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O estudo elaborado pela unidade de inteligência do The Economist analisa 25 indicadores em oito categorias para formar o ranking de gestão de todos os estados do Brasil.
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Ranking de gestão dos estados brasileiros 2011 Levantamentos e Metodologia Unidade de Inteligência da Economist
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Prefácio O Ranking de Gestão dos estados brasileiros é um relatório da Unidade de Inteligência da Economist, patrocinado pelo Centro de Liderança Pública. A Unidade de Inteligência da Economist fez a pesquisa e a análise, bem como redigiu o relatório. Os levantamentos e opiniões expressas no relatório não refletem obrigatoriamente as opiniões do patrocinador.
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Índice Página Sumário Executivo 4 Resultados por Categoria 6 Ambiente Político 6 Ambiente Econômico 6 Regime Tributário e Regulatório 7 Políticas para Investimentos Estrangeiros 8 Recursos Humanos 9 Infraestrutura 9 Inovação 9 Sustentabilidade 10
Critério de Pontuação e Categorias 11 Metodologia 13 Geral 13 Modelagem de Dados 13 Cálculo do Índice 14
Definições e construção de indicadores 15
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Brasil: Ranking de gestão dos estados brasileiros 2011 Sumário Executivo Para compreender melhor a gestão comparativa nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, a Unidade de Inteligência da Economist (UIE) montou um Índice piloto do Ambiente de Negócios. O objetivo deste Índice é estimular um debate sobre os fatores que afetam a gestão pública. Também pretende incentivar a melhoria de políticas públicas e de programas que tornarão as economias dos estados mais produtivas. O índice faz uma apresentação sucinta do atual ambiente operacional de negócios de cada estado. Fornece informações para as empresas sobre quais estados oferecem as maiores oportunidades e maiores desvantagens. Para os formuladores de políticas públicas, o índice destaca onde os estados têm uma atuação relativamente satisfatória e quais aspectos necessitam de melhorias.
• São Paulo, o maior e mais rico estado do país, supera os demais, seguido de um grupo de seis estados sulinos e do sudeste e do Distrito Federal. Esses estados alcançaram mais pontos em todas as oito categorias do índice. Os ambientes operacionais de negócios dos demais estados em geral são moderados, o que significa que ainda podem ser aprimorados em certas áreas. Três estados retardatários do norte e nordeste enfrentam desafios ainda maiores para chegarem ao mesmo patamar dos demais.
• Em um Mercado cada vez mais globalizado, até os estados mais avançados devem
realizar melhorias se desejam atrair os investimentos necessários para concretizar seu potencial econômico. Os 26 estados do Brasil e o Distrito Federal não competem somente entre si por investimentos diretos do exterior, mas com outros países. Embora os estados líderes neste índice tenham uma boa atuação nos padrões internacionais no que diz respeito ao tamanho de mercado, crescimento econômico e políticas para investimentos estrangeiros, eles são normalmente caracterizados por uma infraestrutura deficiente e sistemas tributários complexos, o que representa um entrave no ambiente de negócios. Além disso, todos os estados brasileiros poderiam se beneficiar com melhorias na qualidade da burocracia e com a redução da corrupção.
• A inclusão de duas categorias – Inovação e Sustentabilidade – diferencia este estudo
das outras pesquisas no nível estadual. Isso reflete o papel crescente que estas áreas desempenham no processo de tomada de decisões, e mais amplamente ainda na arena da política pública. A grande disparidade nas pontuações dos estados para estas categorias sugere que, embora os formuladores de políticas nos estados que lideram o ranking tenham compreendido a importância da inovação e da sustentabilidade, colocando tais políticas em ação, os outros estados ainda precisam superar muitos outros desafios existentes.
Na sequência da impressionante recuperação econômica em 2010, o Brasil está entrando em um período de crescimento econômico mais lento, abaixo do potencial do país, e que tem a previsão de durar por todo o ano de 2012. Para poder fomentar a perspectiva econômica a
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médio e longo prazo, os governos estatais não devem desistir de seus esforços de realizar melhorias nas áreas destacadas como as mais preocupantes neste estudo. Pontos fortes
• No nível nacional, os pontos fortes do Brasil são a sua estabilidade política, as oportunidades de mercado e as políticas de investimento geralmente abertas. As percepções dos investidores em relação ao Brasil são reforçadas pela perspectiva de que o país usufrui de um nível confortável de estabilidade política. Isto se reflete pelas altas pontuações obtidas por muitos estados nesta categoria.
• As oportunidades do mercado brasileiro são um grande atrativo para investidores.
Não surpreende o fato de que os estados das regiões sul e sudeste comportam os maiores mercados consumidores e apresentam a renda familiar mais elevada. Embora muitos estados no norte e nordeste continuem em defasagem, pode-‐se obter algum estímulo com seus índices de rápido crescimento econômico. O Brasil também vive um momento de expansão dos investimentos estrangeiros diretos, com a entrada de mais de US$ 50 bilhões no país, entre janeiro e setembro de 2011. E muitos estados possuem agências de promoção bem desenvolvidas, que ajudam a atrair mais investimentos financeiros.
Pontos fracos
• No nível nacional, os principais pontos fracos no Brasil são os pesados encargos do sistema tributário, a burocracia, deficiências de infraestrutura e a falta de competências. Estas deficiências são visíveis em vários graus no nível estadual. E embora existam zonas de inovação internacional, ainda há muito que se fazer para que as empresas brasileiras alcancem as nações líderes nestes segmentos. A renomeação do Ministério da Ciência e Tecnologia como Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em meados de 2011, sugere que os responsáveis políticos estão atribuindo maior importância à inovação. Ainda, é importante que mais medidas sejam tomadas para se atingir um progresso tangível nas políticas nos níveis federal e estadual. Para as empresas que já operam no Brasil ou que estão analisando o estabelecimento de operações, políticas de suporte às atividades de P&D são fundamentais.
• Após elevar os níveis de frequência escolar na década passada, a necessidade urgente
atualmente é melhorar a qualidade da educação para preparar a próxima geração para o mercado de trabalho. Esta pesquisa fornece um panorama sobre quais são os estados líderes e quais estão atrasados nesta área. Além disso, há muitas medidas a serem tomadas para formar e retreinar a força de trabalho existente, para que esta atenda às crescentes exigências de negócios e aos setores mais dinâmicos da economia. O desafio para contratar e treinar trabalhadores pouco qualificados é muito comum para as empresas.
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Resultados por categoria Ambiente Político A maioria dos estados usufrui um bom ou moderado ambiente político. Mas todos os estados requerem melhorias, especialmente, no combate à corrupção e elevação da qualidade da burocracia; questões que criam obstáculos substanciais para a realização de negócios. Além disso, a burocracia e a corrupção reduzem a capacidade de o governo providenciar programas públicos, o que cria entraves ao desenvolvimento socioeconômico. A maior parte dos estados dispõe de um grau razoável de estabilidade política. Os consideráveis poderes orçamentários dos governadores contribuem para a estabilidade das legislaturas estaduais. Como resultado, até mesmo naqueles estados cujos governadores tomaram posse em 2010 sem o apoio majoritário de uma aliança política, os governadores em exercício muitas vezes podem se aproximar de legisladores de outros partidos para constituir maiorias ativas. Isto ajuda a facilitar a aprovação de leis estaduais. Governadores sem o apoio de uma maioria inicial podem enfrentar dificuldades em manter uma coalizão. Isto se aplica especialmente no fim de um mandato de quatro anos, caso o governador não esteja apto a disputar a reeleição, ou se sua popularidade for baixa. Quase a metade dos estados possui atualmente uma forte estabilidade política, sendo que cinco deles enfrentam uma estabilidade política baixa ou muito baixa. A corrupção não é algo novo, e o Brasil não é o único país em desenvolvimento com sérios problemas nessa área. Entretanto, uma imprensa ativa e auditorias mais desenvolvidas levaram a um alarde de casos de corrupção em vários estados no último ano. O alto número de casos de corrupção é refletido na baixa pontuação para a maioria dos estados nesta categoria. Os estados com auditorias mais desenvolvidas, como alguns daqueles situados nas regiões sul e sudeste, com maior desenvolvimento econômico, tendem a ter uma pontuação melhor. O fortalecimento das auditorias será fundamental para que os estados elevem seu desempenho nesta área. Ambiente Econômico Combinados ao número de habitantes, os dados sobre tamanho de mercado, renda familiar média e o coeficiente de Gini oferecem aos investidores o discernimento sobre oportunidades de mercado em cada estado. O tamanho do mercado varia bastante entre os estados brasileiros. O Estado de São Paulo sozinho alcança a maior pontuação para este indicador, com um produto regional bruto (PRB) acima de 1,2 trilhões de reais ( 722,9 bilhões de dólares) em 2010 (contabilizando quase um terço do PIB brasileiro). Assim sendo, com exceção dos estados menores – Acre, Amapá e Roraima – cada um com tamanho de mercado inferior a 15 bilhões de reais (9 bilhões de dólares), a maioria dos estados brasileiros oferece atraentes oportunidades de mercado, principalmente porque as rendas familiares continuam a crescer. Cinco estados — Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia— recebem a segunda maior nota para Tamanho de Mercado. A Bahia é o único estado fora da região sul ou sudeste com o PRB no patamar de 150 a 499 bilhões de reais (90,4-‐300,6 bilhões de dólares). Porém, o índice elevado de PRB reflete, em parte, sua grande população. Na verdade, o estado apresenta baixa pontuação no que se refere aos níveis de renda familiar média, indicando um baixo nível de desenvolvimento econômico. O Distrito Federal possui os níveis mais altos de renda familiar média do país, embora não seja de se surpreender, considerando a grande concentração de trabalhadores bem remunerados do setor público federal que ali residem.
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Seguido do Distrito Federal, um grupo de quarto estados do sul e sudeste – Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina – mantêm níveis de renda per capita anual relativamente altos (R12.000 a 15.000 reais, ou 7.230 a 9.036 dólares). Como reflexo das disparidades regionais, os estados do norte e nordeste apresentam o nível de renda familiar média mais baixa. Aliás, 11 destes estados apresentam um nível de renda média entre 6.000 a 8.999 reais, e o restante dos estados dessas duas regiões apresentam um nível de renda média inferior a 6.000 reais. O estado mais pobre do Brasil em renda per capita é o Maranhão, onde os indivíduos recebem, em média, apenas 4.860 reais por ano ( 405 reais por mês). O PIB per capita do Maranhão equivale aproximadamente ao do pequeno estado insular de Tonga. A grande desigualdade de renda (e riqueza) é uma tradição no Brasil, mas ocorreram melhorias notáveis na última década, graças à aceleração do crescimento econômico (que levou a geração de empregos), a uma política para aumentar o salário mínimo acima da inflação e, em menor escala, aos programas sociais, como o Bolsa Família, um programa condicional de transferência de renda. Os estados do norte e nordeste foram especialmente beneficiados com estas políticas e programas. A desigualdade de renda é calculada por um coeficiente de Gini, onde zero representa a igualdade perfeita e um indica a máxima desigualdade. Os dados de nível estadual oferecem uma proveitosa visão das tendências gerais. Santa Catarina, tradicionalmente o estado mais igualitário em relação à renda, consolidou sua posição com um coeficiente de Gini de 46, enquanto o Paraná e Rondônia apresentam um coeficiente de Gini de 50. Os coeficientes de Gini dos demais estados estão entre 50 e 59. A exceção é o Distrito Federal (62), o que reflete a concentração de trabalhadores com alta remuneração do setor público federal, que vivem ao lado de segmentos da sociedade que ganham salários muito menores. Alguns poucos estados estão próximos do limiar 50, e poderiam obter uma nota mais alta nesta pesquisa, incluindo São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Amazonas. Todos estes estados possuem coeficientes de Gini entre 50 e 51, e estão preparados para receber uma nota mais alta se os ganhos dos últimos anos forem ainda mais consolidados. Todavia, isto de nada vale, pois até o estado mais igualitário está longe de ser igualitário quando comparado aos países da OECD ou em outros grandes mercados emergentes. Com efeito, o coeficiente de Gini na Alemanha é 27, enquanto o dos Países Baixos fica em 31 – ambos bem típicos nos países da OECD. Enquanto isso, o coeficiente de Gini na China marca 41, na Índia, 36 e o da Rússia chega a 42. Os dados sobre o crescimento do PIB real permitem que as empresas comparem o crescimento econômico entre os estados. Porém, deve-‐se observar que o crescimento médio do PIB real foi excepcional no ano de 2010 (a economia cresceu 7,5% no período). Além disso, a forte retomada do crescimento resultou, em grande parte, das medidas de estímulo a nível nacional para ajudar a recuperar a economia da recessão de 2009. A inebriante taxa de crescimento também refletiu o impacto de alguns gastos relacionados às eleições. De acordo com as estimativas da UEI, todos os estados exceto três tiveram um crescimento médio anual de mais de 5%. O Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina tiveram um crescimento médio anual de 4 a 5% em 2010. Regime Tributário e Regulatório O sistema tributário do Brasil é bastante complexo, instável e oneroso, representando uma das principais desvantagens do ambiente de negócios. Embora as grandes empresas considerem mais viável absorver os custos administrativos da declaração de impostos, o fardo é relativamente maior nas pequenas e médias empresas (PMEs), apesar dos esforços realizados para simplificar o regime tributário para esta última categoria nos últimos anos. De acordo com
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o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, mais de 85.000 normas tributárias estaduais foram anunciadas desde 1988, o que indica um elevado grau de instabilidade. O principal imposto estadual é o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), cujas tarifas diferem de estado para estado. O ICMS é também o principal instrumento de dedução fiscal utilizado pelos governos estatais como incentivo para atrair investimentos. As receitas fiscais resultantes do ICMS como uma parcela do PIB do estado variam de 3,2% (no Distrito Federal) a 11,4% (Mato Grosso do Sul). Todos os estados têm baixa pontuação no que se refere à consistência de seus sistemas tributários, exceto por um grupo de sete estados que têm um melhor desempenho, em função de suas estruturas institucionais tributárias relativamente mais simples. Esta pesquisa também verifica quanto tempo leva para abrir uma empresa em cada estado, uma importante condição do sistema burocrático que as empresas devem enfrentar. O tempo que leva para começar um negócio varia bastante de estado para estado. Na realidade, demora mais de 30 dias no Acre, Amapá, Maranhão, Santa Catarina, Piauí e Rio Grande do Sul; menos de 10 dias em Alagoas, Roraima e Sergipe. Esta avaliação utiliza dados de um questionário de 2007 da Junta Comercial, realizada pelo Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC). Deve-‐se observar que, nos últimos quatro anos, diversos estados vêm empreendendo esforços louváveis para simplificar o processo de abertura de empresas, estabelecendo as chamadas lojas completas online. Estas facilidades online ajudam a coordenar e acelerar todo o processo de estabelecimento de empresas. Três exemplos notáveis encontram-‐se em Santa Catarina, no Espírito Santo e Rio de Janeiro. Estes avanços tendem a se refletir na próxima avaliação do DNRC. Políticas para Investimentos Estrangeiros O Brasil está vivendo uma grande expansão dos investimentos diretos estrangeiros, com a entrada de mais de 50 bilhões de dólares no país, entre os meses de janeiro e setembro de 2011. Os investidores são atraídos por substanciais oportunidades de mercado e a disponibilidade de recursos naturais. Eles procuram medir quais estados têm o melhor desempenho para incentivar investimentos. Embora as principais empresas estrangeiras que contemplam grandes investimentos recebem tratamento especial e recursos dedicados por parte de qualquer governo estadual, as agências de promoção de investimentos têm especial importância para as PMEs que planejam investir. Apesar de os grandes investimentos geralmente beneficiarem o desenvolvimento econômico do estado, os governos estaduais procuram atrair um número considerável de investimentos menores, pois sabem de sua importância para o desenvolvimento do estado. Considera-‐se que os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo possuem excelentes agências de promoção de investimentos. Entretanto, alguns poucos estados têm realizado esforços para aperfeiçoar sua capacidade institucional nesta área; Pernambuco e Ceará são exceções. Apesar disso, em muitos casos uma agência de promoção de investimentos de um estado faz parte de uma secretaria estadual e muitas vezes não dispõe de recursos dedicados. A falta de recursos e de instrumentos de fácil identificação das oportunidades de negocio é uma desvantagem para as empresas que estão buscando investir no estado. As pesquisas sobre os programas de incentivo a investimentos dos estados encontram muitos problemas. A dificuldade de obter informações claras costuma ser atribuída a competição dos estados para atrair empresas. Nenhum estado quer divulgar o nível de incentivos anteriormente oferecidos ou que serão oferecidos no futuro à próxima parte interessada. Equivaleria a divulgar
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um segredo de estado e poderia prejudicar a posição de um estado na barganha com as empresas. Por mais de duas décadas, a chamada guerra fiscal tem sido travada, e com a onda recente de investimentos estrangeiros, esta guerra intensificou-‐se. Na verdade, o Supremo Tribunal Federal recentemente julgou inconstitucional uma dezena de incentivos oferecidos por seis estados. Parece que o Ministério Federal das Finanças oferecerá anistia fiscal se os estados se absterem de oferecer incentivos adicionais que não foram aprovados pelo ministério (conforme a lei exige). A anistia contribuiria de algum modo para a redução da incerteza financeira para algumas empresas, o que, em tese, teriam a obrigação de devolver a quantia equivalente dos incentivos recebidos. O governo federal também está buscando harmonizar o imposto ICMS sobre as importações de produtos em todos os estados, para que os mesmos não utilizem as taxas de ICMS como instrumento de barganha. Todos os estados oferecem alguns incentivos para investidores, mas três deles – Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro – lideram a lista de estados, oferecendo o maior número de incentivos. Os estados com o menor número de incentivos são a Paraíba e o Piauí. Recursos Humanos A recente recuperação econômica do Brasil após a recessão de 2009 reduziu o desemprego a níveis históricos. Um mercado de trabalho restrito revelou alguns déficits de competências, especialmente nas áreas técnicas e de engenharia. Esta pesquisa fornece um panorama da disponibilidade, produtividade e competências de recursos humanos. Em geral, dois estados dispõem de excelentes recursos humanos – São Paulo e Rio de Janeiro, ao passo que três estados oferecem recursos humanos satisfatórios – Distrito Federal, Minas Gerais e Santa Catarina. Porém, os 22 estados restantes foram classificados no nível moderado ou carente de melhorias. Uma descoberta interessante foi que, embora a Bahia e o Ceará tenham baixa pontuação para produtividade da mão de obra e uma oferta limitada de mão de obra especializada, estes estados possuem os maiores grupos de graduados em universidades. Isto pode indicar uma tendência de tais diplomados migrarem para os principais centros comerciais de outros estados à procura de oportunidades de emprego. Infraestrutura As deficiências de infraestrutura podem prejudicar a atuação das empresas e elevar custos de logística. A pesquisa observa duas importantes áreas de infraestrutura: a qualidade das estradas e a rede de telecomunicações. Os levantamentos sugerem que a qualidade das estradas em 19 estados é baixa ou muito baixa, indicando a necessidade de atenção especial. Em São Paulo, no entanto, pelo menos 75% das estradas são classificadas com boa ou muito boa qualidade, enquanto no Distrito Federal, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, pelo menos 60% das estradas recebem a mesma classificação acima. O indicador de telecomunicações aborda os níveis de penetração de Internet de alta velocidade (+2Mbps) em particular, tomando por base que esse fator está se tornando cada vez mais critico para a realização de negócios. Todos os estados ainda precisam de consideráveis melhorias nesta área; o governo federal está buscando endereçar por meio do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). O Distrito Federal apresenta os índices mais elevados de penetração de internet de banda larga, seguido de um grupo de seis estados do sul e do sudeste – Espirito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo – classificados com índices moderados de infraestrutura de telecomunicações.
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Inovação O futuro desempenho econômico do Brasil depende, em parte, do quão bem-‐sucedido o país é em relação à inovação. Esta pesquisa observa diversos indicadores relacionados à inovação: Gastos do setor público e privado em pesquisa e desenvolvimento (P&D); infraestrutura de P&D; incentivos fiscais para gastos com pedidos de patentes de P&D. Em geral, somente os ambientes de inovação de dois estados recebem classificação muito boa: São Paulo e Rio de Janeiro. Contudo, o restante dos estados está aquém deste nível, revelando um ambiente de inovação moderado ou insatisfatório. Itens como infraestrutura de P&D, gastos do setor privado com P&D e pedidos de patente, tendem a se concentrar em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. De certo modo, isto reflete a presença de empresas estatais (ou recentemente privatizadas) nesses estados. Efetivamente, as empresas estatais contabilizam mais de 25% dos gastos do setor privado com P&D por estado. Os governos dos estados dispõem de certa margem para elevar os gastos com P&D, incluindo a oferta de incentivos para a inovação. Há alguns poucos estados que já apresentam uma estrutura que permite a oferta de incentivos em P&D; mas outros continuam atrasados. Os atuais líderes nesse aspecto são Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Sustentabilidade Em geral, a legislação ambiental brasileira está mais adequada ao estabelecimento da base jurídica para a conservação, proteção e monitoramento do meio ambiente, assim como para estabelecer ações punitivas por delitos ambientais. Todos os estados apresentam um desempenho relativamente satisfatório nesta categoria. Mais de 80% dos estados possuem documentos legislativos para temas gerais sobre o meio ambiente, tais como uso de terra, silvicultura, gestão da água e de áreas de proteção. Contudo, apenas cerca de 30-‐50% dos estados mantêm uma legislação específica para assuntos como gestão e proteção das zonas costeiras, desertificação e abrandamento dos efeitos das secas, poluição do ar, reciclagem, modificação genética, mudanças climáticas, turismo sustentável e áreas de pesca. Estes temas são mais específicos e refletem em grande parte os recursos naturais e problemas ambientais de cada estado. Quase 50% dos estados possui legislação relacionada ao combate às mudanças climáticas. Os Estados da Região Sul, Sudeste e Centro-‐Oeste detêm as melhores classificações quanto à sustentabilidade, seguidos de dois estados nas Regiões Norte e Nordeste, o Amazonas e Pernambuco, respectivamente. No entanto, os Estados do Norte e Nordeste em geral encontram-‐se nas piores classificações quanto à sustentabilidade. Ao analisar os diversos incentivos estaduais, a legislação fiscal e ambiental da maioria dos estados apresenta uma cláusula que determina que os instrumentos fiscais e econômicos devem ser usados para estimular a proteção ambiental. Todavia, a pesquisa identificou que poucos estados efetivamente fornecem incentivos fiscais ou deduções de impostos para estimular práticas ambientais positivas. O principal exemplo de incentivo fiscal ambiental é o regime de repartição de receitas fiscais chamado ICMS Ecológico. Este instrumento surgiu na legislação em 1989, sendo primeiramente introduzido pelo estado do Paraná e, em seguida, por diversos outros estados. A finalidade deste regime é compensar os governos municipais pela
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perda de receita fiscal potencial por causa da delimitação de áreas de proteção ambiental (principalmente pelo governo estatal e federal). É também usado para incentivar uma melhor gestão das áreas de proteção existentes. Atualmente, há 13 estados utilizando o ICMS Ecológico, principalmente os estados no Sul, Sudeste e Centro-‐Oeste. Outros incentivos incluem a isenção do IVA sobre determinados produtos ecologicamente corretos.
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Critérios de Pontuação e Categorias O Índice Brasileiro de Ambiente de Negócios dos Estados é um modelo dinâmico de pontuação com 25 indicadores em oito categorias. O modelo analisa o atual estado dos ambientes operacionais de negócios em 26 estados e no Distrito Federal. A pontuação geral (0-‐100) para os estados no índice é uma média ponderada de oito categorias, onde cada uma é classificada em uma escala de 0 a 100, sendo 100 as condições mais favoráveis de ambiente operacional de negócios. Cada categoria é normalizada e ponderada com base nas somas dos indicadores subjacentes. As oito categorias do índice são: Ambiente Político (que abrange três indicadores: Estabilidade Política, Corrupção e Burocracia; Ambiente Econômico (que compreende quarto indicadores: Tamanho de Mercado, Crescimento de Mercado, Renda Per Capita Média e Desigualdade de Renda); Regime Tributário e Regulatório (que abrange dois indicadores: Consistência do Sistema Tributário e Abertura de Empresas); Política para Investimentos Estrangeiros (que compreende dois indicadores: Incentivos para Investimentos e Política para Capital Estrangeiro); Recursos Humanos (que compreende três indicadores: Oferta de Mão de Obra Especializada, Produtividade da Mão de Obra e Graduados em Universidades; Infraestrutura (que abrange dois indicadores: Qualidade da Rede de Telecomunicações e Qualidade da Rede de Estradas); Inovação (que compreende cinco indicadores: Gastos Públicos com P&D, Gastos Privados com P&D, Presença de Infraestrutura de P&D, Incentivos Fiscais para P&D e Pedidos de Patentes); e Sustentabilidade (que compreende quatro indicadores: Plano/Estratégia Ambiental do Estado, Incentivos Fiscais para a Sustentabilidade, Regulador Ambiental e Qualidade da Legislação Ambiental). As categorias e os indicadores são:
1 Ambiente Político 1.1 Estabilidade Política 1.2 Corrupção 1.3 Burocracia 2 Ambiente Econômico
2.1 Tamanho do Mercado 2.2 Crescimento do Mercado 2.3 Renda Per Capita Média 2.4 Desigualdade de Renda 3 Regime Tributário e Regulatório
3.1 Consistência do Sistema Tributário 3.2 Abertura de Empresas 4 Políticas para Investimentos Estrangeiros
4.1 Incentivos para investimento 4.2 Políticas para o Capital Estrangeiro 5 Recursos Humanos
5.1 Oferta de Mão de Obra Especializada 5.2 Produtividade da Mão de Obra 5.3 Graduados em Universidades 6 Infraestrutura
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6.1 Qualidade da Rede de Telecomunicações 6.2 Qualidade da Rede de Estradas 7 Inovação
7.1 Gastos Públicos com P&D 7.2 Gastos Privados com P&D 7.3 Presença de Infraestrutura em P&D 7.4 Incentivos Fiscais para P&D 7.5 Pedidos de Patentes 8 Sustentabilidade
8.1 Plano/Estratégia Ambiental do Estado 8.2 Incentivos Fiscais para a Sustentabilidade 8.3 Regulador Ambiental 8.4 Qualidade da Legislação Ambiental
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Metodologia
a. Geral O Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros é formado de categorias com impacto no ambiente de negócios em cada estado. Para classificar os indicadores para o Índice, a equipe de pesquisa reuniu dados das seguintes fontes:
• Textos jurídicos primários e relatórios jurídicos • Publicações Acadêmicas e Governamentais • Websites de autoridades governamentais, organizações internacionais e organizações
não governamentais • Organizações Empresariais e escolas de administração • Entrevistas com especialistas, conforme necessário • Relatórios de imprensa sobre notícias locais e internacionais
b. Modelagem de Dados Os dados foram compilados a partir de 25 indicadores para cada estado. A classificação varia de três (0, 1, 2) a cinco (0,4) níveis possíveis. Cada indicador é formado de modo que o valor mais alto seja associado a um ambiente mais favorável. (Obs.: Quando se trata de uma característica negativa como é o caso do indicador de Corrupção, é bom notar que um estado com alto nível de corrupção é classificado no nível 0, ao passo que um estado com muito pouca corrupção recebe a pontuação 4. O regime de pontuação para cada componente do Índice Brasileiro de Ambiente de Negócios a Nível Estadual está listado a seguir:
1 Ambiente Político Pontuação 0-‐100 (100=melhor) 1.1 Estabilidade Política Pontuação 0-‐3 (3=melhor) 1.2 Corrupção Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 1.3 Burocracia Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 2 Ambiente Econômico Pontuação 0-‐100 (100=melhor)
2.1 Tamanho de Mercado Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 2.2 Crescimento de Mercado Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 2.3 Renda Per Capital Média Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 2.4 Desigualdade de Renda Pontuação 0-‐3 (3=melhor) 3 Regime Tributário e Regulatório Pontuação 0-‐100 (100=melhor)
3.1 Consistência do Sistema Tributário Pontuação 0-‐4 (4=melhor)
3.2 Abertura de Empresa Pontuação 0-‐4 (4=melhor)
4 Política para Investimentos Estrangeiros Pontuação 0-‐100 (100=melhor)
4.1 Incentivos para Investimento Pontuação 0-‐4 (4=melhor)
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4.2 Políticas para Capital Estrangeiro Pontuação 0-‐3 (3=melhor) 5 Recursos Humanos Pontuação 0-‐100 (100=melhor)
5.1 Oferta de Mão de Obra Especializada Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 5.2 Produtividade da Mão de Obra Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 5.3 Graduados em Universidades Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 6 Infraestrutura Pontuação 0-‐100 (100=melhor)
6.1 Qualidade da Rede de Telecom Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 6.2 Qualidade da Rede de Estradas Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 7 Inovação Pontuação 0-‐100 (100=melhor)
7.1 Gastos Públicos com P&D Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 7.2 Gastos Privados com P&D Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 7.3 Presença de Infraestrutura de P&D Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 7.4 Incentivos Fiscais para P&D Pontuação 0-‐2 (2=melhor) 7.5 Pedidos de Patentes Pontuação 0-‐4 (4=melhor) 8 Sustentabilidade Pontuação 0-‐100 (100=melhor)
8.1 Plano/Estratégia Ambiental do Estado Pontuação 0-‐4 (4=melhor)
8.2 Incentivos Fiscais para a Sustentabilidade Pontuação 0-‐2 (2=melhor)
8.3 Regulador Ambiental Pontuação 0-‐3 (3=melhor) 8.4 Qualidade da Legislação Ambiental Pontuação 0-‐4 (4=melhor)
c. Cálculo do Índice Modelagem dos indicadores e categorias nos resultados do índice em pontuações gerais de 0-‐100 para cada estado, onde o número 100 representa as condições de ambiente de negócios mais favorável e 0 a menos favorável. Pontuação da categoria = ∑ indicadores individuais ponderados As pontuações dos indicadores são normalizadas com base em:
x = (x -‐ Min(x)) / (Max(x) -‐ Min(x))
Onde Min(x) e Max(x) são, respectivamente, os valores mais baixos e mais altos nos 27 estados para qualquer indicador. O valor normalizado é, em seguida, transformado em uma pontuação de 0-‐100 para torná-‐lo diretamente compatível com outros indicadores. A pontuação geral de cada estado é a soma ponderada dos pontos da categoria, conforme determinado pelo perfil de ponderação. Pontuação geral = ∑ pontuação ponderada das categorias
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Definições e Construção de Indicadores 1) Ambiente Político Esta categoria compreende três indicadores: Estabilidade Política, Corrupção e Burocracia Indicador Definições e Construção de Indicadores Ambiente Político 1.1 Estabilidade Política Este indicador mensura o nível de
estabilidade política no que diz respeito à habilidade do Poder Executivo estadual de obter a aprovação de leis na Assembleia Estadual. A avaliação baseia-‐se nos seguintes critérios: o nível de apoio do público ao governador do estado (isto é, a porcentagem do voto popular recebido nas eleições de Outubro de 2010); o número de cadeiras que o partido no poder mantém na legislatura estadual; e alianças políticas pré e pós-‐eleição. Pontuação: 3= Forte (governo usufrui de um ambiente político estável) 2= Moderado (o ambiente político é estável) 1= Baixo (o governador não possui apoio da forte maioria e depende de alianças) 0= Muito baixo (O governador não possui apoio formal da maioria e precisa realizar acordos caso a caso com outros partidos para a aprovação de uma lei) Observações da pontuação: As alianças pré e pós-‐eleições exercem um impacto significativo sobre o nível geral de estabilidade política. Após as eleições, os legisladores estaduais muitas vezes apoiam o governador encarregado com a intenção de promover seus próprios interesses políticos. Os legisladores estaduais que aderem a uma aliança dominante pós-‐eleição são mais propensos a retirar seu suporte caso o governador venha a perder sua popularidade, ou quando o mandato do governador está terminando (principalmente no caso em que o governador não pode se candidatar à reeleição). Os estados onde o governador
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tinha uma fraca aliança pré-‐eleição tendem a apresentar menos estabilidade política.
1.2 Corrupção Este indicador mede o grau de corrupção entre os funcionários públicos. A avaliação considera o número de investigações de corrupção e os sistemas existentes para prevenir práticas corruptas. Pontuação: 4= Nível muito baixo de corrupção 3= Baixo nível de corrupção 2= Nível moderado de corrupção 1= Alto nível de corrupção 0= Nível muito alto de corrupção Observações da pontuação: A UIE utiliza fontes acadêmicas e outras fontes para avaliar este indicador. Umas das principais fontes é um estudo intitulado “A corrupção governamental no Brasil: Construção de indicadores e análise da sua incidência relativa nos estados Brasileiros”, de José Luis Serafini Boll, anteriormente da Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Este estudo analisa um número relativamente pequeno de auditorias, que muitas vezes demoram um longo período para serem concluídas, fazendo comparações anuais entre os níveis de dificuldade de corrupção. A UIE também incorpora análises de um estudo denominado “Political and institucional checks on corruption”, de autoria de Marcus Andre Melo e outros (2011). O estudo analisa o resultado de auditorias no nível de governo municipal. Os sistemas existentes para prevenir a corrupção também são considerados na avaliação deste indicador. Nos estados onde existem rigorosos sistemas em vigor para a prevenção e combate ao suborno, as percepções sobre a corrupção tendem a ser tão altas quanto às dos estados que utilizam sistemas menos rigorosos. Isto reflete o fato de que os sistemas eficientes muitas vezes conduzem à descoberta de práticas de corrupção, que costumam ser muito divulgadas na mídia.
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1.3 Burocracia Este indicador mede a qualidade da burocracia. A avaliação baseia-‐se no nível de capacidade institucional e da capacidade burocrática de implementar políticas. Pontuação: 4= Qualidade muito alta de burocracia 3= Alta 2= Moderada 1= Baixa 0= Muito baixa Observações de pontuação: Utiliza-‐se uma abordagem multifacetada para mensurar a qualidade da burocracia de cada estado. A pesquisa tem como foco a gestão orçamentária dos estados, incluindo gastos com a oferta de bens e serviços públicos. A UIE também observa a qualidade da oferta de bens públicos ao longo do tempo. O desenvolvimento institucional também é considerado nesta análise.
2) Ambiente Econômico Esta categoria abrange quatro indicadores: Tamanho do mercado, crescimento do Mercado, Renda Per Capita Média e Desigualdade de Renda. Indicador Definições e Construção de Indicadores Ambiente Econômico 2.1 Tamanho do Mercado Estimativas da Unidade de Inteligência da
Economist para o Produto Regional Bruto em 2010. Pontuação: 4= Superior a R$ 500bi 3= R$ 150-‐499bi 2= R$ 50-‐149bi 1= R$15-‐49bi 0= Inferior R15bi Observações da Pontuação: As estimativas são baseadas nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Banco Central do Brasil.
2.2 Crescimento de Mercado As estimativas da Unidade de Inteligência da Economist referentes à porcentagem média anual de mudança, de ano para ano, do Produto Regional Bruto para 2009-‐10
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Pontuação: 4= Crescimento superior a 5% 3= 4-‐4,99% 2= 3-‐3,99% 1= 2-‐2,99% 0= Inferior a 2% Observações da pontuação: As estimativas baseiam-‐se nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Banco Central do Brasil.
2.3 Renda Per Capita Média Renda per capita media anual por estado em 2010. Pontuação: 4=Superior a R$ 15.000 3=R$ 12.000-‐15.000 2=R$ 9.000-‐11.999 1=R$ 6.000-‐8.999 0=Inferior a R$ 6.000 Observações da Pontuação: Os dados são obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e refletem a renda per capita mensal. O IBGE utiliza os dados de rendas de famílias que possuem casa própria para formar as estatísticas de renda per capita. A UIE faz um cálculo simples – multiplicando a renda per capita mensal por 12 – para formar a renda per capita média anual por estado.
2.4 Desigualdade de Renda Este indicador avalia a igualdade de distribuição de renda dentro de um estado. Este aspecto é mensurado por um coeficiente de Gini, sendo classificado em uma escala 0-‐1, onde zero indica plena igualdade na distribuição de renda. A pontuação é apresentada como porcentagem, sendo que 1=100%. Quanto maior o valor do coeficiente de Gini, maior a desigualdade de renda existente no estado. Pontuação: 4= Inferior a 40% 3= 40-‐49% 2= 50-‐59% 1= 60-‐69%
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0= Superior a 70% Observações da Pontuação: A pontuação baseia-‐se nos dados de um estudo denominado “A nova classe média do Brasil: o lado brilhante dos pobres” publicado pelo Centro de Políticas Sociais.
3) Regime Tributário e Regulatório Esta categoria é formada por dois indicadores: a Consistência do Sistema Tributário e Abertura de Empresas Indicador Definições e Construção de Indicadores Regime Tributário e Regulatório 3.1 Consistência do Sistema Tributário Este indicador mede a consistência e
vulnerabilidade do sistema tributário, e a volatilidade no nível de receita obtida com o tributo mais relevante para a arrecadação do estado, o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Pontuação: 4= O sistema tributário é bastante claro e estável 3= O sistema tributário é claro e estável 2= O sistema tributário é relativamente claro e estável 1= O sistema tributário em geral é instável e/ou complexo 0= O sistema tributário é bastante instável e complexo Observações da pontuação: De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, seis normas fiscais são publicadas no Brasil por hora comercial, o que equivale a 275.000 normas nos últimos 23 anos (no nível federal, estadual e municipal). No nível estadual, a soma é de 85.517 normas publicadas nos últimos 23 anos. Em função da complexidade dos dados, e da dificuldade de se obter métricas confiáveis e atualizadas, a análise baseia-‐se em pesquisas primárias e secundárias. Na avaliação, também se consideram as
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variações de receitas fiscais por estado, baseadas nos dados de receitas como uma porcentagem do PRB.
3.2 Abertura de Empresa Este indicador mede o número médio de dias que se leva para abrir um novo negócio. Pontuação: 4= Menos que 10 dias para abrir a empresa 3= 10-‐14 dias 2= 15-‐19 dias 1= 20-‐29 dias 0= Pelo menos 30 dias Observações da Pontuação: A avaliação é baseada nos dados da Junta Comercial de cada estado. A análise também leva em consideração os resultados de uma pesquisa realizada pelo Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC). Esta pesquisa se baseou nos critérios de abertura de empresa do Banco Mundial [World Bank], e aborda a abertura de empresas na Junta Comercial bem como o registro junto ao corpo de bombeiros e outras organizações associadas.
4) Políticas para Investimentos Estrangeiros Esta categoria abrange dois indicadores: Incentivos para Investimento e Políticas para Capital Estrangeiro. Indicador Definições e Construção de Indicadores Políticas para Investimentos Estrangeiros 4.1 Incentivos para Investimentos Este indicador o volume e a abrangência
dos incentivos aos investimentos. Esses incentivos incluem deduções fiscais do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, um imposto estadual sobre bens e serviços) e assistência financeira de agências estatais. Pontuação: 4= Número bem grande de incentivos oferecidos e um alto nível de deduções fiscais e assistência financeira 3= Grande número de incentivos oferecidos
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em diversas indústrias; deduções fiscais substanciais; e/ou assistência financeira 2= Diversos incentivos com amplo alcance são oferecidos nas indústrias 1= Alguns incentivos são oferecidos 0= Muitos poucos incentivos são oferecidos: os incentivos são limitados em termos de indústria ou escopo. Observações de pontuação: A análise observa a estrutura legislativa de cada estado, concentrando-‐se nas principais leis de incentivo para investimentos. A análise abrange informações sobre a legislação de incentivo para investimentos. Normalmente, os estados não publicam as estatísticas do valor de tais incentivos. O nível de desenvolvimento de cada estado e seus recursos orçamentários (que poderiam ser potencialmente utilizados para gastos com incentivos) também são levados em consideração. Os dados orçamentários dos estados são fornecidos pelo Ministério Federal da Fazenda.
4.2 Políticas para Capital Estrangeiro Este indicador mede os esforços do estado para atrair investimentos estrangeiros. A avaliação baseia-‐se na capacidade institucional. Particularmente, o foco desta pesquisa é averiguar se os estados possuem uma agência de promoção de investimentos ou outra agência dentro do governo estadual que exerça esta função. Pontuação: 3= Há muitos incentivos para os investimentos estrangeiros 2= Há incentivos para os investimentos estrangeiros 1= Alguns esforços para incentivar investimentos estrangeiros 0= Poucos esforços para incentivar investimentos Observações da Pontuação: O foco desta pesquisa é levantar se os estados possuem uma agência de promoção de investimentos dedicada (API),
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e quão sofisticada ela é. Um estado que não dispõe de uma API dedicada, e em vez disso, designa as responsabilidades de promoção de investimentos a outras agências ou secretarias, não receberá as notas mais altas. A avaliação também observa a relação das agências estaduais com a Apex, a agência brasileira de promoção de exportações e investimentos. A Apex já trabalhou com diversos governos e APIs dos estados. A avaliação sobre a sofisticação dos serviços é baseada em uma análise da oferta de serviços e informações nos websites das APIs.
5) Recursos Humanos Esta categoria é formada de três indicadores: Oferta de Mão de Obra Especializada, Produtividade da Mão de Obra e Graduados em Universidades Indicador Definições e Construção de Indicadores Recursos Humanos 5.1 Oferta de Mão de Obra Especializada Este indicador mede a oferta de mão de
obra especializada. A avaliação baseia-‐se nos dados obtidos pelo Ministério do Trabalho e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Pontuação: 4= Oferta muito boa 3= Boa oferta 2= Oferta moderada 1= Oferta limitada 0= Oferta muito limitada Observações da Pontuação: As notas são baseadas em algumas pesquisas a nível estadual e nacional. Uma pesquisa de âmbito nacional é conduzida pelo IPEA e aborda a demanda por trabalhadores qualificados a nível estadual e de setor. O IPEA define como trabalhador qualificado o indivíduo com experiência profissional em um setor específico, e/ou indivíduo com “anos de escolarização acima da média”. Como resultado, os indivíduos com diplomas técnicos ou
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universitários, bem como aqueles com pelo menos 9-‐10 anos de escolaridade, são considerados especializados por esta pesquisa. As pesquisas a nível estadual incluem aquelas conduzidas pela Fundação Dom Cabral (FDC), e pela Confederação Nacional de Indústrias.
5.2 Produtividade da Mão de Obra Este indicador estima o Produto Regional Bruto médio produzido por um funcionário adulto por estado. Pontuação: 4= Superior a R$50.000 3= R$40.000-‐49.999 2= R$30.000-‐39.999 1= R$20.000-‐29.999 0= Inferior a R$20.000 Observações de Pontuação: Os cálculos utilizam uma estimativa de PRG real do ano de 2010 para cada estado e dados sobre adultos empregados, obtidos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
5.3 Graduados em Universidades Este indicador leva em conta o número total de estudantes graduados em instituições públicas e privadas de ensino superior (municipal, estadual e federal) por ano, por estado. Pontuação: 4= Mais de 500.000 graduados 3= 200.000-‐499.000 graduados 2= 100.000-‐199.999 graduados 1= 20.000-‐99.999 graduados 0= Menos de 20.000 graduados Observações da Pontuação: Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, uma instituição federal com associações ao Ministério da Educação, e refletem o número total de indivíduos graduados em instituições públicas e privadas regidas aos níveis federal, estadual e municipal em 2009.
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6) Infraestrutura Esta categoria compreendeu dois indicadores: a Qualidade da Rede de Telecomunicações e a Qualidade da Rede de Estradas Indicador Definições e Construção de Indicadores Infraestrutura 6.1 Qualidade da Rede de Telecomunicações Este indicador reflete o estado de
desenvolvimento de conexões de banda larga móvel e fixa e a extensão da rede de telecomunicação móvel em cada estado. A análise abrange as assinaturas de banda larga móvel por estado; o número de assinaturas e linha fixa de banda larga de alta velocidade (no mínimo 2 Mps); bem como o número de radiotransmissores de telefones celulares (incluindo a capacidade de cobertura dos telefones celulares). Pontuação: 4= Qualidade excelente 3= Alta qualidade 2= Qualidade moderada 1= Baixa qualidade 0= Qualidade muito baixa Observações da Pontuação: A avaliação trata do número de assinaturas de linha fixas de banda larga e alta velocidade (pelo menos 2 Mbps), partindo do pressuposto que a Internet de alta velocidade é fundamental para as operações de negócios. A principal fonte de dados de telecomunicações é a Agência Nacional de Telecomunicações (ou Anatel, a reguladora das telecomunicações).
6.2 Qualidade da Rede de Estradas Este indicador reflete a qualidade das estradas em cada estado. Os resultados baseiam-‐se nos levantamentos de uma inspeção anual realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Pontuação: 4= Qualidade excelente (pelo menos 75% das estradas apresentam excelente ou boa qualidade) 3= Alta qualidade (60-‐74,9% das estradas têm boa ou excelente qualidade)
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2= Qualidade moderada (45-‐59,9% das estradas apresentam qualidade boa ou excelente) 1= Baixa qualidade (30-‐44,9% estradas apresentam qualidade boa ou excelente) 0= Qualidade muito baixa (menos de 30% estradas apresentam qualidade boa ou excelente) Observações da pontuação: A análise baseia-‐se em dados do relatório da Pesquisa de Rodovias de 2010, produzido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT,). Criação de um regime de pontuação pela Unidade de Inteligência da Economist.
7) Inovação Esta categoria é formada por cinco indicadores: Gastos Públicos com P&D, Gastos Privados com P&D, Presença de Infraestrutura de P&D, Incentivos Fiscais para P&D, e Pedidos de Patentes. Indicador Definições e Construção de Indicadores Inovação 7.1 Gastos Públicos com P&D Este indicador mede o investimento do
estado em pesquisa e desenvolvimento (P&D) como uma porcentagem do Produto Regional Bruto estimado em 2009. Pontuação: 4= Superior a 0,30% 3= 0,20-‐0,29% 2= 0,10-‐0,19% 1= 0,02-‐0,09% 0= Inferior a 0,02% Observações da Pontuação: Os valores de gastos públicos com P&D são publicados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A UIE faz um cálculo simples – dividindo os dados sobre gastos no nível estadual pelas estimativas do PRB de 2009 — para apurar os gastos públicos com P&D como uma porcentagem do PRB. Os gastos com P&D não incluem despesas com atividades técnicas e científicas relacionadas à P&D.
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7.2 Gastos Privados com P&D Este indicador aborda os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) por parte do setor privado, como uma porcentagem do Produto Regional Bruto em 2008. Pontuação 4= Superior a 0,60% 3= 0,50-‐0,59% 2= 0,40-‐0,49% 1= 0,30-‐0,39% 0= Inferior a 0,30% Observações da Pontuação: Os montantes de gastos do setor privado com P&D são obtidos da Pesquisa Brasileira de Inovação Tecnológica (PINTEC). A UIE utiliza um cálculo simples – dividindo os dados de gastos a nível estadual pelo PRB de 2008 – para apurar os gastos públicos com P&D como uma porcentagem do PRB. Os valores do PRB de 2008 são levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados de P&D privados a nível estadual só estão disponíveis para 14 estados: • Amazonas • Bahia • Ceará • Distrito Federal • Espírito Santo • Goiás • Minas Gerais • Pará • Paraná • Pernambuco • Rio de Janeiro • Rio Grande do Sul • Santa Catarina • São Paulo Para os demais estados, a UIE concluiu que os gastos privados com P&D eram inferiores a 0,30% do PRB. Os valores totais a nível estadual incluem gastos de empresas estatais, mas excluem gastos por parte de empresas que fornecem serviços
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de P&D. 7.3 Presença de Infraestrutura de P&D Este indicador é produto da avaliação da
qualidade da infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em cada estado. As análises incluem o número de centros públicos (não universitários) de P&D; o número de universidades com atividades de P&D. e o número de indivíduos com doutorado nos campos de ciências exatas (matemática e física) e naturais, engenharia, agricultura, biologia e saúde. Pontuação: 4= Presença muito forte de infraestrutura de P&D 3= Forte presença de infraestrutura de P&D 2= Presença moderada de infraestrutura de P&D 1= Fraca presença de infraestrutura de P&D 0= Presença muito fraca ou nenhuma presença de infraestrutura de P&D Observações da Pontuação: O número de centros públicos e privados (não universitários) de P&D é obtido dos resultados de um estudo realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos em Ciência, Tecnologia e Inovação (CGEE), que fornece informações a cerca de 200 organizações de P&D no Brasil. O número de universidades com atividades de P&D foi estimado pelos dados do Diretório de Grupos de Pesquisa, que é administrado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A análise também considera os dados do CNPq sobre o número de indivíduos com doutorado nas áreas de ciências naturais e exatas, engenharia, agricultura, biologia e saúde.
7.4 Incentivos Fiscais para P&D Este indicador mede a oferta de incentivos fiscais para as entidades do setor público e privado que investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D). A avaliação considera a estrutura favorável aos incentivos (isto é, leis estaduais de incentivo à inovação).
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Pontuação: 2= Existência de numerosos incentivos fiscais; 1= Alguns incentivos fiscais são ofertados 0= Não há oferta de incentivos fiscais Observações da Pontuação: As leis estaduais de incentivo à inovação são publicadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
7.5 Pedidos de Patente Este indicador aborda o número de patentes requeridas anualmente por entidades em cada estado. Pontuação: 4= Mais de 2.000 pedidos de patentes 3= 500-‐1.999 pedidos de patentes 2= 100-‐499 pedidos de patentes 1= 20-‐99 pedidos de patentes 0= Menos de 20 pedidos de patentes Observações da pontuação: Os dados dos pedidos de patentes vêm do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (um órgão público). A avaliação baseia-‐se nos pedidos de patente de 2010.
8) Sustentabilidade Esta categoria compõe-‐se de quarto indicadores: Plano/Estratégia Ambiental do Estado, Incentivos fiscais para a Sustentabilidade, Regulador Ambiental e Qualidade da Legislação Ambiental Indicador Definições e Construção de Indicadores Sustentabilidade 8.1 Plano/Estratégia Ambiental do Estado Este indicador trata dos planos e estratégias
ambientais dos estados, que retratam o compromisso de um estado com a proteção ambiental. A análise toma por base o documento de estratégia ambiental do estado assegura as principais áreas ambientais. Estas áreas são: qualidade do ar, qualidade da água, uso da terra, biodiversidade e administração florestal.
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Pontuação: 4= Seis temas ambientais são assegurados no plano/estratégia ambiental do estado 3= Cinco temas ambientais são assegurados no plano/estratégia ambiental do estado 2= Quatro temas ambientais são assegurados no plano/estratégia ambiental do estado 1= Três temas ambientais são assegurados no plano/estratégia ambiental do estado 0= Menos de três temas ambientais é assegurado no plano/estratégia ambiental do estado
Observações da Pontuação: No mínimo, os planos/estratégias ambientais devem incluir temas ambientais gerais e comuns a todos os estados. O plano/estratégia também deve refletir os recursos naturais únicos existentes em cada estado.
8.2 Incentivos Fiscais para a Sustentabilidade Este indicador observa o que o estado faz para incentivar as empresas a se engajarem em práticas sustentáveis. Pontuação: 2= Oferta de numerosos incentivos fiscais 1= Oferta de alguns incentivos fiscais 0= Não há oferta de incentivos fiscais Observações da pontuação: São poucos os estados que oferecem incentivos fiscais para estimular práticas ambientais sustentáveis. O principal exemplo de um incentivo fiscal é o regime de repartição de receitas fiscais denominado ICMS Ecológico (ou IVA). A finalidade do regime é compensar os governos municipais pela perda de potencial receita fiscal em virtude da designação de áreas de proteção ambiental (em sua maioria pelo governo estadual e federal), e também para incentivar a melhoria na gestão das áreas de proteção existentes. Grande parte da análise baseia-‐se em decretos estaduais, na legislação ambiental e constituições dos estados. O TFCA (Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental) é um tributo cobrado por todos os estados como uma taxa, e não constitui
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um incentivo ou dedução fiscal. Por isso, não foi incluída na avaliação.
8.3 Regulador Ambiental A existência de uma ou mais instituições dedicadas para estabelecer e fazer cumprir regulamentos aumenta a probabilidade de que os regulamentos ambientais serão implementados e cumpridos de forma ativa. Pontuação: 3= Existe uma organização que estabelece e faz cumprir regulamentos e medidas para garantir a conformidade e o cumprimento está claramente definido. 2= Existe uma organização que estabelece E faz cumprir regulamentos, mas as medidas para garantir a conformidade e o cumprimento são confusas ou incompletas. 1= Existe uma organização que estabelece regulamentos; porém, não há uma organização a nível estadual designada a garantir o cumprimento e aplicação dos regulamentos. 0= Ausência de organização para estabelecer e/ou fazer cumprir os regulamentos Observações da pontuação: A pesquisa tem foco na capacidade e transparência institucional e regulatória. A análise considera a abrangência da legislação estadual no que se refere ao monitoramento ambiental e à implementação de multas/ações punitivas por delitos contra o meio ambiente. A pesquisa também se concentra no grau de transparência dos órgãos regulatórios, em relação a licenças, multas e tipos de crimes/delitos contra o meio ambiente. Também se considera a capacidade de acesso do público à instituição. As pessoas devem ter a possibilidade de relatar problemas ambientais ao órgão regulatório.
8.4 Qualidade da Legislação Ambiental A implementação de medidas ambientais é fundamentada na legislação ambiental. Este indicador aborda a legislação ambiental tratando de 17 temas essenciais por estado. Pontuação: 4= Qualidade excelente (mais de 14 temas
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assegurados) 3= Alta qualidade (12-‐14 temas assegurados) 2= Qualidade moderada (9-‐11 temas assegurados) 1= Baixa qualidade (6-‐8 temas assegurados) 0= Qualidade muito baixa (menos de seis temas assegurados) Observações da Pontuação: A avaliação baseia-‐se na abrangência da legislação estadual. A análise também compara a legislação do estado à abrangente legislação ambiental federal.