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SEGURANÇA E MOBILIDADE Enio Verri * Os buracos das ruas e outras deformidades prejudicam demais a população. Primeiro, atrapalham a mobilidade e diminuem a segurança; segundo, oneram os cofres públicos; terceiro, causam danos aos veículos. O asfalto novo é um sonho para todo motorista. Ele deseja que seu carro trafegue sobre uma superfície uniforme, sem buracos. Infelizmente, este sonho se resume a locais onde a pavimentação asfáltica é recente. Contrasta com a situação das principais ruas e avenidas. A manutenção da pavimentação asfáltica é um problema crônico. Os recapeamentos são feitos mesmo em locais de asfalto antigo, deteriorado e que não suporta a colocação de outra camada por cima. O resultado é o aparecimento de buracos em pouco tempo. Sabemos que existem tecnologias de última geração. Os revestimentos asfálticos com polímeros vieram para ficar, principalmente porque aumentam a durabilidade. Exige-se que a aplicação do produto seja bem feita. É preciso evitar o excesso no teor de asfalto, selecionar um tipo de asfalto condizente com o tráfego do local e com o clima. Muitos erros acontecem no projeto, na seleção de materiais, na usinagem e na aplicação de pista, entre outros. Temos que fiscalizar cada uma destas etapas para diminuir a

Segurança e Mobilidade

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SEGURANÇA E MOBILIDADE

Enio Verri*Os buracos das ruas e outras deformidades prejudicam demais a população. Primeiro, atrapalham a mobilidade e diminuem a segurança; segundo, oneram os cofres públicos; terceiro, causam danos aos veículos.

O asfalto novo é um sonho para todo motorista. Ele deseja que seu carro trafegue sobre uma superfície uniforme, sem buracos. Infelizmente, este sonho se resume a locais onde a pavimentação asfáltica é recente. Contrasta com a situação das principais ruas e avenidas.  

A manutenção da pavimentação asfáltica é um problema crônico. Os recapeamentos são feitos mesmo em locais de asfalto antigo, deteriorado e que não suporta a colocação de outra camada por cima. O resultado é o aparecimento de buracos em pouco tempo.

Sabemos que existem tecnologias de última geração. Os revestimentos asfálticos com polímeros vieram para ficar, principalmente porque aumentam a durabilidade. Exige-se que a aplicação do produto seja bem feita. É preciso evitar o excesso no teor de asfalto, selecionar um tipo de asfalto condizente com o tráfego do local e com o clima.

Muitos erros acontecem no projeto, na seleção de materiais, na usinagem e na aplicação de pista, entre outros. Temos que fiscalizar cada uma destas etapas para diminuir a incidência de problemas. O Brasil dispõe de tecnologias e buscaremos o que há de melhor para nossas ruas e avenidas.

Temos que pensar no meio ambiente e prever o aumento da infiltração de água na pavimentação de ruas e avenidas, e que não resulte em buracos. A utilização da tecnologia do paver deve ser intensificada.

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Uma das alternativas que deveremos analisar é o asfalto ecológico, fabricado com a borracha de pneus inservíveis. Segundo estudos, esta alternativa traz uma série de melhorias que se refletem diretamente na durabilidade do pavimento. A utilização desta alternativa pode impactar no surgimento de benefícios indiretos como surgimento de empresas especializadas na reciclagem de pneus para convertê-los em asfalto ecológico, geração de empregos, inibição de focos de criação de insetos prejudiciais à saúde, entre outros.

 Aproveitamos este espaço para nos dedicar a um tema que tem sido motivo de reclamação dos moradores de nossa cidade, principalmente dos cadeirantes e idosos que utilizam nossas calçadas. Também há buracos, guias rebaixadas, garagens irregulares, plantas em locais inadequados, obstáculos de todo tipo, entre outros problemas. Este é outro problema que precisa ser atacado de forma séria e eficaz. É preciso pactuar uma legislação que regularize esta situação, uma fiscalização rígida, para o bem de toda nossa gente. Conhecemos as soluções. Com articulação política junto aos governos do estado e do presidente Lula, conseguiremos recursos para colocar em prática as soluções.

* Enio Verri é deputado estadual, professor licenciado do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e presidente do PT-Paraná.

** Artigo publicado no jornal O Diário do Norte do Paraná, no dia 10/08/2008