Boletim Informativo MPI n.º 32

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    Nesta edio:

    Novembro de 2014

    Ano 10, N. 32

    www.mpica.info

    BOLETIMINFORMATIVO

    Precisamos de ir mais longe isto se realmente amamos

    as geraes mais novas e nos preocupamos com as futuras!Transcrevo esta frase de um dos artigos nesta edio.

    com este pensamento que preparamos com muita atenoe cuidado cada edio deste boletim, por isso esperamosque quem nos l se sinta inspirado e motivado a fazer parte de ummovimento de mudana que se cr para melhor!

    Mais uma vez temos temas diversificados: resduos, pesticidas,agricultura familiar, regresso aldeia, transgnicos, e chamo a ateno para o espao

    jovem atento, pois procuramos numa linguagem acessvel aos mais novos abordarassuntos que devem interessar a todos.

    A presidente da direco

    Alexandra Azevedo

    Editorial

    Valorsul apenas recicla 14%dos resduos reciclveis

    Maioria dos resduos incinerada ou depositada ematerro sem tratamento (p. 4)

    ltimas actividades 2

    Um dia na Aldeia 3

    Metas de reciclagem 4

    Agricultura Familiar 5

    Breves 6

    Eco-Receita 7

    Espao Jovem Atento 8

    Abelhase outros polinizadores gritam

    SOCORRO!

    (Espao Jovem Atento, p. 8)

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    LTIMASACTIVIDADES

    Encontro de reas de Paisagem Protegida de mbito Local

    A convite da Cmara Municipal de Torres Vedras participei

    em representao do MPI no dia 29 de Maio, com uma mostrae degustao de vrias propostas gastronmicas com ingredientes silves-tres e tradicionais, como po de bolota de lveda natural, compota demedronho com casca de laranja cristalizada, entre outros, que foi muitoapreciada pelos participantes. O objectivo foi demonstrar as potenciali-dades dos produtos locais e em especial das reas de paisagem protegidaonde dever ser preservada a rica biodiversidade autctone e que essefacto permita novas oportunidades de rendimento para as populaeslocais, aliando a tradio inovao gastronmica. Este encontroconstituiu o encerramento de mais um ciclo de conferncias sobreAmbiente e Qualidade de Vida que todos os anos a CMTV organiza. Podero consultar uma pequena notciasobre estas conferncias aqui: http://goo.gl/EFF1ZX

    Alexandra Azevedo

    Oficina de preparao de Sementes

    Integrado no Ano Internacional da Agricultura Familiar o parceiro FundaoJoo XXIII/Casa do Oeste do CREIAS Oeste, do Movimento de Aco catli-ca Rural, realizou a Festa da Famlia Rural, Casa do Oeste, no dia 1 de Junho,em que durante a tarde dinamizei uma Oficina de Preparao de Sementespara alm de se ter reflectido sobre as profundas transformaesque ocorreram nas ltimas dcadas na actividade agrcola. A oficina foi muitoapreciada pelos participantes e j surtiu efeito pela constituio de uma redede troca de sementes na Casa do Oeste!

    Comunicaes sobre transgnicos

    Transgnicos: riscos para a agricultura e a sade ,nas XIX Jornadassobre Ambiente e Desenvolvimento "Boas Prticas Agrcolas e Sade:Desafios no Sculo XXI organizado pela OIKOS - Associao de Defesado Ambiente e do Patrimnio da Regio Leiria, no dia 16 de Maio,em representao da Plataforma Transgnicos Fora. A comunicao foimuito apreciada pelos participantes, o que motivou mais convites para aPlataforma abordar este tema noutros eventos.

    Transgnicos? No, Obrigado ,

    na rubrica Dois dedos de cincia doATVAcadmico de Torres Vedras, no dia 4 de Outubro. O que sotransgnicos? Quais e como j os estamos a comer? Quais os seus riscos?

    Precisamos mesmo de transgnicos para alimentar o mundo? Quais as alter-nativas? Foram algumas questes abordadas e so indispensveis para cidados/consumidoresmelhor informados.

    Eco-Oficina de Cozinha

    Surpreendentes receitas com tremooEm parceria com aLeader Oeste, dinamizei esta oficina no Mercado Eco-Ruraldo Cadaval, no sbado 23 de Agosto, na Praa da Repblica, com oobjectivo de divulgar receitas saudveis com os produtos vendidospelos produtores locais. Desta vez o tremoo foi o ingrediente

    principal e foi possvel a degustao de 3 receitas. Foi mais umaactividade no mbito do CREIAS Oeste e mais uma vez foi muitoapreciada pelos participantes. Mais informaes sobre este mercadono site oficial: http://www.mercadosecorurais.com.pt

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    UMDIANAALDEIA UMENCONTROBEMNOSSAMEDIDAEPOSSIBILIDADE, POUCOPRETENSIOSOMASSEMMEDODE

    SONHAR, EMPROLDEUMACOEXISTNCIAMAISCMPLICEENTREANATUREZAEENTREASPESSOAS.

    O dia 14 de Junho marcou uma nova etapa naquele que tem sido um processo de dinamizao da aldeia do

    Pereiro, na serra do Montejunto, pela Mudar para o Campo e ES Associao Energia Sustentvel.Desta vez foi para que gente de fora pudesse vir e conhecer este precioso canto da serra, ajudar a pensar

    possveis recursos e destinos para a comunidade. A ideia era reconhecer vontades que co-existem na zonae preparar o solo para a sementeira de sonhos. Algum trabalho j tem sido feito ao nvel da conscinciacomunitria da aldeia, essencialmente de levantamento de recursos, memrias, tradies e desejos para o futurocom um pequeno questionrio realizado porta-a-porta. Que sentimentos existem nesta comunidade tradicional?

    J dizia o nosso Gonalo Ribeiro Teles: As paisagens em Portugal so, talvez, os mais expressivos valores danossa cultura. Elas representam o esforo colectivo e solidrio de sucessivas geraes da mesma gente. So arealidade fsica, biolgica e cultural em que vivemos, quadro vivo do quotidiano, herana transmitida a defendere legar aos vindouros. So memria, presente e ponto de partida para o futuro.

    Cada vez mais so os que fogem dos escapes, do stress e da formatao para a infelicidade das grandescidades. A procura de refgio mais perto da Terra tem sido um sinal dos nossos tempos e muitos projectos novose altamente inovadores tm despertado pelo territrio portugus como cogumelos (que lentamentese alimentam do que j no serve, como fora de vida, contrapondo-se destruio). Como a Carochinha, diz aPereira, comunidade intencional que d o brao ao seu irmo Pereiro:

    Quem quer casar com a Pereirinha, to bonita e pequenina; e criar um espao bom para ser e crescer?.

    Assim nasce o Um Dia na Aldeia, um encontro bem nossa medida e possibilidade, pouco pretensioso mas semmedo de sonhar, em prol de uma coexistncia mais cmplice entre a natureza e entre as pessoas.

    E, dadas estas premissas, a proposta foi esta (e correu bem bem): O sr. Z Moleiro (do Vilar)mostrou-nos o moinho e deu-nos conversa (quanto valem os seus ensinamentos?); j na adega a cooperativado Pereiro conversmos, discutimos, sonhmos e comemos pizza em forno de lenha com produtos locais( farinha, chourios, e vinho do Vilar e da Vermelha, queijo de Pragana, fruta e legumes do Pereiro e Murteira ecogumelos de Pro Moniz). Para lanchar aprendemos a fazer po com a Cremilde. O iced tea era ch fresco,

    caseiro, local.

    Pretende-se que esta partilha do Dia na Aldeia seja regular, animada, viva e que assim se possa propagarsementes de mudana com grmen de conhecimento secular. Assim que temos esta como uma das nossasmximas: Se o velho pudesse e o jovem soubesse no havia nada que no se fizesse. E os trs princpios daPermacultura tommos como nossos cuidar da Terra, cuidar das pessoas e partilhar excedentes.

    Nesta partilha de excedentes e para terminar, basta explicar que este pequeno evento se financiouatravs da economia da ddiva.

    A Economia do Dom, da Doao, Economia da Ddiva ou Cultura da Ddiva consiste numa forma de orga-

    nizao social e no um contracto formal. Baseia-se no valor de uso dos objectos ou aces, contrapondo-se economia de mercado, que se baseia no valor de troca. Resgatar a economia da ddiva restaurar o valor dapessoa e a qualidade da relao entre indivduos e grupos. A emergncia de um paradigma da ddiva deve servista como expresso de uma reaco que se faz lentamente a favor de uma re-humanizao que recoloque ainovao tecnolgica, a riqueza e o poder a servio de um ser humano compreendido na sua totalidade. Todostemos algo para dar, por vezes s temos que encontrar em ns oque temos para dar e estarmos dispostos a d-lo. E tambm estardispostos a receber abertamente. Apenas pelo resgate da forasimblica contida nas prticas sociais e pela conscincia do riscoque significa se relacionar com outro ou outros (pela doao, pelarecepo e pela retribuio) podemos realar a actualidade

    de temas como confiana, reconhecimento, auto-estima, carcter esolidariedade. As economias de oferta, pela sua criatividade,liberdade e valorizao do todo, devem ser vistas como economiasde abundncia, e no de escassez.

    Caetana Serdio

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    PLATAFORMAAMBIENTALPELARECICLAGEMNAVALORSULEXIGEMELHORMETADERECICLAGEMNONOVOPERSU

    VALORSULAPENASRECICLA14% DOSRESDUOSRECICLVEIS

    Em comunicado emitido a 29 de Setembro, a Plataforma Ambiental pela Reciclagem na Valorsul, que integra

    a ADAL Associao de Defesa de Ambiente de Loures, o MPI e a Quercus, denunciam a baixa taxa

    de reciclagem que o governo pretende exigir Valorsul na proposta do novo PERSU (Plano Estratgico para os

    Resduos Slidos Urbanos para o perodo 2014 2020), tendo como principal condicionante a meta comunitria

    de 50% de reciclagem dos materiais reciclveis em 2020.

    A consulta pblica do novo PERSU a 8 de Setembro, ou seja decorreu durante o perodo habitual de frias,e sendo sobre uma matria to importante para a sociedade portuguesa revela falta de respeito do Ministrio doAmbiente para com os cidados.

    A meta de reciclagem prevista para a Valorsul de apenas 42%, o que para ns inaceitvel

    Segundo dados de 2013 a Valorsul recicla apenas 14% dos resduos reciclveis, estimando-se que 73% do total

    dos resduos urbanos so reciclveis. Ora, a Valorsul gere cerca de um quinto do total de RSU produzidos emPortugal, e outro grande sistema, tambm com incineradora, a Lipor (rea metropolitana do Porto), as metasprevistas na proposta para estes sistemas so consideravelmente abaixo dos 50%; 42% e 35% respectivamente,fazendo assim recair injustamente um esforo acrescido nos sistemas que j tm Tratamento Mecnicoe Biolgico (TMB), e que sempre defendemos que deveria existir no Oeste, para que a nvel nacional se tente ocumprimento da meta exigida. A ttulo de exemplo, a taxa de reciclagem proposta pelo Ministrio do Ambientepara os sistemas que possuem unidades de TMB de 80%!

    Com esta estratgia ardilosa, d o Ministrio do Ambiente razo s associaes de defesa do ambiente, quesempre defenderam que a incinerao compromete a reciclagem e que a melhor soluo para a gesto dos RSUassenta no TMB. Para alm do tratamento dos resduos ainda necessrio alargar a recolha selectivaporta-a-porta, na rea servida pela Valorsul, em que actualmente apenas praticada em Lisboa e em bidos,sendo a taxa de reciclveis muito superior aos ecopontos.

    Por uma questo de justia e legalidade, a PlataformaAmbiental pela Reciclagem na Valorsul s pode esperarque a situao seja devidamente consideradano pressuposto da boa-f do Ministrio do Ambiente.

    3 JULHO- DIAINTERNACIONALSEMSACOSDEPLSTICOEstabeleceu-se este dia com o objectivo de alertar

    a sociedade para a necessidade de reduzir o consumo

    e utilizao excessiva de sacos de plstico descartveis , oqual tem sido cada vez mais elevado. Estima-se que cadacidado europeu consome, em mdia, 198 sacos de plstico/ano. Segundo a Comisso Europeia, o consumo de sacos deplstico descartveis (denominados por sacos leves)em Portugal, ronda os 466 sacos/habitante/ano

    .Na maioria das vezes os sacos terminam no lixo aps

    uma nica utilizao, ou acabam por ser libertados no ambi-ente, constituindo um problema ambiental grave em termosde poluio, principalmente dos meios marinhos, com impactes directos e indirectos para a sade e economia.

    A Quercus e a Associao Portuguesa de Lixo Marinho fizeram uma aco de rua colocando portada Assembleia da Repblica 466 sacos descartveis, e entregando um parecer sobre os impactos e propostas parareduzir o consumo e a distribuio gratuita de sacos descartveis.

    Medidas como o pagamento de 0,02/saco aumenta para 50% a taxa de reutilizao e contribui para

    uma optimizao do seu uso em 20%. No entanto, precisamos de ir mais longe se realmente amamos as geraesmais novas e nos preocupamos com as futuras! preciso que todos contribuam para resolver este problema. indispensvel mudar hbitos e levar sempre

    sacos quando vamos s compras, de preferncia de pano ou outros materiais duradouros

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    A agricultura de base familiar para auto consumo ou para comrcio de

    proximidade a forma agrcola predominante no sector de produo

    alimentar mundial.

    Apesar da industrializao da agricultura, que se intensificou no ps-2guerra mundial, a agricultura de subsistncia ainda predominante.Assim, na 66 sesso plenria da Assembleia Geral das Naes Unidas(ONU), decidiu-se dedicar o ano 2014 agricultura familiar.

    A agricultura familiar e de pequena escala est, intimamente, ligada segurana alimentar mundial. Este tipo de produo tem muito maisbaixos impactos ambientais, preserva os alimentos tradicionais, cuida

    a paisagem, respeita os ciclos naturais, para alm de contribuir para a proteco da biodiversidade, de sementese variedades autctones. Impulsiona as economias locais e regionais.

    Agricultura familiar em nmeros

    H mais de 570 milhes de exploraes agrcolas no mundo. 500 milhes dessas exploraes pertencem

    a famlias e so responsveis por pelo menos 56% da produo agrcola mundial.Na Europa a agricultura familiar representa 68% da produo.

    Em Portugal e na nossa regio oeste a agricultura familiar confunde-se com a agricultura nacional, uma vezque 96% das exploraes agrcolas so familiares.

    E a posse da terra? Bem, a os nmeros divergem. Para a FAO Organizao para a Alimentao e Agriculturae outras agncias da ONU apontam 60 a 70% da posse da terra arvel mundial aos pequenos agricultorese camponeses, mas as suas organizaes apontam nmeros bem inferiores.

    Com fome de terras: os povos indgenas e agricultores alimentam o mundo com menos de um quarto

    das terras agrcolas do mundo

    Este o ttulo de uma anlise bastante exaustiva da GRAIN, uma organizao internacional que apoiacamponeses e movimentos sociais que lutam por sistemas alimentares baseados na biodiversidade e controladoscomunitariamente, que denuncia vrias situaes de expulso de povos indgenas, camponeses e agricultores dassuas terras. A terra arvel est cada vez mais concentrada nas mos dos ricos e poderosos, no nos camponeses epovos indgenas.

    Se a comemorao deste ano poderia ser um bom sinal de que se pretende inverter a trajectria das ltimasdcadas, em polticas que tm favorecido o abandono da agricultura pelas condies de mercado acessveis saos grandes produtores e empresrios agrcolas, os quais j perderam muitas das caractersticas de agricultor, noverdadeiro sentido da palavra; nomeadamente o contacto e o respeito pela terra, mas ao invs, usam maquinariapesada e envenenam permanentemente o ambiente e os alimentos com as aplicaes frequentes de fertilizantesqumicos e toda a espcie de pesticidas; por outro sente-se que os verdadeiros responsveis, polticos dos pasesdo Primeiro Mundo ou mais industrializados, nomeadamente a Comisso Europeia, no esto seriamentecomprometidos nesta mudana, como se no bastasse dcadas de polticas e financiamentos no mbito da PACruinosos para a pequena produo, e pases como Portugal foram dos que mais se ressentiram, e no o fez porfalta de aviso, dos mais diversos quadrantes, prepara-se agora para um acordo de livre comrcio transatlnticocom os Estados Unidos da Amrica que ser a cajadada final, caso venha a ser aprovado.

    Em concluso

    A agricultura familiar precisa de ter acesso terra, acesso ao mercado, dispensa os transgnicos e precisa,como de "po para a boca", de sementes de polinizao livre e de recuperar a agrobiodiversidade que ainda forpossvel, para uma produo mais resiliente aos desafios que se iro colocar no actual cenrio de alteraesclimticas!

    Todos ns, como cidados e consumidores, podemos fazer a diferena ao preferir comprar o mais directamen-te possvel ao produtor. J h algumas alternativas na nossa regio, como o mercado Eco-Rural no Cadaval,mercados de produtores em Torres Vedras, Biofrade na Lourinh, o PROVE (um projecto de venda directa comentrega de cabazes ao domiclio ou em locais estabelecidos que j so em vrios pontos do pas, estando na nossaregio em Alenquer, Caldas da Rainha, Mafra e Torres Vedras (www.prove.com.pt). Quanto mais os apoiarmos,mais diversidade de produtos e locais onde os comprar teremos.

    Fontes: Debate A AGRICULTURA FAMILIAR E OS NOVOS DESAFIOS, Festa da Famlia Rural, Fundao Joo XXIII-Casa doOeste, 1 de Junho de 2014) e http://goo.gl/VKcxVA

    2014 - ANOINTERNACIONALDAAGRICULTURAFAMILIAR Alexandra Azevedo

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    Campanha contra Herbicidas em Espaos PblicosDia 24 de Outubro foi publicamente divulgada a autarquias que subscreveram o manifesto Autarquia sem

    glifosato ou seja, que assumem formalmente o compromisso de eliminar ervas atravs de alternativasmais ecolgicas. So elas:Municpios: Castelo de Paiva, S. Vicente e Vila Real de Trs-os-Montes. Freguesias: Carvalheira (em Terras de Bouro), Estrela (em Lisboa), Cinfes, Oliveira do Douro, S. Cris-

    tvo de Nogueira e Tarouquela (todas em Cinfes)Todas as autarquias optaram por meios de monda manual ( mo e enxada) e mecnica (moto roadora e des-

    troador), e algumas ponderam outras opes, nomeadamente mtodos trmicos (as diversas alternativas estodescritas em http://tinyurl.com/p5bgcwn). Em Comunicado: Primeiras autarquias avanam no combate a herbi-

    cidas em espaos pblicos, Quercus e Plataforma Transgnicos Fora, 24/10/2014.

    Cientistas pedem a suspenso dos transgnicos em todo o mundoNuma carta aberta assinada por 815 cientistas de 82 pases dirigida a todos os governos. Esto extremamente

    preocupados com os perigos que os transgnicos representam para a biodiversidade, a segurana alimentar, asade humana e animal. Opem-se aos cultivos transgnicos que intensificam o monoplio corporativo,exacerbam as desigualdades e impedem a mudana para uma agricultura sustentvel que garanta a seguranaalimentar e a sade em todo o mundo. Apelam ainda proibio de qualquer tipo de patentes de formas de vidae processos vivos e querem apoio maior pesquisa e ao desenvolvimento de uma agricultura no corporativa,sustentvel, que possa beneficiar as famlias de agricultores em todo o mundo.

    Fonte: http://goo.gl/5H9VXz

    Venezuela prepara legislao para proteger os seus agricultores e a soberania alimentar.A Assembleia Nacional da Venezuela elabora um anteprojecto de lei para proibir o uso e consumo

    de alimentos transgnicos no pas. O ministro de Agricultura e Terras, Yvn Gil, afirmou que o anteprojecto daLei de Sementes garantir a participao dos camponeses e do produtor agrcola nos planes de produo de

    alimentos e lhes oferecer um marco legal para se defenderem das empresas transnacionais.Fonte: http://www.librered.net/?p=30043

    Mxico probe milho transgnicoUm tribunal federal ordenou secretaria de agricultura e secretaria do ambiente do Mxico para suspender

    imediatamente todas as actividades que envolvam a plantao de milho transgnico no pas e acabarcom a permisso para campos de ensaio e plantaes comerciais piloto.

    A proibio sem precedentes foi concedida pelo 12 Tribunal Distrital Federal de Assuntos Civis da Cidadedo Mxico. Juiz Jaime Eduardo Verdugo J. escreveu a opinio e citou "o risco de dano iminenteao meio ambiente" como base para a deciso.

    Esta notcia ainda mais importante pelo facto do Mxico ser o bero do milho no Mundo e h evidnciacientfica desde 2001 da existncia de contaminao de variedades de milho nativo contaminado por milhotransgnico.

    Fonte: http://goo.gl/Uuloi0

    Frana contra os transgnicos:- Governo francs lana estudo sobre efeitos de longo prazo dos transgnicos e proibiu o cultivo de milho

    transgnico (MON 810)

    Duas excelentes notcias que animam a luta anti-OGM! O governo francs no esperou pela Comissoe lanou em Julho de 2013 o seu prprio estudo sobre os efeitos de longo prazo dos transgnicos e em Maro de2014 proibiu o cultivo milho transgnico (MON 810) justificando que o seu cultivo, "sem medidas de gesto

    adequadas, representaria riscos graves para o ambiente, assim como perigo de propagao de organismos dano-sos".Fontes: Actu-Environnement, July 15, 2013 http://goo.gl/ndSTq4 e http://goo.gl/1SCJzX

    BREVES

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    - Estado francs destruiu um campo de milho OGM na regio Tarn-et-Garonne. A policia foi chamadaa intervir para afastar alguns agricultores que se encontravam no local e que pretendiam impedir que o tractordestrui-se o campo de milho transgnico.

    Fonte: http://goo.gl/yBQ8Nq- Tribunal ilibou 54 activistas que tinham destrudo um campo de vinha transgnica. Os juzes decidiram que

    a autorizao ministerial para permitir que um rgo de pesquisa do governo, INRA (Instituto Nacionalde Pesquisa Agronmica), para testar as culturas numa rea rodeada por outros vinhedos era "ilegal".Fonte: http://goo.gl/gtx377

    Rssia adia cultivo OGM por trs anosO Primeiro Ministro russo Dmitry Medvedev afirmou que Ns [russos] podemos alimentar-nos

    com produtos normais, comuns, no geneticamente modificados. Se os americanos gostam de comer taisprodutos, eles que comam. Ns no precisamos de fazer isso; temos espao suficiente e oportunidades para aproduo de alimentos biolgicos.

    Fonte: http://rt.com/news/154032-russia-gmo-food-ban/

    Transgnicos esto proibidos nos refeitrios dos militares chineses

    Esta deciso vem na sequncia da publicao de um artigo escrito por Mi Zhen-Yu, ex-vice-presidente daAcademia de Cincias Militares da China, alertando para os riscos de sade de soja GM para o povo chins.

    Fonte: http://goo.gl/8yLYcq

    Ficha tcnica

    Directora: Alexandra Azevedo/ Paginao: Nuno Carvalho/ Colaboraram nesta edio:Alexandra Azevedo, Caetana SerdioImpresso com o apoio da Junta de Freguesia de Vilar

    Propriedade: MPI-MovimentoPr

    -Informao para a Cidadania e Ambiente

    Largo 16 de Dezembro, 2 / Vilar / 2550-069 VILAR CDVtel:/fax: +351 262 771 060 email: [email protected] site: http://mpica.info

    ECO-RECEITA: CROQUETESDETREMOO

    Ingredientes: 400g de tremoo cozido e descascado,1 cebola(cerca de 150g), 3 ovos, cerca de 70g de po ralado, 2 - 3 dentes dealho, sal, orgos e leo.

    Modo de preparao: Triturar o tremoo na picadora 1,2,3. Picarmuito finamente a cebola e o alho. Misturar estes ingredientes, o poralado, os ovos e temperar com sal e orgos. A mistura tem de per-mitir a moldagem dos croquetes. Rolar em po ralado e fritar.

    Como preparar o tremoo seco: demolhar 24 horas. Cozer durante30 minutos temperando a gua com um dente de alho e um raminhode orgos. Mudar a gua todos os dias, de preferncia 2 vezes pordia, at o tremoo perder o sabor amargo, o que demorar cerca de 5 a 7 dias. Na ltima gua temperar com salpara conservao do tremoo.

    Sabia que o tremoo:- bastante rico nutricionalmente em protena, fsforo, clcio, vitaminas E e do complexo B, potssio, cidos

    gordos insaturados (mega 3 e 6), ferro e fibras?- auxilia o controlo da glicmia (teor de acar no sangue)?- reduz o apetite?- tem propriedades emolientes, diurticas e cicatrizantes que favorecem a renovao das clulas?As potencialidades gastronmicas do tremoo so inmeras e h muito por explorar

    Alexandra Azevedo

    mailto:[email protected]:[email protected]://mpica.info/http://mpica.info/http://mpica.info/mailto:[email protected]
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    O que seria de ns sem as abelhas? Morreramos de fome L, porque so elas, que em primeiro lugar,contribuem para a polinizao, isto , fazem com que as plantas produzam frutos, o que inclui a nossa comida!

    Mas h mais insectos que tambm ajudam na polinizao. Sabes quais so? No? Ns ajudamos: os abe-lhes, as borboletas, os besouros, as joaninhas, as vespas e at as moscas! Quem diria? E h muitos mais, masde todos no h dvida que as abelhas ganham, porque tm umas patas especiais para carregar o plen,e embora a principal preocupao das abelhas seja com-lo e lev-lo para a colmeia, vo sempre deixando cair

    algum plen durante o caminho nas outras flores e por isso so grandes polinizadoras.Mas, h muitas ameaas sobrevivncia de muitos destes insectos: a destruio das florestas, o uso depesticidas que matam ervas (e logicamente as suas flores) e insectos, os transgnicos, Eles gritam por SO-CORRO! Vamos ajud-los? Vamos ajudar os polinizadores!

    Armadilhas para insectos pragaEm vez de pulverizarmos com produtos venosos as nossas rvores de

    fruto podemos pendurar nos seus ramos armadilhas para os insectos quepodem causar problemas, como a mosca da fruta. muito fcil, mas me-lhor pedires a ajuda de um adulto.

    Material necessrio:-Uma garrafa de plstico de 1,5 litros-Uma tesoura com uma ponta afiada-Um pedao de corda de meio metro

    -3 dl de lquido atractivo: Urina ou uma mistura de 2,5dl de gua +25 ml de vinagre + 25 g de acar

    Como construir?Basta cortar com a tesoura a parte de cima da garrafa, mais ou me-

    nos 10 cm abaixo do gargalo. Fazer um buraco de cada lado na parte debaixo e na parte de cima da garrafa,com a ponta afiada da tesoura. Virar a parte de cima da garrafa para baixo e encaixar na parte de cima. Passara corda dando um n em cada ponta para segurar as duas partes e servir de ala para pendurar a nossaarmadilha. Depois basta colocares um pouco da tua prpria urina ou a mistura de gua, acar e vinagre. Asmoscas iro entrar, mas no vo conseguir sair.

    E j est! Agora s pendurares na rvore. Quantas mais armadilhas colocares mais eficaz sereste mtodo.

    Abrigos para insectos

    Tal como ns os insectos precisam de uma casa. Para eles mais simples, porque bastam ramos secos,palha, pedaos de madeira, telhas velhas, tijolos, canas ou carto para se fazerem abrigos perfeitos. Como cadainsecto tem as suas preferncias devemos usar materiais diversos para agradar ao maior nmero possvel deespcies diferentes. Se pesquizares na internet Hotel para insectos vo aparecer boas ideias para constru-res.

    Muitas floresOs nossos jardins, as nossas hortas e os campos agrcolas devem

    ter muitas flores e durante a maior parte do ano para os polinizadoresterem sempre comida por perto, por isso importante termos muitadiversidade, no matar nem limpar todas as ervas que chamamos dedaninhas, plantar rvores ou arbustos diversos. A nossa paisagemficar muito mais bonita e cheia de vida!

    espao

    Jovem Atento

    Abelhas e outros polinizadores gritamSOCORRO!

    Alexandra Azevedo