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Revista bem estar-14-09-14

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Editorial

Na música “Timidez”, lançada na década de 80, a bandaBiquini Cavadão falou sobre a agonia de ser tímido, dadificuldade em não ter voz e do medo em se declarar. Apoetisa brasileira, Cecília Meireles, considerada uma dasmais importantes representantes da literatura modernista,também escreveu um texto sobre a timidez, em que elarevelou o medo em dizer o que sentia ao seu amado. Oacanhamento é uma característica que qualquer um de nósapresenta em algum momento da vida. Mas timidez emexcesso ou exibida de forma descontrolada pode prejudicaro sucesso em qualquer área da vida. Sendo assim, a revistaBem-Estar deste domingo traz uma reportagem quedesvenda a timidez. Especialistas ainda dão algumas dicaspara o tímido se libertar da timidez, que pode ser resumidacomo um aprisionamento. Boa Leitura.

24

O centro-sul do Chile encanta peloslagos de Pucón e geleirasna Patagônia

12

Cria do teatro, Giulia Gam fala dadificuldade para compor sua novapersonagem, Carlota, de "Boogie Oogie"

11

Psicólogo fala sobre a socidade consumistae a cultura que nutrea infelicidade entrehomens e mulheres

Poesia

ENTRE AMIGOS

Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha,

recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no

shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso

não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade",

que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para

a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e

diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai

além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem

a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.

Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não

valorizam ainda o que está sendo construído. São amizades não testadas

pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se

serão varridos numa chuva de verão. Veremos.

Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro,

experiências. Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o

ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda

um emprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa

conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o

Réveillon.

Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra

contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.

Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura

uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.

Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém. Martha Medeiros

Agência O Globo

Divulgação

Turismo

Rubens Cardia

Televisão

Como superara timidez

Josinel B.Carmona

DIÁRIO DA REGIÃO

Diretor de Redação

Décio Trujilo

[email protected]

Editor-chefe

Fabrício Carareto

[email protected]

Coordenação

Ligia Ottoboni

[email protected]

Editor de Bem-Estar e TV

Igor Galante

[email protected]

Editora de Turismo

Cecília Demian

[email protected]

Editor de Arte

César A. Belisário

[email protected]

Pesquisa de fotos

Mara Lúcia de Sousa

Diagramação

Cristiane Magalhães

Tratamento de Imagens

Edson Saito, Luciana Nardelli

e Luis Antonio

Matérias

Agência Estado

Agência O Globo

2 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

POSTAR OUNÃOPOSTAR

Comportamento

Gisele Bortoleto

[email protected]

Acredite, o que você posta nas redes sociais pode,sim, influenciar no seu trabalho. Essa questão é cadavez mais usual para as pessoas, em função da amplitudeque esses meios de comunicações tomaram. "O que vocêcoloca em suas redes sociais pode ter reflexo em sua vi-da pessoal", diz o consultor em gestão de projetos Ricar-do Barbosa, diretor executivo da Innovia Training &Consulting .

E a explicação de Barbosa é simples: vivemos umarealidade na qual o que se fala, o que se curte ou quemsegue, e tudo mais, pode ser usado a favor e contra pro-fissionalmente. "Vejo muito isso em contratações, emque as áreas de recursos humanos já utilizam desse arti-fício", complementa.

Frases mal postadas, preconceito, xingamentos e de-clarações desnecessárias pegam muito mal. Sem contarque sempre se deve buscar escrever de forma correta.

Pense sempre que as redes sociais segue a vida real,assim, pense quais situações não seriam adequadas to-mar na frente de seus pares do trabalho e reproduza esseconceito para as redes socais.

São inúmeras as situações a serem evitadas. Para pos-tar, basta ter bom senso e utilizar as redes sociais cominteligência, tendo a consciência do impacto das suasações. Coloque em uma balança, os pontos positivos enegativos de uma postagem. As pessoas hoje tem acessoao que você faz 24 horas. Por isso, preserve sua imagem.

Baladas e Bebedeiras

Exemplos recorrentes são os impactos de constantesfotos no Facebook - ou outras redes - de bebedeiras, ba-ladas e 'pegação'. Não cabe a ninguém julgar o estilo devida das pessoas, mas expor o mesmo de forma inade-quada trará consequências negativas para imagem deum profissional. O compartilhamento de informações émuito rápido, e com isso também é muito fácil ser visto

e ser alvo de entendimentos errôneos nas redes sociais,não que isso seja correto, mas é recorrente as pessoasavaliarem os profissionais pelo que observam em fotos.Antes de tirar qualquer foto tenha em mente que vocêserá julgado por ela. Um erro comum é a pessoa blo-quear o acesso das pessoas as suas fotos nas redes sociaise achar com isso que está segura. Outras pessoas pode-rão compartilhar a mesma foto.

Adicionar ou não adicionar superiores

Ponto bastante complexo, a respostas dependerá darelação que se tem com a pessoa. Tenha uma posiçãopassiva, mas, caso seja convidado pelo chefe, reco-mendo que o adicione, pois, mais do que o lado pro-fissional, estamos sempre lidando com indivíduos,que possuem em suas personalidades característicasdiversas. Tenha em mente que o fato de não aceitaruma solicitação pode ser levado como uma ofensa,ou com o fato que tem muito a esconder, criando umdesconforto não adequado.

Se não quer adicionar, deixe claro de forma indi-reta que não gosta de ter colegas de trabalho em suasredes sociais. Outro ponto é também se conter. Nãoé porque começou um novo emprego ou tem uma no-va rede social que deve chamar todos para seremseus amigos. A pessoa também pode não gostar deser adicionado e ficar assim em uma saia justa. Bus-que convidar para suas redes pessoas com quem real-mente tenha relacionamento.

Uma rede profissional e outra pessoal

Criar duas redes sociais é uma boa saída para quemquer privacidade, mas não é garantia nenhuma, de acor-do com Ricardo Barbos. Sempre haverá os que vão que-rer participar das duas redes e também os que irão aces-sar todas, buscando saber o que você faz de sua vida.“Não se iluda com soluções simplistas, a postura preven-tiva é a melhor saída.” �

Um futuro cada vez mais cheio de amigos, mas com pouca privacidade

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 3

Casos extraconjugais costumam

ocorrer quando um parceiro não

dá aquilo de que o outro mais

precisa. Sendo assim, como

blindar essa relação?

Gisele [email protected]

Quando um homem e uma mulher se casam, ambostêm grandes expectativas. Eles se comprometem a satis-fazer as necessidades um do outro de forma exclusiva.Ambos concordam em ser fieis, não dando a mais nin-guém o direito de atender a essas demandas íntimas.

Isso não significa que tudo o que precisa será satis-feito pelo cônjuge, mas há algumas necessidades bási-cas que a maioria de nós reserva estritamente para o re-lacionamento conjugal.

Quase todos os que se casam esperam que o parcei-ro (ou parceira) o satisfaça. Mas geralmente, a ignorân-cia contribui para o fracasso, porque homens e mulhe-res têm muita dificuldade de entender e reconhecer ovalor e a necessidade um do outro. Ambos costumamtentar atender às necessidades que eles valorizam parasi próprio e não conseguem fazer o outro feliz.

Maridos e mulheres têm carências (não necessaria-mente sexuais) que, quando não são atendidas dentrodo casamento, acabam buscando alguém fora parasatisfazê-las. E isso parece o fim de tudo.

Muitas pessoas podem acreditar que não existemmaneiras de salvar um casamento em crise, mas o

Relacionamento

CASAMENTOÀPROVA

DETRAIÇÃO

4 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

psicólogo norte-americanoWillard F. Harley Jr., mostraque não apenas é possível sair dacrise como também evitar queela aconteça.

Em seus quase 30 anos de ex-periência como terapeuta de ca-sais, o autor descobriu o que fazuma relação dar certo - e o quepode fazê-la dar completamenteerrado.

No livro "Casamento à Provade Traição", lançado em julho pe-la editora Sextante, o autor expli-ca que todas as pessoas têm algu-mas necessidades emocionais bá-sicas, e elas esperam que essas ne-cessidades sejam supridas peloparceiro depois do casamento. Seisso não acontece, inicia-se umprocesso de frustração, mágoa edesencantamento que muitas ve-zes dá origem às relações extra-conjugais ou ao divórcio.

Na obra, o autor apresenta as10 necessidades emocionais maiscomuns de homens e mulheres, en-tre elas a satisfação sexual, conver-sa íntima, companheirismo no la-zer, honestidade, franqueza, atra-ção física, apoio financeiro, apoiodoméstico, compromisso com a fa-mília e admiração. Ele garante ain-da que reconhecer as próprias ne-cessidades e estar disposto a supriras do parceiro, são os principais in-gredientes de um relacionamentolongo e feliz.

Evitar o risco de um caso extra-conjugal não é o único fator que de-ve ser levado em consideração nahora de atender as necessiddesemocionais do parceiro. Elas de-vem ser atendidas, segundo o au-tor, "primeiro porque o casamentoé uma relação muito especial equando satisfazem as necessidadesemocionais um do outro, vocêscriam e sustentam um sentimentode amor mútuo, que é essencial pa-

ra um casamento bem-sucedido."Talvez você ainda esteja se per-

guntando: devo temer que meucônjuje tenha um caso extraconjul-gal se eu não estiver satisfazendosuas necessidades? Ele deve temerque eu tenha um caso se minhas ne-cessidades não forem supridas? "Seestiver se referindo as necessida-des descritas neste livro, a respostaé sim", diz o autor.

Isso pode não ser uma boa notí-cia. "Mas e o compromisso e a con-fiança", você pode perguntar. "Co-mo um casamento pode funcionarse os parceiros não confiam um nooutro? O próprio autor responde."Sou totalmente favorável ao com-promisso e concordo que confian-ça é um elo vital no casamento masse qualquer uma das necessidadesemocionais básicas de um cônjujenão for atendida, essa pessoa ficavulnerável à tentação de um casoextraconjugal", explica

Traduzido para mais de 20idiomas e com três milhõeõesde exemplares vendidos nomundo, o livro traz questioná-rios, exercícios, estratégias prá-ticas e histórias reais para aju-dar os leitores as vencer essesobstáculos e fortalecer suaunião, de forma que nenhumdos dois se sinta tentado a bus-car numa terceira pessoa algoque falta em casa.

"O livro vai diretamente aocerne da questão, àquilo que tor-na um casamento bem sucedido- o sentimento de amor. Em to-dos esses anos que trabalhei co-mo terapeuta, nunca aconse-lhei um casal apaixonado quequisesse realmente se separar,mas já trabalhei com muitos ca-sais a ponto de se divorciar,mas que tinham carinho um pe-lo outro e uma excelente capaci-dade de resolver problemas", ga-rante o autor.

Willard F. Harley Jr é psicólogo,terapeuta de casais e autor devários livros sobrerelacionamentos. Ele e suamulher, Joyce, apresentam umprograma de rádio chamadoMarriage Builders e moram emWhite Bear Lake, Minnesota.

OHOMEM IRRESISTÍVEL

1 -Carinho

O marido diz à esposa quegostadela

pormeio depalavras, cartões, flores,

presenteseoutras gentilezas. Ele aabraça ea

beija várias vezes por dia, criando um

atmosferadecarinhoque repetidamente

expressaoamor por ela

2 -Conversa

Ele reservaum tempo todos osdias para

conversar asóscom ela.Eles podem

conversar sobre oqueestá acontecendoem

suasvidas, sobreos filhos, sobreseus

sentimentoseplanos.Mas, qualquer que seja

o tópico, ela gostadas conversasporque o

tomnuncaéde reclamação, críticaou raiva, e

simde informação construtiva. Ele pode trocar

ideiascomo marido quandoquiser, e ele

respondecom interesse. Ele nuncaestá

ocupadodemais parabater papo

3 -Honestidade e franqueza

Ele conta tudo aela, sem escondernada

quepossa surpreendê-la umdia. Ele descreve

seussentimentospositivos enegativos,

coisasqueaconteceram em seupassado, as

atividadesdesua agenda diáriae seusplanosparao futuro. Ele nuncapermite queela tenhauma falsa impressão deleeésincero sobreseuspensamentos, sentimentos, intenções ecomportamentos

4 -Apoio financeiro

Eleassumea responsabilidade desustentara casa, sendo capazdepagar poralimentação,moradiae vestuário da família.Sea renda é insuficientepara manter essesustentoessencial, ele resolveoproblemaobtendoqualificações paraum saláriomaisalto.O horário de trabalhonão lhe toma tempodemais - o queomanteria afastadoda família.Emboraapoie aesposa casoelaqueira ter aprópria carreira, elenão irádepender dosalário delapara pagar asdespesas básicasda família

5 -Compromisso com a família

Elededica tempo eenergia suficientesparaodesenvolvimentomoral eeducacionaldos filhos. Lêpara eles, ensina-os apraticaresporteseos levapara muitospasseios. Comaesposa, ele lê livroseassistepalestrassobredesenvolvimento infantil, a fimdeaprender aeducarmelhor os filhos.Elesdiscutemmétodoseobjetivosde treinamentoeadisciplina, até concordaremem tudo

A MULHER IRRESISTÍVEL

1 - Satisfação sexual

A esposa atende a essanecessidade, tornando-se uma excelenteparceira sexual. Juntos, aprendem a terum a relação sexual que ambosconsideram prazerosa e gratificante

2 - Companheirismo no lazer

Ela desenvolve interesse pelasatividades relativas a lazer de que omarido mais gosta e tenta praticar esaber mais sobre elas. Se não gostadessas atividades, ela o estimula aconsiderar outros que ambos possamapreciar e executar juntos. Ela se torna acompanheira favorita do marido nashoras de lazer e ele a associa a seusmomentos mais divertidos e relaxantes

3 - Atração física

Ela se mantém em boa forma física

com dieta balanceada e exercícios, e usao cabelos, as roupas e a maquiagem dojeito que ele considera atraente e de bomgosto. Ele se sente atraído por ela entrequatro paredes e se orgulja da aparênciadela em público

4 - Apoio doméstico

Ela cria no lar um refúgio daspreocupações da vida. A esposaadministra as responsabilidades dacasa, de forma a fazê-lo passar maistempo em casa com a família

5 - Admiração

Ela entende e valoriza o marido maisdo que qualquer outra pessoa. Elacontinua a lembrá-lo de seu valor e desuas realizações, ajudando-o a mantersua autoconfiança. Ela evita criticá-lo.Tem orgulho dele, não por obrigação,mas pelo profundo respeito que sentepelo homem que ela passou a conhecer

mais do que qualquer pessoa �

Raio-X

COMO RESGATAR A INTIMIDADECOMO RESGATAR A INTIMIDADEE A ALEGRIA DA ÉPOCA DO NAMOROE A ALEGRIA DA ÉPOCA DO NAMORO

Identifique assuas necessidadesemocionaise a do seuparceiro, e, a partir daí,

traceestratégiasespecíficas para que vocêsdois consigamsuprir osanseiosum do outro

Evite fazer exigências, desrespeitar o outro, expressar raiva e remoer

os mesmos erros passados ou presentes

Aprenda a demonstrar seu amor de modo mais criativo e eficaz,

eliminando os problemas que dão origem às crises conjugais

Fonte: extraído do livro "Casamento à Prova de Traição", de Willard F. Harley Jr.

Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 5

Romances e alguns dramas trazem cenas inesquecíveis e

servem para inspirar e reacender a paixão dos casais

Gisele [email protected]

Quer fazer seu relacionamentodar certo? A ciência garante que temuma fórmula mágica para que issoaconteça: veja pelo menos cinco fil-mes por mês junto com seu amor. Is-so diminui pela metade o risco de se-paração. Bem, pelo menos é o que ga-rante um estudo da Universidadede Rochester, nos Estados Uni-dos, que mostra que os filmes sen-timentais feitos em Hollywood po-dem ajudar a fortalecer relaciona-mentos na vida real (o que seriauma média de aproximadamenteum filme por final de semana), eterem umas discussão de cerca de35 minutos para treinarem a com-preensão diante das dificuldades.

Os resultados mostram que aabordagem barata, divertida e rela-tivamente simples, pode ser tãoeficaz quanto outros métodosmais intensivos conduzidos por te-rapeutas que reduzem a taxa de di-vórcio ou separação de 24% para

11%, depois de três anos. "Nósachávamos que o tratamentocom filmes ajudaria, mas não

tanto quanto os outros progra-mas", diz Ronald D. Rogge,professordepsicologianaUniver-sidade de Rochester e principalautor do estudo.

Os cientistas convidarampara a pesquisa 174 recém-casa-

dos e descobriu que aqueles queassistiram e conversaram sobre

questões levantadas em filmes como"Flores de Aço" e "Love Story", porexemplo, tinham menos chances dese separar do que casais em um gru-po de controle. Surpreendentemen-te, a intervenção de "Love Story" foitão eficiente em manter casais jun-tos quanto dois métodos intensivosconduzidos por terapeutas.

Apesar de os resultados serem preli-minares, os pesquisadores dizem quetêm implicações importantes para oaconselhamento de casais com proble-mas de relacionamento. A intervençãocom filmes pode se tornar uma opçãode autoajuda para os que relutam eminiciar sessões formais de terapia, ouàqueles que moram em áreas com me-nos acesso a terapeutas.

"Um filme é uma maneira nãoameaçadora de iniciar a conversa",disse Ronald D. Rogge, professor depsicologia na Universidade de Ro-chester e principal autor do estudo.Isso é realmente empolgante - ressal-ta- pois torna muito mais fácil atin-gir os casais e ajudá-los a fortalecerseus relacionamentos em ampla esca-la. Os resultados - garantem os pes-quisadores- sugerem que os maridose esposas têm noção de que pode-riam estar fazendo de certo e erradoem seus relacionamentos. Assim, vo-cê pode não precisar lhes ensinarum monte de habilidades para redu-zir a taxa de divórcio. "Você só preci-sa fazê-los pensar sobre como estãose comportando. É incrível que cin-co filmes nos deem uma vantagemque dura por mais de três anos", co-

memora Rogge.Rogge e o autor sênior Thomas

N. Bradbury, diretor do Rela-tionship Institute da University ofCalifornia, em Los Angeles, publica-ram as descobertas na edição da re-vista "The Journal of Consultingand Clinical Psychology" em dezem-bro do ano passado.

Filmes úteis

Ao determinar a lista de filmesque poderiam ser úteis a casais, ospesquisadores eliminaram comédiasromânticas populares como "Sinto-nia de Amor" ou "Harry e Sally - Fei-tos um para o Outro". Em vez disso,eles fizeram uma lista de filmes quemostram casais em pontos altos ebaixos de suas relações. Segundo Ro-gge, Hollywood pode colocar expec-tativas bastante irreais nos relaciona-mentos românticos. "A ideia de quevocê precisa se apaixonar de formafácil e instantânea não é uma realida-de, e não é relevante para a maioriados casais que estão em um relacio-namento há dois, três ou quatroanos", explica.

A ideia de ver filmes é incrivel-mente boa. "É mais sensível e bemmais barata", diz Thomas Bradbury,um dos autores do estudo. Pois é, pa-rece fácil melhorar um pouquinhoseu relacionamento. Da próxima vezque for assistir a qualquer filme, fi-que atento. Você poderá reconhecerseus erros no casal da telinha. E oque é melhor: poderá consertá-los.

Relacionamento

ÁGUA COMAÇÚCARS

tock

images/D

ivulg

ação

6 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Romances e alguns dramas trazem cenas inesquecíveis e

servem para inspirar e reacender a paixão dos casais

Gisele [email protected]

Quer fazer seu relacionamentodar certo? A ciência garante que temuma fórmula mágica para que issoaconteça: veja pelo menos cinco fil-mes por mês junto com seu amor. Is-so diminui pela metade o risco de se-paração. Bem, pelo menos é o que ga-rante um estudo da Universidadede Rochester, nos Estados Uni-dos, que mostra que os filmes sen-timentais feitos em Hollywood po-dem ajudar a fortalecer relaciona-mentos na vida real (o que seriauma média de aproximadamenteum filme por final de semana), eterem umas discussão de cerca de35 minutos para treinarem a com-preensão diante das dificuldades.

Os resultados mostram que aabordagem barata, divertida e rela-tivamente simples, pode ser tãoeficaz quanto outros métodosmais intensivos conduzidos por te-rapeutas que reduzem a taxa de di-vórcio ou separação de 24% para

11%, depois de três anos. "Nósachávamos que o tratamentocom filmes ajudaria, mas não

tanto quanto os outros progra-mas", diz Ronald D. Rogge,professordepsicologianaUniver-sidade de Rochester e principalautor do estudo.

Os cientistas convidarampara a pesquisa 174 recém-casa-

dos e descobriu que aqueles queassistiram e conversaram sobre

questões levantadas em filmes como"Flores de Aço" e "Love Story", porexemplo, tinham menos chances dese separar do que casais em um gru-po de controle. Surpreendentemen-te, a intervenção de "Love Story" foitão eficiente em manter casais jun-tos quanto dois métodos intensivosconduzidos por terapeutas.

Apesar de os resultados serem preli-minares, os pesquisadores dizem quetêm implicações importantes para oaconselhamento de casais com proble-mas de relacionamento. A intervençãocom filmes pode se tornar uma opçãode autoajuda para os que relutam eminiciar sessões formais de terapia, ouàqueles que moram em áreas com me-nos acesso a terapeutas.

"Um filme é uma maneira nãoameaçadora de iniciar a conversa",disse Ronald D. Rogge, professor depsicologia na Universidade de Ro-chester e principal autor do estudo.Isso é realmente empolgante - ressal-ta- pois torna muito mais fácil atin-gir os casais e ajudá-los a fortalecerseus relacionamentos em ampla esca-la. Os resultados - garantem os pes-quisadores- sugerem que os maridose esposas têm noção de que pode-riam estar fazendo de certo e erradoem seus relacionamentos. Assim, vo-cê pode não precisar lhes ensinarum monte de habilidades para redu-zir a taxa de divórcio. "Você só preci-sa fazê-los pensar sobre como estãose comportando. É incrível que cin-co filmes nos deem uma vantagemque dura por mais de três anos", co-

memora Rogge.Rogge e o autor sênior Thomas

N. Bradbury, diretor do Rela-tionship Institute da University ofCalifornia, em Los Angeles, publica-ram as descobertas na edição da re-vista "The Journal of Consultingand Clinical Psychology" em dezem-bro do ano passado.

Filmes úteis

Ao determinar a lista de filmesque poderiam ser úteis a casais, ospesquisadores eliminaram comédiasromânticas populares como "Sinto-nia de Amor" ou "Harry e Sally - Fei-tos um para o Outro". Em vez disso,eles fizeram uma lista de filmes quemostram casais em pontos altos ebaixos de suas relações. Segundo Ro-gge, Hollywood pode colocar expec-tativas bastante irreais nos relaciona-mentos românticos. "A ideia de quevocê precisa se apaixonar de formafácil e instantânea não é uma realida-de, e não é relevante para a maioriados casais que estão em um relacio-namento há dois, três ou quatroanos", explica.

A ideia de ver filmes é incrivel-mente boa. "É mais sensível e bemmais barata", diz Thomas Bradbury,um dos autores do estudo. Pois é, pa-rece fácil melhorar um pouquinhoseu relacionamento. Da próxima vezque for assistir a qualquer filme, fi-que atento. Você poderá reconhecerseus erros no casal da telinha. E oque é melhor: poderá consertá-los.

Relacionamento

ÁGUA COMAÇÚCARS

tock

images/D

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ação

6 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

TUDO POR AMOR

(Dying Young)

Direção: Joel Schumacher

Elenco: Julia Roberts,Campbell Scott Michael, VincentD'Onofrio

Ano de produção: 1991

Duração: 1h51min

Gênero: Drama, romance

País de origem: EstadosUnidos

Sinopse:

Victor Geddes (CampbellScott) é um jovem de umafamília rica, que faztratamento quimioterápico porter leucemia. Ele se apaixonapor Hillary O'Neil (JuliaRoberts), que cuida dele, maseste amor pode gerarconsequências trágicas

A HISTÓRIA DE NÓS DOIS

(The Story of Us)

Direção: Rob Reiner

Elenco: Bruce Willis, MichellePfeiffer, Paul Reiser

Ano de produção: 1999

Duração: 1h35min

Gênero: Romance, drama,comédia

País de origem: EstadosUnidos

Sinopse:

Após15anos ocasamentodeBen (BruceWillis) eKatie Jordan(Michelle Pfeiffer) entra emcrise.Assim,eles seseparamnamesmaépocaemqueseus filhos Josh (JakeSandvig), de12anos, eErin (ColleenRennison), de10,estão em umacampamentode verão.Separados,cadaumtenta recomeçar suavidaemcantosneutros, aproveitando operíodoparaavaliar e refletir sobre a vidaquetiveram juntos, comseusaltos ebaixos, e tentamconcluir se aindaháalgode sólidonesta relação, quepermitauma reaproximação

ALGUÉM TEM QUE CEDER

(Something's Gotta Give)

Direção: Nancy Meyers

Elenco: Jack Nicholson, DianeKeaton, Amanda Peet

Ano de produção: 2003

Duração: 2h8min

Gênero: Romance/comédia

País de origem: EstadosUnidos

Sinopse:

Harry Sanborn (Jack Nicholson)é um executivo que trabalha noramo da música e que namora Marin(Amanda Peet), que tem idade paraser sua filha. Harry e Marin decidemir até a casa de praia da mãe dela,Erica (Diane Keaton), para visitá-la.Lá Harry sofre uma parada cardíaca,ficando sob os cuidados de Erica ede Julian (Keanu Reeves), um jovemmédico local. Aos poucos Harrypercebe que está se interessandocada vez mais por Erica, mas tentaesconder seus sentimentos. Juliantambém sente atração por ela,tornando-se um rival de Harry

QUANDO UM HOMEM AMA UMA MULHER

(When a Man Loves a Woman)

Direção: Luis Mandoki

Elenco: Andy Garcia, Meg Ryan, EllenBurstyn

Ano de produção: 1994

Duração: 2h5min

Gênero: Drama

País de origem: Estados Unidos

Sinopse:

MichaelGreen (AndyGarcia) é umpilotodeavião apaixonadopor sua esposaAlice (MegRyan). Juntos, eles têm duas filhas, Jessica (Tina Majorino) e Casey (MaeWhitman), e fazemdetudopara construir uma vidaagradável para elas.Quando umsegredodo passadodeAlice vêma tona e elaé obrigadaa se internar emuma clínica, a relaçãodelesé abalada, e tudo pelooqueeles lutarampode ser destruído, inclusivea integridadedelespróprios como indivíduos,

amantese família. Restasaber se o amorentre Michael e Alice poderásuperar essasituação �

FLORES DE AÇO

(Steel Magnolias)

Diretor: Herbert Ross

Elenco: Sally Field, Dolly Parton, ShirleyMacLaine

Ano de produção: 1989

Duração: 1h58min

Gênero: Comédia dramática, romance

País de origem: Estados Unidos

Sinopse:

ShelbyEatenton (JuliaRoberts) está prestesase casar comum ricoadvogado. Parasepreparar para o casamentoela vai comsuamãe, M'Lynn (Sally Field), atéosalão decabaleireiro deTruvy Jones (Dolly Parton). Sabendo quepor causada festa teráserviçoextra, Truvy contratoude imediatoAnnelleDupuy (DarylHannah), para queambas possamdar contado trabalho.O fatodeser diabética faz comqueShelby saiba deantemãoque terum filho é tambémum grande riscopara suasaúde. Portanto, quando mesesmais tardeelaanunciaqueestá grávida, M'Lynn passa a temerqueocorpo da filha nãoaguenteagestação.Apesar do risco,Shelby decideseguir adiante comagravidez

LOVE STORY - UMA HISTÓRIADE AMOR

(Love Story)

Direção: Arthur Hiller

Elenco: Ali McGraw, RyanO'Neal, Ray Milland

Ano de produção: 1970

Duração: 1h39min

Gênero: Romance, drama

País de origem: Estados Unidos

Sinopse:

Oliver Barrett IV (RyanO'Neal), umestudantede Direitode Harvard, conheceJennyCavilleri (Ali MacGraw), umaestudandede músicade Radcliffe. Umrápidoenvolvimento surge entreeles,sendoque logodecidemse casar.Noentanto,Oliver Barrett III (Ray Milland), opai do jovem, que éum multimilionário,nãoaceita tal união edeserda o filho.Algumtempo depoisde casados,ela nãoconsegue engravidar e, ao fazer algunsexames, se constata que Jennyestámuito doente

ALGUNS FILMES QUE PODEM AJUDAR O CASAL A REFLETIR

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 7

TUDO POR AMOR

(Dying Young)

Direção: Joel Schumacher

Elenco: Julia Roberts,Campbell Scott Michael, VincentD'Onofrio

Ano de produção: 1991

Duração: 1h51min

Gênero: Drama, romance

País de origem: EstadosUnidos

Sinopse:

Victor Geddes (CampbellScott) é um jovem de umafamília rica, que faztratamento quimioterápico porter leucemia. Ele se apaixonapor Hillary O'Neil (JuliaRoberts), que cuida dele, maseste amor pode gerarconsequências trágicas

A HISTÓRIA DE NÓS DOIS

(The Story of Us)

Direção: Rob Reiner

Elenco: Bruce Willis, MichellePfeiffer, Paul Reiser

Ano de produção: 1999

Duração: 1h35min

Gênero: Romance, drama,comédia

País de origem: EstadosUnidos

Sinopse:

Após15anos ocasamentodeBen (Bruce Willis) eKatie Jordan(Michelle Pfeiffer) entra emcrise.Assim,eles seseparamnamesmaépocaemqueseus filhos Josh (JakeSandvig), de12anos, eErin (ColleenRennison), de10,estão em umacampamentode verão.Separados,cada umtenta recomeçar suavidaemcantosneutros, aproveitando operíodoparaavaliar e refletir sobre a vidaquetiveram juntos, comseusaltos ebaixos, e tentamconcluir se aindaháalgode sólidonesta relação, quepermitauma reaproximação

ALGUÉM TEM QUE CEDER

(Something's Gotta Give)

Direção: Nancy Meyers

Elenco: Jack Nicholson, DianeKeaton, Amanda Peet

Ano de produção: 2003

Duração: 2h8min

Gênero: Romance/comédia

País de origem: EstadosUnidos

Sinopse:

Harry Sanborn (Jack Nicholson)é um executivo que trabalha noramo da música e que namora Marin(Amanda Peet), que tem idade paraser sua filha. Harry e Marin decidemir até a casa de praia da mãe dela,Erica (Diane Keaton), para visitá-la.Lá Harry sofre uma parada cardíaca,ficando sob os cuidados de Erica ede Julian (Keanu Reeves), um jovemmédico local. Aos poucos Harrypercebe que está se interessandocada vez mais por Erica, mas tentaesconder seus sentimentos. Juliantambém sente atração por ela,tornando-se um rival de Harry

QUANDO UM HOMEM AMA UMA MULHER

(When a Man Loves a Woman)

Direção: Luis Mandoki

Elenco: Andy Garcia, Meg Ryan, EllenBurstyn

Ano de produção: 1994

Duração: 2h5min

Gênero: Drama

País de origem: Estados Unidos

Sinopse:

MichaelGreen (AndyGarcia) é umpilotodeavião apaixonadopor sua esposaAlice (MegRyan). Juntos, eles têm duas filhas, Jessica (Tina Majorino) e Casey (Mae Whitman), e fazemdetudopara construir uma vidaagradável para elas.Quando umsegredodo passadodeAlice vêma tona e elaé obrigadaa se internar emuma clínica, a relaçãodelesé abalada, e tudo pelooqueeles lutarampode ser destruído, inclusivea integridadedelespróprios como indivíduos,

amantese família. Restasaber se o amorentre Michael e Alice poderásuperar essasituação �

FLORES DE AÇO

(Steel Magnolias)

Diretor: Herbert Ross

Elenco: Sally Field, Dolly Parton, ShirleyMacLaine

Ano de produção: 1989

Duração: 1h58min

Gênero: Comédia dramática, romance

País de origem: Estados Unidos

Sinopse:

ShelbyEatenton (JuliaRoberts) está prestesase casar comum ricoadvogado. Parasepreparar para o casamentoela vai comsuamãe,M'Lynn (Sally Field), atéosalão decabaleireiro deTruvy Jones (Dolly Parton). Sabendo quepor causada festa teráserviçoextra, Truvy contratoude imediatoAnnelleDupuy (DarylHannah), para queambas possamdar contado trabalho.O fatodeser diabética faz comqueShelby saiba deantemãoque terum filho é tambémum grande riscopara suasaúde. Portanto, quando mesesmais tardeelaanunciaqueestá grávida, M'Lynn passa a temerqueocorpo da filha nãoaguenteagestação.Apesar do risco, Shelby decideseguir adiante comagravidez

LOVE STORY - UMA HISTÓRIADE AMOR

(Love Story)

Direção: Arthur Hiller

Elenco: Ali McGraw, RyanO'Neal, Ray Milland

Ano de produção: 1970

Duração: 1h39min

Gênero: Romance, drama

País de origem: Estados Unidos

Sinopse:

Oliver Barrett IV (RyanO'Neal), umestudantede Direitode Harvard, conheceJennyCavilleri (Ali MacGraw), umaestudandede músicade Radcliffe. Umrápidoenvolvimento surge entreeles,sendoque logodecidemse casar.Noentanto,Oliver Barrett III (Ray Milland), opai do jovem, que éum multimilionário,nãoaceita tal união edeserda o filho.Algumtempo depoisde casados,ela nãoconsegue engravidar e, ao fazer algunsexames, se constata que Jennyestámuito doente

ALGUNS FILMES QUE PODEM AJUDAR O CASAL A REFLETIR

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 7

Um pouco de timidez pode ser até saudável, já que torna o indivíduo menos impulsivo.

No entanto, em grau exagerado, ela pode causar queda na qualidade de vida.

Veja algumas formas de vencer a timidez

Gisele [email protected]

Você consegue lembrar-se de co-mo era fazer um discurso na frentede todos os colegas da escola? Ouchegar em uma festa, entrar emuma sala cheia de estranhos e fi-car com a sensação que todas aspessoas estão te observando? Pro-vavelmente a sua boca tenha fica-do seca, as mãos começaram asuar, você se sentiu agitado e comocoração cada vez mais rápido.

Não importa se introvertidos ouextrovertidos, todos nós podemosexperienciar esse sentimento de ti-midez em algum momento das nos-sas vidas. Talvez você hesite em fa-zer um telefonema ou abordar al-guém para pedir uma orientação. Àsvezes isso pode prejudicar mais doque ajudá-lo. Você começa a evitaralgumas situações, evita ir a lugares,evita constrangimentos, pode evitardefender a sua opinião por receio doconfronto e da exposição.

A timidez é uma característicaque qualquer um de nós apresentaem algum momento da vida. Mas ti-midez em excesso ou exibida de for-ma descontrolada pode prejudicar osucesso em qualquer área da vida,desde pessoal, social e até mesmoprofissional. Pode impedir uma pro-moção; impedir que você tome umpasso mais ousado, mas necessário.

"Devido à sensação de ameaça,interpretada pelo cérebro, os meca-nismos de defesa do organismo se ar-mam e preparam o corpo para umapossível fuga. A sensação, descritapelos tímidos, é a de estar sendo jul-gado, o que gera uma boa dose de

nervosismo, tremor, pensamento de-sorganizado, frio na barriga e sudo-rese", explica o psicólogo cognitivo-comportamental Alexandre Caprio.

A adrenalina acelera o batimen-to cardíaco e a respiração, fazendocom que os músculos se preparempara a ameaça. Com esses efeitos, apessoa literalmente engole seco. Is-so tudo faz com que o momento nãoseja uma das experiências mais agra-dáveis do mundo.

Como o cérebro aprende a evitarsituações interpretadas como perigo-sas, o tímido passa a se isolar da so-ciedade e até mesmo afetivamentepor temer seu próprio descontrolefrente à análise dos outros. Quandocrianças ou adolescentes, passamuma boa parte do tempo em suas ca-sas ou quartos, desenvolvendo pou-cas amizades. Ou quando adultos, li-mitam-se a trabalhar e fogem de con-fraternizações, festinhas ou rodas dedebates sempre que possível. "O tí-mido tem medo de expressar umaopinião que não seja bem aceita pe-los demais. Desenvolvem passatem-pos solitários como coleções, cine-ma, jogos eletrônicos e podem tor-nar-se dependentes de redes sociais,que acabam funcionando como umaespécie de proteção contra julgamen-tos e exposições não planejadas",complementa Caprio.

Como o isolamento só aumentao problema, o indivíduo pode aca-bar tendo uma vida bastante restri-ta. A timidez pode evoluir e se tor-nar uma fobia social ou até mesmoum ataque de pânico. A agorafo-bia (medo de lugares públicos,movimentados ou abertos) tam-bém pode se manifestar. Tudo de-

pende do nível de ameaça interpre-tado pelo cérebro.

O tímido, no entanto, ainda po-de escolher se aproximar, emborahaja resistência. Essa escolha é im-portante para o combate da timidez.Ao participar e interagir com grupi-nhos no trabalho ou em uma sim-ples festa, a pessoa pode começar aperceber que a experiência não é tãodesgastante como pensava.

Mas para que isso dê certo, o me-do de ser rotulado, analisado ou jul-gado deve cair. E isso só acontecequando a pessoa aprende a olharpara dentro de si e começa a en-contrar as verdadeiras causas des-sa resistência. "Quando nos ve-mos como pessoas sem alguns va-lores que consideramos importan-tes, passamos a pensar que os ou-tros nos verão da mesma forma.Quando nos enxergamos com fa-lhas que disparam nossos precon-ceitos, passamos a pensar que osoutros também as verão e desen-volverão esses mesmos preconcei-tos", explica Caprio.

Em resumo, o tímido acredi-ta que os outros o verão da mes-ma maneira que ele se vê. Se suaautoimagem não é boa, ele se sen-tirá exposto e julgado. Mas só pen-sa assim porque é o primeiro a fa-zer isso.

Segundo Bernard Carducci,professor titular de psicologia ediretor do Instituto de Pesquisassobre a Timidez da Universidadede Indiana, nos Estados Unidos,75% das pessoas apresentam condu-tas tímidas diante de estranhos. Issoquer dizer que três entre quatro pes-soas têm dificuldade para se relacio-

nar plena e objetivamente na socie-dade. Portanto, seguindo essa linhade raciocínio, os tímidos não são ex-ceção no quadro geral, ao contrário,eles compõem a grande maioria dahumanidade.

"Todos nós somos, em algum mo-mento de nossas vidas, afetados pelatimidez. Ela funciona como uma es-pécie de regulador social que nospermite avaliar situações novas pormeio de uma atitude de cautela ebuscar a resposta adequada para a si-tuação", diz a psicóloga Karina You-nan. Pode significar uma preocupa-ção exagerada com o pensamento eo sentimento do outro, inibindoas ações e a expressão de quemsente, mas não é considerada umtranstorno se não estiver prejudi-cando ou empobrecendo a quali-dade de vida, trabalho e relaciona-mentos. Em grau moderado podeser considerada um atrativo, espé-cie de charme sedutor.

A timidez pode ser uma caracte-rística do temperamento da pessoa,que a acompanha desde a infância,ou uma característica aprendida, seos pais forem tímidos, como umapercepção depreciada de si mesmo,que é transferida para o filho. "Pes-soas bastante criticadas podem ima-ginar que os outros também lhe se-jam bastante hostis", complementaKarina.

Deve ser combatida desde cedo,estimulando a confiança e a autoesti-ma das crianças e conduzindo-as afalar, exprimindo pensamentos esentimentos, para que esta "vergo-nha" que ela sente não determine oposterior desenvolvimento de suapersonalidade, emotividade e con-duta social.

TÍMIDO, EU?Comportamento

8 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 9

Seis dicas para se libertar da timidezASSUMA O QUE VOCÊ QUER

Mudar comportamentos não é algofácil. Requer disciplina, força de vontade emuito foco. É comum, em meio a processosde mudança de comportamentos, que avontade de desistir apareça, mas é precisoque a força de vontade vença sempre. Paraisso, faça um acordo com você mesmo.Prometa que deseja mudar. A cadapensamento de desistência, lembre-se doque deseja deixar para trás (a timidez), e oque deseja alcançar: a liberdade deexpressão, a espontaneidade. Assimmanterá força motivacional para continuar aseguir em frente

BAIXE O SENSO CRÍTICO INTERNO

As pessoas tímidas normalmente sãomuito rígidas consigo mesmas. Não sepermitem errar e, quando erram tendem apunir a si mesmas ("como sou burra"; "queidiota eu fui!" etc). Seu crítico interno émuito severo. Pessoas tímidas só seaceitam se forem perfeitas, mas ninguém é.Aceite que é um ser humano como todos osoutros e que pode errar. Tire o poder do

"crítico interno". Toda vez que achar queerrou, ou que falou algo indevido, ou passoualgum vexame, seja compreensivo.Desenvolva a humildade. Assuma que fez omelhor que pode e que na próxima vez, irámelhorar. Trate-se como trataria umacriança, dê força a si mesma, diga a simesma que irá conseguir que está ótima etc

VALORIZE SEUS PONTOS POSITIVOS

Pessoas tímidas conhecem bem seuspontos negativos e raramente conhecem ospontos positivos. Faça uma lista de dezcoisas que você faz bem e faça delas seusdiferenciais. Saber que carrega em si coisaspositivas aumenta a autoconfiança eautoestima. Conheça também os assuntosde que gosta, leia sobre eles, veja filmes,isso lhe ajudará a puxar e manter conversasem eventos sociais ou encontro com amigos

CUIDE DA AUTOIMAGEM

Arrume-se. Penteie os cabelos, apareas unhas, cuide das roupas, aprenda agostar de cuidar de si mesma. Além disso,uma boa imagem ajuda a manter aautoconfiança

ENFRENTE

Aproveite cada chance que a vida lheoferece para se testar: aceite convites parafestas, happy hours, cumprimente pessoasdesconhecidas mesmo que com um simplessorriso e aceno de cabeça, se alguém puxarconversa ,procure mantê-la. Timidez sevence com esforço

SEJA PERSISTENTE

Encontros sociais causam muitaansiedade nos tímidos e a vontade é semprede sair correndo e se esconder. Quando issoacontecer, mantenha a calma. Quanto maisenfrentar o medo, mais fraco o medo setornará. Para mudar efetivamente umcomportamento, ele deve ser transformadoem hábito. Isso significa que ele deve serrepetido diariamente, de forma consciente,por pelo menos trinta dias. Após esseperíodo, você verá que os desafios setornarão mais fáceis de transpor porquevocê já terá se habituado a eles �

Fonte: Meiry Kamia, psicóloga

"Habilidades como ser so-ciável, comunicativo e apresen-tar projetos estão sendo cadavez mais valorizadas nas empre-sas. E, a timidez pode atrapa-lhar, e muito, o seu desempe-nho no trabalho ou até mesmoempacar seu sucesso profissio-nal, além disso, pode ser umgrande empecilho para as con-quistas amorosas e relaciona-mentos sociais", diz a psicólogaMeiry Kamia, palestrante econsultora organizacional.

Cada pessoa tem sua perso-

nalidade construidapor meiodas experiências que vivencia,por meio da aprendizagem, dasinfluências do meio ambiente eaté mesmo das influências ge-néticas e a timidez é uma das ca-racterísticas da personalidadede algumas pessoas, devido a es-te conjunto de influências.

Muitas pessoas se sentemconfortáveis com a timidez enão se incomodam. Mas aque-las que querem mudar podemfaze-lo construindo um novoeu", diz a psicóloga Kátia Ricar-

di de Abreu, especialista emanálise transacional. É precisodesenvolver um estilo diferen-te de comunicação interpessoalno qual elas enviam estímulose respondam aos estímulos en-viados acentuando os encon-tros relacionados. O ponto devista intrapsíquicos ocasiona oautorreforçamento e a pessoavai se encorajando cada vezmais a expor suas ideias, opi-niões, pertencer a grupos e fa-zer novos amigos. Mas seu graude motivação precisa estar ele-

vado para superar os obstácu-los internos e externos.

Isso não acontece rapida-mente. As forças internas vãotrabalhar contra esta mudançatrazendo a tona as gravaçõesprojetadas no inconsciente pa-ra seguir adiante o seu script."Diálogos internos conflitantesvão surgir e quem vai ganhar es-ta briga interna será o ladomais predisposto a mudançaou a acomodação", complemen-ta Kátia. É uma escolha muitasvezes não consciente.

Para que a timidez seja rom-pida de uma vez por todas, umareformulação da própria imagemé necessária. "Nós só podemosperceber olhares amigos, quandodeixamos de ser nosso próprio ini-migo. Trata-se de uma regra anti-ga, mas atual, e que deve seraprendida para garantir nosso lu-gar ao sol junto àqueles que estãobem ali, na nossa estrada, apenasesperando um passo ou um abra-ço, para se tornarem importantespara nós, e nós para eles", diz Ale-xandre Caprio.

10 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Vivemos em um mundo baseado no consumo e influenciado pelo

marketing das empresas. Mas comprar não garante a felicidade

Josinel B. Carmonapsicólogo

Quanto e quanto mais, asociedade de consumo vainos tirar?

Que paradoxo!Esse capitalismo baseado

na produção e no consumo estános afastando cada vez mais denós mesmos, da capacidade deadmirar e valorizar a própriabeleza, habilidades, os perten-ces já conquistados e até a pró-pria vida.

Lenta e silenciosamente,nem sei se de caso pensado(prefiro pensar que não), es-ta sociedade vai nos conta-minando com um sentimen-to de falta, uma necessidadeconstante de algo que aindanão temos ou outro exem-plar daquilo que já temos.

Nada escapa aos olhosávidos dos cegos que nos tor-namos.

Adquirimos muito de tudo.Compramos, hipnotizados

por novos detalhes, não raro in-significantes em relação ao quejá temos. roupas, relógios, sapa-tos, jóias, bijuterias, carros, ca-sas, motos, telefones, beleza,boa forma, conhecimento, títu-los, viagens etc, etc.

Muito interessante é o fatode que por mais que compre-mos, continuamos doentes…necessitados em tempo inte-gral, amargamos a busca cons-tante por uma felicidade pro-metida que nunca conquista-mos, no máximo experimen-tamos a fugaz sensação de eu-foria que o ato de comprarnos proporciona.

O novo modelo, a novaversão, a moda ditada sem es-crúpulos é devorada sem amenor cerimônia. qualquernova tendência vira regraque se torna lei e ai daqueleque ousar descumpri-la.

A base consumista de nossacultura se nutre da infelicidadede seus membros, advinda dasensação de falta, da carênciaque carregamos por tudo aqui-lo que não temos. insatisfeitose descontentes com o que te-

mos, olhos grandes o tempo to-do; como brilha aquilo que nãotemos!

Assim que desejamos umbem qualquer, este assumeuma importância urgente, im-periosa que tem levado a tantase tantas parcelas, a saldos nega-tivos, uma vida onerosa quenos exige mais e mais trabalhoe recursos. como podemos le-var isso adiante sem mudar na-da e nem mesmo perceber? Éassustador!

Muitos dos sentimentos deinfelicidade e incapacidadeque temos que administrar emnosso cotidiano estão ligados adesejos impostos pela propa-ganda, pela comparação que fa-zemos entre o que temos e oque o outro tem; uma competi-ção surda que é ao mesmo tem-po causa e efeito de muita in-quietação.

Que vida difícil essa, quan-to sofrimento gerado pelo ex-cesso que não possuimos. �

A SOCIEDADEDOS INFELIZES

Rubens Cardia

Stock Images/Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 11

Agência Estado

Não deu tempo nem paradescansar. Adriana Birolli malsaiu da pele da Maria Marta daprimeira fase de "Império"(Globo) e já está de volta comoa designer Amanda, sobrinhada mulher de José Alfredo(Alexandre Nero), agora vivi-da por Lília Cabral.

Depois de viver na Europa ecom ares de vilã, a personagemchega para ameaçar o relaciona-mento de José Pedro (Caio Blat)e Danielle (Maria Ribeiro). "Elaé uma mulher bem-sucedida e jánamorou o primo José Pedro",lembra a atriz.

Em seu quarto papel em no-velas, Adriana, de 26 anos, come-mora a parceria com o autorAguinaldo Silva, com quem játrabalhou em "Fina Estampa",em 2011. Na época, ela ganhoudestaque ao interpretar Patrícia,filha de Tereza Cristina (Chris-tiane Torloni).

O convite para um segundopersonagem em "Império" veiono início do ano, quando a atrizainda estudava a composição deMaria Marta. "Aguinaldo avisouque gostaria que eu fizesse a so-brinha dela no futuro, no caso, a

Amanda. Foi o melhor dia da mi-nha vida!", dispara a curitibana.

Segundo a atriz, que estreounas novelas em 2008, como a Vi-viane, de "Beleza Pura" (Globo),a composição da nova persona-gem tem inspiração em vilãs dopassado. "Mas não gosto de con-tar meus segredos", brinca.

Só que a lista de "musas inspi-radoras" na área pode dar umapista. A atriz diz preferir as vilãscom motivações fortes. Nas no-velas brasileiras, suas favoritassão Nazaré Tedesco, de RenataSorrah (em "Senhora do Desti-no"), e Odete Roitman, de Bea-triz Segall (em "Vale Tudo").

"Também tenho uma quedaespecial pela Tereza Cristina(Christiane Torloni), afinal fuifilha dela em 'Fina Estampa'",completa. Se ela gosta de vivervilãs? "Amo. Ainda mais umacriada por Aguinaldo. Vai ser lu-xo total!", comemora.

Pergunta - Você volta à no-vela como Amanda. O que já sa-be da personagem?

Adriana Birolli - Sei que ela vi-ve na Europa e é designer de sa-patos. Além disso, é uma mu-lher bem-sucedida e já namo-rou o primo José Pedro, o fi-lho mais velho do casal José Al-

fredo e Maria Marta. Pergunta - Ficou surpresa

ao ser chamada para outro pa-pel na mesma novela? Comofoi o convite?

Adriana - Logo no começodos laboratórios para compor aMaria Marta, o Aguinaldo avi-sou que gostaria que eu fiz esse asobrinha dela no futuro, no caso,a Amanda. Foi o melhor dia daminha vida!

Pergunta - Acha que o atorprecisa de um tempo para sedesvincular de um personageme entrar em outro? Como foi is-so para você?

Adriana - No meu caso, esta-va sem fazer novelas desde mar-ço de 2012, dedicando-me ao tea-tro. Portanto, minha imagem po-deria passar por uma situaçãodessas sem muitas trepidações.E havia um espaço grande detempo para minha entrada. Cla-ro que Aguinaldo pensou nis-so... Tudo vai dar certo!

Pergunta - Interpretar aLília Cabral jovem te desafioupela responsabilidade?

Adriana - A Lília virou umaverdadeira obsessão para mimdurante a preparação. Soar comoela, reagir como ela, olhar comoela, pensava muito nisso durante

Globo

Atriz curitibana mal saiu da pele da Maria Marta da

primeira fase de "Império" (Globo) e já está de volta

como a designer Amanda, sobrinha da mulher de

José Alfredo (Alexandre Nero)

TV

Glo

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ação

"Vai ser luxototal", diz

AdrianaBirolli

TV - 12 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

os ensaios. Ser amiga dela nãofacilitou em nada minha tarefa.Acho que vi quase todas as ce-nas da Lília disponíveis na in-ternet. Que atriz fantástica!Foi muito enriquecedor essetrabalho, o paraíso mesmo.

Pergunta - Aguinaldo disseque Amanda terá algo de vilã.Gosta de viver esses tipos?

Adriana - Amo. Aindamais uma criada por ele. Vaiser luxo total!

Pergunta - Inspira-se em al-guém ou em outra persona-gem para compor a Amanda?

Adriana - Sim, mas não gos-to de contar meus segredos...

Pergunta - Quais são suasvilãs favoritas?

Adriana - Gosto de vilãscom motivações fortes, como aEve Harrington, vivida por An-ne Baxter, no filme "A Malva-da" (1951), que queria ser umagrande atriz e não media esfor-ços para isso. As vilãs da Jean-

ne Moreau são fascinantes. Emfilmes como "A Noiva Estavade Preto" (1968) e "Mademoisel-le" (1966), ela deu show. Queatriz original! Mesmo em "Ju-les e Jim - Uma Mulher paraDois" (1961), ela era um poucovilã. Gosto bastante tambémde Gene Tierney em "AmarFoi Minha Ruína". Nas nove-las brasileiras, minhas favori-tas são Nazaré Tedesco e OdeteRoitman Também tenho umaqueda especial pela Tereza Cris-tina, afinal fui filha dela em "Fi-na Estampa" (Globo).

Pergunta - Tem preferên-cia por ser mocinha ou vilã?

Adriana - Não, gosto debons papéis. Personagens reais,com questões e suas complexi-dades. A Patrícia de "Fina Es-tampa" era mocinha e uma per-sonagem maravilhosa! Cheiade momentos memoráveis,muito bem criada. Algumaspessoas criticam as mocinhas,

mas interpretar uma é muitogratificante. Com a Patrícia ga-nhei um público novo: em to-dos os lugares, menininhas de11 a 13 anos me cercavam, meabraçavam, era ótimo. E meacompanham até hoje! Perceboisso pelo meu Instagram.

Pergunta - Acha que osatores ficam frustrados quan-do participam apenas da faseinicial de uma novela? Comofoi isso para você?

Adriana - Como disse, des-de o começo fiquei sabendoque faria as duas personagensna novela. Mas um papel comoa Marta, a Cora, a Eliane e o ZéAlfredo da primeira fase po-dem transformar uma carreira.Vários atores já se consagraramem primeiras fases de novela.Patricia França, em "Renas-cer"; e Adriana Esteves, como aNazaré da primeira parte de"Senhora do Destino", porexemplo O mais importante é

dar o melhor de si.Pergunta - O que mudou pa-

ra você desde que estreounas novelas?

Adriana - Muitas coisas, ain-da mais nessa fase de início da vi-da adulta, digamos assim. Em2013, pude fazer uma turnê doSul ao Nordeste do Brasil, e mui-to graças ao meu trabalho nas no-velas. O público compareceu, osteatros lotavam. Tenho consciên-cia de que as novelas divulgarammeu trabalho de atriz. Sou mui-to grata por isso.

Pergunta - Tem vontade defazer algo no cinema ou prefe-re se dedicar às novelas?

Adriana - Tenho vontade defazer cinema, sim! Já recebi al-guns roteiros, propostas e, in-clusive, cheguei a aceitar umadelas. Estudei uma obra inteirapara interpretar o papel. De-pois de aceitar, fiquei sabendoque outra atriz faria a persona-gem para a qual fui convidada,

porque eu estava gravando no-vela na época e não daria tem-po de conciliar os dois traba-lhos. No fim das contas, quan-do assisti ao longa, descobrique a personagem tinha sidocortada... Enfim, as coisas sem-pre são como devem ser. Te-nho certeza de que o convite pa-rafazer o papel certo vai chegarna hora certa.

Pergunta - Você é curitiba-na, mas mora no Rio. Adaptou-se à cidade?

Adriana - Amo muito o quefaço. Pela minha arte, sempreme adapto. O que mais amo noRio é o calor. E o que menosgosto é que minha família nãoestá aqui.

Pergunta - Você é vista emeventos relacionados à moda,em desfiles. E a Amanda serádesigner. É um assunto quete agrada?

Adriana - Adoro moda, mi-nha irmã é estilista. Moda é ar-te, é expressão. Tenho umstylist que me ajuda muito,pois me deixa por dentro de tu-do o que rola. Amo desfilar tam-bém. Nunca imaginei que iriagostar tanto, sempre me divir-to muito desfilando.

Pergunta - Acha-se vaido-sa ou apenas o suficiente?

Adriana - Tem dias quesou bastante e tem dias quesou até de menos, mas achoque é equilibrado em geral.Acada dia, a gente acorda deum jeito, mas minha vaidadeveio um pouco mais com a ma-turidade também.

Pergunta - Preocupa-seem sair muito arrumada ousem maquiagem de casa, porexemplo?

Adriana - Em eventos, gos-to de estar sempre o mais im-pecável possível, são momen-tos que posso ousar nas rou-pas, penteados e maquiagem.Eu me divirto escolhendo co-mo será o look para cadaevento, mas, no dia a dia, nãouso maquiagem, dou um des-canso para a pele. Tento sem-pre deixar o cabelo ao natural.

Pergunta - Tem algum so-nho não realizado?

Adriana - Tenho muitos so-nhos pessoais e profissionais,várias peças de teatro que já es-tão "na fila" para produzir eter meus filhos. Materialmen-te falando, ainda quero a mi-nha casa dos sonhos. Assistoa muitos programas sobre ca-sas, e amo esse assunto. Meupai trabalha com construção,pode ser por isso. �

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 13 - TV

Assim como seu personagem em "Império", ator Rafael Cardoso é apaixonado

por gastronomia. Gaúcho de Porto Alegre, ele vai abrir um restaurante no Rio de Janeiro

Agência Estado

Mocinho de carteirinha, mas com fa-lhas humanas como as de muita genteda vida real, e com o objetivo de vencerna vida e ser feliz ao lado de seu amor - adoce Cristina (Leandra Leal) -, o ínte-gro e apaixonado chef de cozinha Vicen-te, personagem da novela do horário no-bre da Globo, "Império", de AguinaldoSilva, é a consagração do ator RafaelCardoso.

Gaúcho de Porto Alegre, aos 28anos, ele conta que tudo tem sido muitomaravilhoso e sincrônico: "Eu tambémestou vivendo esse momento chef na mi-nha vida, e esse prazer de abrir um res-taurante", diz, adiantando que o novo es-tabelecimento se chamará Puro, nomeparecido com o do seu blog (Puramesa -

www puramesa.com.br), e que tem pre-visão para abrir as portas numa bela ca-sa no bairro do Jardim Botânico, ZonaSul carioca, no final de setembro.

"O que aconteceu foi muito louco,porque estou há três anos nesse movi-mento de querer abrir um espaço gastro-nômico. Quase trouxe para o Rio uma fi-lial do restaurante que um amigo meutem na França, mas não aconteceu e tu-do veio de uma forma que tinha, talvez,muito mais a ver comigo", explica Ra-fael, dando mais detalhes: "Acabei en-trando de sócio com um grupo de pes-soas que estava querendo abrir um lu-gar com uma proposta diferente: a de sóusar produtos frescos. Logo depois sur-giu o convite para fazer o Vicente, umchef de cozinha. Só tenho a agradecer,porque as coisas se encaixaram meio

que mostrando que eu estava no cami-nho certo".

Quanto aos rumos do seu persona-gem em "Império", Rafael revela quemuitas coisas podem acontecer, princi-palmente por se tratar de uma obra aber-ta, mas que, além de Vicente lutar peloamor de Cristina, algo pode se desenro-lar com Maria Clara (Andreia Horta)."Vai ter esse lance de ele se envolvercom as duas irmãs, porque até então oque se sabe é que elas podem ser irmãs,mas não é certo também, enfim... Esse éum cenário que está se desenhando eacho que esse envolvimento com a Ma-ria Clara vai rolar, mas não sei até ondevai e quando vai acontecer Deve sermais para frente", entrega ele.

Já quando o assunto é o que ele pen-sa sobre o amor e a vida, traçando um

paralelo com o personagem, Rafael nãoeconomiza: "Acho que sempre vale a pe-na lutar por amor, porque acredito queo amor é o que importa. Se você não es-tá amando, tem alguma coisa errada,porque nem que você ame uma pedra,esse sentimento tem que existir dentrodo ser humano".

Confira abaixo um pouco mais do ba-te-papo com o ator.

Pergunta - O autor de "Império",Aguinaldo Silva, chegou a dizer que oVicente era o personagem com o qualele mais se identificava. Em relação aisso, como você encontrou o seu Vi-cente sabendo dessa proximidade dopersonagem com o autor?

Rafael Cardoso - É uma 'responsa',mas fiquei muito honrado. Porque o Vi-cente é um cara apaixonado pela gastro-

Personalidade

Chef deChef decozinha emcozinha emcasa e nacasa e natelevisãotelevisão

TV - 14 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

nomia como eu. O Aguinaldo tambémtem o estabelecimento dele, enfim... Tu-do isso acabou sendo um grande presen-te! É muito bom poder falar desse uni-verso e do outro lado dos chefs que nãoé só de glamour

Pergunta - O que você acha des-se sentimento entre a Cristina e oVicente?

Cardoso - Tudo é muito do instintodos dois, pois é um amor muito antigoque acabou se transformando numaenergia que fica latente, só esperandoseu momento para explodir. E quandoele e a Cristina se encontram, a energiade uma relação muito antiga, de muitaintimidade, aparece e eles ficam com asensação que o tempo não passou. E, tu-do vem à tona. O fato é que eles estão vi-vendo esse amor novamente. E é assim

na vida. Acho que todo mundo já viveualgo parecido, de chegar perto daquelealguém e sentir aquele nervoso, aquelefrio na barriga e pensar: 'Ai, meu Deus,o que vai ser'.

Pergunta - Como foi que a gastro-nomia entrou na sua vida?

Cardoso - Quando eu vim para oRio de Janeiro, acabei dividindo apar-tamento com mais cinco caras e nin-guém sabia cozinhar... Então, resolvifazer alguma coisa a respeito disso (ri-sos). Busquei umas receitinhas comaminha avó, outras com a minha ma-drasta e, depois disso, comecei a ex-perimentar tudo, preparar pratos ebuscar informação. Cheguei a pegara lista dos livros de uma faculdadede gastronomia de Porto Alegre parapesquisar.

Pergunta - Com tantos vérticescom o Vicente, o que você fez para se-pará-lo do mundo do Rafael? Como foia construção de um personagem quetem tanto a ver com você?

Cardoso - Fiquei quebrando a ca-beça sobre onde eu colocaria estas di-ferenças, onde eu poderia buscar is-so, epercebi que o Vicente é mais ex-pansivo do que eu. Ele tem esse ladoexplosivo. E ele é do nordeste. Entãotambém busquei um sotaque que ficano meio do caminho e é só dele... En-fim, acho o Vicente mais emocional.Eu, apesar de já ter me mudado bastan-te, ainda trago na minha essência umacoisa mais fria do gaúcho, que é aquelapostura mais fechada, aquele tom calmode distância.

Pergunta - Sua esposa, a Maria-

na (Bridi), também gosta de gastro-nomia?

Cardoso - Ela foi uma das minhasgrandes incentivadoras. Mariana cozi-nha muito bem e foi ela quem me deuos melhores livros que eu tenho sobregastronomia. As dicas da culinária me-diterrânea também foi ela quem me pas-sou. Mariana fez um curso bacana degastronomia na China, quando morouoito meses lá, então sabe muito mesmodesse assunto.

Pergunta - Ser um mocinho e umpersonagem tão querido pelo autor eser horário nobre é um peso?

Cardoso - Não sinto como peso, por-que acredito que a gente está sempreplantando para colher lá na frente e euestou na hora da colheita, seja no traba-lho ou na vida... �

Quando eu vimpara o Riode Janeiro,acabeidividindoapartamentocom maiscinco caras eninguém sabiacozinhar...Então, resolvifazer algumacoisa arespeitodisso (risos)

Fotos: Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 15 - TV

Giulia Gam assume ter sentido certo

bloqueio para criar sua nova personagem,

Carlota, devido à proximidade entre o final

de "Sangue Bom" e o começo da

trama das 18 horas

Globo

Agência Estado

Cria do teatro, Giulia Gam, 47anos, sempre gostou de intercalarpapéis na televisão com trabalhosnos palcos ou no cinema. Mas des-sa vez foi diferente, e a atriz con-fessa ter sentido dificuldade paracompor sua nova personagem,Carlota, devido à proximidade en-tre o término de "Sangue Bom"(Globo), em novembro do ano pas-sado, e o início de "Boogie Oogie"(Globo), com a qual está no ar.

Apesar de serem tramas e épo-cas bem distintas, Giulia fala queenxergou semelhanças entre Car-lota e a excêntrica Bárbara Ellen,que interpretou na novela ante-rior. "São duas mulheres fortes,com um humor cruel e dificulda-des no trato com a filha. No pri-meiro momento, isso me confun-diu um pouco", assume.

Carlota é casada com o empre-sário Fernando, interpretado porMarco Ricca. Mas, por culpa davingativa Susana, papel de Ales-sandra Negrini, sua filha foi troca-da na maternidade. Além disso, apersonagem guarda um mistériosobre seu passado, diretamente re-lacionado ao descolado Amaury,dono da discoteca que dá nome ànovela e interpretado pelo atorJunno Andrade.

A seguir, os melhores trechosda conversa com a atriz.

Pergunta - "Dancin' Days" écitada como referência para

"Boogie Oogie". Chegou a as-sistir a alguns capítulos para seinspirar?

Giulia Gam - Sei que muita gen-te do elenco viu, mas confesso quenão assisti porque passa muito tar-de (no canal pago Viva). Lembroum pouco de quando foi exibida,embora fosse muito nova. O quefoi bastante importante para mim- e acredito que para o resto dosatores também - foi uma palestracom o Nelson Motta (criado rdaboate Frenetic Dancin? Days).Também vimos o documentário"Rio Anos 70", do Maurício Bran-co e da Patrícia Faloppa, que mos-tra muito dessa época. O ano de1978 é especial, já que não é a déca-da de 1950, da ditadura pesada eviolenta, nem a de 1980, do inícioda democracia. Vivi essa fase ain-da criança e nunca parei para estu-dá-la. Quando fui participar de al-gum movimento, já estávamos nasDiretas Já. É um período muitoatraente.

Pergunta - Quando começoua interagir com o trabalho de di-reção e produção de arte da no-vela teve algum "revival"?

Giulia - Entrei no cenário e ti-ve lembranças sensoriais. Veio-me o cheiro daquelas casas, o tipode cultura, as madeiras que eramusadas, tudo. Eu me recordei dosamigos dos meus pais, de todas aspessoas com quem convivi naque-la época. Talvez o elenco jovem en-xergue aquelas peças como obje-

O tom certo de Carlotaem "Boogie Oogie"

Fotos: Divulgação

TV - 16 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

tos de estudo, mas vi todascom o olhar de uma criança.Eu ia às matinês. Além disso,a fase da discoteca durou mui-to no Brasil, e sempre gosteide dançar.

Pergunta - Você ainda gos-ta de dançar? Costuma sair ànoite?

Giulia - Parei quando veio aonda da música eletrônica.Não há música, letra, movimen-to ou mesmo um líder de umabanda, por exemplo. Mas sintoque agora está acontecendo umcerto "revival" dos anos 1970.Vejo pela moda e pela culturade maneira geral. Talvez a no-vela dê mais impulso para queela ganhe força.

Pergunta - Você gravou ce-

nas de discoteca. Curtiu?Giulia - Curti, sim. Mas é

uma pena, porque Carlota pas-sa longe de ser uma persona-gem que dança ou se divertenesse ambiente. Minha fun-ção ali é outra. Represento aparte da censura, aquela pes-soa que quer controlar a festae até o incontrolável. Mas va-mos ter muitas surpresas boaspela frente.

Pergunta - É a primeira no-vela do Rui Vilhena (autormoçambicano). Acha impor-tante essa renovação?

Giulia - Vivemos um mo-mento de muita mudança emtodas as áreas e em todos os lu-gares por conta da internet.

Não é só a dramaturgia, tem

a questão do formato de folhe-tim também. Se a tevê abertavai sobreviver ou nãojá não émais um assunto para daqui adécadas. Acredito que, em unscinco anos, vamos montar nos-sa programação na hora quequisermos, baixando tudo daweb. Os próprios seriados ame-ricanos ganharam prestígio.Antes,fazer televisão nos Esta-dos Unidos não trazia respeitoe agora é o contrário, os atoresestão indo para a TV. Achoque essa movimentação cria,naturalmente, uma necessida-de de renovação. E a julgarpor "Boogie Oogie", o Rui éum grande trunfo nessa vira-da porque tem frescor e, aomesmo tempo, já sabe escre-

ver novelas e tem experiênciano ramo em Portugal.

Pergunta - Nos últimosanos, você tem feito mais te-levisão. Por quê?

Giulia - Foram convites ba-canas. Mas conta também o fa-to de o meu filho estar crescido(Theo, fruto do casamento como jornalista Pedro Bial, tem 16anos). Sinto que agora possome dedicar realmente a um tra-balho da maneira e na carga deenergia que gosto. Antes, atéaceitava uma coisa menor e quenão me ocupasse tanto,porqueprecisava ter mais disponibili-dade para ele. E a televisão sem-pre me aceitou muito bem, des-de que surgi como Jocasta na fa-se inicial de "Mandala" (Glo-

bo), em 1987.Pergunta - Depois de mui-

tas mocinhas, hoje você fazpapéis mais maduros e estra-tégicos na TV. Como encaraessa mudança?

Giulia - Comecei como mo-cinha, sim, mas nunca as vi sobessa perspectiva romântica.Não que não goste, ao contrá-rio, adoraria fazer uma bem me-losa. Mas acabei pegando perso-nagens com um lado mais he-roico. Às vezes,até um tanto re-belde. Mas a teledramaturgiahoje aborda personagens inte-ressantíssimos do universo fe-minino. O espaço não é fartoapenas para as jovens protago-nistas. Estou tentando aprovei-tar bem essa fase. �

Sinto que agora possome dedicar realmentea um trabalho damaneira e na carga deenergia que gosto

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 17 - TV

Avó de quatro netos, Betty Faria, 73 anos, esbanja vitalidade na hora de gravar suas cenas como a

ousada Madalena de "Boogie Oogie", novela das 18 horas da Globo.

Nesta entrevista ela fala sobre a personagem e a carreira

Agência Estado

Aos 73 anos e avó de quatronetos, Betty Faria afirma queestá longe de pensar em aposen-tadoria. A atriz esbanja vitalida-de na hora de gravar suas cenascomo a ousada Madalena de"Boogie Oogie", novela das 18horasda Globo.

Betty não hesita em respon-der quais são as cenas que maislhe empolgam na história assi-nada por Rui Vilhena. "Adoroas sequências de discoteca. Nãotenho espírito saudosista, mas,nessas horas, eu me transportoum pouco para aquele períodoe me divirto demais", conta.

A trama se passa em 1978,ano em que Betty estampava,pela primeira vez, a capa da re-vista "Playboy". A boaforma,aliás, ainda é uma de suas mar-cas e fica evidente em suas ce-nas. Resultado, jura, apenas deum controle bem feito da ali-mentação. "Estou fazendo fisio-terapia, então nem tenho ma-lhado. Tenho horror a ficar gor-da. Seguro a onda mesmo. Nãofico comendo mal", diz.

"Boogie Oogie" se passano final da década de 1970.Você se sente revivendo essaépoca durante as gravações?

Betty Faria - É uma delíciarever muita coisa desse tempoda novela. Mas, sinceramente,não me sinto revivendo a déca-da. Estou interpretando umapersonagem que vive nessa épo-ca, mas não me envolvo a esseponto. Talvez tenha me tocadomais gravar as cenas da discote-ca, por causa das músicas e dasdanças. Sempre fui uma atrizapaixonada por esse ambiente,fiz alguns musicais e, por esseaspecto, "Boogie Oogie" me em-polga bastante.

Pergunta - Essa é a primei-ra novela que o Rui Vilhena as-sina na televisão brasileira.Você já o conhecia?

Betty - Na verdade, eu até oconheci pessoalmente, porquefui ao lançamento do curta-metragem "Atrás da Porta",de autoria dele, no ano passa-do. Mas só nos falamos rapi-damente e eu nem sabia quefaria essa novela.

Pergunta - Como você vêessa renovação de autores pe-la qual a televisão nacionalpassa hoje?

Betty - A vida é uma renova-ção constante. As mocinhas dehoje são outras, tudo muda. Eestou muito satisfeita com o re-sultado que tenho visto, não sóde renovação no texto e nasatuações, mas também na dire-ção. Tenho assistido a "O Re-bu". É um trabalho maravilho-

so, assim como "Boogie Oogie".A história do Rui é muito boa,e a direção do Ricardo Wa-ddington bastante caprichadaA TV não tem muito do que re-clamar atualmente.

Pergunta - Madalena fazcoisas consideradas avança-das para uma mulher da idadedela em 1978. Há algo repri-mido ali sendo jogado fora?

Betty - Eu a vejo como umamulher que foi feliz com o ma-rido, mas sabe que teve um ca-samento bem reprimido.

Pergunta - Então, a partirdo momento em que ficou viú-va, resolveu fazer tudo o quequeria e não podia. Ou, pelomenos, não fica se policiandotanto. Esse acaba sendo umtema atual, porque ainda sefala muito de mulheres que vi-vem só em função do casa-mento ou da família...

Betty - Acho uma maravi-lha, justamente por ser atualmesmo. Muitas mulheres seacostumam com uma relaçãodependente no casamento e,quando ficam sozinhas, per-dem-se e deixam de viver. E aMadalena não, ela fica comvon-tade de fazer muitas coisas quenão conseguiu antes. Todomundo conhece gente assim.Mas se eu puder passar algumexemplo para essas mulheres,independentemente da épocaem que estamos hoje ou da quese aborda na novela, vou ficarmuito orgulhosa.

Pergunta - Apesar desseclima alegre e festeiro, estãoprevistos muitos dramas paraa Madalena?

Betty - Todo mundo tem se-gredos, dramas, alegrias, fes-tas... Alguns têm um poucomais de uma dessas coisas,ou-

tros têm menos. Acho que elatem um "approach" de ver a vi-da, pega as situações ruins etransforma em coisas boas.

Pergunta - Você falou dedançar e do período de disco-tecas. Frequentava esse tipode lugar?

Betty - Sempre adorei dan-çar. Ia bastante. Bom, normal-mente, quem curte sai mesmo.E dança, namora... (risos) Bonstempos.

Pergunta - Você tem 73anos e quase 50 de carreirana televisão. O que ainda es-pera desse veículo?

Betty - Espero tudo o que aTV pode me dar. E é uma infi-nidade de coisas. Tive papéismaravilhosos recentemente.Entrei em "Avenida Brasil"(Globo) para fazer uma partici-pação pequena e fiquei até o fi-nal, foi um trabalho espetacu-lar. Agora, veio esse conviteque me cativou de uma formaincrível. Adoro fazer tevê, amogravar novelas.

Pergunta - Mas suas apari-ções nos folhetins têm anda-do um tanto espaçadas..

Betty - Sim, porque faço ou-tras coisas. Passei dois anos emeio em cartaz com a peça"Shirley Valentine", quandocorri o Brasil e caí na estrada.Cuidei da minha vida, viajei.Não estou na fissura de pegarqualquercoisa. Quero trabalharcom gente que goste de mim eem produtos que me agradem."Boogie Oogie", por exemplo, éum projeto que já está no meucoração. O Ricardo Wadding-ton era um jovem diretor quan-do trabalhamos juntos em umdos meus papéis mais marcan-tes, que foi "Tieta" (novela exi-bida pela Globo em 1990).Acho lindo poder reencontrá-lo nesse clima bom de agora. �

Longeda aposentadoria

Globo

TV Globo/Divulgação

TV - 18 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Apresentadora se reinventa à frente do "MasterChef" e conta que levou um

susto ao ser convidada para apresentar um programa de culinária na Band

Agência Estado

Ana Paula Padrão trilha um novo ca-minho na TV desde o início deste mês.A jornalista comanda pela primeira vezum programa de entretenimento naBand: o "MasterChef. Com carreira con-solidada no telejornalismo, ela contaque levou um susto ao ser convidada pa-ra apresentar um reality show de culiná-ria, mas afirma que está se reinventan-do nele. Porém, essa não é a primeiravez que Ana Paula abre o seu leque deatuação. A jornalista virou empresáriaem 2005 e foi para se dedicar às suasduas empresas (a Touareg Contéudo e aTempo de Mulher) que ela deixou a Re-cord em março do ano passado.

Nesta entrevista, a apresentadora re-lembra tudo que aprendeu no jornalis-mo televisivo, mas afirma que não pre-tende voltar para a área. Agora, o desa-fio é outro e ela se diz muito empolgadaem mudar de foco aos 48 anos de idade."Bancada nem pensar. Se quiserem, re-pito isso 25 vezes. Ninguém acredita,mas é verdade", diz Ana Paula.

Pergunta - O público está acostu-mado a ver você como âncora de tele-jornal. Como foi essa mudança deárea?

Ana Paula Padrão - Não estranheiporque muito do que faço no "Master-Chef" é jornalismo. Eu faço a ponte en-tre os participantes e o júri. Dou as re-gras do jogo no dia, faço muito os perfisdos participantes, que é uma espécie dereportagem. Quem são, de onde eles vie-ram, o que o público não está vendo portrás do fogão.

Pergunta - Quando você deixou aRecord, disse que gostaria de se dedi-car a outros projetos. Eles continuamcomo prioridade?

Ana Paula - Passei exatamente umano e um mês fora do vídeo (da televi-são). Foi o tempo que fiquei cuidando-

das minhas duas empresas, a TouaregContéudo e a Tempo de Mulher. ATouareg é uma empresa que trabalha ba-sicamente com o mercado corporativo.Este ano que passei na empresa fez mui-to bem. Num ano difícil, muito retraídoem termos de meta publicitária, cresce-mos bastante. Ampliei a empresa e issoé fruto de eu estar lá. Fiz uma remodela-gem financeira. A Tempo de Mulher éuma empresa que ainda depende muitoda minha imagem. É um dos projetosda minha vida porque fala com a mu-lher. Ela cresceu muito neste últimoano também. O "MasterChef" é um pro-duto por um período específico. Sãotrês meses de gravação. Depois, vejo oque vai acontecer. Eu não tenho ne-nhum plano para depois, embora eu es-teja na Band definitivamente.

Pergunta - Você aprendeu algocom os chefs? Está com mais intimi-dade com a cozinha?

Ana Paula - Gosto de cozinhar. Souuma cozinheira amadora, mas tenhoaprendido para caramba com eles.Aprendo com o desenvolvimento das re-ceitas, no tratamento que é dado a cadaalimento.

Pergunta - Você já tinha se imagi-nado em um programa assim?

Ana Paula - De jeito nenhum, eu le-vei um susto. Eu falei: "master o quê"?Eu já tinha visto, mas não sabia que sechamava "MasterChef" porque tem "Su-perChef", "TopChef" e eu não tinhaideia de que o "MasterChef" era a mãede todos. A minha primeira reação foide estranheza. Comecei a estudar o pro-grama e entendi que eraum grande for-mato mundial. Em vários países, a figu-ra do apresentador não existe. Pensei oque eu faria basicamente, já que o forma-to depende dos participantes e dos jura-dos. A atração não precisa de um apre-sentador, mas, do jeito que foi feita noBrasil, ficou interessante. Sou uma cro-nista do formato, aquela pessoa que temintimidade com quem está em casa eque vai apresentando aos poucos os per-sonagens e as regras do jogo. Acabei mecolocando no formato com aquilo queeu sei fazer, que é ser repórter, aí eu cur-ti muito.

Pergunta - Você se envolve de algu-ma maneira emocional?

Ana Paula - O tempo inteiro eu so-

fro! É impressionante. Conheço cadaum dos participantes muito bem. Seiquem faz doce melhor do que salgado,quem cozinha melhor carne de porcodo que peixe... É uma montanha russaemocional porque você se envolve e sa-be o quanto vai ser duro para essa pes-soa ser eliminada.

Pergunta - Você passou pelas gran-des emissoras do país. O que apren-deu ao longo de sua trajetória?

Ana Paula - Na Globo, eu aprendi aser jornalista. Fiquei 18 anos na emisso-ra e tudo que eu sei sobre jornalismoaprendi lá. No SBT, aprendi sobre tele-visão porque fui para lá para remontar odepartamento de jornalismo. Isso envol-via a área técnica, as câmeras e os satéli-tes que íamos usar para transmissões in-ternacionais. Aprendi como funciona aárea comercial do jornalismo. Amplieio meu leque de interesses e virei empre-sária Abri a minha primeira empresaquando eu estava no SBT. Na Re-cord, a coisa mais importante que euaprendi foi ampliar meu leque de con-tato com o telespectador. Na Globo,eu tive muito contato com as classesA e B, falava com a elite brasileira.Na Record, eu falava basicamentecom as classes menos favorecidas.

Pergunta - O que você espera des-sa sua nova fase, na Band?

Ana Paula - Estou na produção e en-tretenimento. Bancada nem pensar. Sequiserem, eu repito isso umas 25 vezes.Ninguém acredita, mas é verdade. Essaexperiência está sendo muito interessan-te porque estou vendo outro lado que eunão conhecia. Jamais imaginei que eufosse trabalhar num estúdio do tama-nho do que temos no "MasterChef". Sãodez câmeras e 70 pessoas envolvidas noprojeto. Nas externas, são mais 100 pes-soas na produção. Estou aprendendo co-mo é esse tipo de produção, e estou su-per empolgada. �

Band

Ana Paula Padrão abreo leque de atuação

Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 19 - TV

Os suspenses psicológicos e os "serial killers" invadiram a televisão mundial nos últimos anos. Agora, no

Brasil, um psicopata dá origem a "Dupla Identidade", série que a Globo estreia no próximo dia 19

Agência Estado

Os suspenses psicológicos eos assassinatos em série invadi-ram a televisão mundial nos úl-timos anos. "Dexter", "Crimi-nal Minds", "Hannibal", "TheMentalist" e outros seriados co-nhecidos investem nesse filão.Telespectadora do gênero, a au-tora Glória Perez cansou de verbrasileiros recorrerem aos pro-gramas estrangeiros ao busca-rem esse tipo de programação.E decidiu criar um psicopata as-sassino, dando origem à "Du-pla Identidade", que a Globo es-treia no próximo dia 19, após o"Globo Repórter".

A série tem 13 capítulos e giraem torno de Edu, um advogado eestudante de Psicologia aparente-mente acima de qualquer suspeita,interpretado por Bruno Gagliasso.Sóqueeleabusadocharmeparase-duzir todos ao seu redor. E se mos-tra, já nas primeiras sequências,umespecialistaemmatarpelo sim-ples desejo de poder. Seja para con-seguir ascensão social ou unica-mente para se sentir capaz de defi-nir que alguém não merecemais estar nesse mundo.

"Todos me perguntam oque leva uma pessoa a fazer ascoisas que o Edu faz. Mas nos-so intuito é problematizar mes-mo. O Edu se sente um Deus. Pa-ra ele, não tem diferença um a me-nos vivendo", adianta Bruno, quefez testes para o papel. "Isso nãoaconteciaháunsdezanosemeins-tigou demais", afirma ele, que che-gou a ser considerado novo de-mais para o trabalho, por ter ape-nas 32 anos.

Na trama, Edu é um ho-mem na faixa dos 35 anos e dis-posto a chegar ao topo em tudo.Já no primeiro capítulo,conse-

gue uma vaga como assessor dosenador Oto Veiga, papel deAderbal Freire Filho. Mas suameta é se tornar governador doRio de Janeiro para, depois, al-cançar a Presidência da Repú-blica. Tanto que fala isso seria-mente para a sensível Ray, vivi-da por Débora Falabella, comquem inicia um namoro. Ele aconhece na praia,no mesmo diaem a jovem divorciada e mãede uma menina de cinco anosreconhece o corpo de uma dasvítimas de Edu no InstitutoMédico Legal. Ray é portadorado transtorno de personalidadeborderline, caracterizado pelahiperatividade emocional, e lo-go se derrete pelo vilão. "Sãopessoas que vivem uma entregatotal ao outro, ou seja, perfeitaspara um psicopata se relacio-nar", conta Glória Perez.

Os crimes de Edu são inves-tigados pela equipe do delega-

do Dias, personagem de Marce-lo Novaes. Mas a Secretaria deSegurança Pública do Rio de Ja-neiro, preocupada em prendero "serial killer" que assusta a po-pulação às vésperas de uma elei-ção, reforça o grupo, requisitan-do a psicóloga forense Vera, in-terpretada por Luana Piovani,especializada em Ciência Com-portamental em curso realiza-do nada menos que no FBI (Fe-deral Bureau of Investigation)- a polícia federal dos EstadosUnidos. É no núcleo policialtambém que o romance ganhaespaço na trama, já que Vera eDias têm um passado amorosoque começa a aflorar durante asinvestigações. E, a partir do sex-to episódio, Edu começa a en-volver a adolescente Tati, pa-pel de Brenda Sabryna Mac e fi-lha do delegado Dias, em seu jo-go de sedução e morte.

"Edu não precisa de moti-

vos para cometer seus crimes.Mas é claro que, dependendoda situação, ele pode agir porinteresses mais específicos",desconversa Bruno.

Outra personagem que sedeixa enganar pelo atraente ad-vogado é Sylvia, que marca oprimeiro trabalho de drama deMarisa Orth na TV. Acostuma-da a figurar como nome de des-taque em núcleos cômicos denovelas e seriados, a atriz vive amulher do senador Oto. Comonão gosta dos outros assessoresdo marido, ela se encanta porEdu. Mas ainda não se sabe seos dois terão algum envolvi-mento íntimo, já que Glória Pe-rez deixou os últimos episódiospara serem escritos depois quea série estrear. "Eu li até o capí-tulo dez, quando ela já estácompletamente de quatro pelocara, mas nada rolou. Como ahistória é de suspense e a ondadele é o poder, tudo pode acon-

tecer até o 13˚", supõe Marisa,que garante nunca ter usado fi-gurinos tão elegantes na televi-são. "Estou chiquérrima. Vejoo guarda-roupa dela e fico bo-ba", brinca a atriz.

Ultra definição

Gravada com duas câmeras,"Dupla Identidade" é a primei-ra produção da Globo a ser to-talmente rodada em 4K. A tec-nologia oferece quatro vezesmais pixels que o HD e resultaem uma textura ainda mais pró-xima do real para quem assiste.Com ela, o diretor-geral MauroMendonça Filho, que foi queminsistiu para contar com esseavanço, ganha mais liberdade einstrumentos para trabalhar deta-lhes específicos na pós-produção."Isso nos possibilita mudar intei-ramente a fotografia depois que omaterial já está filmado. Possotransformar dia em noite, porexemplo, ou vice-versa", explicaMauro, que garante gravar 90%das cenas de "Dupla Identidade"em externas.

Para ambientar a história,Mauro escolheu Copacabana,região tradicional da Zona Sulcarioca. Além de misturar cons-truções novas e clássicas, comoo prédio do Hotel CopacabanaPalace e as pacatas ruas do Bair-ro Peixoto, a área foi a mesmadefinida por Dias Gomes paraservir quase que de persona-gem em "As Noivas de Copaca-bana", que em 1992 também ti-nha um psicopata como princi-pal personagem. "Isso não foiproposital. Copacabana é umaamostra de pessoas e cenáriosdos mais variados tipos. E quepode ser identificado como umbairro qualquer do mundo",avalia o diretor. �

Seriado

INSPIRADA EM SÉRIESPOLICIAIS ESTRANGEIRAS

Divulgação

TV - 20 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

"DEPOIS QUEQUASE MORRI,

TUDO FICOU TÃOPEQUENO."

Isis Valverde, atriz, à revista "Glamour"

Frases

"DÁ VONTADE DESORRIR. NÃO DÁVONTADE DECHORAR, NÃO."Pedro Cardoso, ator, sobre o fim de "A Grande Fa-mília" (Globo), ao "Vídeo Show" (Globo)

"É MUITO BOMFAZER PAPEL DEBICHA LOUCA, MASTEM MUITOESPECIALISTA."Paulo Betti, ator, no "Mais Você" (Globo)

"É CRUEL PARAUMA MULHERENVELHECER ENÃOENLOUQUECER."Claudia Abreu, atriz, no"GloboNews Play" (GloboNews)

"TEATRO EU FAÇODE GRAÇA. É UMAMISSÃO."Fafy Siqueira, humorista, no"Programa Raul Gil" (SBT)

"NÃO VENDO AMINHA VIDAPESSOAL. NÃO SOUCELEBRIDADE. SOUATOR."Caio Castro, ator, ao site do programa "Encontrocom Fátima Bernardes" (Globo)

"TENHO QUE FAZERGINÁSTICA PARATRATAR DEALGUNS TEMAS(NA TV ABERTA)."Miguel Falabella, autor, ao jornal "O Globo" (RJ)

"NENHUMAVIOLÊNCIA ÉJUSTIFICADA."Angela Sousa, bailarina do "Domingão doFaustão" (Globo), que denunciou o namorado, o ex-BBB Yuri Fernandes, por agressão, no Instagram

"PRECISO DORMIRE ACORDAR TODOSOS DIAS, NÃO DÁPARA SER

NOSTÁLGICA ESAUDOSISTA."Marlene Mattos, diretora de TV,ao jornal "Extra" (RJ)

"VENDO ASROUPAS, PAGO ASMINHAS CONTAS EDOO O RESTANTEPARA OS POBRES.NÃO PASSOMAIS FOME."Neuza Borges, atriz queabriu um brechóna Bahia, aosite "Purepeople"

Agência Estado

Fotos: Divulgãção

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 21 - TV

MALHAÇÃO - 17H45

Segunda-feira - Davi conta para

Manuela o que descobriu sobre

Jonas. Gláucia confessa a Jonas

por que nunca conseguiu desem-

penhar o papel de mãe. Rita e

Dante contam para Davi e Matias

que vão se separar. Lara e Brian

se preocupamcom a aproximação

de Chang e Tomás. Brian afirma a

Jonas que Verônica pode arruinar

o plano dos dois Verônica decide

terminar seu romance com Jonas.

Davi e Verônica descobrem a iden-

tidade da pessoa que mandou os

e-mails anônimos sobre Jonas.

Terça-feira - Davi e Verônica se

surpreendem com as novas reve-

lações sobre Jonas. Arthur enga-

na Murphy, para que Manu invada

o computador de Jonas. Manuela

ouve Jonas contar para Brian que

pretende fugir após o lançamento

dos projetos. Verônica descobre

por que foi escolhida para escre-

ver a biografia de Jonas. Jonas

decide contar a verdade sobre

Gláucia para Sílvio. Herval reve-

la a Davi que tentou impedi-lo

de entrar no Geração Brasil. Da-

vi descobre que Manuela foi for-

çada a mentir para ele. Jonas

vai atrás de Verônica. Verônica

procura Pamela.

Quarta-feira - Manuela sente alí-

vio ao saber que Davi descobriu

seu segredo. Pamela expulsa

Verônica de sua casa. Davi e Ma-

nuela se beijam. Jonas mente pa-

ra Brian. Lara pergunta por Shin

para Moreira, que se surpreende

ao ver Chang se aproximar. Ma-

nuela avisa a Arthur que contou a

verdade para Davi. Jonas afirma a

Verônica que não desistirá dela.

Manuela revela a Davi que Jonas

pode ser preso. Dorothy se encon-

tra com Cidão. Chega o mandado-

de prisão contra Jonas, e

Verônica pensa em alertar o em-

presário.

Quinta-feira - Edna impede

Verônica de alertar Jonas sobre o

mandado de prisão. Davi não con-

segue convencer Megan a ir embo-

ra com ele. Começa a apresenta-

ção de Jonas e Brian. Murphy avi-

sa a Jonas que Gláucia quer falar

com ele. Davi e Ernesto se preocu-

pam ao ver Zac Vírus na Marra. Jo-

nas se emociona com a declara-

ção de Megan. Gláucia engana

Tommy e consegue falar com Jo-

nas. Pamela se surpreende ao ver

Herval na Marra. Manuela e Ar-

thur terminam sua apresentação

e convidam Jonas para subir ao

palco. Jonas foge do local.

Sexta-feira - Todos procuram por

Jonas. Zac Vírus apresenta um ví-

deo em que desmascara Jonas, e

Pamela e Megan ficam atônitas.

Brian esconde o envelope grená

da Polícia Federal. Davi avisa a

Herval que cruzou com Gláucia lo-

go depois que falou com Jonas.

Davi pede para falar com Megan,

e Arthur percebe o incômodo de

Manuela. Manuela conta para a

família o que aconteceu na

Califórnia e as informações sobre

Jonas. Rita confessa a Valdeci

quenão consegue parar de pen-

sar em Fred. Brian garante a Pa-

mela que Jonas está doente. Her-

val descobre que Jonas mentiu so-bre sua doença. Davi procura Me-gan. Herval decide contar a verda-de para Pamela.Sábado - Davi tenta se explicar pa-ra Megan. Pamela se sensibilizacom as revelações de Herval. Her-val conversa com Gláucia sobreJonas. Murphy fica indignado aosaber que Manuela ficará à frenteda Marra Brasil. Verônica exigedestaque para sua matéria sobreJonas no Fato na Rede. Manueladecide ficar com Arthur. Dante fazuma serenata para Rita, sem sa-ber que ela está com Fred em suacasa. Brian fica revoltado ao des-cobrir que foi enganado por Jo-nas. Manuela e Davi pensam umno outro. Verônica publica sua ma-téria sobre Jonas, e Herval apro-va. Brian se encontra com Jonas.

BOOGIE OOGIE - 18H15

Segunda-feira - Susana diz a Ma-

dalena que inventou a história da

troca de bebês para ficar com Fer-

nando. Daniele avisa a Gilda que

Fernando a demitiu por causa de

seu namoro com Rodrigo. Sebas-

tiana vê Homero e o aponta para

Leonorcomo o homem que fugiu

logo após os tiros na discoteca.

Madalena avisa a Fernando que

Susana está trabalhando na loja

de Vitória. Ricardo pede a Luisa

para contar a verdade sobre seus

pais a Madalena. Sandra revelaa

Rafael que Gilda e Fernando são

amantes. Beatriz avisa a Célia

que Elísio não aceitou o convite

para jantar em sua casa. Fernan-

do promete a Susana que termina-

rá com Carlota durante uma via-

gem que fará com a mulher a Ro-

ma. Serginho conta para Vitória

que Fernando é amante de Gilda.

Terça-feira - Vitória convida Ra-

fael para ser seu par no concurso

de dança da discoteca Boogie Oo-

gie. Célia descobre que Susana é

amante de Fernando. Vitória lê a

mensagem do cartão que Gilda re-

cebeu de Fernando. Sandra acei-

ta oconvite de Pedro para dançar

no concurso. Madalena insiste, e

Augusta e Vicente acabam concor-

dando em participar do concurso

de dança da Boogie Oogie. Vitória

leva Gilda para sua casa e comuni-

ca a todos da família que Gilda e

Fernando são amantes.

Quarta-feira - Gilda confessa que

é amante de Fernando. Carlota de-

cide ir para a casa de Leonor. Elí-

sio estranha o fato deBeatriz não

ter lhe contado que Paulo voltará

do exílio. Rafael recrimina Vitória

por ela ter espalhado queGilda

era amante de Fernando. Gilda

avisa a Susana que ela é apenas

mais uma das amantes de Fernan-

do Susana invade a casa de Fer-

nando à procura do empresário.

Quinta-feira - Fernando diz a Gilda

que não é amante de Susana. Car-

lota comenta com Leonor que a

traição de Fernando acabou com

seu casamento. Fernando pede a

Susana mais tempo até ficarem

juntos. Cristina diz a Fernando

que irá ajudá-lo a reconquistar

Carlota. Carlota pede a Leonor

que vá com ela para Roma. Vitória

incentiva Gilda a ficar com Fernan-

do. Fernando tenta impedir Carlo-

ta de pegar o avião para a Itália.

Sexta-feira - Fernando propõe a

Carlota que os dois retomem seu

casamento e saiam da mansão.

Vitória incentiva Fernando a ficar

com Gilda. Sandra conta a Beatriz

que Rafael propôs que os dois mo-

rassem juntos. Sandra decide de-

sistir do concurso de dança, após

uma discussão com Pedro. Elísio

afirma a Pedro que não permitirá

que Sandramore com Rafael. Au-

gusta se acidenta e fica impedida

de participar do concurso. Elísio

sai à procura de Beatriz na Boogie

Oogie. Madalena substitui Augus-

ta e dança com Vicente. Vitória

não consegue chegar a tempo na

discoteca, e Sandra decide partici-

par do concurso com Rafael. Fer-

nando questiona Gilda sobre o fu-

turo dosdois.

Sábado - Gilda pede a Fernando

que ele assuma a paternidade de

Rodrigo. Pedro e Rafael brigam na

pista de dança, e Ricardo ameaça

expulsá-los da discoteca. Vitória

chega atrasada à Boogie Oogie e

decide participar do concurso

com Pedro. Madalena dá para Au-

gusta o dinheiro que ela e Vicente

ganharam como prêmio pelo pri-

meiro lugar no concurso. Glória

demite Susana da loja. Gilson ten-

ta convencer Luisa a contar a ver-

dade sobre ele e Zuleika à família

de Ricardo. Cristina questiona

Sandra.

Segunda-feira - Karina quebra o al-to-falante do carro de som que Pe-dro contratou Dalva tenta desco-brir quem foi a última namorada

de Alan. Nat liga para Dalva, masDuca impede a moça de falar comsua avó. João pega o celular de

Gael escondido. Sol faz uma de-claração para Wallace durante aaula. João pede para René ensiná-

lo a operar uma câmera. João ob-serva Bianca e Bárbara separa-rem as roupas para o falso video-

book. Pedro avisa à banda quenão conseguirá o dinheiro para pa-gar o estúdio. Lobão coloca Cobra

para treinar com Nat. Duca fala so-bre a namorada misteriosa deAlan, e Heideguer avisa que elaprecisa ser encontrada. Nat sur-

preende Cobra e vence a luta.Terça-feira - João filma o video-book de Bianca. Heideguer man-

da Cobra descobrir a identidadeda suposta namorada de Alan.Pe-dro sugere a Bianca que pague a

segunda parcela do acordo, seele conseguir que Karina o abra-ce. Pedro beija Karina, mas acaba

machucado. Marcelo vê Delmaconversando com Roberta. Ducapede para fechar a banca deDal-

va, e ela desconfia. João decideeditar o videobook de Bianca naQG. Nat chega para o encontrocom Duca,e Cobra a intercepta.

Quarta-feira - Nat discute com Du-ca para despistar Cobra e vai comele para o QG. Jade flagra Nat e

Cobra conversando e sente ciú-mes. Franz liga para Mari, no mo-mento em que ela chega para fa-

lar com Jeff. Duca entrega dinhei-ro para Bianca. Nando cobra a le-tra da música para Pedro. Jeff de-

cide contar a verdade para Lin-coln. Mari dispensa Franz paraajudar Jeff. Pedro escreve a le-

tra de sua música pensando emKarina. Lucrécia flagra Jade e Co-bra juntos.Quinta-feira - Lucrécia exige que

Cobra se afaste de Jade. Cobrafaz uma cópia do videobook deBianca sem que João perceba.

Tomtom pede que Karina a leveao parque de diversões. Bianca eDuca se reconciliam. Wallace e

Sol levam Dalva para passear. Du-ca encontra um bilhete nos per-tences de Alan e fica intrigado. Ja-

de posta o videobook de Biancana internet. Pedro chega ao par-que onde estão Karina e Tomtom.

Sexta-feira - Karina, Pedro eTomtom se divertem no parque.Jeff entrega a Mari o anel que Lin-coln comprou para ela. Ducaques-tiona Bianca sobre o vídeo divulga-do na internet, e a menina se enfu-rece com João. Jade confirma aBianca que foi ela quem postouo vídeo na internet. Mari vê ocarro de Franz e se afasta de Je-ff. Tomtom pede aum funcioná-rio do parque que pare a roda-gi-gante quando seu irmão e Kari-na estiverem no alto. Pedro de-clamaa música para Karina,que tenta disfarçar sua como-ção. Pedro passa mal.

Resumo das novelas

GLOBO

GERAÇÃO BRASIL - 19H30

TV - 22 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Segunda-feira -Comoninguémacredi-ta na afirmação de Artur, ele revelaque inventou a história para ver Gre-gório sofrer aopensar que houve in-cesto. Diana dá um tapa em Artur.Gregório e Rafael expulsam Artur doharas. Artur é consolado por Clarice.Iago não esconde o choque ao saberque Artur contou a verdade para Dia-na. Artur pede perdão para Clarice.Iago revela para William que pen-sa em atirar uma flecha em Artur.Quim vai até a casa deJorge pedirabrigo. Renata conforta Edu, de-sesperado ao saber do envolvi-mento de Quim com neonazistas.Jorge aceita que Quim passe anoite em sua casa. Priscila perce-be o olhar decepcionado de Valé-ria e pergunta sea mãe acha que

ela está envolvida na morte de Di-nho. Gregório questiona se Ber-nardo teve um caso com Clarice.Dianavai atrásdeClariceeseencon-tra com Artur.Terça-feira - Diana confessa para Ar-tur que o filho que está esperando édele. Gregório pergunta se Bernardoé pai de Artur. Diana diz que vai lutarparaArturnãoverofilhoqueelaespe-ra. Bernardo dá um tapa no rosto deGregório e Katia puxa a arma para oproprietário do haras Ferreira. Catari-na incentiva Artur a reconquistar Dia-na.Priscila se fazdevítimamaisumavez para Valéria. Paulão alerta Prisci-la sobre as estranhas atitudesde Va-léria. Rafael, Analice e Mossoró sepreocupamcomaausênciadeGregó-rio. Bernardo diz para Katia que quer

Gregório preso. Gregório se recordade sua conversa com Bernardo. Dia-na diz que aceita se casar com Ra-fael. Clarice confessa para Gregórioque Artur é fruto de uma traição.Quarta-feira -Gregóriosaidesiduran-te a discussão com Clarice e a esbo-feteia. Artur fica furioso e fere Gregó-riocomuma faca.Gregório chamaAr-tur de aberração e se diz aliviado porelenãoserseu filho.William ligaparaIagoecontaqueGregórioagrediuCla-rice. Iago fica furioso e decide ir atrásde Gregório Rosa desabafa comAnastácia e diz que acha que PauloHenrique está se interessando porhomens. Rafael liga para Diana e dizque encontrou Gregório. Iago planejamatar Artur e colocar a culpa da mor-te em Gregório. Bernardo desconfia

de Rafael e pede para que ele conteo paradeiro de Gregório. Rafael dizque não tem notícias de GregórioeKatia ameaça prendê-lo se ele nãodisser a verdade. Iago engatilha abesta e mira para o carro de Artur.Quinta-feira - Iago observa o carro deArtur seguindo desgovernado depoisdetersidoatingidoporumaflecha. Ia-go recolhe seu material e foge. Clari-ce liga para o socorro. Iago percebeque está sendo seguido por Sabrina.William tenta ligar para Iago. Sabrinapersegueoatirador eatira contraele,mas Iago consegue fugir. Artur rece-be os primeiros socorros e é levadopara um hospital. Clarice fica tensa àespera de notícias do estadodesaúde de Artur. Luciene avisa Dia-na que Artur foi atingido por uma fle-cha O médico se aproxima de Clarice

paradar notícias do estado de saúdede Artur.Sexta-feira -OmédicoavisaqueArturestá fora de perigo. Bernardo confor-ta Clarice. Iago é falso ao dizer paraClaricequeestá feliz porArtursobrevi-ver à flechada. Mossoró ajuda Gregó-rio a fugir. Clarice conta para Iagoqueestá preocupada com a seguran-ça de Artur. Diana pede que Lucieneváaohospital sabernotíciasdeArtur,deixando Rafael irritado. Dante dizque Valéria precisa aguardar o resul-tadodaauditoriaparaprovarquePris-cila desviou verba da escola. Arturagradece o apoio de Iago e diz queele está sendo como um irmão. Dia-nafica tranquila ao saber que Arturnão corre risco de morrer. Katia des-confia que Rafael saiba ondeGregórioestá escondido.

Segunda-feira - Tati chora por pensarque Vivi prefere ser modelo a ser suairmã Vivi pede conselhos para Samu-ca, pois está em duvida se aceita ounão a proposta no Rio Grande do Sul.Vivi está muito emocionada e contaparaTati quedecidiuaceitarapropos-ta. Mili tenta descobrir quem deixouuma rosa branca na cama dela en-quanto dormia. Ela não sabe que foiMiguel.

Terça-feira -Mili diz paraMarianquearosa branca trouxe de volta sua inspi-ração. Mosca, Rafa, Binho, Duda,Thiago, Neco eFabio vão treinar ArtesMarciais para um torneio da escola.Clarita fica enciumada ao ver Beto eÉricatãoenvolvidos.MariaCecília levaos relatórios negativos do Café paraJunior, que decide vender alguns imó-veis.Marianvêumfiosoltocomeletri-cidadenochafariz.

Quarta-feira - Bia e Pata questionamse foi Marian que jogou a rosa brancano chafariz. Miguel conta para Simãoque tudo indica que Mili é sua verda-deira filha com Gabriela. Miguel deci-de pressionar Matilde. Maria pergun-taparaMiguelsepodecontara verda-depara Mili, poisnãogostadeescon-der as coisas dela. Miguel diz que émelhormantersegredo.Patapedepa-raVivi ensiná-la a fazermaquiagem.

Quinta-feira-Avizinha levaDanidevol-ta ao apartamento e explica o queaconteceu para Bruno. Carol conse-gue falar com Dani e vê o braço delamachucado. Dani conta tudo quevem acontecendo. Carol diz que asituação está fora de controle. Ga-briela desenha o rosto de Arman-do pensando que ele é Miguel.Carmen acompanha Matilde naigreja. Ela fica do lado de fora.

Sexta-feira - Mili tenta afastar Miguelde Maria e o acusa de ter batido emMarian. Miguel se defende e afirmaque jamaisagrediriaumacriançaepe-de a confiança de Mili. Os meninospassam por mais um treinamentocom o mestre Chen. Cris chora por-queSamucadizquenãoquermais le-var adiante a farsa do namoro. Samu-cadiz paraVivi quepodem voltarana-morar dementira.

Segunda-feira - José Alfredo cobra ex-plicações de João Lucas sobre suapresença na casa de Maria Ísis. Coradecide vender as alianças que foramde Evaldo e Eliane. Cristina e Vicentese beijam. Enrico avisa a Maria Claraque Vicente será o responsável pelobufê da festa da joalheria Império. Or-ville pensa em se associar a uma lojade leilões. Xana resolve entregar Lu-ciano para o juizado de menores Enri-co questiona Cláudio e Beatriz ao vê-lossaindo cedo decasa.Terça-feira - Érika socorre Téo. Antoni-nho leva Xana para o enterro de Tere-sa. Danielle desconfia de que MariaMarta esteja impedindo a conclusão

da obra de seu apartamento. MariaÍsisdizparaSeveroeMagnóliaqueJo-sé Alfredovai colocar o apartamentononomedela.CoravaiàcasadeMag-nóliaeencontraRobertão.Orvillee Jo-nas acertam o leilão com as obras deSalvador. Cristina pede para conver-sar comFernando.Quarta-feira - Magnólia desconfia deCora. João Lucas entrega para MariaÍsis um convite para ir à festa da joa-lheria Império. Tuane leva Jurema pa-raacasadeXanacomointuitodealu-garumquartoparaela.AntoninhoeJu-rema se interessam um pelo outro.Cristina termina o noivado com Fer-nando.JuremaalugaacasadeAntoni-

nho.CarmemlevaospertencesdeJu-lianeparaacasadeXana.CristinavaiaoencontrodeVicente.Julianeenfren-ta Orville ao vê-lo perto de Júnior.Robertão vai aoencontro deCora.Quinta-feira - Fernando se descontro-la ao ver Cristina e Vicente juntos. Co-ra pede para Xana expulsar Robertãode sua casa. José Pedro tira satisfa-çõescom Maria Marta sobre o atrasonas obras de seu apartamento. Aobra no camelódromo é concluída.Kelly incentivaMaria Ísisa irà festadajoalheria Império. José Alfredo pega aescritura de doação do apartamentoque dará para Maria Ísis. Magnólia eSevero conseguem pegar um convite

para a festa da joalheria Império nocarrode JoséAlfredo. Vicente conven-ce Cristina a ir com ele à festa da joa-lheria Império.Sexta-feira - Elivaldo desconfia quan-do Cora afirma que Cristina é filha deJosé Alfredo. Antoninho pega Julianena casa de Xana. Enrico elogia Cláu-dio, que se emociona. Vicente conse-gue um trabalho para Lorraine na fes-tada joalheria Império. JoséPedroavi-saaMarta queCristina está na festa.MariaÍsisassinaaescrituradoaparta-mentoqueficaráemseunome.MariaMarta vai ao apartamento de MariaÍsis à procura do marido. José Alfredosugere que Juliane desfile na festa.

MariaClarademiteamodeloprincipaldodesfile. Magnólia eSeverochegamà festa. José Alfredo e Cristina discu-tem e Érika registra a conversa comsuacâmera.Sábado - José Alfredo se desculpacom Cristina e pede que ela fique nafesta.Antôniomostraa fotodopaipa-ra Enrico, que se desespera. Beatrizfala para Cláudio que Téo divulgousua foto com Leonardo. Antoninho eJulianechegam à festa, e Helena levaaex-rainhadebateriaparaocamarim.José Alfredo, Maria Marta e os filhosfazem uma entrada triunfal na festa.Fernando observa Cristina chegandoemcasa.OaneldeMariaMartaé rou-bado.Enrico conversacom Cláudio.

Resumo das novelas

VITÓRIA - 21H30

CHIQUITITAS - 20H30

IMPÉRIO - 21 HORAS

GLOBO

RECORD

SBT

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 23 - TV

Temporada recomeça com

passeios na região do

vulcão Villarrica, em Pucón,

e cruzeiros pela Patagônia

Turismo

CHILE AONATURAL

TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Agência O Globo

No inverno, o centro-sul doChile é um destino popular pa-ra esquiadores e turistas que sedivertem dando os primeirospassos (ou tombos) na neve.

Mas é a partir de setembro,quando a temperatura começaa subir, que a diversidade da na-tureza nessa parte do país, re-pleta de lagos, rios, montanhas,

vulcões e parques nacionais, po-de ser mais bem explorada.

Uma das principais atra-ções da região é Pucón, na pro-víncia de Araucanía. A pacatacidadezinha de 30 mil habitan-tes na beira do Lago Villarricachega a receber 100 mil turistasno auge do verão. Muito popu-lar entre chilenos e argentinos,ela começa a ser mais conheci-da pelos brasileiros.

A subida do vulcão

Villarrica tem vistas

panorâmicas

Agência

OG

lobo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 25 - TURISMO

A subida ao vulcão leva cinco horas; a volta leva duas, deslizando-se sentado em assento plástico

Agência O Globo

Às margens do Lago Villar-rica e ao pé do vulcão de mes-mo nome, com 2.847 metros dealtitude, Pucón é a porta de en-trada de uma região do Chile re-pleta de belezas naturais.

Quase 800 quilômetros aosul de Santiago, na provínciade Araucanía, a cidade tem fá-cil acesso a parques, lagos, rios,montanhas e vulcões, o que fazdela uma base privilegiada pa-ra ecoturismo e esportes deaventura.

No inverno, a neve atrai pra-ticantes de esqui e snowboard.Mas é a partir de setembro,com o início da primavera, eprincipalmente no verão, comtemperaturas de até 35˚C, queos visitantes ganham opções va-riadas de atividades ao ar livre,como trilhas, escaladas, raf-ting, caiaque, passeios de bar-co, ciclismo e cavalgada.

A região tem também ca-vernas vulcânicas e piscinasde águas termais, abertas oano todo.

Visível de qualquer pontode Pucón, o Villarrica é a atra-ção mais emblemática da cida-de. É um vulcão ativo. As pla-cas nas ruas indicando rotas defuga em caso de “emergênciavulcânica” não deixam o visi-tante esquecer disso. Mas nãoentra em erupção desde 1984.

Fica no Parque NacionalVillarrica, a 12 quilômetros dacidade, onde há outros dois vul-cões: Quetrupillán (2.360m) eLanín (3.747m), na fronteiracom a Argentina.

O Villarrica pode ser explo-rado de diversas maneiras. Amais popular é a excursão até acratera, de onde se tem a vista

mais ampla da região.A trilha não é simples: uma

caminhada longa, de seis a no-ve horas, com trechos íngre-mes, sobretudo perto do topo,onde há a dificuldade adicionalda camada de neve.

É contra-indicada para pes-soas com problemas cardíacos,respiratórios ou nas articula-ções. Mas não exige experiên-cia em montanhismo e podeser completada por qualquerum em boas condições físicas.

Em 2013, o parque recebeucerca de 100 mil visitantes, e 21mil deles subiram à cratera, se-

gundo a Câmara de Turismode Pucón.

Na cidade, há várias opera-doras que organizam a excur-são à cratera. A tarifa inclui oaluguel de equipamento para acaminhada, como capacete, lu-vas, jaqueta e calça impermeá-veis, botas, piolet (semelhantea uma pequena picareta) ecrampons (peças de metal fixá-veis nas botas para dar estabili-dade no gelo e na neve).

Recomenda-se levar tam-bém calça de moletom, camisatranspirável, óculos escuros,água e comida. A excursão de-

ve ser agendada com antecedên-cia de pelo menos um dia e po-de ser remarcada, ou até inter-rompida durante a subida, emcaso de mudança brusca nascondições climáticas.

A subida começa cedo, en-tre 5h e 7h. As operadoras le-vam os turistas da cidade atéo Parque Villarrica. Na basedo vulcão, há uma estação deteleférico que percorre cercade 400 metros, o equivalentea uma hora de caminhada.Mas dependendo do clima edo vento, o teleférico pode es-tar fechado.

A subida leva em médiacinco horas e a volta, duas. Adescida é bem mais rápidaporque, na parte alta do vul-cão, desliza-se sentado na ne-ve, em velocidade.

O início da subida, bastan-te íngreme, é uma das partesmais exigentes da trilha. Osgrupos param para beber águae comer a intervalos de uma ho-ra. Com o tempo, a trilha se tor-na um zigue-zague mais regu-lar pela lateral do vulcão, e épossível apreciar o panoramado Lago Villarica e do entornode Pucón.

Chile

Parques, lagos, rioe um vulcão ativo

Passeio de bote

pelas Ilhas Tucker

na Patagônia

chilena

TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

No trecho final, com neve,os crampons e o piolet são usa-dos para manter o equilíbrio econter os inev i táve i sescorregões. Os últimos metrossão o maior desafio, pelo des-gaste acumulado, a camada es-pessa de neve e a inclinaçãomuito acentuada.

Mas a chegada é recompensa-dora. A vista do topo do Villarri-ca abarca os maiores símbolos daregião, como os vulcões Quetru-pillán e Lanín e os lagos Villarri-ca, Caburgua e Colico.

Na cratera, sente-se o rumordo vulcão e o cheiro forte de enxo-fre. Os grupos permanecem cercade meia hora no topo.

No início da descida, é horade deslizar na neve. O guia vaina frente, abrindo com o corpouma pista que o grupo percorrena sequência, com um suportede plástico como assento e opiolet para controlar direção evelocidade.

Os mais habilidosos traçambelas linhas vulcão abaixo, outrosse divertem com a própria faltade jeito. Acabada a neve, resta acaminhada de volta à base.

Mesmo para quem não sobeaté a cratera, o Villarrica tem

muitos atrativos. O passeio aoparque pode ter caminhadasmais leves pela base do vulcão,de onde já se tem uma bela vi-são dos lagos e das montanhasdo entorno.

No Parque Villarrica tam-bém podem ser exploradas ca-vernas vulcânicas, escavadas pe-la passagem da lava sobre o ge-lo em antigas erupções.

A atração principal é a desci-da por um túnel com 150 me-tros de profundidade e 500 me-tros de largura. Durante a visi-ta, guias explicam as origensdessa formação geológica e nar-ram o histórico de erupções dovulcão.

A região de Pucón tem ou-tras reservas naturais que va-lem a visita. O Parque Nacio-nal Huerquehue, a 35 quilôme-tros da cidade, tem belos lagos,como o Tinquilco e o Toro, tri-lhas mais suaves que as doVillarrica e amostras da vegeta-ção típica chilena, como a arau-cana e a lenga.

O Santuário El Cañi, umareserva particular a 21 quilôme-tros de Pucón, tem caminhadasmais exigentes, com vista paralagos e vulcões.

Além das trilhas, os pas-seios aquáticos são muito pro-curados na primavera e no ve-rão. A opção mais popular é orafting no rio Trancura.

A parte baixa do rio é maisindicada para passeios comcrianças. A parte alta, com cor-rentezas e quedas mais fortes,não apresenta riscos para ado-lescentes e adultos.

Os rios Liucura, Puesco eMaichín também permitem raf-ting e caiaque, com graus varia-dos de dificuldade.

Dentro de Pucón, o LagoVillarrica é muito usado parapasseios de barco. E a praia deareias negras às margens do la-go fica tomada nos dias maisquentes do ano.

Nos fins de tarde de prima-vera e verão (e a qualquer momen-to no inverno), muitos visitantesbuscam as piscinas de águas ter-mais no entorno da cidade.

Los Pozones são as mais popu-lares. As Termas Geométricastêm arquiteturas ambiciosa e pis-cinas ao ar livre integradas à natu-reza. E há várias outras opções, co-mo Menetúe e Peumayén, paraquem quer relaxar depois de umdia explorando a região. (AG)

As águas do rio

Trancura são ideais

para rafting e caiaque

O Parque Nacional

Huerquehue tem

trilhas leves

Fotos: Agência O Globo

O desafio dos últimos metros

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 27 - TURISMO

Setembro a dezembro é a temporada ideal para um cruzeiro percorrendo os glaciares

Agência O Globo

Embarcar no Stella Australis,um dos navios da chilena Cruce-ros Australis, rumo à Terra do Fo-go é uma aventura que começa napequena cidade de Punta Arenas,à beira do Estreito de Magalhães,no Chile, e se desenrola por entreos fiordes cercados de monta-nhas geladas.

A temporada vai de janeiroa abril e depois de setembro adezembro, evitando assim astemperaturas mais rigorosas doinverno.

A paisagem é imponente.Durante todo o trajeto é possí-vel ver de cada lado do navio osAndes cobertos de neve.

A primeira excursão aconte-ce na manhã seguinte à noitede embarque. A bordo de botesinfláveis Zodiac desembarca-sena Baía Ainsworth, que ficadentro do Parque Nacional Al-berto de Agostini, o terceiromaior do Chile.

Os guias - todos especializa-dos na fauna e flora da região -formam grupos de acordo coma língua dos viajantes e expli-

cam as sutilezas do bioma sub-polar de Magalhães, onde flo-res, arbustos e até um pequenobosque desafiam as baixíssimastemperaturas.

Em algumas épocas do ano,é possível ver leões-marinhosdescansando na praia de pedrasbrancas e areias negras.

Nessa região, o clima mudaabruptamente e não é difícil co-meçar o dia sob um lindo sol ecéu azul e vê-lo se transforman-do até virar um cenário de ter-ror, com nuvens carregadas,chuva e ventos cortantes. Mas

nesta época do ano, a tempera-tura gira em torno dos 8˚graus.

Antes de retornar aos botes,o viajante pode se recompor de-gustando um uísque ou um cho-colate quente servido num pe-queno quiosque montado napraia pela tripulação chilena.

Novamente a bordo doStella Australis, o almoço é ser-vido no Comedor Patagónia,onde uma farta oferta de delí-cias se apresenta na forma debufê temático (italiano, chile-no, etc.). Quem quiser descan-

sar, a hora é esta.Para os mais ativos, há uma

academia no convés do navio.Outras atrações também estãodisponíveis, como filmes e do-cumentários exibidos em sa-lões distintos, com versões eminglês e em espanhol.

À tarde, mais um passeio:dessa vez para as Ilhotas Tu-cker, refúgio dos simpáticospinguins-de-magalhães. Osguias explicam que durante osmeses de inverno eles seguemem grupo rumo a regiões maisquentes.

Chile

Ilhas com pinguins eavenidas de geleiras

A cidade de Punta

Arenas é o ponto

de partida

TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

No segundo dia, a atração éa geleira Pía, cravada na Cordi-lheira Darwin. Desembarca-seaos seus pés, e uma pequena ca-minhada leva o visitante a ummirante do qual é possível ob-servar a imponência da nature-za traduzida num enorme pare-dão de gelo azulado formado aolongo dos anos.

Os guias costumam pedir umminuto de silêncio para poder ou-vir os estalos dos blocos de geloque se desprendem aos poucos,provocando sons que parecemverdadeiras explosões.

Na sequência, um dos pon-tos altos da viagem: o CanalBeagle e sua Avenida dos Gla-ciares. Cada geleira tem o no-me de um país europeu e à me-

dida que se passa por elas a tri-pulação do navio oferece comi-das típicas desses locais. As-sim, ao avistar o Glaciar Fran-ça, são servidos espumante equeijos; passando pelo GlaciarAlemanha, cerveja e salsicha; eenquanto se passa pelo GlaciarItália do convés, tem brindecom vinho e uma rodada de pi-zza, tudo incluído no pacote.

À noite o jantar é à la car-te, com duas entradas, pratoprincipal (há sempre uma op-ção de carne e outra de peixe)e sobremesa.

E depois karaokê, bingo efilmes são alternativas para oviajante que ainda não esteja su-per cansado da extensa progra-mação do dia. (AG)

Glaciares azulados

Cartão-postal de Pucón, oVillarrica é apenas um dos mui-tos lagos espalhados pelo centro-sul do Chile. Na região entre as ci-dades de Temuco e Puerto Montthá mais de uma dezena deles, quepodem ser explorados graças auma vasta rede de caminhos, tri-lhas e estradas.

Um passeio muito popularna região é a Travessia dos La-gos Andinos, que vai de Pucónà cidade argentina de San Mar-tín de Los Andes.

O percurso tem uma partepor terra, passando pelos Sal-

tos de Huilo-Huilo, e outrade barco, navegando pelos la-gos Pirihueico, no Chile, e La-car, na Argentina.

Outra forma de descobrir asatrações naturais da região é oconjunto de estradas conhecidocomo Rede Interlagos, formadapor seis circuitos.

Pucón faz parte da rota Arau-canía Lacustre, que inclui os la-gos Villarrica e Caburgua, os par-ques Villarrica e Huerquehue e atravessia internacional MamuilMalal, que leva às cidades argenti-nas de Junín de los Andes e San

Martín de los Andes.A rota Araucanía Andina

passa pelo lago Icalma e por cin-co parques nacionais. A rotaSiete Lagos abarca o entornoda cidade de Panguipulli. Pelarota Nor Patagónia, chega-seaos lagos Puyehue e Rupanco.Há ainda rotas pelos lagos Ran-co e Llanquihue.

A mesma rede dá acesso ain-da a diversas atrações naturais daregião, como rios, cachoeiras, vul-cões, piscinas termais e áreas depesca, além de quatro travessiaspara a Argentina. (AG)

Os famosos pinguins

das ilhas Tucker

Vista do Lago

Villarrica, em

Pucón

Fotos: Agência O Globo

Pelos lagos andinos

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 29 - TURISMO

A ilha, conhecida como o Fim do Mundo, foi declarada Reserva da Biosfera pela Unesco, em 2005

Agência O Globo

A penúltima noite a bordodo Stella Australis teve madru-gada agitada, com balançosmais radicais. O navio se apro-xima do mítico Cabo Horn, oponto mais austral do continen-te americano, a 900 quilôme-tros do Polo Sul.

Descoberta em 1616, a ilha,conhecida como o Fim do Mun-do, foi declarada Reserva daBiosfera pela Unesco em 2005.

O clima é extremo. Fortesrajadas de vento tornam difícilo simples ato de caminhar so-bre a trilha de madeira monta-da para os visitantes. É precisodar passos firmes para não serjogado alguns centímetros parao lado no caminho até o monu-mento do chileno José BalcellsEyquem representando um al-batroz, símbolo da região.

Perto da instalação do artis-ta, uma capela de madeira so-brevive corajosamente às tor-mentas, ao lado de uma lojinhade suvenires no andar térreo deuma espécie de farol.

No andar de cima, bandeiro-las e cartões dos viajantes queali estiveram e quiseram regis-trar sua passagem pelo fim domundo.

Para enfrentar essa expe-riência, a recomendação é ves-tir-se em camadas térmicas quepodem ser tiradas e colocadasconforme o tempo. Casacos ecalças impermeáveis tambémsão úteis. Nos pés, calçados im-permeáveis são indispensáveis.

O último passeio da aventu-ra patagônica a bordo do StellaAustralis é a Baía Wulaia, naTerra do Fogo, local que já abri-gou os yámanas, nativos quemesmo vivendo sob gélidas

temperaturas andavam pela-dos, cobertos apenas de banhade leão-marinho.

Em 1832, a bordo do navioHMS Beagle, o inglês Char-les Darwin e o capitão Ro-bert Fitzroy desembarcaramali, onde mantiveram contatocom os yámanas.

Na baía, há duas opções decaminhada, uma mais leve e ou-tra que dura 45 minutos e se-gue rumo ao topo da pequena

montanha, passando por ria-chos pedregosos.

A caminhada, embora te-nha trechos íngremes, não é pe-sada, já que a cada 10 ou 15 mi-nutos há uma breve parada pa-ra ouvir parte das histórias quese passaram por ali, como o ter-rível massacre a missionáriosingleses.

Ao fim da trilha, a recom-pensa: um mirante no alto damontanha, de onde se pode con-

templar as geleiras Holanda eItália e as Ilhas Wollaston.

Na volta, antes de embarcarno Zodiac rumo ao navio, o visi-tante pode conhecer a Casa Stir-ling, um pequeno museu comfotos e réplicas de objetos de ca-ça usados pelos índios.

Uma reprodução da canoaque eles usavam em suas expe-dições fica bem no centro da ca-sa. Contam que até fogo os yá-manas conseguiam transportar

nessas embarcações.Na última noite, serve-se o

Jantar do Capitão, enquanto onavio se aproxima do porto deUshuaia, cidade que os argenti-nos consideram a mais australda Terra. Após a refeição, to-dos são convidados para umbrinde final no salão Darwin, omaior do navio. Um show comuma bela seleção de fotos tira-das pelos visitantes encerra aviagem.

Chile

Terra do Fogo -onde o mundo acaba

A bela Baía

Wulaia serviu de

parada para

Charles Darwin

em sua viagem

Fotos: Agência O Globo

TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Programe ChileTrilha até a craterado vulcão Villarricanão exige prática emmontanhismo, mas éinviável no inverno

COMO CHEGAR

A partir de 26 de outubro,a TAM passa a operar de trêspara sete voos semanais entreRio de Janeiro e Santiago. Nocomeço do ano, a Sky Airlinecomeçou a voar diariamenteentre Guarulhos e Santiago

Pucón: A TAM voaRio-Temuco, via Santiago, porR$ 1.436. A Sky voa deGuarulhos para Temuco (viaSantiago), por R$ 1.110. Aviagem de ônibus de Temucopara Pucón dura 1h30 e custa,ida e volta, 5.800 pesoschilenos. Tarifas para outubro,com taxas

Punta Arenas: Pela TAM, ovoo do Rio para Punta Arenas,via Santiago, custa R$ 1.439.De São Paulo, o voo da Skycusta R$ 2.061. Tarifas paraoutubro, com taxas

PUCÓN: ONDE FICAR

Hotel Antumalal: Diárias a147 mil pesos chilenos (R$559). Km 2 do Camino Pucón aVillarrica. antumalal.com

Plaza Pucón: Diárias a 56mil pesos (R$ 213). Pedro deValdivia 191.hotelplazapucon.cl

¡école!: Diárias a 24.600pesos (R$ 93). General Urrutia592. ecole.cl

PUCÓN: O QUE FAZER

Passeios: agências comoAguaventura (aguaventura.com)e Summit Chile(summitchile.org) oferecemexcursão à cratera do Villarricapor 48 mil pesos (R$ 182); orafting pelo rio Trancura, 20 mil(R$ 76); a exploração dascavernas vulcânicas, 40 mil(R$ 152); e as caminhadas noParque Huerquehue,a 40 milpesos (R$ 152)

Travessia dos LagosAndinos: Custa US$ 295(R$ 662) por pessoa.travesiadelagosandinos.cl

PATAGÔNIA: CRUZEIROS

Cruzeiro Australis: Aviagem de 4 noites no StellaAustralis sai por US$ 1.440 porpessoa em cabine dupla.australis.com

Skorpios: Cruzeiros de 3noites pelos fiordes ao norte dePunta Arenas a partir de

US$ 1.690. skorpios.cl �

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 31 - TURISMO

Não gaste sua energia e seu tempo atendendo aos desejos alheios

Nasce o menino. Bola, camiseta do time do pai eo carrinho de controle remoto o aguardam. Nasce amenina. A boneca, a pia de brinquedo, o fogãozinhoe o estojo de maquiagem a aguardam. O menino cres-ceu e quis ser ator. Pai com olhos pesados, um ar dedesgosto. Uma família de advogados. Você não querquebrar a tradição, quer? Claro que não, ninguémquer! A menina cresceu e quis ser ginasta. Meninasnão correm, não se sujam. Ficam na redoma de cris-tal maquiada, sorrindo e aguardando pretendente.Você não quer ficar encalhada, quer? Claro que não,ninguém quer!

O menino encontra a menina em mais um eventocerimonial importante. Só famílias de qualidade. Éum rapaz desse que você tem que segurar. É uma mo-ça como essa que você precisa namorar. O meninonamora a menina. A família sorri. Sociedade satisfei-ta. Mas quando vocês vão noivar mesmo? O tempoestá passando. Porque vocês ainda não noivaram?Olhares pesados. Vem o noivado. Todos sorriem.Até que enfim. É assim que se faz. Parabéns. Quandovocês vão casar mesmo? Mas nem marcaram data?Por quê? Murmúrios, desaprovação. Vem o casamen-to. Pais orgulhosos. Demanda atendida. Alívio. To-dos parecem finalmente felizes.

Mas quando vocês vão ter um filho? A mulhernão pode esperar muito! Porque ainda não tiveramum filho? Senhoras com xícaras de chá lançam olha-res de dúvidas. Vem a criança. Bola, camiseta do ti-me do pai e carrinho de controle remoto a aguar-dam. Boneca, pia de brinquedo, fogãozinho e estojode maquiagem a aguardam. Pai, mãe, crianças. Tra-jes limpos, passados, bem posicionados na foto. Sor-risos e corações congelados.

Vivemos a vida para nós ou para os outros? Quan-tas vezes conselhos prudentes de pessoas infelizesarrancaram nossos sonhos como se fossem ervadaninha? A quem importa a existência? Vale a pe-na desperdiçar a única chance que temos sobre es-sa terra atendendo a expectativas de pessoas quetambém abriram mão de tudo o que realmente im-portava para elas? O que deve prevalecer, afinal?

A expectativa de uma sociedade ou a felicida-de? Por que devemos exaurir nosso tempo e ener-

gia atendendo desejos alheios, enquanto os nos-sos são catalogados como delírios e ilusões e aban-donados em uma caixa velha no porão de nossasmentes? Qual preço pagaremos por nosso próprioabandono? Por que a desesperança é socialmenteaceitável? Quantos sonhos tentaremos arrancardos outros enxergando a vida através desse pris-ma? Ainda há tempo. Vá atrás de seu violino, deseu pincel, de sua viagem esquecida. A vida é suachance, sua experiência mais incrível.

Não desperdice cada ano, mês, semana, dia,hora, minuto e segundo com pessoas presas na es-curidão de sua própria amargura. Seu sonho es-quecido não está perdido. Ele só espera a mão da-quela criança que, mesmo surrada pelo tempo,ainda pode vir em sua direção. E quando issoacontecer, seu mundo se encherá de cores e nenhu-ma opinião valerá mais do que a alegria de estar vivonovamente. �

Artigo

PARA NÓS OUPARA OSOUTROS?

ALEXANDRE CAPRIO

Psicólogo cognitivo-comportamental

Raio X

32 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO