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LEI COMPLEMENTAR N.º 156/2013. “Institui o Plano Diretor do Município de Guarujá e dá outras providências”. MARIA ANTONIETA DE BRITO, Prefeita Municipal de Guarujá, faço saber que a Câmara Municipal decretou em Sessão Extraordinária, realizada no dia 17 de dezembro de 2013, e eu sanciono e promulgo o seguinte: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1.º Em atendimento ao disposto na Constituição da Repú- blica Federativa do Brasil (artigo 182, § 1º), no Estatuto da Cida- de (Lei Federal 10.257/2001 – Capítulos II e III) e na Lei Orgânica do Município de Guarujá, fica aprovado, nos termos desta Lei Complementar, o Plano Diretor do Município de Guarujá. Art. 2.º O Plano Diretor, abrangendo a totalidade do território municipal, a ilha de Santo Amaro, constitui-se no instrumento básico da política de desenvolvimento urbano do Município de Guarujá e parte integrante do processo de planejamento muni- cipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. Art. 3.º O Plano Diretor instituído por esta Lei Complementar deverá, a contar de sua publicação, ser revisto no máximo a cada 10 (dez) anos, estando seus planos e instrumentos sujeitos a avaliação em até 5 (cinco) anos. TÍTULO II DA POLÍTICA URBANA CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS Art. 4.º São princípios condutores da política urbana: I - a função social da Cidade; II - a função social da propriedade; III - a eqüidade; IV – o desenvolvimento sutentável da Cidade; V - a gestão democrática e participativa. Art. 5.º A função social da Cidade será cumprida quando aten- der às diretrizes da política urbana estabelecidas na Constitui- ção Federal de 1988, na Constituição do Estado de São Paulo, na Lei Orgânica do Município de Guarujá e no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001), compreendendo os direitos à terra urbana, à moradia digna, ao saneamento ambiental, à infra- estrutura urbana, aos serviços públicos, ao transporte coletivo, à mobilidade urbana, ao trabalho, à cultura e ao lazer. Art. 6.º A propriedade urbana cumpre sua função social quan- do atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas neste Plano Diretor, respeitando as diretrizes e os ob- jetivos nele previstos e assegurando o atendimento das necessi- dades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas. Parágrafo único. Caberá ao Poder Público fiscalizar o cumpri- mento da função social da propriedade. Art. 7.º O princípio da eqüidade será cumprido quando as di- ferenças entre as pessoas e os grupos sociais forem respeitadas e, na implementação da política urbana, as disposições legais forem interpretadas e aplicadas de forma a reduzir as desigual- dades socioeconômicas no uso e na ocupação do solo deste Município. Art. 8.º Sustentabilidade urbana é o desenvolvimento local so- cialmente justo, ambientalmente equilibrado e economicamen- te viável, visando garantir qualidade de vida para a presente e as futuras gerações, por meio de políticas setoriais urbanas que incorporem essas dimensões de forma integrada e harmônica, respeitando as diferenças sociais e culturais da população. Art. 9.º A gestão da política urbana será feita de forma democrá- tica, incorporando a participação dos diferentes segmentos da sociedade em sua formulação, execução e acompanhamento. CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS GABINETE ATOS OFICIAIS Art. 10. Os objetivos gerais fixados para a política urbana do Município são os seguintes: I - promover o desenvolvimento econômico do Município e o uso socialmente justo e ambientalmente equilibrado de seu ter- ritório, de modo a assegurar o bem-estar de seus habitantes da presente e das futuras gerações; II - valorizar e incentivar o turismo, promovendo os planos e os projetos voltados para esse segmento; III - consolidar e ampliar as atividades portuárias e retroportuá- rias e a operação do aeroporto metropolitano, em áreas e loca- lizações apropriadas para cada atividade e, ainda, compatibili- zando o uso e a ocupação do solo no seu entorno; IV - associar o planejamento e a execução das políticas públicas locais às regionais por intermédio da cooperação e da articu- lação com os demais Municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista e da Macrometrópole Paulistana, contribuindo para a gestão integrada e para o desenvolvimento dos projetos de interesse regional; V - aumentar a eficiência econômica da Cidade, de forma a am- pliar os benefícios sociais e reduzir os custos operacionais para os setores público e privado, inclusive por meio do aperfeiçoa- mento administrativo do setor público; VI - garantir o direito à moradia digna, ampliando a oferta de áreas para a habitação de interesse social com qualidade e pro- movendo a urbanização e a regularização fundiária das áreas ocupadas por população de baixa renda; VII - elevar a qualidade de vida da população pelo desenvolvi- mento de políticas de saneamento ambiental, infra-estrutura, serviços públicos de qualidade, equipamentos sociais e espaços verdes e de lazer qualificados a serem distribuídos eqüitativa- mente; VIII - elevar a qualidade do ambiente urbano com a preservação, proteção e recuperação dos ambientes natural e construído, por meio do efetivo monitoramento e controle ambiental; IX - garantir a justa distribuição dos benefícios e dos ônus decor- rentes do processo de urbanização, recuperando e transferindo para a coletividade a valorização imobiliária decorrente da ação do Poder Público; X - promover a inclusão social, reduzindo as desigualdades por meio de políticas públicas sustentáveis e afirmativas nas diretri- zes dos planos e projetos setoriais, de interesse coletivo; XI - regular o uso, ocupação e parcelamento do solo urbano considerando-se as características naturais e paisagísticas, além da capacidade de suporte do meio físico e da infra-estrutura ins- talada, evitando sua sobrecarga ou ociosidade e efeitos negati- vos sobre o meio ambiente; XII - controlar ou promover o adensamento construtivo de acor- do com as condições de infra-estrutura de cada área; XIII - consolidar um sistema de centralidades nos bairros do Mu- nicípio com a ampliação da infra-estrutura e a dinamização de serviços e cultura; XIV - manter e aperfeiçoar um sistema de informações geo-re- ferenciadas, com dados sobre as diferentes utilizações da terra urbana, seu parcelamento e tipologias construtivas, assim como da parcela do território municipal não ocupado, para subsidiar a gestão do uso e ocupação do solo; XV - combater a especulação imobiliária da qual resulte a subu- tilização ou não utilização de imóveis urbanos; XVI - proteger e valorizar o patrimônio histórico, artístico, urba- nístico e paisagístico, contribuindo para a preservação e a difu- são da memória e da identidade da Cidade; XVII - estimular parcerias entre os setores público e privado, locais, regionais, nacionais e internacionais, em projetos de urbanização, ampliação e transformação de espaços públicos, quando for de interesse público e subordinado à função social da Cidade; XVIII - incrementar as funções econômicas e sociais da Cidade; XIX - melhorar a qualidade e a eficácia dos elementos de iden- tificação dos logradouros e a orientação para sua acessibilidade por veículos, pedestres e bicicletas; XX - facilitar o acesso de todos os cidadãos a qualquer ponto do território municipal, por intermédio da rede viária e do sistema de transporte coletivo; XXI - criar mecanismos democráticos no planejamento e na ges- tão da Cidade; XXII - rever, consolidar e adequar a legislação municipal vigente aos preceitos definidos no Plano Diretor instituído por esta Lei Complementar. Parágrafo único - Com base nos objetivos gerais fixados neste artigo para a política urbana do Município, serão especificadas, particularizadas e implementadas, por meio de normas especí- ficas, as diretrizes das políticas setoriais relacionadas no Título III e outras que venham a ser implementadas pelo Poder Público Municipal. TÍTULO III DAS POLÍTICAS SETORIAIS CAPÍTULO I DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL Art. 11. São diretrizes da política de desenvolvimento econô- mico e social: I - estimular o desenvolvimento econômico local endógeno as- sociado aos interesses de desenvolvimento da Baixada Santista e do País; II - incentivar as iniciativas e as oportunidades de investimentos públicos e privados, inclusive por meio de parcerias e convênios com órgãos e instituições nacionais e internacionais, das quais resultem a ampliação dos setores econômicos locais, a melho- ria da infra-estrutura da Cidade e a dinamização da sua cadeia produtiva; III - aproveitar o potencial de áreas disponíveis para implantar e desenvolver atividades econômicas, incluindo-se a ampliação das atividades portuárias, retroportuárias e industriais, a instala- ção do aeroporto metropolitano da Baixada Santista e o desen- volvimento das áreas de entorno; IV - estimular o associativismo, o empreendedorismo e a forma- ção de redes de cooperação empresarial de micro e pequenas empresas como alternativas para a geração de trabalho e renda; V - valorizar e preservar os recursos naturais e paisagísticos, bem como assegurar a suficiência no abastecimento de energia e água para consumo nos meses de alta temporada, como ações para aumentar os atrativos para o turismo e o lazer; VI - incentivar e qualificar a pesca, o artesanato e as demais ati- vidades geradoras de renda para as comunidades tradicionais caiçaras; VII - fortalecer as atividades comerciais, de qualquer porte e seg- mento, e os serviços de apoio à produção em geral, qualificando as áreas onde houver concentração das mesmas e buscando a participação dos agentes envolvidos; VIII - fortalecer a indústria de construção civil, relacionando-a com o adequado uso do solo urbano e da infra-estrutura ins- talada; IX - combater a exclusão e as desigualdades sociais, adotando políticas públicas que promovam e ampliem a melhoria da qua- lidade de vida dos seus munícipes. X – incentivar e qualificar a agricultura, a avicultura, a pecuária, a pesca, o artesanato e as atividades geradoras de renda para as comunidades tradicionais caiçaras. CAPÍTULO II DA POLÍTICA DE TURISMO Art. 12. Constituem diretrizes da política de turismo do Município: I - elaborar e implementar planos, projetos e programas destina- dos a criar e a incentivar a melhoria da infra-estrutura do turis- mo, o aproveitamento sustentável do potencial paisagístico da ilha de Santo Amaro, incentivando a consolidação de diversas modalidades, como o turismo de negócios, de eventos, históri- co-cultural e gastronômico, além de prever a inclusão de impor- SEXTA-FEIRA 27 de dezembro de 2013 1 GUARUJÁ Diário Oficial

Suplemento do Diário Oficial do Dia (Parte 2) - 27/12/2013

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  • 1. Dirio Oficial GUARUJsexta-feira27 de dezembro de 20131Atos oficiais gabinete LEI COMPLEMENTAR N. 156/2013. Institui o Plano Diretor do Municpio de Guaruj e d outras providncias. MARIA ANTONIETA DE BRITO, Prefeita Municipal de Guaruj, fao saber que a Cmara Municipal decretou em Sesso Extraordinria, realizada no dia 17 de dezembro de 2013, e eu sanciono e promulgo o seguinte: TTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1. Em atendimento ao disposto na Constituio da Repblica Federativa do Brasil (artigo 182, 1), no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001 Captulos II e III) e na Lei Orgnica do Municpio de Guaruj, fica aprovado, nos termos desta Lei Complementar, o Plano Diretor do Municpio de Guaruj. Art. 2. O Plano Diretor, abrangendo a totalidade do territrio municipal, a ilha de Santo Amaro, constitui-se no instrumento bsico da poltica de desenvolvimento urbano do Municpio de Guaruj e parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e o oramento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. Art. 3. O Plano Diretor institudo por esta Lei Complementar dever, a contar de sua publicao, ser revisto no mximo a cada 10 (dez) anos, estando seus planos e instrumentos sujeitos a avaliao em at 5 (cinco) anos. TTULO II DA POLTICA URBANA CAPTULO I DOS PRINCPIOS Art. 4. So princpios condutores da poltica urbana: I - a funo social da Cidade; II - a funo social da propriedade; III - a eqidade; IV o desenvolvimento sutentvel da Cidade; V - a gesto democrtica e participativa. Art. 5. A funo social da Cidade ser cumprida quando atender s diretrizes da poltica urbana estabelecidas na Constituio Federal de 1988, na Constituio do Estado de So Paulo, na Lei Orgnica do Municpio de Guaruj e no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001), compreendendo os direitos terra urbana, moradia digna, ao saneamento ambiental, infraestrutura urbana, aos servios pblicos, ao transporte coletivo, mobilidade urbana, ao trabalho, cultura e ao lazer. Art. 6. A propriedade urbana cumpre sua funo social quando atende s exigncias fundamentais de ordenao da cidade expressas neste Plano Diretor, respeitando as diretrizes e os objetivos nele previstos e assegurando o atendimento das necessidades dos cidados quanto qualidade de vida, justia social e ao desenvolvimento das atividades econmicas. Pargrafo nico. Caber ao Poder Pblico fiscalizar o cumprimento da funo social da propriedade. Art. 7. O princpio da eqidade ser cumprido quando as diferenas entre as pessoas e os grupos sociais forem respeitadas e, na implementao da poltica urbana, as disposies legais forem interpretadas e aplicadas de forma a reduzir as desigualdades socioeconmicas no uso e na ocupao do solo deste Municpio. Art. 8. Sustentabilidade urbana o desenvolvimento local socialmente justo, ambientalmente equilibrado e economicamente vivel, visando garantir qualidade de vida para a presente e as futuras geraes, por meio de polticas setoriais urbanas que incorporem essas dimenses de forma integrada e harmnica, respeitando as diferenas sociais e culturais da populao. Art. 9. A gesto da poltica urbana ser feita de forma democrtica, incorporando a participao dos diferentes segmentos da sociedade em sua formulao, execuo e acompanhamento. CAPTULO II DOS OBJETIVOSArt. 10. Os objetivos gerais fixados para a poltica urbana do Municpio so os seguintes: I - promover o desenvolvimento econmico do Municpio e o uso socialmente justo e ambientalmente equilibrado de seu territrio, de modo a assegurar o bem-estar de seus habitantes da presente e das futuras geraes; II - valorizar e incentivar o turismo, promovendo os planos e os projetos voltados para esse segmento; III - consolidar e ampliar as atividades porturias e retroporturias e a operao do aeroporto metropolitano, em reas e localizaes apropriadas para cada atividade e, ainda, compatibilizando o uso e a ocupao do solo no seu entorno; IV - associar o planejamento e a execuo das polticas pblicas locais s regionais por intermdio da cooperao e da articulao com os demais Municpios da Regio Metropolitana da Baixada Santista e da Macrometrpole Paulistana, contribuindo para a gesto integrada e para o desenvolvimento dos projetos de interesse regional; V - aumentar a eficincia econmica da Cidade, de forma a ampliar os benefcios sociais e reduzir os custos operacionais para os setores pblico e privado, inclusive por meio do aperfeioamento administrativo do setor pblico; VI - garantir o direito moradia digna, ampliando a oferta de reas para a habitao de interesse social com qualidade e promovendo a urbanizao e a regularizao fundiria das reas ocupadas por populao de baixa renda; VII - elevar a qualidade de vida da populao pelo desenvolvimento de polticas de saneamento ambiental, infra-estrutura, servios pblicos de qualidade, equipamentos sociais e espaos verdes e de lazer qualificados a serem distribudos eqitativamente; VIII - elevar a qualidade do ambiente urbano com a preservao, proteo e recuperao dos ambientes natural e construdo, por meio do efetivo monitoramento e controle ambiental; IX - garantir a justa distribuio dos benefcios e dos nus decorrentes do processo de urbanizao, recuperando e transferindo para a coletividade a valorizao imobiliria decorrente da ao do Poder Pblico; X - promover a incluso social, reduzindo as desigualdades por meio de polticas pblicas sustentveis e afirmativas nas diretrizes dos planos e projetos setoriais, de interesse coletivo; XI - regular o uso, ocupao e parcelamento do solo urbano considerando-se as caractersticas naturais e paisagsticas, alm da capacidade de suporte do meio fsico e da infra-estrutura instalada, evitando sua sobrecarga ou ociosidade e efeitos negativos sobre o meio ambiente; XII - controlar ou promover o adensamento construtivo de acordo com as condies de infra-estrutura de cada rea; XIII - consolidar um sistema de centralidades nos bairros do Municpio com a ampliao da infra-estrutura e a dinamizao de servios e cultura; XIV - manter e aperfeioar um sistema de informaes geo-referenciadas, com dados sobre as diferentes utilizaes da terra urbana, seu parcelamento e tipologias construtivas, assim como da parcela do territrio municipal no ocupado, para subsidiar a gesto do uso e ocupao do solo; XV - combater a especulao imobiliria da qual resulte a subutilizao ou no utilizao de imveis urbanos; XVI - proteger e valorizar o patrimnio histrico, artstico, urbanstico e paisagstico, contribuindo para a preservao e a difuso da memria e da identidade da Cidade; XVII - estimular parcerias entre os setores pblico e privado, locais, regionais, nacionais e internacionais, em projetos de urbanizao, ampliao e transformao de espaos pblicos, quando for de interesse pblico e subordinado funo social da Cidade; XVIII - incrementar as funes econmicas e sociais da Cidade; XIX - melhorar a qualidade e a eficcia dos elementos de iden-tificao dos logradouros e a orientao para sua acessibilidade por veculos, pedestres e bicicletas; XX - facilitar o acesso de todos os cidados a qualquer ponto do territrio municipal, por intermdio da rede viria e do sistema de transporte coletivo; XXI - criar mecanismos democrticos no planejamento e na gesto da Cidade; XXII - rever, consolidar e adequar a legislao municipal vigente aos preceitos definidos no Plano Diretor institudo por esta Lei Complementar. Pargrafo nico - Com base nos objetivos gerais fixados neste artigo para a poltica urbana do Municpio, sero especificadas, particularizadas e implementadas, por meio de normas especficas, as diretrizes das polticas setoriais relacionadas no Ttulo III e outras que venham a ser implementadas pelo Poder Pblico Municipal. TTULO III DAS POLTICAS SETORIAIS CAPTULO I DA POLTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO E SOCIAL Art. 11. So diretrizes da poltica de desenvolvimento econmico e social: I - estimular o desenvolvimento econmico local endgeno associado aos interesses de desenvolvimento da Baixada Santista e do Pas; II - incentivar as iniciativas e as oportunidades de investimentos pblicos e privados, inclusive por meio de parcerias e convnios com rgos e instituies nacionais e internacionais, das quais resultem a ampliao dos setores econmicos locais, a melhoria da infra-estrutura da Cidade e a dinamizao da sua cadeia produtiva; III - aproveitar o potencial de reas disponveis para implantar e desenvolver atividades econmicas, incluindo-se a ampliao das atividades porturias, retroporturias e industriais, a instalao do aeroporto metropolitano da Baixada Santista e o desenvolvimento das reas de entorno; IV - estimular o associativismo, o empreendedorismo e a formao de redes de cooperao empresarial de micro e pequenas empresas como alternativas para a gerao de trabalho e renda; V - valorizar e preservar os recursos naturais e paisagsticos, bem como assegurar a suficincia no abastecimento de energia e gua para consumo nos meses de alta temporada, como aes para aumentar os atrativos para o turismo e o lazer; VI - incentivar e qualificar a pesca, o artesanato e as demais atividades geradoras de renda para as comunidades tradicionais caiaras; VII - fortalecer as atividades comerciais, de qualquer porte e segmento, e os servios de apoio produo em geral, qualificando as reas onde houver concentrao das mesmas e buscando a participao dos agentes envolvidos; VIII - fortalecer a indstria de construo civil, relacionando-a com o adequado uso do solo urbano e da infra-estrutura instalada; IX - combater a excluso e as desigualdades sociais, adotando polticas pblicas que promovam e ampliem a melhoria da qualidade de vida dos seus muncipes. X incentivar e qualificar a agricultura, a avicultura, a pecuria, a pesca, o artesanato e as atividades geradoras de renda para as comunidades tradicionais caiaras. CAPTULO II DA POLTICA DE TURISMO Art. 12. Constituem diretrizes da poltica de turismo do Municpio: I - elaborar e implementar planos, projetos e programas destinados a criar e a incentivar a melhoria da infra-estrutura do turismo, o aproveitamento sustentvel do potencial paisagstico da ilha de Santo Amaro, incentivando a consolidao de diversas modalidades, como o turismo de negcios, de eventos, histrico-cultural e gastronmico, alm de prever a incluso de impor-

2. 2Dirio Oficial GUARUJsexta-feira27 de dezembro de 2013tantes segmentos como a terceira idade; II - elaborar estudos e implementar polticas que visem reduo dos impactos da sazonalidade sobre a atividade turstica, bem como a otimizar a ocupao de imveis de segunda residncia, de modo a projetar o crescimento dos fluxos tursticos durante o ano e do tempo de permanncia do turista no Municpio; III - construir infra-estrutura de apoio s atividades produtivas nas reas de interesse turstico, em especial na orla martima, adequando o mobilirio urbano, quiosques e demais equipamentos necessidade de desocupao da faixa de areia e de uso racional do espao fsico de calades e reas de circulao de pessoas, respeitando a legislao, em particular a relativa matria ambiental; IV - implementar formas de articulao regional para o desenvolvimento de atividades tursticas; V - executar programas de sensibilizao, conscientizao e capacitao de recursos humanos, visando melhoria da qualidade dos servios tursticos; VI - executar aes que visem formatao de produtos tursticos, bem como sua promoo e apoio comercializao; VII - manter servios de informaes ao turista; VIII - consolidar a poltica municipal de turismo por meio da elaborao de um Plano Gestor de Turismo do Municpio pelo Conselho Municipal de Turismo. Pargrafo nico - O Poder Pblico municipal poder implementar aes, polticas pblicas ou equipamentos tursticos por meio de convnios celebrados com empresas pblicas ou privadas e instituies. CAPTULO III DA POLTICA DE PATRIMNIO HISTRICO E CULTURAL Art. 13. So diretrizes da poltica de proteo ao patrimnio histrico e cultural do Municpio: I - proteger e recuperar o patrimnio natural e cultural; II - revitalizar e divulgar as expresses materiais e imateriais do legado cultural da Cidade, inclusive pela criao de equipamentos como museus e bibliotecas com acervos que possibilitem a sua difuso; III - promover o reconhecimento, pelos muncipes, do valor cultural do patrimnio de sua Cidade e do seu papel na preservao e recuperao desse patrimnio; IV - promover o uso, a conservao e o restauro do patrimnio material histrico, cultural e paisagstico, de forma compatvel com as suas caractersticas fsicas e seus requisitos legais; V - implementar os mecanismos e os instrumentos para a preservao do patrimnio, como o restauro, a fiscalizao ostensiva e qualificada, as compensaes, os incentivos e os estmulos preservao e os mecanismos de captao de recursos para a poltica de preservao e conservao; VI - favorecer a manuteno das atividades econmicas tradicionalmente exercidas pelas comunidades caiaras por meio de melhorias do padro urbanstico e fundirio; VII - implementar, por meio de Conselho Municipal, um plano municipal de proteo do patrimnio histrico e cultural; VIII - promover o reconhecimento territorial e cultural nas comunidades tradicionais de caiaras, ribeirinhas, descendentes de quilombolas e indgenas, assim tambm, promover gerao de renda e de subsistncia atravs do cultivo nas reas no urbanizadas e da pesca, trazendo dignidade s pessoas dessas comunidades. 1 - Entende-se como patrimnio material as expresses e transformaes de cunho histrico, artstico, arquitetnico, paisagstico, urbanstico, cientfico e tecnolgico. 2 - Entende-se como patrimnio imaterial os conhecimentos e modos de criar, fazer e viver identificados como elementos pertencentes cultura comunitria, tais como os rituais e festas que marcam a vivncia coletiva do trabalho, a religiosidade, o entretenimento e outras prticas da vida social, bem como as manifestaes literrias, musicais, plsticas, cnicas e ldicas. 3 - So consideradas comunidades tradicionais caiaras ocupaes antigas da Ilha de Santo Amaro que conservam algumas de suas caractersticas histricas e culturais e so residentes na Prainha Branca, na Ponta da Armao, no Stio Cachoeira, no Stio Limoeiro, no Stio Pedrinha, no Stio Bom Jardim, no Stio Tijuco-pava, na Ponta Grossa e no Stio Sambaqui, no Canal de Bertioga, em parte da Praia do Perequ, assim como na Praia do Ges, na Praia de Santa Cruz dos Navegantes e no Stio Conceiozinha, conforme delimitaes constantes no Anexo 1 - Mapa 3. CAPTULO IV DA POLTICA DE PROTEO DO MEIO AMBIENTE Art. 14. So diretrizes da poltica de proteo do meio ambiente: I - proteger e recuperar o patrimnio natural, urbano e cultural; II - conscientizar a populao sobre a importncia da preservao ambiental, assim como da utilizao sustentvel de seus recursos, a fim de manter um ambiente equilibrado e saudvel; III - aplicar os instrumentos de gesto ambiental estabelecidos na legislao pertinente; IV - criar mecanismos de compensao ambiental que garantam a implantao e a manuteno de reservas pblicas e privadas em reas de interesse ambiental e paisagstico; V - garantir a insolao das praias, impedindo intervenes urbanas e edilcias que provoquem o sombreamento das reas pblicas de banho, excetuando-se as reas de alta densidade, j edificadas em seu conjunto; VI - adotar medidas que garantam a conservao dos manguezais e seu uso sustentvel para pesca, turismo e educao ambiental; VII - controlar a reduo dos nveis de poluio e de degradao em quaisquer de suas formas, incluindo-se a visual, sonora, atmosfrica, das guas e do solo; VIII garantir que as atividades em reas pblicas mantenham a integridade dos locais, antes, durante e aps os eventos, atravs de prticas sustentveis; IX - incentivar a adoo de hbitos, costumes, posturas, prticas sociais e econmicas que visem proteo e restaurao do meio ambiente, incluindo-se o uso de fontes de energia com menor potencial poluidor; X - ampliar e manter a gesto democrtica das reas verdes; XI - estabelecer o zoneamento ambiental compatvel com as diretrizes para a ocupao do solo e a conservao dos recursos naturais e da paisagem; XII - elaborar e implementar mecanismos municipais de controle e de licenciamento ambiental relacionados implantao e ao funcionamento de fontes poluidoras de impacto local; XIII - promover aes visando ao saneamento urbano, em especial a coleta e o tratamento de resduos slidos e lquidos, a drenagem urbana e a efetiva separao de lquidos provenientes de resduos dos esgotos em relao aos de drenagem; XIV - promover aes para que as guas de drenagem no separadas de forma garantida dos resduos do esgoto urbano recebam tratamento semelhante ao destinado aos esgotos; XV - aplicar os instrumentos de gesto ambiental estabelecidos nas legislaes federal, estadual e municipal, bem como criar outros instrumentos, adequando-os s metas estabelecidas pelas polticas ambientais. XVI - garantir a produo e a divulgao do conhecimento sobre o meio ambiente por um sistema de informaes integrado; XVII criar incentivos ao estabelecimento de unidades de conservao de manejo sustentvel; XVIII - dinamizar a utilizao do Fundo Municipal de Meio Ambiente - FMMA com a finalidade de dar suporte financeiro a planos, programas e projetos que visem ao uso racional e sustentvel de recursos naturais, ao controle, fiscalizao, defesa e recuperao do meio ambiente e s aes de educao ambiental; XIX - implantar unidades de conservao de manejo sustentvel nos macios florestais do Municpio e nas reas de interesse ambiental especialmente protegidas, como a rea de Proteo Ambiental da Serra do Guarar, do Parque Ecolgico do Perequ, do Parque Ecolgico do Saco do Funil, a partir da cota de 10 metros, nos termos da legislao do Sistema Nacional de Unidades de Conservao - SNUC. XX - instituir a Poltica Municipal de Meio Ambiente e o Plano Diretor Ambiental atravs da Secretaria Municipal do Meio Ambiente - SMA, e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (CONDEMA). XXI garantir a conservao e a ampliao da arborizao urba-na existente, atravs de um Plano Municipal de Arborizao. XXII garantir a implementao de corredores ecolgicos para as reas de fragmentos florestais. SEO I DA PROTEO DAS REAS VERDES DO MUNICPIO Art. 15. As reas verdes do Municpio so constitudas por espaos ajardinados e arborizados, de propriedade pblica ou privada, existentes e os que vierem a ser criados, necessrios manuteno da qualidade ambiental urbana, tendo por objetivo a preservao, a proteo, a recuperao e a ampliao desses espaos. Art. 16. So diretrizes do plano de proteo de reas verdes do Municpio: I - tratar adequadamente a vegetao como elemento integrador na composio da paisagem urbana; II - ampliar a relao rea verde por habitante no Municpio por meio da manuteno e ampliao da arborizao de ruas, praas, parques; III - criar instrumentos legais destinados a regulamentar a implantao e manuteno de reas verdes e de espaos ajardinados ou arborizados assim como da arborizao urbana em vias pblicas, estimulando parcerias entre setores pblico e privado. IV - recuperar reas verdes degradadas, especialmente as de importncia paisagstico-ambiental e cultural; V - disciplinar as atividades culturais, esportivas e de interesse turstico, nas praas e nos parques municipais, compatibilizando-as ao carter de interesse ecolgico desses espaos; VI - criar programas para a efetiva implantao das reas verdes previstas em conjuntos habitacionais e loteamentos; VII - estimular o envolvimento da populao na criao e na manuteno de reas verdes, em especial nas reas urbanas; VIII - restringir as derrubadas de rvores em bosque ou mata; IX - criao de corredores verdes no sistema virio e nos parques lineares para circulao da fauna entre os macios preservados de vegetao natural da ilha de Santo Amaro. SEO II DA PROTEO DOS RECURSOS HDRICOS Art. 17. So diretrizes do plano de proteo de recursos hdricos no Municpio: I - garantir a existncia e o desenvolvimento das condies bsicas de conservao da qualidade e da quantidade de recursos hdricos do Municpio; II - implantar mecanismos que garantam a manuteno ou a ampliao de reas permeveis, especialmente nas reas de recarga dos aqferos; III - recuperar e preservar as matas ciliares, as cabeceiras de drenagem e a cobertura vegetal existente nas reas de mananciais de gua do Municpio; IV - recuperar e preservar as matas ciliares e a cobertura vegetal existente nas margens dos rios do Municpio; V - recuperar e conservar a qualidade das guas subterrneas; VI - criar e aperfeioar aes sustentveis para a produo e o abastecimento de gua para a comunidade; VII - criar alternativas de reutilizao de gua e de captao, seja por iniciativa individual, coletiva ou pblica; VIII - obrigar os responsveis pelas edificaes de grande porte e atividades de grande consumo de gua pela implantao de instalaes para reuso de gua para fins no potveis; IX incentivar a economia de gua, desestimulando o desperdcio e promovendo a reduo das perdas fsicas da gua tratada; X - incentivar a alterao de hbitos e iniciativas que resultem na reduo dos padres de consumo; XI - implantar instalaes para reuso de gua para fins no potveis; XII - adotar medidas que garantam a recuperao das guas litorneas e dos nveis de balneabilidade das praias. SEO III DO SANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO Art. 18 - So diretrizes do plano de saneamento ambiental integrado do Municpio: I - fornecer servios de saneamento ambiental adequados a todo o territrio municipal, especialmente nas reas deficitrias; II - investir prioritariamente no servio de esgotamento sani- 3. Dirio Oficial GUARUJ trio buscando reduzir a vulnerabilidade de contaminao da gua potvel por infiltrao de esgotos e demais poluentes nas redes de abastecimento e de drenagem das guas pluviais; III - estabelecer metas progressivas de reduo de perdas de gua em toda a Cidade mediante entendimentos com a concessionria e instalao de hidrmetros individuais ou outra tecnologia de medio, com vistas a restringir o consumo suprfluo de gua; IV - fornecer gua para consumo residencial e outros usos, de qualidade compatvel com os padres de potabilidade, em quantidade suficiente para atender s necessidades bsicas; V - implantar sistema de drenagem prpria para o escoamento das guas pluviais em toda a rea ocupada do Municpio, de modo a propiciar a proteo do solo, a recarga dos aqferos e a segurana e o conforto aos seus habitantes; VI - criar mecanismos para evitar a contaminao da rede de guas pluviais por esgotos e resduos slidos, coibindo ligaes clandestinas e realizando monitoramentos peridicos; VII - garantir que todas as guas de drenagem que estejam misturadas com resduos de esgoto urbano, incluindo-se aqueles provenientes de assentamentos informais ou de reas sem coleta adequada de esgotos, sejam encaminhadas para tratamento semelhante ao dispensado aos esgotos; VIII - elaborar e implementar um sistema de gesto de resduos slidos, garantindo a ampliao da coleta seletiva de lixo e da reciclagem, bem como a reduo de sua gerao; IX - criar oportunidades de trabalho e de renda para a populao de baixa renda pelo aproveitamento de resduos domiciliares, comerciais e de construo civil, desde que aproveitveis, em condies seguras e saudveis, buscando contribuir para a erradicao do trabalho infantil; X - realizar tratamento ou disposio ambientalmente seguro dos resduos slidos no aproveitveis; XI - repassar o custo das externalidades negativas aos agentes responsveis pela produo de resduos que sobrecarregam as finanas pblicas; XII - destinar recursos financeiros necessrios implementao da poltica de saneamento ambiental, bem como das fontes de financiamento e das formas de aplicao; XIII - implementar programas de investimento em obras e outras medidas relativas utilizao, recuperao, conservao e proteo do sistema de saneamento ambiental. CAPTULO V DA PAISAGEM URBANA Art. 19. So diretrizes para a proteo da paisagem urbana do Municpio: I - proteger e recuperar as paisagens notveis do Municpio; II - garantir o direito do cidado fruio da paisagem pela identificao, leitura e apreenso de seus elementos constitutivos por meio de instrumentos tcnicos, institucionais e legais de gesto da paisagem urbana; III - garantir a qualidade ambiental do espao pblico, assegurando a harmonia entre os diversos elementos que compem a paisagem urbana, evitando a poluio visual; IV - fiscalizar o cumprimento das disposies normativas a respeito da instalao de publicidade exterior. V - implementar programas de educao ambiental visando conscientizar a populao a respeito da valorizao da paisagem urbana como fator de melhoria da qualidade de vida; VI - criar novos padres de comunicao institucional, informativa ou indicativa; VII - estabelecer critrios, normas e padres para quiosques de vendas de mercadorias, alimentao e bebidas na orla, bem como bicicletrios, paradas de nibus, lixeiras, totens de informao tursticas e demais itens do mobilirio urbano; VIII - definir parmetros de dimenses, posicionamento, quantidade e interferncia mais adequados sinalizao de trnsito, aos elementos construdos e vegetao, considerando a capacidade de suporte da regio; IX - garantir a eficincia na fiscalizao das diversas intervenes na paisagem urbana. CAPTULO VI DA POLTICA DE HABITAOsexta-feira27 de dezembro de 2013Art. 20. So diretrizes da poltica de habitao do Municpio: I - garantir a moradia digna, dispondo de instalaes sanitrias e infra-estrutura urbana adequadas, servios pblicos essenciais e acesso aos equipamentos sociais bsicos; II - requalificar os parmetros urbansticos e de regularizao fundiria dos assentamentos habitacionais precrios e irregulares; III - estimular o adensamento em reas vazias ou subutilizadas, com infra estrutura j implantada e adequada, inibindo a ampliao de ncleos habitacionais precrios; IV - coibir a no utilizao ou subutilizao da terra urbana para o uso habitacional nas reas consolidadas, utilizando para esse fim, os instrumentos previstos na Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade e nesta lei complementar; V - criar Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, definidas em lei complementar especfica; VI - prever mecanismos para estimular a oferta e a melhoria das condies de habitabilidade da populao de baixa renda pela iniciativa privada, na produo de Habitao de Interesse Social - HIS e de Habitao do Mercado Popular - HMP, principalmente nas Zonas Especiais de Interesse Social ZEIS, VII - priorizar os procedimentos de aprovao dos projetos de produo habitacional; VIII - incentivar e apoiar a formao de agentes promotores e financeiros no estatais, a exemplo das cooperativas e associaes comunitrias de autogesto, na execuo de programas habitacionais; IX - garantir alternativas habitacionais para a populao removida das reas de risco ou de preservao ambiental, coibindo novas ocupaes nessas reas; X - promover a recuperao ambiental de reas legalmente protegidas, ocupadas por moradia, no passveis de urbanizao e de regularizao fundiria; XI - promover aes de fiscalizao para inibir que novas ocupaes irregulares ocorram no Municpio, em especial em reas ambientalmente frgeis, como mangues e encostas de morros; XII - formular instrumentos normativos, operacionais e financeiros que viabilizem a constituio de um banco de terras destinado a programas habitacionais de interesse social; XIII - reabilitar e repovoar reas no ocupadas, utilizando-se de instrumentos que estimulem a permanncia da populao e atraiam moradores de diferentes segmentos de renda; XIV - promover, apoiar e orientar programas e projetos de acesso moradia, seja pela aquisio, locao, auto-construo ou mutiro; XV - proteger o meio ambiente, adotando tecnologias de projeto, construo e manuteno de empreendimentos habitacionais voltados para o desenvolvimento sustentvel, incluindo-se alternativas de conservao de gua e de disposio de resduos slidos, alm de recuperao de reas verdes, preservao ambiental e de reciclagem dos resduos; XVI - estimular a realizao de parcerias com universidades e institutos de pesquisa para o desenvolvimento de alternativas de menor custo e maior qualidade e produtividade das edificaes residenciais; XVII - utilizar parte dos recursos provenientes da valorizao imobiliria em programas habitacionais de interesse social nas reas equipadas de infraestrutura e servios urbanos, empregando, para esse fim, os instrumentos previstos na Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade; XVIII - facilitar o acesso da populao de baixa renda moradia, por meio de mecanismos de financiamento de longo prazo, investimento de recursos oramentrios a fundo perdido, permisso de uso e subsdio direto, pessoal, intransfervel e temporrio na aquisio ou locao social, reservando-se parcela das unidades habitacionais para o atendimento aos idosos e s pessoas com deficincia; XIX - realizar periodicamente as Conferncias Municipais da Habitao para definio da Poltica Municipal de Habitao; XX - articular planos e polticas de financiamento habitacional da Baixada Santista, do Estado e da Unio, a fim de potencializar suas aes e criar um banco de dados de uso compartilhado com informaes sobre a demanda e a oferta de moradias, programas de financiamento, custos de produo e projetos;3XXI - elaborar o Plano Municipal de Habitao; XXII - instituir o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH e demais instncias de participao necessrias, para promover a definio de programas, projetos e prioridades da poltica urbana e habitacional do Municpio;XXIII - instituir o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano para o financiamento de infraestrutura e equipamentos urbanos e o Fundo Municipal de Habitao de Interesse Social - FMHIS para o financiamento de habitaes populares. Art. 21. Para os fins desta Lei Complementar, considera-se: I - Habitao de Interesse Social HIS - aquela destinada populao com renda familiar mensal at 6 (seis) salrios mnimos, ou at o limite definido pela poltica habitacional do Governo Federal, produzida diretamente pelo Poder Pblico municipal ou com sua expressa anuncia, possuindo, no mximo, 1 (um) banheiro por unidade habitacional e 1 (uma) vaga de estacionamento; II - Habitao de Mercado Popular - HMP aquela destinada populao com renda familiar mensal situada na faixa entre 6 (seis) e 10 (dez) salrios mnimos, ou entre os limites definidos pela poltica habitacional do Governo Federal, produzida pelo mercado imobilirio, possuindo, no mximo, 1 (um) banheiro e 1 (uma) vaga de estacionamento por unidade habitacional; III - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS so reas do territrio municipal com destinao especfica e normas prprias de uso e ocupao do solo, destinadas primordialmente produo, manuteno e sustentabilidade de habitao de interesse social. Pargrafo nico - Os parmetros e elementos caracterizadores para os empreendimentos habitacionais descritos nos incisos I e II sero regulamentados em legislao especfica CAPTULO VII DA POLTICA DE REGULARIZAO FUNDIRIA Art. 22. So diretrizes da poltica de regularizao fundiria: I - regularizar a ocupao informal de reas urbanas, promovendo melhorias na qualidade de vida da populao ali residente, respeitada a legislao ambiental e outros preceitos normativos aplicveis; II - garantir o direito moradia da populao de baixa renda; III - garantir assessoria tcnica, social e jurdica populao de baixa renda; IV - oferecer segurana jurdica da posse como forma de garantir a permanncia das pessoas nos locais que ocupam; V - promover condies adequadas de habitabilidade; VI - permitir a participao da populao beneficiada em todas as etapas do processo de regularizao fundiria com a apresentao das propostas de interveno; VII - promover a articulao dos diversos agentes envolvidos no processo de regularizao como representantes do Ministrio Pblico, do Poder Judicirio, do Cartrio de Registros Pblicos, dos Governos Federal, Estadual e Municipal, da Secretaria do Patrimnio da Unio, bem como dos grupos sociais envolvidos; VIII - promover a incluso social por meio de programas psregularizao fundiria; IX - promover parcerias com o Governo Federal, para solucionar questes relativas aos terrenos de marinha, em todo o territrio do Municpio; X - dar prioridade s reas de Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS e as comunidades tradicionais caiaras, de ribeirinhos, pescadores, quilombolas, indgenas e reas de ocupao j consolidadas, respeitados os direitos adquiridos nesta; XI - regularizar a terra urbana em reas que ainda tenham inscrio no Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria - INCRA. Pargrafo nico. As reas irregulares ocupadas por populao de mdia e alta renda podero sofrer processos de regularizao jurdica mediante contrapartida em favor da Cidade, de acordo com regulamentao especfica. CAPTULO VIII DOS IMVEIS PBLICOS Art. 23. So diretrizes da gesto e do uso dos imveis pblicos: I - estabelecer programas que assegurem que toda e qualquer propriedade pblica atenda funo social da Cidade 4. 4Dirio Oficial GUARUJsexta-feira27 de dezembro de 2013e da propriedade; II - promover a regularizao fundiria e de urbanizao dos imveis pblicos ocupados por populao de baixa renda; III - complementar poltica de aes de reintegrao de posse, associada, quando pertinente, a programas habitacionais, das reas pblicas que no cumprirem funo social; IV - estabelecer efetivo controle sobre os bens imveis pblicos, com o apoio da comunidade do entorno de cada rea quando necessrio; V - estabelecer critrios para a utilizao de imveis pblicos por terceiros, com fiscalizao permanente da adequao do uso aos termos da cesso; VI - gerenciar e monitorar o uso de logradouros pblicos, no subsolo, em suas superfcies e no espao areo, por redes de infraestrutura e mobilirio urbano; VII - possibilitar alienao de forma onerosa dos imveis considerados inaproveitveis para uso pblico, em especial aqueles com dimenses reduzidas, topografia inadequada, condies de solo inadequadas edificao e com formato inadequado, respeitadas as cautelas legais; VIII - viabilizar formas de aquisio de imveis a fim de atender utilidade e necessidade pblica e ao interesse social e que no se enquadrem em casos de desapropriao; IX - disciplinar por meio do Cdigo de Posturas, revisto quando necessrio, as condies e os parmetros para uso das reas e espaos pblicos por atividades, equipamentos, infraestrutura, mobilirio e outros elementos subordinados melhoria da qualidade da paisagem urbana, ao interesse pblico, s funes sociais da cidade e s diretrizes deste Plano Diretor; X - formular instrumentos normativos, operacionais e financeiros para permitir as cesses das reas pblicas com o objetivo de compatibilizar sua finalidade com as necessidades da cidade, inclusive para habitao de interesse social, adequar as contrapartidas tendo em conta os valores do mercado imobilirio, avaliar e reparar irregularidades, cobrando indenizaes e demais combinaes previstas na legislao. Art. 24. Nos programas de regularizao fundiria dos terrenos de Marinha ocupados por populao de baixa, mdia e alta renda, podero ser utilizados os instrumentos previstos na legislao federal, que sero gratuitos, quando outorgados para populao de baixa renda, e onerosos, para a populao de mdia e alta renda. Pargrafo nico. Toda e qualquer inscrio de ocupao de terrenos de marinha pela Unio depender de aprovao prvia do Poder Pblico Municipal, que analisar as necessidades relativas ao planejamento urbano do Municpio e os requisitos de regularizao de parcelamento do solo disciplinados por esta Lei Complementar. CAPTULO IX DA POLTICA DE MOBILIDADE URBANA Art. 25. So diretrizes da poltica de mobilidade e acessibilidade urbana: I - dar prioridade acessibilidade cidad - pedestres, ciclistas, idosos, crianas, pessoas com necessidades especiais e mobilidade reduzida; II - adequar o Municpio ao que preconizam as Leis Federais n 10.048/2000, n 10.098/2000, e Decreto n 5.296/2004, para atender s pessoas com necessidades especiais de acessibilidade; III - melhorar e ampliar a rede de transporte pblico coletivo, aumentando a acessibilidade e a mobilidade da populao de baixa renda e garantindo o acesso ao sistema pblico de transporte de toda a populao; IV - adotar polticas tarifrias para a promoo da incluso social; V - dar prioridade ao transporte coletivo em relao ao transporte motorizado e individual; VI - implantar o sistema ciclovirio; VII - readequar o sistema virio considerando as demandas manifestas referentes mobilidade urbana; VIII - articular o sistema de mobilidade municipal com o regional e o estadual; IX - garantir e melhorar a circulao e o transporte urbano, proporcionando deslocamentos intra e interurbanos que atendam s necessidades da populao;X - minimizar o impacto de trfego de passagem, notadamente nas reas de ocupao predominantemente residencial; XI - reduzir a necessidade de deslocamento; XII - garantir fluidez do trnsito e do transporte de cargas e mercadorias, mantendo-se os nveis de segurana definidos pela comunidade tcnica; XIII - garantir a restrio ao transporte pesado de cargas, especialmente aquele destinado s atividades porturias e retroporturias, em reas urbanas que no sejam adequadas para essas atividades, conforme definido no zoneamento proposto por esta Lei Complementar; XIV - promover alternativas de sistema virio que garantam a separao do trfego de cargas destinado ao porto e ao retroporto, dos demais trfegos da Cidade; XV - implementar o avano tecnolgico-ambiental nos componentes do sistema; XVI - promover a segurana, a educao e a paz no trnsito; XVII - adotar medidas de fiscalizao, ostensiva e eletrnica, para controle de velocidade e induo da obedincia legislao do trnsito; XVIII - ampliar e aperfeioar a participao comunitria na gesto, fiscalizao e controle do sistema de transporte; XIX - garantir o acesso universal s praias do municpio, bem como, s demais zonas de interesse turstico, ou seja, bens pblicos. XX - ampliar a oferta de sistemas de transporte pblico hidrovirio, ferrovirio e aerovirio. CAPTULO X DA POLTICA DE SADE Art. 26. Constituem diretrizes da poltica de sade: I - garantir o acesso universal e igualitrio aos servios de sade para a populao, por meio de aes de promoo, preveno e recuperao da sade; II - articular as aes da Secretaria Municipal de Sade referentes gesto estratgica e participativa, com os diversos setores, governamentais e no-governamentais, relacionados com os condicionantes e determinantes da sade; III - elaborar o Plano Municipal de Sade e sua discusso com representaes da sociedade civil e outras esferas de Governo em conformidade com a legislao pertinente; IV - elaborar a proposta oramentria do Sistema nico de Sade SUS - em conformidade com o Plano de Sade; V - incrementar o programa de assistncia farmacutica bsica no Municpio; VI - estabelecer mtodos e mecanismos para a anlise da viabilidade econmico-sanitria de empreendimentos em sade; VII - implantar os complexos reguladores, de assistncia ambulatorial e hospitalar, no intuito de aperfeioar e de organizar a relao entre a oferta e a demanda, qualificando o acesso da populao aos servios de sade no Sistema nico de Sade SUS; VIII - divulgar informaes quanto ao potencial dos servios de sade e a sua utilizao pelo usurio do Sistema nico de Sade - SUS; IX - implementar e fortalecer a ateno bsica sade e promoo da sade, tendo como principal mecanismo a estratgia do Programa Sade da Famlia - PSF; X - garantir a oferta efetiva e significativa de cursos de qualificao e de especializao dos profissionais de sade e de regulao profissional no mbito do Sistema nico de Sade - SUS; XI - promover Plenrias e Conferncias de Sade em parceria com os setores governamentais e no governamentais, para o fortalecimento do Conselho Municipal de Sade; XII - apoiar o processo de controle social do Sistema nico de Sade - SUS, para o fortalecimento da ao do Conselho Municipal de Sade; XIII - formular e coordenar a poltica de sade destinada a promover, nos campos econmico e social, a reduo de riscos de doenas e outros agravos sade da populao, melhorando o perfil epidemiolgico do Municpio; XIV - utilizar epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocao de recursos e a orientao programtica; XV - implantar o Cdigo Sanitrio Municipal para fortalecer as aes de Vigilncia Sade e garantir a qualidade dos produtose servios oferecidos populao. CAPTULO XI DA POLTICA DE ASSISTNCIA SOCIAL Art. 27. A Poltica Municipal de Assistncia Social, que tem por base as diretrizes previstas na Lei Orgnica de Assistncia Social, Lei Federal 8.742/1993, na Poltica Nacional de Assistncia Social e demais normas reguladoras, tem por objetivo planejar, regular e nortear a gesto do Sistema nico de Assistncia Social no Municpio, atravs de um conjunto integrado de aes da iniciativa pblica e da sociedade civil organizada, que assegurem a proteo integral aos indivduos, grupos e famlias em situao de vulnerabilidade social, risco social e insegurana alimentar. Pargrafo nico. Constituem diretrizes da poltica de assistncia social: I - Fortalecer o rgo gestor da Poltica Municipal de Assistncia Social, para consolidar sua competncia na formulao, implantao, implementao e gerenciamento de servios, programas, projetos e benefcios, operando em rede os servios de proteo social bsica, proteo social especial, de segurana alimentar e nutricional e de gesto e planejamento, com os seguintes objetivos: ampliar o acesso das pessoas e famlias em situao de vulnerabilidade e risco social s oportunidades de desenvolvimento social; elevar a eficcia das aes integradas para garantia de direitos; ampliar o acesso alimentao suficiente e adequada para a populao em situao de insegurana alimentar; implantar e implementar poltica de gesto do trabalho com foco na valorizao de trabalhadores sociais, conselheiros, gestores, organizaes no governamentais e governamentais, usurios, entre outros atores, orientada por princpios ticos, polticos e tcnicos, para garantir a qualidade na prestao dos servios socioassistenciais; implementar sistemas de informao, mediante levantamento de indicadores e ndices territorializados das situaes de vulnerabilidade social, executando aes de monitoramento a avaliao dos servios assistenciais; e, ampliar a incluso de pessoas e famlias em situao de extrema pobreza, integrando as aes da Assistncia Social com as demais polticas pblicas. II - Intensificar a participao popular da sociedade civil na formulao e controle da poltica de assistncia social, atravs do Conselho Municipal de Assistncia Social, institudo pela Lei 2.538/1997, assim como de conferncias e fruns ampliados de assistncia social. CAPTULO XII DA POLTICA DE EDUCAO Art. 28. Constituem diretrizes da poltica de educao: I - atender a totalidade da demanda para a educao infantil e o ensino fundamental, assegurando o cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases; II - buscar a superao progressiva do analfabetismo, objetivando atender as pessoas com 15 (quinze) anos e mais, no alfabetizadas ou que apenas concluram curso de alfabetizao de adultos; III - adequar os cursos profissionalizantes, s novas demandas do mercado de trabalho, articulando com outros projetos voltados incluso social e em regies com maiores ndices de excluso social; IV - implementar a Poltica Municipal de Educao, garantindo os preceitos da educao inclusiva; V - adequar as estruturas fsicas de educao, garantindo os princpios de acessibilidade universal; VI - garantir a capacitao dos profissionais de educao assegurando os princpios e diretrizes da educao inclusiva, bem como garantir acesso informao para o combate de qualquer forma de preconceito nas relaes pedaggicas e educacionais; VII - assegurar a qualidade da educao; VIII - elaborar o Plano Municipal de Educao, em conjunto com representaes da sociedade civil e outras esferas de governo; IX - implantar a gesto democrtica da educao, por meio da implementao do Conselho Municipal de Educao e dos conselhos gestores das unidades educacionais, bem como realizar 5. Dirio Oficial GUARUJ as Conferncias Municipais de Educao. TTULO IV DO ORDENAMENTO TERRITORIAL Art. 29. Consoante os objetivos gerais da poltica urbana, o ordenamento territorial obedece s seguintes diretrizes: I - o planejamento do desenvolvimento da Cidade, da distribuio espacial da populao e das atividades econmicas do Municpio, de modo a evitar e a corrigir as distores do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente; II - a integrao e a complementaridade entre a destinao da poro urbanizada do territrio e as reas de interesse ambiental; III - a ordenao e o controle do uso e da ocupao do solo, de forma a combater e a evitar: I - a utilizao inadequada dos imveis urbanos; II - a proximidade ou conflitos entre usos e atividades incompatveis ou inconvenientes; III - o uso ou o aproveitamento excessivo ou inadequado em relao infra-estrutura urbana; IV - a reteno especulativa do imvel urbano que resulte na sua subutilizao ou no utilizao; V - a deteriorao das reas urbanizadas e dotadas de infra-estrutura, especialmente as centrais; VI - o uso inadequado dos espaos pblicos; VII - a poluio e a degradao ambiental; VIII - novas ocupaes irregulares do territrio. CAPTULO I DO MACROZONEAMENTO E DO ZONEAMENTO Art. 30. O Macrozoneamento fixa as regras fundamentais de ordenamento do territrio municipal, tendo como referncia: as caractersticas geomorfolgicas, os ecossistemas predominantes, as caractersticas de uso e ocupao do solo, bem como da paisagem, a partir dos quais sero estabelecidas as diretrizes, aes e normas de preservao, de uso e ocupao do solo. Art. 31. O territrio do Municpio fica dividido em 2 (duas) macrozonas distintas e integradas entre si, delimitadas no Anexo 1 - Mapa 1, assim definidas: I - a Macrozona Urbana; II - a Macrozona de Proteo Ambiental. Pargrafo nico. A diviso em macrozonas tem como objetivos: I - fazer cumprir as funes sociais da Cidade e da propriedade urbana, tendo em vista o estado de urbanizao, as condies de implantao da infra-estrutura de saneamento bsico, do sistema virio e do meio fsico; II - atribuir diretrizes especficas de preservao, uso e ocupao do solo por setores; III - direcionar e otimizar investimentos pblicos e privados em infra-estrutura urbana; IV - facilitar a anlise de novos empreendimentos, pelos setores pblicos e privados; V - reduzir conflitos de uso e a degradao do patrimnio ambiental do Municpio; VI - viabilizar o uso sustentvel do solo e reduzir conflitos com a legislao ambiental. Art. 32. As Macrozonas so constitudas por setores que qualificam os espaos em seu interior, por meio dos seguintes aspectos: I - caractersticas geomorfolgicas; II - grau de preservao dos ecossistemas naturais; III - uso e ocupao do solo; IV - infra-estrutura; V - situao fundiria; VI - uso predominante; VII - equipamentos pblicos; VIII - extenso, importncia e significao da cobertura vegetal; IX - importncia e significao paisagstica; X - possibilidade de ocupao antrpica com vistas ao desenvolvimento econmico controlado; XI - existncia de ocupao antrpica prvia com possibilidade de expanso. Art. 33. A Setorizao institui as regras gerais de uso e ocupao do solo para cada um dos setores que compem a macrozona urbana e a macrozona de proteo ambiental, delimitados no Anexo 1 - Mapa 2.sexta-feira27 de dezembro de 2013SEO I DA MACROZONA URBANA Art. 34. A Macrozona Urbana corresponde poro urbanizada do Municpio, sendo caracterizada pelo ambiente construdo reconhecido por pelo menos 2 (dois) dos requisitos seguintes, previstos na legislao federal: I - meio-fio ou calamento, com canalizao de guas pluviais; II - rede de abastecimento de gua potvel; III - sistema de esgotos sanitrios; IV - rede de iluminao pblica, com ou sem posteamento para distribuio domiciliar; V - escola primria ou posto de sade a uma distncia mxima de 3 km (trs quilmetros) do imvel considerado. Art. 35. A Macrozona Urbana apresenta diferentes graus de consolidao e infra-estrutura bsica instalada, tendo como objetivos: I - controlar e direcionar o adensamento urbano, adequando-o infra-estrutura disponvel; II - garantir a utilizao dos imveis no edificados, subutilizados e no utilizados; III - possibilitar a instalao de usos mltiplos no territrio do Municpio, desde que atendidos os requisitos de instalao definidos nesta Lei Complementar, no Cdigo de Edificaes e Instalaes, no Cdigo de Posturas e nas normas que os complementarem ou sucederem. Art. 36. Na Macrozona Urbana, ao longo das guas nascentes, correntes ou dormentes e dos reservatrios de gua devero ser constitudas reas envoltrias de proteo, nos termos da legislao de proteo ambiental. Art. 37. (VETADO). Art. 38. A Macrozona Urbana constituda pelos seguintes setores, delimitados no Anexo 1 - Mapa 2: I - Setor de Urbanizao Qualificada; II - Setor de Qualificao Urbana; III - Setor de Reestruturao Urbana; IV - Setor de Recuperao Urbana. SUBSEO I DO SETOR DE URBANIZAO QUALIFICADA Art. 39. O Setor de Urbanizao Qualificada caracteriza-se pelo uso urbano e infraestrutura consolidada, nas reas delimitadas no Anexo 1 - Mapa 2. Art. 40. So objetivos no Setor de Urbanizao Qualificada: I - ordenar o adensamento construtivo; II - evitar a saturao do sistema virio; III - permitir o adensamento construtivo onde este ainda for possvel, como forma de aproveitar a infra-estrutura disponvel; IV - ampliar a disponibilidade de equipamentos pblicos, os espaos verdes e de lazer; V - valorizar e proteger o patrimnio cultural. VI - manter e otimizar a qualidade do espao urbanizado. SUBSEO II DO SETOR DE QUALIFICAO URBANA Art. 41. O Setor de Qualificao Urbana caracteriza-se pelo uso urbano e infraestrutura a ser consolidada, nas reas delimitadas no Anexo 1 - Mapa2. Art. 42. So objetivos no Setor de Qualificao Urbana: I - promover o adensamento construtivo nas reas disponveis; II - compatibilizar a capacidade do sistema virio; III - complementar a infra-estrutura urbana; IV- ampliar a disponibilidade de equipamentos pblicos, os espaos verdes e de lazer; V - investir na qualificao do espao urbano. VI - valorizar e proteger o patrimnio cultural. SUBSEO III DO SETOR DE REESTRUTURAO URBANA Art. 43. O Setor de Reestruturao Urbana caracteriza-se pelo uso urbano, carncia de equipamentos pblicos e infra-estrutura a ser consolidada, nas reas delimitadas no Anexo 1 - Mapa 2. Art. 44. So objetivos no Setor de Reestruturao Urbana: I - promover o adensamento construtivo nas reas disponveis e evitar a expanso da rea urbanizada; II - reconverter e implantar novos usos e atividades, separando os incompatveis;5III - requalificar a paisagem; IV - estabelecer um controle ambiental eficiente; V - complementar a infra-estrutura e os equipamentos pblicos; VI - valorizar e proteger o patrimnio cultural; SUBSEO IV DO SETOR DE RECUPERAO URBANA Art. 45. O Setor de Recuperao Urbana caracteriza-se pelo uso informal, desqualificado ou obsoleto, carncia de infraestrutura e equipamentos, nas reas delimitadas no Anexo 1 - Mapa 2. Art. 46. So objetivos no Setor de Recuperao Urbana: I - requalificar o uso e a ocupao do solo; II - implantar e complementar a infraestrutura; III - complementar os equipamentos pblicos; IV - promover a regularizao fundiria; V - adequar os usos existentes em relao capacidade de suporte das reas; VI - estabelecer um controle ambiental eficiente; VII - valorizar e proteger o patrimnio cultural. SEO II DA MACROZONA DE PROTEO AMBIENTAL Art. 47. A Macrozona de Proteo Ambiental caracterizada pelos elementos geomorfolgicos naturais do Municpio, abrangendo as Serras do Guarar e de Santo Amaro, os morros, as praias, os costes, os manguezais e as restingas da ilha de Santo Amaro. Art. 48. A Macrozona de Proteo Ambiental tem, como critrio fundamental para a definio dos usos e atividades, a compatibilidade destes com a proteo dos recursos ambientais em cada setor que a compe. Art. 49. A Macrozona de Proteo Ambiental tem como objetivos: I - garantir a proteo dos recursos naturais e da paisagem do Guaruj; II - recuperar as reas ambientalmente degradadas e promover a regularizao urbanstica e fundiria dos assentamentos nelas existentes; III - contribuir com o desenvolvimento econmico sustentvel; IV - servir de banco de terras para compensaes ambientais em processos de licenciamento de empreendimentos no Municpio. V - permitir ocupao urbana nos setores de Desenvolvimento Compatvel e Ocupao Dirigida observando-se os aspectos de sustentabilidade, preservao e compensao ambiental. VI permitir as atividades de agricultura, avicultura, pecuria e pesca, exceto em reas de preservao ambiental como mangues, encostas, margens de cursos d gua e cobertas com mata atlntica. Pargrafo nico. O imposto predominante sobre a propriedade da terra nesta Macrozona ser definido pelo Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria - INCRA, excetuando-se partes do Setor de Desenvolvimento Compatvel e do Setor de Ocupao Dirigida, onde incidir o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU. Art. 50. A Macrozona de Proteo Ambiental subdivide-se em: I - Setor de Preservao Ambiental; II - Setor de Proteo da Orla; III - Setor de Recuperao Ambiental; IV - Setor de Desenvolvimento Compatvel; V - Setor de Ocupao Dirigida. Art. 51. permitido aos proprietrios de lotes em loteamentos aprovados e averbados em reas situadas na Macrozona de Proteo Ambiental, nos setores de Preservao Ambiental, de Ocupao Dirigida, de Desenvolvimento Compatvel e de Recuperao Ambiental e que no estejam ocupados, a transferncia de potencial construtivo para outras reas situadas na Macrozona Urbana, como mecanismo de compensao, nos termos desta lei. Art. 52. As definies sobre a forma de ocupao e de preservao, bem como o monitoramento sobre a Macrozona de Proteo Ambiental, sero acompanhadas de parecer da autoridade competente de proteo do meio ambiente, sendo exigido ainda o cumprimento das seguintes obrigaes para a implantao de novos empreendimentos nesta Macrozona ou a expanso dos existentes: I - solicitar e obter autorizao prvia da Secretaria de Planeja- 6. 6Dirio Oficial GUARUJsexta-feira27 de dezembro de 2013mento e Gesto, da Secretaria de Infraestrutura e Obras e da Secretaria do Meio Ambiente ou rgos municipais equivalentes que os sucedam; II obter aprovao do CMDUH Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental e do CONDEMA Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente; III - obter licena ambiental emitida pelo rgo competente; IV - adotar medidas compensatrias voltadas preservao ambiental, observada a legislao vigente. SUBSEO I DO SETOR DE PRESERVAO AMBIENTAL Art. 53. O Setor de Preservao Ambiental composto pelas reas de alta restrio ocupao devido s caractersticas geomorfolgicas, topogrficas e/ou por apresentarem aspectos geolgicos, biolgicos, hidrolgicos ou paisagsticos de interesse ambiental, estando delimitado no Anexo 1 - Mapa 2. Art. 54. So objetivos no Setor de Preservao Ambiental: I - garantir a preservao dos recursos naturais e da paisagem; II - garantir a manuteno da qualidade do ar, das guas e do solo; III - dar sustentabilidade ao ecoturismo, preservao do patrimnio histrico e paisagstico e pesca artesanal; IV - controlar a ocupao e impedir atividades que comprometam a conservao dos ecossistemas; V - incentivar a criao de reservas pblicas e privadas e atividades compatveis com a conservao dos recursos naturais, incluindo aes ou medidas de compensao ambiental de empreendimentos. VI permitir as atividades de agricultura, avicultura, pecuria e pesca, em reas j ocupadas com essas atividades. Art. 55. O Setor de Preservao Ambiental se estende por serras, morros isolados e manguezais e inclui trechos contguos de florestas de restinga preservadas, devendo ser observada a legislao florestal vigente no tocante a reas protegidas. SUBSEO II DO SETOR DE PROTEO DA ORLA Art. 56. O Setor de Proteo da Orla definido para toda a orla do Municpio, considerando-se as seguintes definies: I - Praia - rea coberta e descoberta periodicamente pelas guas, acrescida da faixa subseqente de material detrtico, tal como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, at o limite onde se inicie a vegetao natural, ou, em sua ausncia, onde comece outro ecossistema; II - Costo - trecho de encosta que penetra em direo ao oceano, terminando abruptamente em forma de escarpa. III - Manguezal - ecossistema costeiro, de transio entre os ambientes terrestre e aqutico onde h encontro de guas de rios com a do mar, que est sujeito ao regime das mars, sendo dominado por espcies vegetais tpicas, s quais se associam outros componentes vegetais e animais, instalados em substratos de vasa de formao recente, de pequena declividade. IV - Margens do esturio - sem vegetao de mangue, com ou sem ocupao humana. Pargrafo nico. A delimitao do Setor de Proteo da Orla dever abranger, no mnimo, os terrenos de marinha, correspondentes faixa de33 (trinta e trs) metros a contar da linha de preamar mdia do ano de 1831, assim como os acrescidos de marinha. Art. 57. So objetivos no Setor de Proteo da Orla: I - garantir o uso compatvel com as caractersticas ambientais de cada elemento considerado; II - garantir a conservao dos recursos costeiros; III - garantir a conservao ou preservao dos elementos de paisagem natural; IV - garantir a balneabilidade das praias por meio de medidas adequadas de saneamento e drenagem; V - promover a utilizao adequada para o turismo, o lazer e as atividades nuticas e porturias. Art. 58. Para fins de gerenciamento do uso e ocupao deste Setor, as praias, costes, manguezais e demais margens do esturio esto classificados em Zonas em funo de suas caractersticas e grau de restrio de uso decrescente estabelecidas pelo Zoneamento Ecolgico Econmico do Gerenciamento Costeiroem nvel federal e estadual. SUBSEO III DO SETOR DE RECUPERAO AMBIENTAL Art. 59. O Setor de Recuperao Ambiental caracteriza-se pela existncia de ocupaes desordenadas e ambientalmente inadequadas, possuindo elevada densidade populacional e deficincia de equipamentos pblicos e infra-estrutura urbana bsica, bem como reas degradadas por desmatamentos, pela extrao mineral ou disposio de resduos slidos ou materiais de dragagem, com polgonos delimitados no Anexo 1 Mapa2 . Art. 60. So objetivos no Setor de Recuperao Ambiental: I - a reabilitao ambiental de reas impactadas pela urbanizao ou por outras atividades que tenham provocado a supresso da cobertura vegetal; II - a diminuio das reas habitacionais de risco; III - a recuperao da paisagem; IV - a recuperao e a proteo dos recursos naturais de forma compatvel com o uso estabelecido. SUBSEO IV DO SETOR DE DESENVOLVIMENTO COMPATVEL Art. 61. O Setor de Desenvolvimento Compatvel caracteriza-se por apresentar baixa ocupao antrpica, ecossistemas e paisagem pouco alterados e potencial para novas atividades urbanas e/ou econmicas compatveis com a conservao da paisagem e dos recursos naturais, com polgonos delimitados no Anexo 1 - Mapa 2. Art. 62. So objetivos no Setor de Desenvolvimento Compatvel: I - permitir a ocupao urbana e/ou atividades econmicas compatveis com a conservao dos recursos naturais e da paisagem; II - promover a manuteno da qualidade ambiental; III - incentivar a criao de Reservas Particulares do Patrimnio Naturais - RPPNs e outras formas de preservao de reas naturais. SUBSEO V DO SETOR DE OCUPAO DIRIGIDA Art. 63. O Setor de Ocupao Dirigida caracteriza-se por apresentar atividades em reas j ocupadas ou antropizadas em ambientes de interesse de preservao da paisagem e dos ecossistemas naturais e com potencial de uso misto, predominantemente pelas atividades turstica e habitacional, com polgonos delimitados no Anexo 1 - Mapa 2, com os seguintes objetivos: I Compatibilizar a ocupao existente ou novas ocupaes com as necessidades de ocupao da paisagem e dos recursos naturais; II Qualificar urbanisticamente as atividades e assentamentos existentes; III Promover a manuteno ou recuperao da qualidade ambiental; IV Promover a melhoria paisagstica. Pargrafo nico. As glebas existentes no interior destes permetros, ainda no loteadas, tero uso sujeito a licenciamento ambiental. SUBSEO VI DO SETOR RURAL Art. 64. O Setor Rural caracteriza-se por abrigar atividades Rurais, compreendendo agricultura, pecuria e aquicultura. CAPTULO II DOS DISTRITOS REGIES E BAIRROS Art. 65. O territrio do Municpio dividido em dois Distritos, conforme estabelece a lei estadual 8.092 de 28 de fevereiro de 1964: I - Distrito Sede de Guaruj; II - Distrito de Vicente de Carvalho. 1 - O Distrito Sede de Guaruj est dividido em duas Regies: Regio I e Regio III. 2 - O Distrito de Vicente de Carvalho est dividido em duas Regies: Regio II e Regio IV. Art. 66. So os seguintes os bairros oficiais do Municpio de Guaruj, distribudos nas 4 (quatro) regies: I - Regio I: Pitangueiras, Astrias, Tombo, Guaiba, Santa Cruz dos Navegantes, Barra Grande, Marinas, Vila Ligia, Santa Maria, Santa Rosa, Las Palmas, Helena Maria, Santo Antonio e Cachoeira; II - Regio II: Itapema, Bocaina, Parque Esturio, Paecar, JardimProgresso, Vila urea, Boa Esperana, Conceiozinha e Porto de Guaruj; III - Regio III: Enseada, Cidade Atlntica, Virgnia, Pedreira, Pennsula, Mar e Cu, Pernambuco, Acapulco, Santo Amaro, Perequ e Guarar; IV - Regio IV: Morrinhos, Vila Zilda, Retroporto, Vargem Grande e Saco do Funil. Pargrafo nico. A delimitao dos Distritos, Regies e Bairros est indicada no Anexo 1 - Mapa 3. CAPTULO III DAS MICRO-REGIES Art. 67. Micro-regies so conjuntos de vias e quadras onde sero admitidos tratamentos diferenciados, s expensas dos contribuintes diretamente envolvidos, com relao aos servios pblicos e ao uso do solo, salvaguardadas as atribuies legalmente atribudas ao Poder Pblico fixadas nesta Lei Complementar e na legislao vigente. Art. 68. Ser permitida a criao de micro-regies na Macrozona Urbana e nos Setores de Desenvolvimento Compatvel e de Ocupao Dirigida da Macrozona de Proteo Ambiental. Art. 69. Sero prerrogativas das micro-regies: I - controle do acesso, em conformidade com o que for estabelecido no decreto de criao de cada micro-regio, sendo impedido o fechamento absoluto de reas pblicas para qualquer cidado; II - definio do zoneamento e do uso do solo em seu permetro, restrito s vias locais, conforme definido nesta Lei Complementar. Art. 70. Sero obrigaes mnimas a serem cumpridas nas micro-regies: I - coleta e disposio final de lixo no domiciliar produzido em seu permetro; II - manuteno de vegetao e paisagismo urbano em seu permetro; III - servios de segurana patrimonial no interior de seu permetro. Pargrafo nico. Entende-se por lixo no domiciliar, aquele proveniente de reas coletivas. Art. 71. As micro-regies que j tenham sido aprovadas por decreto municipal na publicao desta Lei Complementar tero 12 (doze) meses para se adaptar s novas condies previstas neste captulo para manterem essa condio. Art. 72. Os projetos para a criao de novas micro-regies sero aprovados pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH e oficializados por meio de Decreto do Executivo Municipal. Art. 73. As micro-regies tm personalidade jurdica prpria, podendo definir o funcionamento e a estruturao de acordo com estatuto prprio, aprovado no mnimo por trs quartos de seus participantes, alm de um plano de ao para a sua delimitao, implantao e funcionamento. TTULO V DAS ZONAS ESPECIAIS Art. 74. As Zonas Especiais compreendem a reas do territrio que exigem tratamento especial na definio de parmetros reguladores de usos e ocupao do solo, sobrepondo-se ao zoneamento e sendo classificadas em: I - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS; II - Zonas Especiais de Interesse Pblico - ZEIP; III - Zonas Especiais de Interesse Turstico - ZEIT; IV - Zonas Especiais de Proteo do Patrimnio - ZEIPAT; 1 - Todos os empreendimentos propostos para as zonas especiais referidas neste artigo devero realizar o Estudo de Impacto de Vizinhana - EIV. 2 - Os empreendimentos localizados na Macrozona de Proteo Ambiental tambm devero ser submetidos ao licenciamento ambiental. 3 - Os parmetros urbansticos sero definidos pelas leis municipais que regulamentaro cada uma das classes nomeadas nos incisos I a IV, conforme proposio aprovada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH. 4 - As leis referidas no pargrafo anterior devero estabelecer diretrizes para compatibilizao entre diferentes classes de zonas especiais, na hiptese de sobreposio das mesmas. 7. Dirio Oficial GUARUJ Art. 75. Outras reas do territrio podero ser definidas como Zonas Especiais por meio de legislao especfica. CAPTULO I DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL Art. 76. As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS so reas do territrio municipal com normas prprias de uso e ocupao do solo, destinadas primordialmente produo, manuteno e sustentabilidade de habitao de interesse social e esto indicadas no Anexo 1, Mapa 9. Art. 77. As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS subdividem-se nas seguintes categorias: I - Zonas Especiais de Interesse Social 1 - ZEIS-1: reas pblicas ou privadas ocupadas espontaneamente, parcelamentos ou loteamentos irregulares, habitados por populao de baixa renda familiar, onde exista interesse em se promover a regularizao jurdica da posse, a legalizao do parcelamento do solo e sua integrao estrutura urbana; II - Zonas Especiais de Interesse Social 2 - ZEIS-2: reas pblicas ou privadas no edificadas ou no utilizadas ou subutilizadas que, por sua localizao e caractersticas, sejam de interesse para a implantao de programas habitacionais de interesse social. CAPTULO II DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE PBLICO Art. 78. As Zonas Especiais de Interesse Pblico - ZEIP so reas do territrio municipal com normas prprias de uso e ocupao do solo, destinadas primordialmente implantao de projetos estratgicos de grande impacto no desenvolvimento urbano e econmico do Municpio, incluindo-se equipamentos pblicos, privados ou em regime de parceria pblico-privada, com parmetros de uso e ocupao do solo diferenciados. Art. 79. As Zonas Especiais de Interesse Pblico delimitadas neste Plano constam do Anexo 1 - Mapa 5 e so as seguintes: I - a rea do Retroporto, localizado a leste da Via Cnego Domenico Rangoni; II - as reas do CING - Complexo Industrial e Naval de Guaruj e seu entorno; III - a Zona Aeroporturia e Porturia; IV - o prologamento da Avenida D. Pedro I, no sentido da Enseada para Perequ, at a Rodovia Ariovaldo de Almeida Viana; V - a ligao da Avenida D. Pedro I at a Avenida Marjory Prado pela Avenida do Bosque; VI - a faixa de transmisso de energia da Companhia Docas do Estado de So Paulo - CODESP, localizada em Vicente de Carvalho, entre as Ruas Mato Grosso e Guilherme Guinle e a Prainha, com vistas ligao seca com a Ilha de So Vicente; VII - o sistema virio de transporte de cargas; VIII - a regio da praia e do parque do Perequ; IX - rea entre o morro do Stio Morrinhos e a Rodovia Cnego Domenico Rangoni, beira do canal da Bertioga. Art. 80. Os projetos para o aproveitamento, expanso, ampliao, implantao e funcionamento nas zonas especiais tratadas neste Captulo devero ser objeto de lei especfica. Pargrafo nico. Para o cumprimento do que dispe o caput, o Projeto de Lei dever conter parecer do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional CMDUH. CAPTULO III DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE TURSTICO Art. 81. As Zonas Especiais de Interesse Turstico so reas destinadas dinamizao da atividade turstica do Municpio, nas quais, desde que respeitadas as limitaes legais, podero ser implantados equipamentos pblicos, privados ou em regime de parceria pblico-privada, com parmetros de uso e ocupao do solo diferenciados. Pargrafo nico. Estas reas esto delimitadas no Anexo 1 - Mapas 5, compreendendo Ponta das Galhetas; rea de preservao permanente do Rio Santo Amaro; Reserva do Saco do Funil; Anfiteatro da Pedreira, no bairro da Enseada, no sop da serra do Santo Amaro; Ilha do Mar Casado; Morro do Pernambuco; Praia e Parque do Perequ; Morro da Armao das Baleias; Forte do Itapema e seu entorno ao longo do Esturio, desde a Estao das Barcas de Itapema at a Base Area, o Aeroporto Metropolitano, a faixa entre o canal de Bertioga e a cota 20, ao longo da Rodovia Guaruj - Bertioga (SP - 55), mirantes localizados nos morros nasexta-feira27 de dezembro de 2013Ponta das Galhetas, Morro da Campina e Morro Grande de Santo Amaro e vias beira mar nas praias do Guaiba, Tombo, Guaruj (Astrias), Pitangueiras, Enseada, Penambuco e Perequ. Art. 82. Outras regies podero receber a classificao de Zonas Especiais de Atividade Turstica, sendo necessria a sua aprovao pelo Conselho Municipal de Turismo e pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH. Art. 83. Os projetos para aproveitamento dessas zonas devero ser aprovados pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH e os respectivos planos de ao para a sua implantao devero ser aprovados por Decreto Municipal. CAPTULO IV DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE DO PATRIMNIO Art. 84. As Zonas Especiais de Interesse do Patrimnio - ZEIPAT so reas formadas por stios, runas e conjuntos de relevante expresso arquitetnica, histrica, cultural e paisagstica, cuja manuteno seja necessria preservao do patrimnio cultural do Municpio. Art. 85. As Zonas Especiais de Interesse do Patrimnio - ZEIPAT esto delimitadas no Anexo 1 - Mapa 5, compreendendo: o conjunto da Fortaleza da Barra Grande; a Capela de Santo Amaro e Fortim da Praia do Ges; o conjunto da armao das Baleias, as Runas da Capela de Santo Antnio do Guaib; as Runas da Fortaleza So Felipe; o Forte Vera Cruz do Itapema; o Instituto Santa Emlia e as reas de preservao natural tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimnio Histrico, Artstico, Arqueolgico e Turstico do Estado de So Paulo - CONDEPHAAT nos morros do Botelho, Monduba, do Pinto, do Icanhema, e na Serra do Guarar. Art. 86. Outros stios ou regies podero requerer a classificao de Zonas Especiais de Interesse do Patrimnio, devendo para tanto ser aprovados como tais pelo Conselho Municipal de Cultura e pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH. CAPTULO V DOS PROJETOS ESTRATGICOS Art. 87. Os projetos estratgicos municipais consistem em aes e propostas prioritrias de interveno no espao geogrfico municipal, urbano ou de preservao ambiental, destinados melhoria da qualidade de vida por meio da recuperao, reestruturao, requalificao e melhoria de reas degradadas do Municpio, bem como destinados ao desenvolvimento econmico equilibrado. 1 - Os projetos estratgicos municipais esto includos nas Zonas Especiais de Interesse Pblico - ZEIP; Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, Zonas Especiais de Interesse Turstico ZEIT, Zonas Porturia/Industrial - ZPI, Retroporturia/Industrial - ZRI e Aeroporturia/Porturia - ZAP e nas ampliaes dos sistemas virio e de drenagem. 2 - O Poder Pblico Municipal poder incluir, alterar ou excluir os projetos estratgicos relacionados neste captulo de acordo com os critrios estabelecidos pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH. 3 - O poder pblico municipal somente poder alterar, incluir ou substituir os projetos estratgicos relacionados nesse captulo mediante aprovao do plenrio da Cmara Municipal. TTULO VI DA OCUPAO, DO USO E DO PARCELAMENTO DO SOLO NA MACROZONA URBANA CAPTULO I DA OCUPAO DO SOLO NA MACROZONA URBANA Art. 88. So parmetros urbansticos reguladores da ocupao do solo: I - taxa de ocupao (TO); II - coeficiente de aproveitamento (CA); III - altura das edificaes (h); IV - recuos; V - taxa de permeabilidade do solo. Art. 89. A taxa de ocupao do lote (TO) a relao mxima entre a projeo horizontal das reas edificadas (PE) e a rea do terreno ou lote (AT), estabelecida pela seguinte frmula: TO = PE/AT.7Art. 90. O coeficiente de aproveitamento do lote (CA) a relao entre a soma das reas computveis de todos os pavimentos da edificao (AC) e a rea do terreno ou lote (AT), estabelecida pela seguinte frmula: CA = AC/AT, no sendo computveis as reas de garagens, reas comuns, circulaes horizontais e verticais, caixas dgua, barrilete, casas de mquinas de elevadores e a rea em balano das varandas. 1 - O coeficiente de aproveitamento (CA) se subdivide em trs parmetros: I - O coeficiente de aproveitamento mnimo, indica o valor abaixo do qual o lote passa a ser considerado desocupado ou subutilizado, podendo ser objeto de utilizao compulsria; II - O coeficiente de aproveitamento bsico, o maior coeficiente de aproveitamento que o proprietrio pode utilizar sem nus; III - O coeficiente de aproveitamento mximo, o maior coeficiente de aproveitamento que o proprietrio pode utilizar, adquirindo a diferena de potencial construtivo em relao ao coeficiente de aproveitamento bsico, atravs de outorga onerosa pelo Poder Pblico ou de transferncia de outros imveis. 2 - O coeficiente de aproveitamento mximo somente pode ser outorgado nas quadras com frente para vias estruturais e coletoras. Art. 91. A altura das edificaes (h) a dimenso vertical mxima em metros entre o nvel do piso do pavimento trreo e o ponto mais alto da edificao, excluindo caixas de gua, casas de mquinas de elevadores e antenas. Art. 92. Os recuos so definidos pela distncia mnima da construo s divisas do lote. 1 - Ser permitida a construo de varandas abertas em balano, nos recuos acima de 3 metros, acima do embasamento, com profundidade mxima de (um quarto) do recuo em at 25% das fachadas laterais e de fundos e em 50% da fachada frontal. 2 - Nas edificaes ser permitida a construo de salincias ou balano de reas fechadas acima do pavimento trreo, sobre o recuo frontal obrigatrio, em at 50 % da fachada com profundidade que somada de varandas abertas no dever ocupar mais de do recuo frontal. 3 - A projeo dos beirais da cobertura no deve ultrapassar 1,20 metros sobre os recuos mnimos, garantindo-se que as guas pluviais no se projetem sobre os lotes vizinhos. Art. 93. Os parmetros e os incentivos adoo de taxa de permeabilidade do solo, para os imveis construdos, sero definidos no Cdigo de Edificaes. Art. 94. Os parmetros urbansticos de ocupao do solo para a Macrozona Urbana so aqueles definidos no Anexo 3 - Zoneamento de Ocupao e a distribuio da Zonas de Ocupao do Solo no territrio da Municpio encontra-se descrita no Anexo 1, Mapa 4. 1 - O Anexo 3 estabelece os parmetros de ocupao nas diferentes Zonas, indicando a Taxa de Ocupao Mxima (TO), os Coeficientes de Aproveitamento (CA) Mnimo, Bsico e Mximo, o Gabarito Mximo e os Recuos Mnimos. 2 - Os parmetros de ocupao nas reas tombadas e em seus entornos, so estabelecidos em Resolues do Conselho de Defesa do Patrimnio Histrico, Arqueolgico, Artstico e Turstico do Estado de So Paulo. 3 - O Anexo 3b estabelece os recuos mnimos das edificaes em relao s divisas dos lotes, conforme as diferentes formas de lotes, altura das edificaes e vias em que se localizam. Art. 95. Excluem-se de regras definidas neste Ttulo as Zonas de Especial Interesse Pblico, Interesse Social, Interesse do Patrimnio e Interesse Turstico, que devero ter legislaes municipais prprias para sua ocupao, aproveitamento e uso de solo. SEO I DAS ZONAS DE ALTA DENSIDADE Art. 96. As Zonas de Alta Densidade so caracterizadas pelo alto ndice de aproveitamento do solo, com coeficiente de aproveitamento (CA) mnimo de 0,1 (um dcimo), bsico de 4 (quatro) e mximo de 5 (cinco) e localizadas nos bairros de Pitangueiras e parte de Astrias, na Macrozona Urbana. Art. 97. A altura mxima das edificaes nas zonas de alta densidade de 75 (setenta e cinco) metros de altura, o recuo 8. 8Dirio Oficial GUARUJsexta-feira27 de dezembro de 2013frontal de 5 (cinco) metros e o de fundos de 4 (quatro) metros, observando-se os recuos laterais de acordo com os seguintes critrios: I - em edificaes com altura at 8 (oito) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros; II - em edificaes de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros + (h - 8 metros)/2; III - em edificaes com altura entre 11 m (onze metros) e 75 m (setenta e cinco metros), recuos laterais de 3 m (trs metros) mais h/20 (altura do edifcio dividida por vinte). Pargrafo nico. Em edificaes com altura superior a 11m (onze metros), poder ocorrer embasamento como volume destacado da torre, com altura de at 11 m (onze metros) e recuos obedecendo ao inciso II deste artigo. Art. 98. Nas Zonas de Alta Densidade, a taxa de ocupao (TO) mxima ser de 0,6 (seis dcimos) da rea dos respectivos lotes. Art. 99. As unidades residenciais na Zona de Alta Densidade devero dispor de 2 (duas) vagas de garagem, no mnimo. SEO II DAS ZONAS DE MDIA DENSIDADE Art. 100. As Zonas de Mdia Densidade, esto situadas na Macrozona Urbana, nas reas afastadas do Centro de Guaruj, das praias e dos morros e so caracterizadas pelo coeficiente de aproveitamento (CA) mnimo de 0,1 (um dcimo), bsico de 2,5 (dois e meio) e mximo equivalente a 3 (trs). Pargrafo nico. Podero ser criadas Zonas de Mdia Densidade nos setores de Desenvolvimento Compatvel da Macrozona de Proteo Ambiental, desde que licenciadas nos rgos de proteo ambiental. Art. 101. A altura mxima das edificaes nas Zonas de Mdia Densidade I de 60 (sessenta) metros de altura e nas Zonas de Mdia Densidade II de 30 metros, com recuo frontal de 5 (cinco) metros, de fundos de 4 (quatro) metros e recuos laterais de acordo com os seguintes critrios: I - em edificaes com altura at 8 (oito) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros; II - em edificaes de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros + (h - 8 metros)/2; III - em edificaes com altura entre 11 m (onze metros) e 60 m (sessenta metros), recuos laterais de 3 m (trs metros) mais h/20 (altura do edifcio dividida por vinte). Pargrafo nico. Em edificaes com altura acima de 11m (onze metros) o embasamento com altura de at 11 m (onze metros) poder formar volume destacado com recuos obedecendo ao inciso II deste artigo. Art. 102. Nas Zonas de Mdia Densidade, a taxa de ocupao (TO) mxima ser de 0,6 (seis dcimos) da rea dos respectivos lotes. Art. 103. Nas Zonas de Mdia Densidade I as unidades residenciais unifamiliares e multifamiliares com at 50 m (cinqenta metros quadrados) de rea til, devero dispor de no mnimo uma vaga de garagem, e com mais de 50 m de rea til, devero dispor de pelo menos 2 (duas) vagas de garagem. Art. 104. Nas Zonas de Mdia Densidade II as unidades residenciais unifamiliares e multifamiliares devero dispor de 1 (uma) vaga de garagem, no mnimo. SEO III DAS ZONAS DE BAIXA DENSIDADE Art. 105. As Zonas de Baixa Densidade constituem-se em reas especiais, seja por proteo ambiental, seja pela preservao da paisagem, quando prximas da orla martima, em loteamentos residenciais, pela proximidade do Aeroporto Metropolitano ou para manter baixo o custo dos lotes em reas residenciais de populao de baixa renda. Pargrafo nico. Podero ser criadas Zonas de Baixa Densidade nos setores de Ocupao Dirigida e Desenvolvimento Compatvel da Macrozona de Proteo Ambiental, desde que licenciados nos rgos de proteo ambiental. Art. 106. As Zonas de Baixa Densidade permitem coeficiente de aproveitamento (CA) mnimo de 0,1 (um dcimo), bsico de 1 (um) e mximo de 1,2 (um e dois dcimos), gabarito mximo de 11 (onze) metros, recuo frontal de 5 m (cinco metros) e recuos laterais e de fundos de acordo com os seguintes critrios, indi-cados no Anexo 3a: I - em edificaes com altura at 8 (oito) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros; II - em edificaes de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros + (h - 8 metros)/2; 1 - Para terrenos em desnvel, a altura da edificao ser definida a partir do nvel do piso do pavimento trreo, acompanhando o perfil natural do terreno conforme demonstrado no Anexo 3b. 2 - Nos lotes das zonas de baixa densidade inseridos nas zonas mistas tursticas podero ser construdos motis e condohoteis com altura mxima de 12,5m (doze virgula cinco metros). Art. 107. Nas Zonas de Baixa Densidade, a taxa de ocupao (TO) mxima ser de 0,6 (seis dcimos) da rea dos respectivos lotes. Art. 108. Nas Zonas de Baixa Densidade as unidades residenciais unifamiliares e multifamiliares, devero dispor de no mnimo uma vaga de garagem. CAPTULO II DO USO DO SOLO NA MACROZONA URBANA Art. 109. Na Macrozona Urbana encontram-se as seguintes zonas de uso do solo: I Guaruj: a) Zonas Residenciais; b) Zonas Mistas Tursticas; c) Zonas Mistas; d) Zona Industrial Naval e Pesqueira. II - Vicente de Carvalho: a) Zona Mistas; b) Zona Porturia e Industrial; c) Zona Retroporturia e Industrial; d) Zona Aeroporturia e Porturia. Art. 110. Os usos e atividades a se instalarem na Macrozona Urbana devem obedecer s condies estabelecidas neste Captulo, determinadas em funo: I - das caractersticas das zonas; II - dos objetivos do planejamento; III - de sua potencialidade como geradores de incomodidades, de impacto vizinhana e interferncia no trfego. Art. 111. Os usos permitidos no Municpio de Guaruj, classificados conforme o Cdigo Nacional de Atividades Econmicas CNAE do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE, constam do Anexo 4a, agrupados em categorias e subcategorias. Art. 112. Os usos no permitidos no Municpio de Guaruj classificados conforme o Cdigo Nacional de Atividades Econmicas CNAE, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE, constam do Anexo 4b. Art. 113. As categorias e subcategorias dos usos e atividades permitidas em cada Zona de Uso do Solo e em cada categoria de via (local, coletora ou estruturadora) esto indicadas no Anexo 4c. Art. 114. O licenciamento do uso residencial e das atividades econmicas de comrcio, servios e indstria devero obedecer distribuio nas Zonas de Uso do Solo estabelecidas no Anexo 1, Mapa 5 e s restries indicadas nas tabelas do Anexo 4. SEO I DOS USOS RESIDENCIAIS Art. 115. Os usos residenciais destinam-se habitao permanente, e podem correspondera uma habitao por lote (R1) ou a mais de uma habitao por lote, dispostas em agrupamentos horizontais (R2), agrupamentos verticais (R3) e apart-hotis (R4). Pargrafo nico. As categorias dos usos residenciais e as exigncias para sua implantao constam dos Anexos 4a e 4c. Art. 116. As residncias unifamiliares agrupadas horizontalmente ou verticalmente com mais de uma torre, com acesso interno pelo lote, devero atender s seguintes exigncias: I - as vias de acesso interno devero ter largura mnima de 9 metros, com leito carrovel de 6 metros de largura e passeios de 1,50 metros de largura; II - as vias com comprimento acima de cem metros, a partir do acesso, devero incluir balo de retorno com dimetro mnimo de 18 metros no leito carrovel;III - para efeito das fraes ideais do terreno, no sero computadas as reas doadas ao Municpio e as reservadas a comrcio fora do condomnio; IV - as vagas de garagem podem ser cobertas ou descobertas, integradas respectiva unidade residencial, ou localizadas externamente em estacionamento coletivo, sem cmputo para efeito de coeficiente de aproveitamento e taxa de ocupao; as vagas cobertas no podero estar dentro dos recuos mnimos exigidos. V - se a rea onde for instalado o agrupamento horizontal ou vertical com mais de uma torre, com acesso interno, no pertencer a loteamento aprovado (no caso de glebas) ser exigida doao de reas pblicas, fora da rea condominial, correspondentes a 5% (cinco por cento) da gleba para fins institucionais e de 10% (dez por cento) para o sistema de lazer; VI - obrigatria a implantao de sistema de tratamento do esgoto do condomnio, com instalaes de fossa sptica, filtro anaerbio e estao de tratamento dos efluentes, quando no existir rede coletora de esgoto na via pblica. SEO II DOS USOS COMERCIAIS, DE SERVIOS E INDUSTRIAIS Art. 117. Os usos comerciais so classificados conforme o porte das mercadorias oferecidas e o mercado atendido, a saber: comrcio varejista de mbito local (C1), comrcio varejista diversificado (C2) e comrcio atacadista (C3). Art. 118. Os usos referentes prestao de servios so classificados conforme o porte das atividades e o mercado atendido, a saber: servios de mbito local (S1), servios de apoio ao turismo (S2), servios diversificados especializados (S3), servios de mdio porte (S4), servios de transporte rodovirio (S6), servios nuticos (S), servios porturios (S8), servios ferrovirios (S9), servios de transportes especiais (S10), servios de transporte areo (S11) e servios de carga e descarga em geral (S12). Art. 119. Os uso industriais so classificados conforme o porte das atividades e o mercado atendido, a saber: indstrias de pequeno porte no incmodas (I1), indstrias diversificadas, (I2), indstrias de grande porte (I3), indstrias pesqueiras e navais (I4). Art. 120. So proibidas no Municpio de Guaruj as atividades que so nocivas ao patrimnio natural e cultural do Municpio em funo de sua extenso territorial, caractersticas geomorfolgicas, acervo de fauna e flora assim como pelo potencial dano ambiental. Art. 121. Nos loteamentos, j existentes, com clusulas mais restritivas em relao ao uso, sero adotadas as regras determinadas pelos mesmos, salvo em caso de anuncia expressa, aprovada em assemblia da entidade representativa, apresentada por escrito, com a respectiva ata de aprovao. Art. 122. Os usos permitidos ao longo das vias coletoras e estruturadoras podero ser permitidos na primeira quadra das vias transversais, a critrio do CMDUH com base em parecer tcnico favorvel. Art. 123. Atividade no prevista depender de anlise e aprovao do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional CMDUH e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente CONDEMA, quando comprovado que no geradora de incomodidades, de impacto vizinhana e interferncia no trfego. SEO III DAS ZONAS RESIDENCIAIS Art. 124. Consideram-se Zonas Residenciais aquelas situadas em Zonas de Baixa Densidade, destinadas moradia unifamiliar e multifamiliar, correspondente a uma ou mais habitaes permanentes por lote. 1 - As zonas residenciais correspondem aos loteamentos com clusulas restritivas em relao ao uso, previstas no registro de imveis desses parcelamentos, onde devem ser adotadas as regras determinadas pelos mesmos, salvo em casos de deciso judicial ou de anuncia expressa, aprovada com maioria qualificada de 2/3 (dois teros) dos proprietrios em assemblia da entidade representativa, apresentada por escrito, com a respectiva ata de aprovao. 2 - Nas zonas residenciais sero permitidos, alm de residn- 9. Dirio Oficial GUARUJ cias unifamiliares, outros usos de mbito local ou turstico previstos no registro dos loteamentos. Art. 125. So objetivos das Zonas Residenciais: I - ordenar a distribuio de usos preservando o uso residencial para populao fixa e flutuante; II - manter as caractersticas residenciais de alto padro em loteamentos criados com essa finalidade. SEO IV DAS ZONAS MISTAS Art. 126. Consideram-se Zonas Mistas aquelas situadas nas Zonas de Alta, Mdia e Baixa Densidades, que permitem atividades urbanas voltadas para habitao, comrcio, servios e uso institucional e de interesse turstico, alm de indstrias de pequeno porte, autorizadas conforme a categoria da via em que venham a se situar, compatveis com os critrios de incomodidade definidos nesta Lei Complementar. 1 - Em Guaruj ficam criadas as Zonas Mistas Tursticas em que os usos residenciais so complementados com atividades de comrcio e servios voltadas s atividades tursticas; 2 - Em Guaruj ficam criadas tambm Zonas Mistas que alm de abrigar os usos residenciais e urbanos em geral, compreendem aqueles que do suporte s atividades das Zonas Industriais Navais e Pesqueiras. 3 - Em Vicente de Carvalho ficam criadas Zonas Mistas que alm de abrigar usos residenciais e urbanos compreendem aqueles que do suporte s atividades das seguintes Zonas: Porturia e Industrial; Retroporturia e Industrial; Aeroporturia e Porturia. 4 - O zoneamento dos usos nas Zonas Mistas constam no Anexo 4c. Art. 127. So objetivos na Zona de Uso Misto: I - garantir as reas urbanas para o uso habitacional da populao fixa e flutuante; II - complementar a oferta dos servios essenciais populao; III - promover a diversificao de atividades comerciais e de servios; IV - promover a diversificao de usos na cidade; V - contribuir para a gerao de emprego e renda no Municpio; VI - preservar o ambiente urbano, restringindo as atividades incmodas. SEO V DA ZONA PORTURIA e INDUSTRIAL Art. 128. Considera-se Zona Porturia aquela restrita s atividades operacionais direta ou indiretamente ligadas ao porto, envolvendo atracao de navios e embarcaes, grande fluxo de mercadorias e veculos pesados de carga, incompatveis com a atividade habitacional, sendo admitido comrcio, servios e usos institucionais de apoio s referidas atividades. 1 - A Zona Porturia situa-se s margens do Esturio, devendo ter acesso direto, sem interferncia com as Zonas Residenciais e Zonas Mistas, Rodovia SP-55 Cnego Domenico Rangoni, Zona Retroporturia e s ligaes secas com as reas porturias da ilha de So Vicente. 2 - A implantao de novas instalaes porturias s margens do Esturio devem ser acompanhadas do respectivo Estudo de Impacto Ambiental - EIA e Relatrio de Impacto Ambiental RIMA, bem como do Relatrio de Impacto de Vizinhana - RIV, com atribuio das compensaes ambientais previstas na legislao pertinente, alm de compensaes sociais e urbansticas definidas pelo CONDEMA E CMDUH e obrigatoriamente devero passar pela aprovao da Cmara Municipal, conforme dispe o art. 80 desta Lei. 3 - O aproveitamento, uso e ocupao do solo desta zona porturia, bem como demais regramentos urbansticos e ambientais devero ser objeto de legislao municipal especfica, contendo a normatizao da atividade porturia no municpio. SEO VI DA ZONA RETROPORTURIA E INDUSTRIAL Art. 129. Na Zona Retroporturia e Industrial so permitidas atividades operacionais de apoio ao porto, como depsitos de mercadorias e contineres, parqueamento de veculos de carga e apoio aos caminhoneiros, indstrias no poluidoras e servios de grande porte, incompatveis com as reas habitacionais esexta-feira27 de dezembro de 2013geradores de incomodidade, alm de comrcio, servios e usos institucionais de apoio s referidas atividades, principalmente centros de pesquisa, desenvolvimento e ensino tecnolgico. 1 -