48
LOCAL DA CRIAÇÃO Para iniciar uma pequena criação de canários, geralmente pode-se adaptar algum cômodo já existente na casa. De preferência, a acomodação deve ser provida de ampla (s) janela(s) devem ser protegidas por tela de malha fina para evitar a entrada de insetos e dispostas de madeiras a evitar a corrente de ar direta sobre as gaiolas, para prevenir o desenvolvimento de problemas respiratórios. Entretanto, é necessário que haja circulação de ar, o que pequenas aberturas junto ao forro, que facilitarão a saída do ar aquecido. A previsão do número de casais deverá ser feita de acordo com as dimensões do criadouro, sempre tendo em mente que o mesmo também precisará acomodar os futuros filhotes e que superpopulação é uma das causas de insucesso na criação de pássaros. GAIOLAS As gaiolas indicadas para a criação de canários são de arame galvanizado com grade divisória removível e suportes externos para bebedouros e comedouros. Existem no comércio diversos tipos de gaiolas e excelentes fabricantes. Antes de adquiri-las é recomendável fazer uma pesquisa cuidadosa para eleger o modelo mais conveniente, o melhor acabamento e preço, sendo interessante ouvir a opinião de criadores experientes. Feita a escolha, deve-se adquirir as gaiolas iguais e do mesmo fabricante, com a finalidade de padronizar o equipamento e facilitar o manuseio. Embora um pouco mais caro, deve-se adquirir para cada gaiola, uma grade - piso sobressalente que facilitará a limpeza. São eles que, ao adquirirem seus primeiros exemplares, possibilitam aos criadores de categoria média a base financeira para que adquiram exemplares de grande categoria genética aos grandes criadores que por sua vez, obtêm condições para o aumentarem suas importações, finalizando a espiral do progresso. Por isso, para esses verdadeiros propulsores dessa imensa máquina, selecionamos os conselhos de um técnico do gabarito do autor desse artigo que consideramos um dos mais bem elaborados e explicativos dos quantos que já apareceram através dos anos. Os fundos das gaiolas (bandejas) devem ser forrados com papel absorvente (pode-se usar folhas de jornal) e sempre que houver acúmulo de desejos, troca-se a forração (dias alternados). Pelo menos duas vezes por semana as grades-pisso devem ser trocadas por outras limpas. As grades retiradas devem ser imersas em água por algumas horas, depois cuidadosamente esfregadas e lavadas e imersas novamente por algumas horas em solução desinfetante. É preciso dispensar cuidados especiais também com os poleiros, que devem ser mantidos limpos e, se possível, trocados a cada duas semanas. ACESSÓRIOS E UTENSÍLIOS São muitos e variados os acessórios utensílios destinados a equipar as gaiolas de criação que podem ser encontrados no comércio. Deve-se evitar sobrecarregar as gaiolas com equipamentos muitas vezes supérfluos e que acabam dificultando a manutenção da higiêne.

Apostila para criação de canário belga

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Algumas informações importantes

Citation preview

Page 1: Apostila para criação de canário belga

LOCAL DA CRIAÇÃO

Para iniciar uma pequena criação de canários, geralmente pode-se adaptar algum cômodo já existente na casa. De preferência, a acomodação deve ser provida de ampla (s) janela(s) devem ser protegidas por tela de malha fina para evitar a entrada de insetos e dispostas de madeiras a evitar a corrente de ar direta sobre as gaiolas, para prevenir o desenvolvimento de problemas respiratórios. Entretanto, é necessário que haja circulação de ar, o que pequenas aberturas junto ao forro, que facilitarão a saída do ar aquecido.

A previsão do número de casais deverá ser feita de acordo com as dimensões do criadouro, sempre tendo em mente que o mesmo também precisará acomodar os futuros filhotes e que superpopulação é uma das

causas de insucesso na criação de pássaros.

GAIOLAS

As gaiolas indicadas para a criação de canários são de arame galvanizado com grade divisória removível e suportes externos para bebedouros e comedouros.

Existem no comércio diversos tipos de gaiolas e excelentes fabricantes. Antes de adquiri-las é recomendável fazer uma pesquisa cuidadosa para eleger o modelo mais conveniente, o melhor acabamento e preço, sendo interessante ouvir a opinião de criadores experientes. Feita a escolha, deve-se adquirir as gaiolas iguais e do mesmo fabricante, com a finalidade de padronizar o equipamento e facilitar o manuseio. Embora um pouco mais caro, deve-se adquirir para cada gaiola, uma grade - piso sobressalente que facilitará a limpeza.

São eles que, ao adquirirem seus primeiros exemplares, possibilitam aos criadores de categoria média a base financeira para que adquiram exemplares de grande categoria genética aos grandes criadores que por sua vez, obtêm condições para o aumentarem suas importações, finalizando a espiral do progresso.

Por isso, para esses verdadeiros propulsores dessa imensa máquina, selecionamos os conselhos de um técnico do gabarito do autor desse artigo que consideramos um dos mais bem elaborados e explicativos dos quantos que já apareceram através dos anos.

Os fundos das gaiolas (bandejas) devem ser forrados com papel absorvente (pode-se usar folhas de jornal) e sempre que houver acúmulo de desejos, troca-se a forração (dias alternados). Pelo menos duas vezes por semana as grades-pisso devem ser trocadas por outras limpas. As grades retiradas devem ser imersas em água por algumas horas, depois cuidadosamente esfregadas e lavadas e imersas novamente por algumas horas em solução desinfetante.

É preciso dispensar cuidados especiais também com os poleiros, que devem ser mantidos limpos e, se possível, trocados a cada duas semanas.

ACESSÓRIOS E UTENSÍLIOS

São muitos e variados os acessórios utensílios destinados a equipar as gaiolas de criação que podem ser encontrados no comércio. Deve-se evitar sobrecarregar as gaiolas com equipamentos muitas vezes supérfluos e que acabam dificultando a manutenção da higiêne.

Page 2: Apostila para criação de canário belga

Os melhores e mais práticos são os comedouros e bebedouros plásticos em forma de concha ou meia lua, usados no exterior da gaiola. Esses recipientes devem ser mantidos rigorosamente limpos, não admitindo-se que os bebedouros criem limo (algas) e os comedouros acumulem pó. Além da limpeza diária dos bebedouros, com pincel, escova e esponja, pelo menos uma vez por semana os mesmos devem ser mergulhados por algumas horas em solução de cloro (Quiboa, Cândida, etc...) e depois enxaguados em água corrente. Os comedouros destinados às sementes devem ser constantemente esvaziados para evitar o acúmulo de pó e podem ser trocadas para lavagem em espaços de tempos maiores.

Os canários precisam tomar banho freqüentes e para isso pode-se adquirir banheiras plásticas de tamanho grande, mas que permita a sua passagem pelas portas das gaiolas.

Durante a época de criação deve-se fornecer aos casais, ninhos adequados, sendo muito usados os de plástico que são duráveis e de fácil higienização. Esses ninhos devem receber forros de flanela, corda ou feltro, comumente encontrados em lojas especializadas.

É boa prática trocar os ninhos quando os filhotes são anilhados e sempre usar ninhos limpos a cada nova ninhada.

Após a abertura dos olhos dos filhotes não convém manusear os ninhos, para evitar que os mesmos o abandonem prematuramente, causando sérios inconvenientes.

ALIMENTAÇAO SAUDAVEL

Todos os pássaros devem receber uma alimentação a base de sementes e vitaminas para

estarem saldáveis para a criação

ALPISTE LIMPO E POLIDO

Alpiste (Phalaris canariensis)

Grão rico em carboidratos. Ao contrário do que seu nome em inglês "canaryseed" sugere, este grão não é usado somente para canários, sendo, entretanto o principal

componente da maioria das misturas de grãos para pássaros. Seu uso principal é nas

misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.

AVEIA DESCASCADA

Page 3: Apostila para criação de canário belga

Aveia sem casca (Avena sativa) Grão rico em carboidratos, de ótima palatabilidade e digestibilidade, portanto ingerido com muito gosto e facilidade por pássaros no ninho. Em quantidades demasiadas pode

levar ao acúmulo de gordura, principalmente em canários. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários

CÂNHAMO

Cânhamo (Cannabis sativa) Grão inativado da planta Cannabis sativa. É rico em extrato etéreo (óleos) e proteína.

Contém THC, que estimula o interesse sexual nos pássaros. Deve-se cuidar para que não haja exageros na quantidade de cânhamo oferecida aos pássaros, para evitar-se constipação e excessiva excitação dos animais. Seu uso principal é nas misturas de

grãos para canários,

COLZA PRETA

Page 4: Apostila para criação de canário belga

Colza (Brassica rapa)

Grão rico em proteína e extrato etéreo (óleos), de sabor um pouco amargo. É o mais importante grão numa mistura para canários, pois seu elevado teor de extrato etéreo

(óleos) promove uma excelente saúde e um canto melodioso. Pode levar à adiposidade,

se usado em demasia. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos e pássaros silvestres. Esta foto da Colza se refere à Colza fresca,

geralmente as que são vendidas em aviculturas comuns são pretas não azuladas como

as da foto, mas que também servem para a alimentação de Pássaros canoros, mas não possuem as mesmas propriedades nutritivas.

LINHAÇA

Linhaça (Linum usitatissimum)

Grão da planta do linho. É rico em proteínas e extrato etéreo (óleos), principalmente do grupo Omega 3, essencial para uma excelente plumagem. Possui propriedades

terapêuticas, melhorando o trânsito do bolo alimentar no tubo digestivo e contribuindo

para uma melhor digestão. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários,

NÍGER

Page 5: Apostila para criação de canário belga

Níger (Guizotia abyssinica) Grão rico em extrato etéreo (óleos) e proteínas. Devido a sua excelente palatabilidade, este grão é muito apreciado por diferentes tipos de pássaros. Seu uso principal é nas

misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres

PERILA BRANCA (comum)

Perila (Perilla frutescens) É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extrato etéreo (óleos),

principalmente do grupo dos Omega 6 e Omega 3. Importante na promoção de um

canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grão e o

mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.

PERILA CAFÉ

Page 6: Apostila para criação de canário belga

Perila (Perilla frutescens) É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extrato etéreo

(óleos), principalmente do grupo dos Omega 6 e Omega 3. Importante na

promoção de um canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros

exóticos. É o melhor grão e o mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.

LEMBRE-SE DE QUE GRÃOS GORDUROSOS (como a Colza, Linhaça, Níger, Perila, Cânhamo, Nabão...) NÃO DEVEM SER ADMINISTRADOS EM QUANTIDADE

EXCESSIVA (principalmente no Verão).

S E M E N T E S

Alpiste: Como já sabemos o alpiste é a principal semente usada na dieta do canário, é rica em hidrato de carbono, proteínas, vitaminas B1 e E, etc. Os hidratos de carbono produzem calorias, mantendo a saúde da ave, facilitando o digestão.

[aveia]

Aveia: Também é uma semente rica em hidrato de carbono exercendo ação benéfica sobre o aparelho digestivo, semelhante ao grão de trigo e arroz com casca.

Colza: Uma semente rica em proteínas, ótima para o desenvolvimento da glândula tireóide, músculos, penas, vísceras, tendões, possui ainda hidrato de carbono, vitaminas, uma semente oleosa e gordurosa, semente de cor escura, em forma de esfera.

Níger: Como a colza esta também é uma semente escura e comprida, é recomendada mais na época de criação mas podendo ser fornecida o ano todo, também possui bastante óleo, sendo um bom fortificante das matérias corantes dos canários.

Page 7: Apostila para criação de canário belga

Linhaça:Também é bastante oleosa, rica em proteínas, é recomendada ser fornecida as aves na

época de muda de pena, pois acentua o brilho das penas.

Nabão: É utilizado também nos canários de canto, uma semente macia, é bem oleoso, rica em gordura e hidrato de carbono.

Descrevemos as principais sementes usada na alimentação dos canários, existe outras sementes que são empregadas na alimentação dos canários, além de serem difíceis de serem encontradas no mercado elas agem com as mesmas condições vitaminicas delas na alimentação do canário

obedece certas necessidades biológicas, sendo substituídas estas carências pelas farinhadas com ovo, óleo de fígado de bacalhau.

[composição nutrientes]

C O M P O S I Ç Ã O D E N U T R I E N T E S D A S S E M E N T E S

Sementes Hidra.carbono Gordura Proteínas Fibras Vitaminas

Alpiste 62 51 11 06 B1,E

Aveia 63 06 10 11

Colza 21 41 19 05 A

Níger 20 37 20

Linhaça 20 37

Nabão 22 41 19 05

Particularmente administro a seguinte dosagem para meus canários:

Primavera Verão Outono Inverno

Alpiste 500 700 400 400

Aveia 200 200 100 150

Colza 100 100 100 150

Níger 200 100 150 200

Nabão 150 150 150 200

Linhaça 50 100 100 50

Page 8: Apostila para criação de canário belga

obs: as dosagens estão em gramas.

[areia]

Areia: Como nós criadores sabemos que as aves em geral não possuem dentes, como nos canários o processo de digestão ocorre quando os músculos da moela se contraem triturando os grãos de alimento ingeridos, é nesse processo que a areia desempenha um papel fundamental. É a areia que

permite a "trituragem" que antecede a digestão se proceda de maneira completa, permitindo que a ave possa extrair do alimento todo o seu valor nutritivo. A areia que é ingerida pela ave vai para moela, fazendo as vezes dos dentes, ajudando a trituragem e digestão dos alimentos. Por esta

razão o canário deve sempre ter à sua disposição uma quantidade de areia grossa, lavada e peneirada, se possível; esterilizada e seca ao sol, pode-se acrescentar junto desta areia a casca de ovo que pode ser fervida e moída ou triturado no liqüidificador após secar ao sol por alguns dias, a

casca não deve ser triturada muito no liqüidificador para evitar que vire pó, e que fique num tamanho em que o canário possa escolher, onde junto com a areia irá na moela.

A casca de ovo é uma rica fonte de cálcio o qual é indispensável para a vida das aves. A areia deve

permanecer diariamente pois as aves saberão quanto e quando se alimentar.

[água]

Água: Como em todos os seres vivos a maior parte que constitue o corpo é água, como não poderia de ser os canários também possuem água em seu corpo 60%. Uma ave pode ficar sem comer e perder suas gorduras e proteínas e ainda sobreviverá, enquanto que a perca de 15% de

água resultará em sua morte.

Os canários deve ter a sua disposição um pote de água para beber e outro para se banhar (já visto em outro capítulo). A água a ser fornecida para o consumo da ave deve ser um água fresca e

limpa, livre de impurezas ou mesmo de produtos químicos como cloro, etc; produtos estes que são utilizados no seu tratamento. A água é um dos alimentos que não há substituto, ele só vai ingerir aquela, por este motivo quando tiver de administrar remédios e vitaminas faz-se por via desta, pois

a ave será obrigada a ingerir.

No organismo da ave se faz necessário pois a mesma transporta materiais de uma parte do corpo para outra e executa funções importantes na regulação da temperatura do organismo dos canários.

A quantidade de água a ser consumida pelos canários em relação aos alimentos chega a ser numa proporção de 3 partes de água para uma parte de alimento ingerido.

A água deve ser trocada todos os dias, evitando assim o acumulo de limpo nos bebedouros que é

prejudicial a ave, evite que fiquem expostos aos raios solares, porque a água esquenta e pode causar diarréia as aves.

Quanto a água de beber em viveiros e voadeiras estas devem ser colocadas do lado externo

como nas gaiolas, se não for possível é aconselhável que não se coloque as vasilhas de água

debaixo dos poleiros, para evitar que as aves defequem dentro dos bebedouros, podendo

contaminar a água.

Lembramos sempre fornecer água limpa e fresca as aves e se possível de mina ou poços artesiano,

pois temos notado que a água com cloro vem dando diarréia nas aves. Quando houver excesso de cloro na água (notável pelo cheiro forte e pelo paladar), deve-se fervê-la.

Page 9: Apostila para criação de canário belga

[carvão]

Carvão: O Carvão vegetal é utilizado como fortificante para os canários, evitando doenças e fornece uma maior resistência as aves, fornecendo ao canário uma vez por mês na seguinte forma: tritura-se o carvão até formar um pó, mistura-se aos poucos o mel puro, até que forme uma pasta

farinhada.

FORMAÇÃO DE PLANTEL

Como o objetivo da canaricultura é a quantidade, o criador inexperiente não deve iniciar sua criação com número muito grande de casais. Se a intenção for ter um ou dois casais, por passatempo, sem a preocupação com os resultados, qualquer casal serve, desde que seja saudável. Entretanto, se o objetivo for criar canários pensando em desenvolvimento técnico e em concursos, deve-se começar com casais de raça ou de cor de acordo com a preferência, mas de qualidade reconhecida. O criador deverá então filiar-se a um clube ornitológico que lhe possibilitará a compra de anilhas para registros oficiais, além de assistência técnica e convívio com muitos criadores.

Para conseguir bons pássaros é prudente visitar criadores de prestígio, que poderão dar valiosas orientações sobre os acasalamentos pretendidos e fornecer matrizes de qualidade técnica indiscutível.

Algumas regras já estabelecidas são importantes e devem ser lembradas na hora da compra.

desconfie dos pássaros baratos pois geralmente são de qualidade inferior ou portadores de alguma afecção. É preferível começar com poucos casais de qualidade do que com muitos ruins;

compre somente canários que tenham anilha e solicite do vendedor o seu "pedigree". Não confie somente no seu "gosto" para avaliar um canário que deseja comprar.

Certifique-se se ele está dentro dos padrões da cor ou de raça desejada. Se possível solicite os conselhos de um especialista e leia o Manual de Julgamento da Ordem Brasileira de Juízes de Ornitologia, inteirando-se das características dos pássaros devem possuir.

Não compre exemplares fracos ou enfermos por melhor que seja se "pedigree" pois um pássaro nessas condições não será bom reprodutor;

Lembre-se que um pássaro saudável é esperto e alegre. Sua barriga deve ser limpa e sem manchas, seus pés e dedos sem crostas ou tumurações e sua respiração silenciosa e sem chiado.

Segundo o saudoso companheiro Carlos Gimenez "nem sempre um canário que obteve um primeiro lugar é o mais adequado para a criação.

Existem canários espetaculares em termos de plantel e criação que não teriam grandes chances numa mesa de julgamento, ou por terem o rabo aberto ou por estarem com a plumagem desarrumada, ou por estarem um pouco gordos quebrando assim a harmonia visual. Seria muito fácil se você comprasse o macho campeão e a fêmea campeã e acasalando-os, obtivesse o novo campeão.

Page 10: Apostila para criação de canário belga

Claro que os pássaros classificados em concursos devem possuir qualidades, mas também é muito importante a sua origem e potencialidades genéticas, o que justifica o ditado muito popular entre os canaricultures; "É preferível um pássaro razoável de uma excelente criação do que um pássaro excelente de uma criação razoável."

ACASALAMENTO

Considerando-se as variações naturais da luz solar, anualmente ocorre um aumento gradual e contínuo do tempo de duração da luminosidade do dia, a partir de 21 de junho, alcançando o máximo em 21 de dezembro. Esse período considerado foto-período positivo, influencia o ciclo reprodutivo dos canários. Assim entre a segunda quinzena de julho e a primeira de agosto, em nosso hemisfério, e a época recomendada para iniciar os acasalamentos.

Os machos e as fêmeas deverão ser colocadas nas gaiolas de cria, separados pela grade divisória, para um período de adaptação, fornecendo-se às fêmeas o ninho e fios de estopa (desfiada ou em pedaços de 5 x 5 cm, presos nas gaiolas). Quando os pássaros começarem a trocar comida através da grade e a fêmea a confeccionar o ninho remove-se a grade divisória, sendo então bem menor a possibilidade de brigas geradas por incompatibilidade ou despreparo do casal.

POSTURA

A postura do primeiro ovo sucede de 6 a 8 dias após a primeira cópula e as posturas mais freqüentes são as de 3 e 4 ovos.

A canária normalmente põe os ovos em dias seguidos, mas em alguns casos podem ocorrer intervalos de um dia entre um ovo e o seguinte.

Nas primeiras horas da manhã ( 5 a 7hs) a canária realiza a postura e depois é coberta pelo macho, o que assegura a fecundação dos ovos posteriores. Por isso, não é conveniente entrar no criadouro muito cedo.

Todas as manhãs depois da 7 horas, os ovos recém postos devem ser retirados e substituídos por outros plásticos. Os ovos recolhidos devem ser colocados em recipiente com areia, algodão ou sementes esférica, (evitar sementes pontiagudas como alpiste, que podem perfurar a casca) e mantidos em temperatura ambiente. Após a postura do último ovo, que normalmente é de cor mais escura, os ovos devem voltar ao ninho, sendo este considerado o primeiro dia da encubação. A razão para que os filhotes nasçam mo mesmo dia e tenham a mesma oportunidade de desenvolvimento.

INCUBAÇÃO

Normalmente a incubação é de 13 dias e nesse período é conveniente que o ambiente seja tranqüilo e que as manipulações na gaiola sejam rápidas, evitando-se perturbar a canária.

Durante a incubação os ovos perdem água através da casca que é porosa e permite também intercâmbio de grades necessários para a vida do embrião. Nesse processo de "respiração do ovo" o vapor da água expelido deve ser reposto. Daí a necessidade, nesse período, de umidade relativa do ar mais elevada. As canárias por instinto regulam a umidade molhando suas penas, sendo conveniente colocar banheiras, particularmente ao final da incubação (3-4 dias antes do final) momento em que os ovos necessitam de maior umidade e menor temperatura para que os

Page 11: Apostila para criação de canário belga

estímulos de eclosão sejam eficazes e os filhotes possam romper facilmente a casca (70-90% de umidade).

Se a fêmea não se banha é conveniente pulverizar os ninhos com água. Em períodos de baixa umidade pode-se colocar esponja úmida no fundo da gaiola, embaixo do ninho.

Durante a incubação pode-se fazer o diagnóstico da fertilidade dos ovos a partir do 5º ou 6º dia, examinando-os por transparência através de um foco de luz e comprovando a existência do complexo embrionário. Para isso emprega-se um "ovoscópio" que consiste numa caixa contendo uma lâmpada no interior e um orifício sobre o qual se coloca o ovo.

Observando-se um ovo não fecundado, por esse método, a gema é perfeitamente distinguida, enquanto nos ovos fecundados, a partir do 3º ou 4º dia da incubação já não se distingue a gema, como se ela estivesse misturada com a clara.

Segundo Perez e Perez (Bases biológicas Y de aplicacion prática de la canaricultura), os ovos abortados constituem perigo pelas emanações que produzem, sobre os ovos normais, podendo estar a causa de fracasso da incubação. Por essa razão, esse autor recomenda a ovoscopia em dois períodos, aos 5-6 dias para descobrir ovos infecundados e aos 10-11 dias para eliminar os embriões mortos.

NASCIMENTO

Na maioria dos casos o nascimento se produz exatamente no 13º dia de incubação. Entretanto , se o nascimento não ocorrer dentro do previsto, deve-se Ter paciência e aguardar. Várias circunstâncias podem causar atraso. Há fêmeas que não chocam e saem do ninho com frequencia. A falta de umidade também podem influir. Não abra ou jogue fora um ovo pelo menos até o 15º dia de chôco e, mesmo assim, faça um teste de vitalidade.

Para isso coloca-se os ovos em um recipiente com água morna e aguardar-se alguns minutos. Se o embrião estiver vivo, o ovo flutuará com a ponta para baixo, ema vez que a câmara de ar ocupa o pólo mais largo e balançará ligeiramente. Os ovos abordados flutuarão de lado, sem movimentos pendulares, ou afundarão.

ANILHAMENTO

Para identificar as aves o sistema mais prático e seguro, consiste na colocação de anilhas nas pernas dos filhotes. A anilha é um anel de alumínio, fechada, inviolável, nas quais estão gravadas. As siglas da Federação e da Sociedade que as emitiu, o ano do nascimento, o número de ordem e o número do criador. Esta anilha é a identidade do pássaro , pois não saíra mais de sua perna, acompanhando-o por toda a vida.

Page 12: Apostila para criação de canário belga

Os pássaros para serem apresentados em Exposições e Concursos oficiais devem portar obrigatoriamente anilhas. As anilhas são colocadas nos canários, com pouco dias de vida de 4 a 7, mas sempre tendo-se em conta o desenvolvimento ou que o pássaro a perca, se a manobra for realizada muito cedo. O anilhamento é um processo delicado e as vezes é difícil, para o principiante. Deve ser feito sobre mesa forrada com papel, pois ao pegar os filhotes é comum que os mesmos defequem. Para anilhar, toma-se o filhote com a mão esquerda, e com a direita o anel. Passa-se a anilha até o início da articulação.

Segura-se a ponta desses dedos e desloca-se a anilha através do dedo posterior, que deve estar no mesmo sentido da perna, fazendo com que o anel passe a perna.

Em seguida liberta-se o dedo posterior, desenganchando-o da anilha. Essa operação pode ser facilitada, untando-se os pés dos filhotes com vaselina ou

outro lubrificante neutro.

SEPARAÇÃO DOS FILHOTES

A permanência no ninho até 20 dias é considerada normal. As ninhadas nutridas deixam o ninho entre 15 e 18 dias. Pouco dias depois, os filhotes começam a bicar os alimentos, principalmente a farinhada, frutas e verduras. Com um mês devem descansar e quebrar as sementes, podendo então ser separados dos pais.

Uma regra prática interessante é não separar os filhotes enquanto estes não percam as penugens da cabeça (espécie de pelos).

Normalmente, por volta do 25º dia, a fêmea inicia outro ciclo e começa a se preparar para a nova postura. Nesse período os pais podem depenas os filhotes em busca de material para confeccionar o novo ninho. Isto pode ser evitado, separando-se os filhotes dos pais pela grade divisória da gaiola e oferecendo ao casal material para a confecção do ninho. Os pais alimentam os filhotes pela grade, bastando para isso a colocação de poleiros baixos próximos à grade divisória, dos dois lados.

ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES

Deve-se oferecer aos pais alimentação farta e variada. A farinhada com ovo cozido deve ser administrada em pequenas quantidades e várias vezes ao dia.

Pode-se usar verduras como almeirão, chicória e couve, sempre muito bem lavadas e frescas, bem como maçã e jiló.

O uso de variedades de sementes também é importante. Além do alpiste, a aveia sem casca (especialmente na primeira semana) e o Niger devem ser oferecidos em comedouros separados. Alguns criadores costumam usar pão molhado na leite, com muita aceitação pelas fêmeas. O preparo é feito usando pão d'água, amanhecido, descascado e cortado em fatias que são mergulhados em água. As fatias intumescidas são espremidas e colocadas novamente na água, repetindo-se a operação várias vezes. Depois, mergulhadas em leite novamente espremidas e oferecidas aos pássaros.

Algumas canárias não alimentam ou alimentam mal os seus filhotes, apesar dos cuidados do criador. Nesses casos. Delille (ABC PRATIQUE DE IÉLEVURS DE CANARIES COULEURS)

Page 13: Apostila para criação de canário belga

recomenda além da retirada do macho, oferecer água de beber fortemente açucarada por um dia e pedaços de maçã.

Outro recurso que pode ser usado, principalmente para as canárias que saem pouco do ninho, é retira-lo com os filhotes por alguns momentos. Essa manobra faz com que a fêmea se alimente e ao voltar ao ninho, acabe alimentando os filhotes.

É sempre interessante colocar-se várias fêmeas para chocar ao mesmo tempo, ainda que para isso seja preciso esperar alguns dias. Caso falhem todas as manobras para estimular uma fêmea preguiçosa a tratar sua ninhada, resta a possibilidade de distribuir os filhotes entre fêmeas que estejam tratando bem.

Alguns criadores costumam auxiliar as fêmeas, administrando alimentos pastosos no bico dos filhotes, prática essa que é condenada por outros.

Esse procedimento não deve ser usado o tempo todo, mas acreditamos que nos primeiros dias de vida é muito importante, pois permite administrar aos filhotes vitaminas e medicamentos eficientes no tratamento, por exemplo, da colibacilose, patologia responsável pela maioria das mortes no ninho. Além disso, auxilia o desenvolvimento inicial mantendo os filhotes em condições de se levantarem e pedirem alimentação as mães, aumentando o índice de sobrevivência.

As fórmulas das farinhas que devem ser misturadas ao ovo cozido e passado pela peneira para fazer a "farinhada" ou "farofa", são muito variadas. Esse assunto é bastante polêmico e cada criador tem sua própria receita, guardada muitas vezes como grande segredo.

O objetivo final dessa farinhada é obter uma mistura com proporções adequadas de carboidratos, proteínas e gorduras, além de sais minerais e vitaminas, o que na maioria das vezes não é alcançados. Nas revistas e livros especializados encontra-se várias sugestões para o preparo dessas misturas.

Existem hoje no comércio, rações balanceadas e adequadas para serem usadas puras ou misturadas com o ovo. Que estão sendo usados por criadores de renome, com bons resultados.

A MISTURA DE SEMENTES DOS CANÁRIOS, COMO BALANCEAR

O canário, como qualquer ser vivo, ingere alimentos para fazer funcionar seu organismo, isto é: para manter a temperatura do corpo, fazer o metabolismo funcionar,

repor tecidos, trocar penas, se movimentar, se reproduzir, etc, etc.

São pássaros granívoros e, portanto, as sementes representam a parte mais importante de sua dieta, que deve ser complementada por uma ração, antigamente chamada de

farinhada. Juntos, sementes e reação, devem prover e adequar os alimentos fornecidos às diferentes necessidades de nossos pássaros.

A composição e o balanceamento da mistura de sementes e seu necessário ajustamento

a ser discutido neste artigo.

Alimentação X Fases da vida.

Page 14: Apostila para criação de canário belga

Como todo ser vivo, as necessidades de alimentos variam em função das fases da vida,

da temperatura ambiente, do clima em que os canários vivem. Se estão em muda; a troca de penas é um processo extremamente penoso e crítico para os pássaros, exigindo elementos nutritivos especiais, suas necessidades são diferentes, por

exemplo, da pós-muda, quando estão aguardando a nova estação de cria, se exercitando nas voadeiras, cantando, brigando entre si.

Durante a reprodução, a cria dos filhotes exige muito das fêmeas, que se estressam e

ficam mais vulneráveis às doenças oportunistas.

De modo simples, podemos dividir em três, as fases em que os canários têm necessidades de alimentação distintas: Reprodução, Período de Muda e Repouso.

Proteínas X Carboidratos X Lipídeos

Proteínas: São compostos nitrogenados, absolutamente necessários aos processos metabólicos de crescimento, reposição de tecidos, formação de matéria viva, massa

muscular, esqueleto, muda de penas, etc. Suas necessidades em períodos de reprodução são críticas para o sucesso da criação.

Carboidratos: São os provedores de energia para o organismo, sendo necessários para prover calor, fazer funcionar o organismo, enfim, é o combustível da máquina chamada

canário.

Lipídeos: São as gorduras, (graxas ou extrato de etéreo). São compostos com alta carga de energia (2,25 vezes mais que os carboidratos). É em forma de gordura que as aves e os outros animais armazenam energia no corpo para atender às situações de carência

alimentar.

Composição Média das Sementes

Cada semente tem uma composição diferente de proteínas, carboidratos e lipídeos.

Abaixo relacionamos as principais sementes encontradas no mercado brasileiro:

SEMENTE PROTEINA % CARBOIDRATOS % LIPÍDEOS %

Alpiste 16,6 49,0 6,4

Colza 19,6 18,0 45,0

Aveia 11,3 68,4 8,7

Nabão 20,7 5,7 40,2

Linhaça 24,2 25,0 36,5

Perila 22,6 10,6 43,2

Cânhamo 18,2 21,8 32,5

Níger 23,0 17,0 40,0

O alpiste é a semente mais importante na mistura. Sua composição de proteínas, carboidratos e lipídeos é a que mais se aproxima das necessidades normais dos canários. A qualidade de sua proteína, medida pelo balanço de aminoácidos e

Page 15: Apostila para criação de canário belga

digestibilidade, é alta. O alpiste é essencial aos canários, e deve entrar na mistura de

sementes com, pelos menos, 60% do total.

A níger uma semente muita apreciada pelo nossos pássaros, tem elevado teor de proteínas e gorduras. É usada normalmente como provedor de proteínas na mistura.

Como tem altíssimo teor de lipídeos, sua participação deve ser limitada à 20% do total.

A colza é outra semente que, co0mo a níger, apresenta bom teor de proteínas e teor de gorduras bastante elevado (45%). Maurice Pomarède, estudioso francês de canários,

alerta para a alta toxidês desta semente, recomendando restrições à seu uso. Outro cuidado é com relação à aquisição desta semente no mercado. Freqüentemente, vende-se semente de mostarda como se fosse colza, com prejuízos evidentes para a mistura.

A aveia é um excelente provedor de energia, muito rico em amido, e especialmente rico em lisina e cistina, dois dos principais aminoácidos essenciais. Deve ser utilizada no balanceamento da mistura como o principal provedor de carboidratos. O risco desta

semente é a alta manifestação de fungos e outras formas de vida indesejáveis, que podem causar sérios danos à saúde dos pássaros.

A linhaça não é muito palatável para os canários. Tem alto teor de proteínas e lipídeos. Administrada durante o período de muda, tem efeito benéfico sobre a formação das

penas.

Balanceamento das Sementes

A recomendação para nossos canários é que no período de reprodução, os teores de proteínas sejam mais elevados devido às necessidades dos filhotes, e os teores de

carboidratos e lipídeos sejam menores, pois assim os canários serão levados à ingerir mais alimentos para atender à suas necessidades calóricas.

No caso oposto, no período de repouso, quando as proteínas são menos necessárias, as

energias deverão ter seus teores elevados.

No período de muda, as gorduras são mais desejadas, pelo efeito positivo sobre a formação das penas, e deposição de lipocromo. Os grãos escuros (colza, níger, linhaça,

cânhamo), usados sempre com parcimônia devido aos altos teores de gorduras em suas composições, ajudam nesta fase.

Relação Nutritiva

Um dos parâmetros muito usado no ajustamento dos alimentos às necessidades dos pássaros é a Relação Nutritiva (RN).

O que é Relação Nutritiva (RN)?

Nada mais é do que uma fórmula prática, extremamente simples, usada nos cálculos dos alimentos, que reflete os relacionamentos entre proteínas, carboidratos e lipídeos,

adequando-se às fases da vida de nossos canários.

Page 16: Apostila para criação de canário belga

Existem outros métodos para balanceamento de rações, bem mais complexos e

completos, porém, para efeito deste artigo, exemplificaremos o balanceamento apenas pelo fator RN.

Observando-se a fórmula, ela mostra exatamente isto que foi comentado: Mais proteína

e menos energia no período de reprodução e menos proteína e mais energia no período de repouso. A muda, com RN=4 (limites: 3,5 a 4,5) deve ter os teores intermediários

entre as outras fases.

A fórmula prática é a seguinte:

% CARBOIDRATOS + GRAXAS x 2,25 RN = % PROTEÍNAS

Quais são as necessidades? Ë recomendável que a relação R/N esteja o mais próximo dos seguintes valores:

Reprodução? RN = 3 (limites: 2,5 a 3,5)

Muda? RN = 4 (limites 3,5 a 4,5)

Repouso? RN = 5 (limites 4,5 a 5,5)

Traduzindo estes parâmetros para teores de proteínas, carboidratos e lipídeos, teremos o seguinte quadro:

PERÍODO PROTEÍNAS (%) CARBOIDRATOS (%) LIPÍDEOS (%)

REPRODUÇÃO 16,0 a 18,5 40 a 45 6,0 a 8,0

MUDA 14,5 a 15,5 45 a 50 8,0 a 10,0

REPOUSO 12,5 a 13,5 50 a 60 7,0 a 8,0

Comentários Importante:

Da simples análise do RN recomendado para o período de REPRODUÇÃO, (lipídeos entre 5,5 % e 7,5%), e da verificação dos teores de gordura das sementes, chegamos à

conclusão que não há possibilidade de se obter com apenas as sementes, as proporções adequadas e desejadas.

O que fazer? Primeira conclusão: Há necessidade de se usar uma ração que, oferecida

aos canários, equilibre os teores dos elementos discrepantes na mistura de semente. Como as rações comerciais para canários descrevem na embalagem os teores destes princípios nutritivos, basta calcular os teores da mistura de sementes, e assim definir

que ração adquirir, em função dos elementos para balanceamento.

Como o período mais crítico é o da reprodução, e o teor de proteínas o princípio

nutritivo mais importante mais importante nesta fase, o recomendado é calcular primeiramente a mistura levando-se em conta o teor de proteína, tentando manter o

mais baixo possível os lipídeos.

Page 17: Apostila para criação de canário belga

Em seguida, determinaremos que parâmetros deverá conter a ração que vamos usar

para completar a alimentação de nossos pássaros. Usando-se um programa simples de cálculo, e várias tentativas procurando obter uma mistura de sementes com proteínas

entre 16,0 % e 18,5%, chegamos aos seguintes resultados para o período de

reprodução.

Cálculo do Teor de Proteína:

SEMENTE TEOR PROTEÍNA

NA SEMENTE QUANTIDADE

NA MISTURA

TEOR PROTEÍNAS NA

MISTURA FINAL

MEMÓRIA DE

CÁLCULO

Alpiste 16,5 700 11,6 (1)

Colza 19,6 80 1,6 (2)

Aveia 11,3 70 0,8 (4)

Linhaça 24,2 20 0,5 (5)

Níger 23,0 130 3,0 (3)

Cálculo do Teor de Carboidratos

Repetindo os cálculos como mostrados acima, somente trocando as colunas de proteínas pelas de carboidratos, teremos: Teor de Carboidratos = 43,2%.

Repetindo mais uma vez para os lipídeos, teremos: Teor de Lipídeos= 14,6%.

Verificação da Relação RN:

RN desejada (REPRODUÇÃO) = 3 (limites: 2,5 a 3,5)

%CARBOIDRATOS + LIPÍDEOS X 2,25

O valor de RN está em 4,3. Porém o desejado é entre 2,5 e 3,5.

Examinando com cuidado os resultados da análise, verificamos que os parâmetros obtidos se comparam com os desejados da seguinte maneira:

DESEJADO OBTIDO ANÁLISE

PROTEÍNA 16,0 A 18,5 % 17,5 % OK

CARBOIDRATOS 40 A 45 % 43,2 % OK

LIPÍDEOS 6,0 A 8,0 % 14,6 % Muito elevado !

Resumindo: Vamos necessitar de uma ração com teor de gorduras muito baixo, e teores de carboidratos e proteínas dentro dos limites acima indicados para o período de

reprodução. Assim, oferecendo-a aos canários, junto com mistura de sementes acima, teremos a correção do teor de lipídeos, e conseqüentemente os parâmetros adequados

às necessidades de nossos canários naquele momento.

Page 18: Apostila para criação de canário belga

Em caso de dificuldades em se encontrar uma ração com os parâmetros desejados, nos

restam dois caminhos: recalcular a mistura de sementes, ou ajustar a ração por adição de elementos (nutrientes) que reduzam ou elevem os teores fora dos limites desejados.

Conclusão

O principal objetivo deste artigo foi mostrar que é importante destinar mais atenção à alimentação de nossos canários. A mistura de sementes escolhida deve ser adequada à

ração que utilizaremos. Elas não podem ser tratadas de forma separada, pois são

componentes indivisíveis da alimentação das aves.

Memória de Cálculo:

(1) 700 gr / 1000 gr X 16,5 % = 11,6 % Proteína

(2) 80 gr / 1000 gr X 19,6 % = 1,6 % Proteína

(3) 130 gr / 1000 gr X 23,0 % = 3,0 % Proteína

(4) 70 gr / 1000 gr X 11,3 % = 0,8 % Proteína

(5) 20 gr / 1000 gr X 24,2 % = 0,5 % Proteína

DOENÇAS E PREVENÇÕES

PERDA DE VOZ - ROUQUIDÃO

As aves têm um órgão fonador chamado siringe, que é encontrada na bifurcação da traquéia

em brônquios primários. Quando a ave tem rouquidão é porque alguma coisa nasce nesse

local, impedindo-a de liberar o som com todas as variações. Pode ser uma inflamação por

ácaros, por viroses, por bactérias e mycoplasma etc.

Doença ocasionada por vairos motivos, entre eles pela conseqüência de um resfriado forte

por exposição da ave a corrente de vento ou comida gelada, alem de fungos suspensos e

ambientes muito úmidos e por exposição a ar condicionado.

Os sintomas são: voz fanhosa, perda total da voz, respiração ofegante, chiado na respiração,

um intermitente abre-fecha do bico e intensa dificuldade para respirar.

O diagnóstico é a simples observação do canto da ave e notar a evidente diferença para a

voz normal.

A profilaxia é não expor o pássaro à corrente de vento, não sair com a ave nos dias em que

Page 19: Apostila para criação de canário belga

estiver ventando muito, não permitir que cantem de forma exagerada, notadamente após os

torneios, bem como fechar devidamente os vidros do automóvel nas viagens para passeios.

Alem disso, não colocar as gaiolas das aves em contato com paredes úmidas e mofadas,

principalmente em banheiros, cozinhas e finalmente nunca manter aves debaixo de ar

condicionado.

Como terapia, dependendo da causa, usam-se os remédios homeopáticos Alium-sativa,

própolis, antibióticos e quimioterápicos,vitaminas etc.

Quando a doença estiver associada à dificuldade para respirar, ministrar antibiótico à base

de cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o tratamento para à base de

cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o tratamento para a DRC

(doença respiratória crônica), mycoplasmose (melhor tratamento é a tilosina). É importante

que se façam nebulizações diárias utilizando 4 ml de soro fisiológico e 4 ml de antibiótico à

base de tilosina.

Para o ataque de ácaros, as soluções são inseticidas com piretrina e o medicamento

ivermectin. Para o ataque de fungos, ministrar fungicida na água por até 15 dias.

Se for um macho muito cantador, é fundamental ainda que se obrigue a ave a parar de

cantar colocando-se duas fêmeas frias uma de cada lado da gaiola a uma distância de dez

centímetros. A verdade é que, infelizmente, quase sempre não se consegue a cura completa.

A voz é prejudicada e a ave fica meio fanhosa para o resto da vida.

PSITACOSE

Doença de ocorrência comum em psitacídeos. Pode ocorres em outros pássaros.

Causa: Chlamydia psittaci

Sintomas: Diarréia esverdeada, sanguinolenta; corrimento nasal e ocular, dispnéia; fígado e

baço aumentados com focos de necrose; sacos aéreos espessados.

Tratamento: Uso das tetracilinas.

Prevenção: Evitar a manutenção de psitacídeos próximo ao criatório. Quarentena com

novos pássaros.

POLAINAS DE CASCA NOS PÉS E NAS PERNAS

Aparecem sob a forma de cascas, parecendo uma bota ou cobertura, que cobre os dedos e

toda a canela das aves, dificultando a articulação, e pode levar à atrofia e à paralisia dos

movimentos do pé.

Page 20: Apostila para criação de canário belga

É provocada por ataque de ácaros e pela falta de higiene e de banho. Quando é muito grave,

chega a forçar e prender a movimentação do anilho, que terá que ser retirado imediatamente

para evitar-se a gangrana.

Como profilaxia deve-se manter a gaiola o mais limpa possível, notadamente os poleiros, e

propiciar condições para que a ave tome banho todos os dias.

Na terapia, uma única vez, usar-se como tratamento tópico o seguinte procedimento:

colocar o pássaro no contentor e banhar em água morna os pés e as canelas, para amolecer

as cascas. Após isso, passar pomada que contenha bastante óleo e friccionar levemente com

os dedos as áreas atingidas, até que o material da polaina se desprenda. Tomar todo o

cuidado para não forçar e na pressa arrancar a pele. Em seguida cortar as unhas, se

necessário, e passar pomada desinfetante, antibiótica, fungicida e inseticida.

É importante também que se pulverize periodicamente a ave doente com solução de algum

inseticida/fungicida direcionando o jato para os pés.

Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns pássaros,

reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.

PEVIDE

Pevide: Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns

pássaros, reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.

Crosta retirada com auxílio de uma pinça

Causas: A principal causadora é carência de vitamina A.

Sintomas: O pássaro apresenta dificuldade para alimentar-se, abrindo e fechando o bico

constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.

Page 21: Apostila para criação de canário belga

Tratamento: Quando a crosta esta se soltando com relativa facilidade, o que ocorre na

medida em que vai perdendo sua flexibilidade, poderá ser removida com uma pinça. A

remoção da crosta facilitará a alimentação do pássaro.

No local deve ser passado um cotonete embebido em Nistatina solução oral, uma vez ao

dia, durante uma semana.

Há estudos que apontam para uma associação de infestação parasitária com o surgimento

da Pevide, embora essa seja conseqüência indireta. É indicado exame de fezes para

identificação de infestações verminóticas e coccidiose.

Prevenção: Dieta equilibrada e controle verminótico do plantel

PEITO SECO

Peito seco não é propriamente uma doença, é sim, um sintoma.

A perda de massa corporal indica a incapacidade do organismo para aproveitar os

nutrientes ingeridos.

Causas: Várias são as causas possíveis, a mais comum é a coccidiose. Também as

verminoses mais significativas poderão levar a perda de massa corporal.

Sintomas: A perda de massa corporal faz com que o osso do peito do pássaro tome a forma

de facão (certo exagero). Esse é um sintoma apresentado em um estagio avançado da

doença. Um criador atento a seus pássaros perceberá alterações de comportamento, apetite,

disposição e volume de ingestão de líquidos muito antes do peito secar.

Tratamento: É altamente indicado um exame de fezes para definir o diagnostico e

determinar o tratamento. Na impossibilidade, ministrar um medicamento para coccidiose

imediatamente. Manter farinhada com prebióticos e probioticos e complexo vitamínico.

Concluído o tratamento da coccidiose. Aguarde uma semana e faça uma vermifugação.

Prevenção: Higiene, equilíbrio da dieta, ministrar probióticos regularmente ao plantel e

observar as aves, procurando identificar possíveis problemas sanitários antes que se

configure o peito seco.

MYCOPLASMA

Os Mycoplasmas são os menores microorganismos de vida livre, diâmetro variando entre

100 e 300 nanômetros e comumente encontrados tanto em plantas como em animais,

Page 22: Apostila para criação de canário belga

inclusive o humano. O Mycoplasma pneumoniae, nos anos 60, chegou ser confundido com

os vírus e foi chamado agente Eaton. A extrema pequenez do genoma limita muito a

capacidade de biossíntese, o que, explica as difíceis exigências nutricionais para o seu

cultivo em laboratório e a necessidade de ter existência parasítica(vivem às custas de outros

seres vivos. Sólon, um dos sete grandes pensadores gregos, chamou de parasita o

freqüentador assíduo dos banquetes oficiais. É, amigos, puxa-sacos e sócios do erário

público existem há muito tempo) ou saprófita (vivem sobre outros seres vivos sem os

prejudicar). Dependem, para a sobrevivência, da ligação às células dos hospedeiros para na

busca de precursores essenciais como ácidos gordurosos, nucleotídeos, aminoácidos e

esteróis.

Por não terem parede celular, sendo contornados somente por três membranas, apresentam

como propriedades biológicas mais importantes a resistência aos antibióticos

betalactâmicos (antibióticos, como as penicilinas e as cefalosporinas, que possuem na sua

fórmula o anel betalactâmico e agem destruindo a parede celular da bactéria. A bacitracina,

por agir da mesma maneira, também sofre a resistência dos Mycoplasmas) e grande

pleomorfismo (capacidade de apresentarem-se de diversas formas, como cocos, bastonetes

e anelar dependendo do meio em que se desenvolvem).

Por não produzirem ácido fólico, também são resistentes às sulfonamidas e à trimetoprima.

A ausência da parede também os torna sensíveis a fatores externos: sobrevivem apenas por

poucas horas em superfícies secas e durante dois a quatro dias na água e, muito bom para os

criadores, são pouco resistentes aos desinfetantes comuns. Têm predileção pela colonização

do revestimento mucoso, provocando inflamações crônicas nos tratos respiratório e

urogenital e nas articulações (juntas) de várias espécies de animais, inclusive aves e cães.

Aí está, amigo Ivan, mais uma causa daqueles passarinhos com as juntinhas inchadas e com

dificuldades para pousar no poleiro. Causam desarranjo dos cílios (formações digitiformes

que movimentam a camada de muco) das células mucosas e, algumas vezes, a destruição

celular. Alguns, como o U. urealyticum, expressam uma protease (enzima) que destrói a

imunoglobulina A, um dos fatores de defesa mais importantes da mucosa (membrana que

forra os órgãos ocos e as cavidades naturais do organismo, mantida úmida por uma camada

de muco).

Pertencem à ordem Mycoplasmatales, da classe Mollicutes. Foram agrupados em três

gêneros: 1- Mycoplasma, que necessitam colesterol para o crescimento; 2- Acholeplasma,

não necessitam colesterol para crescerem e 3- Ureaplasma, também necessitam do

colesterol para o crescimento, além de uréia para o metabolismo energético. Umas quatorze

espécies de Mycoplasmas já foram descritas como causadoras de doenças no

homem/mulher (vivo perguntando, por que falar somente no homem sempre que queremos

nos dirigir aos humanos? Parece um critério machista do homem, querendo ter primazia até

nas doenças, sô!). O Mycoplasma orale e o salivavarium até o momento são tidos como

reles comensais da cavidade oral; o Mycoplasma pneumoniae, o mais famoso da patota, é

uma causa comum de pneumonia em todas as idades humanas. O Ureaplasma urealyticum e

o M. hominis (olha aí de novo, por que não também M. mulheris?) em geral vivem

assintomáticos no trato geniturinário, mas podem provocar infecções oportunistas em

adultos e recém-nascidos. O M. genitalium, o M. fermentans e o M. penetrans podem ser

encontrados nos tratos respiratório e geniturinário humano e merecem a atenção.

Page 23: Apostila para criação de canário belga

O básico para a patogenicidade do Mycoplasma é a aderência às células mucosas do

hospedeiro, processo multifatorial e complexo responsável pela patogenicidade de muitas

outras bactérias. Embora a maioria dos mycoplasmas fixem residência e multipliquem-se na

superfície celular, algumas, como o M. fermentans, o M. penetrans e mais raramente o M.

pneumoniae, podem localizar-se no interior celular onde ficam protegidos dos antibióticos e

dos anticorpos do hospedeiro; aí está a explicação para a cronicidade da doença e a

dificuldade de cultura em meios artificiais. Algumas espécies produzem citotoxinas, como

as exotoxinas e o H2O2 (peróxido de oxigênio), e polissacarídeos. Nas aves, como em

outros animais, existem alguns fatores que facilitam a infecção pelos mycoplasmas:

membrana epitelial imatura, ambientais(ar seco e calor), excesso de NH3 e infecções por

alguns vírus (paramixovírus, reovírus, adenovírus) e bactérias como a Escherichia coli.

Num surto dentro de um aviário podem haver desde pássaros assintomáticos até os quadros

mais graves e mortais. Uma importante propriedade do M. hominis é a metabolização do

aminoácido arginina com a conseqüente liberação de amônia que é tóxica para as células. O

M. pneumoniae e o hominis produzem peróxido de hidrogênio, oxidante potente capaz de

lesar as células. Os Ureaplasmas, que exigem colesteróis para o crescimentos e formam

colônias bem pequenas em forma de ovo frito em meio contendo agar, diferentemente dos

outros gêneros da classe Mollicutes, têm atividade de urease (enzima) que pode induzir a

produção de cálculos urinários e a degradação das imunoglobulinas A secretoras que têm

importância vital na defesa da mucosa. Alguns indivíduos infectados com o M. pneumoniae

desenvolvem anticorpos reativos contra o cérebro, coração e músculos e auto-anticorpos da

classe IgM que aglutinam os eritrócitos humanos a 4 graus centígrados (aglutinação a

frigore).

Para a imunidade (defesa) os Mycoplasmas genitais exigem anticorpos específicos, o que,

explica o fato da falta de anticorpos maternos, que passam para o feto nos meses finais da

gestação, ser a causa do alto risco da doença para os prematuros. Dentro de uma Ordem as

diferentes espécies provocam reações cruzadas entre elas, determinadas pela pequena

antigenicidade (capacidade de reagir com anticorpos resultantes de uma resposta

imunológica) determinada pela ausência de parede celular e por ficarem nos recessos da

parede celular pouco acessíveis aos mecanismos de defesa do hospedeiro; essa baixa

especificidade leva ao alto número de reações falso positivas em exames laboratoriais.

Os Mycoplasmatales possuem baixa infectividade, exigindo para a disseminação contato

próximo entre os indivíduos, sendo as infecções mais comumente encontradas nos locais de

maiores densidade populacionais. Os tratos respiratórios e genital são as portas de entrada

primárias. Os microorganismos são disseminados pelas excreções das vias respiratórias

(como as gotículas eliminadas durante a fala, canto, tosse ou espirros) e pelas gônadas de

ambos os sexos. Nas aves, a infecção dos sacos aéreos pode conviver com a do ovário e dos

folículos em desenvolvimento. Como pode haver muitos pássaros, inclusive filhotes,

contaminados assintomáticos mas capazes de transmitir a doença, a atenção do criador na

inspeção do seu plante e para a higiene do ambiente Nos ninhegos o contato direto é a

principal maneira de disseminação. Pais podem contaminar os filhotes alimentando-os com

conteúdo contaminado do papo. A transmissão transovariana pode ser importante em

alguns criadouros. A fêmea contaminada é capaz de transmitir o microorganismo

diretamente a toda à ninhada. Citam-se também a transmissão pelas penas ou poeira

Page 24: Apostila para criação de canário belga

contaminadas. Estresses como o frio corrente de ar e exercícios intensos (como os longos

vôos de pombos de competição) podem tornar aparente uma infecção até então inaparente.

No homem, os Mycoplasmas mais importantes são o M. pneumoniae, o Ureaplasma

urealyticum e o M. hominis.O Mycoplasma pneumoniae é responsável por

aproximadamente 15% das pneumonias nos humanos, sendo causa comum de

traqueobronquites e bronquiolites. A adesão às membranas celulares ciliares é mediada pela

proteína de adesão P1; a invasão da parede das vias respiratórias no máximo chega à

membrana basal. As culturas, como de material colhido da garganta e do catarro, são

demoradas e o exame sorológico mais usado para confirmar o diagnóstico é o ELISA

(enzyme-linked immunosorbent), exigindo o diagnóstico definitivo a soroconversão em

dois exames feitos com intervalos de 2 a 4 semanas. Embora haja controvérsias, podem ser

usadas dosagens de IgM e IgG e a fixação do complemento. Sempre que for confirmada a

presença de um caso na comunidade será muito provável a existência de outros. Os

anticorpos encontrados no ELISA e na fixação do complemento apresentam reação cruzada

com outros antígenos, principalmente de outros Mycoplamas, o que requer muito cuidado

na avaliação.

O Ureaplasma urealyticum, com 14 sorotipos, e o Mycoplasma hominis, com sete

sorotipos, são os chamados Mycoplasmas genitais, podendo ser isolados no trato urogenital

baixo de mulheres e na urina, no sêmen e na uretra distal de homens assintomáticos.

Provocam inflamação crônica do trato geniturinário e das membranas amnióticas

(membranas que se desenvolvem em torno do embrião dos vertebrados superiores e

formam o saco amniótico). Fazem parte do grupo das DST (doenças sexualmente

transmissíveis). O M. hominis é uma das causas da doença inflamatória pélvica, inclusive a

salpingite (inflamação da tuba uterina por onde passa o óvulo) que pode levar à

infertilidade. Mycolasmas em aves. Muitas espécies de aves podem ser contaminadas pelos

Mycoplasmas, inclusive os pássaros ditos de gaiola (cage birds). Embora possa atingir a

ave em qualquer idade, a incidência é maior entre os filhotes.

Os Mycoplasmas mais comumente encontrados nas grandes criações de aves domésticas

são o Mycoplasma gallisepticum, que provocam lacrimejamento, catarro nasal, problemas

respiratórios com tosse e inchaço dos seios infraorbitários pela sinusite, saculite, queda na

produção de ovos e septicemia secundária pela Escherichia coli (coisa ruim nunca vem

sozinha); o Mycoplasma synoviae, que se manifesta por diarréia esverdeada, inchaços das

almofadas das patas e nas articulações dos membros anteriores (asas) e posteriores (patas)

que levam a ave a movimentar-se muito pouco. Nas articulações o quadro típico é o de

sinovite (inflamação da membrana sinovial, revestimento interno da cápsula articular),

principalmente dos tendões (tenossinovite), como acontece comumente nos jarretes. A

bursite (inflamação da bursa, bolsa contendo líquido situada em locais de atrito mais forte)

do osso esternal pode a piorar a respiração e Mycoplasma meleagridis, manifestado por

queda da fertilidade, mortalidade de filhotes, deformidades de membros e pescoço, sinais

respiratórios de média intensidade, catarro nasal, inflamação e inchação dos seios infra-

orbitários (sinusite) e grande predominância entre os perus.

O Mycoplasma iowae está também entre os mais encontrados, provocando mortalidade

embrionária e queda na fecundidade dos ovos A incubação varia com a espécie de ave e do

Page 25: Apostila para criação de canário belga

Mycoplasma, girando em torno de 6 até 21 dias. A mortalidade pode ser alta, podendo

chegar a 90% entre os filhotes de faisões. A doença dissemina-se lentamente e os olhos do

criador devem estar atentos para os primeiros sinais como o pestanejar freqüente e a

arranhadura das pálpebras. Aos poucos o estado geral vai se deteriorando, as pálpebras

incham-se, a ave torna-se incomodada com a luz (fotofobia) e os olhos ficam encatarrados.

Pode haver letargia, ficando a ave indiferente ao meio ambiente, inapetente e sonolenta,

chocalhando a cabeça para remover secreção nasal grossa. Aos poucos vai perdendo peso.

À inflamação da pálpebra (blefarite) ou da conjuntiva (conjuntivite) pode seguir inflamação

da córnea (ceratite) que, nos casos mais sérios, pode levar à cegueira e morte por caquexia

pela ave não ter condições de achar ou movimentar-se até o alimento. Muito característico é

o aumento, às vezes gigantesco, com pouca ou nenhuma secreção, dos seios infraorbitários.

O pássaro fica dispneico (falta de ar), principalmente quando está excitado, e respira com o

bico aberto. Podem ser ouvidos sons respiratórios murmurejantes (putz!). Algumas espécies

de Mycoplasma e Acholeplasma podem ocasionar alta mortalidade embrionária. Em

algumas espécies de aves, como gansos domésticos, pode haver infecção com necrose do

falo, infecção da cloaca (cloacite), saculite (infecção dos sacos aéreos), orquite (infecção do

testículo) e peritonite (inflamação do peritônio, membrana serosa que reveste internamente

as cavidades abdominal e pélvica e externamente as vísceras nelas contidas) determinados

pelo M. cloacale e, mais raramente, pelo M. anseris; nos criadouros atingidos pode haver

altas incidências de ovos não férteis e mortalidade embrionária. O A. axanthum pode ser

isolado de fezes e de secreções das vias respiratórias de aves de criadouro com mortalidade

embrionária acima de 50%; nesses criadouros podem haver muitos casos de salpingite e

saculite. As rinites, sinusites, conjuntivites e traqueites apresentam-se com secreção grossa

gelatinosa.

Muitas vezes os Mycoplasmas lesam as mucosas e preparam o terreno para infecções

secundárias por bactérias como a Escherichia coli, vírus e fungos. A infecção pode ficar

endêmica num criadouro com pequenas evidências da sua presença como sinais

respiratórios vagos, lacrimejamento, sinusite ou debilidade. Somente após contaminar um

grande número de aves, ou nas situações estressantes, torna-se aparente. Aí está uma

aspecto muito sério do problema e que deve ser sempre levado em conta par todo criador

consciente.

Os Mycoplasmas estão entre os agentes que mais comumente provocam morte embrionária,

conhecida pelos criadores como anel de sangue (blood-ring) ou morte dentro da casca.

Chegam ao ovo pelo oviduto ou pelo sêmen de machos infectados. Os antibióticos mais

usados nas aves são a enrofloxacina, tilmicosin, tetraciclinas, tylosin, tylamutin e

lincospectin, os quais, somente devem ser usado por indicação do veterinário. Geralmente

os antibióticos são usados na água de beber, nos alimentos e, muito interessante, injetado

nos ovos (Tylosin ou a combinação de lincomicina e espectinomicina injetados nas câmaras

aéreas); há quem banhe os ovos em soluções contendo antibióticos. Vi descrito que a

elevação da temperatura em uma incubadora (forced-air incubator) até 46 graus centígrados

por 12 a 14 horas é efetiva, mas pode diminuir em 8 a 12% a fertilidade dos ovos; não me

perguntem se surte efeito porque não aconselho e não gosto de ovo cozido.

Page 26: Apostila para criação de canário belga

Se o tratamento é área de atuação do veterinário, o papel do criador na profilaxia é

essencial:

- A manutenção higiênica do prédio onde está instalado o criatório deve ser diária, evitando

o acúmulo de dejetos e restos alimentares. As excreções do hospedeiro protegem os

parasitas da ação dos desinfetantes e devem ser removidas ante do uso dos mesmos. Ter um

jogo de mangueira, pazinha de limpeza, baldes, botas, vassouras, rodos, cestos de lixo, etc.

somente para dentro do criatório. Se existirem mais de um ambiente, um jogo para cada

um. Verão que vale a pena o investimento.

O uso de detergentes e outros produtos de limpeza bactericidas deve ser feito com

orientação técnica. Aqui não cabem improvisações. Ainda advogo o uso de vassouras de

fogo tendo, é lógico, cuidado para não colocar fogo no prédio e nos pássaros. Sempre usei

esse procedimento no canil e é tiro e queda. Nunca houve problemas com parasitas externos

e, de quebra, elimino alguns parasitas internos que teimam em viver algum tempo fora do

organismo. É método de fácil execução, rápido e não tem ação residual como os produtos

químicos.

Com técnica adequada não danificará paredes, desde que não se fique com o fogo muito

tempo num só lugar como estivesse assando um churrasquinho, e, creio, poderá ser usada

nas gaiolas de arame vazias. Tendo-se o cuidado de tirar os pássaros do ambiente, isolando-

se as partes combustíveis das instalações, evitando-se a presença de líquidos inflamáveis,

etc., o método é seguro. Aconselho procurar informações com alguém que já tenha alguma

experiência para não cometer erros de principiante. Lavar, se possível de maneira

individualizada, os utensílios também com água filtrada. Se for possível, pelo menos uma

vez por mês, ferver os utensílios resistentes à fervura, principalmente as grades e as

bandejas do fundo da gaiola. Se for organizada uma rotina, mesmo nos criatórios maiores

as atividades profiláticas serão relativamente fáceis.

- Tratar as fêmeas contaminadas por Mycoplasma é essencialíssimo porque podem infectar

verticalmente os filhotes.

- Tratar os machos galadores infectados, pois, por ser comum usá-los com várias fêmeas

(poligamia), poderão contaminar, através do sêmen, o plantel numa proporção geométrica.

E criam uma cadeia de infectividade progressiva: macho – fêmea – embriões ou ninhegos.

Cuidado com os machos que vão a torneios ou a outros criatórios para coberturas.

- Manter em observação e isolados todos os filhotes nascidos de mãe e/ou pai

contaminados. Os gaiolões com muitos filhotes funcionariam como creches ampliando a

disseminação da bactéria. A superpopulação é um fator poderoso na transmissão e

manutenção dos Mycoplasmas dentro de um criadouro. Deve ser evitada a chamada China

alada.

- Não caia naquela de dar antibióticos com finalidade profilática. São muito poucos os

casos em que o uso profilático de antibióticos tem valor comprovado. E a infecção pelo

Mycoplasma não é um deles. Fazendo isso você estará criando cepas resistentes da bactéria,

um problema para a sua própria família e para os seus pássaros. Cepas resistentes de uma

Page 27: Apostila para criação de canário belga

bactéria que se propaga facilmente num canaril são pragas de sogra (só um xiste, porque a

minha era ótima).

- Cuidado especial com pássaros trazidos de fora do canaril, mesmo que seja somente para

uma galadinha. Fazer quarentena nem sempre é praticável. Se o galador vier de canaril que

mantenha boas condições higiênicas tudo fica mais fácil. Seria ótimo os donos dos bons

pássaros galadores manterem os pássaros em ótimas condições de higiene física, social e

até mental, pois, eles podem representar um boa fonte de renda para abater nas despesas do

criatório.

- Com as aves vindas de outros criadouros a quarentena é obrigatória, a não ser que venham

de criatório que mantenha rígidas condições de controle sanitário do plantel. Creio que a

quarentena de três semanas seja suficiente para a maioria das doenças infecciosas. Não

trazer o pássaro em gaiolas do criatório de onde o adquiriu. Manter o pássaro entrante fora

das instalações que albergam o plantel. O ideal seria uma pessoa para cuidar somente dele e

que não tivesse acesso ao criatório. Se não, usar luvas ou lavar rigorosamente as mãos, com

água e sabão, após o trato e cuidados com os utensílios da ave em quarentena. Todos os

utensílios, produtos alimentares, vassouras, pazinhas, cestos de lixo, etc. devem ser

mantidos separadamente dos usados para o plantel. Ponto de água para lavar os utensílios

separados. Muito cuidado com os excrementos. A quarentena deve ser para valer ou nem

vale a pena ser feita.

Apesar de a transmissão ser através das secreções das vias respiratórias e genitais,

condições anatômicas das aves, como a presença da cloaca que pode permitir contaminação

das fezes e urina por parasitas existentes nas secreções genitais, deve-se ter alguns cuidados

comuns no controle de parasitas, como as enterobactérias, que são transmitidas pela via

fecal-oral. Esses cuidados tomam dimensão ainda maior se levarmos em conta que essas

bactérias, principalmente a Escherichia coli, estão entre os parasitas capazes de agravar

uma infecção pelos Mycoplasmas.:

- Lavar rigorosamente as mãos com água e sabão, sabão mesmo, esfregando as unhas com

uma escovinha antes de manusear as frutas, as hortaliças e a água que serão fornecidos aos

pássaros. As mãos devem ser lavadas, sempre com água e sabão, antes e depois de

manusear pássaros ou os utensílios.

- Lavar rigorosamente, com água e sabão, frutas e as hortaliças que serão dadas aos

pássaros e enxágua-las muito bem. Podem ser deixadas por alguns minutos em solução de

água e vinagre ou de hipoclorito de sódio, não se esquecendo de enxaguar copiosamente

antes de dá-las aos pássaros. Pela simplicidade creio que o lavar as mãos, as frutas e as

hortaliças já será uma grande ajuda no controle desses parasitas.

- Oferecer aos pássaros somente água, no mínimo, filtrada. A água fervida seria mais

seguro, desde que seja mantida no fogo pelos menos durante 20 minutos após levantar a

fervura. Os mesmo cuidados devem ser tomados com a água para os banhos dos pássaros.

Esfregar bem os bebedouros para remover o biofilme líquido que fica na superfície e que

pode albergar muitas bactérias. O ideal seria ter jogos de dois bebedouros para intercalá-los

Page 28: Apostila para criação de canário belga

diariamente, possibilitando a secagem completa de um dia para o outro do que não estiver

sendo utilizado.

- Muito cuidado com as fezes das aves. O papel do fundo da gaiola deve ser trocado

diariamente. O costume de colocar várias camadas de papel não é bom, pois, o filtrado da

parte líquida fecal pode levar os parasitas para a folha de baixo (lembrar que estamos

lidando com seres microscópicos). Deve ser usada uma folha de papel e a bandeja deve ser

limpa diariamente e colocada ao sol (para isso, seria bom ter, pelo menos, duas bandejas

por gaiola). Individualizar as bandejas para evitar usar bandeja usada em gaiola de pássaro

contaminado em a gaiola de pássaro não contaminado, criando, assim, condições para

disseminação da infecção pelo criatório. Se você usa areia na bandeja, tenha muito cuidado,

pois, se não houver troca constante e higiene impecável, será um meio propício para

manutenção dos parasitas.

- Muito cuidado com as gaiolas usadas para manter os machos ou levá-los aos torneios.

Como ficam a maior parte do tempo fora do criatório, têm maiores possibilidades de ser

depósitos de parasitas. São feitas de madeira, com muitos detalhes e têm muitas saliências e

reentrâncias que facilitam a vida dos parasitas e dificultam higienizá-las. E, na maioria das

vezes, não possuem grade separando a bandeja dos pássaros como acontece com as gaiolas

de criação. Creio que, num futuro próximo, poderão ser substituídas por gaiolas feitas

somente de arame.

- As vasilhas contendo sementes, farinhadas, minerais e água devem ser colocadas de modo

a evitar que sejam atingidas pelos jatos evacuatórios dos pássaros. Inspecioná-las

diariamente e, se estiverem sujas com excrementos, desprezar o conteúdo e higienizá-las.

idado com os poleiros. Devem ser colocados de maneira que não possam ser sujos pelas

fezes, pois, pelo hábito das aves limparem o bico neles após alimentarem-se, a

contaminação será fácil.

- Levar água filtrada e/ou fervida quando for a torneios, evitando dar ao pássaro água da

torneira sem as condições higiênicas seguidas no criatório. Se esquecer, é preferível dar

água de garrafa tipo natural. Nem para o banho deve ser usada água do local dos torneios.

- Cuidado com a água do banho dos pássaros. Deve ser, pelo menos, filtrada e, sempre que

possível, fervida. Tirar a vasilha logo que o pássaro terminar o banho.

- Algumas vezes os parasitas podem ser trazidos para o criatório pelas patas de pássaros,

como os pardais, ou das moscas. Telar as janelas, portas e as aberturas para a ventilação é

medida heróica. Não deixar lixo ou restos de comida expostos é essencial porque eles

atraem pássaros, moscas e predadores, inclusive ratos. Muitas plantas também são atrativas

para os pássaros soltos visitarem o criadouro. - E sol, amigos, pois, onde entra o sol não

entra o médico, ou o veterinário, como dizia minha avó. Locais escuros, muito quentes e

úmidos jogam para os bandidos.

- As medidas profiláticas são econômicas e, tornadas rotinas, de fácil execução.

Page 29: Apostila para criação de canário belga

MUDA FRANCESA

Causas: Infecções bacterianas, parasitoses, deficiência metabólica ou é ligada à

hereditariedade.

Sintomas: Algumas penas tomam aspecto retorcido e desalinhado. Podem tornar-se

quebradiças.

Tratamento: Verificar se o pássaro apresenta infestação por ácaro. Melhorar a condição

nutricional do pássaro, reforçando vitaminas, cálcio e ferro na dieta. Cortar a pena

deformada com uma tesoura e aguardar a próxima muda para sua substituição. Não arrancar

as penas.

Prevenção: Dieta equilibrada e higiene.

GIARDIA

Cuidados e prevenção

A giárdia é um microrganismo unicelular, um protozoário, do mesmo grupo dos coccídeos,

tricomonas e toxoplasmas. Possui flagelos que o auxilia na locomoção.

A espécie que comumente afeta as aves é a Giardia psittaci, que é de uma espécie diversa

da que parasita o homem, a Giardia lamblia. De um modo geral a psittaci não acomete o ser

humano, nem a lamblia parasita as aves.

A contaminação se dá pela forma direta, ou seja, através da ingestão dos cistos de giárdia

encontrados na água e nos alimentos. Os cistos é uma forma de resistência do protozoário,

que permite sua subsistência por um tempo prolongado na matéria orgânica ou na água.

A disseminação desse microrganismo se dá pela eliminação dos cistos através das fezes das

aves contaminadas. No organismo da ave o parasita habita o intestino delgado,

principalmente o duodeno, onde se reproduz por divisão binária.

No intestino da ave a giárdia pode permanecer um longo tempo sem causar sintomatologia,

nesse caso o animal parasitado é denominado de portador assintomático, quando apesar de

estiver sadio pode disseminar para o meio a forma contaminante da giárdia (o cisto).

O grupo de aves mais comumente afetado é o dos psitacídeos, porém os passeriformes

também podem ser contaminados. Na literatura norte-americana não encontramos relatos

de giárdia em canários (serinus) e fringilídeos. Em nosso meio não foram encontradas

informações estatísticas a esse respeito.

Page 30: Apostila para criação de canário belga

um é a diarréia.

Alterações cutâneas também podem surgir como pele seca, prurido e arrancamento de

penas. Pode ainda afetar os filhotes recém-nascidos, causando debilidade e morte.

As fezes podem ter aspecto mucóide e apresentar mau odor. Nas infestações maciças até

um quadro de má absorção intestinal dos alimentos pode ocorrer, com perda de gordura e

nutrientes pelas fezes, ocasionando um quadro de letargia e desnutrição.

O diagnóstico de certeza é feito com o encontro doas cistos e trofozoítos (forma adulta

habitante do intestino). Contudo algumas dificuldades surgem, pois a eliminação dessas

formas pelas fezes é inconstante. O ideal é a realização de exames de fezes seriados a

fresco (com menos de 10 minutos após a evacuação).

Um único exame negativo não afasta a possibilidade de contaminação.

Na impossibilidade do exame a fresco a conservação das fezes em formalina 10% (5%

segundo alguns autores) é recomendada, pois a giárdia na forma trofozoítica é frágil e

desintegra-se facilmente. Preservar os trofozoítos é importante, pois aumenta a chance de

diagnóstico, que estariam reduzidas se a procura for feita apenas pelos cistos. A ave

contaminada não elimina o protozoário em todas as evacuações.

Um método utilizado pelos laboratórios com o intuito de facilitar a identificação dos cistos

é o uso da solução de sulfato de zinco, que é facilmente preparada e faz com que os cistos

flutuem se separem das fezes e possam ser mais facilmente identificados com o uso do

microscópio.

O tratamento mais é feito com metronidazol por um período de 5 a 10 dias. No entanto há

muitos relatos de resistência a esse medicamento. O mais indicado seria a administração da

dose diária diretamente no bico, pois a dissolução na água de beber pode reduzir a sua

eficácia. Outra opção terapêutica é o febendazol, que tem o inconveniente de ser mais

tóxico, podendo ocasionar alterações na plumagem e até a morte da ave. Temos ainda o

relato do uso da paromomicina, um antibiótico aminoglicosídeo com ação antiprotozoário e

o dimetridazol, que apesar de eficaz tem vários efeitos tóxicos.

Geralmente está indicado o tratamento para todas as outras aves que estiveram em contato

com o indivíduo infestado.

A reinfestação, muitas vezes confundida com resistência do parasita à medicação, pode se

tornar comum se o ambiente que a ave vive não tiver um bom controle sanitário. Muitas

vezes é necessário que seja repetido o tratamento periodicamente. Em algumas aves nunca

estarão completamente curadas da giardíase.

Como a forma de propagação é pela ingestão de água e alimentos contaminados por fezes,

todo esforço para se prevenir que isso ocorra será de grande valia.

O fundo da gaiola deve ser protegido por grade removível e os alimentos e a água devem

estar fora do alcance dos dejetos, preferencialmente em recipientes externos à gaiola.

Devemos impedir que aves silvestres adentrem no criatório, pois podem ser reservatórios

Page 31: Apostila para criação de canário belga

da giárdia. Outro cuidado é a quarentena e exame de fezes das novas aves adquiridas pelo

aviário.

Desinfetante a base de amônia quaternária e cloro a 10 % são efetivos na inativação dos

cistos.

A grande verdade é que aves que são mantidas em ambientes saudáveis, com alimentação e

água adequadas estão sendo submetidas à melhor profilaxia de doenças infecciosas e

parasitárias que existe.

Concluindo: Ave que não come fezes não terá parasitose intestinal.

FRATURAS

Quando ocorre de a ave quebrar um osso, a primeira providência é retirar os poleiros e

colocar água e comida a disposição da ave. Será necessário encanar o osso com gesso

dissolvido em água ou álcool, que levará mais ou menos um mês para colar. Se for a perna

que quebrou, pegue um canudinho de refresco cortado ao meio, coloque as duas partes na

perna e passe o gesso, deixando uns 45 dias, após retire o gesso. Se for a asa que quebrou,

será necessário cortar todas as penas da asa, dependendo da fratura, tente encaná-la com

gesso. Caso não consiga, o melhor e mais correto é levar a ave a um veterinário, que esta

mais acostumado a fazer estes serviços.

Ministrar um anti-infamatório.

DIARRÉIAS

Causas: Má alimentação, alimentos azedos, deteriorados e água suja.

Sintomas: Fezes líquidas de cor amarela-esverdeada, falta de apetite e emagrecimento, ânus

inflamado.

Tratamento: Corte as penas do traseiro com cuidado e lave a região com água morna, após

enxugue. Administrar Neo Sulmetina SM.

Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos durante 30a40 dias, a

chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas para

reprodutores próximo à fase de reprodução.

Prevenção: Dieta equilibrada e qualidade nos alimentos.

CORIZA

Page 32: Apostila para criação de canário belga

Causas: Hemophilus gallinarum (forma aguda). Corpusculo cocobaciliforme (forma lenta).

As duas vêm associadas. Bruscas mudanças climáticas, aves em locais úmidos, aves mal

alimentadas, falta de vitamina C.

Sintomas: Secreção aquosa nos olhos e narinas.Com a evolução da doença, as narinas ficam

completamente obstruídas. Os olhos, em virtude da infecção, ficam inflamados e a ave pode

perder a visão.

Tratamento: Limpar as narinas com cotonete impregnado em solução de permanganato de

potássio, com 1./1.000. Aviarium ou Terramicina na água de beber, vitaminas.

COLIBACILOSE

Doença infecciosa provocada pela bactéria Escherichia coli, pode ser encontrada como

flora normal do intestino do homem, mamíferos e aves. As formas patogênicas para aves

são específicas desse grupo e nunca foram encontradas contaminando qualquer mamífero .

As formas não patogênicas assim como as patogências são eliminadas pelas aves através

das fezes. A bactéria muitas vezes existe em estado latente e em geral aparece depois de

alguma queda de resistência ou estado de estresse, principalmente o de fungos. Seus locais

de ação são: pulmão - sacos aéreos - coração, fígado, ovários, oviduto, saco da gema do

embrião e dos filhotes até a segunda semana de vida (cicatriz umbilical dos adultos),

peritônio, podendo tomar toda a economia da ave, causando septicemias. É uma doença

gravíssima em um criadouro, responsável pela dizimação de filhotes, todo cuidado é pouco.

Se quisermos sucesso temos que evitá-la a todo custo.

Os sintomas são, nas formas mais graves, poliúrias (excesso de urina), dispnéias, morte

súbita, crescimento retardado de filhotes, baixa eclodibilidade, baixa fertilidade das fêmeas,

febre, espirros, sede intensa e morte ao final do quinto dia.

O diagnóstico se faz com exames laboratoriais de aves mortas.

A profilaxia é feita com muita higiene, não deixar acúmulo de fezes, de muita umidade e

com o isolamento da ave suspeita. Como terapia usam-se os antibióticos: cloranfenicol,

tetraciclina e eritromicina, bem como sulfas e outros, todavia é melhor fazer o antibiograma

porque esta bactéria tem se mostrado muito resistente a muitos tipos de medicamentos.

COLERA AVIÁRIA

Doença infecciosa provocada pela bactéria Pausterella avium, ataca com média freqüência

os bicudos e curiós. Acontece com a ingestão de alimentos contaminados, contatos com

outros pássaros doentes e pela respiração da respectiva bactéria em locais com pouca

circulação de ar.

Page 33: Apostila para criação de canário belga

Os sintomas são: nos casos mais graves, morte súbita quase sem explicação; nos casos mais

brandos, os pássaros aparecem com abatimento, sonolência,bico semi-aberto, com

ocorrência de muco bucal, fezes brancas, com algum sinal de sangue e morte, precedida de

convulsão ao final do quinto dia.

A profilaxia consiste em muita higiene, cremar os cadáveres e fazer quarentena de 21 dias

nas novas aquisições. Locais arejados para as gaiolas ajudam muito.

O diagnóstico exato só pode ser feito em exames laboratoriais para detecção da bactéria.

Como terapia usam-se os antibióticos cloranfenicol e tetraciclina, como também as sulfas.

COCCIDIOSE

O melhor tratamento para a coccidiose é o preventivo, já que esta doença é altamente

contagiosa e pode causar grandes prejuízos se houver disseminação no criadouro. A higiene

é essencial para evitar esse mal. A desinfecção permanente das instalações é fundamental

para dificultar a infestação dos protozoários. Umidade e calor até por volta de quarenta

graus centígrados fazem parceria para o aparecimento da coccidiose. Nesse tipo de

ambiente os parasitas encontram meio adequado para a proliferação.

Uma vez expelidos pelas aves através das fezes contaminadas, se espalham pelas gaiolas ou

viveiros e tão logo são ingeridos pelos pássaros no meio da comida, desencadeiam a

enfermidade que, na maioria dos casos, leva à morte, porque causa lesões sérias no

intestino, mas já foram detectadas em outros órgãos. É praticamente impossível acabar com

a doença em criadouros; o que se pode fazer é provocar a imunidade natural nos pássaros

através de um trabalho bem cuidadoso.

Em locais propícios, o oocisto (pequenos ovos do protozoário) sobrevive por quase três

meses e para cada oocisto ingerido pela ave podemos obter quase um milhão de outros

oocistos. Por isso é que sem tratamento e cuidados preventivos é quase impossível se obter

sucesso na criação de pássaros. Todo pássaro teve a doença não deve tê-la eliminado

totalmente de seu intestino, podendo ter novo surto por um aumento indiscriminado do

parasita em virtude de queda de resistência . As coccídias não são da flora microbiana

intestinal. Essa afecção, que é provocada por seres muito pequenos, pode ser de dois

grupos: eiméria e isospora, sendo que o primeiro atinge somente o intestino e o segundo,

mais específico para passeriformes , inclusive bicudos e curiós, podem atingir outros

órgãos. As instalações devem ser mantidas o mais limpas possível. O ideal é um piso

telado, onde as fezes caiam para fora do viveiro, impossibilitando a ingestão de oocistos ou

também fundos de gaiolas forrados de papel absorvente (tipo jornal), que serão retirados

diariamente.

O sintoma mais evidente é o aparecimento da diarréia. As fezes sujam a cloaca, podem ter

aspecto gelatinoso ou conter alimentos mal digeridos. Nem sempre são espalhadas ao

atingirem o fundo, devido à quantidade de muco que solta o intestino, mantendo o seu

Page 34: Apostila para criação de canário belga

formato. Sua coloração vai desde o amarelado até cor de borra de café, quando contém

sangue digerido.

A ave fica embolada, podendo se alimentar ou ter um excesso de apetite, na grande maioria,

devido à má absorção de nutrientes causada pelo parasita. Fica no cocho quase o dia inteiro

e não se nutre, esse é um dos maiores sintomas. Com a ajuda de um veterinário, pode-se

confirmar a existência da doença através das fezes examinadas em um microscópio.

Existem vários tipos de coccídias, cerca de trinta espécies somente dos passeriformes. São,

na sua maioria, espécies de isospora. As espécies que atacam de galinha não acometem os

pássaros, por isso vacinas desenvolvidas para elas não dão resultado para bicudos e curiós.

Os criadores de pássaros devem ter sempre em mente a prevenção, quando ainda não tiver

sido detectada doença em sua criação, pois , quando ocorre o mal é muito difícil determinar

a causa. O controle, quando já tiver tido surto de coccidiose, é fundamental para o sucesso

da empreita. A eliminação total é impossível, devido à resistência do protozoário a todos os

tipos de desinfetantes, exceto calor contínuo (água fervente, vassoura de fogo ou estufas de

esterilização ). Se mantivermos baixa a infestação de nossas aves, elas se tornarão imunes e

transmitirão tal imunidade para os filhotes.

Algumas medicações devem ser usadas para emergências e outras para prevenção. O jeito é

prevenir para não precisar remediar. Primeiro com a higiene e desinfeção periódica das

instalações e depois com doses preventivas de medicamentos coccidiostáticos. Devem ser

ministradas doses precisas, de forma que os pássaros vão aos poucos adquirindo imunidade

contra a doença. Doses erradas de medicação causarão toxicidade (doses altas) e resistência

da coccídia ao medicamento (doses baixas). Logo a seguir , é importante que se ministre

polivitamínico rico em vitamina A.

A transmissão é sempre através da ingestão de fezes contaminadas, depositadas no fundo da

instalação, nos poleiros sujos, nas paredes onde a gaiola está encostada etc. Gaiolas e

viveiros com os fundos telados muito contribuem na profilaxia. A contaminação também é

provocada por moscas que transportam os oocistos de um lugar infectado para outro.

O bom seria a desinfeção com cal virgem, lança chamas ou estufa de calor a 150 graus

Celsius para as gaiolas e apetrechos , tomando-se as devidas precauções na adoção desses

procedimentos.

O tratamento curativo é feito com remédios à base de sulfa, nitrofuranos, ionóforos e

outros. Está se usando ultimamente um produto muito eficaz contendo metilclorpindolo e

vitaminas. A medicação é sempre repetida após 15 a 20 dias da primeira, contudo o

tratamento costuma resolver bem quando se percebe a doença em sua fase inicial. Para se

obter sucesso, tem-se também que desinfetar a gaiola contaminada a cada 3 dias, se

possível com fogo, e desencostá-la da parede para evitar nova infestação.

CALOSIDADE NOS PÉS

Doença muito comum, notadamente nos bicudos. É oriunda da falta de cuidado com os

poleiros, bem como da observação adequada do crescimento exagerado das unhas.

Page 35: Apostila para criação de canário belga

Com o passar do tempo, se o poleiro não é limpo e desinfectado, torna-se ensebado e

escorregadio, envolto em uma crosta de excrementos e restos de comida. Chega a brilhar de

tanta sujeira e gordura.

Assim, o pássaro em pouco tempo estará propenso a adquirir uma atrofia nos pés que mais

tarde poderá se transformar em calo. Doença das mais graves e incômodas. Porta de entrada

para uma série de infecções que pode levar a ave à morte.

A profilaxia deve ser:

limpara sistematicamente todos os materiais existentes na gaiola;

aparar periodicamente as unhas

não deixar que se entortem com poleiros muito grossos.

Como terapia, se limpa os pés com água morna, passando-se pomada à base de glicerina

para lubrificar, podendo até ter enxofre. Cortam-se as unhas e coloca-se um calicida no

olho do calo. Isso tudo uma única vez para não provocar estresse. Em seguida, colocam-se

poleiros tipo convexos durante 30 dias, descansando 8 dias, para colocá-lo de novo por

mais 30 dias. É bom que se usem também poleiros de material macio, tipo do talo de buriti

Mauritia-vinifera.

BRONQUEÍTE E TRANQUEÍTE

Causas: Correntes de ar, aves em local de ar não renovado, bruscas mudanças de

temperaturas.

Sintomas: A ave perde o apetite, narinas obstruídas, bico aberto, rouquidão e catarro, a ave

não canta e fica agitada.

Tratamento: Separar o pássaro, colocando-o em uma temperatura de 30C. Avitrin

Antibiótico, Norkill, Enro Flec 10 ou Linko Spectin na água de beber.

ASPERGILOSE E MICOTOXICOSE

Os fungos são os maiores inimigos da criação. É uma doença de elevada mortalidade,

talvez a que mais mata filhotes do terceiro ao 12 dias de vida, provocada pelos fungos

Aapergillus fumigatus, Aspergillus flavus e Aspergillus glaucus. Os sintomas são: diarréia

meio esverdeada, sede intensa, abatimento, tosse, febre, inapetência, crise de respiração

com catarro, o pássaro fica abrindo e fechando o bico e expulsando catarro do nariz.

Manifestações diarréias crônicas de cor amarelada também são comuns.

O grande problema ainda é que ela nos filhotes quase sempre vem associada a outra

doença, notadamente a colibacilose e mycoplasmose. O diagnóstico pode ser feito através

de microscópio, examinando a secreção catarral ou um esfregaço das vias respiratórias.

Page 36: Apostila para criação de canário belga

A profilaxia de um modo geral é não se ministrar aos pássaros comidas úmidas, mofadas ou

vencidas. Não mantê-los em ambientes úmidos e mal ventilados. A umidade nas gaiolas e

no ambiente são as principais causas dessa doença. Os esporos (sementes de fungos) ficam

no ar, à espera de algum ambiente úmido para ali formar uma colônia de fungos.

É muito difícil conseguir a cura. Existe terapia específica, porém não consegue atingir

eficientemente o tipo de lesão granulomatosa formada na ave em diferentes órgãos. Existe

medicamento fungicida natural, extraído de vegetais e também o proprionato de cálcio,

administrado misturado às sementes à base de um grama por quilo, para impedir o

desenvolvimento desse fungo e conseqüentemente formação de suas micotoxinas, principal

causadora de moléstias.

Podemos até terminar com os fungos, aquecendo no forno as sementes, todavia as

micotoxinas são termoestáveis, ou seja, resistentes ao calor e tem um caráter acumulativo,

isto é, cada vez que a ave ingere a micotoxina ela é depositada no seu organismo, não sendo

eliminada facilmente.

As micotoxinas causam mortalidade em adultos e filhotes, baixa fertilidade, queda de

resistência à doenças por atingir órgãos imunes etc. Interessante fazer periodicamente a

fumigação ou seja retirar os pássaros do criatório e através de um fungicida em fumaça seja

retirar os pássaros do criadouro e através de um fungicida em fumaça utilizado em granja

de frangos para exterminar os fungos do ambiente.

ASMA

Causas: Sternostoma tracheacolum. Poeira, friagem, alimentos condimentados, gaiolas

sujas, mudanças no clima e má ventilação do criadouro.

Sintomas: Respiração difícil acesso asmático freqüente e ofegante. Em casos muito graves

imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas respiração acelerada intermitente com emissão

de pequenos gemidos. Evolui rapidamente para sua forma crônica se não for tratada

adequadamente.

Tratamento: Eliminar imediatamente frio, vento, poeira, úmidade. Colocar a ave em gaiola

com temperatura de 30C. Se o pássaro apresentar crises agudas, na hora da crise

administrar gotas de adrenalina a 1./10.000. Manter a gaiola coberta e fazer uso de um

inalador com solução de Tylan apresenta ótimos resultados. O tratamento com R-Trill vem

possibilitando bom resultado em muitos casos.

Prevenção: Evitar lugares úmidos e sujeitos a ventos frios. Mudanças bruscas de

temperatura.

ACARÍASE RESPIRATÓRIA

Causas: Ataque do ácaro Stermostoma tracheaculum, nas vias respiratórias. A transmissão

normalmente se dá nas exposições, torneios e na introdução de novas aves no criatório.

Page 37: Apostila para criação de canário belga

Pode ser transmitida por pássaros livres que tenham acesso ao criatório. É comum a

aproximação de pardais quando as gaiolas estão fora para treinamento ou banhos de sol.

Sintomas: Respiração penosa, curta, com o pássaro abrindo e fechando o bico

constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.

Tratamento: Isolar imediatamente o pássaro apresentando esses sintomas. Ministrar G-Trox

ou Ivomecpour-on em todo o plantel em duas doses com intervalo de 15 dias. Desinfetar

todo o criatório, preferencialmente pintando as paredes com cal virgem. Aplicar Front-Line

Spray na dose de 2 gotas no dorso das aves, repetindo a dose 7 dias e 15 dias após a

primeira dose, apresenta bom resultado..

Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os

parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen

Canto e Fibra (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os

piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de

insetos. Evitar expor os pássaros a riscos de contágio. Colocar em quarentena todo o

pássaro que participar de uma exposição ou torneio.

ÁCAROS VERMELHOS

Causas: Parasita Dermanysus gallinae. Estes parasitas causam grandes problemas na

reprodução. Chamados piolhos vermelhos por serem hematófagos e apresentarem côr

vermelha quando cheios de sangue. São comumente encontrados em pombos e galinhas

podem ter sua presença despercebida por um longo período no criatório. É um parasita

noturno, se protegendo e reproduzindo em frestas, rachaduras e vãos, durante o dia. Seu

ciclo de vida pode ser completado em uma semana. Em criadouros pode permanecer por 6

meses, após a retirada das ave. A transmissão do problema se dá através de objetos

"contaminados" como: gaiolas, comedouros, capas de gaiolas, outros acessórios e pelo

próprio trânsito de pessoas de um criadouro a outro.

A ave não dorme direito, se estressando e perdendo nutrientes para o parasita. Podem

causar: diminuição da eficiência reprodutiva nos machos, diminuição da postura nas

fêmeas, diminuição da velocidade de crescimento dos filhotes, fraqueza, letargia, e

diminuição de apetite

Sintomas: Estes ácaros, durante o dia se escondem nas ranhuras dos poleiros, molas das

portas e buracos na parede ou teto. Durante o dia, principalmente nos banhos de sol, não

são observados e os pássaros ficam tranqüilos. Ataca as aves á noite. Durante a noite os

pássaros ficam agitados e não param de se bicar tentando se livrar dos parasitas.

Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray . Há criadores que

pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a

experiência. Tratar com G-TROX ou aplicar Ivomec Pour-on na dose de 1 gota no dorso

das aves apresenta bom resultado. Desinfetar o criatório.

Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os

parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre

Page 38: Apostila para criação de canário belga

qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos

pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.

ÁCAROS DE TRAQUÉIA

Os Acáros de Traquéia(S.Tracheacolum) são pequenos parasitas, especialmente das vias

respiratórias superiores, que podem ser vistos até mesmo à olho nu ou com auxílio de uma

lupa. Irritam a mucosa das àreas que atacam tais como: traquéia, pulmões, sacos aéreos,

chegando mesmo à atingir os ossos pneumáticos. Eles ao atacarem essas àreas nas quais se

instalam, produzem lesões pois, alimentam-se de sangue(HEMATÓFAGOS), causando

patologias por si só e abrindo caminho para infecções por bactérias, vírus, fungos e

mycoplasmas oportunistas. Quando da incidência desse problema deve-se melhorar o

sistema de ventilação pois, com uma melhor ventilação, melhoramos a aeração e circulação

de ar eliminando partículas em suspensão no ar do criadouro. Os ácaros em um criadouro

podem ser trazidos por aves novas introduzidas¹ e que não tenham sido submetidas à

quarentena em ambiente separado do criadouro ou por correntes de ar mal distribuídas ou

podem existir naturalmente no ambiente, onde alimentam-se de detritos e de maneira

oportunista, podem infectar as aves. Um excesso de população também pode levar à

problemas de má qualidade do ar pois, aumenta a quantidade de partículas em suspensão no

ar do criadouro. Uma forma de tratamento é o uso da Ivermectina(Ivomec® ) e outro

método é o uso de inseticida aerosol à base de piretrinas, tipo SPB® . O inseticida deve ser

desse tipo pois, é menos tóxico. O método é simples, coloca-se a(s) ave(s) em uma gaiola,

cobre-se a gaiola e aplica-se um ou dois jatos do inseticida dentro da gaiola para que a(s)

ave(s) inalem o produto durante uns cinco minutos. Esse método mostra-se eficiente,

especialmente como tratamento de emergência em aves já parasitadas por ácaros.

Os principais sintomas são:

Dificuldade respiratória.

Tosse e a ave emite sons como gemidos, dando a impressão que está engasgada.

A ave perde a voz.

A ave abre muito o bico e o limpa constantemente no puleiro.

Em casos de infestação extrema pode ocorrer a morte da ave por asfixia mecânica.

As formas de se evitar esse tipo de "inimigo" da saúde nossas aves são:

Um bom manejo higiênico do criadouro.

Quarentena de novas aves.

Page 39: Apostila para criação de canário belga

Aplicação de produto preventivo como, por exemplo, a Ivermectina, que combate não só o

ácaro de traquéia, mas, também outros endo e ectoparasitas. Boa ventilação e renovação do

ar, mas, sem correntes de ar passando diretamente pelas gaiolas, pois, essas correntes

podem carrear ácaros e outros agentes infectantes.

Isolamento de aves infestadas do ambiente do criadouro, aliás, para qualquer patologia

deve-se retirar o indivíduo do criadouro.

Eliminação das aves mortas, de preferência incinerando-as.

É possível que a água de bebida seja uma fonte de infestação, portanto, temos que ter

cuidado com a higiene dos bebedouros.

Minha experiência com Ácaros de Traquéia

Vou descrever a experiência mais recente acontecida no Criadouro de Canários de um

amigo. Algumas aves começaram a tossir e agirem como se estivessem engasgadas.

Passados alguns dias 06 aves morreram. Ele ligou relatando-me o fato e como não podia,

naquele momento, ir até o seu criadouro, o aconselhei á levar 02 aves que apresentavam os

mesmos sintomas a um veterinário, nosso conhecido, que tem especialidade em aves. O

diagnóstico² foi ácaro de traquéia. O tratamento recomendado foi o uso do SBP®, como

descrito acima. Agora estamos fazendo também uma nova aplicação da Ivermectina³,

fazendo a aplicação, repousando 15 dias e repetindo a aplicação. Os grandes vilões nesse

caso foram encontrados:

1 - Excesso de aves no criatório.

2 - Má ventilação.

Esses problemas são facilmente resolvidos com a diminuição da população de aves no

criadouro (ou aumento do criadouro em si para comportar a população requerida) e com

uma melhoria da circulação do ar.

Conclusão

Devemos ter cuidado com o manejo e sanidade de nossos plantéis e criadouros pois,

descuidos e falta de atenção para detalhes como: a correta ventilação, higiene, quarentena

,etc.; podem ser o diferencial entre o fracasso e o sucesso na criação. Devemos sempre

procurar orientação profissional, pois, teremos maior precisão no diagnóstico e no

tratamento, conseguindo assim, melhores resultados e eliminando os agentes causadores

das anormalidades e patologias.

Notas:

1 - Além dos passeriformes também afetam outras espécies como pinzones, agapornis e

outros psitacídeos. Não é recomendável ter várias espécies em um mesmo ambiente se

pretendemos realizar uma quarentena rigorosa.

Page 40: Apostila para criação de canário belga

2 - Seria interessante também realizar um diagnóstico diferencial para o Syngamus

trachea(verme vermelho de traquéia), para ter-se precisão no tratamento. Se bem que o tipo

de tratamento é o mesmo para ambos os parasitas, apesar da menor gravidade com relação

ao S. trachea por tratar-se de um nematóide.

3 - Com relação à dosagem específica da Ivermectina, existem estudos que dizem que não

devemos ultrapassar 0.1ml/kg. Existem relatos de que o uso em dosagens incorretas pode

causar cegueira em bois, cães, e tem sido observada em aves pequenas. Mas, o que temos

observado na prática em anos de criação de canários é que não houve um único caso desses

em vários plantéis.

ÁCAROS DAS PENAS

Causas: Parasita Syrongophilus bicectinata

Em ambiente natural é comum a presença de alguns piolhos brancos/amarelados, que,

normalmente não são visíveis, sendo residentes naturais, que são até benéficos para os

pássaros, pois removem células mortas das penas e pele e até determinadas bactérias.

Quando a higiene é relaxada no criatório, o acumulo de sujeira e de fezes formam o

ambiente propício para o desenvolvimento de uma superpopulação de parasitas que passam

a incomodar a ave. Há casos, inclusive de fêmeas que abandonam o choco por se sentirem

incomodadas, embora esses piolhos não se alimentem do sangue dos pássaros. As

reinfestações podem acontecer a qualquer momento. Pardais e outros pássaros contribuem

para o ressurgimento de novos focos.

Sintomas: O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. As cerdas

ficam com aspecto "roído", quebradas, imperfeitas e sem brilho. Dependendo da quantidade

de ácaros, podem comprometer o vôo. Para verificar se a ave está sendo atacada por ácaros,

pegue-a e observe com a sua asa aberta contra a luz.

Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray. Há criadores que

pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a

experiência. Produtos à base de Ivermectina não costumam apresentar bom resultado.

Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os

parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre

qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos

pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.

ÁCARO KNEMIDOCOPTES

Causa sarna de bicos, penas, e pés.

Page 41: Apostila para criação de canário belga

Vive sobre e sob a pele da ave, em galerias, promovendo coceira. Os ácaros penetram na

pele do pássaro levantando-a. Com a evolução da doença a pele cai dando lugar a crostas

esbranquiçadas, podendo, ainda criar feridas, pois o pássaro coça com muita freqüência a

área atingida.

A contaminação por este ácaro é multifatorial, sendo que as principais são: umidade

ambiental baixa, hipovitaminose A (deficiência de vitamina A) , deficiências nutricionais.

O ácaro após infectar uma ave, pode ficar até dois anos, em forma latente (dormente), sem

levar ao quadro clínico da doença. Causam lesões queretinizadas proliferativas (crostas) ao

redor do bico, anus, pernas e pés.

Como profilaxia (prevenção): fazer quarentena e tratamento preventivo das aves,

Sintomas:

O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. Com a evolução do

quadro podemos observar escamações de peleao redor do bico, anus, pernas e pés. Há casos

em que as lesões chegam a causar deformações no bico e nas unhas.

Tratamento:

Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Piolhaves. Nas feridas empregar uma pomada a

base de enxofre.

Prevenção:

4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe.

Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer

vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros,

funcionando, ainda como repelente de insetos. Cuidados com a higiene de gaiolas

acessórios e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves deve ser bem

ventilado e arejado, mas sem corrente de vento.

PROBIÓTICO + PREBIÓTICO

Organew reúne em sua formulação macro e micro-minerais, vitaminas, aminoácidos, FOS,

MOS e leveduras vivas. Esta perfeita combinação auxilia no desenvolvimento de uma

microbiota intestinal saudável, proporcionando melhor digestibilidade dos alimentos e,

conseqüentemente, aumento de eficiência alimentar.

PROPRIEDADES:

Saccharomyces cerevisiae:

Page 42: Apostila para criação de canário belga

Microorganismo eucarioto, com células alongadas ou ovaladas. Incorporado na alimentação

de duas maneiras:

-Cepas inativas com fonte de proteína, principalmente, e alguns minerais e vitaminas.

-Células vivas que se multiplicam e estimulam a microbiota intestinal.

FOS E MOS:

Ingredientes alimentares, não digeríveis, que estimulam seletivamente o crescimento e

atividade de uma ou mais bactérias benéficas da microbiota intestinal.

CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES:

-Não podem ser hidrolisados ou absorvidos nos segmentos iniciais do trato digestório.

-Servem de substrato apenas para bactérias benéficas.

-Capaz de alterar a microbiota intestinal, beneficiando o hospedeiro.

-Possui maior viabilidade do que os probióticos.

NÍVEIS DE GARANTIA POR Kg DO PRODUTO:

Proteína Bruta (Mín.)..............................22,13 %

Matéria Mineral (Máx).............................29,73 %

Matéria Fibrosa (Máx.)............................8,660 %

Extrato Etéreo (Mín.)...............................5 %

Umidade..................................................4,8 %

Saccharomyces Cerevisiae.....................9 x 10E6 UFC

FOS.........................................................2 g

MOS........................................................1 g

Vitamina B1.............................................6,75 mg

Vitamina B2.............................................19 mg

Vitamina B6.............................................13,468 mg

Vitamina B12...........................................24 mcg

Biotina.....................................................2,8 mg

Inositol....................................................1.200 mg

Acido Fólico............................................10 mg

DL-Metionina...........................................4 g

L-Lisina....................................................5 g

Cistina.....................................................1,28 g

Niacina....................................................20,3 mg

Glicina.....................................................7,21 g

Valina......................................................9,17 g

Prolina.....................................................6,08 g

Page 43: Apostila para criação de canário belga

Colina......................................................774 mg

Isoleucina................................................7,73 g

Lisina.......................................................12,79 g

Histidina...................................................4,57 g

Arginina....................................................6,95 g

Fenilalanina.............................................8,57 g

Leucina...................................................12,14 g

Serina.....................................................6,98 g

Treonina..................................................9,94 g

Alanina....................................................10,89 FTU

Metionina.................................................3,25 g

Tirosina....................................................3,78 g

Acido Glutâmico......................................19,17 g

Triptofano................................................1,8 g

Acido Aspártico.......................................17,35 g

Cálcio (Máx.)...........................................0,18 %

Fósforo (Mín.)..........................................0,021 %

Veículo q.s.p............................................1.000 g

MODO DE USAR:

Para ser usado por via oral, adicionado ao alimento.

Aves: de 1 a 2 g por kg de ração.

Bolsas metalizadas contendo 100 g e 1 kg.

Remédios

tratamento de doenças das aves

100 P.S

Tratamento do \\\"peito seco\\\". Promotor de crescimento e eficiência alimentar. Tratamento de doenças respiratórias crônicas.

Aminomix

Similar aos premix aminoácidos, vitamínicos, e minerais incorporados às

melhores rações importadas, Aminomix Pet auxilia na melhora da qualidade

nutricional dos alimentos (rações, farinhadas, misturas de sementes ou comida caseira).

Page 44: Apostila para criação de canário belga

Aminosol

Complexo líquido com todos aminoácidos essenciais, vitaminas, sais-eletrolíticos e glicose. Indicação: Antitóxico energético, rehidratante,

antidiarréico, antianêmico, estimulante do apetite, protetor hepático,

alimento protéico, coadjuvante das medicações e antiestressante

Aminosol Premix

Suplemento vitamínico e aminoácido. Auxilia na alimentação de aves e animais carentes, auxilia durante a postura, mudanças de clima e transporte.

Sendo de grande ajuda nos animais durante o crescimento

Aminostress

Em todos os casos onde necessita uma reposição rápida de vitaminas e

aminoácidos, devido a carência nutricionais. Indicado nos casos de Stress,

Hipovitaminoses, Desnutrição, Covalescença e Revitalização

Avemetazina

Associação de duas sulfas que possuem amplo espectro de ação bacteriana.

Possui grande vantagem por ser rapidamente absorvida e elntamente

eliminada, o que permite concentrações sanguíneas elevadas, melhorando

assim a sua eficiência terapêutica contra os microrganismos sensíves a sulfamidoterapia. Tratamento preventivo e curativo da Coccidiose.

Avitrin Antibiótico

Tratamento e controle das infecções bacterianas do trato respiratório e

entérico dos pássaros produzidas por Staphylococcus aureus, Chlamydia

psittacci, Salmonella spp. E Escherichia coli, infecções essas responsáveis

pelo aparecimento de corrimento nasal, diarréias, fraquesa, Inapetência e doenças respiratórias. Administrado por via oral, adicionando à água ou

diretamente no bico.

Avitrin Vermífugo

Combate aos seguintes vermes: Singamose, Heteraquediose, Ascaridiose,

Capilariose, Amidostomose, Tricostrongiloses

Avitrin Cálcio

Indicado para pequenas aves de criação na prevenção e tratamento do raquitismo e outras osteodistrofias, bem como demais manifestações

indicativas de transtornos do metabolismo do cálcio e fósforo ou de sua

Page 45: Apostila para criação de canário belga

carência e da vitamina D, por debilidade, bico mole ou quebradiço, perda

temporária do uso das pernas.

Avitrin Complexo Vitamínico

As vitaminas são essenciais em todas as fases da vida dos pássaros e sua

utilidade cresce quando as necessidades nutricionais aumentam acima do normal: no crescimento, cruzamento, postura, choco, muda de pena, durante

o tratamento de doenças infecciosas ou parasitárias e suas convalescenças,

nos estados anêmicos. Nas carências vitamínicas produzidas por defeitos de

alimentação ou da absorção intestinal. Estimula o apetite, determinando melhor aproveitamento da alimentação.

Avitrin E

Indicado para os seguintes sintomas: defeitos na reprodução, com

degeneração embrionária (baixa fecundidade dos ovos, os embriões morrem

nos primeiros dias de incubação) ; infertilidade ( baixa produção dos machos

reprodutores) ;degeneração muscular com distrofia muscular ( afetando as aves jovens) e outros.

Avitrin Ferro

Para aves nas anemias ferroprivas e macrocíticas e nas convalescenças. Sua

fórmula especialmente desenvolvida, auxilia a recuperação nos períodos de

muda e após a aplicação de vermífugos ou coccidiostáticos. É recomendado para o tratamento de estados anêmicos ocasionados por carência mineral e

vitamínica ou falhas na absorção destes elementos, nas perdas agudas ou

crônicas de sangue. Avitrin Ferro pode ser administrado profilaticamente,

proporcioando maior resistência às doenças e embelezando a plumagem.

Carnation B12 Pet

A Lisina e a Carnitina (Vitamina BT), desenvolvem e agem sobre o metabolismo energético das células. Dão aos pássaros maior agilidade e

excelente forma. Auxilia na recuperação dos animais em casos de intoxicação.

Ação estimulante. Usado para manter a atividade prolongada da musculatura

dos cães. Melhora o crescimento muscular, esquelético e cardíaco. Ajuda a melhorar o metabolismo Energético. Estimula o apetite.

Dolemil

Tratamento da sarna em pássaros ( pequenas cascas que se formam nos pés )

Ferro SM

Composição à base de ferro

Page 46: Apostila para criação de canário belga

Ferti-vit - Canto e Fertilidade

Estimula a fertilidade e o instinto reprodutor. Nos problemas de postura e

fertilidade, morte dos embriões, crescimento deficiente. Melhora o canto dos

pássaros

Glicosol L - Energético

Suplemento glicosado composto de peptídios e aminoácidos. Indicação: Stress, animais debilitados e enfraquecidos, intoxicações, convalescença,

revitalizante e rehidratação.

Hidrovit

Sais Eletroliticos, Vitaminas e aminoácidos. Devido a sua composição

perfeitamente balanceada, fornece aos animais submetidos ao stress, a

reposição rápida de todos os elementos e nutrientes, reestabelecendo o meio interno e equilibrando as funções vitais das aves, além de agir como um

promotor de crescimento.

Iodave SM

Composição à base de iodo

Plumas Kleen

Eliminador de odores. Repelente de insetos. É indicado na eliminação de

odores e na repelência de insetos e ácaros dos pássaros, assim como de suas instalações, acessórios e utensílios.

Laviz A - Suplemento Vitamínico

Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas

manifestações. Composição: Vitamina A , veículo Q.S.P.

Laviz A - Suplemento Vitamínico

Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas

manifestações. Composição: Vitamina A , veículo Q.S.P.

Laviz B1- Suplemento Vitamínico.

Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas

manifestações

Page 47: Apostila para criação de canário belga

Laviz B2 - Suplemento Vitamínico.

Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas

manifestações.

Laviz B6 - Suplemento Vitamínico.

Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz B12 - Suplemento Vitamínico.

Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas

manifestações.

Laviz C - Suplemento Vitamínico.

Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas

manifestações.

Laviz D3 - Suplemento Vitamínico.

Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas

manifestações.

Laviz E - Suplemento Vitamínico.

Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas

manifestações. Composição: Vitamina E, veículo Q.S.P. Utilizado para correção

de problemas relacionados a fertilidade.

Mercepton Oral

Utilizado para desintoxicação.

Neosulmetina

Tramento de diarréia ou enterite de origem bacteriana. Atua sobre infecções

gastro-intestinais, causadas por bactérias ou protozoários, abrangidos pelo

espectro de ação da sulfaquinoxalina e neomicina.

Orosol - Complexo Vitamínico

Page 48: Apostila para criação de canário belga

Complexo vitamínico com colina. Indicação: Tratamento das hipovitaminoses,

stress, falta de produção, estados infecciosos, convalescença e revitalizante.

Penaviar

Tratamento das infecções desintéricas das aves, e suas manifestações, causadas por germes sensíveis a Sulfadiazina e a Sulfadiazina Sódica. Como

medicação auxiliar nas diarréias inespecíficas, sindromes desinteriformes dos

pássaros, cólera aviária, coriza e infecções intestinais.

Penavit Plus

Combate o peito seco e atua como promotor de crescimento o eficiência

alimentar.

Piolhaves

Talco Piolhicida Indicado para o tratamento e controle de piolhos em pássaros

e aves em geral. O seu uso também se estende ao combate de outros

ectoparasitas que atacam as aves, tais como percevejos, ácaros, pulgas e carrapatos.

Plumas Beleza das Penas

Suplemento vitamínico aminoácido para pássaros. Ajuda a obter e a manter a

qualidade das penas (vigor, brilho e viço), a preservar o bem estar (canto e

atividade) e a prevenir o stress.

Plumas Turbo

Suplemento vitamínico, mineral e aminoácido para pássaros. Melhora a

eficiência da alimentação contribuindo na manutenção do bem estar, atividade e fogosidade e também na recuperação da qualidade das penas.

Vetococ

Controle de Coccidiose e diarréia.

Vitagold

Indicado para todos os casos em que se necessite uma adminsitração maciça

de vitaminas. Usado também após situações em que o pássaro passa por

stress.