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Maioridade Penal: Por que punir nossos jovens é um retrocesso social? Está em processo de aprovação na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal no Brasil de 18 para 16 anos. Isso significa que os jovens com idade acima de 16 anos que cometerem crimes poderão ser condenados a cumprir pena numa prisão comum. A proposta de emenda foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça no dia 31 de março, com 42 deputados favoráveis e 17 contrários. O texto ainda passará pela Comissão Especial e Plenário da Câmara, para então ser sancionada pela presidência. Diversos movimentos sociais, inclusive o Movimento Nacional dos Direitos Humanos, estão em campanha contra a redução da maioridade penal por acreditarem que crimes cometidos por crianças e adolescentes não devem ser tratados com medidas de repressão e culpabilização, retirando desses menores uma nova perspectiva de vida. Também não podem ser tratados com base nas exceções já que os crimes são cometidos por apenas 0,013% dos 21 milhões de adolescentes brasileiros. Além disso, reduzir a maioridade penal isenta o Estado do compromisso com a construção de políticas educativas e de atenção para com a juventude. Jovens que já nascem e crescem em uma sociedade que é pautada pela diferença social e econômica, precisam de políticas que os incentivem e fortaleçam seu desenvolvimento psíquico e garantam condições dignas de estudo, trabalho e bemestar. Minas Gerais ganha secretaria voltada para os Direitos Humanos Um novo tempo para os Direitos Humanos em Minas Gerais se inicia com a criação da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), sancioada pelo governo no dia 27 de março. Até então, o tema era tratado de forma menor no Estado e ficava sob a responsabilidade de uma subsecretaria da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social. Com a reforma administrativa proposta pelo governador Fernando Pimentel, os Direitos Humanos ganharão nova dimensão com uma estrutura que reunirá todas as demandas relacionadas à área. À frente da secretária estará Nilmário Miranda (foto), histórico militante da causa no país e exministro de Direitos Humanos durante o governo Lula. A Sedpac terá as seguintes subsecretarias: Igualdade Racial, Mulheres, Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Juventude e Participação Social. Para melhor atender o público, uma parte da secretaria vai funcionar na região central onde atualmente está a Casa dos Direitos Humanos. O local terá a estrutura reforçada para que as pessoas não precisem se deslocar até a Cidade Administrativa para ter acesso ao atendimento em Direitos Humanos.

Boletim número 4 do MNDH Minas

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Maioridade Penal: Por que punir nossos jovens é umretrocesso social?

Está em processo de aprovação na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) quereduz a maioridade penal no Brasil de 18 para 16 anos. Isso significa que os jovens com idadeacima de 16 anos que cometerem crimes poderão ser condenados a cumprir pena numa prisãocomum. A proposta de emenda foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça no dia 31de março, com 42 deputados favoráveis e 17 contrários. O texto ainda passará pela ComissãoEspecial e Plenário da Câmara, para então ser sancionada pela presidência.

Diversos movimentos sociais, inclusive o Movimento Nacional dos Direitos Humanos, estão emcampanha contra a redução da maioridade penal por acreditarem que crimes cometidos porcrianças e adolescentes não devem ser tratados com medidas de repressão e culpabilização,retirando desses menores uma nova perspectiva de vida. Também não podem ser tratados combase nas exceções já que os crimes são cometidos por apenas 0,013% dos 21 milhões deadolescentes brasileiros. Além disso, reduzir a maioridade penal isenta o Estado docompromisso com a construção de políticas educativas e de atenção para com a juventude.Jovens que já nascem e crescem em uma sociedade que é pautada pela diferença social eeconômica, precisam de políticas que os incentivem e fortaleçam seu desenvolvimento psíquicoe garantam condições dignas de estudo, trabalho e bem­estar.

Minas Gerais ganha secretaria voltada para osDireitos Humanos

Um novo tempo para os Direitos Humanos em Minas Gerais seinicia com a criação da Secretaria de Estado de DireitosHumanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), sancioadapelo governo no dia 27 de março. Até então, o tema era tratadode forma menor no Estado e ficava sob a responsabilidade deuma subsecretaria da Secretaria Estadual de DesenvolvimentoSocial. Com a reforma administrativa proposta pelo governadorFernando Pimentel, os Direitos Humanos ganharão novadimensão com uma estrutura que reunirá todas as demandasrelacionadas à área. À frente da secretária estará NilmárioMiranda (foto), histórico militante da causa no país e ex­ministro

de Direitos Humanos durante o governo Lula. A Sedpac terá as seguintes subsecretarias: Igualdade Racial, Mulheres, Promoção e Defesa dosDireitos Humanos, Juventude e Participação Social. Para melhor atender o público, uma parteda secretaria vai funcionar na região central onde atualmente está a Casa dos DireitosHumanos. O local terá a estrutura reforçada para que as pessoas não precisem se deslocar atéa Cidade Administrativa para ter acesso ao atendimento em Direitos Humanos.

 

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Liderança de ocupação urbana é assassinada em BH

O militante que lutava junto às famílias sem­reto na regiãometropolitana de Belo Horizonte, Manoel Ramos, o Bahia (foto),foi violentamente assassinado no dia 31 de março na ocupaçãoIsidora. Segundo testemunhas, Bahia foi morto por 3 suspeitos,que não moram no local, mas que queriam lucrar com as terrasdas ocupações. A vítima já vinha sofrendo ameaçasanteriormente. Leia sobre o caso no site do Brigadas Populares.

MNDH realiza encontro e assembleianacionaisO Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) irárealizar o XVIII Encontro Nacional de Direitos Humanos e aXVIII Assembleia Nacional do MNDH e convida você paraparticipar e fortalecer essa luta. Com o tema “Participaçãosocial e reforma política para a garantia dos DireitosHumanos”, o evento vai reunir em Belo Horizonte pessoasde todo o país entre os dias 25 a 28 de junho. Em brevedivulgaremos a programação completa, o local do evento emais detalhes sobre as formas de inscrição. Aguarde e seprepare para a mobilização! 

Lançada Cartilha para eleições deConselheiros Tutelares

Neste ano serão realizadas eleições para os conselhosmunicipais dos direitos da Criança e do Adolescente emdata unificada, primeiro domingo de outubro. o O GovernosFederal, por meio da Secretaria de Direitos Humanos daPresidência da República, que busca aprimorar o exercícioda atividade de conselheiro, lançou uma cartilha comorientações para as eleições gerais. O guia será usadocomo referência para todos os municípios brasileiros. Aexpectativa é que o papel destes profissionais sejareconhecido pela sociedade a partir de uma grandecampanha de mobilização para o pleito.

 

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