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www.cers.com.br PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA CIVIL DO RIO DE JANEIRO LEGISLAÇÃO ESTADUAL GUILHERME PEÑA DE MORAES 1 a) Organização funcional; b) provimento; c) direitos; d) vencimentos; e) acumulação; f) deveres; g) proibições; h) responsabilidade; i) vacância, j) previdência. 8. RESPONSABILIDADE Decreto-Lei nº 220/75, arts. 41 a 45; Decreto nº 2.479/79, arts. 287 a 291; Decreto-Lei nº 218/75, arts. 12 e 13, Decreto nº 3.044/80, arts. 13 a 15. Responsabilidade a) Responsabilidade civil; b) responsabilidade penal, c) responsabilidade administrativa. OBS: Independência entre as responsabilidades civil, penal e administrativa. 8.1. RESPONSABILIDADE CIVIL Dever jurídico imposto às pessoas jurídicas de Direito Público e às de Direito Privado prestadoras de serviços públicos de ressarcir ou reparar os danos que os agentes públicos, no exercício de suas atribuições ou a pretexto de exercê-las, houverem causado a terceiro(s). OBS1: Distinção entre responsabilidade civil do Estado (art. 37, § 6º, initio) e responsabilidade civil do agente público (art. 37, § 6º, in fine). OBS2: Direito Material agentes políticos. OBS3: Direito Processual denunciação da lide. 8.2. RESPONSABILIDADE PENAL a) Crimes contra a Administração em geral (arts. 312 a 326); b) crimes contra a Administração da Justiça (arts. 338 a 359), c) outros crimes praticados por funcionários públicos: violação de domicílio (art. 150, § 2º); petrechos de falsificação (art. 295); falsificação de selo ou sinal público (art. 296, § 2º); falsificação de documento público (art. 297, § 1º); falsidade ideológica (art. 299, parágrafo único), fraudes em certames de interesse público (art. 311-A, § 3 o ). OBS1: Funcionário público (CP, art. 327). OBS2: Resíduo administrativo (STF, n o 18). Código Penal “Art. 327. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 2º A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou

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1

a) Organização funcional;

b) provimento;

c) direitos;

d) vencimentos;

e) acumulação;

f) deveres;

g) proibições;

h) responsabilidade;

i) vacância,

j) previdência.

8. RESPONSABILIDADE

Decreto-Lei nº 220/75, arts. 41 a 45;

Decreto nº 2.479/79, arts. 287 a 291;

Decreto-Lei nº 218/75, arts. 12 e 13,

Decreto nº 3.044/80, arts. 13 a 15.

Responsabilidade

a) Responsabilidade civil;

b) responsabilidade penal,

c) responsabilidade administrativa.

OBS: Independência entre as responsabilidades

civil, penal e administrativa.

8.1. RESPONSABILIDADE CIVIL

Dever jurídico imposto às pessoas jurídicas de

Direito Público e às de Direito Privado

prestadoras de serviços públicos de ressarcir ou

reparar os danos que os agentes públicos,

no exercício de suas atribuições ou a

pretexto de exercê-las, houverem causado a

terceiro(s).

OBS1: Distinção entre responsabilidade civil do

Estado (art. 37, § 6º, initio) e responsabilidade

civil do agente público (art. 37, § 6º, in fine).

OBS2: Direito Material – agentes políticos.

OBS3: Direito Processual – denunciação da

lide.

8.2. RESPONSABILIDADE PENAL

a) Crimes contra a Administração em geral

(arts. 312 a 326);

b) crimes contra a Administração da Justiça

(arts. 338 a 359),

c) outros crimes praticados por

funcionários públicos:

– violação de domicílio (art. 150, § 2º);

– petrechos de falsificação (art. 295);

– falsificação de selo ou sinal público (art.

296, § 2º);

– falsificação de documento público (art.

297, § 1º);

– falsidade ideológica (art. 299, parágrafo

único),

– fraudes em certames de interesse

público (art. 311-A, § 3o).

OBS1: Funcionário público (CP, art. 327).

OBS2: Resíduo administrativo (STF, no 18).

Código Penal

“Art. 327. Considera-se funcionário público, para

os efeitos penais, quem, embora

transitoriamente ou sem remuneração, exerce

cargo, emprego ou função pública.

§ 2º – A pena será aumentada da terça parte

quando os autores dos crimes previstos neste

Capítulo forem ocupantes de cargos em

comissão ou de função de direção ou

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assessoramento de órgão da administração

direta, sociedade de economia mista, empresa

pública ou fundação instituída pelo poder

público”.

Súmula da Jurisprudência Predominante do

Supremo Tribunal Federal

“18. Pela falta residual, não compreendida na

absolvição pelo juízo criminal, é admissível a

punição administrativa do servidor público”.

8.3. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA

a) Infrações disciplinares;

b) apuração sumária de irregularidade ou

processo administrativo disciplinar,

c) penas disciplinares.

Infração Disciplinar

Toda ação ou omissão do servidor capaz de

comprometer a dignidade e o decoro da

função pública, ferir a disciplina e a hierarquia,

prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano

à Administração Pública.

OBS: Promoção de apuração imediata, sob

pena de transgressão disciplinar, ou mesmo

crime de condescendência criminosa (CP, art.

320).

Código Penal

“Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência,

de responsabilizar subordinado que cometeu

infração no exercício do cargo ou, quando lhe

falte competência, não levar o fato ao

conhecimento da autoridade competente:

Pena: detenção, de quinze dias a um mês, ou

multa”.

Transgressões Disciplinares Leves

a) Falta de assiduidade ou impontualidade

habituais;

b) interpor ou traficar influência alheia para

solicitar acesso, remoção, transferência

ou comissionamento;

c) dar informações inexatas, alterá-las ou

desfigurá-las;

d) usar indevidamente os bens do Estado

ou de terceiros sob sua guarda ou não;

e) divulgar notícias sobre serviços ou

tarefas em desenvolvimento ou

realizadas pela repartição, ou contribuir

para que sejam divulgadas ou ainda,

conceder entrevista sobre as mesmas

sem autorização da autoridade

competente;

f) dar, ceder insígnias ou carteira de

identidade funcional;

g) deixar habitualmente de saldar dívidas

legítimas ou de pagar com regularidade

pensões a que esteja obrigado por

decisão judicial;

h) manter relações de amizade ou exibir-se

em público, habitualmente, com pessoas

de má reputação, exceto em razão de

serviço;

i) permutar o serviço sem expressa

autorização de autoridade competente;

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j) ingerir bebidas alcoólicas quando em

serviço;

k) afastar-se do município onde exerce

suas atividades, sem autorização

superior,

l) deixar, sem justa causa, de submeter-se

à inspeção médica determinada em lei

ou por autoridade competente.

Trangressões Disciplinares Médias

a) Valer-se do cargo com o fim ostensivo ou

velado de obter proveito de natureza

político-partidária, para si ou para

outrem;

b) simular doença para esquivar-se do

cumprimento do dever;

c) agir, no exercício da função, com

displicência, deslealdade ou negligência.

d) intitular-se funcionário ou representante

de repartição ou unidade policial a que

não pertença;

e) maltratar preso sob sua guarda ou usar

de violência desnecessária no exercício

da função policial;

f) deixar de concluir, nos prazos legais ou

regulamentares, sem motivos justos,

inquéritos policiais, sindicâncias, atos ou

processos administrativos;

g) participar de atividade comercial ou

industrial exceto como acionista,

quotista ou comanditário;

h) deixar de tratar os superiores

hierárquicos e os subordinados com a

deferência e urbanidade devidas,

i) coagir ou aliciar subordinados com

objetivos políticos-partidários.

Transgressões Disciplinares Graves

a) Praticar usura em qualquer de suas

formas;

b) apresentar parte, queixa ou

representação infundadas contra

superiores hierárquicos;

c) indispor funcionários contra seus

superiores hierárquicos ou provocar,

velada ou ostensivamente, animosidade

entre funcionários;

d) insubordinar-se ou desrespeitar superior

hierárquico;

e) empenhar-se em atividades que

prejudiquem o fiel desempenho da

função policial;

f) utilizar, ceder, ou permitir que outrem

use objetos arrecadados , recolhidos ou

apreendidos pela polícia;

g) entregar-se à prática de jogos proibidos,

ou ao vício da embriaguez , ou qualquer

outro vício degradante;

h) portar-se de modo inconveniente em

lugar público ou acessível ao público;

i) esquivar-se, na ausência de autoridade

competente, de atender a ocorrências

passíveis de intervenção policial que

presencie ou de que tenha

conhecimento imediato, mesmo fora da

escala de serviço;

j) cometer opiniões ou conceitos

desfavoráveis aos superiores

hierárquicos;

k) cometer a pessoa estranha à

Organização Policial , fora dos casos

previstos em lei, o desempenho de

encargos próprios ou da competência de

seus subordinados;

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l) desrespeitar ou procrastinar o

cumprimento de decisão judicial ou

criticá-la;

m) eximir-se do cumprimento de suas

obrigações funcionais,

n) violar o Código de Ética Policial.

PAPILOSCOPISTA POLICIAL – 2002

Decreto-lei no 218/75 veicula o Estatuto dos

Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro.

Tendo em conta o disposto no referido diploma,

aprecie as seguintes proposiçoes:

I. De acordo com o estatuto, empenhar-se

em atividades que prejudiquem o fiel

desempenho da função policial constitui

transgressão disciplinar, classificada

como “media”.

II. Na aplicação de penalidade serão

levados em conta a repercussão do fato

e os danos decorrentes da transgressão

ao serviço público.

III. Serão consideradas circunstancias

agravantes, sopesadas na aplicação de

penalidade, o fato de a transgressão ter

sido praticada com premeditação ou

com abuso de autoridade hierárquica ou

funcional, ou ainda quando for verificada

má conduta funcional.

IV. Constitui transgressão disciplinar

classificada como “media” dar

informaçoes inexatas, alterá-las ou

desfigurá-las.

V. Constitui transgressão disciplinar

classificada como “media” portar-se de

modo inconveniente em lugar público ou

acessível ao público.

Julgando as assertivas acima, assinale:

a) se uma estiver correta;

b) se duas estiverem corretas;

c) se três estiverem corretas;

d) se quatro estiverem corretas;

e) se cinco estiverem corretas.

GABARITO: B

Apuração Sumária de Irregularidade

a) Sindicância – averiguação;

b) dispensabilidade da sindicância;

c) garantias do contraditório e da ampla

defesa,

d) aplicação de penas disciplinares na

sindicância.

“A opção pela realização da sindicancia

justifica-se quando há a necessidade de

elucidação de fatos que aparentemente

constituem infração punível pela Administração

Pública. Entretanto, quando a existência do fato

é plenamente caracterizada e a respectiva

autoria é conhecida,

a Administração Pública pode optar pela

instauração direta do procedimento

administrativo disciplinar” (STJ, MS no

16.031/DF, Rel. Min. Humberto Martins, DJU

02.08.2013).

“A jurisprudência desta Corte e pacífica no

sentido de que a sindicância instaurada com

caráter meramente investigatório ou

preparatório de um processo administrativo

disciplinar prescinde da observância das

garantias do contraditório e da ampla defesa”

(STJ, MS no 13.699/DF, Rel. Min. Benedito

Gonçalves, DJU 19.03.2014).

“Sindicância que vise apurar a ocorrência de

infrações administrativa, sem estar dirigida,

desde logo, à aplicação de sanção, prescinde da

observância dos princípios do contraditório e da

ampla defesa, por se tratar de

procedimento inquisitorial,

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prévio à acusação e anterior ao processo

administrativo disciplinar” (STJ, RMS-AgRg no

20.254/SP, Rel. Min. Alderita Ramos de

Oliveira, DJU 27.08.2013).