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TESTEMUNHO Desde Areosa, Viana do Castelo, vou escrever o que me sai da memória e do coração. Muito Unida a vós! Saudações a todos e especialmente a quem me conhece pessoalmente. Fui convidada para participar na Semana de Espiritualidade da Família Salesiana pela nossa Provincial, a Ir. São Santos, a quem muito agradeço. Acolhi este convite com gratidão e muita alegria. Foram dias de mergulho em D. Bosco, porém não de um modo teórico, ou conceptual, mas de modo vivencial. Porquê? Porque o que mais me marcou nem foram propriamente as conferências, mas as vivências que lá tivemos. - Primeiro, o convívio fraterno como Família Salesiana de Língua Portuguesa, quer na pequena visita que fizemos a Roma, na tarde do 1º dia e até às 15h do 2º dia, - não esqueço os nossos momentos de oração em conjunto, - quer já no encontro, nos trabalhos de grupo, onde estavam já novos irmãos, que estão ainda fresquinhos como membros da Família Salesiana, a Canção Nova, assim como outros mais antigos, as Irmãs da Caridade de Miyasaki. Senti a falta de mais leigos portugueses. Falo dos Salesianos Cooperadores, das Voluntárias de D. Bosco e dos Antigos/as Aluno/as. É certo que é uma despesa grande, esta, no total cerca de cento e vinte contos (em moeda antiga, alguns entendem-me melhor!), mas é um investimento na qualidade da nossa salesianidade. Se nos revezarmos, vamos todos ficar mais enriquecidos, e até os jovens e outras pessoas a quem nos dedicamos vão beneficiar, pois as nossas atitudes vão sendo mais à maneira de D. Bosco. - Segundo aspecto vivencial que muito me marcou, foi o contacto muito mais directo, com os nossos superiores. As atitudes tanto do Reitor-Mor, como do seu Vigário e de outros salesianos e da Irmã que orientava os ensaios de cânticos, ficaram-me bem marcadas. Faz-nos bem ver nossos irmãos e irmãs a pôr em prática o Sistema Preventivo até em pequeninas atitudes de orientação de um encontro com adultos. Neste aspecto o Reitor-Mor foi imprevisível. Aprendi a ser mais salesiana com o que vi nele. - Depois, aqueles tempos de oração bem cuidados e conduzidos com a profundidade daquele salesiano de que não recordo o nome e bem preparados pelas equipas de animação. - Não posso deixar de referir as experiências que foram lá partilhadas. Concretamente aquela de uma diocese de Itália que é toda ela salesiana, isto é, a maioria dos padres diocesanos são salesianos cooperadores e a pastoral juvenil é organizada como D. Bosco a quereria, hoje, em colaboração entre os vários grupos da Família Salesiana. - Gostei também muito do que disse a nossa Madre Geral, recentemente eleita, a Ir. Ivonne Reungoat na Boa Noite do 2º dia do encontro. A nós FMA compete a responsabilidade, na Família Salesiana, de manter o amor a Nossa Senhora Auxiliadora. E, afirmou a Madre: “Maria Auxiliadora pede-nos que, como o Reitor Mor nos disse, cultivemos uma «cultura da Família Salesiana», ela é também a Mãe da Família Salesiana e depois, tendo-nos reunido só a nós, reafirmou-o. Não podemos continuar a educar bem se não nos unirmos na acção apostólica concreta.

Testemunho sem esp fs 2009

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Page 1: Testemunho sem esp fs 2009

TESTEMUNHO

Desde Areosa, Viana do Castelo, vou escrever o que me sai da memória e do coração.Muito Unida a vós! Saudações a todos e especialmente a quem me conhece pessoalmente.

Fui convidada para participar na Semana de Espiritualidade da Família Salesiana pela nossa Provincial, a Ir. São Santos, a quem muito agradeço. Acolhi este convite com gratidão e muita alegria. Foram dias de mergulho em D. Bosco, porém não de um modo teórico, ou conceptual, mas de modo vivencial. Porquê?Porque o que mais me marcou nem foram propriamente as conferências, mas as vivências que lá tivemos.

- Primeiro, o convívio fraterno como Família Salesiana de Língua Portuguesa, quer na pequena visita que fizemos a Roma, na tarde do 1º dia e até às 15h do 2º dia, - não esqueço os nossos momentos de oração em conjunto, - quer já no encontro, nos trabalhos de grupo, onde estavam já novos irmãos, que estão ainda fresquinhos como membros da Família Salesiana, a Canção Nova, assim como outros mais antigos, as Irmãs da Caridade de Miyasaki. Senti a falta de mais leigos portugueses. Falo dos Salesianos Cooperadores, das Voluntárias de D. Bosco e dos Antigos/as Aluno/as. É certo que é uma despesa grande, esta, no total cerca de cento e vinte contos (em moeda antiga, alguns entendem-me melhor!), mas é um investimento na qualidade da nossa salesianidade. Se nos revezarmos, vamos todos ficar mais enriquecidos, e até os jovens e outras pessoas a quem nos dedicamos vão beneficiar, pois as nossas atitudes vão sendo mais à maneira de D. Bosco.

- Segundo aspecto vivencial que muito me marcou, foi o contacto muito mais directo, com os nossos superiores. As atitudes tanto do Reitor-Mor, como do seu Vigário e de outros salesianos e da Irmã que orientava os ensaios de cânticos, ficaram-me bem marcadas. Faz-nos bem ver nossos irmãos e irmãs a pôr em prática o Sistema Preventivo até em pequeninas atitudes de orientação de um encontro com adultos. Neste aspecto o Reitor-Mor foi imprevisível. Aprendi a ser mais salesiana com o que vi nele.

- Depois, aqueles tempos de oração bem cuidados e conduzidos com a profundidade daquele salesiano de que não recordo o nome e bem preparados pelas equipas de animação.

- Não posso deixar de referir as experiências que foram lá partilhadas. Concretamente aquela de uma diocese de Itália que é toda ela salesiana, isto é, a maioria dos padres diocesanos são salesianos cooperadores e a pastoral juvenil é organizada como D. Bosco a quereria, hoje, em colaboração entre os vários grupos da Família Salesiana.

- Gostei também muito do que disse a nossa Madre Geral, recentemente eleita, a Ir. Ivonne Reungoat na Boa Noite do 2º dia do encontro. A nós FMA compete a responsabilidade, na Família Salesiana, de manter o amor a Nossa Senhora Auxiliadora. E, afirmou a Madre: “Maria Auxiliadora pede-nos que, como o Reitor Mor nos disse, cultivemos uma «cultura da Família Salesiana», ela é também a Mãe da Família Salesiana e depois, tendo-nos reunido só a nós, reafirmou-o. Não podemos continuar a educar bem se não nos unirmos na acção apostólica concreta.

- E, a propósito de unirmo-nos, passo a outro aspecto da vivência do encontro que também foi muito forte para mim. Eu já sabia que éramos 23 grupos da Família Salesiana, mas só conhecia 7 que são os que temos em Portugal, mas ali o meu coração teve necessidade de sofrer aquilo que o Reitor-Mor nos indicou e de que fala na Estreia deste ano. Precisamos de nos abrir e aceitar a diferença na nossa Família Salesiana. Nós somos uma Família de famílias. Não somos uma “família nuclear”, mas uma família alargada, com pais, filhos, primos, netos!.... Calma! Não, isto, não! Aqui está a diferença do que eu fui viver à Itália. Muitas vezes tenho ouvido referir que as Congregações que foram fundadas por vários salesianos são nossas primas, pois seriam filhas de um irmão nosso (!!!), não! Não! São nossas irmãs todas e todos. Isto é, eu aprendi a aceitar como irmão da mesma Família Salesiana qualquer membro pertencente a outro Instituto aceite na Família, pois afinal, essas congregações, não pretendem, em última instância imitar o seu fundador, mas seguir os ensinamentos e a vida de S. João Bosco. Quase como dizemos de Jesus, que é tão rico na sua vida e missão que nenhum carisma o consegue imitar completamente. Assim S. João Bosco! Uma Congregação foi buscar o sentido do “Trabalho e Temperança” outro só a preocupação pela “Evangelização do homem para uma sociedade nova”, outro ….. e não dá para me alongar mais. Ele colocou realmente a semente de mostarda de que fala o Reitor –Mor - e Jesus na Parábola - e depois Deus deu o crescimento, como diz S. Paulo. E hoje somos uma grande Família que deve unir mais esforços para nos transformarmos num grande Movimento.

- Por fim refiro que tudo isto está incluído na estreia do Reitor –Mor para 2009. Basta lê-la com atenção e encontram-se lá muitos dos aspectos aqui aflorados. Não posso deixar de lembrar que o desafio lançado pelo Reito-Mor foi, resumindo:

· que nos uníssemos mais como grupos da Família Salesiana· e que déssemos vida ao Movimento Salesiano.

Para concretizarmos isto deu-nos algumas pistas, entre elas a de conhecermos bem a Carta de Comunhão e a carta da Missão da Família Salesiana. Já as li e aprofundei há anos atrás, quando não conhecia os actuais 26 grupos da Família Salesiana. Preciso mesmo de voltar a ler e aprofundar estes documentos.

E termino dizendo mais duas reflexões minhas, depois desta experiência:

- Agora, é difícil que um cristão sensível à educação não encontre lugar em algum dos grupos da Família Salesiana, tão grande é a oferta!.... E ouvi dizer lá que o número dos grupos que ainda aguardam a entrada na FS são pouco menos que os 26 que já entraram! Sabiam?

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- E mais esta que é um desafio: “De tantos grupos de leigos consagrados, de casais consagrados, de religiosos e religiosas que há na Família Salesiana, vingarão no futuro certamente só aqueles que aceitarem viver em comunhão na Família sendo testemunhas autênticas do amor de D. Bosco que é uma actualização para os tempos de hoje do amor educativo de Jesus Cristo pelos mais novos!”

Ir. Maria Fernanda Rosa Afonso (FMA)