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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA O IBGE TÉCNICO EM INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 1 Prezado amigo concurseiro, Certamente você já deve ter lido o edital do novo concurso do IBGE. Além dos benefícios do cargo – como um salário inicial que pode ultrapassar R$ 4.000,00 –, a carreira lhe oferece estabilidade profissional. Acho que você não precisa de mais incentivos para começar a estudar, certo? Pensando em ajudá-lo a superar a concorrência, a equipe do Ponto montou este pacote de matérias, e eu estou responsável pela parte de Língua Portuguesa. Convém lembrar a você que esta disciplina é a mais importante da sua prova, ao lado de Raciocínio Lógico. De acordo com o edital, ela terá 10 questões de múltipla escolha, e cada uma valerá 2,5 pontos. Apresentação do Professor Ah, você não me conhece ainda? Então, permita-me fazer uma breve apresentação. Sou o professor Albert Iglésia, formado em Letras (Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Há onze anos ministro aulas de Língua Portuguesa voltadas para concursos públicos. Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde 2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, interpretação de texto e redação oficial. Durante quase seis anos estive cedido à Casa Civil da Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. Já integrei o quadro de instrutores da Esaf e de outras instituições particulares. No Ponto dos Concursos, já participei de vários trabalhos, por exemplo: ICMS-RJ, ICMS-SP, CGU, Susep, Anvisa, Incra, TCM-CE, TCU, MinC, MPOG, DPU, MPU, Seplag-RJ, Tribunais (FCC), TJSP, Abin, Senado Federal, Câmara dos

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Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1

1

Prezado amigo concurseiro,

Certamente você já deve ter lido o edital do novo concurso do

IBGE. Além dos benefícios do cargo – como um salário inicial que pode

ultrapassar R$ 4.000,00 –, a carreira lhe oferece estabilidade profissional.

Acho que você não precisa de mais incentivos para começar a estudar, certo?

Pensando em ajudá-lo a superar a concorrência, a equipe do Ponto

montou este pacote de matérias, e eu estou responsável pela parte de Língua

Portuguesa.

Convém lembrar a você que esta disciplina é a mais importante

da sua prova, ao lado de Raciocínio Lógico. De acordo com o edital, ela terá

10 questões de múltipla escolha, e cada uma valerá 2,5 pontos.

Apresentação do Professor

Ah, você não me conhece ainda? Então, permita-me fazer uma

breve apresentação.

Sou o professor Albert Iglésia, formado em Letras

(Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em

Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército

Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Há onze anos

ministro aulas de Língua Portuguesa voltadas para concursos públicos. Iniciei

minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde

2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, interpretação de texto e

redação oficial. Durante quase seis anos estive cedido à Casa Civil da

Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e

ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. Já integrei o

quadro de instrutores da Esaf e de outras instituições particulares. No Ponto

dos Concursos, já participei de vários trabalhos, por exemplo: ICMS-RJ,

ICMS-SP, CGU, Susep, Anvisa, Incra, TCM-CE, TCU, MinC, MPOG, DPU, MPU,

Seplag-RJ, Tribunais (FCC), TJSP, Abin, Senado Federal, Câmara dos

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Deputados, Ministério do Turismo, INSS, Inmetro, TRT-21ª Região, TRT-12ª

Região, Petrobras, BNDES, PF, TJDFT, STJ, Bacen, CEF, Banco do Brasil... A

lista é extensa. Atualmente, também integro a equipe de professores que

assessoram os candidatos na elaboração de recursos (Ponto Recursos).

Meu endereço eletrônico é [email protected].

Sempre que precisar, faça contato comigo. Mas lembre-se de que dúvidas,

críticas, sugestões e elogios (muitos, por favor!!!) sobre este curso devem ser

direcionados ao fórum de cada aula.

Para você refletir: “O pessimista vê dificuldade em cada

oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”

(Winston Churchill).

Língua Portuguesa e o Concurso do IBGE

Você agora deve querer saber como este curso de Língua

Portuguesa está estruturado, não é mesmo? Tudo bem, eu vou explicar cada

detalhe.

Nossas aulas serão desenvolvidas com base no EDITAL Nº

02/2013, DE 20 DE SETEMBRO DE 2013. A Cesgrnario, banca contratada

para elaborar as provas, estabeleceu o seguinte conteúdo programático:

Compreensão e interpretação de texto; A organização textual dos vários

modos de organização discursiva; Coerência e coesão; Ortografia; Classe,

estrutura, formação e significação de vocábulos; Derivação e composição; A

oração e seus termos; A estruturação do período; As classes de palavras:

aspectos morfológicos, sintáticos e estilísticos; Linguagem figurada;

Pontuação.

Embora alguns estudantes já estejam aflitos por causa de algumas

expressões utilizadas pela banca – como “organização textual dos vários

modos de organização discursiva”, por exemplo –, garanto que você não

precisa ficar preocupado. Eu esclarecerei tudo para você neste curso!

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Cada item do programa será estudado e exercitado em nove aulas

(incluindo esta aula demonstrativa). Eis abaixo a distribuição do conteúdo de

cada uma:

AULA CONTEÚDO

0 Ortografia oficial

Acentuação gráfica

1 Ocorrência da crase

Regência

2 Sintaxe dos termos da oração

3 Sintaxe das orações do período (processos de coordenação e

subordinação; emprego das conjunções)

4 Pontuação

5 Concordância

6 Classes de palavras (ênfase nos verbos e pronomes; sintaxe de

colocação pronominal)

7 Estrutura e formação de palavras

Estilística (figuras de linguagem)

8

Compreensão e interpretação de textos

Processos de coesão e coerência

Significação de palavras

Organização textual dos vários modos de organização discursiva

(tipologia textual)

Note que a Cesgranrio economizou as palavras, mas foi muito

abrangente em relação ao conteúdo que poderá ser cobrado na sua prova.

Comentarei questões de provas elaboradas tanto pela

Cesgranrio, quanto por outras bancas examinadoras, a fim de consolidar

o seu aprendizado sobre cada ponto do programa.

Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original

dos enunciados) que tratam do assunto abordado em cada aula. Como a

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instituição tem o costume de usar um mesmo texto para, a partir dele,

apresentar várias assertivas, é possível que eu repita o mesmo texto (ou

fragmento dele) na explicação do conteúdo de outras aulas. Portanto, não

estranhe se isso acontecer. O procedimento é puramente didático.

Analisei diversas provas elaboradas pela Cesgranrio para perceber

a tendência da instituição a respeito da nossa disciplina. E é com base nisso

que preparei este curso para você.

Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor

forma possível. Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental

para o bom rendimento do curso!

Não custa nada lembrar que a prova já está com a data marcada:

1º de dezembro.

Apresentação da Matéria

A aula de hoje será sobre ortografia e acentuação. Caso surja

alguma dúvida em relação ao conteúdo, utilize o fórum de dúvidas. Utilize-o

também para fazer sugestões, críticas e elogios pertinentes. Saiba que o nosso

diálogo é fundamental para o sucesso deste curso.

No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das palavras

é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário ortográfico da

língua portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a forma oficial de

escrever as palavras.

Apesar da vigência do novo Acordo Ortográfico desde 1º de janeiro

de 2009, as regras antigas também valerão até 31 de dezembro de 2015. É

isso mesmo, meu prezado aluno! O período de transição, que antes era até 31

de dezembro de 2012, foi prorrogado pela presidenta Dilma no dia 28 de

dezembro do ano passado.

Portanto convém estudar ainda aquilo que é importante nos dois

sistemas ortográficos vigentes. Obviamente, eu vou ressaltar os principais

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casos afetados pela mudança, pois até as provas já estão sendo redigidas

conforme as novas regras.

Sendo assim, observaremos a extinção do trema e do acento

dos hiatos EE e OO; a manutenção do acento diferencial nas formas

verbais TÊM e VÊM; e os casos em que o acento nos ditongos ÉU, ÉI e

ÓI foram preservados.

Você e eu sabemos que é humanamente impossível decorar a

grafia de todas as palavras da nossa Língua. Entretanto podemos sistematizar

a grafia de certas palavras, em decorrência, por exemplo, da sua origem, do

seu radical. É isso que você verá aqui. A experiência nos permite dizer que

esse processo é muito útil no momento de resolver uma questão de concurso.

Não estou dizendo que tudo se resumirá ao que será demonstrado nestas

poucas linhas. O que você precisa entender é que a prática de leitura de livros,

jornais, revistas e dicionários deve ser somada à minha explicação.

Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS. Sempre que for

preciso, trarei para nossa aula as mudanças das novas regras ortográficas.

• Usa-se, normalmente, a letra X:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar

2 – depois da sílaba EN enxame, enxergar

encher, encharcar,

enchova, enchumaçar e

derivados dessas

palavras

3 – depois da sílaba ME,

quando “fechada” mexa (verbo), mexerico

mecha (substantivo) =

pronúncia “aberta”

• Usa-se, normalmente, a letra G:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nos sufixos AGEM, viagem (substantivo), pajem, lajem,

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IGEM e UGEM vertigem, ferrugem lambujem

2 – nos sufixos AGIO,

EGIO, IGIO, OGIO e

UGIO

pedágio, colégio,

prestígio, relógio,

refúgio

3 – nas palavras

derivadas daquelas que

possuem G no radical

(você perceberá que

esse princípio vale

também para o emprego

de outras letras)

margem/margear,

homenagem/homenagear

monge/monja, eu dirijo

(flexão do verbo dirigir).

Imaginem se

mantivéssemos a letra

“g” nas palavras

derivadas...

• Usa-se, normalmente, a letra J:

QUANDO EXEMPLO

1 – nas palavras de origem indígena,

africana e árabe

pajé, jiboia, jeca, jenipapo, jirau, jiló,

cafajeste, jerico, jequitibá

2 – nas flexões dos verbos que

possuem J no radical

viajar (verbo) – que eles viajem;

bocejar – eu bocejei

3 – nas palavras derivadas daquelas

que possuem J no radical gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado

4 – nas palavras de origem latina jeito, hoje, majestade, injetar, objeto,

ultraje

• Usa-se, normalmente, a letra Ç:

QUANDO EXEMPLO

1 – nas palavras derivadas daquelas

que possuem T no radical

exceto – exceção, setor – seção, cantar

– canção

2 – nas palavras de origem indígena,

árabe e africana

miçanga, paçoca, muriçoca,

muçulmano, açougue, açoite

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3 – nos sufixos AÇU e AÇO babaçu, Paraguaçu, Nova Iguaçu,

golaço, poetaço, atrevidaço

4 – depois de ditongo compleição, feição, beiço

• Usa-se, normalmente, a letra S:

QUANDO EXEMPLO

1 – nos substantivos que designam

origem, título honorífico e feminino

chinês, japonês, baronesa, duquesa,

sacerdotisa, poetisa

2 – Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE fase, ascese, eletrólise, apoteose

3 – nos sufixos OSO e OSA formoso, formosa, gostoso, gostosa

4 – nas palavras derivadas daquelas

que possuem D, RT ou RG no seu

radical

iludir – ilusão, defender – defesa;

divertir – diversão, inverter – inversão;

imergir – imersão, submergir –

submersão

5 – no prefixo TRANS e nos seus

derivados

transatlântico, trasladar (ou

transladar)

6 – após os ditongos maisena, Sousa, coisa

7 – nas formas verbais derivadas dos

verbos QUERER e PÔR quis, quisera, pusera, compusera

• Usa-se, normalmente, SS:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras

derivadas daquelas que

possuem as expressões

CED, GRED, PRIM, MIT,

MET e CUT no radical

suceder – sucessão,

regredir – regressão,

comprimir –

compressão, demitir –

demissão, intrometer –

intromissão, discutir –

discussão

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2 – prefixo terminado

em vogal + palavra

começada por S

pre + sentir = pressentir

(repare que o “s” foi

duplicado”)

• Usa-se, normalmente, a letra Z:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas terminações EZ

e EZA, formando

substantivos

abstratos derivados de

adjetivos

insensato – insensatez,

nu – nudez; claro –

clareza, belo – beleza

2 – nas terminações

IZAR, formando

infinitivos verbais

sintonia – sintonizar,

real – realizar, visual –

visualizar

a) se a palavra possuir

S em sua parte final, o

infinitivo verbal também

levará S: análise –

analisar, paralisia –

paralisar;

b) Hipnose – hipnotizar;

Síntese – sintetizar;

Batismo – batizar;

Catequese – catequizar;

Ênfase – enfatizar.

(Lembre-se da sigla de

um famoso banco, só

que com E no final:

HSBCE).

3 – como consoante de

ligação

pé + udo = pezudo; guri

+ ada = gurizada

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• Usa-se, normalmente, a letra H:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras ligadas

por hífen em que o

segundo elemento

começa com H

anti-higiênico, pré-

histórico, super-homem desarmonia, lobisomem

2 – na palavra Bahia as palavras derivadas

não possuem H: baiano

• Verbos terminados em EAR e IAR:

1 – são irregulares os

verbos terminados em

EAR; eles recebem a

letra I nas formas

rizotônicas (eu, tu, ele,

eles – a sílaba tônica

integra o radical)

passear: passeio,

passeias, passeia,

passeamos, passeais,

passeiam

2 – são regulares os

verbos terminados em

IAR

premiar: premio,

premias, premia,

premiamos, premiais,

premiam

Mediar, Ansiar,

Remediar, Incendiar,

Odiar (MARIO): apesar

de terminarem em IAR,

são irregulares e

recebem a letra E nas

formas rizotônicas (eu,

tu, ele, eles): odeio,

odeias, odeia, odiamos,

odiais, odeiam

Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que,

certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou

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outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e

meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são.

• MAL x MAU

a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem,

refere-se a um verbo)

b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa

adverbial, equivale-se a quando, indica circunstância de tempo)

c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo,

contrário de bom)

ATENÇÃO! Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma

classificação gramatical nas alternativas “a)” e “b)”. Isso é importante porque

a banca examinadora pode sugerir o contrário. Por exemplo, pode selecionar

duas frases de um texto em que esses vocábulos aparecem, destacá-los e

formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os vocábulos em destaque

possuem a mesma classificação gramatical”. Muito cuidado antes de

responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre será verdade. Quero

que note ainda as diferentes classificações dos vocábulos que surgirão nos

próximos exemplos.

• POR QUE x POR QUÊ

a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início

da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)

b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase

interrogativa é indireta)

c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e

o “que” é tônico)

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d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome

relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual)

ATENÇÃO! Note a colocação no final da frase ou no final de oração,

antes de pausa, com sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico.

Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber por quê, o

cantor estava inquieto.

Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê.

Ninguém lhe dava atenção. Por quê?

• PORQUE x PORQUÊ

a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial,

indica circunstância de causa)

b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa

explicativa)

c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é

substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)

• ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou

indireta), use a expressão separada.

• SENÃO x SE NÃO

a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica

alternância de ideias que se excluem mutuamente)

b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim,

porém,)

c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é

substantivo)

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d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção

subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)

ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas

quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional.

• ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE

a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de

+ os –, equivale-se a sobre, a respeito de)

b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.

(refere-se a acontecimento passado)

c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (equivale-se a

aproximadamente)

• AFIM x A FIM DE

a) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em

número para com ele concordar)

b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,

denota finalidade, objetivo, intenção)

• DEMAIS x DE MAIS

a) Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo,

equivale-se a muito, bastante, demasiadamente, em excesso)

b) Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido, equivale-se a

outros, restantes, vem precedido de artigo)

c) Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de menos)

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ATENÇÃO! Com relação a de menos, a professora Maria Tereza de

Queiroz Piacentini ensina que nem sempre tal expressão tem como

oposto de mais. De menos pode se referir a substantivo ("gente de

menos") e verbo ("saber de menos"), segundo a autora do livro

Português para redação (edição esgotada). Moral da história: junto a

substantivo, use de mais e de menos; junto a verbo, use demais e

pode usar de menos também.

• ONDE x DONDE x AONDE

a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a

preposição em, na língua portuguesa não existe a suposta contração nonde,

indicada por em + onde)

b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em

razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de +

onde)

c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também

por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”:

“Aonde” = a + onde)

• MAS x MAIS

a) Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa

adversativa, conecta orações que guardam entre si ideias opostas)

b) Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade,

refere-se a adjetivo, outro advérbio ou verbo)

c) Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a

substantivo)

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• HÁ x A

a) Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento passado)

b) Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro)

• DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE

a) O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.

(indica posição contrária, colisão, confronto)

A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários.

b) O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável,

concordância)

• À TOA (o novo Acordo retirou o hífen, a diferença se dará pelo

contexto)

a) Ele era uma pessoa à toa. (locução adjetiva invariável; refere-se a um

substantivo; significa desprezível, sem valor, insignificante)

b) Ele andava à toa na rua. (locução adverbial; indica maneira, modo, sem

rumo certo, a esmo, sem fazer nada)

• DIA A DIA (o novo Acordo aboliu o hífen, a diferença se dará pelo

contexto)

a) O dia a dia do operário brasileiro é desgastante. (substantivo, precedido

por artigo, equivale-se a cotidiano)

b) Os preços das mercadorias aumentam dia a dia. (locução adverbial de

tempo, equivale-se a diariamente)

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• TAMPOUCO x TÃO POUCO

a) Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.

(advérbio de negação, equivale-se a também não)

b) Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão = advérbio de

intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo)

c) Estudamos tão pouco. (tão = advérbio de intensidade, refere-se a outro

advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo)

A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, várias mudanças foram

introduzidas pelo novo Acordo Ortográfico. Resumirei aqui os casos

importantes.

Prefixos Usa-se hífen Não se usa hífen

Agro, ante, anti, arqui, auto,

contra, extra, infra, intra,

macro, mega, micro, maxi,

mini, semi, sobre, supra,

tele, ultra...

Quando a palavra

seguinte começa com h

ou com vogal igual à

última do prefixo: auto-

-hipnose, auto-

-observação, anti-herói,

anti-imperalista, micro-

-ondas, mini-hotel

a) Em todos os demais

casos: autorretrato,

autossustentável,

autoanálise,

autocontrole,

antirracista, antissocial,

antivírus, minidicionário,

minissaia, minirreforma,

ultrassom... (perceba

que as letras R e S

são duplicadas).

b) Quando se usam os

prefixos des- e in-,

caem o h e o hífen:

desumano, inabitável,

desonra, inábil.

c) Também com os

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prefixos co- e re- caem

o h e o hífen: coordenar,

coerdeiro, coabitar,

reabilitar, reeditar,

reeleição.

Hiper, inter, super

Quando a palavra

seguinte começa com h

ou com r: super-homem,

inter-regional

Em todos os demais

casos: hiperinflação,

supersônico

Sub, sob, ob, ab

Quando a palavra

seguinte começa com b,

h ou r: sub-base, sub-

-reino, sub-humano (ou

subumano)

Em todos os demais

casos: subsecretário,

subeditor

Vice, ex, sem, além, aquém,

recém, pós, pré, pró

Sempre: vice-rei, vice-presidente, além-mar,

além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor,

ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente,

pós-graduação, pré-história, pré-vestibular,

pró-europeu, recém-casado, recém-nascido,

sem-terra

Pan, circum, mal

Quando a palavra

seguinte começa com h,

m, n ou vogais: pan-

americano, circum-

hospitalar

Em todos os demais

casos: pansexual,

circuncisão

Quero enfatizar as seguintes mudanças:

1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.

Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história,

mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.

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2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal

com que se inicia o segundo elemento.

Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo,

autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição,

extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto,

semiesférico, semiopaco.

3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo

elemento começar pela mesma consoante.

Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário,

super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.

4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo

elemento começar por vogal.

Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,

interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico,

superexigente, superinteressante, superotimismo.

EMPREGO DO HÍFEN NA COMPOSIÇÃO

A regra geral para palavras compostas é que se deve empregar o

hífen APENAS SE OS SEUS ELEMENTOS FORMADORES (palavras que formam o

composto) PERDERAM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que a palavra

composta adquirisse um significado único. Observe os exemplos seguintes.

Abaixo assinado x abaixo-assinado

Mesa redonda x mesa-redonda

testa de ferro x testa-de-ferro

Sem o hífen, as palavras mantêm seu significado individual.

Abaixo assinado – indivíduo que subscreve, que assina abaixo de

um texto ou reivindicação.

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Mesa redonda – é uma mesa de formato redondo.

Nas palavras compostas, nas quais o hífen é usado, repare que OS

ELEMENTOS FORMADORES PERDEM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que

a palavra composta formada adquira um significado completamente novo.

Abaixo-assinado – é o documento que normalmente contém um

texto ou reivindicação assinada por várias

pessoas.

Mesa-redonda – é uma reunião destinada a debater determinado

assunto.

Fique de olho agora nas regras estabelecidas pelo atual Acordo

Ortográfico.

1. Usa-se o hífen quando, nos COMPOSTOS SEM ELEMENTO DE LIGAÇÃO

(de, da, do etc.), os elementos de natureza nominal, adjetiva, numeral ou

verbal constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento

próprio.

abaixo-assinado, amor-perfeito, água-marinha, ano-luz, arco-íris,

beija-flor, decreto-lei, joão-ninguém, médico-cirurgião,

mesa-redonda, tenente-coronel, tio-avô, zé-povinho,

afro-brasileiro, azul-escuro, amor-perfeito, boa-fé, guarda-costas,

guarda-noturno, má-fé, mato-grossense, norte-americano,

sempre-viva, sobrinha-neta, sul-africano, verbo-nominal,

primeiro-ministro, segundo-sargento, segunda-feira, conta-gotas,

guarda-chuva, vaga-lume, porta-aviões, porta-retrato,

porta-moedas etc.

As palavras iniciadas por afro, anglo, euro, franco, indo, luso,

sino e outros adjetivos pátrios, reduzidos ou não, seguidos por outros

adjetivos pátrios, serão grafadas com hífen:

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afro-americano, luso-brasileiro, anglo-saxão, euro-asiático,

euro-afro-americano, greco-romano, latino-americano etc.

Observação: indo-chinês se refere à Índia e à China, mas indochinês se

refere à Indochina, assim como centro-africano se refere à porção central

da África, enquanto centroafricano se refere à República Centroafricana.

Os compostos em que há uso de apóstrofo no elemento de ligação

entre as palavras também serão grafados com hífen:

cobra-d'água, mãe-d'água, olho-d'água, mestre-d'armas.

O novo Acordo Ortográfico não trata especificamente de compostos

formados de palavras repetidas ou parecidas; mas, por analogia, esses

compostos se acomodam na primeira regra e, por isso, são hifenizados:

blá-blá-blá, reco-reco, lenga-lenga, zum-zum-zum, tico-tico,

xique-xique, zás-trás, zigue-zague, pingue-pongue, tique-taque.

Emprega-se o hífen quando a primeira palavra for além, aquém,

recém, bem e sem:

além-mar, aquém-mar, recém-casado, recém-eleito, recém-

nascido, bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, bem-criado,

bem-dizer, bem-mandado, bem-nascido, bem-vestido, bem-vindo,

bem-visto, sem-número, sem-vergonha, sem-terra.

Em alguns casos, o advérbio bem se junta à segunda palavra, sem uso do

hífen: benfeitor, benfeitoria, benquerer, benquisto, etc.

2. Tratando-se de nomes geográficos, emprega-se o hífen em qualquer dos

casos abaixo:

– iniciados por Grã e Grão: Grã-Bretanha, Grão-Pará;

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– iniciados por forma verbal: Abre-Campo, Passa-Quatro,

Quebra-Costas, Quebra-Dentes;

– ligados por artigo: Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios,

Trás-os-Montes.

Os demais nomes geográficos compostos grafam-se sem hífen:

América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde etc.

Exceção: Guiné-Bissau

Os adjetivos gentílicos, que são adjetivos que se referem ao local

de nascimento, quando derivados de nomes compostos, serão hifenizados:

belo-horizontino (Belo Horizonte)

cabo-verdiano (Cabo Verde)

americano-do-sul (América do Sul)

mato-grossense (Mato Grosso)

mato-grossense-do-sul (Mato Grosso do Sul)

juiz-forano (Juiz de Fora)

cruzeirense-do-sul (Cruzeiro do Sul)

3. O hífen também é empregado em nomes compostos de espécies botânicas

e zoológicas (mato e bicho, entendeu?!):

Andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, coco-da-baía, couve-

flor, dente-de-leão, erva-doce, fava-de-santo-inácio, feijão-verde,

joão-de-barro, lesma-de-conchinha, vassoura-de-bruxa etc.

ATENÇÃO! Se o significado da palavra composta for outro, o hífen não será

usado.

não-me-toques (espécie de planta)

Ela é cheia de não me toques. (melindres, frescuras)

O hífen também é usado para ligar palavras que se combinam para

formar encadeamentos vocabulares.

A ponte Rio-Niterói;

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o trecho Paraná-Goiás;

a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade;

o acordo Brasil-Inglaterra;

a liga Itália-França-Alemanha.

Acentuação Gráfica

A partir de agora, vamos falar sobre acentuação gráfica, que

também é mais um tópico do programa. Novamente, enfatizarei as regras

novas. Tudo da forma mais clara e objetiva possível. Comecemos assim:

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa

língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da

vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos

vocábulos:

1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS � o acento é empregado naqueles

terminados por A(S), E(S) ou O(S)

Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só.

CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles

serão acentuados: pré-técnico, pró-labore.

Quando não estiverem, não serão acentuados: pressentir,

prosseguir.

Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por

pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as

vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes

oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os =

pô-los; fez + a = fê-la.

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2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última) � usa-se o acento

quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS:

Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns

CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão

acentuados, salvo se estiverem em hiato.

Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo

3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima) � são acentuados aqueles

que terminam em I(S), US, Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO

ORAL.

Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável,

abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, íons, vôlei, jóquei, história, gênio.

CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM

ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou

pólenes)

Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão

acentuados: semi-histórico, super-homem.

1. (Cesgranrio/BNDES/Nível Superior/213) O grupo em que ambas as

palavras devem ser acentuadas de acordo com as regras de acentuação

vigentes na língua portuguesa é

(A) aspecto, inicio

(B) instancia, substantivo

(C) inocente, maiuscula

(D) consciente, ritmo

(E) frequencia, areas

Comentário – As palavras frequência e áreas (letra E) são acentuadas por

serem paroxítonas terminadas em ditongo. Na letra A, só a palavra início

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recebe acento, pois também é uma paroxítona terminada em ditongo. Em B,

somente instância recebe acento, pelo mesmo motivo mencionado. Em C,

apenas o vocábulo maiúscula, com a justificativa de que a letra u representa

a segunda vogal do hiato, é tônica e está acompanhada de s na sílaba (poderia

também aparecer sozinha: sa-ú-de) – isso diz respeito à regra dos hiatos. Em

D, nenhuma palavra recebe acento.

Resposta – E

4 – PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima) � todos são

acentuados.

Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes.

2. (Cesgranrio/BNDES/Técnico Administrativo/2013) A palavra que deve ser

acentuada pela mesma regra que olímpico é

(A) revolver

(B) carater

(C) bocaiuva

(D) solido

(E) amavel

Comentário – Olímpico é uma palavra proparoxítona e por isso deve ser

acentuada. Entre as opções, a única que também é proparoxítona é a palavra

sólido. As palavras revólver, caráter e amável são acentuadas com base na

regras das palavras paroxítonas. Já a palavra bocaiúva segue a regra dos

hiatos em i e u, que será vista logo a seguir.

Resposta – D

REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA (note as mudanças

introduzidas pelas novas regras)

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1 – HIATOS

a) Não se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE.

Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3ª pessoa do plural dos verbos

crer, dar, ler e ver)

ATENÇÃO! De acordo com as novas regras, o acento circunflexo deixa de

existir, mas até 31/12/2015 é possível usá-lo (vôo, crêem etc.).

b) Acentuam-se as vogais I(S) e U(S), quando formam a sílaba tônica e

ocupam a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.

Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.

Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam

a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.

CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem

seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz,

ra-i-nha.

Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não

se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta).

O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.

ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos

e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura. Ressalto que até

31/12/2015 você decidirá se quer ou não usar o acento: baiúca, feiúra.

Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo

Piauí. Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, ou seja, a

palavra é oxítona. Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças

ortográficas.

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2 – DITONGOS

a) EU, EI, OI: deixam de receber acento agudo quanto tônicos, abertos e

como sílabas tônicas de palavras paroxítonas; mas o recebem quando a

palavra for oxítona ou monossílaba tônica.

Ex.: chapéu, assembleia, jiboia, céu, herói.

ATENÇÃO! Ressalto que até 31/12/2015 é facultativo recorrer ao novo Acordo

Ortográfico. Portanto até lá ainda é possível escrever jibóia, assembléia etc.

3 – GUE, GUI e QUE, QUI

a) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE, GUI e QUE, QUI

receberá trema quando for pronunciada fracamente; sendo, pois, semivogal.

Ex.: agüentar, pingüim, lingüiça, eloqüente, qüinqüênio.

b) A letra U receberá acento agudo quando for pronunciada fortemente;

sendo, pois, vogal.

Ex.: averigúe, apazigúe, argúi, obliqúes.

CUIDADO! Quando a letra U não for pronunciada, não receberá trema nem

acento agudo: quilo, quente, guerra, guincho. O que temos aqui é

simplesmente um dígrafo representado pelas letras “qu” e “gu”.

Diante de A e O, a letra U não receberá trema: água, quota (ou

cota), mesmo sendo semivogal. Mas receberá acento agudo, sendo vogal, em

flexões dos verbos aguar (agúo), apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar

(averigúo), desaguar, enxaguar, obliquar, delinqüir e afins.

ATENÇÃO! O trema foi abolido pelas novas regras. Também o foi o acento

agudo no U tônico dos grupos verbais mencionados acima (averiguar,

apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar e afins). Exemplos: arguo, arguis,

argui, arguem, argua, arguas, arguam, redarguo, averiguo, enxague, oblique.

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Repito: até 31/12/2015 estaremos no período de transição, sendo aceitas as

duas formas.

4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi

abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo; todavia

o período de transição – que vai até 31/12/2015 – dá-nos a faculdade

quanto ao uso)

Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do

indicativo)

Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do

indicativo)

ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos

terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S)

recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras

explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo,

um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e

perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal

empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique

atento para esse detalhe.

Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial)

não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto,

continue a usá-lo.

Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do

indicativo)

Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente

do indicativo)

ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o

motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm,

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todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à

terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma

oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do

plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.

Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)

Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve

usá-lo.

Pôr (verbo)

Por (preposição)

ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR.

Você deve usá-lo.

Fôrma (substantivo = molde)

Forma (substantivo = disposição exterior de algo)

ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as

palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais

clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Muito bem, se você chegou até aqui é sinal de que está pronto

para encarar uma bateria de exercícios. Então, vamos lá!

3. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) A segunda palavra

é grafada com a(o) mesma(o) letra(dígrafo) que foi destacada(o) na

palavra anterior em

(A) propensão conten____ão

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(B) recreação ___mpecilho

(C) lazer anali____ar

(D) socialização parali____ar

(E) estresse exce___ão

Comentário – A palavra contenção (= ação ou resultado de conter(-se):

contenção de encostas, contenção de despesas; estado do que é impedido de

se deslocar, se espalhar ou progredir) deriva de conter. As palavras derivadas

daquelas que possuem T no radical são grafadas com Ç (deter > detenção;

abster > abstenção). Ocorre que há também o registro da palavra contensão

(= contenda, luta, confronto; do latim contensio), escrita com S.

O vocábulo empecilho (= obstáculo, estorvo) é registrado com

E inicial.

As formas verbais analisar e paralisar derivam,

respectivamente, dos substantivos análise e paralisia, grafados com S.

Tentou-se confundir o candidato com a escrita do sufixo IZAR (com Z)

formador de verbos derivados de palavras que NÃO possuem a letra S em sua

terminação. Comparem:

canal > canalizar bis > bisar

ameno > amenizar aviso > avisar

visual > visualização liso > alisar

Exceção, com Ç, deriva de exceto. As palavras derivadas

daquelas que possuem T no radical, como já foi dito anteriormente, são

escritas com a letra Ç. Atente para a escrita correta da palavra excesso (com

SS). Ela deriva de exceder, ou seja, se a palavra de origem possuir CED no

radical, a sua cognata será escrita com SS.

Por admitir duas alternativas igualmente corretas (A e B), a

questão foi anulada.

Resposta – Anulada

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4. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Administrador/2009)

As razões _________ não simpatizo com você são muitas.

Não faça críticas negativas, _________ se arrependerá.

O que eu disser poderá ser _________ interpretado.

A opção cuja sequência completa, corretamente, as sentenças acima é

(A) por quê – senão – mal

(B) por que – senão – mal

(C) porquê – se não – mal

(D) porque – se não – mau

(E) porque – senão – mau

Comentário – A primeira lacuna deve ser preenchida com por que, cujo

significado é o mesmo de pelas quais (= preposição + pronome relativo).

A segunda lacuna deve ser preenchida com senão (junto),

pois o vocábulo equivale-se a caso contrário.

Mal é advérbio de modo, contrário de bem: Ela se houve mal

na prova.

Cuidado durante a prova, pois o examinador pode dar alguns

exemplos e explorar a classe gramatical dessa palavra. Há possibilidade de

mal ser advérbio, adjetivo e conjunção. Na dúvida, releia a parte teórica.

Resposta – B

5. (Cesgranrio/Decea/Tradutor e Intérprete/2009) São acentuadas

graficamente pela mesma razão as palavras:

(A) audácia – prudência – imprescindíveis – equilíbrio

(B) política – sábia – destrói – ótimo

(C) catástrofes – histórica – econômica – entretém

(D) além – ninguém – você – órfão

(E) três – há – até – só

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Comentário – Na alternativa B, temos uma verdadeira “salada” de regras de

acentuação: política e ótimo é acentuada por serem proparoxítonas; sábia

recebe acento por ser paroxítona terminada em ditongo; o acento agudo em

destrói justifica-se por causa do ditongo aberto OI formador da sílaba tônica

final. Cuidado: o novo Acordo Ortográfico extinguiu o acento desse encontro

vocálico quando ele formar a sílaba subtônica (anzoizinhos) ou a sílaba tônica

de palavras paroxítonas (ovoide).

Em C, o motivo da acentuação da palavra entretém difere do

motivo das demais (todas proparoxítonas); ela é oxítona terminada por EM

(ninguém, além etc.).

Em D, a palavra você, apesar de oxítona, recebe acento por

terminar em E (café, boné etc.); órfão é paroxítona terminada em ÃO (órgão,

acórdão etc.).

Em E, até recebe acento por ser oxítona terminadas em E(S);

as outras palavras são monossílabas tônicas terminadas por A(S), E(S) e O(S).

A alternativa A foi inicialmente divulgada como o gabarito.

Admitiu-se que todas as palavras são acentuadas por serem paroxítonas

terminadas em ditongo oral (crescente ou decrescente): au-dá-cia;

pru-dên-cia; im-pres-cin-dí-veis; e-qui-lí-brio. Ocorre que os encontros

vocálicos IA, IE, IO, UA, EU, UO finais átonos, seguidos ou não de S,

classificam-se quer como ditongos (crescentes), quer como hiatos. Portanto é

possível considerar au-dá-ci-a, pru-dên-ci-a e e-qui-lí-bri-o como hiatos. Nesse

caso, elas passam a ser acentuadas por serem proparoxítonas.

Resposta – Anulada

6. (Cesgranrio/Bacen/Técnico2010) As palavras que se acentuam pelas

mesmas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”,

respectivamente, são

(A) trajetória, inútil, café e baú.

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(B) exercício, balaústre, níveis e sofá.

(C) necessário, túnel, infindáveis e só.

(D) médio, nível, raízes e você.

(E) éter, hífen, propôs e saída.

Comentário – Verifiquemos os porquês dos acentos nas palavras destacadas

no enunciado:

– “conferência”: paroxítona finalizada em ditongo oral;

– “razoável”: paroxítona terminada em L;

– “países”: enquadra-se na regra dos hiatos I e U que

constituem a sílaba tônica da palavra, figuram sozinhos nela ou acompanhados

de S, não estão diante de H nem de outra vogal idêntica.

– “será”: regra das oxítonas terminadas em A(S), E(S), O(S),

EM, ENS.

Portanto, as únicas palavras que correspondem às mesmas

regras de acentuação são: médio, nível, raízes e você.

Resposta – D

7. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) Qual sequência

completa corretamente a frase abaixo?

Para _______ a ______________ de um especialista na área poderá

ajudá-lo a superar momentos do cotidiano, com _______________ dos

criados por você mesmo.

(A) mim – intercessão – exceção

(B) mim – interseção – exceção

(C) mim– intersecção – excessão

(D) eu – interseção – excessão

(E) eu – intercessão – exceção.

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Comentário – A primeira lacuna deve ser preenchida com o pronome pessoal

do caso oblíquo tônico mim. Pronome pessoal do caso reto funciona, via de

regra, como sujeito de verbo – que não é o caso aqui. Grave uma coisa: diante

de preposição, o pronome pessoal do caso reto só será empregado se

funcionar como sujeito de verbo (explícito ou oculto). Exemplos: Para eu fazer

a prova, necessito estudar.

A segunda lacuna deve ser preenchida com a palavra

intercessão. Usa-se SS nas palavras derivadas daquelas que possuem as

expressões CED (interceder), GRED, PRIM, MIT, MET e CUT no radical

(suceder – sucessão, regredir – regressão, comprimir – compressão, demitir –

demissão, intrometer – intromissão, discutir – discussão).

A última lacuna deve ser preenchida com exceção. Usa-se Ç

nas palavras derivadas daquelas que possuem T no radical: exceto – exceção,

setor – seção, cantar – canção.

Resposta – A

8. (Cesgranrio/Empresa de Pesquisa Energética/Assistente

Administrativo/2010)

Observe a frase abaixo.

“A pedreira aonde, no início dos anos 1960, eu ia com meu irmão e seus

amigos para soltar pipa.”

A palavra “aonde” está corretamente empregada, tal como no trecho

acima, em

(A) Aonde você colocou o telefone sem fio?

(B) Este é o bairro aonde nasci e fui criado.

(C) Gostaria de saber aonde você está agora.

(D) O pedido será enviado à direção do shopping, aonde será analisado.

(E) Para manter o público informado, a imprensa deve ir aonde a notícia está.

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Comentário – Esclareça-se que o pronome relativo onde deve ser usado

restritivamente para substituir nome que designa lugar.

A casa onde morei era muito antiga. (certo)

A reunião onde estávamos acabou tarde. (errado)

Nos outros casos, convém usar a locução em que ou no qual.

Usaremos aonde (contração de a + onde) quando o verbo

que surgir após esse pronome relativo exprimir ideia de movimento e exigir a

preposição “a”. Se o verbo indicativo de movimento reger preposição “de”,

usaremos “donde” (contração de de + onde).

Ressalto que o verbo seguinte deve indicar movimento e não

permanência, como ocorre nas alternativas A, B e C (colocou em; nasci em fui

criado em; está em). Com verbos estáticos, que exprimem permanência, a

preposição empregada será “em”. Na Língua Portuguesa não existe nonde,

isto é, a suposta contração de em + onde. Então, a preposição “em”

desaparece.

Eis a correção das três primeiras alternativas: Onde você

colocou o telefone sem fio? Este é o bairro onde nasci e fui criado. Gostaria de

saber onde você está agora.

Na alternativa D, o melhor é construir a frase utilizando outro

pronome relativo: O pedido será enviado à direção do shopping, pela qual

será analisado.

Resposta – E

9. (Cesgranrio/BNDES/Direito/2010) Ao redigir respostas para “Por que

quero conseguir um trabalho novo?”, cometeu-se, segundo o registro

culto e formal da língua, um erro de ortografia em

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(A) Não quero passar a minha vida inteira só cumprindo ordens sem nunca

entender por quê.

(B) Alguns constrangimentos porque venho passando me obrigam a

considerar outras opções.

(C) Para mim, a realização profissional, no momento presente, é importante

porque implica melhoria de vida.

(D) Desse modo, eu poderei saber o motivo por que o sucesso de ontem não

nos garante o de amanhã.

(E) Um dia, atingindo o meu objetivo, eu talvez possa contar-lhe o porquê.

Comentário – Alternativa A: certa. Colocado no final da frase (antes de

ponto final, de exclamação ou interrogação) ou no final de oração, antes

de pausa, com o sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico.

Exemplos:

O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber

por quê, o cantor estava inquieto.

Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber

por quê.

Ninguém lhe dava atenção. Por quê?

Alternativa B: errada. Preposição + pronome relativo, usado

separadamente e sem acento, equivale-se a pelos quais.

Alternativa C: certa. Quando usada como conjunção

subordinativa adverbial (indicando circunstância de causa): Não vim porque

estava cansado. Ou, ainda, quando usada como conjunção coordenativa

explicativa: Fique quieto, porque você está incomodando.

Alternativa D: certa. Confirma-se o que disse anteriormente,

na letra B.

Alternativa E: certa. Vem precedido de determinante, é

substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa

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ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta),

use a expressão separada.

Resposta – B

10. (Cesgranrio/Prominp/Técnico/2010) A palavra que NÃO obedece à mesma

regra de acentuação de domésticas, sendo acentuada por motivo distinto

do vocábulo em destaque, é

(A) plástico.

(B) difícil.

(C) obstáculo.

(D) acúmulo.

(E) protótipo.

Comentário – No enunciado, o emprego do acento agudo em doméstica

justifica-se porque a palavra é proparoxítona, como as palavras das

alternativas A, C, D e E. Toda proparoxítona deve ser acentuada.

A palavra difícil recebe acento por ser uma paroxítona

terminada em L, assim como as que terminam em I(S), U(S), Ã(S), ÃO(S),

UM, UNS, N, R, X, PS, DITONGO ORAL. Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão,

sótãos, médium, álbuns, abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, ions, vôlei,

jóquei, história, gênio.

Resposta – B

11. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) O par de palavras que

NÃO deve ser acentuado, segundo o registro culto e formal da língua, é

(A) interim – polen.

(B) itens – pudico.

(C) juizes – prototipo.

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(D) economico – refem.

(E) heroi – biceps.

Comentário – Alternativa A: os dois vocábulos devem ser acentuados.

Ínterim é proparoxítono; pólen é paroxítona terminada em N.

Alternativa B: nenhum dos vocábulos recebem acento. Itens

é paroxítono terminado em ENS, terminação que justifica o acento em palavras

oxítonas (parabéns). Pudico também é vocábulo paroxítono. Com a terminação

O, são acentuados os oxítonos (cipó) e os monossílabos tônicos (pó).

Alternativa C: juízes enquadra-se na regra dos hiatos: vogal

I como a segunda do hiato, tônica e sozinha na sílaba. Já protótipo é

proparoxítona – todas recebem acento, como econômico (alternativa D).

Alternativa D: depois de ter citado acima a palavra

econômico como exemplo de proparoxítona acentuada, resta-me justificar o

acento agudo na palavra refém. Toda oxítona com terminação EM é acentuada

(alguém).

Alternativa E: a palavra herói recebe acento não porque é

uma oxítona, mas sim porque o ditongo OI (EI e EU também), segundo o novo

Acordo Ortográfico, é aberto, tônico e não constitui a sílaba forte de palavra

paroxítona (compare com heroico, em que o ditongo OI, aberto e tônico,

agora surge em uma paroxítona). Bíceps é paroxítona terminada em PS.

Resposta – B

12. (Cesgranrio/Prefeitura de Salvador/Professor de Língua Portuguesa/2010)

Quanto à acentuação gráfica, a relação de palavras em que todas estão

conformes ao atual Acordo Ortográfico é

(A) família – arcaico – espermatozóide – pólo.

(B) epopeia – voo – tranquilo – constrói.

(C) troféu – bilíngue – feiúra – entrevêem.

(D) decompor – agüentar – apóio – colmeia.

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(E) linguística – joia – refém – assembléia.

Comentário – Alternativa A: conforme comentário anterior (alternativa E),

deixou de existir o acento agudo no ditongo OI (em EI e EU também) de

palavras paroxítonas, como em espermatozoide. Também foram abolidos os

acentos diferenciais, com exceção de:

– pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do

indicativo do verbo poder);

– têm e vêm (terceira pessoa do plural dos verbos ter e vir –

e seus derivados: mantêm, intervêm etc.);

– pôr (verbo);

– fôrma (substantivo, molde).

Alternativa B: aqui está a resposta. Os ditongos OI e EI já

foram objetos do nosso comentário. O acento circunflexo na primeira vogal dos

hiatos OO (enjoo, voo) e EE (creem, deem, leem, veem) foi abolido. A

respeito da palavra tranquilo, o trema também foi extinto.

Alternativa C: só me resta falar sobre a vogal U (vale para a

vogal I também), tônica, em palavras paroxítonas e após ditongos. Ela não

será mais acentuada nessas condições. Antes era assim: feiúra, baiúca,

Bocaiúva; agora é deste jeito: feiura, baiuca, Bocaiuva. Na palavra Piauí,

por exemplo, o acento continua porque a letra I constitui a sílaba tônica de

uma oxítona. O novo Acordo “pegou no pé” das paroxítonas.

Alternativa D: depois do que já expliquei até agora, fica fácil

entender que os vocábulos aguentar e apoio são grafados sem trema e sem

acento agudo.

Alternativa E: o problema está no acento do ditongo “éi” da

palavra paroxítona “assembléia”, que desrespeita as novas regras ortográficas.

Resposta – B

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13. (Cesgranrio/BNDES/Direito/2010) De acordo com o registro culto e formal

da língua, os vocábulos que são acentuados, respectivamente, pelas

mesmas regras de “aí” e “até” são

(A) sabiá – fé.

(B) café – além.

(C) diário – reféns.

(D) egoísta – você.

(E) consciência – três.

Comentário – No enunciado, a palavra “aí” é acentuada porque a letra I

representa a segunda vogal do hiato, está sozinha na sílaba (poderia estar

acompanhada de S) e representa a sílaba tônica da palavra – ela NÃO é

acentuada porque a palavra é oxítona, como café e sabiá, por exemplo. A

palavra “até” enquadra-se na regra de acentuação das oxítonas terminadas em

E. Semelhantemente, egoísta e você (alternativa D) são acentuadas pelos

mesmos motivos.

Sabiá, café, além, reféns e você são acentuadas por serem

oxítonas terminadas em A, E, EM e ENS.

Diário e consciência são paroxítonas terminadas em ditongo

oral.

O vocábulo três é monossílabo tônico terminado em E(S).

Resposta – D

14. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico/2010) Qual sentença tem todas as palavras

grafadas corretamente?

(A) Nenhum cidadão cautelozo expalha lixo pelas ruas.

(B) A despeza da família cresceu com o nacimento dos gêmeos.

(C) A estenção dos extragos só vai ser medida após as chuvas.

(D) Luiz economizava gasolina pois ia a pé para a empresa.

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(E) É nessessário planejar as comprar para evitar escessos.

Comentário – Alternativa A: usa-se normalmente a letra S nos sufixos OSO e

OSA: cauteloso. O verbo espalhar e suas flexões grafam-se também com S.

Alternativa B: a grafia correta da palavra despesa é com S em

sua parte final; da palavra nascimento é com S após a vogal “a”.

Alternativa C: cuidado, pois as palavras extenso e extensão

são escritas com X; mas estendido e estender são com S. Com S também

escrevemos a palavra estragos.

Alternativa E: necessário grafa-se com C em vez de SS; e a

palavra excessos deve ser corretamente escrita com X no lugar do S. A

palavra comprar (infinitivo verbal) também não foi empregada

adequadamente; para produzir os efeitos necessários, dando coerência à frase,

deveria ser compras (substantivo).

Resposta – D

15. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Informática/2011) Em qual das frases

abaixo, a palavra destacada está de acordo com as regras de acentuação

gráfica oficial da língua portuguesa?

(A) Vende-se côco gelado.

(B) Se amássemos mais, a humanidade seria diferente.

(C) É importante que você estude êste item do edital.

(D) Estavam deliciosos os caquís que comprei.

(E) A empresa têm procurado um novo empregado.

Comentário – Alternativa A: errada. Paroxítona terminada em O não recebe

acento. Somente as oxítonas é que serão acentuadas nesse caso. Compare:

fogo, cipó.

Alternativa B: certa. Toda palavra proparoxítona recebe

acento: a-más-se-mos.

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Alternativa C: errada. Paroxítona terminada em E também não

recebe acento. Somente as oxítonas é que serão acentuadas nesse caso.

Compare: teste, café.

Alterantiva D: errada. Oxitona terminada em I (seguido ou

não de S) não recebe acento. Somente as paroxítonas é que serão acentuadas

nesse caso. Compare: Paris, júri.

Alternativa E: errada. Na terceira pessoa do singular do

presente do indicativo, o verbo TER não recebe acento. Somente quando

flexionado na terceira pessoa do plural é que o acento circunflexo será usado

para fazer distinção de número: As empresas têm...

Resposta – B

16. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Administração e Controle Júnior/2011) A

frase em que ocorre ERRO quanto à acentuação gráfica é:

(A) Eles têm confiança no colega da equipe.

(B) Visitou as ruínas do Coliseu em Roma.

(C) O seu sustento provém da aposentadoria.

(D) Descoberta a verdade, ele ficou em maus lençóis.

(E) Alguns ítens do edital foram retificados.

Comentário – Alternativa A: certa. Na questão anterior, disse que o verbo

TER receberá acento circunflexo quando estiver conjugado na terceira pessoa

do plural do presente do indicativo.

Alternativa B: certa. O emprego do acento em “ruínas” está

fundamentado na regra do hiato: a letra I (poderia ser a letra U também)

representa a segunda vogal do hiato, constitui a sílaba tônica e está sozinha na

sílaba (poderia vir acompanhada de S: pa-ís).

Alternativa C: certa. Palavras oxítonas terminadas por EM e

ENS são acentuadas: armazém, armazéns. O cuidado que você deve ter é

quando os derivados dos verbos VIR e TER surgem flexionados na terceira

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pessoa do plural. Nesse caso, o acento a ser empregado é o circunflexo: Os

seus sustentos provêm... Eles mantêm...

Alternativa D: certa. A regra aqui diz respeito aos ditongos EI

e OI tônicos, abertos e em palavras oxítonas. Cuidado que o novo Acordo

eliminou esse acento em palavras paroxítonas: herói, heroico.

Alternativa E: errada. Somente as palavras oxítonas

terminadas por ENS é que recebem acento: parabéns, nenéns.

Resposta – E

17. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2011) Em relação às regras

de acentuação gráfica, a frase que NÃO apresenta erro é:

(A) Ele não pode vir ontem à reunião porque fraturou o pé.

(B) Encontrei a moeda caida perto do sofá da sala.

(C) Alguém viu, além de mim, o helicóptero que sobrevoava o local?

(D) Em péssimas condições climaticas você resolveu viajar para o exterior.

(E) Aqui so eu é que estou preocupado com a saúde das crianças.

Comentário – Alternativa A: errada. Preste atenção: o novo Acordo não

eliminou o acento diferencial do verbo pôde, flexionado no pretérito perfeito

do indicativo. Compare com pode, presente do indicativo, sem acento.

Alternativa B: errada. Onde está o acento agudo do vocábulo

“caida”? O fundamento é a regra dos hiatos I e U, que já foi objeto do meu

comentário. Eis a correção: caída.

Alternativa D: errada. Toda palavra proparoxítona deve ser

acentuada. Portanto a grafia correta é climáticas.

Alternativa E: errada. A palavra “so” é monossílaba tônica

terminada em O. Por isso o acento é devido: só.

Resposta – C

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18. (Cesgranrio/Finep/Técnico - Apoio Adm. e Secretariado/2011) Que palavra

obedece à mesma regra de acentuação que país?

(A) Compôs

(B) Baú

(C) Índio

(D) Negócios

(E) Águia

Comentário – O acento em país decorre da regra dos hiatos representados

pelas letras I e U, conforme explicado anteriormente. Inclusive, usei como

exemplo esta mesma palavra.

Perigoso é alguém achar que a palavra é acentuada por ser

uma oxítona. Releia a regrinha e observe que as oxítonas são acentuadas por

terminarem em A(S), E(S), O(S), EM e ENS, como “Compôs” (letra A).

As demais palavras estão fundamentadas na regra das

paroxítonas terminadas em ditongo.

Resposta – B

19. (FCC/2009/TRT 16ª Região/Técnico Judiciário) A frase em que há palavras

escritas de modo INCORRETO é:

a) A aridez que sempre caracterizou as paisagens do Nordeste brasileiro

aparece agora, para assombro de todos, na região Sul, comprometendo as

safras de grãos.

b) Alguns estudiosos reagem com sensatez às recentes explicações,

considerando se o papel da bomba biótica é realmente crucial na

circulação do ar.

c) Se for comprovada a correção da nova teoria, a preservação das florestas

torna-se essencial para garantir a qualidade de vida em todo o planeta.

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d) O desmatamento indescriminado, que reduz os índices de chuvas e altera

o ciclo das águas, pode transformar um continente em um estenso e

inabitável deserto.

e) Com ventos mais próximos ao mar, o ar úmido resultante da evaporação

da água do oceano é puxado para o continente, distribuindo a chuva ao

redor do planeta.

Comentário – A alternativa D apresenta dois problemas. A palavra

“indescriminado” deve ser grafada assim: indiscriminado (= sem controle, sem

ordem, sem critério, descontrolado, desordenado, desregrado). Veja outro

exemplo da aplicação dessa palavra: Ministério Público quer reprimir o uso

indiscriminado de agrotóxicos na capital e no interior de Sergipe. O segundo

erro está na grafia do vocábulo “estenso”, que deve ser escrito com x: extenso

(= que tem (grande) extensão, amplo, espaçoso, vasto). Veja outra aplicação

desse palavra: planície extensa.

Resposta – D

20. (FCC/2009/PGE-RJ/TÉCNICO ASSISTENTE DE PROCURADORIA) Todas as

palavras estão escritas corretamente na frase (não estão sendo

consideradas as alterações que passaram a vigorar recentemente):

(A) Intervensões governamentais massiças e até agora sem precedentes não

conseguiram conter os impactos da crise financeira em diversos países.

(B) A permanência e a gravidade dos desdobramentos da crise financeira

deicham dúvidas e originam expeculações em todo o mundo.

(C) A ganância por lucros cada vez maiores fez com que os riscos dos

investimentos crecessem esponencialmente no mercado financeiro.

(D) A excessiva circulação de instrumentos financeiros imbutia imenço

potencial de perigos redundando, como se viu, em enormes prejuízos.

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(E) O êxito das resoluções tomadas em outros países depende de um maior

controle das instituições financeiras, o que atinge interesses múltiplos e

provoca resistência.

Comentário – Alternativa A: as palavras “Intervensões” e “massiças” estão

erradas. A primeira grafa-se com Ç no lugar do “s”: intervenções; a segunda,

com C no lugar do “ss": maciças.

Alternativa B: note o uso incorreto do dígrafo “ch” após o

ditongo “ei” na palavra “deicham”. Vamos corrigi-la: deixam (com X). Com S

no lugar do “x” é a correta forma de escrever o substantivo especulações.

Alternativa C: há aqui dois erros sequenciais: “crecessem

esponencialmente”, percebeu? No verbo, faltou a letra “s” para compor o

dígrafo SC: crescessem. No advérbio, o “s” deve dar lugar ao X:

exponencialmente.

Alternativa D: outra sequência de erros: “imbutia imenço”. O

verbo é escrito com E inicial: embutia. Já o adjetivo é grafado com S no lugar

do “ç”: imenso.

Alternativa E: sem erros ortográficos. Observe a forma correta

de grafar a palavra “êxito”: com X, e não com Z.

Resposta – E

21. (FCC/2010/TRE-RS/TÉCNICO JUDUCIÁRIO – PROGRAMAÇÃO DE

SISTEMAS) A palavra em destaque está adequadamente empregada na

seguinte frase:

(A) Esse é o produto anticético mais poderoso já utilizado no hospital.

(B) Temendo que sua fala fosse caçada, evitou agressões.

(C) Esse estrato social é o mais afetado quando há chuvas torrenciais.

(D) A correta emersão dos pães no caldo é que vai garantir o sucesso da

receita.

(E) O ilícito tráfego de influências que praticava o levou ao banco dos réus.

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Comentário – Foram cometidos vários erros ortográficos.

Na alternativa A, a grafia correta da palavra sublinhada é

antisséptico – produto que impede a contaminação e combate a infecção

(diz-se de medicamento). Anticéptico (com p) indica aquele que é adversário

dos cépticos ou do cepticismo, isto é, doutrina dos que examinam e duvidam;

estado dos que duvidam ou afetam duvidar de tudo; descrença.

Em B, “caçada” com “ç” significa ação ou resultado de caçar,

procurar com grande empenho, perseguição. Eis a forma adequada: cassada –

revogação, anulação (mandato, licença, direitos políticos etc.); impedimento

da continuidade ou da realização de algo; proibição.

Na alternativa C, a palavra foi corretamente escrita e

empregada adequadamente na frase; ela significa grupo ou camada social de

uma população, definido em relação ao nível de renda, educação etc. Extrato

com “x” pode expressar o produto de uma extração, aquilo que se extraiu;

pequeno trecho extraído de um texto maior, para ilustração ou exemplificação;

registro pormenorizado de operações bancárias realizadas em um determinado

período.

Na alternativa D, deveria ter sido utilizada a palavra imersão

para indicar a ação ou o resultado de imergir(-se), de mergulhar(-se) em um

líquido (imersão de um submarino). Emersão é a ação ou o resultado de

emergir, vir à tona (emersão do submarino), antônimo de imersão.

Em E, a palavra adequada é tráfico, comércio ilegal e

clandestino. Tráfego é o mesmo que movimentação ou fluxo de veículos;

trânsito.

Resposta – C

22. (FCC/2010/TRE-RS/TÉCNICO JUDUCIÁRIO – PROGRAMAÇÃO DE

SISTEMAS) A lacuna que deve ser preenchida pela forma grafada como na

piada − Por quê −, ou pela forma por quê, para que esteja em

conformidade com o padrão culto escrito, é a da frase:

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(A) Eu não sei o ...... de sua indecisão.

(B) ...... foi tão inábil na condução do problema?

(C) Ele está tão apreensivo ......?

(D) Decidiu-se somente ontem ...... dependia de consulta à família.

(E) A razão ...... partiu sem avisar ainda é desconhecida.

Comentário – Como o examinador indicou a grafia separada e com acento, o

melhor a fazermos é encontrar uma lacuna no final de uma pergunta. Ela só

aparece na letra C, na frase Ele está tão apreensivo por quê? Veja agora a

grafia correta referente às outras lacunas:

- alternativa A: porquê (substantivo). Note que o vocábulo está

antecedido do artigo “o”.

- alternativa B: Por que (advérbio interrogativo). A expressão

encontra-se numa frase interrogativa, mas no início dela.

- alternativa D: porque (conjunção). Quando se tratar de uma

explicação, justificativa, causa ou razão, a expressão é escrita sem separação,

como um vocábulo apenas.

- alternativa E: por que (preposição + pronome relativo).

Observe que é possível a substituição por pela qual.

Resposta – C

23. (FCC/2010/TRE-RS/TÉCNICO JUDUCIÁRIO – PROGRAMAÇÃO DE

SISTEMAS) A frase totalmente correta do ponto de vista da grafia e/ou da

acentuação é:

(A) É o caso de se por em discussão se ele realmente crê na veracidade dos

dados.

(B) Referiu-se àquilo que todos esperavam − sua ascensão na empresa −,

com um misto de humildade e prepotência.

(C) Enquanto construimos esta ala, eles constroem a reservada aos aparelhos

de rejuvenecimento.

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(D) Ele é sempre muito cortês, mas não pode evitar que sua ogeriza à ela

transpareça.

(E) Assinou o cheque, mas ninguém advinha o valor registrado, porisso foi

devolvido pelo banco.

Comentário – Alternativa A: incorreta. O verbo pôr grafa-se com acento

circunflexo para ser diferenciado da preposição por.

Alternativa B: correta. Destaque para o acento circunflexo do

vocábulo “prepotência”, justificado por ser uma paroxítona terminada em

ditongo oral.

Alternativa C: incorreta. A forma verbal “construimos” deve

receber acento agudo no “i”, pois esta letra constitui a sílaba tônica da palavra,

representa a segunda vogal do hiato que forma com a vogal “u” e está sozinha

na sílaba: construímos. Além disso, faltou um s na palavra “rejuvenecimento”:

rejuvenescimento.

Alternativa D: incorreta. A grafia correta da palavra é com j:

ojeriza, e não com g, como foi escrita. Além disso, não se emprega acento

grave indicativo de crase antes de pronome pessoal, seja do caso reto, seja do

caso oblíquo. O certo, então, é: a ela.

Alternativa E: incorreta. Escreve-se separadamente a

conjunção conclusiva por isso.

Resposta – B

24. (FCC/2010/TRE-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) A frase

em que a palavra destacada está empregada de modo equivocado é:

(A) Inerme diante da ofensiva tão violenta, não lhe restou nada a fazer senão

render-se.

(B) Há quem proscreva construções linguísticas de cunho popular.

(C) Fui informado do diferimento da reunião em que o fato seria analisado.

(D) A descriminalização de algumas drogas é questão polêmica.

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(E) A flagrância do perfume inebriava a todos os convidados.

Comentário – Alternativa A: a palavra “Inerme” foi empregada

adequadamente e significa que não tem meios de se defender.

Alternativa B: a palavra “proscreva” foi empregada

adequadamente e significa proíba, condene.

Alternativa C: a palavra “diferimento” foi empregada

adequadamente e significa adiamento.

Alternativa D: a palavra “descriminalização” foi empregada

adequadamente e significa ato ou efeito de descriminalizar, anular a

criminalidade de um ato.

Alternativa E: a palavra “flagrância” exprime a condição

daquilo que é flagrante, o momento em que ocorre um flagrante e não foi

adequadamente empregada na frase. Em seu lugar, deveria ser usada a

palavra fragrância, que significa cheiro agradável das flores, plantas, perfumes

etc. (fragrância de morango, fragrância de rosas); aroma.

Resposta – E

25. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário – adaptada) Todas as

palavras estão corretamente grafadas na frase:

O autor do texto se apoia na tese segundo a qual não se deve descriminar

em definitivo entre o pessimismo e o otimismo.

Comentário – Em primeiro lugar, frise-se que a prova foi aplicada em 2008,

momento alheio à vigência do novo Acordo Ortográfico. Portanto, a grafia

correta para a terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo

apoiar(-se) era apóia(-se) ditongo ÓI aberto e tônico. A partir de 2009 e até

31/12/2015, as duas formas estão corretas.

O outro problema do item diz respeito ao emprego de

“descriminar” (= considerar ou declarar inocente; tirar a culpa; absolver;

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inocentar). Percebe-se sem dificuldade que a informação do período não

comporta esse significado, mas sim o de discrimimar (= perceber distinções

em alguma coisa ou entre coisas diversas; diferençar; discernir; distinguir).

Resposta – Item errado.

26. (FCC/2008/TRT 18ª Região (GO)/Analista Judiciário – adaptada) Está

correta a grafia de todas as palavras da frase:

Muitos se deixam embalar por um mixto de torpor e devaneio, quando se

entretém à janela do ônibus.

Comentário – A palavra “mixto” (com X) não existe. O correto é “misto” (=

que resulta da mistura de dois ou mais elementos diversos (salada mista,

método misto; com S). Além dela, a palavra “entretém” apresenta problema.

Como se refere à terceira pessoa do plural (“Muitos”), o acento adequado é o

circunflexo (^).

Resposta – Item errado.

Por hoje é só. Não deixe de revisar o conteúdo durante a semana.

Fique com Deus e um forte abraço.

Professor Albert Iglésia

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Lista das Questões Comentadas

1. (Cesgranrio/BNDES/Nível Superior/213) O grupo em que ambas as

palavras devem ser acentuadas de acordo com as regras de acentuação

vigentes na língua portuguesa é

(A) aspecto, inicio

(B) instancia, substantivo

(C) inocente, maiuscula

(D) consciente, ritmo

(E) frequencia, areas

2. (Cesgranrio/BNDES/Técnico Administrativo/2013) A palavra que deve ser

acentuada pela mesma regra que olímpico é

(A) revolver

(B) carater

(C) bocaiuva

(D) solido

(E) amavel

3. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) A segunda palavra

é grafada com a(o) mesma(o) letra(dígrafo) que foi destacada(o) na

palavra anterior em

(A) propensão conten____ão

(B) recreação ___mpecilho

(C) lazer anali____ar

(D) socialização parali____ar

(E) estresse exce___ão

4. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Administrador/2009)

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As razões _________ não simpatizo com você são muitas.

Não faça críticas negativas, _________ se arrependerá.

O que eu disser poderá ser _________ interpretado.

A opção cuja sequência completa, corretamente, as sentenças acima é

(A) por quê – senão – mal

(B) por que – senão – mal

(C) porquê – se não – mal

(D) porque – se não – mau

(E) porque – senão – mau

5. (Cesgranrio/Decea/Tradutor e Intérprete/2009) São acentuadas

graficamente pela mesma razão as palavras:

(A) audácia – prudência – imprescindíveis – equilíbrio

(B) política – sábia – destrói – ótimo

(C) catástrofes – histórica – econômica – entretém

(D) além – ninguém – você – órfão

(E) três – há – até – só

6. (Cesgranrio/Bacen/Técnico2010) As palavras que se acentuam pelas

mesmas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”,

respectivamente, são

(A) trajetória, inútil, café e baú.

(B) exercício, balaústre, níveis e sofá.

(C) necessário, túnel, infindáveis e só.

(D) médio, nível, raízes e você.

(E) éter, hífen, propôs e saída.

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7. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) Qual sequência

completa corretamente a frase abaixo?

Para _______ a ______________ de um especialista na área poderá

ajudá-lo a superar momentos do cotidiano, com _______________ dos

criados por você mesmo.

(A) mim – intercessão – exceção

(B) mim – interseção – exceção

(C) mim– intersecção – excessão

(D) eu – interseção – excessão

(E) eu – intercessão – exceção.

8. (Cesgranrio/Empresa de Pesquisa Energética/Assistente

Administrativo/2010)

Observe a frase abaixo.

“A pedreira aonde, no início dos anos 1960, eu ia com meu irmão e seus

amigos para soltar pipa.”

A palavra “aonde” está corretamente empregada, tal como no trecho

acima, em

(A) Aonde você colocou o telefone sem fio?

(B) Este é o bairro aonde nasci e fui criado.

(C) Gostaria de saber aonde você está agora.

(D) O pedido será enviado à direção do shopping, aonde será analisado.

(E) Para manter o público informado, a imprensa deve ir aonde a notícia está.

9. (Cesgranrio/BNDES/Direito/2010) Ao redigir respostas para “Por que

quero conseguir um trabalho novo?”, cometeu-se, segundo o registro

culto e formal da língua, um erro de ortografia em

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(A) Não quero passar a minha vida inteira só cumprindo ordens sem nunca

entender por quê.

(B) Alguns constrangimentos porque venho passando me obrigam a

considerar outras opções.

(C) Para mim, a realização profissional, no momento presente, é importante

porque implica melhoria de vida.

(D) Desse modo, eu poderei saber o motivo por que o sucesso de ontem não

nos garante o de amanhã.

(E) Um dia, atingindo o meu objetivo, eu talvez possa contar-lhe o porquê.

10. (Cesgranrio/Prominp/Técnico/2010) A palavra que NÃO obedece à mesma

regra de acentuação de domésticas, sendo acentuada por motivo distinto

do vocábulo em destaque, é

(A) plástico.

(B) difícil.

(C) obstáculo.

(D) acúmulo.

(E) protótipo.

11. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) O par de palavras que

NÃO deve ser acentuado, segundo o registro culto e formal da língua, é

(A) interim – polen.

(B) itens – pudico.

(C) juizes – prototipo.

(D) economico – refem.

(E) heroi – biceps.

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12. (Cesgranrio/Prefeitura de Salvador/Professor de Língua Portuguesa/2010)

Quanto à acentuação gráfica, a relação de palavras em que todas estão

conformes ao atual Acordo Ortográfico é

(A) família – arcaico – espermatozóide – pólo.

(B) epopeia – voo – tranquilo – constrói.

(C) troféu – bilíngue – feiúra – entrevêem.

(D) decompor – agüentar – apóio – colmeia.

(E) linguística – joia – refém – assembléia.

13. (Cesgranrio/BNDES/Direito/2010) De acordo com o registro culto e formal

da língua, os vocábulos que são acentuados, respectivamente, pelas

mesmas regras de “aí” e “até” são

(A) sabiá – fé.

(B) café – além.

(C) diário – reféns.

(D) egoísta – você.

(E) consciência – três.

14. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico/2010) Qual sentença tem todas as palavras

grafadas corretamente?

(A) Nenhum cidadão cautelozo expalha lixo pelas ruas.

(B) A despeza da família cresceu com o nacimento dos gêmeos.

(C) A estenção dos extragos só vai ser medida após as chuvas.

(D) Luiz economizava gasolina pois ia a pé para a empresa.

(E) É nessessário planejar as comprar para evitar escessos.

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15. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Informática/2011) Em qual das frases

abaixo, a palavra destacada está de acordo com as regras de acentuação

gráfica oficial da língua portuguesa?

(A) Vende-se côco gelado.

(B) Se amássemos mais, a humanidade seria diferente.

(C) É importante que você estude êste item do edital.

(D) Estavam deliciosos os caquís que comprei.

(E) A empresa têm procurado um novo empregado.

16. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Administração e Controle Júnior/2011) A

frase em que ocorre ERRO quanto à acentuação gráfica é:

(A) Eles têm confiança no colega da equipe.

(B) Visitou as ruínas do Coliseu em Roma.

(C) O seu sustento provém da aposentadoria.

(D) Descoberta a verdade, ele ficou em maus lençóis.

(E) Alguns ítens do edital foram retificados.

17. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2011) Em relação às regras

de acentuação gráfica, a frase que NÃO apresenta erro é:

(A) Ele não pode vir ontem à reunião porque fraturou o pé.

(B) Encontrei a moeda caida perto do sofá da sala.

(C) Alguém viu, além de mim, o helicóptero que sobrevoava o local?

(D) Em péssimas condições climaticas você resolveu viajar para o exterior.

(E) Aqui so eu é que estou preocupado com a saúde das crianças.

18. (Cesgranrio/Finep/Técnico - Apoio Adm. e Secretariado/2011) Que palavra

obedece à mesma regra de acentuação que país?

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(A) Compôs

(B) Baú

(C) Índio

(D) Negócios

(E) Águia

19. (FCC/2009/TRT 16ª Região/Técnico Judiciário) A frase em que há palavras

escritas de modo INCORRETO é:

(A) A aridez que sempre caracterizou as paisagens do Nordeste brasileiro

aparece agora, para assombro de todos, na região Sul, comprometendo as

safras de grãos.

(B) Alguns estudiosos reagem com sensatez às recentes explicações,

considerando se o papel da bomba biótica é realmente crucial na

circulação do ar.

(C) Se for comprovada a correção da nova teoria, a preservação das florestas

torna-se essencial para garantir a qualidade de vida em todo o planeta.

(D) O desmatamento indescriminado, que reduz os índices de chuvas e altera

o ciclo das águas, pode transformar um continente em um estenso e

inabitável deserto.

(E) Com ventos mais próximos ao mar, o ar úmido resultante da evaporação

da água do oceano é puxado para o continente, distribuindo a chuva ao

redor do planeta.

20. (FCC/2009/PGE-RJ/Técnico Assistente de Procuradoria) Todas as

palavras estão escritas corretamente na frase (não estão sendo

consideradas as alterações que passaram a vigorar recentemente):

(A) Intervensões governamentais massiças e até agora sem precedentes não

conseguiram conter os impactos da crise financeira em diversos países.

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(B) A permanência e a gravidade dos desdobramentos da crise financeira

deicham dúvidas e originam expeculações em todo o mundo.

(C) A ganância por lucros cada vez maiores fez com que os riscos dos

investimentos crecessem esponencialmente no mercado financeiro.

(D) A excessiva circulação de instrumentos financeiros imbutia imenço

potencial de perigos redundando, como se viu, em enormes prejuízos.

(E) O êxito das resoluções tomadas em outros países depende de um maior

controle das instituições financeiras, o que atinge interesses múltiplos e

provoca resistência.

21. (FCC/2010/TRE-RS/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas) A

palavra em destaque está adequadamente empregada na seguinte frase:

(A) Esse é o produto anticético mais poderoso já utilizado no hospital.

(B) Temendo que sua fala fosse caçada, evitou agressões.

(C) Esse estrato social é o mais afetado quando há chuvas torrenciais.

(D) A correta emersão dos pães no caldo é que vai garantir o sucesso da

receita.

(E) O ilícito tráfego de influências que praticava o levou ao banco dos réus.

22. (FCC/2010/TRE-RS/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas) A

lacuna que deve ser preenchida pela forma grafada como na piada − Por

quê −, ou pela forma por quê, para que esteja em conformidade com o

padrão culto escrito, é a da frase:

(A) Eu não sei o ...... de sua indecisão.

(B) ...... foi tão inábil na condução do problema?

(C) Ele está tão apreensivo ......?

(D) Decidiu-se somente ontem ...... dependia de consulta à família.

(E) A razão ...... partiu sem avisar ainda é desconhecida.

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58

23. (FCC/2010/TRE-RS/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas) A frase

totalmente correta do ponto de vista da grafia e/ou da acentuação é:

(A) É o caso de se por em discussão se ele realmente crê na veracidade dos

dados.

(B) Referiu-se àquilo que todos esperavam − sua ascensão na empresa −,

com um misto de humildade e prepotência.

(C) Enquanto construimos esta ala, eles constroem a reservada aos aparelhos

de rejuvenecimento.

(D) Ele é sempre muito cortês, mas não pode evitar que sua ogeriza à ela

transpareça.

(E) Assinou o cheque, mas ninguém advinha o valor registrado, porisso foi

devolvido pelo banco.

24. (FCC/2010/TRE-RS/Analista Judiciário – Área Judiciária) A frase em que a

palavra destacada está empregada de modo equivocado é:

(A) Inerme diante da ofensiva tão violenta, não lhe restou nada a fazer senão

render-se.

(B) Há quem proscreva construções linguísticas de cunho popular.

(C) Fui informado do diferimento da reunião em que o fato seria analisado.

(D) A descriminalização de algumas drogas é questão polêmica.

(E) A flagrância do perfume inebriava a todos os convidados.

25. (FCC/2008/TRF 5ª Região/Analista Judiciário – adaptada) Todas as

palavras estão corretamente grafadas na frase:

O autor do texto se apoia na tese segundo a qual não se deve descriminar

em definitivo entre o pessimismo e o otimismo.

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59

26. (FCC/2008/TRT 18ª Região (GO)/Analista Judiciário – adaptada) Está

correta a grafia de todas as palavras da frase:

Muitos se deixam embalar por um mixto de torpor e devaneio, quando se

entretém à janela do ônibus.

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60

Gabarito das Questões Comentadas

1. E

2. D

3. Anulada

4. B

5. Anulada

6. D

7. A

8. E

9. B

10. B

11. B

12. B

13. D

14. D

15. B

16. E

17. C

18. B

19. D

20. E

21. C

22. C

23. B

24. E

25. Item errado

26. Item errado