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ANO VI, EDIÇÃO 29 - MARÇO 2014 Boletim Informativo Menção de Agradecimento e Reconhecimento à Prof. Drª Lina Antunes pág. 06 Entrevista à Drª Azilda Guerra do Centro Médico da Rádio Nacional de Angola pág. 08 A Importância da nossa colaboração na orientação do utente pág. 10 Rainhas de Angola Nginga M’Bandi pág.11 Editorial, Edição 29 - Março 2014 pág. 02 Reunião do Conselho Alargado de Março de 2014 pág. 03 1 as Jornadas da Unidade Cuidados Intensivos (UCI) 11 Março 2014 Infecção, Sepsis e Malária Grave Local de Inscrição: Centro de Formação Preço: Médicos Enfermeiros Estudantes 60 USD 40 USD 20 USD Tel. 222 010 638 I Tlm. 919 737 665 Email: [email protected] [email protected] Clinica Sagrada Esperança – Avenida Mortala Mohamed Ilha de Luanda Jornadas da Unidade de Cuidados Intensivos da CSE pág. 04

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ANO VI, EDIÇÃO 29 - MARÇO 2014Boletim Informativo

Menção de Agradecimento e Reconhecimento à Prof. Drª Lina Antunes pág. 06

Entrevista à Drª Azilda Guerra do Centro Médico da Rádio Nacional de Angola pág. 08

A Importância da nossa colaboração na orientação do utente pág. 10

Rainhas de Angola Nginga M’Bandi pág.11

Editorial, Edição 29 - Março 2014 pág. 02

Reunião do Conselho Alargado de Março de 2014 pág. 03

1as Jornadas da Unidade Cuidados Intensivos (UCI)

11 Março 2014

Infecção, Sepsis e Malária Grave

Local de Inscrição: Centro de Formação Preço: Médicos Enfermeiros Estudantes

60 USD 40 USD 20 USD

Tel. 222 010 638 I Tlm. 919 737 665

Email: [email protected]

[email protected]

Clinica Sagrada Esperança – Avenida Mortala Mohamed – Ilha de Luanda

Jornadas da Unidade de Cuidados Intensivos da CSE pág. 04

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ANO VI, EDIÇÃO 29 - MARÇO 2014

REUNIÃO DO CONSELHO ALARGADO DE MARÇO DE 2014No dia 1 de Março de 2014 teve lugar a Reunião

do Conselho Alargado da Clínica Sagrada Esperança,

sob a Presidência do Dr. Rui Pinto,(PCG) tendo havido

lugar a 3 Apresentações:

- Educação para a Saúde dos Trabalhadores da CSE,

- Planos para o Programa da Qualidade para 2014,

- Recomendações, Ameaças e Desafios

A primeira apresentação esteve a cargo da Área

Social que veio apresentar os principais programas em

desenvolvimento por esta área e pelo Centro Médico

dos Trabalhadores (CMT) no âmbito da educação para

a saúde, nomeadamente as principais estratégias e as

doenças prioritárias (HIV, Diabetes, HTA, Tuberculose e

Cancro da Mama e do Colo do Útero).

Foi feito um ponto de situação dos projectos em curso

e abordaram-se também as principais actividades a ser

realizadas no presente ano de 2014.

Depois desta apresentação registaram-se as

seguintes recomendações:

a) O CMT deve entregar a cada chefe a definição

de Educação para a Saúde segundo a OMS - que foi

abordada na apresentação.

É preciso recordar que a CSE faz um grande

investimento na saúde dos seus profissionais e, como tal,

este aspecto deve ser valorizado;

b) Os responsáveis de serviço devem estar a par do

percurso dos seus colaboradores que são acompanhados

pelo CMT (doentes crónicos);

c) Aparentemente, os casos de Obesidade entre os

profissionais da CSE está a aumentar. Seria interessante

fazer-se um estudo desta problemática e, caso se

justifique, promover uma intervenção no sentido de

prevenir complicações e inverter esta tendência.

d) A vigilância, sinalização e acompanhamento

dos profissionais da CSE devem ser feitos nos casos

de tuberculose e HIV; nos casos de profissionais que

não aderem aos tratamentos deverá ponderar-se a

intervenção de um psicólogo.

A segunda apresentação esteve a cargo da

Supervisão, que apresentou um breve resumo dos

Planos para o Programa da Qualidade para 2014,

entre os quais:

- Adesão do Centro Médico de Luanda Sul ao projecto;

- Aprovação do Protocolo Clínico para a Malária;

- Avaliação dos Fornecedores;

- Processo Clínico Informatizado;

- Avaliação da Satisfação dos Clientes:

- Avaliação de Desempenho;

- Certificação dos Serviços de Imagiologia e UCI.

Finalmente, o Presidente do Conselho de

Gerência prosseguiu com orientações e que

mantêm a sua pertinência:

a) Os memorandos das reuniões de Balanço

Anual, realizadas entre Novembro e Janeiro, deverão

ser entregues aos chefes de serviço, para serem

analisados e ajustados, para que se possa proceder

à assinatura dos mesmos, por parte do Conselho

de Gerência e dos Serviços, assumindo um modelo

semelhante à Contratualização.

b) O inventário de algumas áreas deverá ser

concluído durante as próximas semanas;

c) O Gabinete Jurídico participa no Conselho

Alargado e é importante que os chefes de serviço

manifestem as suas dúvidas e preocupações neste

contexto.

Seguidamente, foram apresentadas as Ameaças

e Desafios que temos que enfrentar:

a) É preciso analisar o problema do AVAC do Bloco

Operatório;

b) Mantém-se a preocupação com o reforço do

Quadro Eléctrico da CSE;

c) É necessário melhorar os nossos sistemas de

comunicação interna;

d) É preciso controlar a Assiduidade e a Pontualidade

dos trabalhadores;

e) As chefias devem assumir as suas lideranças;

f) Ainda se verifica uma escassez de cortesia para

com os nossos clientes e até mesmo entre colegas;

g) É necessário criar e desenvolver uma cultura

de informação aos nossos doentes: continuamos a

informá-los de forma insuficiente;

h) Ainda há pouca cultura de registo de ocorrências;

i) É necessário melhorar a “Dieta” dos nossos doentes;

j) É imperioso melhorar as práticas de higienização

aos doentes e às amenidades;

k) É preciso usar os princípios de “Limpeza”,

“Organização” e “Arrumação” da Unidade do Doente;

l) A CSE precisa de chefes que dêem o exemplo;

m) É preciso que os registos de inconformidades

sejam considerados, sem o que serão inconsequentes.

EDITORIALMarço, mês da Mulher. Ela, que

representa na nossa Instituição cerca

de 60% dos trabalhadores. Ela, que

constitui mais de 60% dos nossos

licenciados. Ela, que ocupa cerca de

60% dos cargos de chefia ou que

actua nas várias áreas de actividade.

Ela, que é, na realidade, o motor desta

instituição. Ela, que todos os dias,

todas as semanas, todos os meses do

ano, está plenamente envolvida na

resolução dos problemas dos nossos

doentes.

As Mulheres dão-nos força para

prosseguir na defesa dos direitos

que constitucionalmente lhes são

reconhecidos, contribuindo para a

sua felicidade e para o êxito da nossa

Instituição.

Às Mulheres que trabalham

na Clínica Sagrada Esperança é

devida uma profunda gratidão

pelo empenho, dignidade e

sentido de responsabilidade que

têm demonstrado, para que,

permanentemente, possamos inovar,

mudar para melhor, crescer, prestar

cuidados de saúde de qualidade aos

nossos doentes e clientes.

Março é ainda, por natureza, um

mês de reflexão: é o tempo adequado

à análise do que foi conseguido no

último biénio, e do que temos que

melhorar no período de 2014 – 2015.

Os desafios são grandes, como

é sabido de todos os que se sentem

envolvidos na nossa Instituição.

É verdade que as exigências dos

clientes, no que respeita à qualidade

e segurança, obrigam a mudanças na

organização, implicam inovação no

processo de prestação de serviços e

exigem particular cuidado na melhoria

contínua.

Mas também é verdade que todos

nós devemos assumir o imperativo ético

e social de pôr em prática as medidas

que promovam o valor e a dignidade da

pessoa humana, em especial quando ela

se encontra fragilizada e procura a Clínica

Sagrada Esperança.

Tal significa que a nossa estratégia de

formação, em todos os serviços, em todas

as áreas e as que estão direccionadas a

todos os prestadores, deve continuar a

ser seguida visando colocar os melhores

em cargos e funções que requeiram uma

elevada performance.

Nesta medida, foi decidida, e já está

a ser seguida, por algumas chefias, a

necessidade de auscultar o que pensam

os nossos colaboradores sobre o nosso

desempenho e sobre as debilidades

das nossas áreas de responsabilidade,

actividade essa que será concluída no

corrente mês.

Assim,

1. Durante este mês, convidaremos

os actuais chefes e líderes a avaliar

o seu desempenho, a analisar a sua

disponibilidade, a manifestar a sua

coragem para continuar a chefiar, a liderar,

a provocar mudanças e a melhorar o

desempenho individual e das suas equipas

de trabalho.

2. Vamos, então, serviço a serviço, área

por área, saber quem quer prosseguir, quem

quer assumir as suas responsabilidades,

para que, em conjunto, se reforcem as

equipas que devem liderar a Instituição

neste futuro próximo: o biénio de 2014 -

2015.

3. Teremos alterações ao nível

de Direcção, pois foi elaborada uma

actualização da nossa Estrutura Orgânica

e do Regulamento Geral. Novas pessoas

serão convidadas a concorrer, outras irão

continuar a sua nobre missão noutros cargos

ou postos de trabalho, outras, finalmente,

serão muito bem-vindas, por terem, por sua

livre iniciativa, demonstrado interesse em

assumir novas responsabilidades e, assim,

ajudar a melhorar o desenvolvimento da

Clínica Sagrada Esperança.

4. Temos que referir, aqui e agora,

em nome da Direcção, um muito

obrigado a todos aqueles que, por este ou

aquele motivo, decidam passar as suas

responsabilidades aos mais novos, aos

mais disponíveis, àqueles em quem temos

investido e que, por isso, terão a obrigação

de vir a ser melhores do que nós.

Março será ainda, por um lado, o mês

da chegada de nova equipa de jovens

médicos para iniciar um processo de

enquadramento e formação, permitindo

preencher as vagas dos que tiveram de

partir ou tem de seguir o seu processo de

pós-graduação e, por outro, aquele em que

a nossa Unidade de Cuidados Intensivos

dedica um dia completo de reflexão, de

consolidação da experiencia de quase

15 anos de árduo e digno trabalho. É a

dinâmica do nosso processo e a exigência

do mercado. Será esta lógica, enquadrada

na política de desenvolvimento de

recursos humanos, que iremos prosseguir

nos próximos anos até podermos contar

com um corpo clínico diferenciado que

preencha as nossas necessidades. O

grande desafio será replicar este processo

a outras carreiras profissionais.

A CSE vai continuar a trabalhar para

resolver problemas dos seus doentes,

prosseguindo o desenvolvimento de

acções para o correcto atendimento

dos mesmos, em tempo oportuno, com

qualidade e segurança; vai continuar a

melhorar as formas de comunicação e

interacção com eles. Vai, pois, continuar

a tudo fazer para cumprir a sua Missão e

assim atingir a sua Visão.

Março de 2014

A Direcção da CSE

Page 3: CSE | Boletim Informativo N.º 29 | Março 2014

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ANO VI, EDIÇÃO 29 - MARÇO 2014

1as Jornadas da Unidade Cuidados Intensivos (UCI)

11 Março 2014

Infecção, Sepsis e Malária Grave

Local de Inscrição: Centro de Formação Preço: Médicos Enfermeiros Estudantes

60 USD 40 USD 20 USD

Tel. 222 010 638 I Tlm. 919 737 665

Email: [email protected]

[email protected]

Clinica Sagrada Esperança – Avenida Mortala Mohamed – Ilha de Luanda

A Unidade de Cuidados Intensivos da Clínica Sagrada

Esperança realizou as suas primeiras jornadas científicas.

Sob o tema “Infecção, Malária e Sepsis”, eno âmbito da

celebração da sua data, a Unidade de Cuidados Intensivos

(UCI) da Clínica Sagrada Esperança realizou, no passado dia 11

de Março de 2014, no auditório da Clínica Sagrada Esperança,

as suas Primeiras Jornadas que, doravante, passarão a ter

periodicidade anual.

A Comissão Organizadora pretendia, com este evento,

discutir os mais recentes avanços no conhecimento do

manuseamento do doente crítico, em particular no campo da

infecção, malária e sépsis grave/choque séptico e promover

a troca de experiências entre médicos das instituições de

No final do evento, a Prof. Maria Lina Antunes, nossa homenageada, fez o discurso de

encerramento das Jornadas. A crítica foi muito positiva, o que comprovou o resultado

positivo destas Primeiras Jornadas.

Apresentamos, abaixo, alguns excertos da crítica:

“espero que eventos desta natureza aconteçam mais vezes para o bem da Saúde do

nosso país” - JM, Luanda

“Este é o figurino que se recomenda em eventos de carácter meramente científico

como foram as jornadas da UCI/CSE. Sou inteiramente a favor de organizações

científicas sem grandes aparatos de imprensa ou grandes movimentações logísticas.

Aí está o exemplo centrado em objectivos bem definidos: “CIÊNCIA” e ponto final” - CA,

Luanda

“…venho mais uma vez, além de felicitar, reconhecer o valor e o sucesso da

organização do evento, que sem o vosso esforço pessoal e o apoio da instituição, não

teria o mesmo nível” - JM, Luanda

Os painéis do evento:Painel 1 - Visão de uma UCI, moderado pela Prof. Dra. Maria Lina Antunes.

Painel 2 - Malária e sepsis grave, moderado pelo Dr. Ermelindo Filipe.

Painel 3 - Infecção hospitalar, moderado pelo Dr. Esmael Tomás.

Painel 4 - Sepsis grave/ choque séptico, moderado pelo Dr. Cordeiro Alves.

Painel 5 - O Rim do doente crítico, moderado pelo Dr. José Malanda.

Saúde de Angola e de Portugal, no sentido de transformar as

experiências, nos diferentes contextos, em ganhos para todo o

doente crítico.

Na presença do Exmo. Sr. Presidente do Conselho de

Gerência da Clínica Sagrada Esperança, Dr. Rui Pinto, e com a

sua anuência, a Exma. Sra. Directora Clínica da CSE, Prof. Dra.

Georgina Ván-Dúnem, fez o discurso de abertura das Primeiras

Jornadas, assinalando a já sentida necessidade da sua realização.

Estas Jornadas contaram com 5 painéis temáticos onde vários

prelectores apresentaram temas de elevado valor científico e

onde foram criadas condições objectivas para que todos os

presentes pudessem participar abertamente, num ambiente de

camaradagem e de comunicação fácil.

A Comissão Organizadora das Jornadas reconhece que a partilha da

experiência e conhecimento foi de enorme interesse para todos os participantes

e vem agradecer o apoio incondicional de:

- Direcção da CSE, realçando a ilustre presença do Exmo. Sr. Presidente do Conselho

de Gerência e a grande participação da Exma. Sra. Directora Clínica;

- Prof. Dra. Maria Lina Antunes, Directora Clínica do Hospital Américo Boavida,

- Dr. Estêvão Lafuente, Director da UCIP do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa,

Penafiel, nosso orador convidado,

- Dr. Cordeiro Alves, Chefe da UCI do Hospital Américo Boavida, nosso moderador,

- Dr. José Malanda, Chefe do serviço de Nefrologia da Clínica Multiperfil, nosso

moderador,

- Centro de Formação da CSE, com particular destaque à sua coordenadora, Enf.ª

Paula Coelho, por todo apoio desde a concepção à realização das Jornadas,

- Todos os moderadores e apresentadores.

JORNADAS DA UCI DA CSE

Page 4: CSE | Boletim Informativo N.º 29 | Março 2014

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ANO VI, EDIÇÃO 29 - MARÇO 2014

PROFESSORA DRA. MARIA LINA ANTUNES RECEBE MENÇÃO DE AGRADECIMENTO E RECONHECIMENTO PÚBLICO NAS PRIMEIRAS

JORNADAS DA UCI DA CSE

A Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) da Clínica Sagrada Esperança

reservou parte das suas Primeiras Jornadas para, através do seu chefe,

Dr. Esmael Tomás, e de surpresa para a homenageada, fazer a leitura e

entrega de uma Menção de Agradecimento e Reconhecimento Público à

Professora Dra. Maria Lina Antunes por todo o esforço desenvolvido, postura

ética e profissional, dinamismo, desenvolvimento, aposta na geração de

médicos e enfermeiros intensivistas, exemplo de perseverança, firmeza e

empenhamento.

Bastante emocionada, a Professora Lina Antunes registou a sua grande

satisfação e alegria em receber a honraria, considerando o que a homenagem

representa para si e por saber que a UCI reconhece com apreço os trabalhos

que realizou.

“Tudo o que fizemos foi com muito prazer e estou muito feliz por ver que todo

o trabalho desenvolvido continua e progride.”

Leia, abaixo, o texto da menção:

Considerando os enormes esforços desenvolvidos ao longo dos 20 anos em que a

Sra. Profª. Dr.ª Maria Lina Antunes assumiu a direcção da então Unidade de Cuidados

Diferenciados (UCD) da Clínica Sagrada Esperança;

Considerando que a sua postura ética e profissional sempre se reflectiu na ênfase

dada ao primado do doente, colocando-o no centro da actividade clínica, introduzindo

medidas inovadoras no tratamento e atendimento dos doentes;

Considerando o dinamismo e desenvolvimento que imprimiu ao crescimento

sustentado dos Cuidados Intensivos;

Atentos ao cuidado e ao zelo colocados na responsabilidade pela formação de

grande parte da geração de médicos intensivistas;

Considerando o exemplo de perseverança, firmeza, empenhamento e elevado nível

técnico-científico;

Considerando a introdução de técnicas e medidas racionalizadoras nas actividades

clínico-administrativas com impacto na produção assistencial;

Considerando os imensos atributos e qualidades de que é possuidora, a Unidade de

Cuidados Intensivos da Clínica Sagrada Esperança regista, nesta oportunidade, um dos

mais sublimes sentimentos próprios do ser humano - a gratidão - que o seu colectivo de

trabalhadores transmite: um MUITO OBRIGADO.

Nesta conformidade, este mesmo colectivo faz publicitar a presente menção de

agradecimento e de reconhecimento à Exma. Sra. Profª Dra. Maria Lina Antunes.

Unidade de Cuidados Intensivos da

Clínica Sagrada Esperança, em Luanda,

aos11 de Março de 2014.”

Page 5: CSE | Boletim Informativo N.º 29 | Março 2014

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ANO VI, EDIÇÃO 29 - MARÇO 2014

CONHEÇA A DRA. AZILDA GUERRA E O CENTRO MÉDICO DA RÁDIO NACIONAL DE ANGOLA

A Dra. Azilda Guerra, médica

formada pela Faculdade de Medicina

da Universidade Agostinho Neto,

gestora da parceria do Centro

Médico do BNA, faz parte da equipa

da CSE desde 2009.

No sentido de conhecermos

um pouco mais uma das nossas

parcerias, este mês o Boletim

Informativo escolheu a Dra. Azilda

e o Centro Médico do BNA para uma

pequena reportagem.

BI: Dra. Azilda, há quanto tempo

está na CSE?

Estou na CSE desde Novembro de

2009.

BI: Como foi recebida na CSE?

A Dra. Manuela Neto apresentou-me

ao Dr. Rui Pinto, no momento do meu

enquadramento na nossa instituição. E

posso dizer que fui muito bem recebida.

BI: Fale-nos um pouco do seu

processo formativo.

Concluí a formação de Medicina em

1996. Logo de seguida, ingressei no Hospital

Pediátrico de Luanda, aonde fiz 2 anos de

internato de pediatria e, posteriormente,

segui para Portugal com o objectivo de dar

continuidade ao meu processo de internato,

através de um protocolo que existia entre a

Igreja Católica (através do Arcebispo Dom

Queirós Alves) e a reitoria da Universidade do

Porto, em Portugal, através do Prof. Dr. Nuno

Grande.

Assim que cheguei a Portugal fiz 18 meses

no Hospital de Crianças Maria Pia – Porto,

onde, por diversos motivos, acabei por

abandonar a pediatria e me candidatei ao

exame de estado, com o objectivo de obtenção

de equivalência do curso de Medicina em

Portugal. Nessa altura, fiz um estágio de

6 meses na Universidade Nova de Lisboa,

passando por alguns Hospitais (Egas Moniz,

São Francisco Xavier, Dona Estefânia e Pulido

Valente), e obtendo uma boa classificação.

Feito isto, iniciei a actividade no Hospital

Pedro Hispano, no Porto, porque tinha

sustento por conta própria.

Algum tempo mais tarde, especificamente

um ano depois, isto já em 2002/03, uma vez

que o meu objectivo era especializar-me,

reiniciei o processo e candidatei-me a um

exame de comunicação médica no Hospital

Geral de Santo António, também no Porto,

obtendo a classificação de excelente.

Com isto fiz concurso de entrada para a

especialidade pela União Europeia, obtendo

nota positiva. A minha escolha foi Medicina

Geral e Familiar como primeira opção.

Durante a minha especialização continuei

a trabalhar no serviço de urgência do Hospital

Pedro Hispano, como tarefa extra internato.

BI: Porquê Medicina Geral e Familiar?

Porque esta especialidade permite-me

observar todo o tipo de utentes: crianças,

jovens e adultos, independentemente

do sexo, visto que eu desconhecia esta

realidade em Angola.

BI: Há pouco referiu que,

durante a especialização, trabalhou

simultaneamente no Hospital Pedro

Hispano. Como foi este período?

Na especialização, fui colocada na

coordenação do internato da zona centro

(Coimbra): 18 meses no Centro de Saúde

de Aveiro; 10 meses no Hospital de Santa

Maria da Feira, altura em que pedi uma

transferência para o Porto, onde residia,

continuando com 7 meses no Hospital de

São João; e os últimos 2 anos no Centro de

Saúde de Ermesinde. Terminei em 2009 com

uma proposta de continuar a trabalhar em

Portugal.

BI: E quais foram as dificuldades

sentidas neste período?

Não tive dificuldades durante a

especialização, visto que tive uma boa

bagagem durante os estágios extras,

principalmente em pediatria, e durante o

trabalho que efectuei no H. Pedro Hispano

durante 7 anos.

Em resumo, Portugal foi uma 2ª

faculdade. Adquiri bases sólidas para a

minha carreira profissional e custou-me

sair de lá! No entanto, as raízes da terra-

mãe puxaram-me de volta e o destino para

a CSE.

Dos 12 anos que vivi em Portugal, no

Porto, não me arrependo de nada, antes

pelo contrário foi uma mais-valia.

BI: Há quanto tempo está no CM

RNA?

Desde Outubro de 2010 (2 anos e 4

meses)

BI: Como surgiu este desafio?

Este desafio foi incentivado pelo Dr. Rui

Pinto e encorajada pela Dra. Manuela Neto,

pelo que tanto aos dois agradeço.

Sempre achei que não tinha um perfil de

líder (chefe), mas a experiência, ao longo

destes 2 anos, ensinou-me e descobri que

apresento requisitos para tal e consigo

fazer muito mais. É tentando que se

consegue! Eu gosto do que faço e, afinal de

contas, precisamos de médicos de família

na CSE, em Luanda e em toda Angola, para

poderemos dar uma resposta aos cuidados

primários com qualidade.

BI: Que tipo de cuidados se prestam

no CM RNA?

Neste momento, o CMRNA tem todos os

serviços adequados a um centro médico:

Consultas de Clínica Geral; Medicina Geral

e Familiar; e ainda existem outras 18

especialidades médicas. Contamos com 35

médicos e 1 psicólogo.

O Centro oferece outros serviços:

Enfermagem, Fisioterapia, Análises Clínicas,

Imagiologia (Rx e ecografia) e Farmácia. Há

2 anos foi iniciada a prática de formação

dos médicos no estágio profissionalizante,

estando também esta tarefa inserida no

contexto do trabalho.

BI: Sabendo que a Medicina Geral e

Familiar ainda está pouco divulgada

no nosso país, qual é a sua experiência

no CMBNA?

Há de facto algumas dificuldades,

porque no nosso país conhece-se pouco

esta especialidade. Mas estou a fazer

esforços para que ela se torne uma

realidade e se concretize em Angola, na CSE

e principalmente no CM RNA.

BI: Que especialidades tem na

sua unidade e quais são as mais

procuradas?

Temos Angiologia, Cardiologia,

Cirurgia Geral, Dermatologia, Fisiatria,

Gastroenterologia, Imagiologia, Medicina

Geral e Familiar, Medicina Interna,

Hematologia, infecciologia, Medicina

Dentária, Neurologia, Ortopedia, Pediatria,

Pneumologia e Psiquiatria

As mais procuradas são: Clínica Geral,

Medicina Geral e Familiar, Pediatria e

Ginecologia-Obstetrícia.

BI: Quais são as suas principais

preocupações para com o atendimento

aos seus clientes?

Serem bem atendidos, com tratamento

adequado e saírem satisfeitos.

BI: Considera que seria importante

introduzir algumas especialidades que

ainda não tem? Porquê?

Seria bom introduzir Otorrino e

Oftalmologia, mas o espaço físico não

permite.

BI: Quem são os seus principais

clientes?

Os meus principais clientes são

seguradoras (como a ENSA), a RNA, a

TPA, o Mirex e outros ministérios aqui na

vizinhança.

BI: Fale um pouco da sua equipa

residente. Como foi construída?

A minha equipa residente é boa.

Faz-se formação contínua em todas as

áreas, há reuniões em grupos e em geral,

para actualização de casos, etc.

Foi constituída por nomeação da

direcção, todos oriundos da sede (Ilha).

BI: Quem são os seus principais

fornecedores da CSE? Como

estabelecem essa relação?

Os meus fornecedores da CSE são todos

os serviços existentes cá e na sede, visto que

o CM RNA depende dela e essa relação faz-

se através do transporte existente do BNA, e

que beneficia o CM RNA e a ETHOS.

BI: Que desafios projecta para o CM

RNA?

Para o CM RNA tenho uma tarefa de

médio-longo prazo: a implementação

completa de Medicina Geral e Familiar,

já que esta especialidade é pioneira em

Angola.

Não temos o serviço de vacinação,

que também faz parte da Medicina

Geral Familiar (MGF); a concretização

do atendimento à mulher grávida está

a ser um pouco difícil em MGF, porque

não há cultura no nosso meio de se

fazer pelo médico de família e, além

disso, ainda existem poucos nesta área.

Mas nas outras áreas já existe muita

adesão, sobretudo no que diz respeito

ao seguimento de doenças crónicas e

outras, o que já está a se fazer sentir no

CM RNA.

Page 6: CSE | Boletim Informativo N.º 29 | Março 2014

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ANO VI, EDIÇÃO 29 - MARÇO 2014

A IMPORTÂNCIA DA NOSSA COLABORAÇÃO NA ORIENTAÇÃO DO UTENTE

RAINHAS DE ANGOLA - NGINGA M’BANDIAgora que estamos em tempo de

comemorações da Mulher, tanto no

seu Dia Internacional como no Dia da

Mulher Angolana, vamos relembrar

algumas mulheres que se salientaram

entre o seu povo. Vamos falar de

Rainhas.

Rainha Nginga M’bandi, Rainha Ginga

ou D. Ana de Sousa são os nomes por

que tem sido referida esta importante

rainha que, nascida no século XVI e

tendo morrido em Dezembro de 1663,

deixou memórias até hoje. Memórias,

mitos, relatos, histórias que ainda hoje

perduram. Quem nunca ouviu falar da

pegada da Rainha Ginga nas Pedras de

Pungo-Andongo? Ou do facto de uma

vez, numa reunião com um governante

português, ter chamado uma das

escravas que a acompanhava para se

sentar nela depois de verificar que a sala

só tinha um assento para o governante?

Mas estas pequenas estórias

da História nada valem ao lado da

sua capacidade de liderança e de

diplomacia, que lhe permitiu conseguir

grandes favores para os seus povos.

Nginga recebeu o título de n’gola,

o mais elevado na hierarquia do reino

do N’Dongo e, dada a importância

desta senhora, os Portugueses vieram a

chamar Angola ao país que hoje somos.

Sucedeu a seu pai, o n’gola Kiluandji,

que mantinha boas relações com os

Portugueses, dadas as riquezas que

provinham do negócio da escravatura

e comércio de marfim. Essas riquezas

permitiram-lhe conquistar povos

vizinhos e manter-se vitorioso em

guerras longas.

Nginga era uma dos cinco filhos de

Kiluandji e de longe a que tinha mais

capacidades para governar. E foi o que

veio a acontecer depois da morte deste

por envenenamento e das atrocidades

cometidas conta a família pelo seu filho

mais velho que lhe sucedera, e que era

cruel mas fraco. Mas antes teve que sair

de Kabassa, com o marido, filho e duas

irmãs, fixando-se na região vizinha de

Matamba, situada entre as margens

esquerdas dos rios Kwango e do Lucala.

Em 1622 dirigiu-se a Luanda

para negociar com os Portugueses,

acompanhada de grande séquito e

conseguiu um tratado de paz equitativo

para os moldes da época. Foi quando

aconteceu o caso da cadeira humana.

Entretanto, por razões políticas,

aproveitou para receber ensinamentos

cristãos, tendo sido baptizada na Sé

de Luanda, onde recebeu o nome de

D. Ana de Sousa. Ela bem sabia das

vantagens que lhe adviriam, para si

e para o seu povo, por ser uma aliada

cristã de Portugal.

Depois de muitas peripécias em que

o irmão mostrava a sua fraqueza perante

os colonizadores, Nginga aproveitou

a vontade que o seu povo tinha de ser

novamente livre e quando o irmão veio

de Luanda, mandou-o matar e tomou

as rédeas do governo.

Por volta de 1630 a rainha começava

a vencer em incursões a locais em que

os Portugueses estavam estabelecidos

mas não só: também conquistou terras

vizinhas, derrotou outros reis e rainhas,

fez tratados com os Holandeses (que

tentavam tomar posse de territórios

sob denominação portuguesa,

dada a sua fragilidade, pois estavam

dominados por Espanha desde 1580) e

estabeleceu um reino forte. Entretanto,

os Holandeses tomaram Luanda e os

Portugueses fugiram para o Forte de

Massangano, onde, em 1647, Nginga

os tentou vencer, sem êxito porque os

cercados fizeram das fraquezas forças

e entraram pelo seu acampamento,

matando milhares e fazendo reféns.

Continuou, contudo, a atacar todas

as posições que podia e quando

em 1648 Salvador Correia de Sá e

Benevides, um mestiço brasileiro,

retomou Luanda aos ocupantes, ela

não desistiu e fez os possíveis para

afastar os Portugueses das suas

terras.

Segundo escritos de um oficial

holandês que a acompanhava,

Nginga vestia-se como um homem

e teria vários maridos, num

autêntico harém, vestidos de mulher.

Comandava pessoalmente as suas

tropas e exigia que lhe chamassem

“Rei”. Sabendo que não podia

competir com os portugueses mais

bem armados, utilizava a técnica

de guerrilha, evitando combates

frontais, sempre em movimento

e atacando quando o inimigo de

surpresa. O seu quartel-general

estava situado na ilha de Mapolo.

E assim viveu, sempre envolvida

em lutas e tratados que lhe

conviessem até por volta dos seus 75

anos. Então, para manter a existência

do seu estado, aceitou fazer a paz

com os Portugueses, (em 1657),

voltou a ser baptizada e casou com

um dos maridos do seu harém. Antes

de morrer pacificamente, respeitada

pelos portugueses, aos 80 anos, a

Rainha escolheu como sua sucessora

a sua irmã Bárbara (nome cristão).

2014

0581

_DR_

CF

Acção de Formação Destinatários Duração Formadores Datas Valor Propina

Diploma em Estudos Pós-graduados em Gestão em Unidades Saúde

Licenciados 526 horas ENSP / CSE Inicio – Jun 2013 Termino – Set 2014

Continuidade

Especialização em Medicina do Trabalho Médicos 440 horas ENSP / CSE Inicio – Set 2013 Termino – Jul 2015

Continuidade

Prescrição Electrónica - Circuito Médicos 4 horas Interno Inicio – 5 Mar 2014 Termino – 7 Mar 2014

Presença – 6.000 AKZ / Falta – 24.000 AKZ

Seminário de Especialização em Recursos Humanos Administrativos e Técnicos de Saúde

40 horas ENSP / CSE Inicio – 5 Mar 2014 Termino – 15 Mar 2014

Com aproveitamento – 50.000 AKZ /Sem aproveitamento – 100.000 AKZ /Falta – 200.000 AKZ

Comunicação Interpessoal e Trabalho em Equipa Chefias 44 horas Ligia Carvalho Inicio – 17 Mar 2014 Termino – 15 Mai 2014

Com aproveitamento – 30.000 AKZ /Sem aproveitamento – 60.000 AKZ /Falta – 120.000 AKZ

Triagem de Manchester - Triadores Médicos e Enfermeiros do AP 8 horas GTE Curso 1 - 10 Mar/Curso 2 - 12 Mar Com aproveitamento – 5.000 AKZ /Sem aproveitamento – 10.000 AKZ /Falta – 20.000 AKZ

Electricidade Técnicos de Manutenção 40 horas SUCH Inicio – 10 Mar 2014 Termino – 21 Mar 2014

Com aproveitamento – 20.000 AKZ /Sem aproveitamento – 40.000 AKZ /Falta – 80.000 AKZ

Electromedicina Técnicos de Manutenção 40 horas SUCH Inicio – 10 Mar 2014 Termino – 21 Mar 2014

Com aproveitamento – 20.000 AKZ /Sem aproveitamento – 40.000 AKZ /Falta – 80.000 AKZ

Suporte Básico de Vida com DAE para Não Profissionais Administrativos 6 horas Internos CSE Curso 1 - 11 Mar/Curso 2 - 12 Mar Curso 3 - 20 Mar/Curso 4 - 21Mar

Com aproveitamento – 3.000 AKZ /Sem aproveitamento – 6.000 AKZ /Falta – 12.000 AKZ

Suporte Básico de Vida com DAE para Profissionais de Saúde

Enfermeiros 8 horas Internos CSE Curso 1 - 13 Mar/Curso 2 - 14Mar Curso 3 - 18 Mar/Curso 4 - 19 Mar

Com aproveitamento – 8.000 AKZ /Sem aproveitamento – 16.000 AKZ /Falta – 32.000 AKZ

Práticas de Enfermagem Enfermeiros 200 horas Internos e Externo Inicio – 3 Mar 2014 Termino – Dez 2014

Com aproveitamento – 40.000 AKZ /Sem aproveitamento – 80.000 AKZ /Falta – 160.000 AKZ

Por TRIMESTRE

Seminário de Especialização em Logística Funcionários dos serviços de suporte

40 horas ENSP Inicio – 17 Mar 2014 Termino – 29 Mar 2014

Com aproveitamento – 50.000 AKZ /Sem aproveitamento – 100.000 AKZ /Falta – 200.000 AKZ

Sessão Clínica – Fisiatria na sua perspectiva holística Médicos e Estagiários 2 horas Maria Andrade 24 de Mar 2014 NA

Sessão Clínica – Toxina Botulinica Médicos e Estagiários 2 horas Maria Andrade 25 de Mar 2014 NA

MARÇO

Sabemos muito bem que só vamos a uma clínica ou a um hospital quando precisamos, quando estamos doentes. Também sabemos que o melhor ainda é prevenir a doença, mas falaremos disso em outro momento. Voltemos, pois, às vindas, por exemplo, à nossa Clínica.

Todos os dias centenas de utentes nos procuram, ansiosos, preocupados, desconhecendo o que fazer, para onde ir, com quem falar, etc. A CSE tem procurado continuamente melhorar a informação sobre a localização de serviços, mas o estado de tensão em que aqui chegam e a diversidade de situações que aqui os traz não facilitam a sua movimentação, o que só serve para causar mais preocupação.

É nosso dever, isto é, é dever de todos os que aqui trabalham, ajudar as pessoas que procuram informação. Faz parte do nosso trabalho, das nossas funções. E nem sequer devemos estar à espera que nos perguntem ou peçam ajuda: sempre que virmos alguém com ar perdido, preocupado, cansado, é nossa obrigação oferecer ajuda.

Como trabalhado da CSE ninguém tem o direito de dizer “Não sei”. Sabe, sim, e se não sabe deve acompanhar o utente até quem saiba ou o possa ajudar. Também não se deve dar meias informações ou informações sobre as quais não estejamos absolutamente certos.

Lembre-se: a humanização começa com uma informação bem dada, esclarecida, com boa vontade. O utente precisa de se sentir seguro, de se sentir aceite por alguém em quem confia, que veja o seu próprio valor e, no entanto, que tenha iniciativas que o ajudem a fazer o que tem que ser feito.

Para isso, todos os profissionais da CSE devem informar-se e receber a informação que lhes é dada para poderem informar com propriedade.

Se trabalha na recepção, por exemplo, certifique-se de que sabe tudo sobre horários de consultas, exames, visitas. Saiba onde se localizam os diversos serviços. Aprenda a dizer onde eles se situam, de forma clara e simples. Seja claro quando dá informações sobre médicos, sua presença, horas de consulta, vagas, etc.

Em resumo, aja! Diga coisas simples e directas, com amabilidade. Como gostaria que lhe fizessem a si.

- Para chegar à farmácia volte até perto da entrada, vire à esquerda, passe o refeitório e vê logo onde ela está.

- As suites novas são no 2º andar. Por favor, suba as escadas.

- A sala para recolha de amostras para exames é já ali à frente, à esquerda, no 1º andar. Pode ir pelas escadas mas também há um acesso sem escadas.

- Para fazer a radiografia tem que ir à Radiologia. Entre na 1ª porta à esquerda e encontrará logo uma recepção e uma sala de espera. Informe-se lá, por favor.

- Não sei se precisa de vir em jejum para esse exame mas acompanho-a/a ao Laboratório. Faça o favor de vir comigo.

- Os Serviços de Emergência são já aqui. Em que posso ajudar?

- Sim, temos um Serviço de Neonatologia. Vou indicar-lhe o caminho.

- Para ir às Enfermarias suba, vire à direita no fim dos Serviços de Urgência, suba mais ou menos a meio do caminho, em cima vire à direita e as enfermarias estão logo um pouco à frente.

- Sim, pode comer alguma coisa na nossa cafeteria. Vou mostrar-lhe o caminho.

Page 7: CSE | Boletim Informativo N.º 29 | Março 2014

EDITORIAL

E-mail da CSE:

[email protected]

E-mail do Boletim:

[email protected]

Website da CSE:

www.cse-ao.com

FICHA TÉCNICABárbara Mesquita

Esmael Tomás

Marta Leal

Hipólito Calulu

Narciso Mbangui

REDACÇÃO E REVISÃO

Maria do Carmo Cruz

DESIGN E PAGINAÇÃO

Eduardo Brock

imagem cooporativa

A NOSSA CLÍNICA A saúde é o bem mais precioso. Cuidar dela é a nossa razão de ser.

A CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA é uma instituição de serviço público, dotada de

personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com

fins não-lucrativos. Tem a sua sede em Luanda e está localizada na Ilha de Luanda,

Avenida Mortala Mohamed.

Inaugurada em 1991, foi premiada em Abril de 2005 com a Medalha de Ouro da

Foundation for Excelence and Business Pratice, situada em Genebre Suíça.

MISSÃOPrestar cuidados de saúde diferenciados em regime de ambulatório e internamento,

com qualidade, em tempo útil, na perspectiva de eficiência e eficácia, promovendo

a melhoria contínua das prestações de cuidados, o aprefeiçoamento profissional e a

satisfação dos seus coladoradores.

Participar no ensino e formação de quadros superiores, designadamente no

ensino pré e pós-graduado de médicos e enfermeiros, na formação de farmacêuticos

e bioquímicos, quadros médios técnicos de saúde, em regime de estágios, em

colaboração com as entidades públicas e privadas de educação em saúde, bem como

na formação de quadros de higienização, de serviços gerais e de logística.

Desenvolver acções de investigação clínica quer na área de saúde pública quer na

área hospitalar.

VISÃOA CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA pretende ser, cada vez mais e de forma gradual

e segura, uma verdadeira, justa e adequada referência na prestação de serviços de

saúde em Angola, visando: a satisfação dos clientes, o desempenho interno enquanto

instituição de saúde, a qualidade dos cuidados prestados, o envolvimento dos

funcionários, a responsabilidade social.