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1 GCCA GERAL Para: GCCA - Guimarães, Correia, Cardoso & Associados, Sociedade de Advogados, R.L. Assunto: Boletim Informativo | Nº 4| 07 de Março de 2017 BOLETIM INFORMATIVO Exmos. Senhores, Junto enviamos o nosso boletim informativo com o resumo das principais notícias ocorridas entre 07 de Fevereiro e 07 de Março de 2017 NOTÍCIAS Selecionamos OCDE A ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO (OCDE) MANTEVE ESTA TERÇAFEIRA A ESTIMATIVA DE UMA "MODESTA RECUPERAÇÃO ECONÓMICA" GLOBAL DE 3,3% ESTE ANO E 3,6% NO PRÓXIMO, IMPULSIONADA PELAS PRINCIPAIS ECONOMIAS. A organização avisa, no entanto, que a incerteza política e a vulnerabilidade financeira são ameaças a este crescimento.

Boletim informativo n 4 07 de março de 2017

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Page 1: Boletim informativo  n 4   07 de março de 2017

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GCCA GERAL

Para: GCCA - Guimarães, Correia, Cardoso & Associados, Sociedade de Advogados, R.L.Assunto: Boletim Informativo | Nº 4| 07 de Março de 2017

BOLETIMINFORMATIVO

Exmos.Senhores,

Juntoenviamosonossoboletiminformativocomoresumodasprincipaisnotíciasocorridas

entre07deFevereiroe07deMarçode2017

NOTÍCIAS

Selecionamos

OCDE

A ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO (OCDE)

MANTEVE ESTA TERÇA‐FEIRA A ESTIMATIVA DE UMA "MODESTA RECUPERAÇÃO

ECONÓMICA"GLOBALDE3,3%ESTEANOE3,6%NOPRÓXIMO,IMPULSIONADAPELAS

PRINCIPAISECONOMIAS.

Aorganizaçãoavisa,noentanto,queaincertezapolíticaeavulnerabilidadefinanceirasãoameaçasa

estecrescimento.

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De acordo com o relatório semestral de perspetivas da OCDE, hoje apresentado emWashington, o

organismo sublinha que "a confiança aumentou, mas o consumo, o investimento, o comércio e a

produtividadeestãolongedeserfortes".

AorganizaçãoestimaqueosEUA,aprincipaleconomiamundial,cresça2,4%em2017e2,8%

em2018,abeneficiardeumaexpansãoorçamentaldoGovernodoPresidenteDonaldTrumpe

deumaprocuradomésticaanimadaporsaláriosmaiselevados.Nazonaeuro,aOCDEprevêque

semantenhaoritmo"moderado"atualde1,6%em2017e2018,graçasaoestímulomonetário.

07/03/2017‐ComunicadodaComissãoEuropeia‐Lermais

UNIÃOEUROPEIA

ELISÃOFISCALDASEMPRESAS:CONSELHOCHEGAAACORDOQUANTOÀSUAPOSIÇÃO

SOBREASASSIMETRIASHÍBRIDAS

Em21de fevereirode2017,oConselhochegouaacordosobrea suaposiçãoarespeitodas regras

destinadasaeliminaras"assimetriashíbridas"comossistemasfiscaisdepaísesterceiros.

Oprojetodediretivaéamaisrecentedeumasériedemedidasdestinadasaimpediraelisãofiscalpor

partedasgrandesempresas.

Adiretivafazpartedeumpacotedepropostasemmatériadefiscalidadedasempresas,apresentado

pelaComissãoemoutubrode2016.

OacordofoialcançadonumareuniãodoConselho(AssuntosEconómicoseFinanceiros).OConselho

adotaráadiretivalogoqueoParlamentoEuropeutenhaemitidooseuparecer.

OsEstados‐Membrostêmaté31dedezembrode2019paratransporemadiretivaparaasleise

regulamentosnacionais.

21/02/2017‐ComunicadodoConselhodaUniãoEuropeia‐Lermais

CONSELHODEMINISTROS

COMUNICADODOCONSELHODEMINISTROSDE02DEMARÇODE2017 

Selecionamos

CONSELHO DE MINISTROS APROVOU HOJE UM MECANISMO QUE VISA MEDIR O

IMPACTODASINICIATIVASLEGISLATIVASAPROVADASPELOGOVERNONAVIDADAS

PESSOASENAATIVIDADEDASEMPRESAS,MEDINDOAVARIAÇÃODEENCARGOSQUE

SE REPERCUTEM SOBRE AQUELAS, QUER QUANDO ESTES SÃO REDUZIDOS, QUER

QUANDOSÃOAUMENTADOS.

Osistemaaprovadovempermitiridentificar,medireestimar,demodosistemáticoenumafaseprecoce

do procedimento legislativo, os encargos decorrentes da legislação a aprovar. A ausência de um

mecanismo deste tipo poderia pôr em causa o cumprimento de recomendações internacionais e

europeiasaoníveldasiniciativas«LegislarMelhor»edasrecomendaçõesdaOCDE,comconsequências

Page 3: Boletim informativo  n 4   07 de março de 2017

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negativas, por exemplo, no plano do acesso a programas de financiamento europeu por parte das

empresasnacionais.

Osistemaincluiaindaaimplementaçãodeumnovomodelode«TestePME»,queassentanaavaliação

dapossibilidadedeaplicaçãodiferenciadadosregimesjurídicosàsmicro,pequenasemédiasempresas

enapromoçãodasuaparticipaçãonasfasespreparatóriasdeaprovaçãodedecretos‐leis.

Estemodelodeavaliaçãoseráimplementadocomoprojeto‐pilotojáesteano,sobcoordenaçãodaárea

da Presidência e da Modernização Administrativa, responsável pelo procedimento legislativo do

Governo.

FOIAPROVADAARESOLUÇÃOQUEAPROVAAESTRATÉGIATIC2020EORESPETIVO

PLANODEAÇÃO,ASSIMCOMOOSPLANOSSETORIAIS,APRESENTADOSPELOCONSELHO

PARA AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA.

Esta estratégia condensa a visão do Governo para a utilização das Tecnologias de Informação e

Comunicação(TIC)naAdministraçãoPúblicanospróximosquatroanos (2017‐20), compreendendo

iniciativascomunsatodaaAdministraçãodoEstadoeiniciativasespecíficasdecadaáreasetorial.

A Estratégia TIC 2020 tem em vista a transformação digital da Administração Pública e tem como

objetivosprincipais:Tornarosserviçosdigitaismaissimples,acessíveiseinclusivos;Potenciaraadesão

aosserviçosdigitaisporpartedoscidadãosedasempresas;Garantirumdesenvolvimentosustentável

emmatériadetransformaçãodigital.

BANCODEPORTUGAL

TAXAS.CONTRATOSDECRÉDITO

Banco de Portugal Divulgação das taxas máximas aplicáveis aos contratos de crédito aos

consumidoresno2.ºtrimestrede2017

09/03/2017‐ComunicadodoBancodePortugal‐Lermais

LEGISLAÇÃO

Selecionamos

NACIONAL

Civil

Portarian.º60/2017‐DiáriodaRepúblican.º27/2017,SérieIde2017‐02‐07‐Dispõe

queosprocedimentossimplificadosdesucessãohereditáriaqueenglobempartilha,eapartilha

dopatrimónioconjugal,tramitadosno«BalcãodasHeranças»e«BalcãoDivórciocomPartilha»

podem incluir a realização de contratos de mútuo, destinados ao pagamento de tornas,

celebradosporinstituiçõesdecrédito,comousemhipotecaefiança.

Portarian.º60/2017‐DiáriodaRepúblican.º27/2017,SérieIde2017‐02‐07

Page 4: Boletim informativo  n 4   07 de março de 2017

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Civil/ProcessoCivil/Penal

Lein.º8/2017‐DiáriodaRepúblican.º45/2017,SérieIde2017‐03‐03‐Estabeleceum

estatutojurídicodosanimais,alterandooCódigoCivil,aprovadopeloDecreto‐Lein.º47344,de25de

novembrode1966,oCódigodeProcessoCivil,aprovadopelaLein.º41/2013,de26dejunho,eoCódigo

Penal,aprovadopeloDecreto‐Lein.º400/82,de23desetembro.Lein.º8/2017‐DiáriodaRepúblican.º45/2017,SérieIde2017‐03‐03

Família

Lein.º5/2017 ‐DiáriodaRepúblican.º44/2017,Série Ide2017‐03‐02‐Estabeleceo

regime de regulação das responsabilidades parentais por mútuo acordo junto das

ConservatóriasdoRegistoCivil,alterandooCódigoCivilaprovadopeloDecreto‐Lein.º47344,

de25denovembrode1966,eoCódigodoRegistoCivil,aprovadopeloDecreto‐Lein.º131/95,

de6dejunho.

Lein.º5/2017‐DiáriodaRepúblican.º44/2017,SérieIde2017‐03‐02‐

Fiscal

Portarian.º74/2017‐DiáriodaRepúblican.º38/2017,SérieIde2017‐02‐22‐Define

osprocedimentosparaasdespesasreferentesàalimentaçãoemrefeitórioescolardedutíveisà

coletadoIRS.

Portarian.º74/2017‐DiáriodaRepúblican.º38/2017,SérieIde2017‐02‐22

DecretoRegulamentarRegionaln.º2/2017/M‐DiáriodaRepúblican.º39/2017,Série

Ide2017‐02‐23‐Determinaeregulamentaoscritériosecondiçõesexigíveisparaqueprojetos

de investimento,de valor igual ou superior a500.000 eurospossamusufruirdo regimede

benefíciosfiscaiscontratuaisaoinvestimentoprodutivo.

DecretoRegulamentarRegionaln.º2/2017/M‐DiáriodaRepúblican.º39/2017,SérieIde2017‐

02‐23 

 

Portarian.º90‐A/2017 ‐DiáriodaRepúblican.º43/2017,1ºSuplemento,Série Ide

2017‐03‐01‐Aprovaosmodelosdasdeclaraçõesparaexercíciodasopçõesprevistasnosn.os1

e2doartigo135.º‐Dedon.º1doartigo135.º‐EdoCIMIbemcomoasrespetivasinstruçõesde

preenchimento.

Portarian.º90‐A/2017‐DiáriodaRepúblican.º43/2017,1ºSuplemento,SérieIde2017‐03‐01

Oartigo135.º‐Dprevêapossibilidadedeossujeitospassivoscasadosouemuniãodefactopoderem

optarpelatributaçãoconjuntadesteadicionalou,nãooptando,poderemossujeitospassivos

casados sob os regimes de comunhão de bens identificar através de declaração conjunta a

titularidadedosprédios,indicandoaquelesquesãobensprópriosdecadaumdeleseosquesãobens

comunsdocasal.

Page 5: Boletim informativo  n 4   07 de março de 2017

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Prevêaindaoartigo135.º‐Eapossibilidadedeasherançasindivisaspoderemafastarasuaequiparação

apessoacoletivaparaefeitosdeaplicaçãodesteadicionalquandosejaapresentada,atravésdocabeça

de casal, uma declaração identificando todos os herdeiros e as suas quotas e desde que todos os

herdeirosnamesmaidentificadosconfirmemasrespetivasquotasatravésdedeclaraçãoapresentada

porcadaumdeles

Asdeclaraçõesconsideram‐seapresentadasnadatadarespetivasubmissãoepodemsercorrigidasou

anuladasdentrodoprazoprevistoparaasuaentrega,considerando‐seválidaaquelaqueestivervigente

notermodorespetivoprazo.

NoprimeiroanodevigênciadoAdicionalaoImpostoMunicipalsobreImóveis,osprazosprevistospara

aapresentaçãodasdeclaraçõesaquesereferemosn.os2e3doartigo135.º‐EdoCódigodoImposto

MunicipalsobreImóveissão,respetivamente,osseguintes:15demarçoa15deabrile16deabrila15

demaio.

Portarian.º96/2017‐DiáriodaRepúblican.º47/2017,SérieIde2017‐03‐07‐Alteraa

Portarian.º378/2015,de22deoutubro‐Modelo48einstruções.

Portarian.º96/2017‐DiáriodaRepúblican.º47/2017,SérieIde2017‐03‐07

SegurançaSocial

Portarian.º62/2017‐DiáriodaRepúblican.º29/2017,SérieIde2017‐02‐09‐Portaria

queatualizaosmontantesdoabonodefamíliaparacriançasejovens,doabonodefamíliapré‐

natal,erespetivasmajorações,edosubsídiodefuneral.

Portarian.º62/2017‐DiáriodaRepúblican.º29/2017,SérieIde2017‐02‐09

Decreto‐Lein.º19/2017 ‐DiáriodaRepúblican.º32/2017, Série Ide2017‐02‐14 ‐

Estabelece um sistema eletrónico de comunicação dos dados dos viajantes e das respetivas

aquisiçõesquepretendambeneficiarda isençãode imposto sobreovalor acrescentadonas

comprasrealizadasemPortugal,nousodaautorizaçãolegislativaconcedidapeloartigo151.º

daLein.º7‐A/2016,de30demarço.

Decreto‐Lein.º19/2017‐DiáriodaRepúblican.º32/2017,SérieIde2017‐02‐14

Portarian.º97/2017‐DiáriodaRepúblican.º47/2017,SérieIde2017‐03‐07‐Procede

àatualizaçãoanualdaspensõesdeacidentesdetrabalho,paraoanode2017

Portarian.º97/2017‐DiáriodaRepúblican.º47/2017,SérieIde2017‐03‐07

Portaria n.º 99/2017 ‐ Diário da República n.º 47/2017, Série I de 2017‐03‐07 ‐

Estabeleceaidadedeacessoàpensãodevelhicedoregimegeraldesegurançasocialem2018Portarian.º99/2017‐DiáriodaRepúblican.º47/2017,SérieIde2017‐03‐07

 

JURISPRUDÊNCIA

UNIÃOEUROPEIA

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FISCALIDADEDIRETA–SOCIEDADESDEESTADOS-MEMBROSDIFERENTES–REGIME

FISCAL COMUM – FUSÃO POR INCORPORAÇÃO – AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA

ADMINISTRAÇÃOFISCAL –DIRETIVA90/434/CEE –ARTIGO11.°,N.°1,ALÍNEAA) –

FRAUDEOUEVASÃOFISCAIS–LIBERDADEDEESTABELECIMENTO(AcórdãodoTJUEde

08.03.2017,noProc.C-14/16)

Oartigo49.°TFUEeoartigo11.°,n.°1,alíneaa),daDiretiva90/434devemserinterpretadosnosentido

dequeseopõemaumalegislaçãonacional,comoaqueestáemcausanoprocessoprincipal,que,

nocasodeumaoperaçãodefusãotransfronteiriça,submeteaconcessãodasvantagensfiscais

aplicáveisaessaoperaçãodecorrentesdessadiretiva–queé,nocasoemapreço,oreporteda

tributação das mais-valias referentes aos bens objeto de uma entrada numa sociedade

estabelecidanoutroEstado-Membrorealizadaporumasociedadefrancesa–aumprocessode

autorizaçãopréviaemqueocontribuinteparaobteraautorizaçãotemdedemonstrarquea

operaçãoéjustificadaporumobjetivoeconómico,queamesmanãotemcomoobjetivoprincipal

oucomoumdosseusobjetivosprincipaisafraudeouaevasãofiscaisequeassuasmodalidades

asseguramatributaçãofuturadasmais-valiascujatributaçãoficasuspensa,aopassoque,no

quadrodeumaoperaçãodefusãointerna,oreporteéconcedidosemqueocontribuinteseja

submetidoaesseprocesso.

AcórdãodoTJUEde08.03.2017,noProc.C-14/16‐FISCALIDADEDIRETA–SOCIEDADESDEESTADOS-MEMBROSDIFERENTES

–REGIMEFISCALCOMUM–FUSÃOPORINCORPORAÇÃO–AUTORIZAÇÃOPRÉVIADAADMINISTRAÇÃOFISCAL–DIRETIVA

90/434/CEE–ARTIGO11.°,N.°1,ALÍNEAA)–FRAUDEOUEVASÃOFISCAIS–LIBERDADEDEESTABELECIMENTO

NACIONAL

CIVIL

DUPLADESCRIÇÃO,TOTALOUPARCIAL,DOMESMOPRÉDIO(AcórdãodoSupremoTribunal

deJustiçan.º1/2017‐DiáriodaRepúblican.º38/2017,SérieIde2017‐02‐22)

Verificando‐seumadupladescrição,totalouparcial,domesmoprédio,nenhumdostitulares

registaispoderáinvocaraseufavorapresunçãoqueresultadoartigo7.ºdoCódigodoRegisto

Predial,devendooconflitoserresolvidocomaaplicaçãoexclusivadosprincípiosedasregras

dedireitosubstantivo,anãoserquesedemonstreafraudedequeminvocaumadaspresunções

AcórdãodoSupremoTribunaldeJustiçan.º1/2017‐DiáriodaRepúblican.º38/2017,SérieIde2017‐02‐22‐DUPLA

DESCRIÇÃO,TOTALOUPARCIAL,DOMESMOPRÉDIO

FISCAL

 

ImpostodoSelo

 

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IMPOSTO DE SELO. PAGAMENTO DE COMISSÕES. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.

INSTITUIÇÃODECRÉDITO(AcórdãodoSupremoTribunalAdministrativode22.02.2017,noProc.

0821/16)

As comissões cobradas pelos Bancos no exercício da actividade de mediação de seguros não se

encontramabrangidaspelaisençãoaquealudeaal.e)donº1doart.7ºdoCódigodoImpostodeSelo

(CIS).

AcórdãodoSupremoTribunalAdministrativode22.02.2017,noProc.0821/16‐IMPOSTODESELO.PAGAMENTODECOMISSÕES.

INSTITUIÇÃOFINANCEIRA.INSTITUIÇÃODECRÉDITO

IMT

 

IMPOSTOMUNICIPALSOBRETRANSMISSÃOONEROSADEIMOVEIS.ISENÇÃO.REVENDA.

PERMUTA(AcórdãodoSupremoTribunalAdministrativode22.02.2017,noProc.01245/16)

I ‐ As normas que regulam a isenção de imposto, na medida em que contrariam os princípios da

generalidadeedaigualdadedatributação,sãoinsusceptíveisdeaplicaçãoacasosquenãotenhamsido

expressamentecontempladosnobenefícioconcedido,devendoserobjectodeinterpretaçãoestritaou

declarativa.

II‐Paraefeitosdaisençãoprevistanoartº7º,nº1doCIMTnãoassumequalquerrelevoatroca

oupermutadebens,sendoapenasdeconsiderararevendanoseusentidotécnico‐jurídico.

AcórdãodoSupremoTribunalAdministrativode22.02.2017,noProc.01245/16‐IMPOSTOMUNICIPALSOBRETRANSMISSÃO

ONEROSADEIMOVEIS.ISENÇÃO.REVENDA.PERMUTA

IRC

 

I.R.C. NOÇÃO DE CUSTOS. REQUISITO DA INDISPENSABILIDADE DE UM CUSTO.

SUBSÍDIOS JURISPRUDENCIAIS RELATIVOS À APLICAÇÃO DO ARTº.23, DO C.I.R.C.

SOCIEDADES GESTORAS DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS (SGPS). REGIME DE

DETERMINAÇÃODOLUCROTRIBUTÁVELCONSOLIDADO(ARTºS.69ESEG.DOC.I.R.C.

ACTUAL). PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES. NOÇÃO COMERCIAL E CONTABILÍSTICA

(AcórdãodoTribunalCentralAdministrativoSulde23.02.2017,noProc.05493/12)

Olegisladornãoassumiu,emconcreto,umadefiniçãoespecíficadegrupodesociedades,embora

preveja (cfr.artº.69, nºs.2 e 3, do C.I.R.C.) a concretização do perímetro de consolidação ao

critériodasociedade‐dominantedeterodomíniototaldocapitalsocialdasdemaissociedades

integradas no grupo, na previsão do denominado grupo de domínio total, igualmente

consagrado nos artºs.488 a 491, do C. S. Comerciais. Assim, o nível de integração entre as

sociedadesdo grupo temde ser especialmente intenso,paraqueomesmo seja fiscalmente

elegível, devendo apresentar‐se como um grupo fortemente integrado, centralizado,

estruturadoehierarquizado,noqualexistamelevadosníveisdeparticipaçãono capitaldas

váriassociedades‐dominadasporpartedasociedade‐dominante.

Naleicomercialasprestaçõessuplementaresencontram‐seprevistasereguladasnosartºs.210a213,

doCódigodasSociedadesComerciais,cumprindorealçarqueestastêmsempreporobjectodinheiro,

nãovencemjuroseasuaexistênciadeveestarconsagradapelocontratodesociedade.Asprestações

Page 8: Boletim informativo  n 4   07 de março de 2017

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suplementares constituem um possívelmeio de fortalecimento do património social, necessário ao

desenvolvimentodaactividadedasociedade,emborasemarigidezdapuraprestaçãodecapital,daqual

sediferenciam(cfr.artºs.210e211,doC.S.Comerciais).

Para a contabilização das prestações suplementares, o POC previa a conta “53 ‐ Prestações

suplementares”e,deacordocomasnotasexplicativasrespectivas,estacontadeveriaserutilizadaem

conformidadecomoprevistonoCódigodasSociedadeComerciais(cfr.artº.210,doC.S.C.).

I.R.C.NOÇÃODECUSTOS.REQUISITODAINDISPENSABILIDADEDEUMCUSTO.SUBSÍDIOSJURISPRUDENCIAISRELATIVOSÀ

APLICAÇÃODOARTº.23,DOC.I.R.C.SOCIEDADESGESTORASDEPARTICIPAÇÕESSOCIAIS(SGPS).REGIMEDEDETERMINAÇÃO

DO LUCRO TRIBUTÁVEL CONSOLIDADO (ARTºS.69 E SEG. DO C.I.R.C. ACTUAL). PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES. NOÇÃO

COMERCIALECONTABILÍSTICA

DESPESASCONFIDENCIAIS. JUROS.ENCARGO.FINANCIAMENTOBANCÁRIO (Acórdãodo

SupremoTribunalAdministrativode22.02.2017,noProc.0837/15)

Quandosemostredocumentadoporextractobancárioquearecorrentepagoucertasquantiasa

umbancoatítulodejuroseencargosdeumempréstimoquejuntodestecontraiu,paraquea

despesapossanãosertidaporconfidencialéimprescindívelsaberaindadequeempréstimose

trata,setemenquadramentonaactividadedarecorrente,quandofoiobtido,e,emqueforam

utilizados osmeios financeiros que o banco em cumprimento do contrato de empréstimo

facultouàrecorrente.

AcórdãodoSupremoTribunalAdministrativode22.02.2017,noProc.0837/15‐DESPESASCONFIDENCIAIS.JUROS.ENCARGO.

FINANCIAMENTOBANCÁRIO

IRS

 

IRS.RETENÇÃONAFONTE.ACORDOENTREACOMUNIDADEECONÓMICAEUROPEIAEA

CONFEDERAÇÃOSUÍÇA(AcórdãodoTribunalCentralAdministrativoSulde23.02.2017,no

Proc.3/13.5BELRS)

I.O Acordo entre a Comunidade Europeia e a Confederação Suíça prevê medidas equivalentes as

previstasnaDirectiva2003/48/CE,doConselho,de3deJunhode2003(DirectivadaPoupança)relativa

àtributaçãodosrendimentosdapoupançasobaformadejuros.

II. A Directiva Poupança «pretende evitar uma dupla tributação jurídica dos pagamentos de juros

transfronteiriços, proibindo a tributação dos juros no Estado‐Membro de origem, em prejuízo do

beneficiárioefectivodestes.»(AcórdãodoTribunaldeJustiçade21dejulhode2011,processon.ºC‐

397/09,ScheutenSolarTechnologyGmbHcontraFinanzamtGelsenkirchenSüd)

III.Ascircularesadministrativasnãovinculamoscontribuintes,masapenasosrespectivosserviçosnão

podendoaAdministraçãoTributáriafazerexigênciasprobatóriasnãoprevistasexpressamentenalei.

IV.Asdeclaraçõesapresentadaspeloscontribuintespresumem‐severdadeirasedeboafé,atéprovaem

contrário(cfr.artigo75º,n.º1daLGT).

V. Não tendo sido suscitadas dúvidas acerca da veracidade do documento emitido pela

Instituição Bancária Suíça, de tal modo que a Administração Tributária o aceitou para

comprovar,osrendimentos(juros)obtidospelosimpugnantes,deveráomesmosersuficiente

paraprovaroimpostosuportadonaSuíçasobreosmesmos.

AcórdãodoTribunalCentralAdministrativoSul ‐ IRS.RETENÇÃONAFONTE.ACORDOENTREACOMUNIDADEECONÓMICA

EUROPEIAEACONFEDERAÇÃOSUÍÇA

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PENAL

FRAUDE FISCAL. LOCAL DA CONSUMAÇÃO (Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa de

25.01.2017,noProc.714/11.0IDLSB‐C.L1‐3)

1.Ocrimedefraudefiscalatravésdautilizaçãodefacturasfalsasoudefavortemanaturezadecrimede

perigooudeaptidão.

2.Obem jurídicodirectaeprimacialmenteprotegidopelanorma incriminadoranãoéopatrimónio

fiscal como tal,massima segurançaea fiabilidadedo tráfico jurídicocomdocumentosnodomínio

específicodapráticafiscal.

3.Aeventualverificaçãodoresultadolesivoéapenasrelevantenaescolhaedeterminaçãodamedida

concretadapena.

4.Asuaconsumaçãoocorrenaocasiãoemqueoagente,comintençãodelesaroFisco,atentacontraa

verdadeeatransparênciaexigidasnarelaçãofisco‐contribuinteeemiteasfacturasfictíciasidóneasa

diminuirasreceitastributárias,

5.Oelementorelevanteparaa fixaçãodacompetênciaéo localondeocorreuaemissãodas

facturasfictícias.

ESCUSA DE JUIZ. CONCESSÃO PEDIDO ESCUSA. MOTIVOS

JUSTIFICATIVOS. INTERVENÇÃO JULGAMENTO PROCESSO ANTERIOR (Acórdão do

TribunaldaRelaçãodeLisboade02.03.2017,noProc.375/09.6GAPNI‐A‐9)

Justificasejaconcedidaescusaoconhecimentoqueo Juiz temdoarguido,mormenteda sua

personalidadeefactosqueoarguidopraticouemprocessoemquejáanteriormenteojulgoue

condenou,factosqueemboraagorasubsumíveisacrimesdiferentesvaiterdenovodeparcialmente

apreciarejulgar,poispodemserconsideradas,naperspetivaexterior,istoépeloladodoscidadãose

dasaparênciasrelevantes,comomotivo"sério"parapôremcausaarigorosaequidistânciaeacompleta

"liberdademental"dojuizparasepronunciarmeritocausae,porquantopodeservistocomotendojá

umpreconceitooujuízoformadosobreapersonalidadedomesmoesuaculpabilidadeperanteosfactos,

emgrandeparte coincidentes, agoraemapreço, aoqueacresceque sepretendesejamdadoscomo

provadosmormentepelaaudiçãodepessoasquenumenoutroprocessosurgemquercomovítimas

quercomotestemunhas.

AcórdãodoTribunaldaRelaçãodeLisboade02.03.2017,noProc.375/09.6GAPNI‐A‐9‐ESCUSADEJUIZ.CONCESSÃOPEDIDO

ESCUSA.MOTIVOSJUSTIFICATIVOS.INTERVENÇÃOJULGAMENTOPROCESSOANTERIOR

FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO. FOTOCÓPIA. CARTA DE CONDUÇÃO. TERCEIRO

(AcórdãodoTribunaldaRelaçãodeGuimarãesde20.02.2016,noProc.95/15.2GTBGC.G1)

I)Danoçãodedocumentoretira‐sequeestetemdeseraptoaprovarfactojuridicamenterelevante,

devendoconstituirummeiodeprova,aindaquesólhesejaconferidoemmomentoposterior.

II)Nãoassumerelevânciajurídico‐penalacondutadoarguidoqueapartirdafotocópiadeumacarta

deconduçãodeterceiro,forjouumafotocópiacomaparênciadeumacartadecondução,contendoos

seuselementosidentificativos.

III)Éoquesucedenocasodosautos,poisquetendoaalteraçãolevadaacabopelorecorrentetido

comoobjetoumasimplesfotocópiadeumacartadeconduçãodeterceiro,conclui‐sequenãose

Page 10: Boletim informativo  n 4   07 de março de 2017

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trata de documento suscetível de constituir objeto material do crime de falsificação de

documentoaquesereportaoartº256º,nº1,doCódigoPenal,pornãoseinserirnadefiniçãode

documentodadapeloartº255º,al.a)domesmodiploma.

Acórdão do Tribunal da Relação de Guimarães de 20.02.2016, no Proc. 95/15.2GTBGC.G1 ‐FALSIFICAÇÃODEDOCUMENTO.

FOTOCÓPIA.CARTADECONDUÇÃO.TERCEIRO

TRABALHO

CONTRATODETRABALHOATERMO.MOTIVAÇÃO (AcórdãodoTribunaldaRelaçãode

Évorade16.02.2017,noProc.204/16.4T8STR.E1)

I–Do(s)contrato(s)detrabalhoatermocelebrado(s)comfundamentonoacréscimoexcepcionalda

actividadedaempresa[artigo140.º,n.º1e2,alíneaf)]deve(m)constar,o(s)motivo(s)justificativos

do(s)mesmo(s),comindicaçãodo(s)facto(s)concreto(s)queo(s)integra(m);

II–Talnecessidadedejustificaçãoviapermitiraotrabalhador,eaoprópriotribunalemcasodelitígio,

a verificação da conformidade da situação concreta com a tipologia legal, e até a adequação da

justificaçãoinvocadacomaduraçãoestipuladaparaocontrato;

III–Nãosemostramsuficientementejustificados,porvagaegenéricaacláusulanelesinserta,

oscontratosdetrabalhoatermoemqueseafirmaqueosmesmossãocelebradosaoabrigoda

alínea f)don.º2doartigo140.ºdoCT“paraefeitosdeacréscimodetrabalhomotivadopelo

crescimento de pedidos de fornecimento do serviço de Televisão e Banda Larga e ainda o

rejuvenescimentoeespecializaçãotécnicadogrupodetrabalho,prevendo‐sequetalacréscimo

seencontresuprido,aofimde12meses”;

IV–Emconformidade,devemoscontratosemcausaserconsideradossemtermo,peloqueadenúncia

dosmesmosporpartedaempregadora,semprecedênciadeprocedimentodisciplinar,configuraum

despedimentoilícito.

AcórdãodoTribunaldaRelaçãodeÉvorade16.02.2017,noProc.204/16.4T8STR.E1‐CONTRATODETRABALHOATERMO.

MOTIVAÇÃO

DOUTRINA

 

AUTORIDADETRIBUTARIAEADUANEIRA

INSOLVÊNCIA‐ALTERAÇÃODOPONTOIIIDOANEXOÀCIRCULARN.º10/2015‐(Circular

n.º4/2017‐10/02)

A aplicação dos benefícios fiscais previstos no n.º 2 do artigo 270.º do CIRE não depende da coisa

vendida, permutada ou cedida abranger a universalidade da empresa insolvente ou um seu

estabelecimento.Assim,osatosdevenda,permutaoucessão,deformaisolada,deimóveisdaempresa

ou de estabelecimentos desta estão isentos de IMT, desde que integrados no âmbito de planos de

insolvência, de pagamentos ou de recuperação ou praticados no âmbito da liquidação da massa

insolvente.

Circularn.º4/2017‐10/02‐INSOLVÊNCIA‐ALTERAÇÃODOPONTOIIIDOANEXOÀCIRCULARN.º10/2015

Page 11: Boletim informativo  n 4   07 de março de 2017

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DECLARAÇÃOMODELO 3 DE IRS EM VIGOR A PARTIR DE JANEIRO DE 2017 (Oficio

CirculadoN.º20194de23.02.2017) 

ConsiderandoqueaLein.º7‐A/2016,de30demarço(OE2016),veiointroduziralteraçõesaoCódigo

doImpostosobreoRendimentodasPessoasSingulares(CódigodoIRS),procedeu‐seàreformulação

dadeclaraçãoModelo3edealgunsdosseusanexosemconformidadecomasalteraçõeslegislativas,

bemcomoaajustamentosdealgunsquadrosoucamposporformaafacilitareobtermelhorinformação.

Assim,paracumprimentodaobrigaçãodeclarativaaqueserefereon.º1doartigo57.ºdoCódigo

doIRS,aPortarian.º342‐C/2016,de29dedezembro,aprovouosnovosmodelosdeimpressos

daDeclaraçãoModelo3 ‐Rosto eAnexosD,G, I e J,bem como as respetivas instruçõesde

preenchimento, e ainda as novas instruções de preenchimento do AnexoH, aprovado pela

Portarian.032/2016,de25defevereiro,equerefletemodispostonanormatransitóriaprevista

non.º3doartigo195.ºdaLein.º42/2016,de28dedezembro(OE2017),respeitanteàsdespesas

dealimentaçãoemrefeitórioescolar.

OficioCirculadoN.º20194de23.02.2017‐DECLARAÇÃOMODELO3DEIRSEMVIGORAPARTIRDEJANEIRODE2017‐Ler

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