PROTEGER A FAMÍLIA, FORMAR O CIDADÃO

Enio Verri*Para combater as drogas e os danos que elas provocam, é preciso integrar políticas e estruturas públicas e promover sinergia entre poder público, sociedade e as famílias.

Nosso programa Maringá Educadora, que consiste na oferta da educação em tempo integral, parte em sala de aula, parte em atividades de esportes e cultura, é um instrumento poderoso de prevenção. Ao mesmo tempo em que amplia a formação de nossos alunos, garante que eles fiquem ocupados com atividades construtivas, longe do alcance dos traficantes e das drogas, que hoje atingem mesmo crianças e pré-adolescentes.

Além de sua integração com as atividades educacionais, o esporte é outra área que deve receber à máxima atenção do poder público. Hoje, lamentavelmente, a população tem que pagar para ter acesso às quadras esportivas, além de conviver com falta de políticas para o setor. Em nosso governo, haverá irrestrita gratuidade e vamos investir em atividades de esportes e lazer, necessárias para a formação dos cidadãos e para a elevação de sua qualidade de vida.

Sempre respeitando as diretrizes da legislação relativa às políticas públicas para crianças e adolescentes, temos que preparar nossos jovens para sua inserção no mundo do trabalho. Por um lado, é necessário articular os meios para que os jovens tenham acesso ao ensino superior. Por outro, por intermédio de parcerias com instituições públicas e privadas, cabe ao gestor público municipal ter uma política de qualificação que garanta, aos jovens, uma perspectiva de carreira profissional.

Outro programa que vamos implementar é o Espaço Família. Trata-se de um programa mais amplo, que integra políticas e estruturas da administração municipal em proteção à família. No que diz respeito à questão das drogas, incorpora assessoria jurídica, psicológica, dos serviços de saúde, entre outras, no apoio às famílias. Esse programa tanto articula medidas de prevenção quanto promove assessoria para

as famílias que já convivem com o problema das drogas. Sem se esquivar da articulação de meios próprios, o município deve estimular as entidades que trabalham com a recuperação de drogados.

O Prefeito deve assumir o papel de liderar a articulação de ações repressivas contra o tráfico e os traficantes. Lugar de traficante é na cadeia. Na base do município, operam a guarda municipal, polícia civil, a polícia militar e a polícia federal. Sabe-se que as três últimas polícias subordinam-se aos governos estadual e federal, mas a liderança do prefeito deve ser potencializada, como articulador de políticas e porta-voz das necessidades de sua comunidade diante de outras esferas governamentais.

Para exercer essa liderança, o prefeito estará em perfeita sintonia com a comunidade que representa, trabalhando em uníssono com o Conselho Municipal Antidrogas e com o Conselho de Segurança.

* Enio Verri é deputado estadual, professor licenciado do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e presidente do PT-Paraná.

** Artigo publicado no jornal O Diário do Norte do Paraná, dia 24/08/08