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Sociologia- 12º ano 2015/2016 Trabalho realizado por: Catarina Veríssimo nº3 Inês Dias nº6 Joana Marques nº 7 Mariana Paiva nº11 12ºC

Família

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Sociologia- 12º ano

2015/2016

Trabalho realizado por:

Catarina Veríssimo nº3 Inês Dias nº6 Joana Marques nº 7 Mariana Paiva nº11

12ºC

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Índice

Introdução…………………………………………....................……………………………………...... Página 3

Defenição de Família……………………........................……………………………………........ Página 4

Funções da Família................................................................................................Página 4

Tipos de Família....................................................................................................Página 5

Símbolos Instituicionais............................................................................Página 6,7,8,9

Novos tipos de Família..................................................................................Página 9 e 10

Novos papéis parentais...................................................................................... Página 11

Novo lugar da criança em casa e na sociedade..............................................Página 11,12

Evolução da famílias e o estado destas atualmente.......................... Página 12, 13,14,15

Violência intrafamiliar.........................................................................................Página 16

Dia Internacional da família ....................................................................... Página 16

Direitos da Família.........................................................................Página 17, 18,19,20, 21

Conclusão..........................................................................................Página 22

Bibliografia..........................................................................................................Página 23

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IntroduçãoEste trabalho foi nos proposto na disciplina de sociologia pela professora Leonor Alves, e esperamos com ele aprofundar os nossos conhecimentos sobre o tema da família.Neste trabalho vamos falar de como pode ser defenida a família, quais os tipos de família que existem, quais são as funções que desempenha, como foi a sua evolução ao longo dos tempos, como se encontra atualmente, o seu contributo para a socidade, os seus direitos e os seus deveres.

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Definição de FamíliaA família é um grupo social doméstico, onde existe um conjunto de pessoas ligadas por laços de parentesco.Estes laços de parentesco podem ser de dois tipos: vínculos por afinidade, como o casal e por vínculos de consanguíneos como a filiação entre pais e filhos.

Funções da família

A família através das funções que exerce mantém a continuidade da existência social organizada. As funções da família são: a função sexual e reprodutiva, a função económica e a função de socialização.

Função sexual e reprodutiva

Garantir a satisfação dos impulsos sexuais dos cônjuges; Garantir a continuidade da espécie humana;

Função económica

Assegurar os meios de subsistência e bem-estar dos seus integrantes, como a alimentação, vestuário, habitação e os cuidados de saúde;

Função de socialização

É no seio da família que o indivíduo, que começa a socialização através das relações existentes entre os pais e os filhos, entre irmãos ou outras pessoas mais próximas como os avós e os tios;

É através destas relações que os indivíduos têm com a família faz com que vão assimilando a linguagem, os hábitos, as normas, as crenças e os valores considerados correctos para a sociedade.

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Tipos de famílias

Nas diferentes sociedades, é possível encontrar variados tipos de famílias, entre os quais:

Família extensa ou consanguínea

É a família que se estende por mais de duas gerações, ou seja, para além do casal e dos filhos, engloba outros parentes como os avós, netos, noras, primos, tios e sobrinhos.

A família nuclear ou conjugal

É a família constituída por um grupo mais restrito, isto é constituído apenas pelo homem (o pai), pela mulher (a mãe) e pelos filhos.

Família monoparental

É uma família apenas constituído pelo pai ou pela mãe e pelos respetivos filhos, geralmente é fruto da viuvez, divórcio ou escolha de um dos progenitores;

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Os símbolos institucionais

As famílias têm dois elementos/símbolos institucionais centrais que são: o casamento e a paternidade/maternidade.

Paternidade/Maternidade

Paternidade/Maternidade é um processo de incorporação e transição de papéis, que começa durante a gravidez e termina quando o pai/ a mãem um sentimento desenvolvem um sentimento de conforto e confiança no desempenho dos respetivos papéis.

Casamento

O casamento é um padrão socialmente aprovado para que duas ou mais pessoas estabeleçam uma família, e envolve regras que governam as relações estre marido e mulher.

Essas regras definem como deverá ser estabelecida a relação conjugal e como esta poderá ser dissolvida, os direitos e as obrigações dos cônjuges. O tipo e o processo de casamento vária de sociedade para sociedade consoante os valores, práticas sociais e cultura.

Tipos de casamento

Podemos encontrar vários tipos de casamento nas diferentes sociedades:

Casamento poligâmico

Em algumas sociedades é permitido a pluralidade de cônjuges, podendo existir dois tipos de poligamia:

PoliginiaUm casamento composto por um homem e mais que uma mulher, em que o homem desempenha o papel de marido e pai em várias famílias conjugais;Este tipo de poligamia é o mais frequente;

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PoliandriaUm casamento composto por uma mulher com dois ou mais maridos;Este tipo de poligamia é bastante raro, sendo um dos poucos exemplares os Toda, da Índia do Sul;Encontra-se associado ao infanticídio e à consequente falta de mulheres;Muitas vezes aparece com carácter fraternal, os irmãos partilharem a mesma esposa;

Casamento civil

É um casamento celebrado sob os princípios da legislação vigente em determinado Estado.

Casamento religioso

É um casamento celebrado perante uma autoridade religiosa.

Casamento homossexual

É um casamento realizado entre duas pessoas do mesmo sexo.

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Evolução do Casamento ao longo da história da Humanidade

O casamento é uma das instituições mais antigas do mundo e sofreu mudanças e adaptações ao longo da história de acordo com a evolução da humanidade e das diferentes sociedades.

O casamento na Civilização egípcia

O casamento no antigo Egipto era considerado importante para as mulheres. As mulheres costumavam casar entre os 12 e os 14 e os homens entre os 15 e os 19, o casamento só se poderia realizar com aprovação paterna e concretizava-se com a troca de presentes entre a família. O divórcio era permitido em caso de maus-tratos, adultério e a infertilidade.

O casamento na Civilização Romana

O casamento na Civilização Romana era equivalente a um acordo político, muitas vezes não existia nenhuma afectividade, era apenas uma forma de ganhar vantagem sobre alguma situação. O divórcio era permitido sem ser necessário justificações.

O casamento na Civilização Grega

O Casamento na Civilização Romana simbolizava a passagem dos jovens noivos para a idade adulta, tinha como claro objetivo a continuidade da família e a manutenção dos bens. Quem escolhia o marido/a mulher eram os pais, e quando encontravam era estabelecido um contrato. O pai da noiva oferecia sempre um dote, mas em caso de divórcio o dote teria de ser devolvido.

O casamento na Idade Antiga

Na Idade Antiga o casamento era um acordo formal entre o noivo e o pai da noiva que implicava no pagamento de um dote por parte do pai e havia uma celebração religiosa domiciliar.

O casamento na Idade Média

Na Idade Média o casamento passa a ser um sacramento da Igreja constituindo um modelo conjugal cristão, não se dava importância ao amor no relacionamento e a validade do sacramento do matrimónio residia na fidelidade e em filhos em comum.

O casamento na Idade Moderna

Na idade Moderna começaram a ser mais comuns os casamentos por amor e não apenas por interesse. Os casamentos tinham de ser realizados na presença de um membro da igreja, e os divórcios eram proibidos pela igreja.

O casamento na Idade contemporânea

A idade contemporânea as pessoas casavam-se devido aos sentimentos e não devido aos interesses, onde a mulher e o homem passaram a ter responsabilidade partilhada e mulher passou a exercer outro papel na relação, com espaço e direitos preservados.O casamento atualmente

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Atualmente, a questão do casamento por interesse já não se coloca, o homem e a mulher passaram a ter estatutos idênticos e partilham responsabilidades na gestão da vida familiar, na educação e cuidado com os filhos.

Novos tipos de família

A família sofre com as alterações da sociedade que a rodeia, tanto na sua estrutura interna como nas suas funções. Esta instituição social encontra-se, pois, num processo continuo de mutação.

O divórcio tornou-se uma prática comum; a autoridade do pai de família declinou; a divisão do trabalho no seio da família alterou-se; os filhos são, deste pequenos, entregues ao cuidados de outras instituições, isto é, as funções sociais da família da família foram afectadas pelas recentes mudanças sociais.

Esta «crise da família» tem levado a divulgação de formas de vida familiar alternativas à família nuclear tradicional. De facto, os grupos domésticos conheceram profundas alterações nos últimos 40 anos, dando origem a novas formas de família:

Coabitação

É uma forma de vida familiar em que o casal mantem uma relação sexual estável, vive em conjunto mas não efetpu casamento;

Em muitos países é uma prática social legítima e tem vindo a aumenat o que implicou o estabelecimento de direitos, isto é, um estatuto legal;

Em Portugal, esta forma de família é apelidada de união de facto; Os casias em união de facto, com e sem filhos, tem aumentado em Portugal, numa

tendência regular, tendo quase quadroplicado nos últimos 20 anos;

Famílias recompostas

São famílias que resultam de um novo casamento ou união com reunião dos filhos de casamentos anteriores;

Famílias homossexuais

É um novo tipo de família em que o casal é formado por indivíduos do mesmo sexo.

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Em muitos países o casamento entre homossexuauis é permitido, estando legalmente previsto e tendo um quadro legal estabelecido para o caso da sua dissolulção.

Em 2041, 14 paises, entre os quais Portugal já tinha legalizazado o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A educação de crianças pelas famílias homossexuais é a área mais discutida, tendo particular a cuidado no caso da adoção.

A «geração canguru»

Uma das novas formas de vida familiar consiste na vida dos filhos em idade adulta em casa dos seus pais;

São sobretudo do sexo masculino, que tendo dificuldadfe em se tornarem independentes financeiramente, por não encontrarem emprego ao por dificuldades de ter a sua própria residência, encontram na casa paterna o apoio de que necessitam para uma vida independebbte, para além do suporte emocial sempre necessário;

Os pais, embora preferissem uma solução diferente e próxima do tradicional, estudos-emprego-casamento, encaram este novo modelo familiar como solução provisória;

«Sós»/monorresidência/ Unipessoais

Outra forma de vida, que tem aumentado de forma continuada nas últimas décadas, é desiganada nomorrtesidencia;

Caracteriza-se pelo facto de as pessoas viverem sos e abrange transversalmente a sociedade: jovens, indivíduos em idade adulta por opção ou em situação transitória e idosos.

Novos Papéis Parentais

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A economia industriauma unidade de produção económica, antes se transformal afastou da família os papéis e as relações profissionais tradicionais.

A produção deslocou-se para a fábrica, para a loja e para o escritório. A família já não se encontra unida pelo trabalho em conjunto, uma vez que os seus membros, que se especializam, trabalham separadamente. Já não constitui uma unidade de produção económica, antes se transformou numa unodade consumidora de bens e serviços produzidos no exterior.

A própria família conjugal tornou-se menor, à medida que os processos de industrialização e de urbanização se desenvolveram. Nas sociedades tradicionais, as famílias desejam ter muitoss filhos, pois estes são economicamente úteis, trabalhando para o sustento do lar. Para as sociedades industrializadas, as crianças deixaram de constituir um bem económico para se tornarem um encargo dispendioso. Os valores da sociedade fora do circuito familiare atribuem menor importância às famílias numerosas.

A tecnologia moderna, exigindo estudos mais prolongados, implica que a família não possa preparar convenientemente os filhos para o desempenho dos seus futuros papéis de elementos produtivos da sociedade. As tarefas educativas passam, assim a ser desempenhadas também por outras instituições, de que a escola e os média são os exemplos mais significativos.

Por outro lado, o ingresso das mulheres no mercado de trabalho operou uma das maiores mudanças na vida familiar. Um emprego remunerado veio aumentar a independência da mulher em relação ao marido, pois o seu sustento já não depende deste. Esta nova situação veio modificar as relações dentro do casamento. A família já não é dominada pela autoridade do homem, mas baseia-se numa relação igualitária entre os cônjuges.

Novo lugar da criança em casa e na sociedade

O lugar da criança na sociedade atual é bem diferente daquele que ocupava há séculos.

A sociedade pré-industrial exigia dos mais novos os seus braços para os trabalhos no campo e putras atividades necessárias à sua difícil sobrevivência. Aos jovens membros da família era exigida colaboração, desde cedo, sobretudo por razões económicas. Não havia lugar para um crescimento harmonioso e afetivo, com respeito pelo que a criança é, nos sus aspetos físicos e psicológos.

Com a evolução da sociedade industrial e o desenvolvimento económico, muitos aspetos mudaram nas práticas sociais e uma dessas àreas foi, precisamentee, a atenção posta na criança e na sua educação. Liberta do seu contributo, enquanto força de trabalho para a sobrevivência familia, a criança, enquanto ser desejado e espelho da felicidade conjugal, passa a centro fa família onde os afetos são o polo agregador.

Ao longo do século XX, surge todo um conjunto de documentos com normas específicas, consagrando essa atenção a dar à criança, em termos de crescimento, educação e afeto. A declaração dos direitos humanos, de 1948, e a mais recente declaração de 1989, com 54

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artigos, demostram ambas as preocupações tidas com a criança enquanto ser específico e não enquanto «adulto pequeno»,

Na cultura ocidental europeia, a família burguesa moderna, tem como características básicas, os afetos e a qualidade das relações entre pai, mãe e filhos, e entre cônjuges. A proteção deste núcleo privado, como um lugar privilegiado para os jovens, é a imagem da família na modernidade.

Em apoio à família surgiram creches, infantários, escolas especializadas, variadas instituições de ocupação dos tempos llivres e todo um conjunto de atividades formativas que socializam a criança, acompanhado-a nas suas diferenças etapas do crescimento e contribuindo para a sua boa integração social.

As representações que temos das nossas responsabilidades sociais para com os jovens e alguma dificuldade sentida pelas famílias por não poder, por vezes, dispensar-lhes mais atençãofamílias a um excesso e zelo em que as compensações materiais têm lugar.

O bem-estar, a educação e formação, a fam´lia, a privacidade e o afeto são direitos da criança e jovens em geral. No entanto, ao educar-se uma criança para os direitos, há que não que esquecer os deveres, sob a pena de se estar a criar uma «ditadura» dos mais novos e uma deficiente formação para a cidadania.

Evolução da famílias e o estado destas atualmente

A caracterização das famílias que se faz atualmente é bastante diferente da caracterização que se fazia antigamente. Os fatores que levaram a esta mudança da caracterização das famílias são: o envelhecimento da população, o declínio da taxa de natalidade e do tamanho da família, o aumento da desigualdade entre ricos e pobres, o aumento do acesso das mulheres à educação, o aumento das taxas de divórcio e recasamento, aumento do número de famílias monoparentais e reconstituídas, a mudança e equiparação dos papéis de género, o aumento do trabalho da mulher fora de casa, o facto de a idade de ingresso no Mundo Laboral e a idade da Reforma ser mais avançada.

Sendo assim as famílias caracterizadas na sua maioria por famílias de menor dimensão, famílias reconstituídas, famílias monoparentais, famílias de idosos e famílias unipessoais.

Como podemos vereficar com a leitura do gráfico, o número de agregados domésticos privados, ou seja famílias, tem apresentado um ligeiro aumento nos últimos anos.

Dentro dos grupos domésticos privados, podemos verificar que que os agregados domésticos com filhos e outros vereficou uma diminuição, enquanto que os agregados domésticos sem filhos, constituídos por um único elemento e monoparentais apresentam um aumento.

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O gráfico do Grupo etário do representante da família é bastante representativo do envelhecimente da população, pois os grupos etários de idades mais velhas são aqueles que apresentaram um maior aumento, sendo mesmo o grupo etário + 65 que apresentou o aumento mais significativo, enquanto que o grupo etário mais jovem, 15-34, apresentou uma diminuição significativa.

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Os dois seguintes gráficos são representativos da redução da dimesão das famílias. No gráfico das famílias classicas por números indivíduos, podemos verificar que as famílias que apresentam menor elementos, como as de 1 e 2 elementos, são aquelas que tam apresentado um mior aumento. As famílias de 3 a 5 elementos apresentaram aumento, mas apartir de 2001 verificou-se uma diminuição. Por fim, as familias com 6 ou mais elemetos, as familias numerosas, apresentaram uma diminuição bastante acentuada.

Em consequência o número médio de indivíduos por família têm diminuido, passando de 3,1 em 1999 passando para 2,6 em 2015.

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19992000

20012002

20032004

20052006

20072008

20092010

20112012

20132014

20150

200400600800

1000120014001600

Grupo etário do representante da família

15-34 35-44 45-54 55-64 65 +

Anos

Milh

ares

de

pess

oas

1960 1970 1981 1991 2001 20110

500000

1000000

1500000

2000000

Famílias clássicas por número de indivíduos

1 2 3 a 5 6 +

Anos

Núm

ero

de fa

míli

as

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Como já

verificamos anteriormente com análise de outro gráfico e com a análise deste, concluísse que as famílias de apenas um elemento sofreram aumento bastante acentuado nos últimos anos. Verifica- se também que as famílias de apenas com elemento, mas com mais de 65 aumentou também, sendo representativo do envelhecimento da população em Portugal e é representativo do isolamento que os idosos são avlo hoje em dia em Portugal.

Como já verificamos anteriormente com a análise de outro gráfico e com a anáilise deste gráfico podemos verificar que as famílias monoparentais sofreram um aumento. Apesar de quer as famílias monoparentais femeninas quer as masculinas soferam um aumento, apesar de que as famílias monoparenatais femeninas existirem em maior número.

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19992000

20012002

20032004

20052006

20072008

20092010

20112012

20132014

20152.32.42.52.62.72.82.9

33.13.2

Dimensão média dos agregados domésticos privados

Dimensão médias dos agregados domésticos privados

Anos

Núm

ero

de in

diví

duos

1981 1991 2001 20110

200000

400000

600000

800000

1000000

Famílias clássicas unipessoais

Total de famílias unipessoais Famílias unipessoais com 65 +

Anos

Núm

ero

de fa

míli

as

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20002001

20022003

20042005

20062007

20082009

20102011

20122013

20142015

0100000200000300000400000500000

Agregados domésticos privados monoparentais

Agregados domésticos privados monoparentais totaisAgregados domésticos privados do sexo masculinoAgregados domésticos privados do sexo feminino

Anos

Núm

ero

de a

greg

ados

dom

éstic

os

priv

ados

Violência intrafamiliar

A vioência doméstica é uma forma de abuso, geralmente físico, de um membro da família sobre outro ou outros. As Mulheres e as criança são na grande marioria das vezes as principais vítimas.

Os abusos sobre as crianças atravessam toda a sociedade, verificando-se em todos os estratos sociais. Podem envolver os seguintes aspetos:

Negligência; Abusos físicos; Abusos emocionais; Abusos sexuais.

Qualquer dos aspetos referidos implica violência de um indivíduos mais «forte» sobre outro, o que demostra oexercicio de um poder sobre alguém, que não pode ou tem dificuldade em defender-se.

O facto de só recentemente se terem instituído direitos para as crianças, que antes eram vistas como elementos exclusivos das suas famílias, e de se dispor de poucos estatísticos, visto ser díficil a denúncia por parte das vítimas, não permite uma avaliação global do problema , estimando-se que grande parte dos casos seja ainha desconhecida. Como consequência, as crianças maltratadas poderão, em adultas, reproduzir algumas das práticas de que foram vítimas.

Este é o lado negro da vida familiar que todas as sociedades têm conhecido. No entanto, a luta pelos direitos dos grupos mais frágeis da sociedade tem proporcionado informação e apoio social.

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Dia Internacional da Família

O dia internacional da família é celebrado anualmente a dia 15 de Maio, data escolhida pela Assembleia Geral da ONU em 1944.

A celebração do Dia Internacional da Família visa, entre outros objetivos, destacar:

A importância da família na estrutura do núcleo familiar e o seu relevo na base da educação infantil;

Reforçar a mensagem de união, amor, respeito e compreensão necessárias para o bom relacionamento de todos os elementos que compõem a família;

Chamar a atenção da população para a importância da família como núcleo vital da sociedade e para seus direitos e responsabilidades desta;

Sensibilizar e promover o conhecimento relacionado com as questões sociais, económicas e demográficas que afectam a família.

Em 2016, o tema do dia internacional da família foi: "Famílias, vidas saudáveis e futuro sustentável".

Direitos da família

ARTIGO 1a) Cada homem e cada mulher, atingindo a idade de contrair matrimónio e tendo a capacidade necessária, tem direito de casar-se e constituir uma família sem discriminação de nenhum tipo; Nesse matrimónio deve respeitar-se a dignidade e os direitos fundamentais da pessoa;

b) Os que desejam casar-se e constituir uma família têm o direito de esperar da sociedade as condições morais, educativas, sociais e económicas que lhes permitam o exercício do direito de casar-se com maturidade e responsabilidade;

c) O valor institucional do matrimónio deve ser reconhecido pelas autoridades públicas; a situação dos que vivem juntos sem estarem casados não pode ser colocada ao mesmo nível dos que contraíram devidamente o matrimónio.

ARTIGO 2

a) Com o devido respeito pelo papel tradicional que exercem as famílias em algumas culturas guiando a decisão de seus filhos, deve ser evitada toda pressão que tenda a impedir a escolha de uma pessoa concreta como cônjuge;

b) Os futuros esposos têm o direito a que se respeite a sua liberdade religiosa. Portanto, impor como condição prévia ao matrimónio a negação da fé, ou uma profissão de fé que seja contrária à sua consciência, constitui uma violação deste direito.

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c) Os esposos, na complementaridade natural do homem e da mulher, têm a mesma dignidade e iguais direitos no casamento.

ARTIGO 3a) As actividades dos poderes públicos ou das organizações privadas, que tratam de limitar de algum modo a liberdade dos esposos nas suas decisões relativas aos filhos, constituem uma grave ofensa à dignidade humana e à justiça;

b) Nas relações internacionais, a ajuda económica concedida para o desenvolvimento dos povos não deve ser condicionada pela aceitação de programas de contracepção, esterilização ou aborto;

c) A família tem direito à ajuda da sociedade no que se refere ao nascimento ou à educação dos filhos. Os casais que têm uma família numerosa têm direito a uma ajuda adequada e não devem sofrer discriminações.

ARTIGO 4

a) O respeito pela dignidade do ser humano exclui qualquer manipulação experimental ou exploração do embrião humano;

b) Qualquer intervenção sobre o património genético da pessoa humana que não vise a correcção de anomalias constitui uma violação do direito à integridade física e está em contradição com o bem da família;

c) Tanto antes, como depois nascimento, os filhos têm direito a uma protecção e assistência especial, bem como a mãe durante a gestação e um período razoável depois do parto;

d) Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimónio gozam do mesmo direito à protecção social, com vista ao desenvolvimento integral de sua pessoa;

e) Os órfãos e as crianças abandonadas, sem a assistência dos pais ou tutores devem gozar de protecção especial por parte da sociedade. No que concerne às crianças que devem ser confiadas a uma família ou devem ser adoptadas, o Estado deve instaurar uma legislação que facilite às famílias acolher as crianças que precisam ser amparadas de modo temporário ou permanente e que, ao mesmo tempo, respeite os direitos naturais dos pais;

f) As crianças excepcionais têm o direito de encontrar no lar ou na escola um ambiente conveniente ao seu desenvolvimento humano.

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ARTIGO 5a) Os pais têm o direito de educar os seus filhos de acordo com suas convicções morais e religiosas, levando em consideração as tradições culturais da família que favorecem o bem e a dignidade da criança, e devem também receber da sociedade a ajuda e a assistência necessárias para cumprir seu papel de educadores de modo condigno;

b) Os pais têm o direito de escolher livremente as escolas ou outros meios necessários para educar seus filhos, em conformidade com as suas convicções. Os poderes públicos, ao repartirem os subsídios públicos, devem fazer de tal forma que os pais fiquem verdadeiramente livres de exercer este direito sem terem que se sujeitar a ónus injustos. Os pais não devem, directa ou indirectamente, sofrer ónus suplementares que impeçam ou limitem o exercício desta liberdade;

c) Os pais têm o direito de obter que seus filhos não sejam obrigados a receber ensinamentos que não estejam de acordo com suas convicções morais e religiosas – particularmente na educação sexual – que é um direito fundamental dos pais, deve sempre ser proporcionada sob sua atenta orientação no lar ou nos centros educativos, escolhidos e controlados por eles mesmos;

d) Os direitos dos pais são violados quando o Estado impõe um sistema de educação obrigatório, no qual se exclui a educação religiosa;

e) O primeiro direito dos pais de educarem seus filhos deve ser garantido em todas as formas de colaboração entre pais, professores e responsáveis das escolas e, em particular, nas formas de participação destinadas a conceder aos cidadãos um papel no funcionamento das escolas e na formulação de aplicação das políticas de educação;

f) A família tem o direito de esperar dos meios de comunicação social que sejam instrumentos positivos para a construção da sociedade e defendam os valores fundamentais da família. Ao mesmo tempo, a família tem o direito de ser protegida de modo adequado, em particular em relação a seus membros mais jovens, dos efeitos negativos ou dos ataques provindos dos meios de comunicação de massa.

ARTIGO 6

a) Os poderes públicos devem respeitar e promover a dignidade própria de cada família; sua legítima independência, intimidade, integridade e estabilidade;

b) O divórcio fere a própria instituição do casamento e da família;

c) O sistema da família grande, onde existe, deve ser estimado e ajudado para melhor perceber seu papel tradicional de solidariedade e assistência mútua, respeitando, ao mesmo tempo, os direitos da família nuclear e a dignidade de cada um de seus membros como

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pessoa.

ARTIGO 7

Cada família tem o direito de viver livremente a sua própria vida religiosa no lar, sob a direcção dos pais, assim como o direito de professar publicamente e propagar sua fé, de participar nos actos de culto em público e nos programas de instrução religiosa, livremente escolhidos, sem qualquer discriminação.

ARTIGO 8a) As famílias têm o direito de criar associações com outras famílias e instituições para exercer o papel próprio da família de maneira adequada e eficiente, e para proteger os direitos, promover o bem e representar os interesses da família;

b) No plano económico, social, jurídico e cultural, o papel legítimo das famílias e das associações familiares deve ser reconhecido na colaboração e no desenvolvimento dos programas que têm repercussão na vida familiar.

ARTIGO 9a) As famílias têm o direito de serem beneficiárias de condições económicas que lhes assegurem um nível de vida conforme à sua dignidade e ao seu pleno desenvolvimento. Não devem ser impedidas de adquirir e possuir bens próprios que possam favorecer uma vida de família estável; as leis de sucessão e de transmissão de propriedade devem respeitar as necessidades e os direitos dos membros da família;

b) As famílias têm o direito de serem beneficiárias de medidas no plano social que levem em consideração as suas necessidades, em particular no caso de falecimento prematuro de um dos pais, no caso de abandono de um dos cônjuges, no caso de acidente, de doença ou de invalidez, ou desemprego ou ainda, quando a família deve arcar, para cuidar dos seus membros, com encargos suplementares relacionados com a velhice, com as condições físicas ou psíquicas ou com educação dos filhos;

c) As pessoas idosas têm o direito de encontrar no seio da sua própria família, ou se isso não for possível, nas instituições adaptadas, a situação na qual elas possam viver sua velhice com serenidade, exercendo actividades compatíveis com a sua idade e que lhes permitam participar na vida social;

d) Os direitos e as necessidades da família e, em particular, o valor da unidade familiar devem ser levados em consideração na política e na legislação penal, de tal modo que um preso possa ficar em contacto com a sua família e que esta receba um auxílio conveniente durante o período de reclusão.

ARTIGO 10a) A remuneração do trabalho deve ser suficiente para formar e fazer viver dignamente uma

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família, seja através de um salário adaptado, chamado salário-família, seja através de outras medidas sociais como os “abonos familiares” ou a remuneração do trabalho de um dos pais na própria casa, essa deve ser tal que a mãe de família não seja obrigada a trabalhar fora de casa, com prejuízo da vida familiar e, em particular, da educação dos filhos;

b) O trabalho da mãe em casa deve ser reconhecido e respeitado pelo seu valor, pela família e pela sociedade.

ARTIGO 11

A família tem direito a uma casa decente, apta à vida familiar, e proporcional ao número de seus membros, em um ambiente fisicamente sadio que ofereça os serviços básicos para a vida da família e da comunidade.

ARTIGO 12

a) As famílias dos imigrantes têm direito ao respeito de sua própria cultura e a receber o apoio e a assistência necessários para a sua integração na comunidade à qual trazem sua contribuição;

b) Os trabalhadores emigrantes têm direito de poder estar com a sua família logo que lhes seja possível; c) Os refugiados têm direito à assistência dos poderes públicos e das organizações internacionais para facilitar o reagrupamento de sua família.

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Conclusão

Com elaboração deste trabalho podemos que a família é algo que está sempre em transformação, sempre acompanhando a sociedade que a rodeia.

Estas transformações ocorrem não só no tipo de famílias, como a cobitação, as famílias recompostas, as famílias homessuais e as famílias unipessoais, mas também no seu perfil demográfico, sendo caracterizado na sua maioria por famílias de menor dimensão, famílias reconstituídas, famílias monoparentais, famílias de idosos e famílias unipessoais.

Concluímos também que hoje em dia as famílias e os seus membros se econtram mais protegidos não devido a existência do direitos da famílias, mas também devido à celebração do Dia internacional da família.

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Bibliografia

Para a realização deste trabalho foram necessários os seguintes recursos:

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Editora

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