2
Julho/2011 Brasil avança na área da ciência, tecnologia e inovação Enio Verri Um dos desafios estratégicos do Brasil nos próximos anos na complexa escalada para se consolidar como uma das principais potências econômicas e sociais do mundo é promover a formação de profissionais altamente qualificados e inovadores, sobretudo nas áreas de ciências da saúde, engenharias e tecnologias. Foram notórios os avanços na área de ensino superior no Brasil durante o governo Lula, entre 2003 e 2010. Em dois exemplos: 1) o número de vagas de graduação nas universidades federais saltou de 113 mil para 227 mil e 2) o Prouni (Programa Universidade Para Todos), que concede bolsas de estudos para universidades privadas a jovens de famílias de baixo poder aquisitivo alcançou em 2010 mais de 705 mil beneficiados, sendo 40% de bolsas integrais. No governo da presidenta Dilma, a massificação destas oportunidades está sendo incrementada e vai além das possibilidades de graduação. Lançado no final de julho, o programa Ciência Sem Fronteiras vai conceder 75 mil bolsas de estudo no exterior a jovens brasileiros e inserir o Brasil num novo patamar na área da ciência, tecnologia e inovação. O programa vai possibilitar que os melhores estudantes e pesquisadores do País, de diversas áreas do conhecimento, entre elas as engenharias, ciências exatas, biologia e saúde, computação e tecnologias da informação, energias renováveis, biotecnologia, nanotecnologia, indústria criativa e novas tecnologias de engenharia construtiva tenham a oportunidade de fazer cursos de graduação, mestrado ou doutorado nas melhores universidades do mundo. Além das bolsas de estudos, os beneficiados também vão receber passagens áreas e seguro médico. “Não estamos dizendo que vamos formar 75 mil cientistas individuais, ou 75 mil Einsteins. Estamos dizendo que vamos formar a base de pensamento educacional do Brasil”, explicou a

Brasil avança na área da ciência, tecnologia e inovação

Embed Size (px)

Citation preview

Julho/2011

Brasil avança na área da ciência, tecnologia e inovação

Enio Verri

Um dos desafios estratégicos do Brasil nos próximos anos na complexa escalada para se

consolidar como uma das principais potências econômicas e sociais do mundo é promover a

formação de profissionais altamente qualificados e inovadores, sobretudo nas áreas de

ciências da saúde, engenharias e tecnologias.

Foram notórios os avanços na área de ensino superior no Brasil durante o governo Lula, entre

2003 e 2010. Em dois exemplos: 1) o número de vagas de graduação nas universidades

federais saltou de 113 mil para 227 mil e 2) o Prouni (Programa Universidade Para Todos), que

concede bolsas de estudos para universidades privadas a jovens de famílias de baixo poder

aquisitivo alcançou em 2010 mais de 705 mil beneficiados, sendo 40% de bolsas integrais.

No governo da presidenta Dilma, a massificação destas oportunidades está sendo

incrementada e vai além das possibilidades de graduação. Lançado no final de julho, o

programa Ciência Sem Fronteiras vai conceder 75 mil bolsas de estudo no exterior a jovens

brasileiros e inserir o Brasil num novo patamar na área da ciência, tecnologia e inovação.

O programa vai possibilitar que os melhores estudantes e pesquisadores do País, de diversas

áreas do conhecimento, – entre elas as engenharias, ciências exatas, biologia e saúde,

computação e tecnologias da informação, energias renováveis, biotecnologia, nanotecnologia,

indústria criativa e novas tecnologias de engenharia construtiva – tenham a oportunidade de

fazer cursos de graduação, mestrado ou doutorado nas melhores universidades do mundo.

Além das bolsas de estudos, os beneficiados também vão receber passagens áreas e seguro

médico.

“Não estamos dizendo que vamos formar 75 mil cientistas individuais, ou 75 mil Einsteins.

Estamos dizendo que vamos formar a base de pensamento educacional do Brasil”, explicou a

presidenta Dilma, destacando que a seleção não será baseada no critério do “quem indica”,

mas sim no de quem tem mérito.

Entre os incontáveis benefícios, o programa vai aumentar a presença de estudantes e

pesquisadores brasileiros em instituições de excelência no mundo, promover a

internacionalização das universidades brasileiras, aumentar o conhecimento inovador das

nossas indústrias além de atrair jovens talentos e pesquisadores altamente qualificados para

trabalhar por aqui.

O programa também reforça o comprometimento do governo Dilma, em consonância com os

ideais programáticos do Partido dos Trabalhadores, de acumular esforços públicos no sentido

de promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio da educação básica e

superior.

É extraordinária a iniciativa de democratizar aos estudantes e pesquisadores brasileiros,

independente da classe social e possibilidades financeiras, o acesso às melhores universidades

do mundo. Ademais, não há como se planificar o futuro sem que haja profissionais qualificados

e inovadores, capazes de colocar em prática o projeto de um País desenvolvido e justo. Neste

contexto, o programa Ciência Sem Fronteiras nasce com a incumbência de ser um instrumento

de formação de construtores do nosso futuro.

* Enio Verri é Economista, Deputado Estadual líder da oposição na Assembleia Legislativa e

presidente do Diretório Estadual do PT do Paraná.