AVM FACULDADE INTEGRADA

ATIVIDADE DE APROFUNDAMENTO ACADÊMICO

DISCIPLINA: GERENCIAMENTO DE CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES DE VALOR.

Canais de distribuição no cenário atual em relação ao período do Milagre econômico.

OUTUBRO/2014.

Por: Marcelo Barbosa de Lima - M00052Agatha Zenóbio – M00042Fábio Cristiano Rolim – M00051

Este trabalho tem como tema gerador a Revolução de 1964 e seus impactos na sociedade contemporânea. O período conhecido como milagre econômico brasileiro (1968-1973) em função das extraordinárias taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) aconteceu em um dos momentos mais difíceis da política no Brasil, a ditadura militar. As possíveis determinantes do movimento de crescimento econômico no período do “milagre”, segundo os autores Veloso, Villela e Giambiage (2008) decorreram da situação externa favorável, do desempenho de variáveis política e econômica no período de (1968-1973) e das reformas institucionais do Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG) do governo Castello Branco (1964-1967).

No período compreendido entre os anos de 1974 e 1979 houve uma desaceleração na taxa de crescimento que desencadeou na chamada “década perdida” dos anos 80, quando o crescimento foi inferior a 0,5% ao ano. Somente a partir de 1992 houve uma aceleração do crescimento para 2% ao ano. Segundo Sachs e Warner (1995) a abertura da economia na década de 90, pode ter contribuído para a recuperação do crescimento.

O gerenciamento dos canais de distribuição no Brasil, no período compreendido entre os anos do chamado milagre econômico, influenciou favoravelmente no progresso do fluxo de mercado gerado pelas demandas da época, entrando em declínio, apenas a partir de 1974 quando houve a desaceleração do crescimento, agravada pela crise do petróleo.

Em um país de dimensões continentais como o Brasil, os canais de distribuição, são fundamentais para que o produto fabricado pelo produtor chegue até o consumidor final de forma econômica e confortável.

Ao contrário do fluxo de distribuição bem planejado -como se conhece na Europa e na América do Norte –hoje, temos no Brasil, um baixo índice de investimentos na infraestrutura para uso do fluxo de distribuição, principalmente nas sucateadas estradas e na ausência crônica de ferrovias, diferentemente do que foi visto na época do milagre econômico, quando se fazia investimentos nessas áreas.

Para que haja mudança no cenário do fluxo de distribuição no Brasil, se faz necessário uma revisão no planejamento, nas políticas e nos investimentos feitos pelo do governo. Uma solução para o país seria a cabotagem, ou seja, o transporte de cargas por mar. Este setor, mais ecológico e mais econômico que as estradas e ferrovias, apenas no primeiro semestre deste ano, cresceu 9,8% enquanto a economia cresceu 0,5% no mesmo período. Há indicativos que esta mudança ocorra nos próximos anos, com a extinção dos gargalos nos portos, novos investimentos em infraestrutura e desburocratização do setor.

Segundo o Programa de aceleração do crescimento, feito pelo governo brasileiro (Ministério do Planejamento), está programado o investimento em 71 empreendimentos em 23 portos brasileiros para ampliar, recuperar e modernizar as estruturas visando uma redução nos custos logísticos, a melhora da eficiência operacional, aumento da competitividade das exportações e incentivo ao investimento privado. Há obras de dragagem de aprofundamento de infraestrutura portuária, de inteligência logística e de terminais de passageiros.

Fonte: Jornal O Globo, Caderno de Economia. 21/09/2014.http://www.pac.gov.br/transportes/portos acessado em 16/10/2014.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402008000200006 acessado em 16/10/2014.