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Politicas de saúde mental: organização da RAPS no SUSProf. Me. Aroldo Gavioli
Reforma Psiquiátrica e Política de Saúde Mental do SUS
1º momento: crítica ao modelo hospitalocêntrico (1978 –1991)
2º momento: implantacão da rede de atenção psicossocial (1992 – 2000)
3º momento: a Reforma Psiquiátrica depois da Lei Federal 10.216/01 – consolidação do novo modelo (2001 - …)
Pressupostos históricos
• Inicio na década de 1980.
• Mobilização de usuários, familiares, profissionais e trabalhadores da saúde
• 100 mil pessoas vivendo em manicômios.
• Condições desumanas de tratamento (direitos humanos)
• fim da ditadura militar em 1985
• Experiências exitosas na Europa com a substituição do modelo centrado no hospital psiquiátrico.
Década de 1980.
• Desisntitucionalização de moradores de manicômios.
• Inicia-se os serviços de atenção psicossocial.
• Usuários em seus territórios existências.
• Politica de diminuição da oferta de leitos hospitalares.
• Mudanças da própria sociedade sobre seus conceitos em relação a doença mental.
Deputado Paulo Delgado (projeto de lei nº 3.657/1989): Reforma Psiquiátrica Brasileira.
Em 1990, Declaração de Caracas, que propõe a reestruturação da assistência psiquiátrica.
Lei 20.216/2001: proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
Politica de saúde mental: visa garantir o cuidado ao paciente com transtorno mental em serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos.
• Direitos as pessoas portadoras de transtornos mentais, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas.
• Direito de um tratamento que respeito a cidadania.
• Serviços comunitários e de base territorial.
Lei federal nº 10.216
Conceito de território
Serviço de portas abertas (qualquer um acessa, entra e sai).
Próximo de onde o usuário vive, onde está sua família, seus amigos e as instituições que tem contato (igreja, posto de saúde, escola e etc.).
Próximo dos lugares que frequenta (comércio, UBS, etc.).
Onde circulam seus sentimentos, afetos e laços sociais.
Compõe a rede social do usuário.
• Reorientação do modelo assistencial
• Direitos dos usuários: melhor tratamento (preferencialmente em serviços comunitários de saúde mental), inserção na comunidade, informação sobre o tratamento (os menos invasivos) – direito a cuidados integrais
• Responsabilidade do estado para desenvolver políticas públicas para esta população
• Internação como último recurso terapêutico
• Proibição de internações em instituições asilares
• Políticas específicas para pacientes longamente internados
Principais aspectos da Lei 10.216/01
Diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental
Reestruturação da assistência psiquiátrica hospitalar – desisntitucionalização
• Programa de Reestruturação da Assistência Psiquiátrica Hospitalar – PRH: redução gradual e planificada de leitos
• Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares -PNASH-Psiquiatria
• Implementação do programa “DE VOLTA PARA CASA”
• Expansão dos serviços residenciais terapêuticos
• Reorientação dos manicômios judiciários
• Leitos em hospitais gerais
Expansão e consolidação da rede de Atenção Psicossocial
• Expansão e qualificação dos CAPS
• Qualificação dos ambulatórios
• Implantação de centros de convivência
• Inclusão das ações de saúde mental na Atenção Básica
• Atenção integral a usuários de álcool e outras drogas
• Política de Saúde Mental Infanto-juvenil
• Programa Permanente de Formação de profissionais para a Saúde Mental
• Programas de geração de renda e trabalho, intervenções na cultura, mobilização de usuários e familiares
Magnitude epidemiológica dos transtornos mentais
• 3% da população com transtornos mentais severos e persistentes (necessita de cuidados contínuos ).
• 9% transtornos mentais leves (precisam de atendimento eventual).
• 10 a 12% da população dependente de álcool.
• 56% das ESF informam realizar alguma ação de saúde mental ou lidar com esta questão (DAB/2001).
Para se pensar em uma rede de cuidados em saúde mental é necessário considerar:
• 1. critérios epidemiológicos;
• 2. critérios populacionais;
• 3. perfil da rede de saúde e de saúde mental já existentes;
• 4. fluxo das demandas de saúde mental
• 5. histórico do município e da região
• 6. priorização no orçamento
Composição de uma rede de serviços de saúde mental
• CAPS (CAPS I, II, III, Álcool e Drogas e Infanto-juvenil);
• Ações de saúde mental na atenção básica
• Ambulatórios – reorganização e qualificação
• Leitos de atenção integral (CAPS III, hospitais gerais e emergências gerais)
• Para moradores: residências e Programa de Volta para Casa
• Centros de convivência
• Experiências de geração de renda
• Articulações intersetoriais
• Qual o papel de cada um dos componentes da Rede de Atenção Psicossocial?
• Trabalho em grupo:
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 4 Grupo 4
CAPS (CAPS I, II, III, Álcool e Drogas e Infanto-juvenil);Ações de saúde mental na atenção básica
Ambulatórios –reorganização e qualificaçãoLeitos de atenção integral (CAPS III, hospitais gerais e emergências gerais)
Para moradores: residências e Programa de Volta para CasaCentros de convivência
Experiências de geração de rendaArticulações intersetoriais
Referências
• BRASIL; MINISTÉRIO DA JUSTIÇA; SECRETARIA NACIONAL DE POLITICAS SOBRE DROGAS. Prevençãodo uso de drogas: capacitação para conselheiros e lideranças comunitárias. Brasilia - DF: SENAD, 2013.