4
O s anos de 1990 foram par- ticularmente ruins para os bancários do Banco do Brasil. O governo Fernando Hen- rique Cardoso (PSDB) adotou uma política de reajuste zero para os bancos públicos e, de quebra, ain- da retirou uma série de direitos do funcionalismo. A partir de 2004, com a unificação da Campanha Nacional, os funcio- nários dos bancos públicos passaram a lutar juntos com os colegas da rede privada. O poder de pressão da cate- goria foi multiplicado e o resultado não poderia ser outro: todos os ban- cários saíram ganhando. “A Campanha Nacional deste ano é um exemplo da importância da unidade dos bancários. No início da greve, o Banco do Brasil, queria descontar todos os dias parados dos seus empregados. Como a Fenaban aceitou a compensação nos mesmos moldes do ano passado, o BB teve de ceder e seguiu a orientação dos demais bancos”, destaca a presiden- ta do Sindicato, Jaqueline Mello. Para o secretário-geral do Sin- dicato, Fabiano Félix, quem tinha alguma dúvida sobre a importância da campanha unificada agora tem a certeza de que esta é a melhor es- tratégia. “Os bancários do BB con- seguiram recuperar, desde 2004, praticamente todos os direitos que tinham sido retirados pelo governo tucano. Além disso, os aumentos salariais são os mesmos para todos. Acabamos com a política de reajus- te zero e garantimos muitos ganhos para os bancários da rede pública e privada”, afirma. NEGOCIAÇÃO PERMANENTE Fabiano destaca que o BB aten- deu as principais reivindicações dos bancários. “Mas ainda temos uma série de demandas que precisam ser resolvidas. Para isto, temos a mesa de negociações permanentes com o banco e vamos inciar, desde já, os debates pela pauta que ainda não foi atendida”, garante Fabiano. BANCO DO BRASIL • NOVEMBRO DE 2011 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR AUMENTO REAL Reajuste de 9% sobre todas as verbas salariais e benefícios. O mesmo valor será aplicado no VCPI (vencimento em ca- ráter pessoal – incorporados), garantido interstício sobre esta verba. Com isso a remuneração aumenta o poder de compra na mesma proporção do ganho conquistado (1,5% real), valori- zando todos os salários. PISO O piso passa para R$ 1.760; com reflexo na curva do PCR (in- terstícios). Cada M (mérito) passa a valer R$ 97,35, representando um aumento real de 2,43%. PCR Retroatividade no mérito na carreira do PCR até 1998. Após a conquista da carreira de mérito na campanha de 2010, agora a luta é por aprimorá-la sempre. Esse primeiro passo garante que o pe- ríodo de exercício de comissões, desde a criação dos VR´s (valores de referência), seja reconhecido para todos os funcionários. PLR O cálculo da PLR do 1º semes- tre de 2011 considerou os mes- mos critérios das distribuições anteriores, dentro de um modelo que é considerado o melhor da categoria. Esse modelo prevê distribuição anual dividida em dois semestres distintos de 90% do salário paradigma (E-6, E-6 + comissão de caixa e VR´s), sen- do 45% em cada semestre; 4% do lucro líquido distribuídos de forma linear, valor fixo com pa- râmetro no valor definido para a categoria e mais o módulo bônus para os comissionados. FORÇA DA GREVE ARRANCA MAIS CONQUISTAS NO BB PRINCIPAIS CONQUISTAS Jaqueline: unidade garantiu a vitória

Jornal dos Bancários Especial Banco do Brasil

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Veja mais noticias em: www.bancariospe.org.br

Citation preview

Page 1: Jornal dos Bancários Especial Banco do Brasil

Os anos de 1990 foram par-ticularmente ruins para os bancários do Banco do

Brasil. O governo Fernando Hen-rique Cardoso (PSDB) adotou uma política de reajuste zero para os bancos públicos e, de quebra, ain-da retirou uma série de direitos do funcionalismo.

A partir de 2004, com a unificação da Campanha Nacional, os funcio-nários dos bancos públicos passaram a lutar juntos com os colegas da rede privada. O poder de pressão da cate-goria foi multiplicado e o resultado não poderia ser outro: todos os ban-cários saíram ganhando.

“A Campanha Nacional deste ano é um exemplo da importância da unidade dos bancários. No início da greve, o Banco do Brasil, queria descontar todos os dias parados dos seus empregados. Como a Fenaban aceitou a compensação nos mesmos moldes do ano passado, o BB teve de ceder e seguiu a orientação dos demais bancos”, destaca a presiden-ta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Para o secretário-geral do Sin-dicato, Fabiano Félix, quem tinha

alguma dúvida sobre a importância da campanha unificada agora tem a certeza de que esta é a melhor es-tratégia. “Os bancários do BB con-seguiram recuperar, desde 2004, praticamente todos os direitos que tinham sido retirados pelo governo tucano. Além disso, os aumentos

salariais são os mesmos para todos. Acabamos com a política de reajus-te zero e garantimos muitos ganhos para os bancários da rede pública e privada”, afirma.

Negociação permaNeNteFabiano destaca que o BB aten-

deu as principais reivindicações dos bancários. “Mas ainda temos uma série de demandas que precisam ser resolvidas. Para isto, temos a mesa de negociações permanentes com o banco e vamos inciar, desde já, os debates pela pauta que ainda não foi atendida”, garante Fabiano.

BANCO DO BRASIL • NOVEMBRO DE 2011 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

aUmeNto reaLReajuste de 9% sobre todas

as verbas salariais e benefícios. O mesmo valor será aplicado no VCPI (vencimento em ca-ráter pessoal – incorporados), garantido interstício sobre esta verba. Com isso a remuneração aumenta o poder de compra na mesma proporção do ganho conquistado (1,5% real), valori-zando todos os salários.

piSoO piso passa para R$ 1.760;

com reflexo na curva do PCR (in-terstícios). Cada M (mérito) passa a valer R$ 97,35, representando um aumento real de 2,43%.

pcrRetroatividade no mérito na

carreira do PCR até 1998. Após a conquista da carreira de mérito na campanha de 2010, agora a luta

é por aprimorá-la sempre. Esse primeiro passo garante que o pe-ríodo de exercício de comissões, desde a criação dos VR´s (valores de referência), seja reconhecido para todos os funcionários.

pLrO cálculo da PLR do 1º semes-

tre de 2011 considerou os mes-mos critérios das distribuições anteriores, dentro de um modelo

que é considerado o melhor da categoria. Esse modelo prevê distribuição anual dividida em dois semestres distintos de 90% do salário paradigma (E-6, E-6 + comissão de caixa e VR´s), sen-do 45% em cada semestre; 4% do lucro líquido distribuídos de forma linear, valor fixo com pa-râmetro no valor definido para a categoria e mais o módulo bônus para os comissionados.

Força Da greVe arraNca maiS coNQUiStaS No BB

priNcipaiS coNQUiStaS

Jaqueline: unidade garantiu a vitória

Page 2: Jornal dos Bancários Especial Banco do Brasil

2

Oceano Salvador, Gualter, Rômulo Brainer, Marcos Aurélio: todos eles trabalham, ou trabalha-

vam, no Banco do Brasil há mais de 24 anos. Quase todos, com exceção de Gualter, estavam à frente de uma agência, como gerente geral, há mais de dez anos. Todos eles foram descomissionados entre ju-lho e agosto deste ano. Nenhum responde a processo administra-tivo. Nenhum tem anotações nas avaliações de desempenho. Nada de faltas ou conduta desabona-dora. Nenhuma explicação para a perda da função, exercida há tantos anos e com bons resultados.

Oceano e Gualter desconfiam do mo-tivo do descomissionamento, embora não lhes tenha sido falado de forma franca. É que eles apelaram à Justiça para garantir seus direitos de trabalhador. “Se o banco perde uma ação na Justiça é porque, de fato, agrediu os direitos do trabalhador. Não pode, portanto, falar em quebra de confiança porque foi a empresa quem que-brou as regras: os direitos do trabalhador são indisponíveis”, diz o secretário geral do Sindicato, Fabiano Félix, funcionário do Banco do Brasil.

No entanto, antes mesmo de resolver bus-car amparo legal, Oceano já tinha sido re-baixado de função. “Eu era gerente nível 1 na agência Sete de Setembro. Passei a ser nível 2 na Ceasa. Na época, disseram que não haveria perda de salário pois o banco estaria adotando nova formatação para re-muneração dos gerentes de agência. Não foi o que aconteceu”, explica o bancário.

Gualter já gerenciou as agências de Inajá, Belém de Maria, Água Preta, Barreiros, Ta-quaritinga do Norte, Santa Cruz do Capiba-ribe e Lajedo. Mas havia decidido abandonar a função quando foi chamado para assumir a agência de Cumaru. Isso depois de ser cha-mado de incompetente e de ser injustamente acusado por problemas na agência de Gara-nhuns, onde era gerente de segmento.

As humilhações o fizeram recorrer à Justiça. Um mês depois foi chamado a

uma reunião na Regional de Caruaru. Mas recusou-se a receber a Carta de Descomis-sionamento porque, antes disso, entregou o pedido de aposentadoria. “O banco mudou a maneira de tratar seus funcionários. Não é mais aquela empresa de nossos sonhos. Não existe mais planejamento, apenas metas. Para cumpri-las, passa-se por cima de tudo e os números passam a valer muito mais do que as pessoas”, diz Gualter.

A forma como os descomissionamentos ocorrerram é o que mais causa mágoa. “O banco tenta fazer você acreditar que é in-competente e isso mexe muito com o emo-cional”, afirma Marcos Aurélio, que foi ge-rente em Lajedo, São José do Egito, Cabrobó e Petrolândia. Rômulo Brainer - que já ge-renciou as unidades de Agrestina, Pombos, Paulista, Casa Amarela, Avenida Norte, Sho-pping Boa Viagem, Olinda, Sete de Setem-bro e Espinheiro – não tem ideia de porque foi descomissionado. “Apenas me chamaram e entregaram o termo. Não tenho anotação, processo administrativo, os resultados estão bons... A gente fica tentando imaginar o mo-tivo de tudo isso...”, diz o bancário, que tem 31 anos de serviços prestados.

De sua filha de seis anos, Oceano teve de escutar uma pergunta cruel: - Papai, porque

a mira cega Do BBPor Fabiana Coelho

Bancários garantem trava contra odescomissionamento

Um dos principais pontos do acordo aditivo do Banco do Brasil é a manutenção da trava de descomis-sionamento. O banco havia ameaça-do rever a conquista do ano anterior, mas cedeu às pressões e manteve o direito. Assim, o BB só pode retirar a comissão sob alegação de baixo desempenho após três ciclos avalia-tórios negativos na GDP.

Essa conquista é importante, principalmente após a onda de des-comissionamentos, que assustou os bancários do Banco do Brasil de Pernambuco entre os meses de julho e agosto deste ano. Na época, o Sin-dicato cobrou uma justificativa do BB, que garantiu que os casos foram pontuais. Em reunião realizada no final de agosto, os representantes do banco garantiram ainda que não há mais nenhum descomissionamento programado em Pernambuco.

Segundo a secretária da Mulher do Sindicato, Sandra Trajano, o banco

alegou que as perdas das funções se deram por quebra de confiança ou por desvio comportamental e que o fato de todos eles ocorrerem juntos, nos últimos meses, foi apenas coin-cidência. Segundo ela, os represen-tantes do BB garantiram que não há nenhum descomissionamento pro-gramado. “Mas o Sindicato está aten-to para defender esses bancários que hoje estão gerentes”, conta Sandra.

VitóriaA 3ª Turma do Tribunal Regional

do Trabalho de Pernambuco orde-nou ao BB que incorpore o valor da comissão no salário do funcionário Almir Cosme Amorim dos Santos, como também todo atrasado. Almir, comissionado há 18 anos, era gerente de setor na antiga Gecex-Recife. Foi descomissionado em março de 2010. O Sindicato tentou solucionar o pro-blema de forma negociada, mas só conseguiu resolver na Justiça.

Page 3: Jornal dos Bancários Especial Banco do Brasil

33

uma reunião na Regional de Caruaru. Mas recusou-se a receber a Carta de Descomis-sionamento porque, antes disso, entregou o pedido de aposentadoria. “O banco mudou a maneira de tratar seus funcionários. Não é mais aquela empresa de nossos sonhos. Não existe mais planejamento, apenas metas. Para cumpri-las, passa-se por cima de tudo e os números passam a valer muito mais do que as pessoas”, diz Gualter.

A forma como os descomissionamentos ocorrerram é o que mais causa mágoa. “O banco tenta fazer você acreditar que é in-competente e isso mexe muito com o emo-cional”, afirma Marcos Aurélio, que foi ge-rente em Lajedo, São José do Egito, Cabrobó e Petrolândia. Rômulo Brainer - que já ge-renciou as unidades de Agrestina, Pombos, Paulista, Casa Amarela, Avenida Norte, Sho-pping Boa Viagem, Olinda, Sete de Setem-bro e Espinheiro – não tem ideia de porque foi descomissionado. “Apenas me chamaram e entregaram o termo. Não tenho anotação, processo administrativo, os resultados estão bons... A gente fica tentando imaginar o mo-tivo de tudo isso...”, diz o bancário, que tem 31 anos de serviços prestados.

De sua filha de seis anos, Oceano teve de escutar uma pergunta cruel: - Papai, porque

você não é mais gerente. Você fez algu-ma coisa errada? “Se na cabeça de uma

criança inocente vem este questiona-mento, imagina o que estão pen-

sando os clientes: - Ele roubou? - Utilizou-se da função para be-nefício próprio ou de terceiros? - O que aconteceu?”, indaga o trabalhador, que já passou pelas gerências de Nazaré da Mata, Garanhuns, Caruaru, Petrolina, Sete de Setembro e Ceasa, além de Carauari – na

Amazônia, onde iniciou na fun-ção, em 1993. Ao Sindicato, os representantes

da empresa alegaram quebra de con-fiança ou desvio comportamental para

justificar os descomissionamentos. Não mostraram, entretanto, fato algum que de-sabonasse a conduta dos trabalhadores. Ga-rantiram, ao menos, que não há novos des-comissionamentos em vista. “O problema é que a empresa faz vistas grossas com erros de quem cumpre as metas. Mas quando o gestor não é um bom vendedor de produtos, o BB é rigoroso demais. Esses descomissio-namentos geraram uma instabilidade muito grande nas agências, o que deixou o clima no ambiente de trabalho péssimo. Por isso é importante esta garantia do banco de que não tem mais nenhum descomissionamento programado”, ressalta Fabiano Félix.

oS cUStoS De Uma comiSSão“Vai chegar um tempo em que ninguém

mais vai querer ser gerente do BB”. A fala, de Marcos Aurélio, encontra eco na decisão de Gualter, que tinha desistido de ser ge-rente quando foi convocado para Cumaru. Ele próprio, embora ressalte que o impacto financeiro sobre a família causa um sofri-mento muito grande, revela que agora, que deixou de ser gerente, começa a descobrir coisas que ele tivera de esquecer sob a pres-são do ofício. E isso inclui atos como sorrir e conversar com os colegas.

Todos os ex-gerentes ouvidos nesta re-portagem são unânimes em suas críticas ao modelo de metas do Banco do Brasil. “O

estímulo para que se busque metas é im-portante, mas está sendo mal conduzido, engessado, distorcido”, diz Marcos Aurélio. E completa: “Há fatores que precisam ser levados em conta: o porte da cidade, o or-çamento, entre outras coisas. As metas tem de ser construídas de acordo com as espe-cificidades de cada lugar. Mas o que ocorre é que o gerente vive espremido entre duas opções: não entregar todas as metas, mas zelar pela produtividade, bons resultados e normas de segurança; ou render-se à velo-cidade das metas que acaba conduzindo a erros. No primeiro caso, ele per-de a comissão; no segundo, pode perder o emprego”.

O próprio banco admite a inten-sa pressão que seus comissionados são obrigados a suportar. Em proces-so seletivo para preenchimento de uma vaga para gerente de setor, o banco divul-gou as competências exigidas. Entre elas, constava: “resiliência – ca-pacidade de resistir a pressões”. O secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, lembra que o termo “resiliência”, em sua origem, significa superação. Mas foi livremente adapta-do para servir à conveni-ência do banco. “Todo mundo quer ascender e ser valorizado na profissão. No entan-to, quando se sub-mete a este tipo de exigência, não tem ideia do signifi-cado que tem este termo para o banco e qual o preço que ele vai ter de pa-gar. É uma falta de respeito com o ser humano”, acres-centa Sandra Albu-querque, secretária da Mulher do Sin-dicato e bancária do BB.

a mira cega Do BB

Page 4: Jornal dos Bancários Especial Banco do Brasil

4

Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221.

Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho e Fábio Jammal Makhoul. Diagramação: Bruno Lombardi.

Impressão: NGE Tiragem: 1.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVAPresidenta: Jaqueline MelloSecretário-Geral: Fabiano FélixComunicação: Anabele SilvaFinanças: Suzineide RodriguesAdministração: Epaminondas FrançaAssuntos Jurídicos: Alan PatricioBancos Privados: Geraldo Times

Bancos Públicos: Daniella AlmeidaCultura, Esportes e Lazer: Adeílton FilhoSaúde do Trabalhador: João RufinoSecretária da Mulher: Sandra AlbuquerqueFormação: Tereza SouzaRamo Financeiro: Elvis AlexandreIntersindical: Cleber RochaAposentados: Luiz Freitas

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

coNheça oS DiretoreS Do SiNDicato QUe São FUNcioNárioS Do BaNco Do BraSiL

WinelaneMelo

JoséBatista

LuizGustavo

SandraTrajano

AzenateAlbuquerque

AntonioFabiano

EdmarMatias

Zuleide Andrade

FabianoFélix

LuizFreitas

CleberGomes

DianaSouza

FátimaClark

LilianBrandão

RenatoTenório

Sindicato exige fimdo assédio moral emreunião com a gepes

As denúncias de assédio moral em algumas unidades do Ban-co do Brasil foram o principal

ponto de pauta em reunião do Sindica-to com a Gepes (Gerência de Pessoas), no dia 31 de outubro. Os casos vieram à tona pouco depois da greve. Em uma das denúncias, um bancário passou a ser perseguido depois de se recusar a assinar um termo de compromisso para cumprimento de metas.

“Orientamos aos bancários para que não assinem nenhum compromisso sobre metas, mesmo que o documento

seja dissimulado na forma de plano de ação”, ressalta o diretor do Sindicato, Luís Freitas, empregado do BB.

Segundo os representantes do banco, este procedimento não é uma orientação da direção. Mas o fato é que o funcioná-rio que se negou a assinar o documento passou a ser perseguido de várias manei-ras. Os gerentes Miguel Arruda e Airton, da Gepes, se comprometeram a acompa-nhar esta e outras denúncias de assédio.

O Sindicato também debateu outros problemas na reunião.

Leia em www.bancariospe.org.br

Fale com os dirigentes pelo telefone(81) 3316-4233

A ação do anuênio no Banco do Brasil entra, agora, em nova eta-pa. Para tirar todas as dúvidas dos bancários, o Sindicato realiza uma reunião no próximo dia 17, às 19h, na sede da entidade. O advogado do Sindicato responsável pela ação vai participar do encontro para debater todas as questões levantadas pelos funcionários do BB.

No início de outubro, a perícia apresentou os valores devidos a cada um e os nomes dos beneficia-

dos. Agora, os dados serão objeto de apreciação entre as partes. O Sindi-cato já solicitou uma audiência para requerer a documentação.

“Nós teremos de confrontar os dados da relação apresentada pelo Sindicato no início do processo com os que foram disponibilizados pelo perito, já que existe uma diferença de 961 nomes”, afirma a secretária da Mulher do Sindicato, Sandra Al-buquerque, funcionária do Banco do Brasil.

Sindicato analisa dados do perito em ação do anuênio