direitinho as costas no encosto da cadeira!!!

1. Punho alinhado2. Assento almofadado3. Espaço entre coxa e cadeira4. Apoiar costas no encosto5. Monitor na linha do olho6. Braços apoiados

Nunca durma de barriga para baixo nem durma com travesseiro alto!

É recomendável utilizar um travesseiro baixode baixo da cabeça quando dormir de barriga para cima. Ou

use um travesseiro que preencha o espaço entre a orelha e o ombro, quando dormir de lado, para que a sua cabeça

não fique nem caída nem erguida enquanto dorme.Use um travesseiro entre os joelhos (quando dormirde lado) ou debaixo dos joelhos (quando dormir de

barriga para cima).

Posição de alívio da dor!

Deite-se no chão, eleve as pernas num almofadão e permaneça durante 20 minutos várias vezes ao dia.

Elsa SoaresElsa Soares

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91 754 31 52256 336 [email protected]