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Tiragem: 16364 País: Portugal Period.: Diária Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 32 Cores: Cor Área: 10,51 x 22,70 cm² Corte: 1 de 1 ID: 58289977 10-03-2015 Mais de quatro anos depois de ter findado o seu mandato, em Dezembro de 2010, a Administração do Porto de Aveiro (APA), liderada por José Luís Cacho, foi ontem notificada pelo Governo de que seria substituída a partir de hoje por Pedro Braga da Cruz, actual presidente da Assembleia Municipal de Ovar, pelo PSD. Contactado pelo Diário Económico, José Luís Cacho escusou-se a comentar o sucedido. Num texto enviado ao Diário Económico, José Luís Cacho destaca “quase uma década de labor intenso” para fazer do porto de Aveiro “um dos mais competitivos portos da fachada atlântica no transporte marítimo de curta distância”. “Acreditávamos, também, que o pólo logístico não deveria afastar a vertente industrial, contrariando a tendência dos antigos portos que, apesar de denominados de industriais, só aceitavam investimentos logísticos. Olhávamos para a economia regional e para as indústrias emergentes”, relembra José Luís Cacho. O antigo presidente do porto de Aveiro destaca que esse esforço se traduziu em investimentos privados de 80 milhões de euros que trouxeram mais um milhão de toneladas para o porto, proporcionadas pelas operações de empresas como a Prio, Teixeira Duarte, BP e Sograin, entre outras. E José Luís Cacho assinala o outro desafio de realizar investimento “em contexto de relevantes restrições de financiamento: “com contenção de custos e ‘business plans’ rigorosos, chegámos a 2014 com uma dívida líquida de zero!”. O gestor do porto de Aveiro nos últimos dez anos acrescenta que deixa uma administração com 17 milhões de euros do lado das disponibilidades financeiras. Sensivelmente o mesmo valor que Portos Governo substitui administração do porto de Aveiro o gestor transmite para os sucessores no que respeita a dívida, traduzida em financiamento de longo prazo ao Banco Europeu de Investimento, amortizável nos próximos 17 anos. “Liquidez imediata face a uma dívida de muito longo prazo”, evidencia José Luís Cacho. O responsável destaca também que durante os seus mandatos “foram muitas as obras realizadas, representando um investimento de cerca de 160 milhões de euros”, detalhando uma listagem de 18 empreitadas e projectos realizados sob o seu comando. José Luís Cacho refere ainda que “conseguimos manter a estrutura nominal de custos a montantes de 2005, face a um crescimento do volume de negócio, o que representa uma diminuição real de 30% nos custos totais da empresa”. Até ao fecho da edição, não foi possível contactar com a secretaria de Estado dos Transportes para comentar esta situação. N.M.S Pedro Braga da Cruz, actual presidente da Assembleia Municipal de Ovar, pelo PSD, vai liderar a administração do Porto de Aveiro.

D economico10 03-2015

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Page 1: D economico10 03-2015

Tiragem: 16364

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 32

Cores: Cor

Área: 10,51 x 22,70 cm²

Corte: 1 de 1ID: 58289977 10-03-2015

Mais de quatro anos depois de terfindado o seu mandato, emDezembro de 2010, a Administraçãodo Porto de Aveiro (APA), lideradapor José Luís Cacho, foi ontemnotificada pelo Governo de queseria substituída a partir de hojepor Pedro Braga da Cruz, actualpresidente da Assembleia Municipalde Ovar, pelo PSD. Contactado peloDiário Económico, José Luís Cachoescusou-se a comentar o sucedido.Num texto enviado ao DiárioEconómico, José Luís Cachodestaca “quase uma década delabor intenso” para fazer do portode Aveiro “um dos maiscompetitivos portos da fachadaatlântica no transporte marítimo decurta distância”.“Acreditávamos, também, que opólo logístico não deveria afastara vertente industrial, contrariandoa tendência dos antigos portosque, apesar de denominados deindustriais, só aceitavaminvestimentos logísticos.Olhávamos para a economiaregional e para as indústriasemergentes”, relembra José LuísCacho. O antigo presidente doporto de Aveiro destaca que esseesforço se traduziu eminvestimentos privados de 80milhões de euros que trouxerammais um milhão de toneladas parao porto, proporcionadas pelasoperações de empresas como aPrio, Teixeira Duarte, BP e Sograin,entre outras. E José Luís Cachoassinala o outro desafio derealizar investimento “emcontexto de relevantes restriçõesde financiamento: “comcontenção de custos e ‘businessplans’ rigorosos, chegámos a 2014com uma dívida líquida de zero!”.O gestor do porto de Aveiro nosúltimos dez anos acrescenta quedeixa uma administração com 17milhões de euros do lado dasdisponibilidades financeiras.Sensivelmente o mesmo valor que

PortosGoverno substituiadministraçãodo porto de Aveiro

o gestor transmite para ossucessores no que respeita adívida, traduzida emfinanciamento de longo prazo aoBanco Europeu de Investimento,amortizável nos próximos 17 anos.“Liquidez imediata face a umadívida de muito longo prazo”,evidencia José Luís Cacho. Oresponsável destaca também quedurante os seus mandatos “forammuitas as obras realizadas,representando um investimentode cerca de 160 milhões de euros”,detalhando uma listagem de 18empreitadas e projectosrealizados sob o seu comando.José Luís Cacho refere ainda que“conseguimos manter a estruturanominal de custos a montantes de2005, face a um crescimento dovolume de negócio, o querepresenta uma diminuição real de30% nos custos totais daempresa”. Até ao fecho da edição,não foi possível contactar com asecretaria de Estado dosTransportes para comentar estasituação. N.M.S

Pedro Bragada Cruz, actualpresidente daAssembleiaMunicipal de Ovar,pelo PSD, vai liderara administraçãodo Porto de Aveiro.