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Delação de Sérgio Machado na íntegra

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    PET/6138 t """'~'_'~~;";.: _, 10604 - DIREIto PROCESSUAL PENAL I INVESTIGAO PENAL

    I

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    Matria Criminal ') ,

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    PETIO 6138 PROCEDo DISTRITO FEDERAT, ORIGEM. P~T-613i;l-Sm'REMO TRIBIJNAL ~'EDERAL RELATOR (A): M'IN. TEORI ZAVASC'KI REQTE. (3) MIN!ST);:RIO PBLICO FF'J)EP.AL PROC. UVS) (BS) PROCURADOR-GERAL DA REPBLICA

    DISTRIEUIO EM -16/05/2016

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  • Supremo Tribunal Federal Pet 0006138 - 16/05/2016 15:51

    0052797-05.2016.1.00.0000

    111111111111 I I 1111111111111111111 MINISTRIO PBLICO FEDERAL Procuradoria-Gerai da Repblica

    N 12015 - PGR/GTLJ

    Relator:

    lPRocEl5TMENTOOCULTO E EM SEGREDO DE . TUSTICA

    PRaCEssa PENAL. PRaCEDIMENTa SIGILO. REQUERI-MENTO. INCIDENTAL .. Submisso ao Supremo Tribunal Federal do acordo de colaborao firmado por um dos envolvidos. Anlise e requerimento de homolo-gao, nos termos do 7 do art. 4 da Lei n. 12.85012013 .

    o Procurador-Geral da Repblica vem requerer a homolo-gao de acordo de colaborao premiada nos seguintes termos:

    I - Sntese dos fatos.

    Segue. anexo, acordo de colaborao premiada entre o Pro-

    curador-Geral da Repblica e Jos Srgio de Oliveira Machado,

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  • Pedido de h0l1101ogA:So de cobhorao premi

  • Os fatos desdobram-se em mltiplos contextos, vinculados

    sobretudo empresa Transpetro SI A, subsidiria integral da Petro-

    bras SI A presidida pelo colaborador de 2003 a 2014; alcanam

    tambm, diretamente, ao menos em um dos anexos, a prpria Pe-

    trobras SI A. Esses contextos incluem a prtica de crimes de orga-

    nizao criminosa, corrupo ativa, corrupo passiva e lavagem de

    dinheiro, com envolvimento do Vice-Presidente da Repblica, de

    Senadores e Deputados Federais, bem como de controladores e

    presidentes de empresas de construo civil e do prprio colabora-

    dor, nos seguintes mbitos temticos principais: obteno por em-

    pregado pblico de alto escalo de vantagens indevidas junto a

    empresas que tinham contratos com empresa estatal federal e re-

    passe de parte da propina para polticos em exerccio de mandato

    eletivo; pormenorizao da mecnica de repasse de vantagens in-

    devidas na forma de doaes oficiais; funcionamento e modus ope-

    randi da organizao criminosa investigada na Operao Lava Jato

    e obstruo em curso da Operao Lava Jato.

    De todos os contextos fticos tangenciados pela colaborao

    premiada em exame, sobressai o tratado no termo de colaborao

    nO 10, relativo obstruo da Operao Lava Jato. Esse termo,

    conjugado com as conversas gravadas mantidas com o colaborador

    nos dias 23 e 24 de fevereiro e 10 e 11 de maro com os Senado-

    res Renan Calheiros e Romero Juc e com o ex-Presidente Jos

    Sarney, mostra com nitidez que est em execuo um plano, com

    aspectos tticos e estratgicos, para, no plano judicial, articular atu-

    ao com vis poltico junto ao Supremo Tribunal Federal em as-

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  • Pcdidodc hOll1()logao dc'(()labOt'ao prcI1q

    pecto especfico da Operao Lava Jato e, no plano legislativo, reti-

    rar do sistema de justia criminal os instrumentos que esto na

    base do xito do complexo investigatrio. Os efeitos desse estrata-

    gema esto programados para serem implementados com a assun-

    o da Presidncia da Repblica pelo Vice-Presidente Michel

    Temer e devero ser sentidos em breve, caso o Poder Judicirio

    no intervenha .

    11 - Fundamentos.

    11.1 - Da Competncia por Conexo

    O eminente Ministro Teori Zavascki o relator dos inqu-

    ritos que correm, no Supremo Tribunal Federal, integrando o

    complexo investigatrio cognominado Operao Lava Jato.

    evidente, por pelo menos quatro fatores, a pertinncia a

    esse complexo investigatrio dos fatos abrangidos pela colabora-

    o: (i) a Transpetro SI A subsidiria integral da Petrobras SI A, e

    o esquema narrado pelo colaborador virtualmente idntico ao

    que j veio tona na estatal controladora; o esquema da Transpetro

    SI A constitui, portanto, bvio prolongamento do esquema da Pe-

    trobras SI A; (ii) ao menos um anexo ao acordo trata de solicitao

    ao colaborador de que intermediasse vantagem indevida para

    Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras SI A e ru colabora-

    dor na Operao Lava Jato; (iii) o amplo estratagema de obstruo

    revelado pelo colaborador dirige-se Operao Lava Jato e (iv) di-

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  • versos personagens envolvidos integram a organizao cnmmosa

    investigada no mbito da Operao Lava Jato.

    Aplica-se, portanto, de forma cristalina, ao quadro ftico

    apresentado e anlise das condutas delitivas descritas, o disposto

    no art. 76, II e m, do Cdigo de Processo Penal. patente, ante o que precede, a preveno do eminente Ministro Teori Zavascki

    para as investigaes cuja instaurao est sendo pleiteada, assim

    como para as medidas cautelares penais correspondentes .

    11.11 - Da homologao do acordo de colaborao

    O acordo de colaborao que ora submetido ao Supremo

    Tribunal Federal foi redigido de modo a garantir, da forma mais

    segura possvel, simultaneamente, o interesse pblico e os direitos

    do colaborador. Em prol da clareza e da segurana jurdica, o

    acordo foi feito na forma escrita, explicitando os direitos e os de-

    veres de cada parte. Em todos os atos relativos ao acordo, nos ter-

    mos da Lei, o colaborador esteve acompanhado de advogados de

    sua livre eleio.

    As clusulas do acordo submetido homologao no consti-

    tuem novidade no direito ptrio. Mais de vinte acordos semelhan-

    tes foram celebrados no caso Banestado1 e mais de trinta na

    Operao Lava Jato.

    1 BALTAZAR]UNIOR,]os Paulo; MORO, Srgio Fernando (org.). Lava-gem de dinheiro. Comentrios lei pelos juizes das varas especializadas em homena-gem ao Ministro Gilson Dipp. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007,

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  • Ao apreciar clusula de sigilo em acordo detalhado de cola-

    borao premiada idntico ao ora submetido homologao, cele-

    brado naquela oportunidade pelo Ministrio Pblico Federal com

    colaborador no Caso Bertholdo, ainda que adstrita ao aspecto es-

    pecfico que lhe foi submetido, a Primeira Turma do STF reco-

    nheceu a importncia do instituto e sua constitucionalidade. Em

    seu voto, o Ministro Carlos Britto ressaltou, dentro do contexto do

    direito fundamental segurana pblica, ((como constitucional a lei

    que trata da delao premiada". Em seu entender, ainda, ((o delator, no

    fundo, a luz da Constituio, um colaborador da Justia" (HC 90.688-

    5/PR, ReI. Min. Ricardo Lewandowski, j. 12/0212008, DJE pu-

    blicado em 25/0412008).

    Destaca-se, por relevante, que o presente acordo j foi de-

    vidamente adaptado em algumas clusulas (especialmente

    no que tange ao direito a recurso) em razo de glosas parciais no

    acordo que fora firmado com Paulo Roberto Costa e apresentado

    a Vossa Excelncia anteriormente. Assim, so garantidos ao ru

    colaborador todos os recursos possveis, excepcionados

    aqueles que forem por ele interpostos contra os termos do

    pacto avenado.

    A homologao do acordo escrito, antes de ser prevista na Lei

    12.85012013, desenvolveu-se como prtica judicial vinculada a um

    sistema de justia consensual. Enquanto as clusulas e o contedo

    do acordo so estabelecidos em ajuste de vontades entre as partes

    envolvidas, incumbe ao Poder Judicirio avaliar a legalidade dos ter-

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  • mos do acordo. Essa prxis guarda paralelismo com os institutos da

    transao penal e da suspenso condicional do processo, regidas

    pelo princpio do devido processo legal consensual.

    Conforme bem reconheceu essa Suprema Corte em nume-

    rosos precedentes que desaguaram na Smula 696, o oferecimento

    desses beneficios consensuais se inserem no mbito na anlise ini-

    cial do Ministrio Pblico. Esse mesmo entendimento tambm

    deve ser aplicvel a casos de acordo de colaborao. Existindo vo-

    luntariedade das partes, o contedo das clusulas pactuadas se in-

    sere no mbito da discricionariedade das partes, resguardados os

    limites previstos em lei. Pelo acordo, na verdade, o ru no renun-

    cia a direitos constitucionais, tal como o direito ao silncio, mas,

    voluntariamente, movido pelo desejo de obter benefcios legais,

    deixa de exercer esses direitos.

    Estabelece a Lei 12.850/2013, em seu art. 4, 8, que o

    acordo no ser homologado quando "no atender aos requisitos le-

    gais". Compreendendo-se que no h possibilidade de sindicar o

    mrito do acordo (salvo, evidente, dos temas relacionados com a

    legalidade), acorre-se ao magistrio de Andrey Borges de Men-

    dona:

    l ... ] Antonio Scarance Fernandes, aps estudar profundamente as solues por consenso no processo penal comparado, asseverou que a vinculao do juiz ao acordo das partes uma tnica das novas legislaes europeias. Argumenta-se, como no direito americano, que sem essa vinculao haveria perda de eficincia das solues consensuais e ningum se aventuraria a realizar acordos com o MP se o juiz pudesse alter-los.

    Na mesma linha, Eduardo Arajo, ao tratar do acordo que previsse o

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  • perdo, assevera que o magistrado deve ficar vinculado ao acordo. "Do contrrio, a noo de processo cooperativo restaria esvaziada e haveria um clima c indesejvel insegurana jurdica na aplicao do instituto, pois O Ministrio Pblico no teria como cumprir a sua obrigao no acordo, ante a possibilidade de o juiz no conceder o perdo judicial na sentena". Para o autor, o imprescindvel controle judicial ocorrer quando da homologao do acordo e de seu cumprimento. Mas "uma vez homologado e cumprido o acordo sem revogao ou retratao, no h como o juiz retratar-se na sentena".

    A nova Lei indica que o magistrado no pode simplesmente desconsiderar o acordo. Assevera, expressamente, que o juiz apreciar o termo e a sua eficcia. Assim, o que nos parece que o magistrado deve analisar se o colaborador realmente cumpriu o acordo homologado e, assim, atingiu o resultado a que estaria proposto. A anlise da sentena deve ser feita luz da eficcia da colaborao para a persecuo penaL Se o colaborador cumprir totalmente o acordo realizado, prestando colaborao efetiva, o magistrado, em princpio, deve aplicar o beneficio que lhe foi proposto, sendo sensvel ao acordo realizado e aos interesses em jogo.

    ( ... )

    Ressalte-se que essa interpretao no elimina os poderes do juiz, que continua a exercer diversas e relevantes funes. Scarance Fernandes lembra que o magistrado continuar a exercer trplice funo. Ser o responsvel por analisar a legalidade e voluntariedade do acordo - para identificar se o acusado estava suficientemente esclarecido e agiu de forma voluntria. Poder, ainda, apreciar o mento e absolver o acusado ou extinguir a punibilidade, sequer analisando o acordo. Por fim, continuar a ser o responsvel por fazer a qualificao jurdica do fato, ao apreciar as circunstncias apontadas pelas partes para a determinao da pena em concreto. Nesse sentido, a lei aponta que cabe ao magistrado verificar a eficcia do acordo, ou seja, se houve ou no a efetiva contribuio do colaborador para a persecuo penal, nos termos. Poder, portanto, de maneira fundamentada, entender que a contribuio do colaborador em nada contribuiu para a persccuo penal ou, ainda, que o colaborador rescindiu o acordo. Porm, reconhecendo que o colaborador contribuiu para a persecuo penal, deve assegurar-lhe o beneficio proposto. Somente deve negar validade ao acordo se houver resciso ou ineficcia do aeordo.2

    2 MENDONA, Andrey Borges de. A colaborao premiada e a nova Lei do Crime Organizado (Lei 12.85012013). In: Custos Legis, Revista Eletr-nica do Ministrio Pblico Federal (ISSN 2177-0921), v. 4, 2013, p. 24. Disponvel em:

  • 0.';-- ..

    No presente caso, o Ministrio Pblico Federal entende

    preenchidos todos os requisitos legais essenciais (formais e

    materiais) no acordo firmado, razo pela qual, com funda-

    mento no art. 4, r, da Lei n. 12.850, submete ao Supremo Tri-bunal Federal para a devida homologao, com efeitos erga omnes.

    11.111 - Da ciso parcial da investigao

    incontroversa a permanncia dos delatados titulares de

    prerrogativa de foro sob a competncia do Supremo Tribunal Fe-

    deral, inclusive porque j esto sob investigao em inquritos en-

    cartados na Operao Lava Jato.

    Em relao aos envolvidos que no detm a prerrogativa de

    foro a regra geral impe que haja ciso com o envio do material

    probatrio para o primeiro grau de jurisdio, salvo se a separao

    dos envolvidos implique em relevante prejuzo apurao dos fa-

    tos.

    No obstante isso, alguns fatos ilcitos narrados ainda carecem

    de complementao probatrio e anlise mais aprofundada para

    uma aferio mais precisa da necessidade e extenso de eventual

    ciso.

    coes/ custos-legis/ a -colaboracao-premiada-e-a-nova -lei-do-crime-organi-zado-lci-12.850-2013/view>. Acesso em: 19 set. 2014.

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  • Por essa razo, o Ministrio Pblico deixa para avaliar e re-

    querer eventual ciso - com o consequente envio ao primeiro

    grau de parte do acervo probatrio trazido na presente colabora-

    o premiada - em momento subsequente homologao do pre-

    sente acordo.

    111 - Dos reguerimentos

    Diante de tudo que foi exposto, o Procurador-Geral da Re-

    pblica requer:

    a) a autuao do presente requerimento, com os depoimentos

    e documentos que o instruem, como expediente "oculto" e

    "em segredo de Justia", com distribudo por conexo, mas

    sem apensamento;

    b) o reconhecimento da conexo do presente acordo de co-

    laborao premiada com o autos da Reclamao 17.623/PR,

    Inqurito 3989/DF e Inqurito 4215/DF, nos termos do art .

    69, caput, do RISTF e art. 76, I e 111 do CPP;

    c) a realizao de audincia com o colaborador Jos Srgio

    de Oliveira Machado, nos termos do art. 4, r, da Lei 12.850/2013, com a mxima urgncia;

    d) nos termos do disposto no art. 4, r da Lei n. 12.850/2013, a homologao do acordo de colaborao fir-

    mado com Jos Srgio de Oliveira Machado;

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  • e) por fim, aps a homologao, seja autorizado ao colabora-

    dor o imediato incio do cumprimento das penalidades impostas

    no acordo.

    MMiSR

    Braslia (DF) 12 de ,.../o;}w...hs-5~{\ .

    Rodrigo ]anot WR~

    Procurador-Geral da Repblica

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    PROCURADORIA-GERAL DA REPBLICA

    TERMO DE ACORDO DE COLABORAO /

    o MINISTRIO PBLICO FEDERAL, pelo qual neste instrumento atuam os membros do Ministrio Pblico da Unio que subscrevem, no exerci cio das atribuies que lhes foram conferidas pela Portaria

    tt 132/2016 do Procurador-Geral da Repblica, e JOS SERGIO DE OLIVEIRA MACHADO, qualificado em instrumento confidencial em anexo, doravante designado por seu nome completo ou simplesmente COLABORADOR, devidamente assistido por seus advogados constitudos, que, ao final se subscrevem, frmam e formalizam acordo de colaborao premiada nos seguintes termos:

    I - BASE JURDICA

    Clusula la - O presente acordo da Constituio da Repblica, 12.850/2013, nos artigos 13 a 15 5, da Lei 9.613/98, no artigo artigo 37 da Conveno de Mrida .

    funda-se no artigo 129, inciso I, nos artigos 4 a 8 da Lei

    da Lei n 9.807/99, no artigo 1, 26 da Conveno de palermo e no

    Clusula 2 a - O presente acordo atende ao interesse pblico, na medida em que confere efetividade persecuo criminal de outros rus e investigados e amplia e aprofunda investigaes de crimes contra a Administrao Pblica, contra o Sistema Financeiro Nacional, contra a Ordem Tributria e de lavagem de tanto no mbi to do complexo investigatrio cognominado Lava Jato quanto em outros feitos e procedimentos,

    dinheiro, Operao

    bem como auxilia na apurao da repercusso desses ilicitos penais nas esferas civil, tributria e administrativa sancionadora.

    II - OBJETO

    Clusula 3 a

    elucidao dos investigatrio

    O COLABORADOR compromete-se a fatos em apurao no mbito

    cognominado Operao Lava Jato, em c

    espec ai \

    ~~~J

    na

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    fei tos e procedimentos criminais que j se encontri.' em tramitao no Supremo Tribunal Federal e na 13 a Vara Federal Criminal da Subseo Judiciria de Curitiba/PR, bem como em/quaisquer outros

    I feitos e procedimentos criminais, perante qualquer foro, cujo objeto possa colaborao.

    ser, no todo ou em parte, elucidado por sua

    4t Clusula 4 a - Esto abrangidos no presente acordo todos os crimes compreendidos no escopo e no entorno do complexo investigatrio cognominado Operao Lava Jato que o COLABORADOR tenha praticado ou para os quais tenha concorrido at a data de sua assinatura, inclusive os que venham a ser apurados e processados em feitos e procedimentos desmembrados e remetidos a rgo judicial diverso do Supremo Tribunal Federal e da 13 a . ,Vara Federal Criminal da Subseo Judiciria de Curitiba, desde que efetivamente narrados no mbito da colaborao ora entabulada, conforme anexos que

    4t

    compem e integram nos depoimentos a (sessenta) dias.

    o presente acordo, bem como serem por ele prestados

    outros declinados no prazo de 60

    Pargrafo nico. So obj eto dos anexos que compem e integram o presente acordo fatos ilcitos que consubstanciam, dentre outros, os seguintes tipos penais: organizao criminosa, corrupo ativa, corrupo passiva, lavagem de dinheiro, fraude a licitao, formao de cartel, falsidade ideolgica, crime contra a ordem tributria e evaso de divisas.

    III - PROPOSTA DO MINISTRIO PBLICO FEDERAL

    Clusula 5 a - Considerados os antecedentes e a personalidade do COLABORADOR, a gravidade e a repercusso social dos fatos por ele praticados, e a utilidade potencial da colaborao por ele prestada, inclusive em face do tempo em que por ele oferecida, vez cumpridas integralmente as condies impostas nest aco para o recebimento dos benefcios, e desde que efe

    uma

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    obtidos ao menos um dos resultados previstos nos I, 11, III e IV, do art. 4, da Lei Federal nO 12.850/20 3, o MINISTRIO PBLICO FEDERAL prope ao COLABORADOR, nos Inqu itos 3.989-STF e 4. 215-STF, e , cumulativamente, em qualquer fei to j instaurado ou que venha a ser instaurado CUjO; jeto coincida com os fatos revelados por meio da colaborao or pactuada, na forma da clusula 4", a seguinte premiao legal, desde logo aceita:

    / Pargrafo 1 0. DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE E DE SEU REGIME DE CUMPRIMENTO

    a) A condenao pena mxima de 20 (vinte) anos de recluso, com a suspenso dos demais feitos e procedimentos criminais na fase em que se encontrem quando atingido esse limite, desde que no haj a recurso pendente ,com o pbj,e.ti vo de reduo da pena,

    . ., "-'l ,,'''''.i somadas para esse fim as penas j aplc

  • PROCURADORIA-GERAL DA REPBLICA

    FEDERAL considerar exaurido o cumprimento da ressalvado o disposto na Clusula 6a .

    e) facultado ao COLABORADOR requerer ao r ao judicial que houver homologado este acordo, desde que o faa e at 30 (trinta) dias contados da homologao, autoriza~ para cumprir antecipadamente a pena pri vati va de liben8.ade, desde logo isentando a Unio de toda e qualquer resporfsabilidade caso no venha, por qualquer fundamento, a sofrer condenao penal ou, sofrendo, caso as penas privativas de liberdade que lhe forem 3plicadas sejam inferiores ao ora pactuado.

    f) Com a celebrao do acordo, o MINISTRIO PBLICO FEDERAL compromete-se a no postular medida cautelar privativa ou restritiva de liberdade em desfavor do COLABORADOR em qualquer feito ou procedimento abrangido por este acordo, na forma da clusula 5 a , salvo se houver justa causa para sua resciso.

    Pargrafo 2. DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS

    a) Cumulativamente com a pena privativa de liberdade, nos nove meses em que a estiver cumprindo em regime semi-aberto. diferenciado, o COLABORADOR cumprir pena de prestao de servios comunidade, razo de 8 (oito) horas semanais, na entidade designada pelo juzo federal competente do local de cumprimento da pena, podendo a distribuio das horas fazer-se, dentro de cada semana, por ajuste entre o COLABORADOR e a entidade, sem vinculao a dia semanal certo.

    1& (.,

    b) O COLABORADOR postular ao juzo federal competente que o relatrio de cumprimento da pena restritiva de direitos esteja Y disposio do MINISTRIO PBLICO FEDERAL quando da reunio de avaliao de desempenho.

    c) A formulao pelo MINISTRIO PBLICO FEDERAL da postulao prevista na alnea "c" do pargrafo la desta Clusula 5 a , alcana automaticamente, independentemente de expressa incluso, a pena restritiva de direitos ora pactuada.

    d) O exerccio, pelo COLABORADOR, da faculdade prevista na alnea "e" do pargrafo la desta Clusula 5 a alcana automaticamente, independentemente de expressa incluso,~ /A. / restritiva de direitos ora pactuada. I ~ ~-

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    Pargrafo 30. DA PENA DE MULTA

    a) Nos feitos criminais em que venha a er condenado, o COLABORADOR poder ficar suj ei to ao pagamento da pena de multa a que se refere o art. 58 do Cdigo Penal, a qy-&l ser limitada ao mnimo legal;

    b) O COLABORADOR compromete-se ao pagamento de multa compensatria razo de 80% (oitenta por cento) Unio e de 20% (vinte por cento) PETROBRAS TRANSPORTE S.A. (TRANSPETRO), no valor de R$ 75.000.000,00 (setenta e cinco milhes de reais), ao qual dever proceder a partir da homologao do acordo, da seguinte forma:

    b.I) R$ 10.000.000,00 (dez milhes de reais) devero ser pagos em at 30 (trinta) dias contados da homologao; . . b.II) R$ 65.000.000,00' (~ess~nt~e cinco milhes de reais) devero ser pagos em at 18 (dezoito) meses contados da homologao, segundo cronograma a ser apresentado pelo COLABORADOR no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias a contar do pagamento da primeira parcela, sem atualizao se quitados nos primeiros 6 (seis) meses ou com atualizao do saldo devedor, retroativamente data da homologao, pelo IPCA at o dcimo-segundo ms e pela SELIC, entre o dcimo-segundo ms e o dcimo-oitavo ms, pro rata tempore, caso tenha havido pagamento apenas parcial do saldo devedor.

    c) Caso a PETROBRAS TRANSPORTE S.A. (TRANSPETRO) se recuse a receber o montante a ela dirigido, ele o reverter em favor da Unio.

    d) Incumbe ao COLABORADOR obter junto PETROBRAS TRANSPORTE S. A. (TRANSPETRO) informao adequada sobre o procedimento para efetuar os pagamentos a ela destinados, comprovando-os ao MINISTRIO PBLICO FEDERAL, bem como os efetuados em favor da Unio, em at cinco dias de sua realizao.

    d) O COLABORADOR compromete-se a apresentar, com a assinatura deste acordo, relao de seus bens, inclusive os de que tenha efetivo controle mediante interposio de pessoas, que ser incorporada ao Anexo IV. Se forem identificados outros bens de

    -----~ o COLABORADOR tenha efetivo controle, ainda que em no e interpostas pessoas, sem que ele os tenha relacionado no an xo IV,

    00 qoo cejm de'idoe 00 ee'ejem cob o~~q!elq~;lJ

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  • Mrcio leite Fontes J Iz Awd1la

    Gb, M' lo1tO Teor1 za""acId PROCURADORIA-GERAL DA REPBLICA

    familiar que subscreva o anexo v, ser decretada a respectiva perda em sentena, ou mediante ao declarat ria inominada posterior sentena, a ser proposta perante o rgo judicial competente para a matria penal ora versada, com direito a contradi trio e ampla defesa, sem prej uzo da r;esciso do acordo, por fato imputvel ao COLABORADOR. ~

    e) O COLABORADOR e qualquer familiar que subscrever o anexo V indicar, em at cinco dias da celebrao deste acordo, os bens, dentre os relacionados, que garantiro o pagamento da multa compensatria imposta ao COLABORADOR na alinea "b u do pargrafo 3, no correndo o prazo para o ajuizamento do pedido de homologao enquanto no o fizerem,

    f) Os bens que garantirem o pagamento da multa compensatria podero ser alienados para fazer frente a ela, devendo a alienao ser comunicada e comprovada ao MINISTRIO PBLICO FEDERAL em at 5 (cinco) dias contados de sua ultimao, e o preo auferido destinar-se integralmente ao pagamento da multa compensatria, at o respectivo montante.

    ,.

    g) O COLABORADOR renuncia em favor das autoridades brasileiras de qualquer quantia no exterior que venha a ser localizada em seu nome e que no tenha sido includa na relao de bens de que trata a alnea anterior .

    Pargrafo 4, DO TRATAMENTO JURDICO DOS FAMILIARES

    a) O COLABORADOR compromete-se a obter de qualquer familiar nominado e qualificado no Anexo V, em favor do MINISTRIO PBLICO FEDERAL, todos os aportes probatrios que estiverem rca posse, sob deteno ou ao alcance deles, bem como a apresent-los para depoimento a quaisquer autoridades brasileiras ou estrangeiras, observado o disposto na clusula 21 a, sobre os fatos abrangidos por este acordo, aplicando-se colaborao que vierem a prestar o regime e as disposies pactuados neste acordo, no que no forem modificados por esta clusula.

    b) O MINISTRIO PBLICO FEDERAL compromete-se a no oferecer denncia nem de nenhum modo, ainda que por aditamento ou rerratificao, propor ao penal por fatos contidos no escopo deste acordo em desfavor de qualquer familiar do COLABORADO ~

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    apresentado por ele ao MINISTRIO PBLICO Anexo V e apresente anexos assinados em at contados da data da respectiva celebrao.

    VIA

    subscreva o (cinco) dias

    c) O MINISTRIO PBLICO FEDERAL compromete- e a (i) requerer ao Supremo Tribunal Federal, quando do pedido e homologao, que

    I' confira o mais alto grau de proteo ao nome de qualquer familiar subscritor do anexo V e que mantenha sob sigilo absoluto seus endereos e dados de qualificao; e (ii) adotar as medidas procedimentais possveis mxima proteo e sigilo do(s) nome(s), endereo(s) e qualificao(es) de qualquer familiar subscritor do anexo V.

    d) A punibilidade de qualquer familiar do COLABORADOR que subscrever o Anexo V por quaisquer crimes que estejam descritos em quaisquer anexos do presente acordo, incluindo quaisquer anexos acessrios, e lhe possam ser imputados ficar suspensa pela durao do acordo e extinta com a respectiva expirao.

    e) Qualquer familiar do COLABORADOR ;que subscrever o Anexo V concorda em responder, solidariamente, pelo pagamento da muI ta compensatria imposta ao COLABORADOR na alnea "b" do pargrafo 30 e deve apresentar, em at 10 (dez) dias, a ltima declarao de ajuste anual do imposto de renda pessoa fsica (IRPF) Receita Federal, passando os bens nela relacionados, ipso iure, a garantir o pagamento da multa compensatria pelo COLABORADOR, salvo no que excederem o saldo do valor da muI ta compensatria. Fica expressamente excluda da referida obrigao solidria e de tal garantia qualquer outra pena que no sej a a muI ta compensatria astabelecida na alnea "b" do pargrafo 30.

    f) Caso o familiar que subscrever o Anexo V tenha a /y propriedade ou o efetivo controle, ainda que por interposta pessoa, de bens no exterior no constantes de sua ltima declarao ce ajuste anual do imposto de renda pessoa fsica (IRPF), dever relacion-los em instrumento prprio.

    g) A resciso do acordo por fato imputvel ao COLABORADOR acarreta, independentemente de culpa dos familiares, a das estipulaes a estes relativas, porque acessrias.

    resciso

    n~ 1"- ~~J

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    h) A resciso de estipulao relativa a algu familiar do COLABORADOR por fato quele imputvel opera apenas em desfavor de quem deu causa resciso.

    Clusula 6" - O MINISTRIO PBLICO FEDERAL re,querer a suspenso de feitos e procedimentos instaurados ou por/instaurar em desfavor do COLABORADOR por fatos abrangidos neste acordo, bem como do

    respectivo prazo prescricional, pelo prazo de 10 (dez) anos, uma vez atingido o limite da pena de 20 (vinte) anos de recluso previsto na clusula 5".

    (dez) anos sem a prtica Pargrafo l. Transcorrido o prazo de 10 de fato imputvel ao COLABORADOR que justifique a resciso deste acordo, voltaro a fluir os prazos prescricionais de todos os fei tos e procedimentos suspensos at, :a" extil}o da punibilidade, sem a prtica de ato processual durant~ b:p~riodo em que estiver em curso a contagem do prazo prescricional.

    Pargrafo 2. O Ministrio Pblico Federal poder, a seu exclusivo critrio, uma vez alcanados 15 (quinze) anos do trnsito em julgado da ltima condenao, reputar no haver interesse em promover novas aes penais em face do COLABORADOR pelos fatos abrangidos neste acordo.

    clusula 7" - Ocorrendo violao ou resciso do acordo imputvel ao COLABORADOR, voltaro a correr todos os feitos e procedimentos suspensos em razo do acordo.

    Pargrafo nico. A qualquer tempo, uma vez rescindido o acordo por fato imputvel ao COLABORADOR, o regime da pena regredir para o y regime fixado originalmente em sentena ou deciso de unificao de penas, de acordo com os ditames do art. 33 do Cdigo Penal.

    Clusula a" - A qualquer tempo, uma vez rescindido o acordo por fato imputvel ao COLABORADOR, todos os benefcios mencionados nas clusulas 5 a e prejudicados,

    6, assim como os demais previstos no acordo, ficam

    "em p,eio,," do licH"de e de edmiee'bili(y

    O4=- ~~U

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    provas produzidas pelo COLABORADOR, dos valores j adimplidos pela multa

    nem da reteno pela Unio, compensatria o a pactuada.

    Clusula ga - Caso o COLABORADOR, por si ou po seu procurador, solicite medidas para garantia da sua seguran;;5u da segurana da sua famlia, o DEPARTAMENTO DE POLCIA FE9RAL, o MINISTRIO PBLICO FEDERAL e o juzo ou o tribunal competente adotaro as

    providncias necessrias, que podero abarcar sua incluso imediata no programa federal de proteo ao depoente especial, com as garantias previstas nos artigos 8 e 15 da Lei nO 9.807/99.

    Pargrafo nico. O MINISTRIO PBLICO FEDERAL avaliar o cabimento e a oportunidade de postular perante o juzo ou tribunal competente, a partir do pedido de homologao deste acordo, as medidas cautelares penais porventura nedessrias para resguardar a

    , .,. .

    segurana caso de

    do COLABORADOR, de seus familiares e fatos delituosos descritos nos anexos

    preparao ou execuo.

    procuradores que estejam

    no em

    Clusula 10' O MINISTRIO PBLICO FEDERAL, nas aes de improbidade administrativa que propuser em face do COLABORADOR ou suas empresas pelos fatos abrangidos neste acordo de atribuio da Fora-Tarefa instituda para atuar na Operao Lava Jato, postular que a sentena produza efeitos meramente declaratrios, salvo em caso de resciso.

    Pargrafo 10. Nas aes de improbidade administrativa propostas por outros legitimados em face do COLABORADOR ou suas empresas por fatos abrangidos ou tangenciados neste acordo, o MINISTRIO PBLICO FEDERAL, ao intervir como fiscal da lei, requerer que a sentena produza efeitos meramente declaratrios, salvo em caso de resciso, levando este acordo a conhecimento do juzo e do autor da ao.

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    tangenciados neste acordo, quando no subscrita a ou a inicial pela fora-tarefa insti tuida na Procurador' da Repblica no Estado do Paran para atuar nos feitos procedimentos encartados na Operao Lava Jato, o presente acor o ser levado ao conhecimento do rgo com atribuio legal, pa a que a ele adira se entender cabivel .

    Pargrafo 3. O empreender gestes

    MINISTRIO PBLICO FEDERAL compromete-se junto a qualquer empresa pblica, sociedade

    a de

    economia mista ou ente pblico legitimado para impor ou postular ressarcimento que tenha iniciado os procedimentos correlatos, se os fatos ensej adores da responsabilidade do COLABORADOR na instncia administrativa estiverem abrangidos neste acordo, para que reconhea os valores estipulados neste acordo como satisfativos, no todo ou em parte, de .sua pretenso, ou, quando menos, para que compense os valore.s pago~4' neste acordo do montante do dbito que impute ao COLABORADOR e conceda ao COLABORADOR beneficio de ordem em face de outros devedores solidrios do mesmo dbito.

    Cl.usul.a 11 a - As partes somente podero recorrer da sentena no que toca fixao da pena, ao regime de seu cumprimento, pena de multa e multa compensatria, limitadamente ao que extrapolar os parmetros do presente acordo. O COLABORADOR tambm poder impugnar, em instncia originria ou recursal, imputaes presentes ou futuras, deduzidas no mbito dos feitos, aes penais, inquritos ou procedimentos abrangidos no presente acordo, que excedam o escopo material da colaborao que ele estejay prestando ou venha a prestar e no sejam tangenciados pelos anexos ao presente instrumento, pelos depoimentos por ele prestados ou por documentos ou outros meios de prova abrangidos pela

    col,boc'o. ~

    IV - CONDIES DA PROPOSTA ( ~

    f P ~I~

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    Clusula 12" Para que o presente acordo possa benefcios nele relacionados, especialmente os clusula 5", a colaborao deve ser voluntria, eficaz e conducente aos seguintes resultados:

    Gab, I)/Inl.mo!'reori Za .. ,scIcI

    os na

    efetiva,

    aja identificao dos autores, coautores e partcipes das associaes e organizaes crimir.osas de que tenha ou venha a ter conhecimento, notadamente aquelas sob investigao em decorrncia da Operao Lava Jato, bem como a identificao e a comprovao das infraes penais por eles praticadas que sejam ou que venham a ser de seu conhecimento, inclusive agentes polticos que tenham praticado ilcitos ou deles participado;

    a) a revelao da estrutura hierrquica e a di viso de tarefas das organizaes criminosas de que tenha ou venha a ter conhecimento;

    a) a recuperao infraes penais tenha ou venha a exterior;

    total ou parcial do 'produto praticadas pela organizao ter conhecimento, tanto no

    e/ ou proveito criminosa de Brasil quanto

    das que

    no

    b)a identificao de pessoas fsicas e jurdicas utilizadas pelas organizaes criminosas supramencionadas para a prtica de

    ilcitos; e)o fornecimento de

    notadamente em relao acordo;

    documentos aos fatos

    e outras referidos

    provas materiais, nos anexos a este

    Clusula 13" - Para tanto, reservas mentais, a:

    o COLABORADOR obriga-se, sem malcia ou

    opoo'odoo ooo~ informaes e

    a) esclarecer diversos anexos evidncias que

    cada um dos deste acordo,

    estej am ao seu potencialmente alcanveis;

    esquemas criminosos fornecendo todas as alcance, bem como indicando provas

    a) falar a verdade incondicionalmente, em todas as investigaes , inclusive nos inquritos policiais e civis, aes ci vis, processos e procedimentos administrativos da Pblica Federal e processos administrativos tributrios,

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    aes penais em que doravante venha a ser chamado ~/ depor na condio de testemunha ou interrogado, nos limites destef acordo;

    a) cooperar sempre que solicitado, mediante cdmparecimento pessoal a qualquer das sedes do MINISTRIO PBLICd FEDERAL, do

    DEPARTAMENTO DE POLCIA FEDERAL ou da RECEITA FEDEkL DO BRASIL,

    para analisar documentos e provas, reconhecer p~ssoas, prestar depoimentos e auxiliar peritos na anlise periciayj

    b) entregar todos os documentos, papis, escritos, fotografias,

    gravaes de sinais de udio e vdeo, banco de dados, arquivos

    eletrnicos, etc., de que disponha, quer estej am em seu poder, quer sob a guarda de terceiros, e que possam contribuir, a j u zo

    do MINISTRIO PBLICO FEDERAL, para a elucidao dos crimes que so objeto da presente colaborao;

    c) declinar o nome e todas as informaes de contato de quaisquer pessoas de seu relacionamento que tenham a guarda de

    elementos de informao ou prova que se mostrem, a critrio do MINISTRIO PBLICO FEDERAL, relevant'e:S. ou teis, bem como

    empreender seus melhores esforos para entrar em contato com cada uma dessas ~essoas e obter delas o acesso necessrio, comprometendo-se o MINISTRIO PBLICO FEDERAL, se oportuno e

    cabvel, a abrir tratativas e, conforme o caso, apresentar

    proposta para a celebrao de acordo de colaborao premiada com

    quaisquer dessas pessoas cuja conduta presente ou pretrita a

    propsito da guarda do elemento de informao ou prova tido por relevante ou til possa constituir infrao penal;

    d) no impugnar, por qualquer meio, o presente acordo de colaborao, em qualquer dos inquritos policiais ou aes penais

    nos quais esteja envolvido, no Brasil ou no exterior, salvo p0l" fato superveniente homologao judicial e resultante de . descumprimento do acordo ou da lei pelo MINISTRIO PBLICO FEDERAL

    ou pelo Poder Judicirio;

    e) colaborar amplamente com o MINISTRIO PBLICO FEDERAL e com outras autoridades administrativas e judicirias, inclusive

    estrangeiras, desde que indicadas pelo MINISTRIO PBLICO FED~~~ no que diga respeito aos fatos do presente acordo, obser

    relao s auto~idades estrangeiras o disposto na clusula 1;

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    o afastar-se de suas atividades criminosas, vindo mais a contribuir, de qualquer forma, organizaes criminosas ora investigadas;

    g) comunicar imediatamente o MINISTRIO seja contatado por qualquer coautor ou criminosos abrangidos pelo presente integrante referidas;

    das associaes ou organiza

    /

    cificamente no atividades das

    FEDERAL caso dos esquemas

    ou por qualquer criminosas acima

    h) entregar, em tempo hbil, extratos ou' relatrios de contas 'I I '1 d controladas por ele,

    impossibilidade de no BraSl ou no exterlor, sa vo comprova a

    faz-lo, ainda que para tanto necessite da colaborao de terceiros, s suas expensas, observado o disposto na alinea "e"; e

    i) informar senhas, logins, contas e outros dados necessrios para acessar contas de correio eletrnico utilizadas pelo COLABORADOR que tenham sido j identificadas pelo DEPARTAMENTO DE POLCIA FEDERAL e pelo MINISTRIO PBLICO FEDERAL, inclusive fornecendo, quando requerido, autorizao para autoridades nacionais ou estrangeiras acessarem essa~ contas.

    Clusula FEDERAL nacionais

    14"

    ou ou

    O COLABORADOR autorizar o outros entes administrativos ou

    estrangeiros indicados pelo

    MINISTRIO PBLICO rgos judiciais

    MINISTRIO PBLICO FEDERAL a terem acesso a todos os dados de sua movimentao financeira no exterior, o que inclui, exemplificativamente, todos os documentos cadastrais, relativos a cartes de

    extratos, cartes de assinaturas, dados crdito, aplicaes e identificao de

    depositantes e beneficirios de transaes financeiras, mesmo Que

    7,

    as contas no estejam em seu nome e sim no de pessoas fsicas ou jurdicas interpostas ou de estruturas patrimoniais personalizadas, tais como empresas offshore, trusts, fundaes pessoais, procuradores, comissrios ou agentes, ainda que informalmente constitudos, ou ainda familiares, desde que pertinentes ao escopo ou ao entorno do presente acordo.

    Pargrafo nico - O COLABORADOR assinar termo especfico para o fns do caput, bem como desde logo renuncia, para ,a mesm ~

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    finalidade, ao sigilo deste acordo, limitada s instituies financeiras relevantes, desde que se comprometam a

    no dar a conhecimento de tercei~os a existncia em a substncia deste acordo.

    Clusula 15 a A enumerao de casos especi icos nos quais se

    reclama a colaborao no tem carter exaustivo, tendo o COLABORADOR o dever genrico de cooperar com o MINISTRIO PBLICO

    FEDERAL e com outras autoridades pblicas por este apontadas, para o esclarecimento de quaisquer fatos relacionados com o objeto

    deste acordo.

    Clusula 16 a - Cada anexo deste acordo, assinado pelas partes, parte integrant8 deste instrumento e diz respeito a um fato tpico

    ou a um grupo de fatos tpicos em relao ao qual o COLABORADOR prestar indicar

    "'purao.

    depoimento,

    diligncias

    bem como fornecer provas em

    que possam ser empregadas seu para

    poder e

    a sua

    Clusula 17 a - O sigilo estrito deste acordo e dos seus anexos e declaraes ser mantido at o oferecimento de denncia, podendo haver publicidade restrita, para a efetividade das investigaes e a execuo de eventuais medidas cautelares, sempre a juzo do

    MINISTRIO PBLICO FEDERAL e do Poder Judicirio, nos termos do

    enunciado sumular vinculante de n 14 do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

    Clusula 18 a - Os depoimentos colhidos sero registrados em duas vias, das quais no ter cpia o COLABORADOR ou a sua defesa tcnica, resguardado o direito de receber, a cada depoimento,

    atestado de que prestou declaraes em determinado dia e horrio no interesse de determinada investigao. Aps a homologao, o COLABORADOR ou a sua defesa tcnica tero acesso integralidade dos depoimentos por ele prestados, devendo guardar o sigilo sob o

    material, conforme previsto nas clusulas de sigilo esta~s{i\,A./

    no presente acordo. ( ~ l)-

    ~+. UIU

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    Clusula 19" A defesa desistir de todos os

    ~m Mrcio S laflar Fontes

    Ju Auxiliar b. Minis 1lIoN Za\lllCld

    corpus

    impetrados e de todos os recursos e impugn es autnomas aj uizados em favor do COLABORADOR no prazo de 48 horas aps a assinatura deste acordo, desistindo tambm do ex rccio de defesas

    ::~:::::~ DAi:::i,e de dbeo"ee 7' eompe"ne;e e Clusula 20" - A prova obtida mediante o presente acordo, aps a devida homologao, ser utilizada validamente para a instruo de

    inquritos policiais, procedimentos administrativos criminais,

    aes penais, aes c ves, aes de mprobidade administra ti va e

    inquritos civis, podendo ser emprestada tambm ao Ministrio Pblico dos Estados, Receita Federal, Procuradoria da Fazenda Nacional, ao Banco Central do Brasil e a outros entes

    administrativos, para a instruo de procedimentos e aes

    fiscais, cveis e administrativas de ndole disciplinar ou

    sancionatria, mesmo que rescindido este. acordo , salvo se essa resciso se der por descumprimento de exclusiva responsabilidade

    do MINISTRIO PBLICO FEDERAL.

    Clusula 21" - O MINISTRIO PBLICO FEDERAL e, no mbito de suas atribuies,

    acesso s

    qualquer outro ente

    provas resultantes

    administrativo

    deste acordo

    que venha a ter

    somente prestar cooperao jurdica internacional de qualquer natureza que envolva acesso a qualquer informao ou elemento de prova resultante da cOlaborao ora pactuada, bem como ao prprio COLABORADOR se a autoridade estrangeira celebrar com o COLABORADOR acordo ou lhe

    fizer proposta formal de acordo cujo efeito exoneratrio seja, no

    mnimo, equivalente ao do presente acordo.

    Pargrafo nico. No obstante o disposto no caput, o MINISTRIO

    PBLICO FEDERAL e, no mbito de suas atribuies, qualquer outro

    ente administrativo que venha a ter acesso s provas res

    deste

    se a acordo, somente prestar cooperao jurdica inte aciona /111\./ autoridade estrangeira indicar, fundamentadamente, (que se OV v

    ~f

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    ordenamento jurdico tambm lhe confere competncia s bre os fatos objeto desse acordo.

    VI- RENNCIA GARANTIA CONTRA A SILNCIO:

    AUTOINCRIMINAO E AO DIREITO AO

    Clusula 22"

    COLABORADOR, na constitucional

    Ao assinar o presena de ao silncio

    / acordo de colaborao

    seus advogados, ciente e da garantia

    premiada, o do direito contra a

    autoincriminao, a eles renuncia, nos termos do art. 4, 14, da Lei nO 12.850/2013, em especial no que tange aos depoimentos que vier a prestar no mbito da presente colaborao, estando sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade sobre o que vier a lhe ser perguntado.

    VII - IMPRESCINDIBILIDADE DA DEFESA TCNICA:

    Clusula 23" - Este acordo de colaborao somente ter validade se acei to, integralmente, sem ressalvas, no momento da assinatura, pelo COLABORADOR, assistido por seus defensores: Antnio Srgio A . de Moraes Pitombo, OAB/SP 124.516; Flvia Mortari Lotfi, OAB/SP 246.694, Maria Clara Mendes de Almeida de Souza Martins, OAB/RJ 166.873 e Fernanda Lara Trtima, OAB/RJ 119.972.

    Pargrafo em todos

    nico. Nos termos do art. 4, os atos de confirmao

    colaborao, o COLABORADOR dever estar defensores.

    VIII - cLUSULA DE SIGILO:

    15, da Lei 12.850/2013,

    e execuo da present:;J/)/ "eeie'ido P"< om doe ee"~

    Clusula 24" - Nos termos dos artigos 5 e 7, 3, da Lei nO 12.850/2013, as partes comprometem-se a preservar o sigilo sobre o

    presente acordo e seus anexos, bem como sobre os depOiment9~ provas obtidos em sua execuo, inclusive os udios fornecidos,

    . (

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    qual ser levantado por ocasio do recebimento ou, a critrio do tribunal originariamente competente, para os 1 0, da Lei n. 8.038, de 28 de maio de 1990, denncia que tenha respaldo no acordo, aos fatos nela contemplados.

    do art. 4 0, de

    Pargrafo 1. O MINISTRIO PBLICO FEDERAL poder requerer em juzo o levantamento imedato do sigilo sob e o acordo e/ou sobre

    anexo especfico para reforar, se assim recomendarem as circunstncias, a segurana do COLABORADOR ou a de seus familiares, abrangidos ou no pelo Pargrafo 4 a da Clusula 5 a deste acordo, devendo cientificar o COLABORADOR, na pessoa de seus defensores constitudos, com antecedncia mnima de 48 (quarenta e oito) horas do ajuizamento do pedido, ou por qualquer fundamento, com a anuncia escrita do COLABORADOR e de seus defensores, observado o di8posto na Clusula 17' acima, em especial quanto execuo de medidas cautelares.

    Pargrafo 2. Na hiptese do Pargrafo 1 da Clusula 10 a , caso o 3cordo ainda esteja em sigilo, o MINISTRIO PBLICO FEDERAL requerer ao juzo competente a decretao do segredo de justia, salvo se o COLABORADOR manifestar preferncia escrita pela preservao do sigilo deste acordo, no incumbindo ao MINISTRIO PBLICO FEDERAL cientific-lo previamente de sua interveno.

    Clusula 25 a Aps o recebimento ou, a critrio do tribunal or iginariamente competente, para os fins do art. 4 0, 1 0, da Lei n. 8.038, de 28 de maio de 1990, do oferecimento da denncia, os acusados incriminados em razo da cooperao do COLABORADOR podero ter vista deste termo, bem como dos respectivos anexos e depoimentos que tenham embasado a investigao que ensejou a denncia, mediante autorizao judicial, sem prejuzo dos direito~ assegurados ao COLABORADOR previstos neste acordo e no art. 5 da Lei nO 12.850/2013.

    Pargrafo 1 0. Tal vista ser concedida apenas e to-some.",n __ s //'v../ partes e seus procuradores devidamente constitudos. 10"

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    Pargrafo 2: Demais anexos, no relacionados co~a denncia, sero mantidos em sigilo enquanto for nece~rio para a preservao da efetividade das investigaes, / nos termos do enunciado sumular vinculante de n 14 do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

    Pargrafo 3: O sigilo ora pactuado estende fe ao registro de udio e video dos depoimentos prestados ~S~OjO do presente acordo, inclusive na fase judicial.

    Clusula 26" - As partes signatrias comprometem-se a preservar o sigilo do presente acordo e de seus anexos perante qualquer autoridade distinta do MINISTRIO PBLICO FEDERAL, do PODER JUDICIRIO e do DEPARTAMENTO DE POLCIA FEDERAL enquanto o MINISTRIO PBLICO FEDERAL entender que a publicidade possa prejudicar a efetividade das investigaes.

    Clusula 27" - Dentre os defensores" d"o COLABORADOR somente tero acesso ao presente acordo e s informaes dele decorrentes os advogados signatrios do presente termo ou os advogados que forem por estes substabelecidos com esta especifica finalidade.

    PARTE IX - HOMOLOGAO JUDICIAL

    Clusula 28" - Para ter eficcia, o presente termo de colaborao ser levado ao conhecimento do Jui zo competente, Supremo Tribunal Federal, no prazo mximo de 30 (trinta) dias contados da assinatura deste instrumento, para a apreciao dos fatos relatados em funo do acordo, juntamente com as declaraes do COLABORADOR e de cpia das principais peas da investigao at~' ento existentes nos termos do art. 4", 7 , da Lei nO 12.850/2013, para homologao.

    clusula 29" Homologado o acordo perante o juzo competente, valer em todo foro e instncia, lndependentemente de ratificao.~

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    PARTE X - RESCISO

    Clusula 30" - O acordo perder efeito, consideran o-se rescindido nas seguintes hipteses:

    a) se o colaborador descumprir, sem justific

  • '.

    ~~~~ Jll AUj!, FOI aOIl./MirilttfQ 'I\IQ~ ZIII/I'OId

    PROCURADORIA-GERAL DA REPBLICA _

    Olu.ul. "" - em ceeo da

  • ..

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    inclusive em relao aos processos de atingidos.

    XII - DECLARAO DE ACEITAO:

    que forem

    Clusula 33" - Nos termos do art. 6, III, de. Lei 12.850/2013, o COLABORADOR, assistido por seus defensores, /dec1ara a aceitao ao presente acordo de livre e espontnea v~ntade, e, por estarem

    /

    concordes, firmam as partes o presente instrumento.

    Braslia, 4 de maio de 2016

    Marcello Paranhos de Oliveira

    Sergio Bruno Cabral Fernande .

    JOS~ de~ve~~a"

  • ..

    MINISTRIO PBLICO FEDERAL

    APENSO 1 - REGIME FECHADO DIFERENCIADO

    o Ministrio pblico Federal prop e ao COLABO substituio ao regime fechado de que tratam o Cdigo Penal e os arts. 87 a 90 da Lei de Execu s regime domiciliar diferenciado, mediante clusulas e condies:

    rt.

    Al ~1

  • MINISTRIO PBLICO FEDERAL

    Expedito Machado Filho Padre Ed Carlos Iury de Oliveira Expedito Machado Sergio Machado Daniel Machado Dico Carneiro Neto Rodrigo Cesar Alves de Souza Rodrigo Cesar Alves de Souza filho Walter de S Cavalcante Junior Augusto Kuhlen Antonio Eugenio Porto Eugenio Porto Lucio Carneiro Francisco de Assis Machado Neto Lauro Fiuza Jos Carlos de Oliveira Claudio Pires Vaz Clovis Rolim Otvio Queiroz Jorge Machado Jaime Machado Filho Sebastiana Hori Melika Gomes Bruno Calfat Francisco Ione Pereira Lima Waldenio leite

    VIAO. Mrcio lefIer Fontes

    ulZ AuxIliar o~~. . ~ 1Ileri Za ... ocId

    Pargrafo nico. A necessidade de autorizao no se estende ao ingresso de prestadores de servio aos imo eis nos quais o COLABORADOR cumpra a pena, nem a entuais visitas relacionadas exclusivamente com outros mor dores dos imveis, bastando, com relao a prestadores de/ ervio, comunicao posterior ao Ministrio Pblico Federal.

    Clusula 4 a Caso sua genitora venh/a sofrer males de sade que exijam interveno mdica, o COLABORADOR dever comunicar o Ministrio Pblico Federal, que, demonstrada a necessidade, postular em juizo a autorizao necessria para que o COLABORADOR preste a assistncia familiar que lhe incumba, inclusive quanto a providenciar cuidado mdico e hospitalar.

    Clusula 5 a . O COLABORADOR adotar sistema de comunicao direta com o Juizo, o Ministrio Pblico Federal e a autoridade policial, podendo valer-se de aplicativo de troca de mensagens instantneas se todas as partes estiverem de acordo.

    ;.C~1:.:::u=s=-u=1~a=--~6_a--"_-=-----=-=-=-:=---=-----=----===-=--=:r::s;c=---=-=~t=-=-+-=--"-"-,-",-,-,/",,=o,,d,",,,e_r__o----,' ~ I

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    diretamente ou por meio do Departamento de Polcia fiscalizar in loco o cumprimento das condies de este apenso.

    Federal, que trata

    Pargrafo nico. A fiscalizao poder ocorrer independentemente de prvio aviso no perodo entre as 6h e as 18h e mediante prvio aviso, sem adentrar o recinto, entre as 18h e as 21h, no podendo ocorrer fora desses perodos.

    Clusula 7". Em razo da celebrao do acordo de colaborao, e especialmente durante o perodo de cumprimento da pena, o COLABORADOR obriga-se a colaborar com as medidas preco das nos incisos 11 a VII do art. 3 da Lei 12.850/2 13.

    MINISTRIO

    COLABORADOR: ;y~

    ADVOGADO: i~,d(Jk .'

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    APENSO 2 - REGIME SEMIABERTO

    o Ministrio Pblico Federal prope substituio ao regime 35 do Cdigo Penal e os arts. 91, C.c. 146-B, 111 e IV, da Lei de Execues Penais, o regime semiaberto diferenciado, mediante as seguintes clusulas e condies:

    Clusula la. O COLABORADOR dever, pelo pra o pactuado no acordo, a partir de quando o rgo jud~ial competente autorizar o incio de cumprimento da /rena, permanecer recolhido noite, em feriados e nos fina-is de semana em sua residncia, situada na Rua Dr. Pedro Sampaio, 180, Bairro de Lourdes, CEP 60177-020, Fortaleza/CE, entendendo-se includas no conceito de residncia todas as reas externas do imvel, no perodo das 22h s 7h, somente podendo dela se ausentar, no perodo remanescente, para o exerccio de atividade laboral, da qual dever apresentar comprovao exauriente ao Juizo e ao Ministrio Pblico Federal em at dez dias contados do incio do regime, sob pena de ficar adstrito sua residncia at que proceda comprovao mencionada .

    Pargrafo 1. No perodo das 8h01m s 19h59m, o COLABORADOR dever permanecer no local de sede seu exerccio laboral, a ser informado com antecedncia rn..inlma de cinco dias ao Juzo e ao Ministrio Pblico Federal, podendo efetuar deslocamentos eventuais, para fins laborais, no Municpio de Fortaleza e na respectiva Regio Metropolitana, sem vinculao a endereo determinado.

    Pargrafo 2. O COLABORADOR poder ausentar-se de sua residncia, por seis horas contnuas e no fracionveis, no horrio de recolhimento, em trs datas, no perodo de sua em regime semi aberto domiciliar, a serem indicadas quando iniciado o cumprimento de pena do regime indicado nesse anexo devendo cientificar ao Juzo e ao Ministrio Pblico Federal, com antecedncia mnima de 72 horas, do horrio, em cada data, em que far uso da franquia e podendo solicitar, fundamentadamente e com antecedncia minima de cinco dias teis, a~terao de data.

    Clusula 2. O COLABORADOR, durante o recolhimento em sua residnc~a, no poder receber visitas, exceto de seus advogados e de profissionais de sade, inclusive em carter no-emergencial, bem como dos familiares e amigos a seguir relacionados:

    Pargrafo nico. Durante o perodo de recolhimento, caso sobrevenha emergncia mdica e/ou odontolgica a si, a seu cnjuge ou a seus filhos, no havendo quem mais possa assisti-los, o COLABORADOR dever comunicar o fato ao

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    Ministrio Pblico Federal antes de deixar a residncia, salvo impossibilidade absoluta de faz-lo, caso em que dever proceder comunicao to-logo sej a possi vel, e obter comprovao da emergncia, sob pena de prorrogao do regime fechado domiciliar diferenciado por um a seis meses ou de resciso do acordo, se demonstrada a falsidade da comunicao.

    Clusula 3". O COLABORADOR, durante o recolhimento em sua residncia no poder receber visitas, exceto de seus advogados, profissionais de sade, familiares e amigos, a seguir relacionados:

    Expedito Machado Filho Padre Ed Carlos Iury de Oliveira Expedito Machado Sergio Machado Daniel Machado Dico Carneiro Neto Rodrigo Cesar Alves de Souza Rodrigo Cesar Alves de Souza filho Walter de S Cavalcante Junior Augusto Kuhlen Antonio Eugenio Porto Eugenio Porto Lucio Carneiro Francisco de Assis Machado Neto Lauro Fiuza Jos Carlos de Oliveira Claudio Pires Vaz Clovis Rolim Otvio Queiroz Jorge Machado Jaime Machado Filho Sebastiana Hori Melika Gomes Bruno Calfat Francisco Ione Pereira Lima Waldenio leite

    Pargrafo 1. O COLABORADOR poder, excepcional e fundamentadamente, receber outras visitas desde que previa e devidamente autorizadas pelo Juzo, ouvido o Mnstrio Pblico Federal.

    Pargrafo 2. A necessidade de autorizao no se estende ao r ingresso de prestadores de servio aos imveis nos quais o COLABORADOR cumpra a pena, nem a eventuais visitas relacionadas exclusivamente com outros moradores do imveis, bastando, com relao a prestadores de servio, comunicao

    p",'ecioc o" Mini,"cio "b~Ol~ JYlIJl

  • ,

    VIA ORI MINISTRIO PBLICO FEDERAL

    sade comunicar

    Clusula 4". Caso sua genitora venha a sofrer mal que exijam interveno mdica, o COLABORADOR dever o Ministrio Pblico Federal, que, demonstrada a postular em juzo a autorizao necessria COLABORADOR preste a assistncia que lhe incu quanto a providenciar cuidado mdico e hospita

    ecessidade, para que o a, inclusive

    r, e para que calendrio de lhe seja deferido, em carter excepcional,

    visitao condizente com a circunstncia.

    Clusula 6". O COLABORADOR adotar sis ma de comunicao , direta com o Juzo, o Ministrio Pblico Federal e a autoridade policial, podendo valer-se de aplicativo de troca de mensagens instantneas se todas as partes estiverem de acordo.

    Clusula 7". O COLABORADOR dever, trimestralmente, relatar e comprovar atividade profissional, sob pena de ficar adstrito a sua residncia

    Clusula a". O Juzo e o Ministrio Pblico Federal podero, diretamente ou por meio do Departamento de Polcia Federal, fiscalizar in loco o cumprimento das condies de que trata este apenso.

    Pargrafo nico. A fiscalizao poder ocorrer independentemente de prvio aviso no perodo entre as 6h e as 18h e mediante prvio aviso, sem adentrar o recinto, entre as 18h e as 21h, no podendo ocorrer fora desses perodos.

    Clusula 9". Em razo da celebrao do acordo de colaborao, e especialmente durante o perodo de cumprimento da o COLABORADOR obriga-se a colaborar com as medidas pre as nos incisos 11 a VII do art. 3, da lei 1~13 .

    MINISTRIO PBLICO FEDE~~~ ~ '~ Av! ~ -----

    COLABORADOR: "-=..-/ ~ / - \ &'~

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    ADVOGADO:

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    ANEXO V - FAMILIARES

    Os familiares abaixo subscritos e qualificados, assistidos por suas advogadas, pargrafo 4 da clusula 5" do acordo de colaborao premiada firmado por Machado:

    protegidos pelo Sergio de Oliveira

    J) Daniel Firmeza Machado, brasileiro, casado, economista, portador documento de identidade n 8903002017879, expedido pela SSP/CE, inscrito no CPF Caljastf9" de Pessoas Fsicas sob o n 473.328.163-34, Avenida Senador Virglio Tvora, 150, 7 andar, FortalezalCE, assistido neste ato pelas advogadas Flavia Mortari Lotfi, OAB/SP 246.645, e Fernanda Lara Trtima, OAB/RJ 119.972.

    Local e data: R.1o I O, ])f M~~o ,~ "2 DI b

    Assinatura: \~ l'\ 2) Sergio Firme::t:chado, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador do documento de identidade n 960024686-83, expedido pela SSP/CE, inscrito no Cadastro de Pessoas Fsicas sob o n 492.485.023-34, com endereo na RuaPequetita, 215, 8 andar, Vila Olmpia, So Paulo/S, Passistido neste ato pelas advogadas Flavia Mortari Lotfi, OAB/SP 246.645, e Fernanda Lara Trtima, OAB/RJ 119.972

    ! Local e data: e,o cl, j."~ .. '",, o 06 .... ""'~'" J. zc46

    3) Expedito Machado da Ponte Neto, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador do documento de identidade n 93002044927, expedido pela SSP/CE, inscrito no Cadastro de Pessoas Fsicas sob o n 625.463.413-91, com endereo na Rua Pequetita, 215, 8 andar, Vila Olmpia, So Paulo/SP, assistido neste ato pelas advogadas Flavia Mortari Lotfi, OAB/SP 246.645, e Fernanda Lara Trtima, OAB/RJ 119.972

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  • MINISTRIO PJ3LlCO FEDERAL

    Procuradoria-Geral da Repblica

    TERMO DE COLABORAO N 1 JOS SERGIO DE OLIVEIRA MAC ADO

    s 17h35m do quarto dia ms de maio de 2016'lo Rio de Janeiro/RJ, na Procuradoria da Repblica no Estado do Ri0 de Janeiro, presente o Procurador da Repblica Marcello Paranh

  • foi lder do PSDB no senado de 1995 a 2000 o 2001; QUE os pagamentos a que se refere o anexo eram de recursos ilc os; que desde 1946 o sistema funciona com trs instncias: 1) polticos i? icam pessoas para cargos em empresas estatais e rgos pblicos e que~m o maior volume possvel de recursos ilcitos, tanto para campania eleitorais quanto para outras finalidades; 2) empresas querem contra 'OS e projetos e, neles, as maiores vantagens possveis, inclusive por eio de aditivos contratuais, e 3) gestores de empresas estatais tm --duas necessidades, uma a de bem adininistrar a empresa e outra a de arrecadar propina para os polticos que os indicaram; QUE o depoente, como presidente da Transpetro, administrava com duas diretrizes: extrair o mximo possvel de eficincia das empresas contratadas pela estatal, tanto em qualidade quanto em preo, e extrair o mximo possvel de recursos ilcitos para repassar aos polticos que o garantiam no cargo; QUE o depoente fez apenas quinze ou dezesseis aditivos quando presidiu a Transpetro; que isso era fonte constante de atritos com as empresas contratadas pela Transpetro, as quais estavam acostumadas com o padro da Petrobras e de suas outras subsidirias, em que era frequente a celebrao de aditivos; QUE a maior fonte de desvios de recursos pblicos por meio de aditivos a contratos pblicos; QUE o depoente, ao presidir a Transpetro, arrecadou recursos ilcitos, mas nunca envolveu outros dirigentes da estatal, negociando diretamente com as empresas que venciam as licitaes, aps vencerem o certame; QUE empresas que, vencendo licitao na Transpetro, no aderissem ao pagamento de prop.inas ou cessassem unilateralmente o pagamento delas no sofriam represlias durante a vigncia do contrato, mas depois no conseguiam novos contratos; QUE como exemplos de empresas que tenham funcionado nesses moldes com a Transpetro esto a Bauruense e a UTC; QUE a UTC venceu licitao para manuteno de tanques no Rio Grande do Sul, e seu presidente, Ricardo Pessoa, entrou em tratativas com o depoente, prometendo um milho de reais para repasse a polticos; QUE, na execuo do contrato, Ricardo Pessoas procurou o depoente com proposta de celebrar um aditivo, para aumentar sua margem de lucro, em troca de aumento do pagamento de suborno para polticos; QUE o depoente no aceitou, e a UTC, expirado o contrato, se desinteressou de fazer novos negcios com a Transpetro; QUE a Skanska, entre 2003 e 2005, tendo vencido licitao na Transpetro, tambm cessou unilateralmente o pagamento de suborno para repasse a polticos na vigncia do contrato; QUE a Skanska no sofreu represlias ao longo do contrato que lhe foi adjudicado, mas o depoente determinou aos responsveis pelo cadastro das empresas que participavam das licitaes da Transpetro que no mais

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  • l ar ZliiIrlMlo de Colabora o n. Dl

    chamasse a Skanska para novos contratos; ue o depoente no tinham o poder de incluir empresas no cadastro, ma sim de exclui-las; QUE dentre os diversos fornecedores da Transpetro oIdepoente selecionou entre dez e doze empresas que preenchiam os Se~gi tes requisitos: capacidade tcnica, preo de mercado, aceitao das regra de fiscalizao da Transpetro, bem como proximidade entre o depoente seus controladores ou presidentes e aceitao de contribuir com recursos' ilcitos; QUE o depoente tratava da propina aps a contratao e sempfe com os controladores ou presidentes das empresas; QUE o depoente /precisava sentir-se capaz de desenvolver relao de confiana com as pessoas a quem fosse solicitar propinas; QUE as empresas selecionadas pelo depoente e que aceitaram pagar propina foram Queiroz Galvo, Camargo Corra, Galvo Engenharia, NM Engenharia, Estre Ambiental, Pollydutos, Essencis Solues Ambientais, Lumina Resduos Industriais e Estaleiro Rio Tiet; QUE essas empresas aceitaram pagar propina praticamente em base mensal; QUE a UTC tambm aceitou, mas acabou deixando o esquema, como j explicado; QUE o pagamento das propinas para polticos se dava em duas formas, ou dinheiro em espcie, ou doao oficial; QUE as empresas tambm pagaram por meio de depsitos em conta no exterior, mas esses pagamentos se destinaram ao prprio depoente; QUE a Camargo Correa, a Queiroz Galvo e a Galvo Engenharia pagavam propinas para repasse a polticos mais por meio de doaes oficiais do que por dinheiro em espcie; QUE os polticos responsveis pela nomeao do depoente para a Transpetro foram Renan Calheiros, Jader Barbalho, Romero Juc, Jos Sarney e Edison Lobo; QUE estes polticos receberam propina repassada pelo depoente tanto por meio de doaes oficiais quanto por meio de dinheiro em espcie; QUE alm destes polticos o depoente tambm repassou propina, via doao oficial, para os seguintes: Cndido Vaccarezza, Jandira Feghali, Luis Srgio, Edson Santos, Francisco Dornelles, Henrique Eduardo Alves, Ideli Salvatti; Jorge Bittar, Garibaldi Alves, Valter Alves, Jos Agripino Maia, Felipe Maia, Sergio Guerra, Herclito Fortes, Valdir Raupp; que Michel Temer pediu ao depoente que obtivesse doaes oficiais para Gabriel Chalita, ento candidato a prefeito de So Paulo; QUE, quanto a esses polticos, tem a explicar que, quando o procuravam, conheciam o 0/ funcionamento do sistema; QUE, embora a palavra propina no fosse dita, esses polticos sabiam, ao procurarem o depoente, no obteriam dele doao com recursos do prprio, enquanto pessoa fsica, nem da Transpetro, e sim de empresas que tinham relacionamento contratual com a Transpetro; QUE esses polticos procuravam o depoente porque ele era presidente da Transpetro e tinha como amealhar recursos; QUE, quando V

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    chamava uma empresa para instrui-la a fazer oao oficial a um poltico, o depoente sabia que isso no era lcito e qu a empres fazia a doao em razo dos contratos que tinha com a Tra spetro; QUE existem doaes oficiais feitas licitamente por empresas, s as que o depoente obteve no o eram; QUE o depoente fazia reunies i dividuais, mensais ou bimensais, com os polticos e os presidentes e con oladores das empresas pagadoras de propina para acertar o montante q e seria pago; QUE essas reunies ocorriam na sede da Transpetro ou em se tratando de polticos, em Braslia; QUE, com relao ao pa amento de vantagens indevidas em espcie, tem a esclarecer que, nas eeies de 2004 e 2006, com a presso que estava recebendo, o depoente precisou recorrer a pessoa de confiana que pudesse operacionalizar recebimentos e pagamentos a polticos; QUE o depoente, ento, procurou pessoa de nome Felipe Parente, que trabalhava com o filho do depoente de nome Daniel, e havia sido tesoureiro na campanha dele ao cargo de governador em 2002; QUE Felipe Parente passou a operacionalizar os recebimentos e pagamentos; QUE o depoente instrua Felipe Parente sobre o valor a recolher em cada empresa e o valor a entregar a cada poltico; QUE as entregas de dinheiro em espcie para polticos davam-se em mo de prepostos dos polticos; QUE os polticos diziam ao depoente o nome e o contato dos prepostos que receberiam os valores ilcitos e o depoente repassava essa informao a Felipe Parente; Que com essa informao Felipe Parente procurava os prepostos indicados e realiza os pagamentos; QUE o depoente usou esse modelo no perodo que se estendeu at meados de 2007 ou 2008; QUE naquela poca o depoente concluiu que se expunha demais ao envolver um intermedirio nessas transaes; QUE decidiu, ento, mudar o esquema, de modo que doravante as empresas deveriam indicar o local e o nome da pessoa que entregaria o dinheiro, e o depoente ento repassava essa informao diretamente ao poltico que iria receber o dinheiro, o qual deveria se encarregar de retir-lo; QUE o depoente criou um mecanismo de codinomes, de modo que o entrega dor da empresa e o recebedor do poltico tinham codinomes para tratar um com o outro; QUE os locais de entrega variavam muito; QUE a maioria dos locais de entrega era no Rio de Janeiro e em So Paulo; QUE se recorda, no Rio de Janeiro, de um local de entrega na Rua Mxico, que era o escritrio que recebia os recursos para Edison Lobo; QUE fez urna nica entrega de dinheiro em espcie, em sua residncia, em So Comado, no Rio de Janeiro, no valor de quinhentos mil reais, para Paulo Roberto Costa; QUE se recorda, em So Paulo, de um local de entrega no hotel Georges V, mas no se recorda de qual era o poltico destinatrio; QUE o depoente se compromete a fazer um esforo de memria para resgatar ~

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    locais de entrega com mais preciso; QUE s recorda de uma entrega em Fortaleza, pela empresa Galvo Engenharia; QUE at 2007 no havia urna estrutura de pagamentos mensais organiz dos devido ainda incipiente capacidade de investimento da Transpetr ; QUE, nesse perodo inicial, o depoente teve atritos com o Senador R an Calheiros, porque ele queria mais recursos do que ele era capaz de o ter; QUE inclusive, nesse perodo, houve notas na imprensa sobre a sada do depoente da Transpetro por falta de apoio poltico; QUE o depoente pfecisava ser eficaz na arrecadao de propinas, ou no ficaria no cargo; QUE em de fevereiro de 2008 o Senador Edison Lobo assumiu o Ministrio de Minas e Energia, e tiveram incio os pagamentos mensais para a cpula do PMDB (Renan Calheiros, Romero Juc, Edison Lobo e Jos Sarney); QUE isso passou a ser possvel porque a Transpetro passou a ter mais capacidade de investimento, gerando assim mais contratos e, consequentemente, permitindo ao depoente arrecadar mais propinas; QUE esses pagamentos mensais foram efetuados at o ano de 2014; QUE nunca houve urna estrutura de pagamentos de recursos i1citos organizada por contratos, tratando-se, na verdade, de um fluxo, em que os pagamentos eram mantidos em funo da expectativa de que o depoente ficasse no cargo, de que pudessem contar com relao contratual fluida com a Transpetro e pudessem dela obter contratos futuros; QUE o detalhamento dos pagamentos feitos a cada poltico ser feito em depoimentos prprios. Nada mais havendo a ser consignado, determinou-se que o presente termo fosse encerrado s 19h, o qual, aps lido e achado conforme, vai por todos assinado e lacrado envelopes prprios.

    Membro do Ministrio Pblico:

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    S1~ Colaborador: Advogada:

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  • MINISTRIO PBLICO FEDERAL

    Procuradoria-Geral da RepbJica

    TERMO DE COLABORAO N 02 JOS SERGIO DE OLIVEIRA MACHAD

    s 20h30m do quarto dia ms de maio de 2016, no Rio de Janeiro/RJ, na Procuradoria da Repblica no Estado do Rio d~'neiro, presente o Procurador da Repblica Marcello Paranhos de liveira Miller e o Promotor de Justia do Distrito Federal e dos Te, itrios Sergio Bruno Cabral Fernandes, integrantes do Grupo de Tlabalho institudo pela Procurador-Geral da Repblica atravs da portiria PGRlMPU n 3, de 19/01/2015, foi realizada, observando-se todls as cautelas de sigilo e

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    prescries da Lei 12.850/2013, na presena{\as advogadas Flavia Mortari Lotfi, Maria Clara Mendes de Almeida de Souza Martins e Fernanda Lara Trtima, a inquirio do colaborador: JOS SRGIO DE OLIVEIRA MACHADO, o qual declarou: QUE renuncia, na presena de seu defensor, ao direito ao silncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do 14 do art. 4 da Lei n 12.850/2013; QUE o declarante e seu defensor autorizam expressamente o registro audiovisual do presente ato de colaborao em mdia digital, alm do registro escrito (duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do 13 do art. 4 da Lei nO 12.850/2013, os quais sero, ao final do ato, devidamente lacrados e custodiados pelos representantes do Ministrio Pblico, que ficar responsvel pela guarda, custdia e preservao do' sigilo das informaes, a serem ulteriormente apresentados ao Supremo Tribunal Federal; indagado acerca dos fatos constantes do ANEXO DENOMINADO EMPRESAS QUE CONTRIBUAM, afirmou: QUE o depoente escolheu algumas empresas para pedir apoio poltico, consubstanciado em pagamento de vntagens ilcitas oriundas de contratos firmados com a TRANSPETRO; QUE os critrios para a escolha das empresas eram capacidade tcnica, preo de mercado, aceitao das regras de fiscalizao da Transpetro, tamanho do contrato, bem como proximidade entre o ~

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  • depoente e seus controladores ou presidentes e Itao de contribuir com recursos ilcitos; QUE o pagamento de vantag ns ilcitas no se dava em virtude de medies, mas era deduzido da ma em de lucro das empresas, sempre respeitando o oramento tcnico a TRANSPETRO; QUE o depoente .buscava os valores nas empresas secionadas medida que fazia os acertos com polticos em Braslia; QUE em sempre conseguia atender integralmente s demandas dos polticos; UE cr que alcanava cerca de 60% de taxa de sucesso em atender aos' 6olticos nos montantes que eles pediam; QUE o pagamento de vantagensAcitas pelas empresas permitia ao

    I depoente manter-se no cargo, na medida em que preservava o apoio poltico ao repassar essas vantagens para polticos; QUE as empresas sabiam que o depoente no transigia em nenhuma regra que fosse de encontro ao interesse comercial da TRANSPETRO; QUE o depoente, em regra, no permitia a celebrao de aditivos; QUE em 11 anos o depoente s permitiu 16 aditivos de valor, que totalizaram R$ 17 milhes em contratos; QUE as empresas que pagaram de forma continuada vantagens ilcitas, tanto em doaes oficiais quanto em repasses em dinheiro, ao longo da gesto do depoente foram QUEIROZ GALVO, CAMARGO CORRA, GALVO ENGENHARIA, NM ENGENHARIA, LUMINA, ESSENCIS E ESTRE/POLLYDUTOS/RIO TIET; IRODOTOS NAVIGACION; DEVARAN INTERNATIONAL LTD, alm de algumas empresas espordicas, entre as quais a UTC Engenharia, GDK Engenharia, MPE Engenharia, Skanska Engenharia e BAURUENSE TECNOLOGIA DE SERVIOS LTDA; QUE os contatos com essas empresas para fins de arrecadao de propina eram feitos sempre com donos ou presidentes; QUE o percentual cobrado das empresas era de cerca de 3,0% na rea de servios e de 1,0% a 1,5% na parte dos navios; QUE esses recursos ilcitos no eram regra e eram pedidos apenas de uma parte das empresas, com cujos donos o depoente tinha relacionamento mais denso; QUE neste perodo o depoente fez repasse de vantagens indevidas, sempre no Brasil, de pouco mais de R$ 100 milhes de reais a polticos; QUE o depoente calcula neste perodo ter recebido cerca de R$ 2 milhes de reais por ano a ttulo de vantagens ilcitas, decorrentes das sobras dos repasses a polticos, a maior parte aps 2008, alm de R$ 70 milhes de reais no exterIor; QUE em algumas oportunidades, a partir de 2008, o depoente pediu a seu filho Expedito que fizesse a retirada desses recursos e organizasse esses valores que sobravam; QUE, quanto s empresas ESTRE e POLLYDUTOS, pertencentes ao mesmo grupo, elas tinham contratos de recuperao de tanques e dutos, de meio ambiente e fizeram parte de consrcios com a NM ENGENHARIA; QUE posteriormente numa disputa bastante acirrada ganhou o certame do ~

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    PROMEF - Hidrovias, para a construo de o enta barcaas, por meio da empresa estaleiro Rio Tiet; QUE todos o contratos foram ganhos de forma competitiva; QUE s depois disso ho ve conversa sobre pagamento de vantagens ilcitas; QUE essas conv sas se deram com WILSON QUINTELA, dono da empresa; QUE ess?~ conversas ocorreram na sede da TRANSPETRO; QUE a empresa tambln pagava vantagens ilcitas sobre contratos da PETROBRAS executado/no site da TRANSPETRO; QUE o percentual padro era de 1,0%; QUE a empresa pagava os valores no Rio de Janeiro ou em So Paulo; QUE no Rio de Janeiro o dinheiro era entregue no endereo que o depoente fornecia, o qual ficava em escritrio da Rua Mxico e fora fornecido por MRCIO, filho do Ministro EDISON LOBO; QUE em So Paulo o dinheiro era entregue em locais variados, recordando-se de um escritrio localizado na Praa Antnio Prado; QUE tentar recuperar a informao sobre o escritrio, se de advocacia ou de psicologia; QUE invariavelmente se reunia com o dono da empresa, sempre na sede da TRANSPETRO, e definia data, hora e codinome de quem ia entregar e de quem ia receber; QUE geralmente essa programao era feita de forma mensal ou bimensal; QUE o pagamento no tinha relao direta com os recebimentos de valores contratuais ou seu andamento; QUE WILSON QUINTELA ofereceu ao depoente uma opo de compra de participao na empresa POLLYDUTOS, que nunca foi exercida e nunca resultou em nenhum benefcio para o depoente; QUE chegou a ser assinada uma promessa de compra dessa partidpao na POLLYDUTOS por meio de uma empresa; QUE, quanto empresa NM Engenharia, la j tinha contratos com a TRANSPETRO com bom desempenho de custo e organizao quando o depoente assumiu a presidncia da estatal; QUE a especialidade da NM Engenharia era recuperao de tanques, de dutos e de paradas programadas; QUE o percentual padro foi acrescido de 1,0% QUE em regra seus pagamentos eram feitos em dinheiro em espcie; QUE em uma oportunidade ela fez depsitos que totalizaram R$ 6 milhes de reais na conta do depoente no HSBC no exterior em 2006; QUE em outra oportunidade, em 2014, ela pagou R$ 10 milhes mediante subscrio de capItal de uma empresa, fato que poder ser detalhado por seu filho EXPEDITO; QUE o depoente se reunia com o dono da empresa, de nome NELSON, mensalmente ou a cada dois meses, sempre na sede da TRANSPETRO, e definia com ele o fluxo de recebimento a ttulo de pagamento de vantagens ilcitas que era encaminhado para os repasses polticos; QUE como em todas as outras empresas, s vezes havia dificuldade de caixa, e esse fluxo era reduzido; QUE as entregas eram feitas em endereos de flats e hotis em So Paulo, os quais mUdavam~

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    constantemente; QUE, como locais de rece imento, recorda-se do Hotel George V, localizado na Praa Roquete P' to 9, e do Hotel Quality Inn Faria Lima, situado na Rua Diogo Moreir , 247; QUE, no incio de 2014, havia um saldo de propina a pagar, no valor de R$ 10 milhes; QUE naquele momento sugeriu a NELSON' que investisse em alguns dos negcios relacionados com seu filho FlXPEDITO; QUE esse investimento acabou no trazendo nenhum retofuo ou benefcio; QUE, quanto ESSENCIS SOLUES AMBIENTAIS, era uma empresa de meio ambiente credenciada que j fazia parte dos cadastros e tinha todos os requisitos tcnicos para participar das contrataes da TRANSPETRO; QUE todos os contratos foram ganhos de forma competitiva; QUE s depois disso havia conversa sobre pagamento de vantagens ilcitas; QUE as vantagens ilcitas variavam em funo das condies e das necessidades de propina de que o depoente precisava; QUE o depoente falava com o presidente, de nome CARLOS; QUE as entregas eram sempre feitas em endereos fornecidos pelo presidente da empresa; QUE na maioria das vezes a entrega era feita na Rua Vicente Pizon 173; QUE em regra no havia empresa certa para poltico certo; QUE tinha que administrar isso de acordo com o fluxo de recebimento caso a caso; QUE, quanto LUMINA RESDUOS INDUSTRIAIS, uma empresa de meio ambiente e administrao de CCER (centro de controle de emergncia), integrante do Grupo ODEBRECHT; QUE todos os contratos foram ganhos de forma competitiva; QUE s depois disso havia conversa sobre pagamento de vantagens ilcitas; QUE ela tambm pagava vantagens ilcitas sobre contratos da PETROBRAS executados no site da TRANSPETRO; QUE no caso do CCER a LUMINA entrou para disputar com uma empresa chamada ALPINA, que tinha o monoplio; QUE o depoente queria mais concorrncia, ento induziu vrias empresas a participarem para quebrar o monoplio; QUE se reunia com o presidente da empresa, FERNANDO, sempre na sede da TRANSPETRO; QUE, uma semana antes das datas de pagamento, FERNANDO enviava ao depoente um envelope com os dados de endereo, o codinome do entregador e do recebedor e uma senha; QUE o depoente se recorda das senhas "Arara" "Melancia" e "Sol"; QUE geralmente os pagamentos ocorriam em So Paulo e sempre em endereos diferentes, como flats, hotis e casas; QUE esses recursos ilcitos eram ento utilizados para os repasses a polticos; QUE, com relao s empresas de bareboats, a TEEKAY NORWAY AS fez pagamentos a ttulo de vantagens ilcitas no valor de cerca de R$1,5 milho; QUE essa empresa havia afretado navios antes da chegada do depoente TRANSPETRO; QUE essa empresa fez pagamentos de recursos ilcitos entre 2004 e 2006~

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    QUE depois da entrada do depoente na TRA SPE RO ela ainda ganhou mais alguns contratos; QUE o depoente fazi o contato com esta empresa principalmente com seu vice-presidente, ERBJORN HASSON; QUE posteriormente ela instalou uma filial no rasil; QUE os recursos ilcitos foram recebidos por FELIPE PARENTE o Rio de Janeiro, em endereo fornecido pela empresa; QUE a SPETRO estava fazendo uma licitao; QUE durante este processo oram convidadas vrias empresas; QUE a licitao era para contratao 4 navios; QUE foram contratados 2 navios de produtos DP com a empresa LAURITZEN TANKERS AS e 2 navios Aframax DP com a empresa KNUTSEN SHUTILE TANKERS; QUE a representante destas empresas no BRASIL era a BRAZIL SHIPPING-SCAN BRASIL, que ofereceu as melhores condies de preo; QUE os representantes da empresa se chamavam HARALD BORNA e BJORN SALEN; QUE nunca o depoente tratou de recebimento de recursos ilcitos com estes; QUE aps a licitao o depoente recebeu uma visita de FERNANDO SOARES, que disse que negociaria com esta empresa propina na forma de retorno de parte da comisso de broker; QUE esta negociao no foi bem-sucedida, mas FERNANDO SOARES deu ao depoente uma contribuio de recursos ilcitos polticos no valor de R$1,5 milho; QUE esses valores foram recebidos, salvo engano, em 3 parcelas de R$500 mil num endereo de So Paulo por volta de 2011 ou 2012; QUE o depoente no se recorda desse endereo; QUE nas datas de recebimento, como fazia normalmente, o depoente entregou os endereos para que polticos pudessem coletar os valores; QUE o depoente no efetuou outras transaes com FERNANDO SOARES; QUE todos esses valores foram repassados a poltic