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LIVRO “AS GRANDES REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS QUE MUDARAM O MUNDO” Lançamento no IGHB- Instituto Geográfico e Histórico da Bahia em 15/09/2016 Engo. e Prof. FERNANDO ALCOFORADO

As grandes revoluções científicas, econômicas e sociais

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Page 1: As grandes revoluções científicas, econômicas e sociais

LIVRO “AS GRANDES REVOLUÇÕESCIENTÍFICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS

QUE MUDARAM O MUNDO”

Lançamento no IGHB- Instituto Geográfico e Histórico da Bahia em 15/09/2016

Engo. e Prof. FERNANDO ALCOFORADO

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REVOLUÇÃO E QUEBRA DE PARADÍGMA• Revolução é toda e qualquer mudança radical que atinja

drasticamente os mais variados aspectos da vida de uma sociedade.

• A revolução é uma mudança radical em relação ao passado que pode ocorrer nos âmbitos científico, econômico e social.

• As mudanças revolucionárias podem ser graduais ou súbitas que levam a uma quebra de paradigma nos âmbitos científico, econômico e social.

• A quebra de paradigma no âmbito científico ocorre quando antigas leis da natureza e da sociedade são desafiadas e substituídas por novas leis mais avançadas que as precedentes. No âmbito econômico, antigos sistemas de produção são substituídos por novos mais avançados do que os precedentes. No âmbito social, antigos sistemas políticos e sociais são substituídos por novos mais avançados do que os precedentes.

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AS GRANDES REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS• As revoluções científicas ocorreram no que

hoje é chamado de ciências exatas e da natureza e nas ciências sociais através das quais foram identificadas as leis que governam a natureza e a sociedade.

• As revoluções científicas contribuíram decisivamente para gerar o "pensamento do mundo moderno”.

• Os efeitos das revoluções científicas são incontáveis porque mudaram significativamente a história da humanidade.

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AS GRANDES REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS1. Avanços na METODOLOGIA CIENTÍFICA com o conjunto de técnicas e processos

empregados na produção científica:Capítulo 1- Do paradigma aristotélico à evolução dos métodos científicos na história da

ciênciaCapítulo 2 - A escalada da Matemática da Antiguidade à era contemporânea e sua

contribuição ao avanço da Ciência 2. Avanços nas CIÊNCIAS FÍSICAS E QUÍMICAS que estudam os fenômenos da natureza

procurando descrevê-los através de leis gerais, abrangendo desde partículas subatômicas até o Universo em grande escala e busca saber como tudo foi formado:

Capítulo 3- Da teoria Geocêntrica à Heliocêntrica Capítulo 4- Dos parcos conhecimentos em Física ao desenvolvimento da Mecânica

Clássica Capítulo 5- Da Alquimia à Química ModernaCapítulo 6- Dos paradigmas estabelecidos na Mecânica Clássica aos novos paradígmas

resultantes da Teoria da RelatividadeCapítulo 7- Dos paradígmas deterministicos da Mecânica Clássica newtoniana aos novos

paradígmas resultantes da Mecânica QuânticaCapítulo 8- Do determinismo científico criado pelas Ciências Clássicas à Teoria do CaosCapítulo 9- Do conhecimento parcial sobre o Universo à descoberta da existência da

matéria e da energia escura

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AS GRANDES REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS

3. Avanços nas CIÊNCIAS DA SAÚDE ou ciências médicas que são as áreas de estudo relacionadas com a medicina, a biologia, a farmácia, entre outras:

Capítulo 10- Dos parcos conhecimentos em Medicina à Medicina ModernaCapítulo 11- Da crença religiosa na criação divina à teoria da evolução das espécies de Charles DarwinCapítulo 12- Do desconhecimento dos genes do corpo humano (DNA) ao mapeamento de todos os genes através do Projeto Genoma Humano

4. Avanços nas CIÊNCIAS SOCIAIS que estudam a vida social de indivíduos e grupos humanos. Isso inclui psicologia, sociologia, economia antropologia, biblioteconomia, administração, arqueologia, geografia, história, ciência política, estatística, direito e filosofia, entre outras:

Capítulo 13- Da tradição da Psicologia como ciência da consciência estudada exclusivamente por filósofos ao status de ciência Capítulo 14- Dos parcos conhecimentos em Economia até a descoberta das leis que governam os sistemas econômicosCapítulo 15- Dos parcos conhecimentos sobre a realidade social à transformação da Sociologia em ciência social

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AS GRANDES REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS5. Avanços nas CIÊNCIAS DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL que são voltadas

aos problemas de sustentabilidade ambiental e social oferecendo uma visão ampla e detalhada dos seus principais desafios e os conceitos mais relevantes para sua obtenção:

Capítulo 16- Do uso do fogo nos primórdios da humanidade e da utilização dos combustíveis fósseis como fonte de energia às modernas fontes renováveis de energia

Capítulo 17- Do insustentável modelo de desenvolvimento atual ao modelo de desenvolvimento sustentável a inaugurar

6. Avanços na CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO que é um conjunto de abordagens científicas que analisa o fenômeno educativo sob o ângulo pedagógico e de outras ciências já constituídas:

Capítulo 18- Da educação tradicional fragmentadora do conhecimento à moderna educação transdisciplinar e integral

7. Avanços na CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO que está voltada para a construção de modelos e sistemas que garantam um transporte mais rápido, de mais baixo custo e mais eficiente das mensagens ou sinais que são trocados entre diferentes sujeitos:

Capítulo 19- Dos avanços nos sistemas de informação desde a invenção da imprensa com Gutenberg até o surgimento da Internet no século XXI

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AS GRANDES REVOLUÇÕES ECONÔMICAS

• O termo Revolução Econômica diz respeito ao processo de desenvolvimento das forças produtivas ocorrido graças às revoluções científicas e às revoluções sociais ocorridas no âmbito das sociedades, contribuíram para a realização de transformações na organização da produção de suas atividades econômicas e, também, nos modos de produção econômica.

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AS GRANDES REVOLUÇÕES ECONÔMICAS1. 1ª Revolução Agrícola (6000 a.C.)2. 2ª Revolução Agrícola (entre os séculos XII e XV na Baixa

Idade Média)3. Revolução Comercial (entre o século XII e o século XVIII)4. 3ª Revolução Agrícola (nos séculos XVII e XVIII na

Inglaterra)5. 1ª Revolução Industrial (1780-1830)6. 2ª Revolução Industrial (1860-1900)7. 4ª Revolução Agrícola (entre as décadas de 1960 e 1970

do século XX com a Revolução Verde)8. 3ª Revolução Industrial (década de 1970)9. Revolução Informacional ou Pós-Industrial (após a

década de 1970)

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AS GRANDES REVOLUÇÕES SOCIAIS• O termo Revolução Social é uma mudança

abrupta no poder político e/ou na organização estrutural de uma sociedade que resulta da superação de uma gigantesca contradição entre o estágio de desenvolvimento das forças produtivas da sociedade e as relações sociais de produção e, também, da gigantesca contradição entre os interesses do Estado e da grande maioria da Sociedade Civil que estariam a exigir mudanças na esfera econômica, nas superestruturas política e jurídica e na sociedade como um todo.

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AS GRANDES REVOLUÇÕES SOCIAIS

1. Revolução Gloriosa na Inglaterra (1689)2. Revolução Americana (1776)3. Revolução Francesa (1789)4. Revolução Meiji no Japão (1868)5. Revolução Russa (1917)6. Revolução Escandinava (1930)7. Revolução Chinesa (1949)8. Revolução Cubana (1959)

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SISTEMAS PRODUZIDOS PELA HUMANIDADE

Sistemas de Ciência e

Tecnologia

Sistemas Econômicos

Sistemas Políticos e

Sociais

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O PRODUTO DAS GRANDES REVOLUÇÕES

RevoluçõesCientíficas

RevoluçõesEconômicas

RevoluçõesSociais

Progresso da

Humanidade

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RESULTADO DAS GRANDES REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS

• O progresso da humanidade é o resultado das grandes revoluções científicas, econômicas e sociais.

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AS GRANDES REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS

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AS GRANDES REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS

1- Do paradigma aristotélico à evolução dos métodos científicos na história da ciência

2 - A escalada da Matemática da Antiguidade à era contemporânea e sua contribuição ao avanço da Ciência

3- Da teoria Geocêntrica à Heliocêntrica 4- Dos parcos conhecimentos em Física ao desenvolvimento da Mecânica Clássica 5- Da Alquimia à Química Moderna6- Dos paradigmas estabelecidos na Mecânica Clássica aos novos paradígmas

resultantes da Teoria da Relatividade7- Dos paradígmas deterministicos da Mecânica Clássica newtoniana aos novos

paradígmas resultantes da Mecânica Quântica8- Do determinismo científico criado pelas Ciências Clássicas à Teoria do Caos9- Do conhecimento parcial sobre o Universo à descoberta da existência da

matéria e da energia escura10- Dos parcos conhecimentos em Medicina à Medicina Moderna

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AS GRANDES REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS

11- Da crença religiosa na criação divina à teoria da evolução das espécies de Charles Darwin12- Do desconhecimento dos genes do corpo humano (DNA) ao mapeamento de todos os genes através do Projeto Genoma Humano13- Da tradição da Psicologia como ciência da consciência estudada exclusivamente por filósofos ao status de ciência 14- Dos parcos conhecimentos em Economia até a descoberta das leis que governam os sistemas econômicos15- Dos parcos conhecimentos sobre a realidade social à transformação da Sociologia em ciência social 16- Do uso do fogo nos primórdios da humanidade e da utilização dos combustíveis fósseis como fonte de energia às modernas fontes renováveis de energia 17- Do insustentável modelo de desenvolvimento atual ao modelo de desenvolvimento sustentável a inaugurar18- Da educação tradicional fragmentadora do conhecimento à moderna educação transdisciplinar e integral19- Dos avanços nos sistemas de informação desde a invenção da imprensa com Gutenberg até o surgimento da Internet no século XXI

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AS GRANDES REVOLUÇÕES ECONÔMICAS

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1ª Revolução Agrícola (6 mil a.C.)

Contribuição da Ciência• A descoberta das sementes levou ao desenvolvimento

das técnicas produtivas e da especialização do trabalho na agricultura.

• A ciência e tecnologia de irrigação surgiram na Mesopotâmia.

• A ciência e a tecnologia primitivas de armazenamento dos produtos agrícolas surgiram na Mesopotâmia e também no Egito.

• Invento pelos sumérios do arado, considerado um marco da 1ª Revolução Agrícola, feito com galhos bifurcados (que depois recebeu uma pedra afiada na ponta) que, puxado por animais, arava a terra.

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1ª Revolução Agrícola (6 mil a.C.)

Consequências da 1ª Revolução Agrícola• Sedentarização da população que

permitiu expressivo crescimento dos grupos humanos.• O surgimento das grandes

civilizações (Egípcia, da Índia e da China)

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2ª Revolução Agrícola (na Baixa Idade Média entre os séculos XII e meados do século XV)

Contribuição da Ciência• Surgimento de novas tecnologias (ferradura,

rotação de culturas, charrua, coalheira etc.) que provocaram excedente de produção.

• Com o aparecimento e barateamento do ferro, o arado foi melhorado.

• Várias conquistas técnicas como o arado de ferro e o desenvolvimento de novas maneiras de se atrelar o arado aos animais de modo a permitir que eles fossem utilizados à plena força, além de substituír o boi pelo cavalo, como animal de tração.

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2ª Revolução Agrícola (na Baixa Idade Média entre os séculos XII e meados do século XV)

Consequências da 2ª Revolução Agrícola• Dinamização do comércio e das cidades com a produção de

excedentes agrícolas e o fortalecimento da burguesia abalaram os pilares do feudalismo.

• As cidades passaram a significar maiores oportunidades de trabalho para muitos habitantes da zona rural que passaram a deixar o campo.

• Com a diminuição dos trabalhadores rurais, os senhores feudais tiveram que alterar as obrigações dos servos, amenizando os impostos e taxas que significaram transformação nas relações de trabalho no campo com o fim da servidão do qual resultou a desintegração do sistema feudal de produção.

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A Revolução Comercial (do século XI ao final do século XIII)

Contribuição da Ciência• No final da Idade Média, a tecnologia se

aprimorou para atender as demandas. • A navegação e o comércio de alto-mar

ganharam impulso com a construção de novos tipos de embarcação e o aperfeiçoamento da cartografia e de instrumentos como a bússola.

• Junto com os avanços técnicos, vieram novas técnicas contábeis adequadas às novas formas de comércio.

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A Revolução Comercial (do século XI ao final do século XIII)

Consequências da Revolução Comercial

• Ascensão do capitalismo.• Transferência do antigo eixo econômico existente no Mar Mediterrâneo para

o Oceano Atlântico. • O comércio se tornou global envolvendo os continentes conhecidos à época.• Incremento do sistema bancário.• Criação de companhias regulamentadas que controlavam legalmente as

atividades em determinadas áreas.• Aparecimento do mercantilismo através do qual os reis procuravam aumentar

o absolutismo monárquico e promover a prosperidade do Estado. • Avanço do colonialismo e do imperialismo.• Permitiu a acumulação de capital necessária para estabelecer as bases do

capitalismo e seu desenvolvimento das quais resultou a Revolução Industrial.

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3ª Revolução Agrícola (na Inglaterra entre o final do século XVII e o final do século XVIII)

Contribuição da Ciência• Emparcelamento e cercamento dos terrenos (enclosures) na

Inglaterra que possibilitaram o aumento da criação de gado.• As inovações na agricultura com o aperfeiçoamento de

instrumentos e utilização das primeiras máquinas agrícolas, aplicação do sistema de rotação quadrienal das culturas com recurso à fertilização da terra com estrume animal, seleção de sementes e de animais reprodutores, expansão de novas culturas mais produtivas, aumento da área cultivável com a melhoria dos solos arenosos, com a adição de argila e a drenagem de pântanos.

• Novas técnicas agrícolas e maior investimento em maquinaria agrícola levaram ao aumento da produção agrícola que estava orientada para o mercado gerando maiores lucros na agricultura que são investidos no arranque do processo de industrialização.

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3ª Revolução Agrícola (na Inglaterra entre o final do século XVII e o final do século XVIII)

Consequências da 3ª Revolução Agrícola• O cercamento das terras e a criação de gado

provocaram a diminuição das necessidades de mão de obra na zona rural.

• Os lucros oriundos da agricultura e do comércio colonial foram aplicados no desenvolvimento da atividade industrial e no comércio e contribuíram para o crescimento do número de bancos que emprestavam dinheiro.

• A 3ª Revolução Agrícola ocorrida na Inglaterra foi um fator importante no desencadeamento da 1ª Revolução Industrial.

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A 1ª Revolução Industrial (fim do Século XVIII ao início do Século XIX)

Contribuição da Ciência• O uso de novas tecnologias, como a máquina a vapor, nos sistemas produtivos no final

do Século XVIII e começo do Século XIX na Inglaterra.• A ciência descobriu a utilidade do carvão como fonte de energia e a partir daí

desenvolveram simultaneamente a máquina a vapor e a locomotiva as quais foram determinantes para dinamizar o transporte de matéria-prima, pessoas e distribuição de mercadorias, dando um novo panorama aos meios de se locomover e produzir.

• Um dos primeiros ramos industriais a usufruir a nova tecnologia da máquina a vapor foi a produção têxtil com o uso do tear mecânico, que antes da 1ª Revolução Industrial era desenvolvida de forma artesanal.

• Ao seu lado, aparece a siderurgia, dada a importância que o aço tem na instalação de um período técnico apoiado na mecanização do trabalho.

Contribuição das Revoluções Sociais• Revolução Gloriosa na Inglaterra que possibilitou os avanços do capitalismo e o

advento da 1ª Revolução Industrial. 

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A 1ª Revolução Industrial (fim do Século XVIII ao início do Século XIX)

Consequências da 1ª Revolução Industrial• Introdução do trabalho assalariado.• Antigos manufatureiros ou negociantes, filhos de artesãos e contramestres,

tornam-se fabricantes que usam mão de obra disponível com a transformação dos campos ou pela imigração.

• Por volta de 1830, a Primeira Revolução Industrial se completou na Inglaterra, e daí migrou para o continente europeu. Ela chegou à Bélgica e França, países próximos do arquipélago britânico. Por volta dos meados do século XIX, atravessou o Atlântico e rumou para os Estados Unidos.

• Substituição do trabalho artesanal pelo assalariado com o uso das máquinas. • A utilização de máquinas nas indústrias proporcionou uma produtividade

extremamente elevada e crescente. • Milhares de pessoas deixaram o campo em direção às cidades. O acelerado

êxodo rural provocou expressivo crescimento dos centros urbanos em grande parte das nações europeias que realizavam sua revolução industrial.

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A 2ª Revolução Industrial (de 1860 a 1900)

Contribuição da Ciência• Países como Alemanha, França, Rússia, Itália e Estados Unidos também se

industrializaram.• Entre as invenções surgidas nessa época, estão o processo de Bessemer de

transformação do ferro em aço, que permitiu a produção do aço em larga escala, o dínamo, que permitiu a substituição do vapor pela eletricidade e o motor de combustão interna, que permitiu a utilização do petróleo em larga escala, criando condições para a invenção do automóvel e do avião.

• A tecnologia característica desse período é o aço, a metalurgia, a eletricidade, a eletromecânica, o petróleo, o motor a explosão e a petroquímica.

• As invenções da Segunda Revolução Industrial foram os principais recursos tecnológicos usados por Henry Ford para desenvolver o sistema de exploração do trabalho e de obtenção do capital conhecido como fordismo.

• A 2ª Revolução Industrial tem suas bases nos ramos metalúrgico e químico. • Neste período, o aço torna-se um material tão básico que é nele que a siderurgia

ganha sua grande expressão. • A indústria automobilística assume grande importância nesse período.• A eletricidade e o petróleo são as principais formas de energia.Contribuição das Revoluções Sociais• A Revolução Gloriosa na Inglaterra, a Revolução Americana e a Revolução Francesa

possibilitaram os avanços do capitalismo e o advento da 2ª Revolução Industrial.

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A 2ª Revolução Industrial (de 1860 a 1900)

Consequências da 2ª Revolução Industrial• Baseado nos avanços tecnológicos da Segunda Revolução Industrial e no meio

de gestão de trabalho chamado taylorismo, o fordismo foi o processo de obtenção e acumulação do capital vigente no mundo até a década de 1970.

• O taylorismo surgiu com o objetivo de tornar o trabalhador mais produtivo ao incorporá-lo à maquina. Seus princípios básicos eram a divisão do trabalho, a padronização das tarefas, a separação entre planejamento e execução, a criação de um trabalhador facilmente treinável e substituível.

• O trabalhador perde o saber do trabalho, que é deixado apenas para a chefia ou para as máquinas. O trabalhador passa a ser comandado pela máquina.

• A forma mais característica de automação é a linha de montagem, criada por Ford em 1920, com a qual introduz na indústria a produção padronizada, em série e em massa.

• Com o fordismo, surge um trabalhador que desenvolve uma função mecânica, extenuante e para a qual não precisa pensar. Pensar é a função de um especialista, o engenheiro, que planeja para o conjunto dos trabalhadores dentro do sistema da fábrica.

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4ª Revolução Agrícola (nas décadas de 1960 e 1970 do século XX)

Contribuição da Ciência• A 4ª Revolução Agrícola recebeu o nome de Revolução Verde.• O modelo se baseia na intensiva utilização de sementes

geneticamente alteradas (particularmente sementes híbridas), insumos industriais, fertilizantes e agrotóxicos, mecanização, produção em massa de produtos homogêneos e diminuição do custo de manejo.

• Também é creditado à Revolução Verde o uso extensivo de tecnologia no plantio, na irrigação e na colheita, assim como no gerenciamento de produção.

• Invenção e disseminação de novas sementes e práticas agrícolas que permitiram um vasto aumento na produção agrícola nos Estados Unidos e na Europa e, nas décadas seguintes, em outros países.

• Melhorias genéticas em sementes, uso intensivo de insumos industriais, mecanização e redução do custo de manejo.

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4ª Revolução Agrícola (nas décadas de 1960 e 1970 do século XX)

Consequências da 4ª Revolução Agrícola• A expansão da agricultura até meados dos anos 1970 deu-se de forma horizontal, isto é, com a

incorporação de novas áreas para aumentar sua produção em todo o mundo. Em seguida, essa expansão ocorreu de forma vertical, com o incremento tecnológico que engloba tanto a produção de insumos agrícolas (agrotóxicos, fertilizantes, etc.) quanto a mecanização agrícola e o uso da biotecnologia.

• Hoje em dia há uma enorme utilização dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), que os especialistas têm chamado de “agricultura de precisão”.

• Entre os desafios para a agricultura, estão principalmente a questão ambiental e a segurança alimentar. Nesse contexto é que o debate entre biotecnologia, transgênicos e agricultura orgânica ganha força.

• A biotecnologia começou a produzir sementes modificadas em laboratório, os chamados transgênicos. Causador de muita polêmica, o uso dessa tecnologia ainda está sendo alvo de debate.

• A Revolução Verde passou a sofrer críticas, que persistem até hoje porque é baseado em monoculturas e que faz uso em grande escala de fertilizantes, agrotóxicos e insumos de alto custo, além de produzir maus tratos ao meio ambiente.

• O aumento da produção agrícola não foi suficiente para acabar com a fome do mundo. Entre os problemas encontrados estava, principalmente, o fato de que os alimentos produzidos nos países capitalistas periféricos eram – e ainda são – destinados aos países desenvolvidos.

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A 3ª Revolução Industrial (década de 1970 do século XX)

Contribuição da Ciência• É uma revolução técnico-científica desenvolvida pelos engenheiros da Toyota, indústria

automobilística japonesa, cujo método consistiu em abolir a função de trabalhadores profissionais especializados para torná-los especialistas multifuncionais.

• Principal modelo da reestruturação produtiva, principal motor da reestruturação produtiva contemporânea, o toyotismo tem como principal característica e objetivo a produção somente do necessário e no menor tempo. É o just-in-time.

• As atividades tornam-se mais criativas, exigem elevada qualificação da mão de obra e têm horário flexível.

• A tecnologia característica desse período técnico, que tem início no Japão, é a microeletrônica, a informática, a máquina CNC (Controle Numérico Computadorizado), o robô, o sistema integrado à telemática (telecomunicações informatizadas), a biotecnologia. Sua base mistura Física, Química, Engenharia Genética e Biologia Molecular.

• O computador é a máquina da 3ª Revolução Industrial. É uma máquina flexível, composta por duas partes: o hardware (a máquina propriamente dita) e o software (o programa). O circuito e o programa integram-se sob o comando do chip, o que faz do computador, ao contrário da máquina comum, uma máquina reprogramável e mesmo autoprogramável.

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A 3ª Revolução Industrial (década de 1970 do século XX)

Consequências da 3ª Revolução Industrial• Ao contrário do fordismo, onde a produção determina a demanda, no toyotismo, a

demanda determina a produção, isto é, só se produz o que é pedido, por isso se produz mais rápido e melhor. O toyotismo surgiu como solução para a crise do fordismo.

• A organização do trabalho sofre uma profunda reestruturação. Dela resulta um sistema de trabalho polivalente, flexível, integrado em equipe, menos hierárquico. Computadorizada, a programação do conjunto é passada a cada setor da fábrica para discussão e adaptação em equipe com o uso do CCQ- Círculos de Controle de Qualidade que se converte em um sistema de rodízio de tarefa que estabelece a possibilidade de uma ação criativa dos trabalhadores no setor. Elimina-se pela reengenharia grande parte da rede de chefias. Toda essa flexibilização técnica e do trabalho toma-se mais adaptável ao sistema econômico, sobretudo a relação entre produção e consumo, por meio do Just-in-Time.

• O mundo do trabalho entrou em um abismo de injustiça social, pois o toyotismo beneficia muito os donos de empresa, prejudicando bastante o os trabalhadores. A consequência tem sido a perda de direitos sociais e trabalhistas conquistados durante anos de luta em todo o mundo.

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A Revolução Informacional ou Pós-industrial (após a década de 1970)

Contribuição da Ciência• Uma das principais características da Sociedade pós-industrial é o uso em

larga escala da tecnologia da informação.• A revolução informacional ou pós-industrial se alastrou a partir dos anos

1970 e 1980, ganhando intensidade na década de 1990 com a propagação da Internet, ou seja, da comunicação em rede por meio do computador.

• O computador, ícone da nova revolução, ligado em rede está alterando a relação das pessoas com o tempo e com o espaço.

• As redes informacionais permitem ampliar a capacidade de pensar de modo inimaginável. A nova revolução tecnológica ampliou a inteligência humana. Estamos falando de uma tecnologia que permite aumentar o armazenamento, o processamento e a análise de informações, realizar bilhões de relações entre milhares de dados por segundo.

• Enquanto a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Revolução Agrícola e a 1ª, 2ª e 3ª Revolução Industrial ampliaram a capacidade física e a precisão das atividades humanas, a Revolução Informacional ou Pós- Industrial amplifica a mente.

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A Revolução Informacional ou Pós-industrial (após a década de 1970)

Consequências da Revolução Informacional ou Pós-industrial• A sociedade pós-industrial se diferencia muito da sociedade industrial e isso se percebe

claramente no setor de serviços, que absorve hoje cerca de 60% da mão de obra total, mais do que a indústria e a agricultura juntas, pois o trabalho intelectual é muito mais frequente do que o trabalho manual e a criatividade, mais importante que a simples execução de tarefas.

• Passou a existir um tipo de sociedade que já não era baseada na produção agrícola, nem na indústria, mas na produção de informação, serviços, símbolos (semiótica) e estética.

• Com a expansão do sistema capitalista, o setor terciário é o que atualmente mais cresce no mundo. A concentração de mão de obra na área de comércio e principalmente de serviços deve-se a inúmeros fatores, sendo o principal deles a redução na oferta de trabalho na agropecuária com a mecanização do campo e na indústria em consequência da utilização de novas tecnologias. Essas áreas passaram a empregar uma quantidade intensamente menor e em um nível de qualificação bem mais exigente, contribuindo para que a maior parte da massa de assalariados se destine para o comércio e os serviços.

• O crescimento do setor terciário vem se tornando tão intenso e desordenado que ocorre o que os economistas intitulam por hipertrofia setorial, que nada mais é do que o crescimento não sustentável da área de comércio e serviços. A principal consequência desse fenômeno é o crescimento da atividade informal, também chamada de “economia subterrânea”, a exemplo dos camelôs e vendedores ambulantes.

Page 37: As grandes revoluções científicas, econômicas e sociais

AS GRANDES REVOLUÇÕES SOCIAIS

Page 38: As grandes revoluções científicas, econômicas e sociais

A Revolução Gloriosa na Inglaterra (1689)

Contribuição da Ciência• O liberalismo como pensamento econômico e social

oriundo das ciências sociais que possibilitou derrotar o absolutismo como forma de governo na Inglaterra.

 Contribuição das Revoluções Econômicas• A 3ª Revolução Agrícola e a 1ª Revolução Industrial

na Inglaterra que possibilitaram o fim do feudalismo e os avanços do capitalismo contribuíram para o advento da Revolução Gloriosa.

Page 39: As grandes revoluções científicas, econômicas e sociais

A Revolução Gloriosa na Inglaterra (1689)

Consequências da Revolução Gloriosa na Inglaterra• A barreira representada pelo Absolutismo foi removida em benefício da classe burguesa e da

aristocracia rural a ela associada que viveriam a seguir, com a 3ª Revolução Agrícola e a 1ª Revolução Industrial o seu auge dentro da sociedade inglesa.

• O predomínio dos produtores rurais progressistas e da burguesia urbana e mercantil no Parlamento criou as condições necessárias para o avanço do capitalismo e o advento da industrialização no século seguinte.

• A Revolução Puritana de 1640 e a Revolução Gloriosa de 1689 podem ser consideradas como partes de um mesmo processo de conflito entre o absolutismo e o liberalismo, entre o poder do rei e o do Parlamento, tendo como resultado o estabelecimento da monarquia parlamentar. Nesse sentido, os historiadores tendem a considerá-la como um fenômeno único: a Revolução Inglesa.

• A Revolução Inglesa é o primeiro movimento revolucionário contra o absolutismo, antecedendo em quase um século a Revolução Francesa, da mesma maneira que semeou, na América do Norte, as ideias e as condições políticas que levariam à Revolução Americana e à Independência dos Estados Unidos em 1776.

• As principais consequências da Revolução Gloriosa foram o fim do absolutismo monárquico britânico, o aumento do poder do Parlamento, a estabilidade política e econômica e o surgimento das condições necessárias para que, mais tarde, ocorresse a Revolução Industrial. Outro efeito, porém, foi o de mostrar que não era necessário eliminar a figura do rei para acabar com um regime absolutista, desde que este aceitasse sua completa submissão às leis ditadas pelo parlamento como de fato ocorreu, bem como não se tornou necessária a eliminação dos senhores feudais porque os proprietários de terras aderiram ao capitalismo.

• A Revolução Gloriosa contribuiu para a passagem da Inglaterra do feudalismo para o capitalismo.

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A Revolução Americana (1776)

Contribuição da Ciência• O liberalismo como pensamento econômico e social oriundo das ciências

sociais que possibilitou eliminar a opressão imposta pelo Império Britânico e serviu de base para a elaboração da Constituição dos Estados Unidos com seu conteúdo liberal.

Consequências da Revolução Americana• Movimento de ampla base popular teve como principal força a burguesia

colonial que levou à proclamação, no dia 4 de julho de 1776 da independência das Treze Colônias dos Estados Unidos, primeiro país dotado de uma Constituição política escrita.

• A Revolução Americana que resultou na formação dos Estados Unidos foi a primeira grande experiência de um país colonial de se libertar do imperialismo pela força das armas.

• A Revolução Americana contribuiu decisivamente para o avanço do capitalismo e a transformação dos Estados Unidos em grande potência econômica.

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A Revolução Francesa (1789)

Contribuição da Ciência• Influenciado pelos ideais do Iluminismo, movimento

intelectual de caráter liberal que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão contra o antigo regime e pregava maior liberdade econômica e política, o povo começou a se revoltar e a lutar pela igualdade de todos perante a lei. Combatia, entre outras coisas, o absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza e do clero.

Contribuição das Revoluções Econômicas• A Revolução Industrial que possibilitou os avanços do

capitalismo na França contribuiu para o advento da Revolução Francesa.

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A Revolução Francesa (1789)

Consequências da Revolução Francesa• Com "A queda da Bastilha" em 14 de julho de 1789, o povo tomava os bens da nobreza. • O regime feudal sobre os camponeses foi abolido e os privilégios tributários do clero e da

nobreza acabaram. • No dia 26 de agosto de 1789, a Assembleia Nacional Constituinte proclamou a Declaração dos

Direitos do Homem e do Cidadão.• Após o período designado pelos historiadores como Reino do Terror no qual o partido jacobino

assassinou e perseguiu seus opositores, alguns girondinos sobreviveram e se organizaram na articulação de um golpe que ocorreu no dia 27 de julho de 1794 quando Robespierre e seu partido foram derrubados. Os dirigentes do partido jacobino e Robespierre foram guilhotinados. Desta forma, representantes da alta burguesia retornaram ao poder, iniciando um refluxo do movimento revolucionário.

• Em 1793, após uma vitória respeitável contra a Áustria, Napoleão Bonaparte ganha notório prestígio na sociedade francesa. Quando retorna à França, Napoleão protagoniza um Golpe de Estado que dura entre os anos de 1799 e 1802. Com isso ele consolidava as conquistas da burguesia dando um fim aos propósitos iniciais da revolução.

• A Revolução Francesa contribuiu para a passagem da França do feudalismo para o capitalismo. • A Revolução Francesa aconteceu, fundamentalmente, devido ao divórcio que se estabeleceu

entre o Estado Absolutista e o povo. Os fatos da história da Revolução Francesa demonstram, também, que, apesar de ter havido contradição entre capitalismo e feudalismo, ela não se constituiu na contradição principal que desencadeou a revolução, mas sim a contradição entre o Estado Absolutista e o povo.

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A Revolução Meiji (1868)

Contribuição da Ciência• Após a Revolução Meiji, os japoneses

enviaram seus jovens à Europa e aos Estados Unidos para estudarem em universidades voltadas para os campos da ciência e tecnologia buscando reagir ao processo de dominação estrangeira.

• Com o passar do tempo, a população japonesa começou a dominar o conhecimento necessário para a criação de suas primeiras indústrias.

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A Revolução Meiji (1868)

Consequências da Revolução Meiji• A Revolução Meiji promoveu modernização do Japão.• Com a Revolução Meiji, acabou o isolamento do Japão do sistema capitalista mundial. • Sua gestão pública foi concentrada em um núcleo central, o Estado, que adotou a

política de intervenção econômica, o que permitiu a extinção dos últimos vestígios do feudalismo no Japão, com a libertação da mão de obra e a absorção das inovações tecnológicas promovidas pelas grandes potências ocidentais.

• Uma meticulosa reforma agrária e a renovação das leis referentes ao imposto territorial rural eliminaram os velhos feudos e as vantagens individuais.

• Foi criada, nesta mesma época, a moeda oficial do Japão, o Iene, bem como foram instituídos o Banco do Japão, a educação primária compulsória, o fortalecimento do poder do Estado, entre outras medidas fundamentais. Ao mesmo tempo, o Japão ganhou suas primeiras universidades e um Parlamento criado em 1885.

• O Japão elaborou sua primeira Constituição, assumindo-se, diante do mundo, como uma monarquia constitucional.

• O desenvolvimento da industrialização foi inevitável, e logo apareceram os impérios econômicos, baseados em grupos familiares conhecidos como zaibatsus, que estenderam seus tentáculos também ao mundo do comércio e das finanças.

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A Revolução Meiji (1868)

Consequências da Revolução Meiji• Com a Revolução Meiji, as atividades econômicas se voltaram para o

desenvolvimento agrícola e a formação de uma consistente indústria de base.• A rápida industrialização e modernização do Japão possibilitou um enorme aumento

na produção e na infraestrutura. • O governo do Japão construiu indústrias, tais como estaleiros, fundições de ferro e

fábricas de fiação, que eram depois vendidos a empresários. • As empresas nacionais se tornaram consumidoras de tecnologia ocidental e aplicou

isso para produzir itens que seriam vendidos a preços baixos no mercado internacional. Com isso, as zonas industriais cresceram enormemente, e não houve migração em massa do campo para os centros de industrialização.

• A industrialização além disso era paralela com o desenvolvimento de um sistema ferroviário e comunicações modernas, integrando o país.

• Em pouco tempo, o Japão se transformou em um belo exemplo de modernização nos campos político e industrial para todo o Extremo Oriente.

• A Revolução Meiji contribuiu para a passagem do Japão do feudalismo para o capitalismo, bem como para a integração do Japão à economia capitalista mundial. No Japão, a aristocracia feudal se incorporou à burguesia. Com a Revolução Meiji, o capitalismo se desenvolveu contando com o suporte do Estado. Além disso, o Japão se tornou um país imperialista cuja área de influência se restringia à Ásia.

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A Revolução Russa (1917)

Contribuição da Ciência• O principal aspecto da Revolução Russa é ela ter

sido orientada pela doutrina comunista desenvolvida pelo filósofo alemão Karl Marx no século XIX –complementada e acrescida de um plano estratégico por aquele que se tornou o mais importante líder da revolução: Lenin.

 Contribuição das Revoluções Econômicas• A Revolução Industrial que possibilitou os

avanços do capitalismo na Rússia contribuiu para o advento da Revolução Russa.

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A Revolução Russa (1917)

Consequências da Revolução Russa• A Revolução Russa resultou do conflito entre o Estado Czarista e a Sociedade Civil em que esta

última sofria as penosas consequências econômicas e sociais do envolvimento da Rússia na Guerra Russo- Japonesa de 1905 e na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Ambos os conflitos debilitaram profundamente a economia do país que levaram os operários, camponeses e soldados a se rebelarem contra regime czarista.

• Não foi a contradição entre burguesia e proletariado que culminou na Revolução Russa e sim a contradição entre o czarismo e o povo.

• A centralização do controle econômico, político e social moldou a forma de organização da URSS, principalmente a partir de 1928, quando as terras foram estatizadas e foi inaugurado o primeiro Plano Quinquenal.

• Os burocratas do partido e os administradores das empresas estatais puderam com o Plano Quinquenal iniciar o planejamento da economia soviética, impulsionando a industrialização da URSS.

• A história do século XX teve na Revolução Russa de 1917 um de seus principais eventos.• Apesar do grande crescimento econômico da URSS durante 70 anos que chegou a se rivalizar com

os Estados Unidos como superpotência, a Revolução Russa fracassou na construção do socialismo devido à incapacidade estrutural do país de assegurar a transição para a sociedade da informação que exigia medidas que abalavam os interesses da máquina burocrática do Estado e do partido e a existência de um complexo militar-industrial que agia como um buraco negro na economia soviética absorvendo a maior parte da energia criativa da sociedade e um orçamento insustentável para defesa.

Page 48: As grandes revoluções científicas, econômicas e sociais

A Revolução Escandinava (1930)

Contribuição da Ciência• A Revolução Escandinava é uma ideologia política de centro-

esquerda surgida no fim do século XIX por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista deveria ocorrer sem uma revolução violenta, mas sim por meio de uma gradual reforma social e econômica do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário.

• Para o sucesso da implantação do modelo social democrata escandinavo ,economistas suecos, tendo à frente Gunnar Myrdal, forneceram no início do século XX o fundamento teórico para uma política econômica alternativa ao liberalismo dominante na época. A Escola de Estocolmo denunciou as mazelas do liberalismo e demonstrou a primazia da demanda das famílias para se retomar ciclos de bonança econômica, em contraposição à visão liberal conservadora.

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A Revolução Escandinava (1930)

Consequências da Revolução Escandinava• A Revolução Escandinava buscou reformar o capitalismo democraticamente através de

regulação estatal e da criação de programas que diminuem ou eliminem as injustiças sociais inerentes ao capitalismo.

• Através do Estado do Bem Estar Social, que é uma teoria assistencialista, o estado buscou garantir aos seus cidadãos condições mínimas de saúde, educação, justiça, moradia, renda e seguridade social. Muitos países adotaram em escalas diferentes e em momentos históricos diferentes políticas segundo esta teoria, tais como os países escandinavos (Dinamarca, Noruega, Suécia e Finlândia), França, Inglaterra e Alemanha, entre outros.

• O Estado de Bem-Estar Social consiste em um modo de organização econômica e política na qual o Estado atua enquanto organizador da economia e agente de promoção social. Ele age no intuito de assegurar os interesses dos capitalistas detentores dos meios de produção e garantir a proteção e serviços públicos ao povo. Em outras palavras procura conciliar o interesse dos “de cima” com os “de baixo” na escala social. O modelo nórdico ou escandinavo de social democracia poderia ser melhor descrito como uma espécie de meio-termo entre capitalismo e socialismo. Não é nem totalmente capitalista nem totalmente socialista, sendo a tentativa de fundir os elementos mais desejáveis de ambos em um sistema "híbrido".

• Em 2013, a revista The Economist declarou que os países nórdicos são provavelmente os mais bem governados do mundo. O relatório World Happiness Report 2013 da ONU mostra que as nações mais felizes estão concentradas no Norte da Europa, com a Dinamarca no topo da lista. Os nórdicos possuem a mais alta classificação no PIB real per capita, a maior expectativa de vida saudável, a maior liberdade de fazer escolhas na vida e a maior generosidade. Entre os países escandinavos ou nórdicos, a Noruega é o mais próspero do mundo, com o Estado do Bem-Estar Social caracterizado por muita igualdade e muita justiça social.

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A Revolução Chinesa (1949)

Contribuição da Ciência• O principal aspecto da Revolução

Russa é ela ter sido orientada pela doutrina comunista desenvolvida pelo filósofo alemão Karl Marx no século XIX –complementada e acrescida de um plano estratégico por aquele que se tornou o mais importante líder da revolução: Mao Tse-Tung.

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A Revolução Chinesa (1949)

Consequências da Revolução Chinesa• A Revolução Chinesa contribuiu para a libertação da China da dominação estrangeira.• A Revolução Chinesa foi um dos maiores acontecimentos históricos. Mao Tse–Tung, líder chinês,

iniciou a reforma agrária, dividiu grandes propriedades entre os camponeses e as cooperativas agrícolas substituíram as grandes propriedades.

• Apoiado pela União Soviética, os comunistas fizeram mudanças radicas na economia e cultura chinesas, promoveram a emancipação da mulher, a igualdade entre os sexos, entre outras medidas de grande impacto.

• O principal objetivo de todas essas mudanças era o aumento de produtividade na economia. Na indústria houve aumento nas horas de trabalho e no campo, foram enviados reforços, desde intelectuais a estudantes. A terra foi estatizada, e dividida em comunas, que eram comunidades populares, independentes, com liberdade para cuidar de seus interesses comuns. Esta iniciativa foi um fracasso.

• Mao Tse-Tung morreu em 1976 e os moderados assumiram o poder. Seu sucessor foi Deng Xiao-Ping que adotou uma nova política econômica e desenvolvimentista diametralmente oposta à de Mao Tse-Tung e permitiu a entrada de tecnologia e capital estrangeiro no país.

• A Revolução Chinesa contou para seu sucesso com a existência de um conflito entre o Estado Chinês despótico e a Sociedade Civil em que esta última sofria as consequências econômicas e sociais adicionadas à dominação estrangeira, sobretudo japonesa. A principal força social mobilizada por Mao Mao Tse-Tung foram os camponeses.

• Não foi a contradição entre burguesia e proletariado que culminou na Revolução Chinesa e sim a contradição entre o Estado despótico e o povo, sobretudo o camponês.

• A Revolução Chinesa que se propunha construir o socialismo fracassou neste propósito que está materializado também no fato de a China ter abandonado o projeto socialista ao se integrar atualmente à economia capitalista mundial.

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A Revolução Cubana (1959)

Contribuição da Ciência• O principal aspecto da Revolução

Cubana é ela ter sido orientada pela doutrina comunista desenvolvida pelo filósofo alemão Karl Marx no século XIX.

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A Revolução Cubana (1959)

Consequências da Revolução Cubana• A Revolução Cubana fez com que Cuba deixasse de ser colônia dos Estados Unidos.• Ao assumir o poder em Cuba, o governo revolucionário realizou a nacionalização de bancos e

empresas, nacionalizou as refinarias de açúcar, promoveu a reforma agrária com a expropriação de grandes propriedades, estatizou todo restante do setor industrial controlado pelos Estados Unidos e realizou reformas profundas nos sistemas de educação e saúde.

• Na década de 1970, o alinhamento de Cuba com a URSS promoveu uma grande dependência da economia cubana. Duas décadas mais tarde, com o fim da União Soviética, o governo cubano, durante todo esse tempo controlado por Fidel Castro, remodelou a economia cubana com a adoção de medidas que viabilizassem a sua recuperação. O novo governo cubano teve grandes avanços nos campos da saúde e na educação.

• Em 2008, após a saída de Fidel Castro do governo, criou-se uma grande expectativa sobre a remodelação das relações entre Cuba e Estados Unidos da América. Enquanto isso, a experiência revolucionária cubana perde seu valor simbólico mediante as ações que promovem sua gradual abertura política e econômica.

• Não foi a contradição entre burguesia e proletariado que culminou na Revolução Cubana. A Revolução Cubana que se propunha construir o socialismo fracassou neste propósito ao transformar a ditadura do proletariado em uma ditadura de um partido que evoluiu para a ditadura dos irmãos Castro (Fidel e Raúl) que se mantém até hoje no poder. O fracasso na construção do socialismo está materializado também no fato de a economia nacional não ter se desenvolvido suficientemente, de o país não ter conquistado sua independência econômica ao se tornar dependente da União Soviética que com o fim desta levou à queda no nível da atividade econômica de Cuba, fato este que exigiu sua integração à economia capitalista mundial.