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1° sessão de exaltação da loja maçônica ricardo misson n° 334 glmmg

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Do operativo para o especulativo    O que acontece no coração dos maçons que descobriram o verdadeiro significado da Arte Real é comparável ao que se passava no espírito dos alquimistas que descobriam a pedra filosofal e dos modernos cientistas quando conseguem sintetizar, ou provar, em seus laboratórios, um princípio ativo ou uma lei natural. Ocorre neles uma transformação qualitativa de caráter e um desvelar de visões que lhe permitem ”ver” e sentir melhor o mundo em que vivem. Com isso lhes é possível perceber o conjunto no qual se circunscrevem e qual é sua posição relativa em face ao todo que ele representa. Melhor ainda, é possível perceber qual a sua exata configuração nesse todo e sua função num domínio que ele agora sabe, também se compõe em razão das suas atitudes.

   Quando o Irmão adquire essa visão de conjunto, lhe vem uma sensação de pertencialidade,[1] que ele nunca experimentara antes. Então ele descobre o verdadeiro significado da palavra Fraternidade.  E ai ele saberá por que está ali, e por que um dia ele quis ser um maçom.    Mas esse é um processo que se cumpre no coração e não na razão.   O triunfo da máquina sobre a mão do homem, na confecção de obras materiais, eliminou da cultura humana a tradição de sacralizar os ofícios. Perdido o elo que ligava a mente á matéria, o homem não soube mais como tirar dela verdadeira obra de criação. Se antes, pelo lavor das mãos, ele podia sentir-se um deus, no sentido de que também criava, agora, a criação ocorria apenas no domínio da mente, porquanto a execução se processava por meios mecânicos, sem aquela interação mente-matéria que possibilitava ao antigo artesão a realização espiritual através do trabalho. O resultado, que era antes era obra, no sentido sacro/artístico do termo, com a mecanização passou ser produto. Então passou-se do operativo para o especulativo.

O sentido metafísico da Arte Real

   Milênios passam, as civilizações desaparecem; o tempo tudo devora, as próprias obras confeccionadas pelo homem são consumidas; mas das construções humanas, as que  mais resistem são as habitações que ele faz para seus deuses e para seus próprios restos mortais. De todas as grandes civilizações do passado, o que resta são as ruínas de seus templos e de seus cemitérios. E são nessas edificações, erigidas para atender ao desejo de viver eternamente na memória dos homens, que transparece o sentido metafísico da Arte Real, já que nelas o que se imprime é uma imagem vinculada á idéia de imortalidade, só atribuída aos deuses e ao espírito do homem.   Com efeito, pouco resta dos grandes palácios erguidos para o conforto dos potentados humanos, e das casas onde residiram os seus construtores. Mas as ruínas dos grandes templos da antiguidade e as majestosas tumbas erigidas para o sepultamento dos seus restos mortais ainda testemunham a magnitude da inteligência dos maçons daqueles tempos.    As primeiras formas de construção produzidas pelos grupos humanos foram as palafitas, casas de madeira erguidas nas margens dos rios. Em seguida foram empregadas as pedras, primeiro em sua forma bruta, depois as trabalhadas. A edificação com pedras brutas marcou o inicio da estabilidade do homem sobre a terra, pois representou o despertar do seu sentimento gregário, sentimento esse marcado pela sua fixação a um meio ambiente. Já a construção com pedras trabalhadas lhe deu uma identificação no meio daquele ambiente, pois a partir daquele momento o mundo ficara impregnado de algo que ele criara pelo lavor das próprias mãos.   A pedra sempre foi para o homem um objeto de estranhas propriedades. Nela ele podia sentir um grande poder de resistência, durabilidade e maleabilidade, pois ela, além de poder assumir todas as formas fabricadas pela natureza, também parecia ser perene e resistir a todas as intempéries. Trabalhá-la, dando-lhe formas úteis e agradáveis á vista tornou-se um ritual onde a mente associava-se á matéria para criar o universo real. Nas pedras se cultuavam os deuses, nelas eram escritos seus mandamentos; nelas também se eternizava a memória dos entes queridos e a beleza das formas do gênero humano; com elas também se faziam as muralhas que serviam de defesa para as cidades e algumas espécies de pedras faziam a riqueza de muitos homens.

Pedra bruta, pedra talhada, pedra lavrada

   O culto á pedra sempre esteve presente nas tradições dos povos desde o inicio dos tempos. Nada estranho, portanto, que ela tenha sido escolhida para simbolizar a metafísica fundamental da prática maçônica. O Aprendiz, por um trabalho de conscientização interior, transforma-se numa pedra lavrada. Desbastado de suas asperezas, aparecerá como uma obra de lavor que estará em condições de integrar-se ao edifício universal que é a Maçonaria, aquela Maçonaria, que segundo Ransay, “ é uma grande Republica, da qual cada Nação é uma família e cada individuo, um filho”. [2]   Da mesma forma que o Aprendiz é essa pedra bruta que precisa ser lavrada para adquirir a personalidade desejada, o Companheiro é a pedra cúbica. Ele representa o material que foi trabalhado e transformado pela iniciação nos Mistérios Maçônicos. Simboliza, na evolução da sociedade humana, uma segunda fase de transição, quando ela passa da mera aglomeração de indivíduos por razões de sobrevivência, para uma organização social que já pode ostentar as primeiras conquistas de um processo civilizatório. Esse processo está registrado na história humana através da construção de edifícios com materiais já mais elaborados, como a pedra lavrada e os tijolos queimados.[3]    A pedra, sendo um produto em que a natureza concentra um grande potencial de forças telúricas, é o que mais se presta ao trabalho de arte sacra. Por isso é que a ela se associa, geralmente, um ritual, uma prática de sentido esotérico. Assim faziam, por exemplo, os antigos cortadores de pedra medievais, que no decurso de seus trabalhos diários, recitavam preces e executavam batidas rituais com seus instrumentos de trabalho, para atrair os bons influxos para o individuo e para a comunidade. Para muitos místicos, a pedra é um ser vivo, cheio de energia, a energia que eles chamam lapitus. Essa energia estaria na origem da vida, já que, segundo eles, a vida orgânica teria se originado a partir das transformações sofridas pela matéria bruta. Daí o imenso simbolismo contido nas diversas espécies de pedras. O mármore, como representativo da morte, o granito como símbolo da força, nas pedras dos rios a idéia de evolução, no quartzo e nos cristais a inspiração artística e o êxtase divino, etc.   Não é sem razão também que os alquimistas simbolizavam numa pedra a essência da sua “Obra”. A pedra filosofal era um preparado químico que conteria a alma da natureza, capaz de transmutar metais simples em ouro. De alguma forma, também a mística oriental se vale do simbolismo da pedra para representar a busca da quietude, do equilíbrio e da serenidade, que está na postura do iogue “petrificado”.

    Um dos mais marcantes exemplos de trabalho na pedra nos foi dado por Antônio Francisco de Lisboa, o Aleijadinho, o maior escultor brasileiro do período colonial. Suas estátuas, suas figuras de pedra sabão, que enfeitam as igrejas mineiras, mostram bem a excelência do maçom operativo que atingiu a plenitude espiritual através da técnica operativa. No trabalho daquele genial artista é possível “ler” a mensagem maçônica que ele deixou expressa nos gestos, nas feições, na forma, na posição das estátuas e nas medidas com que a sua obra foi composta.      J. Palou, citando P.Sébillot (Légendes et Curiosités dês Métiers) diz que “ é interessante observar que “machados de pedra polida (são) colocados debaixo das fundações em várias regiões da França” (...) mormente quando se sabe que na maçonaria a pedra cúbica em ponta, que representa o companheiro, é muitas vezes feita na forma de um machado, sendo este instrumento próprio da Maçonaria Florestal, simbolizando o fogo purificador e sendo um dos atributos de São João, sob cujo patrocínio são colocadas as Lojas maçônicas” [4]   Esse é um bom exemplo da mística da pedra, e sua implicação no simbolismo da Maçonaria. Tudo começa na pedra, como na natureza. A partir daí há um longo trabalho iniciático que envolve iniciação, preparação, aperfeiçoamento e acabamento.   Assim, é preciso não perder de vista esse processo, se quisermos, realmente, entender o simbolismo da Arte Real.

 Por João Anatalino

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O sentido metafísico da Arte Real

   Milênios passam, as civilizações desaparecem; o tempo tudo devora, as próprias obras confeccionadas pelo homem são consumidas; mas das construções humanas, as que  mais resistem são as habitações que ele faz para seus deuses e para seus próprios restos mortais. De todas as grandes civilizações do passado, o que resta são as ruínas de seus templos e de seus cemitérios. E são nessas edificações, erigidas para atender ao desejo de viver eternamente na memória dos homens, que transparece o sentido metafísico da Arte Real, já que nelas o que se imprime é uma imagem vinculada á idéia de imortalidade, só atribuída aos deuses e ao espírito do homem.   Com efeito, pouco resta dos grandes palácios erguidos para o conforto dos potentados humanos, e das casas onde residiram os seus construtores. Mas as ruínas dos grandes templos da antiguidade e as majestosas tumbas erigidas para o sepultamento dos seus restos mortais ainda testemunham a magnitude da inteligência dos maçons daqueles tempos.    As primeiras formas de construção produzidas pelos grupos humanos foram as palafitas, casas de madeira erguidas nas margens dos rios. Em seguida foram empregadas as pedras, primeiro em sua forma bruta, depois as trabalhadas. A edificação com pedras brutas marcou o inicio da estabilidade do homem sobre a terra, pois representou o despertar do seu sentimento gregário, sentimento esse marcado pela sua fixação a um meio ambiente. Já a construção com pedras trabalhadas lhe deu uma identificação no meio daquele ambiente, pois a partir daquele momento o mundo ficara impregnado de algo que ele criara pelo lavor das próprias mãos.   A pedra sempre foi para o homem um objeto de estranhas propriedades. Nela ele podia sentir um grande poder de resistência, durabilidade e maleabilidade, pois ela, além de poder assumir todas as formas fabricadas pela natureza, também parecia ser perene e resistir a todas as intempéries. Trabalhá-la, dando-lhe formas úteis e agradáveis á vista tornou-se um ritual onde a mente associava-se á matéria para criar o universo real. Nas pedras se cultuavam os deuses, nelas eram escritos seus mandamentos; nelas também se eternizava a memória dos entes queridos e a beleza das formas do gênero humano; com elas também se faziam as muralhas que serviam de defesa para as cidades e algumas espécies de pedras faziam a riqueza de muitos homens.

Pedra bruta, pedra talhada, pedra lavrada

   O culto á pedra sempre esteve presente nas tradições dos povos desde o inicio dos tempos. Nada estranho, portanto, que ela tenha sido escolhida para simbolizar a metafísica fundamental da prática maçônica. O Aprendiz, por um trabalho de conscientização interior, transforma-se numa pedra lavrada. Desbastado de suas asperezas, aparecerá como uma obra de lavor que estará em condições de integrar-se ao edifício universal que é a Maçonaria, aquela Maçonaria, que segundo Ransay, “ é uma grande Republica, da qual cada Nação é uma família e cada individuo, um filho”. [2]   Da mesma forma que o Aprendiz é essa pedra bruta que precisa ser lavrada para adquirir a personalidade desejada, o Companheiro é a pedra cúbica. Ele representa o material que foi trabalhado e transformado pela iniciação nos Mistérios Maçônicos. Simboliza, na evolução da sociedade humana, uma segunda fase de transição, quando ela passa da mera aglomeração de indivíduos por razões de sobrevivência, para uma organização social que já pode ostentar as primeiras conquistas de um processo civilizatório. Esse processo está registrado na história humana através da construção de edifícios com materiais já mais elaborados, como a pedra lavrada e os tijolos queimados.[3]    A pedra, sendo um produto em que a natureza concentra um grande potencial de forças telúricas, é o que mais se presta ao trabalho de arte sacra. Por isso é que a ela se associa, geralmente, um ritual, uma prática de sentido esotérico. Assim faziam, por exemplo, os antigos cortadores de pedra medievais, que no decurso de seus trabalhos diários, recitavam preces e executavam batidas rituais com seus instrumentos de trabalho, para atrair os bons influxos para o individuo e para a comunidade. Para muitos místicos, a pedra é um ser vivo, cheio de energia, a energia que eles chamam lapitus. Essa energia estaria na origem da vida, já que, segundo eles, a vida orgânica teria se originado a partir das transformações sofridas pela matéria bruta. Daí o imenso simbolismo contido nas diversas espécies de pedras. O mármore, como representativo da morte, o granito como símbolo da força, nas pedras dos rios a idéia de evolução, no quartzo e nos cristais a inspiração artística e o êxtase divino, etc.   Não é sem razão também que os alquimistas simbolizavam numa pedra a essência da sua “Obra”. A pedra filosofal era um preparado químico que conteria a alma da natureza, capaz de transmutar metais simples em ouro. De alguma forma, também a mística oriental se vale do simbolismo da pedra para representar a busca da quietude, do equilíbrio e da serenidade, que está na postura do iogue “petrificado”.

    Um dos mais marcantes exemplos de trabalho na pedra nos foi dado por Antônio Francisco de Lisboa, o Aleijadinho, o maior escultor brasileiro do período colonial. Suas estátuas, suas figuras de pedra sabão, que enfeitam as igrejas mineiras, mostram bem a excelência do maçom operativo que atingiu a plenitude espiritual através da técnica operativa. No trabalho daquele genial artista é possível “ler” a mensagem maçônica que ele deixou expressa nos gestos, nas feições, na forma, na posição das estátuas e nas medidas com que a sua obra foi composta.      J. Palou, citando P.Sébillot (Légendes et Curiosités dês Métiers) diz que “ é interessante observar que “machados de pedra polida (são) colocados debaixo das fundações em várias regiões da França” (...) mormente quando se sabe que na maçonaria a pedra cúbica em ponta, que representa o companheiro, é muitas vezes feita na forma de um machado, sendo este instrumento próprio da Maçonaria Florestal, simbolizando o fogo purificador e sendo um dos atributos de São João, sob cujo patrocínio são colocadas as Lojas maçônicas” [4]   Esse é um bom exemplo da mística da pedra, e sua implicação no simbolismo da Maçonaria. Tudo começa na pedra, como na natureza. A partir daí há um longo trabalho iniciático que envolve iniciação, preparação, aperfeiçoamento e acabamento.   Assim, é preciso não perder de vista esse processo, se quisermos, realmente, entender o simbolismo da Arte Real.

 Por João Anatalino

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Pedra bruta, pedra talhada, pedra lavrada

   O culto á pedra sempre esteve presente nas tradições dos povos desde o inicio dos tempos. Nada estranho, portanto, que ela tenha sido escolhida para simbolizar a metafísica fundamental da prática maçônica. O Aprendiz, por um trabalho de conscientização interior, transforma-se numa pedra lavrada. Desbastado de suas asperezas, aparecerá como uma obra de lavor que estará em condições de integrar-se ao edifício universal que é a Maçonaria, aquela Maçonaria, que segundo Ransay, “ é uma grande Republica, da qual cada Nação é uma família e cada individuo, um filho”. [2]   Da mesma forma que o Aprendiz é essa pedra bruta que precisa ser lavrada para adquirir a personalidade desejada, o Companheiro é a pedra cúbica. Ele representa o material que foi trabalhado e transformado pela iniciação nos Mistérios Maçônicos. Simboliza, na evolução da sociedade humana, uma segunda fase de transição, quando ela passa da mera aglomeração de indivíduos por razões de sobrevivência, para uma organização social que já pode ostentar as primeiras conquistas de um processo civilizatório. Esse processo está registrado na história humana através da construção de edifícios com materiais já mais elaborados, como a pedra lavrada e os tijolos queimados.[3]    A pedra, sendo um produto em que a natureza concentra um grande potencial de forças telúricas, é o que mais se presta ao trabalho de arte sacra. Por isso é que a ela se associa, geralmente, um ritual, uma prática de sentido esotérico. Assim faziam, por exemplo, os antigos cortadores de pedra medievais, que no decurso de seus trabalhos diários, recitavam preces e executavam batidas rituais com seus instrumentos de trabalho, para atrair os bons influxos para o individuo e para a comunidade. Para muitos místicos, a pedra é um ser vivo, cheio de energia, a energia que eles chamam lapitus. Essa energia estaria na origem da vida, já que, segundo eles, a vida orgânica teria se originado a partir das transformações sofridas pela matéria bruta. Daí o imenso simbolismo contido nas diversas espécies de pedras. O mármore, como representativo da morte, o granito como símbolo da força, nas pedras dos rios a idéia de evolução, no quartzo e nos cristais a inspiração artística e o êxtase divino, etc.

   Não é sem razão também que os alquimistas simbolizavam numa pedra a essência da sua “Obra”. A pedra filosofal era um preparado químico que conteria a alma da natureza, capaz de transmutar metais simples em ouro. De alguma forma, também a mística oriental se vale do simbolismo da pedra para representar a busca da quietude, do equilíbrio e da serenidade, que está na postura do iogue “petrificado”.

    Um dos mais marcantes exemplos de trabalho na pedra nos foi dado por Antônio Francisco de Lisboa, o Aleijadinho, o maior escultor brasileiro do período colonial. Suas estátuas, suas figuras de pedra sabão, que enfeitam as igrejas mineiras, mostram bem a excelência do maçom operativo que atingiu a plenitude espiritual através da técnica operativa. No trabalho daquele genial artista é possível “ler” a mensagem maçônica que ele deixou expressa nos gestos, nas feições, na forma, na posição das estátuas e nas medidas com que a sua obra foi composta.      J. Palou, citando P.Sébillot (Légendes et Curiosités dês Métiers) diz que “ é interessante observar que “machados de pedra polida (são) colocados debaixo das fundações em várias regiões da França” (...) mormente quando se sabe que na maçonaria a pedra cúbica em ponta, que representa o companheiro, é muitas vezes feita na forma de um machado, sendo este instrumento próprio da Maçonaria Florestal, simbolizando o fogo purificador e sendo um dos atributos de São João, sob cujo patrocínio são colocadas as Lojas maçônicas” [4]   Esse é um bom exemplo da mística da pedra, e sua implicação no simbolismo da Maçonaria. Tudo começa na pedra, como na natureza. A partir daí há um longo trabalho iniciático que envolve iniciação, preparação, aperfeiçoamento e acabamento.   Assim, é preciso não perder de vista esse processo, se quisermos, realmente, entender o simbolismo da Arte Real.

 Por João Anatalino

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   Não é sem razão também que os alquimistas simbolizavam numa pedra a essência da sua “Obra”. A pedra filosofal era um preparado químico que conteria a alma da natureza, capaz de transmutar metais simples em ouro. De alguma forma, também a mística oriental se vale do simbolismo da pedra para representar a busca da quietude, do equilíbrio e da serenidade, que está na postura do iogue “petrificado”.

    Um dos mais marcantes exemplos de trabalho na pedra nos foi dado por Antônio Francisco de Lisboa, o Aleijadinho, o maior escultor brasileiro do período colonial. Suas estátuas, suas figuras de pedra sabão, que enfeitam as igrejas mineiras, mostram bem a excelência do maçom operativo que atingiu a plenitude espiritual através da técnica operativa. No trabalho daquele genial artista é possível “ler” a mensagem maçônica que ele deixou expressa nos gestos, nas feições, na forma, na posição das estátuas e nas medidas com que a sua obra foi composta.      J. Palou, citando P.Sébillot (Légendes et Curiosités dês Métiers) diz que “ é interessante observar que “machados de pedra polida (são) colocados debaixo das fundações em várias regiões da França” (...) mormente quando se sabe que na maçonaria a pedra cúbica em ponta, que representa o companheiro, é muitas vezes feita na forma de um machado, sendo este instrumento próprio da Maçonaria Florestal, simbolizando o fogo purificador e sendo um dos atributos de São João, sob cujo patrocínio são colocadas as Lojas maçônicas” [4]   Esse é um bom exemplo da mística da pedra, e sua implicação no simbolismo da Maçonaria. Tudo começa na pedra, como na natureza. A partir daí há um longo trabalho iniciático que envolve iniciação, preparação, aperfeiçoamento e acabamento.   Assim, é preciso não perder de vista esse processo, se quisermos, realmente, entender o simbolismo da Arte Real.

 Por João Anatalino

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Vemos como verdade divina e a base de tudo a virtude, para ser uma verdadeira pessoa é mais do que apenas um comando - é um comando. As lojas ensinamentos de fidelidade são tão frequentes que é comum a referência para eles, enquanto estamos supostamente "~ inflexivelmente em nossa fidelidade." Não devemos ignorar as regras, mas sim aprender e mantê-las em nossas ações. Devemos sempre usar a razão e consciência quando dando um bom exemplo para outros, e que também nos faz sentir melhor sobre nós.

Koreafreemason

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ORIGENS DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

Arnaldo FariaSoberano Grão Mestre do Grande Oriente Paulista"Trabalho colocado em observações próprias do autor e na conferência realizada no Subl\ Capítulo L'Amitié (Amizade) em Lousanne em 5-5-1923 pelo Ir\ Mourice Joton 30º.“

A influência das Cruzadas devia fazer-se sentir, não só entre os artífices mas ainda entre os nobres que também conheceram na Palestina, formas de associações novas e, uma vez de volta a Europa constituíram Ordens, semelhantes às do Oriente, nas quais admitiram logo outros iniciados. É assim que em 1196, fundou-se na Escócia a "Ordem dos Cavaleiros do Oriente", cujos membros tinham como ornamento uma cruz entrelaçada por quatro rosas. Dizem que essa Ordem trazida da Terra Senta, pelo ano de 1188 da Era Cristã, da qual o rei Eduardo I da Inglaterra, (1239-1307), veio a fazer parte dela.Um século após a fundação da Ordem dos Cavaleiros do Oriente, ou seja pelo ano de 1300, em seguida a última Cruzada em que também tomara parte o rei de uma Ordem estabelecida no Monte Moria, na Palestina (lugar escolhido por Salomão para a construção do seu Templo), fundaram um Capítulo dessa mesma Ordem, fixando-lhe a sede dos Hébridas, e mais tarde em Kilwinning, denominando essa Ordem de "Ordem de Heredon" (lembramos que a palavra "Heredon" e composta de "hieros"- santo e "domos"- casa, portanto Casa Santa ou Templo).Alguns anos mais tarde, no começo do século XIV, o papa Clemente V e o rei da França, Felipe o Belo, iniciaram sua obra nefasta de perseguição contra os Templários.Para se compreender o papel que a Ordem do Templo desempenhou na Maçonaria Escocesa é necessário resumir sua história.A Ordem do Templo foi fundada após a primeira Cruzada, por Godofredo de Bouillon, Hugues de Payens e Godofredo de Saint-Omar, com o fito de proteger os peregrinos que de Jerusalém se dirigiam ao lago de Tiberiade. Associados em 1118, à outras sete Cavaleiros, os Templários fizeram seu quartel numa casa vizinha ao terreno do Templo de Jerusalém. Dez anos mais tarde receberam do papa, os estatutos que os constituíram em Ordem, ao mesmo tempo Religiosa e Militar.Em breve essa Ordem tomou um desenvolvimento considerável, que no século XII, possuía nove mil residências na Europa. No século XIV, contava com mais de vinte mil membros.

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Apesar do seu poder e da sua riqueza, o mistério que os Templários cercavam as reuniões de seu Capítulo e de suas iniciações e, prestava-se as acusações de impiedade e de crueldade que o vulgo em todos os tempos proferiu contra as associações secretas.Consciente de uma impopularidade crescente o Grão-Mestre Jacques de Molay, pediu ao papa Clemente V, em 1306, a abertura de um inquérito, mas este contentou-se a convidar Molay a ir a Avignon, na França, onde, por força de circunstâncias adversas estava, provisoriamente instalado o papado.Por outro lado o rei da França tinha mais do que nunca necessidade de dinheiro, e para resolver esta dificuldade valia-se dos Templários que lhe emprestavam elevadas somas. Ora, naquele tempo, quando alguém queria se desembaraçar de uma dívida, o meio mais simples era desembaraçar-se do credor. Foi por isso que em setembro de 1307, todos os oficiais do rei receberam instruções mais que misteriosas, sendo que a 12 de setembro do mesmo ano Molay era preso no Templo, ao mesmo tempo que outros membros da Ordem também o eram, em todos os pontos da França. No mesmo dia todos foram levados perante inquisitores, que os acusaram dos mais abomináveis crimes, e como não podiam confessar um crime que não cometeram, foram levados a tortura. Disse um deles a seus juizes: - Fui de tal modo torturado, atormentado, exposto a força que as carnes dos meus calcanhares foram consumidas, que os ossos caíram poucos dias depois.O Rei, Felipe o Belo, apresou-se em fazer mão baixa no tesouro da Ordem, depositado no Templo de Paris. O concílio que deveria julgar os Templários reuniu-se em Viena, no Delfinado à 13 de outubro de 1311, onde ninguém foi citado para defender-se. Porém diante da resistência do concílio em julgar tal iniquidade, o papa, Clemente V, cassou a autoridade da Ordem do Templo em 12 de abril de 1312, quando os concílios de Ravena, Salamanca e Moguncia tinham absolvido os Templários, sendo estes levados a sua presença.A supressão da Ordem dos Templários teve seu epílogo em 1313. O papa reservara para si o julgamento do Grão-Mestre e dos dignitários presos a sete anos, nas masmorras de Felipe o Belo. A 18 de março de 1313 todos se retrataram e na noite daquele mesmo dia todos pereceram nas fogueiras, que com antecedência haviam sido preparadas. Prevaleceu a força e o interesse sobre a justiça. A última frase de Jacques de Molay foi: - "Spes mea in Deo est". Esta frase tornou-se uma divisa para o Grau 32 do Rito Escocês Antigo e Aceito. 

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É muito provável que os sobreviventes da Ordem dos Templários, anatematizados pela igreja, tenham então procurado agrupar-se de novo em outras associações, sendo que não há razões plausíveis para aceitar como fato histórico, nem repeli-las, a titulo de lenda, a tradição maçônica que liga a tradição que praticaram os Templários, a Ordem Cavalheiresca de Heredom, ou ao Grande Capítulo de Kilwinning. Entretanto desde que começaram as perseguições na França, vários templários escaparam, por felicidade, fugindo para a Escócia, e alistaram-se sob a bandeira do Rei Roberto I, que criou a 24 de junho de 1334, a "Ordem do Cardo", em favor dos maçons e dos Templários que haviam contribuído para o sucesso de suas armas em Bannock-Bum, na qual as recepções eram semelhantes as da Ordem do Templo.Parece pois que, o rei da Inglaterra quis recompensar os Templários, restabelecendo sua Ordem, com as suas formas, mas com outra designação. Há outro fato mais importante ainda, um ano depois, Roberto I, fez a fusão da Ordem do Cardo com a Ordem de Heredom e elevou a Loja Mãe de Kilwinning a categoria de Loja Real e, estabeleceu junto a ela o Grande Capítulo da Ordem Real de Heredon de Kilwinning e dos Cavaleiros Rosa-Cruz. Este nome de Cavaleiro Rosa Cruz aparece aqui pela primeira vez, fazendo, tudo supor, que não é senão outra designação da Ordem dos Cavaleiros do Oriente, cujo emblema era uma cruz enlaçada por quatro rosas.Estes fatos históricos são de importância capital para o Escocismo e pedem mais atenção para o assunto. Verificamos em primeiro lugar, que nos séculos XII e XIII, a Maçonaria Operativa viu abrigarem-se nas sua Lojas, Ordens de Cavalaria que nenhuma relação tinham com aquela associação de ofício, e cujas iniciações, praticas, cerimônias e graus eram diferentes dos seus. Algumas dessas Ordens, se refugiavam na nova Ordem estabelecida pelo rei Roberto I, por si próprias, outras pelo beneplácito dos reis da Inglaterra, que acumulavam dos mesmos favores, à maçons e cavaleiros, em recompensa aos serviços prestados à coroa, e os agrupava em uma fraternidade, sobre a qual podiam apoiar-se, em caso de necessidade.Uma outra constatação importante para o escocismo, é que os Templários, desde 1307, penetravam nas Lojas da Escócia, que estavam sob a égide da Ordem do Cardo, levando não obstante as cerimônias Templárias e seus graus. Estes graus junto aos outros da Ordem da Cavalaria eram conferidos pelo Grande Capítulo Real de Heredom de Kilwinning, e formavam o sistema escocês, conhecido pelo nome de Rito de Heredom ou de Perfeição. Pode-se assim explicar como, após a suspensão da Ordem do Templo, certas Ordens de Cavalaria, que haviam mantido sua influência sobre a maçonaria operativa da Escócia, acharem o meio de desenvolverem o cerimonial das iniciações dos pedreiros, num ritual completo e suscetível de incultar aos seus iniciados mais do que a simples comunicação dos segredos da arte de construir.

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É também por essa época, ou seja mais de quatrocentos anos antes da constituição da Grande Loja da Inglaterra, que se viu nascer na Escócia o nome de Maçom Adotado, pelo qual entenderam os membros das Lojas que não pertenciam a profissão de pedreiros. Insistamos em que essa fusão da Maçonaria operativa com as Ordens da Cavalaria, se operou somente na Escócia, mas não na Inglaterra. Isto explica portanto, a origem escocesa dos graus, outros, que não eram conferidos pela corporação dos pedreiros de outros países - aprendiz, companheiro e mestre.Enfim, realcemos o papel político das Ordens da Cavalaria e das Lojas da Escócia, inteiramente devotados ao rei da Inglaterra, compreenderemos então a fidelidade que a Maçonaria Escocesa defendia a causa dos destronados.Para terminar esta parte deste trabalho, é interessante notar quais os graus que a Loja Real de Kilwinning e seu Grande Capítulo de Heredon conferiam desde o seu estabelecimento. A própria Loja trabalhava com os graus da Maçonaria operativa, ou sejam Aprendiz, Companheiro e Mestre de ofício, mas convém notar que o Grau de Mestre não existia naquela época em que os mestres não eram senão os dirigentes das Oficinas, isto é das construções, cada qual em sua profissão.Os demais graus inspirados pelos Rosa-Cruz, foram criados no começo do século XVIII, quando o Capítulo de Heredon, conferia aos membros da Ordem dos Cavaleiros do Oriente ou Ordem dos Cavaleiros Rosa-Cruz, e a Ordem do Cordo, ou do Templo, todos os graus dessas duas Ordens. Depois de haver assim, brevemente resumido as tradições da confraria dos pedreiros e estabelecido, em conseqüência de circunstâncias, as Ordens da Cavalaria a elas se ligaram.Convém deter-nos um instante na Ordem da Rosa-Cruz, que exerceu uma influência preponderante na transformação da Maçonaria Operativa na sua forma Simbólica, como a conhecemos hoje. Poucos historiadores se ocuparam da real origem da Rosa-Cruz, que entretanto desempenhou papel considerável nos séculos XVI e XVII. O motivo dessa abstenção, se explica pela ausência da necessária documentação história que os Rosa-Cruz não se preocuparam em guardar, pois viveram espalhados pelo mundo, conhecido então, reunindo-se uma vez por ano para transmitir, uns aos outros, os conhecimentos adquiridos, porem estes conhecimentos sempre foram transmitidos verbalmente.

A Conferência Internacional dos Cavaleiros Rosa-Cruz, realizada em Bruxelas em 1880, felizmente lançou uma nova luz sobre a história dessa Ordem.A princípio a conjuração dos Rosa-Cruz, não foi mais do que uma afirmação da liberdade de pensar. Uma obra de apaziguamento e de tolerância. O que os Templários tinham querido fazer no seio da Igreja Romana, os Rosa-Cruz também tentaram realizar, porém ficando cautelosamente fora de qualquer afirmação confessional.

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Passados quase quinhentos anos, desde que os Templários remanescentes do massacre ordenado por Clemente V, se estabeleceram na Escócia, durante os quais o Escocismo se consolidou e se espalhou pela Europa, é que vamos encontrar nos novos registros das mudanças estabelecidas no Escocismo, tal qual o conhecemos hoje. É conveniente lembrar, que o poder diretivo da Ordem não mais estava na Escócia nem na França, mas sim na Prússia, onde Frederico II, seu rei, havia efetivado profundas modificações no Escocismo, fazendo vigorar a primeira Constituição, Regulamentos e Leis normalizando o Escocismo. Uma dessas mudanças foi a de dar ao Escocismo os atuais trinta e três graus, pois até então somente tinha vinte e cinco.As grandes Constituições de 1786 não chegaram a realizar imediatamente o fim a que se haviam proposto, e é fácil determinar a causa. Três meses depois de serem publicadas em 17 de agosto de 1786, Frederico II, seu autor, morreu. Todos que, com Frederico II, compuseram o primeiro Conselho da Ordem, reestruturada, foram obrigados a se dispersar, premidos pelo novo rei Frederico Guilherme II, que só queria a Ordem Rosa-Cruz e passou a não tolerar outra forma de Maçonaria.Deste modo a reforma foi levada para a França, por um dos colaboradores de Frederico II, o conde D'Esterno, embaixador da França em Berlim, e um dos signatários das Grandes Constituições. D'Esterno, tentou introduzir, desde o seu regresso, o Rito Escocês Antigo e Aceito em seu país, fundando para isso um Supremo Conselho, em Paris, em cuja presidência ficou o duque de Orleans e do qual tomaram parte Chaítlon de Joinville, o Conde de Clermont-Tonnerre e o Marquês de Bercy. Este Supremo Conselho teve vida efêmera, sendo obrigado a desaparecer pelas circunstâncias revolucionárias que se estabeleceram na Franca.Há um fato curioso à ser registrado. O Escocismo, havia sido fundado na Europa, onde adormeceu, e voltou a funcionar mais tarde, voltando da América de uma forma mais vigorosa e mais envolvente, pelas seguintes razões.

 A 27 de agosto de 1761, o Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente havia entregue ao Irmão Estevão Morin cujos negócios o chamavam à América, uma Patente de Grão-Mestre Inspetor, autorizando-o a "Trabalhar regularmente pelo próprio proveito e adiantamento da Arte Real e constituir Irmãos nos Sublimes Graus de Perfeição". Morin, saindo de Paris, chegou a São Domingos onde instalou o seu gabinete, espécie de Grande Oriente para os Altos Graus no Novo Mundo. Em 1770, fundou o Conselho dos Príncipes do Real Segredo de Kingston, na Jamaica, criou muitos Inspetores Gerais, entre eles, Francken, De Grasse-Tilly, De la Hogue e Hacquest.Ora, esses Maçons da América, pertenciam ao Rito de Perfeição, mantinham assíduas relações com o Grande Consistório de Bordeaux.

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Mas, como já foi dito este adormece em 1781. Desde então os novos Corpos de São Domingos e da Jamaica passam a manter relações com Berlim até a morte de Frederico II, que era tido como o Grão-Mestre Universal. É provável entretanto que não podendo mais prevalecerem-se de Atos Constitucionais emanados de uma autoridade desaparecida, aqueles maçons dirigiram-se a Berlim tendo em vista agruparem-se sob outro sistema, e ligaram-se em definitivo ao Rito constituído pelas Grandes Constituições.A 29 de novembro de 1785, Salomão Bush, Grão-Mestre de todas as Lojas e Capítulos da América do Norte, dirige-se a Frederico II na sua qualidade de chefe supremo da Maçonaria para dar-lhe a conhecer a criação, em presença de uma grande assembléia de Irmãos, de uma "Sublime Loja" em Philadelphia, que "se submeteria as Leis e Constituições que a Ordem deve ao seu Chefe Soberano", e exprime o desejo de que a "Grande Luz de Berlim condescenderá em iluminar a nova Loja". Não obstante, os maçons da América trabalham até 1801 com o Rito de Perfeição, pois até aquela data o mais alto grau conhecido na América era o de Príncipe do Real Segredo, ou seja o Grau 25, na escala do Escocismo, antes da reforma estabelecido por Frederico II, que lhe acrescentou mais sete graus.A 31 de maio do mesmo ano, foi constituída em Charleston uma nova Potência dirigente que adota as Grandes Constituições de 1786 e os trinta e três Graus nelas estabelecidas.  Essa Potência que tomou o nome de "Supremo Conselho dos Grande Inspetores Gerais para os Estados Unidos da América", foi realmente o primeiro a realizar de modo definitivo o objetivo das Grandes Constituições de Frederico II, ou seja, a primeira a praticar o Escocismo como é hoje conhecido. De Grasse-Tilly, era membro do Supremo Conselho de Charleston. Em 1802 voltou à Jamaica e fundou com De La Houge naquela cidade, um Supremo Conselho de qual foi o Mui Poderoso Soberano Grande Comendador. Em 1803, De Grasse-Tilly regressou à França onde instalou em 22 de setembro de 1804 um Supremo Conselho em Paris, com jurisdição internacional.Assim o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Escocismo, renasciam de suas cinzas no solo francês, de onde não mais saiu, e achava-se definitivamente constituídos sobre as bases das Grandes Constituições. Sucessivamente foram fundados outros Supremos Conselhos em muitos países da Europa e na maior parte dos da América. Estes Supremos Conselhos formam hoje o Escocismo e o Rito Escocês Antigo e Aceito, que é o Rito maçônico mais praticado no mundo.Vamos parar por aqui este relato, porque todos acontecimentos posteriores a 1801, pertencem a história do Rito Escocês, em todas as suas formas, e o nosso propósito limita-se às suas origens.O Rito Escocês Antigo e Aceito terminou assim o período do seu estabelecimento; sua organização, o número e os nomes dos seus trinta e três graus, as regras que os regem, contudo o que é necessário, em suma, como fixação de um plano comum, que está felizmente considerado como definitivo. Desde então sua organização compreende uma série de seis grupos, a um tempo unidos e hierarquizados. A Loja Simbólica, a Loja de Perfeição, o Capítulo, o Conselho de Kadosch, o Consistório e o Supremo Conselho.

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O conjunto destes Corpos, formam uma Instituição na qual todos os elementos estão ligados entre si, e cujas categorias funcionam sem se oprimirem umas as outras, com uma harmonia feliz, pela integração de todos.Todos esses Corpos constituídos, independentemente uns dos outros, teem uma organização específica e uma hierarquia interna, direitos e deveres apropriados que as leis e usos de nosso rito determinam. Ora, essas leis não são mais do que leis de equilíbrio destinados a assegurar o funcionamento da sociedade inteira em perfeita ordem e harmonia. O Rito Escocês Antigo e Aceito representa os maçons que desde 1717, consideraram como incompleto o sistema da Grande Loja da Inglaterra; os que, durante o século XVIII, procuraram organizar em uma só serie as iniciações, que outrora era praticada nos colégios independentes.

Enfim, o Rito Escocês Antigo e Aceito resolveu definitivamente o problema que tinha por objetivo conservar na Maçonaria os ensinamentos filosóficos que, há séculos, se agruparam em torno do pensamento primitivo e simples, em que a Maçonaria está estabelecida. Cada iniciação evoca a lembrança de uma religião, de uma escola, ou de alguma instituição da antigüidade. Estão em primeiro lugar as doutrinas judaicas. Vêem em seguida os ensinamentos baseados no cristianismo e representados sobretudo pelos Rosa-Cruz, esses audazes naturalistas que foram os pais do método de observação e procura da verdade, de onde saiu a ciência moderna. Portanto, as iniciações do Escocismo reportam-se aos Templários, esses cavaleiros hospitalares e filósofos nos quais os maçons dos Altos Graus glorificam a liberdade do pensamento corajosamente praticada numa época de terrorismo sacerdotal. O tempo terminou a sua obra. Doravante a prosperidade da Ordem dependerá em cada país dos Irmãos que a conduzem e a inspiram. A fidelidade absoluta depende da parte de todos os maçons dos Altos Graus, ao Estatuto Geral de cada Supremo Conselho e a convicção inquebrantável na excelência do Escocismo, são sem sombra de dúvida as condições necessárias para a perpetuação da Ordem, mas para esse desiderato é necessário que cada um de nós cumpra bem a sua parte.Acredito finalmente, ter podido mostrar com fidelidade as reais origens do Escocismo, como é praticado nos nossos dias.

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A FILOSOFIA MAÇÔNICA

Em "Lições de Filosofia e Maçônica" o Irmão Moisés Mussa Battal, traz diversas e importantes definições sobre o tema. "A filosofia maçônica separa o valioso do sem valor nas doutrinas e sistemas que a História conheceu; o permanente, constante, do arcaico, e o proveitoso para o homem e a sociedade do inútil para ele. A filosofia maçônica coloca o homem no centro de sua preocupação e trabalha pela crescente melhora de suas condições vitais. A filosofia maçônica nos incita a procurar para o homem a dignidade, o decoro, a consideração e o respeito `a sua personalidade, cinzelada nas contingências da vida, enquanto ela se desenrola em torno de um temperamento, de uma vontade, uma inteligência e uma vocação. A filosofia maçônica deseja que o ser e a existência do homem girem em torno de três valores superiores que a História destacou como as maiores conquistas da humanidade: liberdade, igualdade e fraternidade. Ela pondera mais que nenhuma outra, dentre as três, a fraternidade, pela transcendência e os benefícios que implica e abarca tanto na esfera do individual como no coletivo. A filosofia maçônica quer defender o homem da ignorância e da incultura, dos temores e das necessidades, da exploração e das injustiças, do fanatismo do dogma, dos tabus sobretudo da opressão e das tiranias interiores e exteriores de qualquer classe. A filosofia maçônica deseja situar o homem numa sociedade onde reine a ordem e o trabalho, a igualdade de possibilidades e de oportunidades, a paz e o progresso, a competência não bastarda, mas que desenvolva as capacidades e as iniciativas, e a cooperação e a solidariedade contidas em seu ser. Quer prepara-lo para viver e atuar inteligente e construtivamente num regime democrático e conseguir a melhora e o aperfeiçoamento deste seu regime, de maneira que alcance o que ele ofereça nos campos econômico, social, cultural e político. E defende o regime democrático porque, até agora, é o que melhor se apresentou. E o quer total e não parcial. A filosofia maçônica quer faze-lo sentir e segurar e incorporar a seu ser e existência esta noção da independência, da interação, da intercomunicação dos indivíduos e dos grupos e dos povos da humanidade. Ao procurar-lhe esta consciência está fundamentando a fraternidade humana, a paz e a solidariedade.

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A filosofia maçônica mostra ao homem o incalculável valor da arte de pensar bem e do domínio humano, pelo saber, sobre a natureza e a sociedade. Ela lhe mostra, também, o valor incalculável do livre exame e da dúvida metódica e o domínio sobre os meios e instrumentos que reclamam uma ação sábia, prudente e eficaz. Evidencia e demonstra-lhe que a ciência e a lógica, em que pese sua eficiência e utilidade, não satisfazem toda a ânsia humana de saber nem sobrepujam nem superpassam as contingências na existência humana. Demonstra a ele que o concerto harmônico de cérebro, mão e coração é superior a todo intelectualismo enfermiço, a todo falso ou aparatoso romantismo, a todo predomínio controlado da técnica desumanizada. Procura fazer que sua vida se deslize dentro do triângulo áureo da verdade, do bem e da beleza. E que uma vez organizada e afinada sua vida, ela se ponha ao serviço do bem comum. Forma homens, forma dirigentes, forma combatentes pela verdade e o bem. Acende no homem sua fé e seu entusiasmo em torno das possibilidades de superação que há em todos os indivíduos e em todos os povos. Consolida sua crença em que o superior emerge do inferior e em que um transformismo meliorativo, que melhora a condição humana, é factível não sòmente na condição humana, mas em toda ordem de coisas. Trata de dissipar nele toda burla e perda do sentido de universalidade, todo resto de cepticismo infecundo e sobretudo toda mostra de dúvida constante e cega, pirrônica. Sustenta no homem sua adesão insubornável aos poderes do entendimento e da razão, mas sem menosprezar os aportamentos empíricos da experiência. Leva-o a apoiar-se num positivismo científico e não estacar-se no exercício da meditação e das lucubrações nos campos metafísicos da ontologia, da gnoseologia e da axiologia. Reforça suas preocupações e seus estudos comparados em torno das religiões para retemperar nela a tolerância; respeitar a inata religiosidade e abraçar um deísmo ou um gnosticismo eqüidistante do ateísmo estéril e do teísmo anticientífico e antirracional, sempre eivado de sectarismo e de proselitismo anacrônicos. Ele é levado a assumir uma atitude tolerante frente ao magismo, ou seja, à magia e à parapsicologia; mas também evitar que se entregue com entusiasmo infundado estas ocupações; logo verá, diz, a luz pelo caminho da investigação nestes casos em particular. A filosofia maçônica está ao lado do espiritualismo, sem deixar de considerar e ponderar o que houver de valioso e provado nas correntes materialistas. Adere ao postulado que está acima do individualismo e do coletivismo obsecado e segundo o qual o indivíduo existe em, por e para a sociedade e esta, ou seja, a sociedade, existe por e para o indivíduo. Exalta a preocupação pela existência humana, seus problemas, suas preocupações, suas esperanças, mas sem cair nas garras do existencialismo, sobretudo do pessimista tétrico e aniquilador. Confirma no homem a necessidade da organização e da hierarquia, da direção, da subordinação, dos regulamentos; da conseqüente seleção no ingresso e na ascenção, até a formação de um agrupamento humano de elite. Da disciplina consciente e aceita; da divisão do trabalho e da cooperação e da solidariedade institucionais.

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Recorre aos continentes constantes, símbolos, números, alegorias, rituais etc. (ver simbolismo na maçonaria), para moldar neles os conteúdos circunstanciais das épocas históricas e manter assim a persistência das doutrinas e dos costumes, conforme à lei de constante mudança e do vaivém ideológico e das modas imperantes. Reforça o caráter prospectivo do homem e a vantagem de que se fixem metas e fins preestabelecidos em sua existência, objetivos e fins que possa alcançar, utilizando o poder, o saber, a estabilidade emocional e a serenidade. Aproxima-se a filosofia maçônica do socratismo e do aristotelismo e mais, ainda, do estoicismo e do senequismo, às posições renascentistas e racionalistas; inviolavelmente adicta a Ilustração ou Iluminismo; ligada estreitamente ao criticismo kantiano; ao espiritualismo; ao positivismo e, particularmente, ao evolucionismo e à filosofia da vida; ela se retira certa e efetivamente da órbita de Nietzsche e de Marx, de Sartre e de Camus que atentam contra a personalidade humana; e tem contatos, em compensação, à distância, com o intuicionismo e os movimentos fenomenológicos prospectivos e axiológicos. Esta é, numa síntese abreviada, muito reduzida e quase esquemática, a relação de como a filosofia maçônica enquadrou-se na filosofia geral e extraiu estas posições e destas tendências maçônica “

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1°Irmãos Exaltados Loja Maçonica Ricardo Misson n°334

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Agnaldo Adelino Garcia Bicho Antônio Fernando Bonisatto Claudinei Rocha Mesquita Nunes José Paulo Dos Reis Chaves Leonardo Batista Pedroso Lisandro Chagas De Freitas Manuel Pedro Borges Nunes Marcos Antônio Rezende

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Loja Maçônica Ricardo Misson

Data de Fundação: 27/01/2011.Obediência: GLMMG.Rito: REAA.Endereço: Av. Cel. Joaquim de Oliveira Prata, 1489- Bairro Bom Retiro.Cep: 38022-290.Cidade: Uberaba-MG.Email: [email protected]ões: Segundas-feiras ás 20:00 hs.

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O que virtude juntou a morte não separará

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BREVE HISTÓRICO DA FUNDAÇÃO DA GRANDE LOJA UNIDA DA INGLATERRA

Posted by MARKOS DORNELLES .'.

BREVE HISTÓRICO DA FUNDAÇÃO DA GRANDE LOJA UNIDA DA

INGLATERRA

Uma vez fundada a Grande Loja de Londres em 24.06 l7l7, como já se sabe da história da Ordem, que ocorreu na Cervejaria do Ganso e da Grelha( The Goose and Gridiron), onde se reuniram alem de uma Loja com o mesmo nome, mais três a saber: A Coroa (The Crown); A Macieira( The Apple) e a O Copázio(copo grande, copaço) e as Uvas( The Rummer and Grappes) Elegeram como primeiro Grão-Mestre o Irmão Sir. Antony Sayer. As três primeiras Lojas foram constituídas de maçons operativos e a quarta a do Copázio e das Uvas foi constituída por homens eminentes, nobres e entre eles o Reverendo James Anderson,que escreveria em l723 o famoso Livro das Constituições (Livre des Constituitones), mais conhecido como Constituições de Anderson. Era nessa época uma Maçonaria de apenas dois graus. Não havia o grau de mestre, havia o cargo de Mestre da Loja O grau de Mestre foi introduzido na Maçonaria em l725 e definitivamente incorporado em l738. Em 11.05.l725 teriam sido elevados ao grau de Mestre os dois primeiros maçons na história da Ordem: Papillon Bul e Charles Cotton. Interessante que, os primeiros Grão-Mestres da Maçonaria no mundo eram Companheiros e não Mestres. Entretanto, apesar desta iniciativa da Maçonaria Inglesa, fundando a que seria a primeira potência maçônica, a Grande Loja de Londres, a sua influência na Inglaterra durante muito tempo, foi relativa pois uma grande parte das lojas inglesas em respeito aos antigos costumes onde os “Maçons livres em Lojas livres” predominavam, não queriam saber de novidades, principalmente em função do já conhecido conservadorismo inglês. O principal foco de resistência foi a velha Loja do condado de York. Os Maçons de muitas lojas teimavam em não seguir não só a uma organização obedencial, bem como eram refratários às inúmeras alterações que foram introduzidas sendo por esta razão chamados de Antigos e evidentemente os Maçons da Grande Loja de Londres eram chamados de Modernos. Em l725 na cidade de York foi fundada a Grande Loja se autoproclamando Grande Loja da Inglaterra. Cessou suas atividades mais ou menos l740. Em l75l foi fundada uma Grande Loja dos Antigos, formada de maçons irlandeses que haviam sido impedidos de pertencer às lojas inglesas. O maçom que mais se bateu contra os Modernos foi o irlandês Lawrence Dermott, publicando em l756 as Constituições da Grande Loja dos Antigos sob o título Ahiman Rezzon( Ahim quer dizer Irmãos: manah, escolher e ratzon, lei) Ele afirmava que os Antigos deveriam ser chamados de Maçons de York porque a primeira Grande Loja da Inglaterra havia sido reunida em York em 926 pelo príncipe Edwin. Entretanto, sabemos que se trata de uma lenda e não da realidade maçônica inglesa dos séculos XVII e início do XVIII.

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A HISTÓRIA DAS GRANDES LOJAS MAÇONICAS DE MINAS GERAIS 

A Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, tem sua origem de SOBERANIA, registrada no dia 25 de setembro de 1927, quando maçons de 08 Lojas se reuniram no Templo Maçônico da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Bello Horizonte, à rua Rio de Janeiro No. 987, onde consta em ATA da Assembléia desta reunião, pedido de autorização ao Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito para fundação da Instituição; em data de 22 de dezembro de 1927, foi expedida a Carta Constitutiva, firmada pelo Soberano Grande Comendador: Dr. Mário Bhering 33.

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No dia 19 de janeiro de 1928 e por escrutínio secreto foi eleita a primeira diretoria da "SOBERANA GRANDE LOJA SIMBÓLICA DE MINAS GERAIS", tendo como Grão-Mestre: Dr. Manoel dos Reis Correa; Grão-Mestre Adjunto: Dr. Washington F. Pires; Grande 1o. Vigilante: Dr Raul F. de Almeida; Grande 2o. Vigilante: Cel. Pedro Jorge Brandão; Grande Orador: Dr. Geraldo Teixeira; Grande Secretário: Álvaro C. de Oliveira; Grande Tesoureiro: Ramiro de Barros; Grande Chanceler: José de Oliveira Campos; Grande Mestre de Cerimônias: Francisco Gimenes; 2 Grande diácono: Tarcísio de A. Santos; Grande Cobridor Interno: Braz Serpa; Grande Cobridor Externo: José Carlos Xavier.A regularização se deu através do ATO no. 21 de 17 de fevereiro de 1928 baixado pelo Dr. Mário Bhering 33. A CONSAGRAÇÃO PARA SEMPRE foi realizada na sede da Loja Bello Horizonte, à rua Rio de Janeiro No. 987 neste oriente de Belo Horizonte no dia 03 de março de 1928, conforme Decreto No. 01 de 14/03/28, em reunião magnífica.Hoje, com a denominação de Grande Loja Maçônica de Minas Gerais constitui-se uma Organização Maçônica Universal, Soberana, Autônoma e Independente.A Jurisdição da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, administra atualmente os interesses de 288 Lojas Maçônicas Regulares e 02 Triângulos Maçônicos, com mais de 20.000 Membros cadastrados, em todo território mineiro. Sua SEDE fica em Belo Horizonte e, possui sobre sua administração direta a ESTAÇÃO RODOVIÁRIA de Teófilo Otoni e o CLUBE DOS PELICANOS ( na cidade de Barra do Say no litoral do Espírito Santo ).A Grande Loja Maçônica de Minas Gerais é Filiada à CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil) e à CMI (Confederação da Maçonaria Interamericana), mantendo estreita colaboração com todas as Grandes Lojas Brasileiras.

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OS ENSINAMENTOS MAÇÔNICOS

Os ensinamentos maçônicos devem ser amplamente difundidos entre todos os Maçons e sua metodologia deve ser explicada previamente aos que pretendem ingressar na Ordem Maçônica. Os Mestres deverão estar preparados para a missão devendo expô-la quando da visita de avaliação prévia do pretendente. Esta informação possibilitará ao pretendente saber antecipadamente o que a Ordem poderá lhe oferecer, possibilitando-lhe analisar se realmente a metodologia e o direcionamento dos ensinamentos maçônicos são os que buscam para a sua evolução pessoal. O pretendente ao ingresso na Ordem deve estar convicto de que vai participar de uma sociedade voltada ao aprimoramento individual e que os demais participantes tem a mesma preocupação, o que não os inibe, ao contrário, prepara-os às atividades coletivas. O desconhecimento desse fundamental objetivo dos ensinamentos maçônicos poderá levar o pretendente, após o seu ingresso, ao defrontar-se com posturas pessoais discordantes das suas ou desiludir-se com o que pensou ser a Ordem, desligar-se intempestivamente.Os ensinamentos maçônicos devem ser transmitidos com a constância e repetições necessárias para o seu perfeito entendimento.Características dos ensinamentos maçônicos:1. – Exclusivamente individual;2. – Repetitivo e paulatino; mostra o caminho, mas não exige a caminhada.3. – O maçom é um voluntário;Os ensinamentos maçônicos devem ser constantes, paulatinos e repetitivos para que sejam sempre oferecidos aos recém-admitidos. Os maçons de antigamente não eram letrados e os procedimentos litúrgicos eram memorizados. As funções dos administradores e dos auxiliares eram sempre repetidas no inicio de cada reunião para conhecimento de todos e para a sua preservação. Com o advento dos rituais escritos, este procedimento passou a fazer parte integrante das reuniões, o que perdura até os dias de hoje.Os ensinamentos maçônicos também estão fundamentados nas práticas cristãs, mas não tem a mesma metodologia de ensino adotado pelas associações cristãs de evangelização. Os ensinamentos maçônicos são voltados ao indivíduo, oferecendo a cada um a oportunidade de evolução pessoal. As associações religiosas evangelizadoras procuram maximizar as suas atividades, priorizando a divulgação dos seus ensinamentos através das pregações em massa. São metodologias de características diferentes e, se não entendidas cada uma no seu contexto, podem tornar-se conflitantes no íntimo de cada estudioso, mesmo ambas tendo o mesmo objetivo: a felicidade do homem.

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Evangelização é a pregação do Cristão (a mensagem cristã) e, por extensão, qualquer forma de pregação e proselitismo, com fins de adquirir adeptos, produzir conversão ou mudanças de hábitos, crenças e valores. No cristianismo, a evangelização é o sistema, baseado em princípios e métodos apresentados no Novo Testamento, pelo qual se comunica o Evangelho (Boa Nova) Cristo a (todo) pecador sob a liderança e poder Espírito Santo. Afirma o apóstolo Paulo: “Como crerão em Jesus se ninguém lhes anuncia?” (Rom. 10,14). Está em Atos dos Apóstolos, capítulo 14 14:21: “Depois de pregar a Boa Nova ali, e de fazer muitos discípulos, eles voltaram a…”O processo de evangelização cristã sempre teve como foco “o outro”. Os costumes, a moral e os valores sociais da sociedade ocidental atual são decorrentes dessa forma de pregação. No ocidente, quase a totalidade dos jovens tiveram a sua formação com base na metodologia evangélica das pregações nas escolas paroquiais levando-os a analisar todos os acontecimentos dentro dessa metodologia, onde se avalia o que pode ser corrigido na atitude dos outros antes de avaliar o que pode ser corrigido em si.Assim formados desde a infância, não raro passam a avaliar mais como os outros estão agindo do que a suas próprias ações. Na análise de suas convicções e interesses, surgem julgamentos e conselhos para corrigir as atitudes dos outros, conselhos que nem sempre são seguidos por quem aconselha. Na máxima cristã “Ama o próximo como a ti mesmo” não está implícito que o “próximo” tenha que ser “como ti” para ser amado. A fraternidade, o principal ensinamento do Mestre Jesus, resumida na máxima: “Amai-vos uns aos outros”, nem sempre é priorizada nas atitudes. Por formação filosófica, a sociedade ocidental é mais preocupada em oferecer aos outros a oportunidade de corrigir-se do que em corrigir a si própria.A evangelização e os ensinamentos maçônicos não são conflitantes. A metodologia dos ensinamentos maçônicos é voltada ao aperfeiçoamento do indivíduo, trazendo a tona as suas qualidades latentes e aumentando a sua autoestima, tornando-o consciente da sua capacidade de amar o “próximo” como o “próximo é” e de, pela evangelização, levar-lhe a crença cristã.O conteúdo dos ensinamentos maçônicos permite-nos afirmar que a Maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento exclusivamente individual. Este é o principal fundamento dos ensinamentos maçônicos.No Grau de Aprendiz, que é o primeiro contato da Ordem com o recém-admitido, é apresentada toda a essência dos ensinamentos maçônicos.Todos os autores maçônicos referem-se ao simbolismo da “pedra bruta” que deve ser desbastada e preparada para sua utilização na construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais fraterna. É comum ouvir do Maçom a expressão: “Estou trabalhando a minha “pedra bruta”, quando se refere aos seus estudos e práticas maçônicas. Dito dessa forma poderá dar margem ao entendimento de tratar-se de dois personagens distintos; o Aprendiz e a “pedra bruta”. Este entendimento é divergente do ensinamento maçônico, pois o Aprendiz é a “pedra bruta”. O Aprendiz é o objeto a ser desbastado.

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A direção que se deve dar ao cinzel é a si.Em nenhum momento, nos rituais maçônicos, há indicação que o cinzel deva ser voltado aos outros. Em si as pancadas no cinzel são dadas de acordo a sua sensibilidade; se nos outros, o agente não colocará no maço o mesmo peso que coloca quando desbasta a si mesmo, certamente seria mais pesado. Não é atitude maçônica direcionar o cinzel para corrigir imperfeições alheias.Para a Maçonaria são escolhidos os “bons” nas mais diversas atividades humanas oferecendo-lhes a oportunidade de tornarem-se “melhores”Há diferença entre o aprendiz de pedreiro (maçom) operativo (que trabalhava nas atividades de construção) e o Aprendiz Maçom. Este não tem necessariamente atividade nas construções. A representação do aprendiz de pedreiro operativo é um jovem trabalhando para desbastar uma pedra bruta. Já, as esculturas e os desenhos clássicos representando um aprendiz das escolas de mistérios sempre mostram a figura de um homem esculpindo a si mesmo.O Aprendiz Maçom, para esculpir a escultura do homem que deseja ser, terá que utilizar a matéria prima que recebeu por desígnio da Providência, potencializar os recursos disponíveis na Natureza e trabalhar com a Vontade representada pelo “maço e o cinzel” utilizados para aparar a arestas que escondem no interior de seu ser o homem perfeito ali contido.Na Maçonaria, esta confusão entre o aprendiz operativo e o aprendiz admitido por processo de Iniciação pode ser observada em trechos das cerimônias de recepção do candidato. Em alguns rituais maçônicos, o Iniciando à Ordem, ao ser levado para executar a sua primeira lição no desbaste da “pedra bruta”, é orientado para dirigir corte do cinzel à pedra disforme que faz parte da decoração templo, em vez de direcioná-lo a si.Este procedimento poderá induzi-lo, desde o seu primeiro aprendizado, a intuir que seu trabalho é desbastar o que vê a sua frente (o outro) e não o que está em si. Tendo a pedra bruta do templo como uma representação simbólica de seu estado naquele momento, o Iniciando deveria direcionar o cinzel sobre si e então trabalhar com o maço. A pedra bruta que se encontra na decoração do templo, bem como a pedra polida e prancheta, são as joias fixas que devem estar presentes para o funcionamento da Loja.Um Maçom é um Obreiro da Arte Real que está concluindo a Obra projetada pelo Grande Arquiteto do Universo, que é Deus. Essa obra é “ele”. Trata-se de uma transformação individual, resultado do seu esforço e da sua vontade pessoal. Esta obra só estará concluída quando ele transformar-se de “pedra bruta” em “pedra polida” e como tal for reconhecido pelos “outros” (os Irmãos, a sociedade, etc..). Não é ele que se avalia como pronto. São os outros que como tal o avaliam. As ferramentas simbólicas maçônicas são instrumentos de uso específico para o desenvolvimento pessoal. Dependendo de como cada Obreiro preparou-se e de acordo com o seu ajuste às necessidades dos projetos da comunidade, será reconhecido pelos outros como adequado àquele projeto. São os outros que avaliarão se a “pedra” poderá ser utilizada ou não nas obras a serem realizadas.

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A “pedra” só estará pronta quando não houver necessidade do mínimo ajuste nas pedras vizinhas para o seu perfeito ajuste.Se houver necessidade de interferir no polimento e características das outras contíguas para o seu ajuste, ela não está pronta. Permanecerá ao lado até que o trabalho de escultura seja refeito de modo que se ajuste às outras pedras, sem que estas precisem de reparos. Se o desbaste está incompleto, é apenas uma pedra no meio do caminho dos que precisarão fazer manobras para evitar que as suas asperezas e seus desajustes possam ameaçar o resultado da obra desejada. A “pedra” ainda bruta certamente ficara em um canto qualquer da sociedade, causando-lhe instabilidade e desarmonia.O maçom não propõe que os outros mudem para que ele seja feliz, procura mudar o possível em si para que todos sejam felizes. Esta é a essência do ensinamento maçônico.Está subentendido nos ensinamentos maçônicos a máxima: “O que eu devo mudar em mim para que ele (o próximo) seja feliz”, independente de se o outro é bom ou mau; réu ou julgador. Ser viciado ou virtuoso é uma escolha pessoal de cada um, que ao Maçom não compete julgar ou tomar atitudes para obrigá-lo a proceder de acordo com os valores, sempre pessoais, que crê serem os corretos. Pela lei da “causa e efeito” cada um é responsável por suas ações e pensamentos.Maçonicamente cada um é responsável pessoal e único pela sua evolução. Os ensinamentos maçônicos oferecerão a oportunidade de correção. Quando concluída será reconhecida como tal pelos outros. Nesta ideia está embutido o conceito de amor universal. O amor fraterno dará aos seus Irmãos maçons a tolerância para aceitarem as tentativas de uma “pedra” ainda bruta para ajustar-se à obra, orientando-a se assim ela desejar, para o seu perfeito desbaste e ajuste. Se as imperfeições permanecerem, a “pedra” não será utilizada, mas sempre lhe será fraternalmente oferecida nova oportunidade de reajuste.A não ser quando em cumprimento de atividade e funções especificamente instituídas na legislação da Ordem ou da comunidade que pertence, o Maçom não julga e não critica posturas pessoais de outrem. Se solicitado, fará ponderações sobre o solicitante, jamais sobre terceiros. Não é uma atitude maçônica interferir na postura pessoal dos outros, achando que estes devem ou não fazer isto ou aquilo. A cada um cabe reconhecer os que estão em condições de compartilhar projetos comuns e convidá-los.O Maçom deve formar-se para depois colocar-se ao serviço da comunidade. Aprender e praticar. O desconhecimento dos ensinamentos maçônicos dificulta o relacionamento dos maçons entre si e dos maçons com a Ordem. Quanto menor é o preparo individual, maior será a dificuldade na participação das atividades da Ordem e mesmo fora dela.Cada Maçom tem a sua individualidade respeitada: sua cultura, seus pontos de vista políticos, suas convicções religiosas e suas características psíquicas.

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Todo maçom é um homem livre, ciente da capacidade de realizações, um cidadão bem sucedido e respeitado por suas atividades profissionais e sociais que o levam a ser convidado a ingressar na Ordem.O maçom é um voluntário.Não é obrigado a fazer qualquer coisa que seja. Ingressou na Ordem por livre vontade e com isso assumiu uma responsabilidade financeira como em qualquer organização, sendo livre para sair a qualquer momento; até que caracterize abandono, frequenta a Loja com a assiduidade que deseja; estuda se quiser; atinge os graus mais elevados se assim o desejar; ocupa cargos que aceitou por que quis: é eleito por que se candidatou; pode mudar de Loja se assim julgar conveniente; nem as contribuições para benemerência são obrigatórias se não aprovadas em assembleias de que participa.Centralizados no aperfeiçoamento individual, os ensinamentos maçônicos preparam o estudante para o convívio entre diferentes num conjunto harmônico; prepara para a tolerância com os contrários; para o respeito pelas convicções individuais e para a convivência entre atitudes divergentes.Desbastado de suas imperfeições, o Maçom está pronto para servir à sua comunidade, oferecendo-se quando solicitado ou apresentando sugestões para as mudanças que julgar necessárias para o bem estar e a harmonia da Ordem e ou da comunidade. Como sugestões são opiniões pessoais devem ser tratadas como tal. Se traduzirem as aspirações dos envolvidos, a concretização terá o consenso espontâneo da maioria dos indivíduos e aquele que a propôs certamente será convocado para liderar a sua implantação.Não é fácil o comando onde os comandados são voluntários e não há recompensa financeira pelo trabalho realizado. O sucesso da empreitada está associado à capacidade de conseguir motivar a maioria para acompanhá-lo. Para a administração de uma sociedade constituída por voluntários há necessidade de lideranças que aglutinem as ansiedades e administrem as diversidades individuais, dirigindo suas energias ao trabalho comum.A principal característica do líder de voluntários é fazer o que o grupo quer.Nas sociedades constituídas por voluntários, são os operosos que a fazem atingir os seus objetivos. São raros os casos das organizações que conseguem uma participação efetiva da maioria de seus membros. Geralmente os resultados obtidos são decorrentes de atividades isoladas de membros dedicados. São sempre os mesmos que participam de quase todas as atividades. A comunidade está habituada a conviver e a reconhecer a dedicação daqueles que sempre participam.É próprio da tradição maçônica o reconhecimento pelos Irmãos. Este é o salário do Obreiro da Arte Real: o reconhecimento. Não há outro salário na Maçonaria. Para o Maçom é gratificante a satisfação da missão cumprida e de ser reconhecido por isso.

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Cada um dos Membros reconhece o novo integrante que ingressa na ordem. A Ordem reconhece o trabalho do Maçom que por isso, quando chega a Mestre, recebe um diploma e uma medalha. Não foi sem méritos. O novo Mestre pode não ter tido uma brilhante história, mas atingiu o que desejava. Todos os Maçons sabem quais os que se dedicam e frequentemente os elogiam. É o reconhecimento dos membros de suas Lojas ou de outras a que serviu. Esta é a recompensa que o Obreiro leva de retorno ao seu lar, com uma alegria nem sempre entendida e participada pelos seus familiares.Quando o trabalho do Maçom extrapola os limites da sua Loja é reconhecido pelos Grandes Orientes com a concessão de diploma ou medalha, como se, na entrega, em nome de todos seus membros aquele Grande Oriente afirmasse: “Como um Maçom operoso os Maçons deste Grande Oriente o reconhecem”.É próprio do ser humano desejar ser reconhecido pelos seus feitos. O clube social reconhece seu membro pelos muitos anos de apoio e trabalho com a entrega do diploma de Sócio Emérito; o Poder Municipal, em nome de todos os munícipes que o reconhecem como um cidadão participante e premia-o com a entrega do Diploma de Cidadania. Em cada diploma, medalha ou troféu maçônicos recebidos está presente a máxima maçônica: “o reconhecimento de meus Irmãos”.A falta de divulgação dos feitos que justificassem a homenagem pode gerar uma interpretação duvidosa sobre o seu merecimento. Não há casos da entrega de diploma e medalhas aos que nada fazem. A Maçonaria é uma sociedade justa cuja assembléia é sábia. Os maçons homenageados devem ostentar com altivez as suas medalhas para que os Aprendizes, os Companheiros e os novos Mestres o tenham como exemplo, solicitando-lhe contar a história do conjunto de suas obras, que somado as de outros Maçons “medalhados”, constituem a historia da Maçonaria.A Maçonaria é o conjunto das ações de seus membros. É o somatório do que cada um dos seus membros é sem representá-los individualmente.Os Maçons que receberam distinções e homenagens compreenderam o verdadeiro significado dos ensinamentos maçônicos e aplicaram-nos e por isso foram reconhecidos como tal. Há aqueles que criticam os que ostentam nas Lojas as suas muitas medalhas afirmando ironicamente: “eles andam arcados com o peso das medalhas”. Mas, vejamos: os condecorados por seu trabalho voluntário e dedicado têm como alternativa ostentar ou não as medalhas por merecido recebidas.O pretendente a maçom é conhecido antes de ser convidado a participar da Ordem. A sua admissão é o reconhecimento pelos membros, da sua postura moral, da sua vontade de aperfeiçoamento pessoal e da sua capacidade econômica e financeira para sobreviver. Um conhecido jargão afirma: “Para a Maçonaria são escolhidos os “bons” nas mais diversas atividades humanas oferecendo-lhes a oportunidade de tornarem-se “melhores”.

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Ao Companheiro Maçom, conhecedor de todas as ferramentas simbólicas, compete usá-las para construir.Nos rituais maçônicos não há indicação de que as ferramentas simbólicas devam ser utilizadas para destruir. Se um projeto não atende aspiração pessoal de algum Membro, não quer dizer que não deva ser executado. Se há quem queira realizá-lo e que encontra quem queira auxiliá-lo, certamente o projeto atenderá aspirações de seus executantes. Neste caso, quem não concorda com o projeto, não deve atrapalhar ou impedir a sua execução, respeitando a diversidade e a individualidade das opiniões. Compete à assembléia da Loja a decisão final dos assuntos conflitantes, geralmente resolvidos com justiça, dentro da maior harmonia possível,O Mestre é o conhecedor dos ensinamentos maçônicos e está apto a ensiná-los. O Mestre é o Companheiro que recebeu um diploma de professor, sendo-lhe transmitidas as Lendas Maçônicas que, como parábolas, serão o instrumento didático adotado para a difusão dos ensinamentos.A máxima de São Francisco de Assis “é dando que se recebe” representa a essência da responsabilidade do Mestre. O ensinamento esotérico contido nesta máxima refere-se à Dualidade. Tudo o que entra deverá sair para abrir espaço para novas entradas. A capacidade de aprender é aumentada quando é ensinado o que se sabe. Só é “retido” o que é “doado”. O conhecimento fixa-se quando é ensinado. Tudo o que se lê nem sempre é retido na memória, mas uma vez ensinado, jamais será esquecido. Patrick Byrne, em seu livro “O Ouro dos Templários” (Editorial Estampa – Lisboa-2007-pg. 257), cita o ditado que capta a essência do conceito cabalístico: “Quando alguém se deixa penetrar pela luz, mas não a liberta, cria-se uma sombra”.Recebendo sem distinções os intelectuais, cientistas, religiosos, livres pensadores, inventores e operários, jovens e idosos, para um convívio comum, a Maçonaria tornou-se a depositária de todo conhecimento científico e oculto produzido pelas civilizações em todos os tempos. Instituição de caráter universal, seu Quadro é composto por profissionais de todas as áreas da atividade humana, que colocam os seus conhecimentos à disposição da Humanidade. Esse conhecimento pode ser encontrado nas atividades das Lojas, seja apresentado individualmente por seus membros ou contido no simbolismo e alegorias de seus Graus e Ordens. Compete ao maçom desvendá-los e praticá-los em benefício de sua evolução pessoal e da Humanidade.

Texto: Ir.`. Edison Barsanti, 33º • M .`.I.`.

Fonte: Revista Universo Maçônico Ed.17

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OS SETE DEGRAUS E SUA IMPORTÂNCIA SIMBÓLICA NO APRIMORAMENTO MAÇÔNICO.

Luis Henrique Miranda Griffo – M.`.M .`.

A complexidade e a diversidade dos símbolos que nos são apresentados na maçonaria são muitos e todos, sem exceção, nos servem para uma profunda reflexão visando principalmente o aprimoramento interior e a conseqüentemente evolução do Homem Maçom. Podemos classificar de uma forma geral este simbolismo maçônico em duas classes bem definidas: os símbolos materiais e as virtudes, ou idéias, que estes exprimem. Tal complexidade se dá pelo fato da maçonaria ter herdado de diversas escolas (sejam estas de cunho místico, esotérico, religioso ou político), uma grande quantidade de símbolos, sendo necessário ao Maçom um estudo constante e atencioso do momento histórico da humanidade quando este ou aquele símbolo foi introduzido em nossa Ordem.

O Templo maçônico é uma alegoria que nos remete a construção do Templo do Rei Salomão, sendo o mesmo dedicado a “morada” do Deus de Abraão, Isaac e Israel (Jacó), sendo esta casa antes prometida em diversas passagens bíblicas e efetivamente erguida por Salomão, filho de Davi. Temos diversas referências da arquitetura deste Templo no livro de Reis II, mas, ao observarmos seus utensílios não conseguimos ver ornamentos e paramentos como corda de 81 nós, pavimento mosaico, Delta luminoso, Estrelas, etc. Este fato nos atesta à influência que outras culturas deixaram ao passarem seus adeptos pela Maçonaria. O REAA baseia-se, fundamentalmente, nas origens israelita-salomônica, onde herdamos ensinamentos de altíssimo esoterismo.

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Vamos agora, após esta breve introdução, voltarmos nossos esforços para o tema deste trabalho, qual seja, os sete degraus que dão acesso ao Trono de Salomão e sua importância no aprimoramento moral do Maçom.

Os quatro primeiros degraus estão situados no Ocidente e dão acesso ao Oriente, entre a balaustrada que divide os dois pontos cardeais no eixo da Loja. O primeiro degrau representa a Força, virtude esta que está relacionada com a vontade de empreender esforços ilimitados para sairmos da inércia que nos aprisionam em um determinado ponto que nos impede o progresso. É somente através da Força que iremos efetivamente acessar ao segundo degrau, que é o Trabalho. O Trabalho aqui pode ser decifrado como o resultado da Força antes empreendida, pois é através de seus resultados que podemos afirmar que todo o tipo do mesmo enobrece o Homem. O Trabalho aqui não é exclusivamente o que nos dá “o pão nosso de cada dia”, mais também o Trabalho incessante do Maçom, que está em desbastar constantemente a sua Pedra Bruta em busca de seu aprimoramento.

Uma vez concluído este trabalho toma o Maçom conhecimento da Ciência, que é o nosso terceiro degrau em ascensão ao Trono da Sabedoria. Ciência é à base das Artes ou Ciências Liberais, decomposta e, a saber: em trívio (Gramática, Retórica e Dialética); e em quatrívio (Aritmética, Geometria, Astrologia e Música), que formam à base do desenvolvimento e consolidação do nosso atual sistema educacional.

Avançando-se no estudo e compreensão da Ciência podemos então somá-la a Virtude, que em nossa concepção é um montante de conceitos latentes no Ser Maçom. Diz-se que a Virtude é o último degrau do Ocidente pelo fato de, somente após a escalada dos demais, pode o Maçom, através da introspecção, alimentar sua alma com os conceitos aprendidos anteriormente. Sem eles não teria como se ter princípio basilares para as principais Virtudes, onde podemos destacar, dentre outras, a Lealdade, a Fidelidade, a Honestidade, a Bondade, o Desapego e o Amor, dentre outras tão necessárias para que os Irmãos vivam em União Fraternal.

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Acima deste “último degrau” do Ocidente observa-se uma superfície plana, onde a denominamos como Oriente. Ao analisarmos a linha que compreende entre o último degrau do Ocidente e o primeiro degrau que dá acesso ao Trono de Salomão temos, ao centro, o Altar dos Juramentos e, sobre este, o Livro da Lei. Não foi por acaso que este foi ali introduzido. Sua disposição atual deve nos remeter a reflexão de que nada terá real praticidade se não forem observados e cumpridos os códigos morais estabelecidos no Livro da Lei. Este cumprimento não deve aqui ser encarado como uma rigidez dogmática e inflexível. Devemos primeiro interpretar, já que a Bíblia é um livro complexo, a mensagem cifrada contida em seus infinitos ensinamentos. Há cerca de 2.000 anos, o mestre cabalista Rabi Shimon bar Yochai disse que “quem aceita o Tanach literalmente é um tolo”. Um dos problemas mais conflitantes das religiões ditas cristãs está justamente na forma como o líder destas interpretam as leis contidas em seu Livro Sagrado e, a seu “bel prazer”, conduzem o povo na ignorância e nas rédeas de um sistema intimidador e penitencial onde “deus” (com letra minúscula mesmo) castiga o homem que não dá seu dízimo em detrimento de seu crescimento espiritual e, principalmente, material. Maçonaria é tarefa de Libertação e em nada se assemelha a quaisquer sistemas escravocratas. O Livro da Lei nos serve como referência das grandes conquistas e a libertação de um povo em busca da Luz Permanente. E são estas lições e passagens que irão preparar o Maçom a ascender ao Trono de Salomão, ou o tão justamente denominado Trono da Sabedoria.

No primeiro degrau do Oriente temos a Pureza, pelo qual podemos associá-la a Fé. Só podemos cultuar a Fé quando estamos puros de todas as influências malignas, pois a Fé é um estado constante e divino de conexão com o GADU. Ser puro é limparmos nossos corações antes de comungarmos com o Criador nossas fraquezas e sucessos, pois “até o mais puro Mel azeda em um recipiente sujo”, e é sobre estas condições que subiremos ao segundo degrau.

Chegamos então na perspectiva da Luz, onde a Esperança nos faz julgar que existe um mundo melhor que este em que nosso corpo físico veste nossas almas.

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Ver a Luz é abrirmos nossas mentes para um novo conceito, para uma nova fase, para um verdadeiro renascimento; tendo em vista que devemos sepultar o velho homem que vivia nas trevas da ignorância. Na maçonaria a Luz nos é dada no momento de nossa Iniciação. Mas esta só nos é revelada em um momento oportuno. Estar na Luz é rasgar definitivamente o véu que protege o Sanctum Sanctorum e ver, face a face, a Verdade.

Este último degrau, a Verdade, só poderá ser alcançado após um longo período de aprimoramento interior. Todas as escolhas deverão ser fruto de intensa meditação, para então serem refinadas. A Verdade é o nossa maior conflito, posto que existem em um único acontecimento três perspectivas da mesma. Ou seja, a versão de um lado, a versão do outro e a Verdade de fato. E é neste ponto, a Verdade absoluta, que muito de nós se julgam mais sábios, mais conhecedores, mais sagazes que os outros. Como a Maçonaria está além do que os nossos cinco sentidos possam conceber, podemos considerar que a mesma é dotada de um “sistema de autodefesa”. Este dito “sistema” expurga de seus quadros os excessos e posturas não condizentes com seus princípios, sempre praticado por àquele que não se deixa iniciar. Não adianta dissimular, pois o GADU nos conhece na essência, forma etérea do Ser. Todos os nossos defeitos podem ser mascarados, mas ninguém consegue ser o que não é por muito tempo, e logo a Verdade vem à tona.

Deste aprendizado concluímos que a Caridade não é tão somente o que efetivamente fazemos para com os menos afortunados. A Caridade para com a Loja física também advém da Loja Celestial. Não é a nossa Oficina quem, através de um processo eleitoral, elege um irmão Mestre Maçom para o veneralato. Esta decisão não poderia ser unicamente através das falhas mãos humana, já que a figura do Venerável Mestre transcende as obrigações administrativas, tornando-se este também um líder espiritual do grupo. Uma espécie de “célula matriz” na formação do arquétipo da Loja, onde o sucesso e o fracasso do grupo dependem de sua Força, seu Trabalho, sua Ciência e sua Virtude, para que uma Sessão dedicada ao GADU seja plena em Pureza, Luz e Verdade.

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Finalizando, após discorrer sobre todos os aspectos ora citados, podemos concluir que não é tão somente o tempo de Ordem que determina se um Irmão Maçom tem os preceitos para ser Venerável Mestre de Loja. Mais sim pelo fato do mesmo ter atravessado um percurso árduo até, por merecimento e experiência, tomar assento no Trono de Salomão. E o motivo para tal processo é louvável e necessário, pois uma vez ali posto este irmão representará a Sabedoria de todos nós. Deste processo dependeu, depende e sempre dependerá a Maçonaria Universal e, neste Universo de símbolos que estamos imersos, os sete degraus que estão em nosso Templo representam o caminho que deverá ser seguido por todos nós, com passos firmes, sempre para frente e para o alto.

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O Mito da Escada de Jacó na Maçonaria

A escada de Jacó é um dos temas mais fantasiosos no pseudo-simbolismo maçônico. Melhor dizendo: as interpretações dessa famosa escada são mitos que passaram de geração em geração.Antes de qualquer coisa, precisamos saber quem foi Jacó e o que é uma escada em termos alegóricos. Jacó era filho de Isaac e conseguiu enganar o pai fazendo-se passar pelo irmão primogênito. Assim, recebeu a bênção paterna nesses termos: “Que Deus te conceda o orvalho do céu e a fertilidade da terra, trigo e vinho em abundância. Sirvam-te povos e prostrem-se diante de ti nações; sê um senhor de teus irmãos e diante de ti prostrem-se os filhos de tua mãe. Maldito quem te amaldiçoar e bendito quem te abençoar”. E prossegue Isaac dizendo: “Não cases com nenhuma das moças de Canaã. Vai a Padã-Aram, e casa-te lá com uma das filhas de Labão, irmão de tua mãe. Concedo-te a bênção de Abraão, a ti e à tua descendência, a fim de possuíres a terra em que vives como estrangeiro.”(Todas estas passagens estão no livro de Gênesis, podem conferir – não estou inventando nada.)Prosseguindo: “Jacó saiu de Bersabéia e, ao se dirigir para Harã, alcançou um lugar onde se dispôs a passar a noite, pois o sol já se havia posto. Pegou uma das pedras do lugar, colocou-a como travesseiro e dormiu. Então, teve um sonho: Via uma escada apoiada no chão e com a outra ponta tocando o céu. Por ela subiam e desciam os anjos de Deus. No alto da escada estava o Senhor que lhe disse: ‘Eu sou o Senhor, Deus de teu pai Abraão, o Deus de Isaac. A ti e a tua descendência darei a terra sobre a qual estás deitado. Tua descendência será como o pó da terra e te expandirás para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o sul. Em ti e em tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra. Estou contigo e te guardarei aonde quer que vás, e te reconduzirei a esta terra. Nunca te abandonarei até cumprir o que te prometi”. Ao despertar, Jacó disse consigo: “Como é terrível este lugar! Sem dúvida o Senhor está neste lugar e eu não sabia. Isto aqui só pode ser a casa de Deus e a porta do céu”. Atemorizado, levantou-se, tomou a pedra que lhe servira de travesseiro, e a erigiu em estela (monumento monolítico feito em pedra), derramando óleo por cima e chamando ao lugar de Betel (Casa de Deus). Jacó fez um voto, dizendo: “Se Deus estiver comigo e me proteger nesta viagem, dando-me pão para comer e roupa para vestir, e se eu voltar são e salvo para a casa de meu pai, então o Senhor será meu Deus. Esta pedra que erigi em estela será transformada em casa de Deus e dar-te-ei o dízimo de tudo que me deres”.Aí está a origem e o significado da escada “de Jacó” que não é nem escada, nem “de Jacó”. Foi uma visão tida em sonhos de algo apoiado no chão e com a outra ponta tocando o céu. Em sonhos, repito, Jacó percebeu anjos de Deus que subiam e desciam. Mas Jacó não subiu nem desceu pela escada, pois, como ele mesmo disse amedrontado, aquele lugar era terrível, sem dúvida a casa de Deus e a porta do céu (o terribilis est locus iste latino).

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Jacó não ousou prosseguir porta adentro nem subir escada acima. Apenas tomou a pedra que lhe servira de travesseiro e fez dela um altar comemorativo daquele acontecimento. E partiu dali ao encontro de Labão, “pai de Raquel serrana bela” – conforme versejou Camões – “Mas não servia ao pai, servia a ela, e a ela só por prêmio pretendia. Porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos lhe fora assim negada a sua pastora, começa de servir outros sete anos, dizendo: — Mais servira, se não fora para tão longo amor tão curta a vida!”Isto posto, pergunto aos meus botões de onde os inventores de Maçonaria tiraram a interpretação de que a “escada de Jacó” significa a ascensão nos Graus? Que maçons são esses que ousaram subir pela escada do local terrível, atravessarem a porta do céu, proeza da qual Jacó jamais pensou em realizar?Não pretendo escarafunchar toda a literatura maçônica para provar o que digo. Cito apenas o douto Irmão Joaquim Gervásio de Figueiredo em seu monumental Dicionário de Maçonaria (Editora Pensamento) que vê na escada “de Jacó” a representação da “hierarquia dos seres, potestades, mundos e reinos de vida”. A escada de catorze degraus em Maçonaria é outra coisa, assunto de outros ritos que não o escocês e outros Graus que não os simbólicos. Portanto nem toda escada deve ser confundida com a do sonho de Jacó.Para complicar ainda mais as coisas, uma indevida simbiose com a Teologia Católica misturou o sonho de Jacó (hebreu) com as Virtudes Teologais apregoadas, pela primeira vez na História, por Santo Ambrósio de Milão, Santo Agostinho de Hipona, São Tomás de Aquino e São Roberto Belarmino. Essa interação entre simbolismo maçônico e elementos da fé cristã (notadamente a Católica Apostólica Romana) nasceu da tentativa de estabelecer um diálogo entre a fé e a razão. Mas não consta que esses Santos tenham subido a escada “de Jacó” nem que tenham sido iniciados na Maçonaria. Sinto decepcioná-los...Continuar batendo nessa mesma tecla (ou nessa mesma escada) é andar em círculos por desconhecer a História e a própria Maçonaria.A escada que aparece num dos painéis do Grau não é a escada dos sonhos de Jacó, embora muitos artistas inflamados delirem ao desenhar anjos no topo da mesma. A escada do painel, que de forma alguma deve constar da decoração das Lojas, pendurada no teto, é uma alegoria referente à elevação moral do homem, e não à caminhada em direção à morada do Altíssimo.A Maçonaria, não sendo uma religião, há de permanecer à margem de quaisquer sectarismos. Um muçulmano, por exemplo, não verá o Jacó hebreu numa escada nem as virtudes cardinais de São Tomás de Aquino. Um budista menos ainda! Mas todas as religiões entenderão a escada como elevação, valoração e crescimento humanos. De volta à Escada e à Abóboda do Templo.

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Este artigo não representa a palavra oficial de nenhuma Loja, Potência ou Corpo Maçônico. Trata-se apenas da opinião e livre reflexão do autor. Blog: http://www.zmauricio.blogspot.com.br/Mestre Instalado da ARLS Inconfidência 47, da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais.

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A ESCADA DE JACÓ 

Encontramos no Painel da Loja de Aprendizes uma escada, denominada Escada de Jacó que simbolicamente representa a ligação entre a Terra e os Céus. A origem da introdução do simbolismo da Escada de Jacó na Maçonaria Especulativa deve-se à visão de Jacó, registrada no Velho Testamento, Gênesis 28 vers.10,11,12, 17 e 18.

Gênesis 28 - 10: "E Jacó seguiu o caminho desde Bersba e dirigiu-se a Harã". Gênesis 11: "Com o tempo atingiu certo lugar e se preparou para ali pernoitar , visto que o Sol já se tinha posto. Tomou, pois, uma das pedras do lugar e a pôs como apoio para a sua cabeça e deitou-se naquele lugar ". Gênesis 12: "E começou a sonhar, e eis que havia uma escada posta da terra e seu topo tocava nos céus; e eis que anjos de Deus subiam e desciam por ela". Gênesis 17: "Jacó acordou do sono e disse "Verdadeiramente, Jeová está neste lugar e eu mesmo não o sabia" ". Gênesis 18: "E ficou temeroso e acrescentou; "Quão aterrorizante é este lugar" Não é senão a casa de Deus e este é seu portão de entrada" ".

Simbolismo da Escada de JacóErguendo-se a partir do Altar dos Juramentos, sustentada pelo L.`. L.`. vai em direção à abóbada celeste representada no teto da Loja. Na base da escada, centro e topo encontramos três símbolos: a cruz - que representa a FÈ, a ancora que representa a ESPERANÇA e um braço estendido em direção a um cálice que representa a CARIDADE e no seu ápice uma estrela de sete pontas. 

No dicionário encontramos um dos significados de estrela = destino, sorte, fado, fadário. A estrela de Davi, símbolo judaico tem 6 pontas, formada pela interposição, entrelaçamento ou superposição de dois triângulos eqüiláteros. No painel do aprendiz, ao lado da estrela de 7 pontas encontramos à direita a Lua rodeada de 7 estrelas e à esquerda o Sol. O número 7, na simbologia mística nos esclarece do porque uma estrela incomum de 7 pontas no ápice da escada de Jacó

Simbologia do número 7Principio neutro dominando os elementos da natureza, aliança da idéia e da forma; a unidade em equilíbrio; paciência desenvolvendo a inteligência. Vitória: ligada à natureza e ao amor, simboliza o triunfo do iniciado ao fim da sua busca ( entendimento, compreensão e conhecimento)

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Poder espiritual vivificante, o aconselhamento fornecido ao iniciado por Deus. Poder final do espírito sobre a matéria. Reintegração da matéria no espírito e do tempo na eternidade. Número de poder mágico com sua força plena, onde estão compreendidos os estados de evolução física e espiritual que se completam; poder adquirido pelo iniciante nos dois mundos (material e espiritual). Misterioso. Profundo. Estranho e indefinível aos olhos do profano. 

Número que representa a energia mais perfeita que Deus concedeu para utilização dos iniciados nos rituais. O sete, diz os seguidores de Pitágoras, era assim chamado em função do verbo grego "sebo", - venerar e deriva do hebraico Shbo, set, ou satisfeito, abundância, sendo Septos, em grego "santo, divino, de mãe virgem".

Assim como a Escada de Jacó está envolvida nos mistérios e instituições que a tradição nos dá conhecer, temos a árvore da vida, no jardim do Éden nos mostrando caminhos entre um estágio inferior para um estágio superior. O verso da carta do tarô - o arcanjo maior - O julgamento - aonde vemos uma escada de sete degraus um arcanjo com sua trombeta , tendo à sua volta uma serpente que engole seu rabo com uma árvore ao seu redor. Além de figuras humanas na base da escada.

Esta carta mostra a ressurreição sob influência do Verbo. A Arvore da Vida carrega a seiva para Ourobus, a serpente que morde sua própria cauda, que é o símbolo da eternidade. A misteriosa escada dourada (escada de Jacó) que é o veículo para o homem ascender a um plano superior, atendendo ao chamado do arcanjo. A compreensão desta linguagem simbólica implica o conhecimento de questões que estão diretamente ligadas ao estudo e análise do nosso subconsciente, dos arquétipos e do nosso inconsciente coletivo descrito por Carl Gustav Jung.

È a Escada de Jacó um símbolo religioso nos mostrando que só chegaremos à morada de Deus se galgarmos degrau por degrau a escada da vida. È o símbolo do caminho para a perfeição. Sua colocação no painel do aprendiz indica que o neófito colocou o pé no primeiro degrau da escada, iniciando sua busca para o aperfeiçoamento moral. Outra visão - a esotérica - da escada de Jacó, onde anjos subiam e desciam por ela, nos mostra, simbolicamente os ciclos evolutivos e involutivos da vida num perpétuo fluxo e refluxo através dos sucessivos nascimentos e mortes.

A citação bíblica "a casa de meu pai tem muitas moradas" também nos reporta ao seu sentido esotérico, dizendo-nos que há muitos níveis para as criaturas dentro do seu grau de evolução e progresso.

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Que possamos, na nossa ignorância, atinar para a grande inteligência do Plano de Evolução da Vida, que nos é sugerido no painel da Loja de Aprendiz, pois após a estrela de sete pontas, que simboliza a verdadeira sabedoria e a perfeição moral, ainda poderemos transcender rumo às nuvens, Lua, Sol e demais estrelas do firmamento, incorporando-nos no grande e glorioso Céu, contido na abóbada celeste, para verdadeiramente nos reencontramos com o G.`.A.`.D.´.U.´.

Jurandyr José Teixeira das NevesM.'.M.'., ARLS Renascença - Santo André - SP - Brasil

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Primeiro Discurso de Exaltação ao Mestre Meu irmão Quando solicitastes fazer parte da Franco-maçonaria, detivestes-vos por algum tempo numa câmara em que o símbolo da morte vos foi apresentado sob diversas formas. É morrendo para os prejuízos, para o obscurantismo, para todos os erros ancestrais ou sociais que vos tornastes franco-maçom. Hoje, vosso trabalho sustido, vosso zelo pela Ordem, vosso devotamento a vossos Irmãos nos permitem convidar-vos para participar dos mistérios mais profundos e iniciar-vos no grau de Mestre. Este Grau é talvez o que dentre todos representa mais maravilhosamente os antigos mistérios do Egito. Outrora, o iniciado nos mistérios de Osíris aprendia, além da existência de forças misteriosas que vos revelou o grau de Companheiro, a possibilidade para o homem viver uma vida diferente da vida física. Ensinava-se-lhe que a entrada e a saída da existência terrestre são guardadas pelo terrível mistério da morte. Para exprimir simbolicamente este mistério, o iniciado era envolvido em faixas e colocado num ataúde; ao seu redor se ouviam cantos tristes e majestosos, e depois ele renascia. Era-lhe revelada uma luz nova, e seu cérebro, dinamizado pelo vencimento do terror da morte, abria-se a idéias mais nobres, a devotamentos mais sublimes. Hoje, as ciências profanas, graças ao devotamento dos Irmãos que nos precederam, transformaram a vida social. O manejo das forças físicas saiu das antigas universidades, dos templos fechados, para entrar nos laboratórios e, tal qual o pelicano simbólico a dar seu sangue para nutrir sua prole, o sábio contemporânio, o verdadeiro vidente da humanidade ainda cega, propicia aos profanos sua ciência e seu devotamento. Mas a tradição dos símbolos é também uma ciência viva. Ela permite ao que a possui adaptar seus conhecimentos `as necessidades de seus Irmãos, reerguer uma sociedade que soçobrava, suster um coração desanimado e projetar a luz onde as trevas reinavam soberanas. Outrora, repetia-se ao Iniciado a história de Osiris, sua dilaceração, sua reconstituição por Isis, e as danças simbólicas dos Iniciadores revelavam os mistérios que a palavra era incapaz de traduzir. Cada centro instrutor possuía uma história simbólica – lenda aparentemente frívola para os não iniciados – que servia de base a todo ensinamento dos mistérios. A Franco-maçonaria, herdeira direta destas antigas Fraternidades iniciáticas, não faltou a este dever. Vamos, meu irmão, repetir-vos a lenda de Hiram. Se não a houvéssemos precedido das considerações que acabamos de desenvolver, esta lenda pareceria um relato banal de coisas antigas e pouco interessante, e a vossa atenção não seria incitada a quebrar-lhe a casca para achar no centro do fruto a amêndoa nutritiva, libertadora de vossa intelectualidade. A lenda de Hiram contém a chave das maiores adaptações simbólicas que a Ordem maçônica tem de conseguir. Sob o ponto de vista social, a adaptação da inteligência aos diversos gêneros de trabalho, a divisão das forças sociais concorrendo com a harmonia do todo, o lugar dado ao Mestre por seu saber, são todos ali desenvolvidos.

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Sob o ponto de vista moral se ensina a lei terrível que faz com que aquilo que haveis sustentado, que haveis construído, que haveis salvo, se revolve contra vós e vos procure matar, pois segundo a fórmula do animal humano, “o Iniciado matará o Iniciador”. Praticamente, enfim, a certeza de que todo sacrifício é a chave de uma floração futura, é o ramo da acácia que guiará os Irmãos para o tumulo daquele que se sacrificou por eles. Tudo isso é eternamente vivo para um cérebro que compreende e indica um ensinamento que pode sempre ser transmitido através da humanidade, qualquer que seja a evolução da sociedade profana. Que nossos antigos Irmãos do século dezoito tenham visto nesta lenda uma representação mística da marcha do sol; que outros tenham ali descoberto adaptações filosóficas, isso pouco importa, pois toda lenda verdadeiramente simbólica é uma chave universal, adaptável a todas as manifestações físicas, morais e espirituais. Agora, meu Irmão, compreendereis a razão de ser dos mistérios de que ides participar, e sabereis porque a Franco-maçonaria deve respeitar a tradição e os símbolos que foram confiados a seus Mestres iniciadores. Segundo Discurso– Após a Exaltação A partir deste dia, sois um verdadeiro ela da cadeia universal constituída em toda a Terra pela Franco-maçonaria. A partir deste dia, participareis das reuniões da câmara do meio, onde se reúnem física ou misticamente os arquitetos da sociedade futura, para dar `a humanidade, cada dia, um pouco mais de luz, um pouco mais de bem-estar e um pouco mais de razão. Participando da obra universal de Franco-maçonaria, tendes direito `a assistência do universo inteiro. Onde quer que estejais, quaisquer que sejam as opiniões do povo em cujo meio permaneceis, qualquer que seja a sua linguagem, fazei um sinal e nossos irmãos correrão para vós. Triunfaste da morte. Novo Hiram da anunciação social, vós ides, agora, estabelecer conscientemente o plano de vosso monumento intelectual, pois não sois mais o Aprendiz que se esforçava para desbastar a pedra mal talhada; não sois mais o Companheiro que, forte em ensinamentos intelectuais e tradições maçônicas, tinha constituído seu dinamismo cerebral. Vós sois o Mestre, consciente de sua personalidade, chamado a exercer, na Ordem, todas as funções administrativas das Lojas; a dirigir os Aprendizes em suas pesquisas intelectuais, e os vossos colegas – os Mestres – no traçado de suas pranchas simbólicas. Vossa responsabilidade aumenta na própria razão da extensão de vossas funções. Se a Ordem vos assegura, por toda a parte, passagem e proteção, ela espera de vós um esforço contínuo, um trabalho sem esmorecimento para a libertação das inteligências oprimidas, e uma coragem a toda prova, se for preciso arriscar alguma coisa para salvar um de vossos Irmãos. Espalhai, pois, por toda a parte, a luz que recebestes. Procurai nas sociedades profanas as inteligências livres, os corações elevados, os espíritos ousados que, fugindo dos entraves da vida fácil e dos prejuízos, buscam uma vida nova e podem ser elementos poderosos para a difusão das idéias maçônicas. Aprendei a dirigir-vos por vós mesmos, a fugir de todo sectarismo. E se combateis os erros e as superstições que os diversos sacerdotes impõem `a humanidade ainda na infância, sabei ser sempre tolerante, não vos torneis um sectário odioso aos seres humanos.

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Filósofo, isto é, amigo da sabedoria, sabei conservar sempre o equilíbrio mental que caracteriza o homem são de espírito. Lembrai-vos de que Hiram assentou suas duas colunas e que o capiteu da entrada do templo repousa harmoniosamente sustentado por Bohaz e Jachim, isto é pela Força e Estabilidade. Não se construiu o edifício apoiando-o numa só coluna. Assim, pois, na construção intelectual que tereis de empreender, sabei equilibrar sempre os ensinamentos da razão com os devotamentos do coração. Lembrai-vos que a Franco-maçonaria vem em auxilio dos infelizes, quaisquer que sejam as suas opiniões, e que, em sua ação sobre a sociedade profana, ela liberta as consciências e ao mesmo tempo reergue a coragem daqueles que não esperam mais. E se na vida alguns traidores querem fazer desaparecer vossa obra; se, como Hiram, estais prestes a receber o golpe do malhete fatal da parte dos inconscientes ou revoltados, lembrai-vos de que todos os Irmãos presentes vos saberão defender. Lembrai-vos de que os Mestres dedicados seguirão, mais tarde, as pegadas de vossas obras e que o ramo de acácia servirá para reconhecer vossos esforços pelo desenvolvimento de nossa Ordem e manifestação de vossos recursos intelectuais. Trabalhai, meu irmão. Adquiri a consciência de vossos deveres, e se nunca o desencorajamento entrar em vossa alma, ao perder vosso espírito a força de luta, recordai-vos deste dia solene e dizei: “Não! Não faltarei `a minha missão; não! A covardia não me encadeiará o espírito; não! Não me deterei em minha missão de progresso, pois a acácia me é conhecida.

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O número 3 na Bíblia

A Bíblia é cheia de coisas expressas com esse número:

1. Lucifer levou consigo a terça parte dos anjos; 2. São três as primeiras criaturas de Deus que manteêm o primeiro

diálogo: Adão, Eva e o diabo; 3. Três foram os filhos de Noé que repovoaram a terra após o dilúvio; 4. Abraão viu três homens, que seriam três anjos; 5. Os sonhos interpretados por José no Egito falavam de três dias,

representados por três cachos de uvas e três pães; 6. Moisés trouxe três dias de trevas sobre o Egito; 7. No ritual mosaico faziam-se “três festas anuais, a saber: na festa dos

pães ázimos, na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos”; 8. Era muito comum marcarem prazos de três dias e escolherem três

pessoas para determinadas finalidades; 9. Três amigos teriam vindo consolar Jó; 10. Daniel orava três vezes por dia; 11. Na visão de Daniel, um novo reino eliminou três outros; 12. O templo de Salomão estava dividido em três partes: átrio, lugar

santo e santos dos santos (santíssimo); 13. “Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe”; 14. Mateus viu três pessoas no momento da transfiguração: Jesus,

Moisés e Elias; 15. Durante três anos da sua vida Jesus curou enfermos e perdoou

pecados ===> by Sara Kelly in http://apdsji.wordpress.com/ 16. Jesus ressuscitou no terceiro dia após sua morte; 17. Três foram os reis magos que trouxeram presentes a Jesus quando ele

nasceu; 18. Pedro negou Cristo três vezes; 19. Pedro teve uma visão, na qual ouviu três vezes uma voz; 20. O Apocalipse fala de três espíritos imundos saindo das bocas de três

personagens: dragão, besta e falso profeta; 21. A grande cidade (Roma) fendeu-se em três partes; 22. A cidade santa tinha três portas de cada lado; 23. Três anjos deram três mensagens; etc.

Tanto o povo fez misticismo em torno do número três, e o ele ficou tão comum, que até as democracias se constituíram com três poderes.

http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod=18113&cat=Artigos&vinda=S

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O SIGNIFICADO DO NÚMERO CINCO NA BÍBLIA

Depois do número treze, o número 5 é o menos apreciado porque tem relação com a morte. Contudo, alguns estudiosos de numerologia bíblica acham que ele se refere à graça. Este número tem relação com as cinco chagas de Cristo, conforme um hino composto por Charles Wesley, irmão de John Wesley, e também com as cinco peças do vestuário de nosso Senhor,na hora da morte. Desse modo, este número está ligado à morte, a qual resultou em graça para todos que aceitam pela fé o sacrifício vicário do Senhor Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, ele significa morte eterna para todos os que o desprezam. A palavra graça tem cinco letras em inglês (e também em Português). É claro que esta palavra só se refere a uma entre bilhões de mortes no planeta terra. De fato, a única razão da morte de Cristo estar conectada ao número cinco é por causa da graça dela resultante. O "May-Day" é um sinal que aponta para a conexão deste número com a morte. Maio é o quinto mês do ano e pode ser que tenha algo a ver com a morte. Mas será coincidência que o sinal de SOS tenha quinhentos quilociclos e que se refira ao parágrafo cinco do código de acidentes marítimos? E que todo animal era sacrificado num altar do Velho Testamento de cinco por cinco? Nesse caso, não seria o altar um tipo de morte e, ao mesmo tempo, de graça e perdão de pecados?

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O primeiro homem falecido de morte natural (e não assassinado como Caim)é citado no verso cinco do capítulo cinco de Gênesis. Esse homem foi o pai da raça humana, o qual, pela sua desobediência a Deus, trouxe a morte para todos os homens. Enquanto isso, o segundo Adão, Cristo, pela sua morte, trouxe a graça a todos os que nele crêem.

 O homem mortal, condenado a voltar à terra de onde veio, tem cinco dedos em cada mão e cinco artelhos em cada pé. Também a estátua do sonho de Nabucodonosor, representando os governos mundiais, tinha cinco artelhos em cada pé e estes significam destruição. Quando a pedra (Cristo) for arremessada e destruir a imagem (provavelmente representando as dez nações gentílicas reunidas contra o povo de Deus), ela será arremessada diretamente contra os artelhos da estátua, ou seja, duas vezes cinco, somando dez, que é o número dos gentios.

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Sábado, 30 de maio de 2015 da E .`. V.`.

O misticismo do número 7

Se existe um número que desperta atenção, curiosidade e crendices, sem dúvida este é o sete. Talvez um dos “culpados” seja Pitágoras, por ter afirmado que o sete é um número sagrado, perfeito e poderoso, além de mágico. Ele só não disse que é também considerado o número da mentira.

Em diversas religiões o sete está presente como número místico, indicando o processo de passagem do conhecido para o desconhecido, também representado pela soma 3+4, onde o três é expresso pelo triângulo da Santíssima Trindade e o quatro pelo quadrado dos quatro elementos físicos (terra, água, ar e fogo).

Veja alguns dos muitos casos onde o sete se faz presente: - 7 são as virtudes: Fé, Esperança, Caridade, Prudência, Justiça, Força e Temperança. - 7 são os pecados capitais: Soberba, Ira, Inveja, Luxúria, Gula, Avareza e Preguiça. - 7 são os sacramentos da Igreja Católica: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio. - 7 são as Obras de Misericórdia: Dar de comer, beber e vestir, dar pousada, assistir os enfermos, visitar os presos e cuidar dos que partem pela morte - 7 são os braços do candelabro judeu. O símbolo sagrado do judaísmo é o memorá, candelabro com sete braços indicando os sete dias da criação.

- 7 são as notas musicais com 7 escalas, 7 pausas e 7 valores. - São 7 as cores do Arco-Íris. - 7 foram as pragas do Egito. - No sonho do Faraó Egípcio (ver Bíblia) tinha 7 vacas gordas, 7 vacas magras, 7 espigas cheias, 7 espigas vazias. José decifrou o sonho como 7 anos de fartura e 7 anos de seca. - São 7 os Arcanjos: Miguel, Jofiel, Samuel, Gabriel, Rafael, Uriel e Ezequiel. - 7 são as Leis Universais: Natureza, Harmonia, Correspondência, Evolução, Polaridade, Manifestação e Amor. - 7 são os dons do Espírito Santo: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Força, Ciência, Piedade e Temor a Deus. - São 7 as glândulas endócrinas: Hipófise, Tiróide, Paratireóides, Supra-renais, Sexuais, Timo e Pâncreas. - São 7 os nossos chacras :Básico, Esplênico, Umbilical, Cardíaco, Laríngeo, Frontal e Coronário. - 7 são os grandes mensageiros: Krisna, Buda, Lao-Tsé, Confúcio, Zoroastro ou Zaratustra, Moisés e Jesus. - 7 são as personalidades de Deus (segundo Zoroastro): Luz Eterna, Omnisciência, Retidão, Poder, Piedade, Benevolência e Vida Eterna.

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- 7 meios tem o homem para se tornar puro (segundo o Budismo) : Domínio de si mesmo, Investigar a verdade, Energia, Alegria, Serenidade, Concentração e Magnanimidade. - 7 são as virtudes: Humildade, Liberdade, Castidade, Paciência, Abstinência, Caridade e Diligência. - 7 são as Obras de Misericórdia Espiritual: Dar um Bom Conselho, Instruir os Menos Esclarecidos, Corrigir os que Erram, Consolar os Aflitos, Perdoar as Injúrias, Suportar Pacientemente as Fraquezas do Próximo e Rezar pelos vivos e Falecidos. - A Lua tem 4 fases de 7 dias cada. - No Apocalipse de São João encontramos: 7 Estrelas, 7 Igrejas, 7 Cornos, 7 Selos, 7 Candelabros, 7 Anjos, 7 Trombetas, 7 Coroas, 7 Trovões e 7 Taças. -70 x 7 é a conta do perdão. - A criação do mundo 6+1 dias = 7. - 7 São os dias da semana. Deni Píàia

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Loja Maçônica Ricardo Misson n°

Data de Fundação: 27/01/2011.

Obediência: GLMMG.

Rito: REAA.

Endereço: Av. Cel. J oaquim de Oliveira Prata, 1489- Bairro Bom Retiro.

Cep: 38022-290.

Cidade: Uberaba-MG.

Email: [email protected]

Reuniões: Segundas-feiras ás 20:00 hs.

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A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO

Seja qual for seu trabalho, é muito importante, pois é através do trabalho que desenvolvemos nossas habilidades, nos envolvemos com pessoas, aprendemos a conquistar nossos espaços e com isso alcançar nossos objetivos na vida. Não importa a idade, a hora, a cidade, todos nós podemos trabalhar e concretizarmos nossos objetivos dando ao trabalho que executamos o sentido real para nossas vidas. O trabalho nos move em direção de nossa autoestima, pois sua utilidade é a marca registrada de sua conquista.

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E conquistar seu espaço no mundo de hoje é fruto de uma sociedade que ja passou por séculos de estagnação, de muitos preconceitos, de escravidão e mesmo com ainda grandes conflitos, podemos hoje recorrer aos meios mais restritos e desenvolver nossa capacidade de expressar nossas idéias e buscar nossos objetivos a serem realizados .Através do trabalho mudamos pessoas que não acreditavam que podiam ser pessoas que ela são, seu valor pessoal pode ser editado no grupo a que elas pertencem e isso não tem preço, dai a importancia do trabalho, seja no campo, nas empresas, no lar dentro da família ,

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nas escolas, nas comunidades, nos esportes e em todos os seguimentos de nossa sociedade .O Trabalho nos indica o caminho para viver uma vida melhor.

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A Responsabilidade do Mestre Ser mestre é não se considerar juiz dos defeitos e erros dos outros mas saber compreender e perdoar.O grau de Mestre - No simbolismo maçônico, o Grau de Mestre representa o Outono da vida, estação em que o Sol termina o seu curso e morre para renascer de suas cinzas; é a época em que o homem recolhe os frutos do seu trabalho e de seus estudos. É o emblema que indica a compreensão das lições de Moral que a vida ensina e a experiência que se alcança.É somente a partir deste Grau que o membro de qualquer Rito Maçônico é considerado como um Maçom real (um “construtor”).Ser Mestre – Ser mestre significa ser Mestre de si mesmo, trabalhar com inteligência e força de vontade em seu próprio aperfeiçoamento, tendo sempre em mente o fato de que nada mais somos do que simples Aprendizes no Grande Mistério, mesmo que nos denominemos Mestres.Ser Mestre é ser bom, humano e benevolente para com todos, sem preferência de raças nem de crenças, porque vê Irmãos em todos os homens.Ser Mestre é aceitar que não nos pertencemos, mas à coletividade, e que por isso mesmo nossa inteligência e nossa vontade devem estar sempre a serviço dessa coletividade.Ser Mestre é acender luzes pelo caminho por onde passa; luzes de amizades e sabedoria, de bondade e justiça, de harmonia e compreensão, de solidariedade e fraternidade.Ser Mestre é lembrar que o tempo, a paciência e a perseverânça podem realizar qualquer coisa. Todos os seus esforços tendem a poder dizer a si mesmo no dia de amanhã, que há nele alguma coisa de melhor do que na véspera.Ser Mestre é jamais esquecer sua obrigação dos estudos, das pesquisas e, sobretudo, da meditação, exercício sagrado para a sedimentação do conhecimento, na busca incessante da palavra perdida, o grande segredo da Maçonaria.Ser Mestre é saber aceitar um conselho, para ser ajudado. Ser Mestre é retribuir com ternura aos que oodeiam.Ser Mestre é não se comprazer em procurar os defeitos alheios, nem em colocá-los em evidência. Se a necessidade a isso o obriga, procura sempre o bem que pode atenuar o mal.Ser Mestre, afinal, é ser perfeito nas mínimas realizações.Esta não é a enumeração de todas as qualidades que distinguém o Mestre Maçom, mas todo aquele que se esforce em possuí-las, está no caminho que conduz a todas as outras.O Poder - Pelo conhecimento, o Mestre disporá de quatro palavras mágicas que são: o Querer que se transformou em Saber, o Saber que o levou a Ousar numa hora aguda, e o Silêncio contemplativo, que o fez Calar no momento preciso.

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A sábia conjugação destas quatro palavras amalgamou-se em uma quinta denominada Poder. Por isso, um Mestre não condena nem elogia. Ele contempla o seu Poder, pelo conhecimento dos Cinco Pontos da Perfeição que são: pé com pé, para indicar que o Mestre Maçom sairá de seu trajeto, até, se necessário, para dar assistência a um Irmão merecedor; joelho com joelho, como lembrete de que, em suas orações ao Todo-Poderoso, o Mestre Maçom se lembre do bem-estar de seus Irmãos, assim como do seu próprio; peito com peito, como garantia de que cada Mestre Maçom manterá em seu próprio peito todos os segredos de um Irmão quando estes lhe forem contados, exceto assassinato e traição; mão nas costas, porque um Mestre Maçom sempre estará pronto para estender a mão para apoiar o Irmão e defender seu caráter e reputação em suas costas, assim como diante de seu rosto; e boca no ouvido, porque um Mestre Maçom tentará prevenir e dar bons conselhos a um Irmão pecador de maneira mais amigável possível, apontando seus erros e dando-lhe recomendações adequadas para que ele possa se afastar do perigo.

A distância, pela contemplação, procura compreender e aceitar os erros alheios. Intuirá que eles pertencem à essência da natureza humana, e como humano que é, aproveitará erros e acertos dos outros, para em si, como forma de ensinamentos, adotar o que suponha ser Virtude e abolir o que possa ser Vício. Vale a pena novamente repetir: por esses cinco pontos, o Mestre procurará se mostrar ao próximo e aos pósteros, como um espelho, refletindo o que de melhor encontrar, nessa sua busca da perfeição.A Vida e a Morte - O objetivo do Mestre é dar-se conta das opiniões e da conduta de todos os assuntos graves e sérios. Saber distinguir entre as palavras “Vida” e “Morte”.A vida é um dos temas mais importantes oferecidos ao estudo do Maçom. As três fases da vida de um homem – infância, virilidade e velhice – têm sido simbolizadas pela Maçonaria que, através da Iniciação, conduz os seus adeptos à compreensão metafísica da Vida. Por isso, no terceiro Grau, a Vida foi simbolizada pelo túmulo de Hiram.Na Maçonaria, quase todos os sistemas maçônicos consagram à Morte uma parte da instrução de seus Graus. A Morte, que constitui a base dos estudos do Grau 3 do simbolismo, é representada em muitos Simbolos Maçônicos a fim de induzir a alma do Iniciado a meditar sobre o seu destino e a tirar lições que contribuem para ele refrear as suas paixões.Os Trabalhos no Grau de Mestre têm por objetivo mostrar, pelo estudo da vida e da morte, que a inteligência é a única coisa que constitui o homem, e para conservá-la em toda a sua integridade, torna-se necessário resistirmos sempre e com todas as nossas forças aos ataques mortais da ignorância, da Hipocrisia e da Ambição.O Mestre deve ser um todo harmonioso. É a meta que deve procurar todo o Maçom. É o mérito do Iniciado de ter atingido este desenvolvimento que o constitui dentro da verdade como um ser intelectual e moral apto a servir de base a este Grau superior de vida e de participação na vida superior.

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Tudo isso, o Mestre aprende. É a razão pela qual a Loja do Mestre Maçom é conhecida como o Sanctum Sanctorum da Maçonaria. Sendo a mais sagrada das três partes do Templo, foi considerada o Símbolo de uma Loja de Mestres (Câmara do Meio), na qual são realizados os mais sagrados Ritos Iniciáticos da Maçonaria.O terceiro Grau de Iniciação Maçônica é o complemento necessário dos dois primeiros. Se não existisse, a cumeeira do edifício faltaria e a Maçonaria Especulativa não seria outra coisa senão uma irrisória caricatura da Maçonaria Operativa.O Mestrado conduz a novas sínteses. O Aprendiz dedicou-se ao trabalho material, ao desbaste da Pedra Bruta. O Companheiro ao trabalho intelectual que implica a realização da “Pedra cúbica”. Ao Mestre, não pode ser atribuído senão o trabalho espiritual. A sua missão é derramar a luz e reunir o que está esparso.Acácia – É uma árvore com espinhos da família das leguminosas, que floresce próximo a Jerusalém, cresce na orla dos desertos ou em países quentes. Muito freqüentemente usada como emblema maçônico. O ramo que, segundo a lenda de Hiram, foi colocado na cabeceira do túmulo do Mestre. Por ser sempre verde, a acácia é considerada como símbolo da imortalidade.Desde a alta antiguidade, a acácia foi considerada, como árvore sagrada. Moisés ordenou que dela se fabricassem o Tabernáculo, a Arca da Aliança, a Mesa dos Pães de proposição e o restante dos adornos sagrados. Isto explica porque os primeiros Maçons, que foram buscar quase todo o seu simbolísmo na Bíblia, adotassem a acácia como planta sagrada e a transformassem em símbolo de uma importante verdade moral e religiosa, consagrando-a nas cerimônias maçônicas iniciáticas.A sua madeira teve sempre reputação de incorruptível, como a do carvalho, que é também um emblema simbólico.A acácia é também considerada sagrada pelos Maçons que nela simbolizam a imortalidade da alma, a inocência, a incorruptibilidade, além de transformá-la em emblema da Iniciação. É por eles empregada nas cerimônias fúnebres como símbolo da tristeza, mas também de prudência, da qual é a recompensa.Euforia e tristeza - O que deverá sentir um verdadeiro Mestre ao contemplar em Loja as lacunas deixadas por aqueles Aprendizes e Companheiros que um dia, cheios de entusiasmo, aqui chegaram e num outro dia desertaram?Procurando matizar essa seqüência de idéias com as cores sombrias de uma realidade que nos preocupa, falamos da euforia que sentimos nas freqüentes sessões magnas de Iniciações a que assistimos e, tempos depois, da triste constatação da ausência de muitos daqueles Aprendizes desertando dos seus assentos na Coluna da Força e de alguns Companheiros deixando de reforçar a Coluna da Beleza. Aludimos tamém aos Mestres que, com pouco tempo da Exaltação, sem um pedido formal ou qualquer satisfação, nunca mais aparecem na loja; e convém não esquecermos daqueles Irmãos que, cingidos com o Avental de Mestre e julgando-se “donos da Verdade”, só aparecem na loja nos dias de festas e à vezes até aproveitam essas oportunidades para discursarem palavras inflamadas de críticas apaixonadas e violentas, distribuindo “sábios conselhos”.

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Infelizmente, essas cores sombrias são uma constante em tantas Lojas...A responsabilidade do Mestre - Pensando na redobrada responsabilidade da Exaltação, já que podemos entender o Mestre como aquele que ensina como guia, como exemplo e, naturalmente, como aquele que na prática do método iniciático, estuda as suas próprias imperfeições e trabalha, sem cessar, em combatê-las burilando a mente, tornando-a mais aberta e predisposta para estudar e assimilar novos conhecimentos. Lembremos que é no trabalho profícuo que exalta as virtudes dos seus Mestres, dentro e fora da Loja, que se baseia o sucesso da atuação da Maçonaria.Se a ordem social colocou homens sob sua dependência, o Mestre Maçom os trata com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante o Criador, usa de sua autoridade para erguer-lhes o moral e não para esmagá-los com o seu orgulho; evita tudo o que poderia tornar sua posição subalterna mais penosa.Como subordinado, por sua vez, compreende os deveres da sua posição, e tem o escrúpulo em cumpri-los conscienciosamente.Assim, em todas as Lojas os AApr.’. e os CComp.’. estarão sempre olhando para os MM.’..Nessa ordem de idéias, julgamos válida a preocupação que sentimos visitando uma Loja, ao saber que o Ex-Venerável ou Past Master Imediato (último Venerável) desertou após a passagem do malhete sem cumprir a honrosa missão de atuar como assessor e conselheiro experimentado de seu sucessor.Concluindo – Não se deve esquecer que o Mestrado não é um dom. É uma conquista. É a vitória do homem sobre si mesmo. O Mestre deve se esforçar para enxotar o velho homem, isto é, por eliminar paciente, mas definitivamente, todos os erros, as antíteses, as contradições de costumes e usos de nossa civilização, a fim de edificar sobre um terreno novo o ser superior que o colocará em comunicação com as regiões de igual natureza.O Mestre não deve esquecer que, em sua ascensão para a espiritualidade, o pensamento é uma força soberana, mas que deve ser guiada com bom senso e lógica. Convém ter sempre no espírito a meta a atingir e concentrar os seus desejos, os seus pensamentos e os seus atos para um mesmo ponto de vista dirigido com amor para uma ordem de coisas, mais perfeita, para as múltiplas definições do Bem, do Belo e do Verdadeiro.Além disso, respeita em seus semelhantes todos os direitos dados pelas leis da Natureza, como gostaria que os seus fossem respeitados. Promete e jura que sempre lembrará de seu Irmão Mestre Maçom quando estiver ajoelhado oferecendo sua devoção a Deus Todo Poderoso.E não posso parar na senda do progresso e da perfeição, porque “A Ac.’. me é conhecida”.

Fonte de Consultas: Grande Dicionário Enciclopédico deMaçonaria e Simbologia – Nicola Aslan...

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A importância do fracasso na vida e na carreira Cuidado com as receitas de auto-ajuda e os modelos de sucesso pré-fabricados. Não existem conquistas fáceis Renato Bernhoeft, 29 de maio de 2012 "Estou certo de que nossa indisposição para ouvir a respeito de qualquer outra coisa que não seja o sucesso nos torna especialmente vulneráveis ao fracasso que tememos". Para quem imagina que esta é uma frase de algum psicólogo ou guru de auto-ajuda devo informar que está profundamente enganado. Ela é a conclusão de um recente artigo escrito pelo respeitado economista Paul Krugman, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), intitulado "Sem tempo para perdedores".

O atual cenário em que vivemos – mudanças de paradigmas, incertezas mundiais e nacionais, ambiguidade, perdas financeiras, rompimento de modelos etc. – coloca em cheque todo um sistema que criou modelos de sucesso como busca de um estado permanente. Isto produziu nas pessoas, e especialmente nos sistemas de carreiras profissionais, um grande despreparo para lidar com fracassos, frustrações ou reveses.

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Especialmente porque o sentimento de manter-se sempre otimista parecia evitar situações adversas. Mas o que isto provoca é uma fuga da realidade. Ou, o que é pior, um total despreparo para encarar e administrar a realidade.As análises que procuram comparar o atual momento sócio-econômico do mundo com a grande depressão de 1929/1930 são quase unânimes em demonstrar condições muito diferentes. A velocidade da informação entre mercados e países cria uma dinâmica mais intensa que exige outros parâmetros e ações. Estamos mais vulneráveis com a inter-dependência gerada pela globalização.Mas o que não mudou foi a necessidade do ser humano de compreender todos estes fenômenos nas suas implicações sobre o seu comportamento e condutas. Negar a realidade ou criar "escudos" psicológicos de otimismo artificial podem terminar apresentando efeitos muito piores no médio e longo prazos. E não apenas sobre a nossa geração, mas as que nos seguem.E a realidade é mutante e desafiadora no sentido de que muitas vezes podemos extrair excelente aprendizado daquilo que não deu certo ou não funcionou tão bem. Como dizia Machado de Assis quando se referia ao passar biológico do tempo, podemos pintar os cabelos, esticar a pele, mas tudo isto é externo. Interiormente, o tempo e seus efeitos persistem.

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Portanto, é conveniente não apenas aceitarmos as alterações biológicas, ou psicológicas. Mas encará-las com as limitações e aprendizados que a vida nos proporciona.Infelizmente nossos modelos de êxito e felicidade estão equivocadamente apoiados na conquista da fama. Mas esta nem sempre vem devidamente acompanhada de felicidade ou sucesso. São estados e sentimentos diferentes. Os inúmeros exemplos de fama que a mídia apresenta não garantem referências de felicidade pessoal e profissional.Voltando ao artigo de Krugman quando se refere à sociedade americana, diz ele que "faria muito bem aos americanos se lessem livros de negócios que enfocam não apenas histórias de sucesso."E isto se referindo a uma das sociedades onde mais se proliferam os gurus do otimismo, pastores eletrônicos, disque-felicidade, literatura de auto-ajuda e outras formas ou modelos em que o êxito é colocado como um estado a ser mantido permanentemente.O grande risco destas formulas é que orientam as pessoas a manterem um estado de otimismo exterior. Ou seja, passando aos demais a impressão de que está "tudo muito bem" quando na realidade têm dificuldades para lidar com as incertezas e questionamentos individuais. Evitam olhar-se na perspectiva de um espelho interior.Muitas pessoas que conseguem manter a aparência estão despreparadas para o confronto com a intimidade e suas próprias inseguranças. Para isso a maioria dos programas de auto-ajuda não habilitam as pessoas.

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Voltando às observações de Krugman, quando fala dos executivos e empresários, diz que "embora de maneira inconsciente, a carreira empresarial exige uma enorme profundidade emocional. Uma atitude irônica ou um senso trágico da vida poderá torná-lo uma pessoa mais interessante. Mas poderá também prejudicar a perspectiva positiva que você precisa ter para tornar-se um executivo ou empresário de sucesso. E a literatura de negócios que quiser apenas conhecer coisas positivas está perdendo muito."Confio que está ficando mais claro para muitos profissionais que, tendo que lidar com uma sociedade com tanta complexidade e incertezas como a atual, não existe uma solução única. E sonhar continua sendo importante. Mas não basta imaginar que existam formas mágicas que nos isolam ou impermeabilizam frente à realidade.Aprender a lidar com as transições da vida, desemprego, aposentadoria, obsolecência veloz, queda de paradigmas, decepção com heróis etc. vai, a cada dia, tornar-se mais necessário.Uma das grandes demandas do cenário atual é a exigência de criar capacidade de administrar de forma produtiva o fracasso e tirar dele o aprendizado necessário. Ou como diz Daniel Piza nos seus "aforismos sem juízo" que "não gostamos da depressão porque quando estamos nela nos sentimos próximos da verdade". 

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Ligue o som Ligue o som

Nelson MandelaNelson Mandela

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“Nosso medo mais profundo não é o de sermos  inadequados”.

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Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além de qualquer

medida. É a nossa luz, não as

nossas trevas, que mais nos apavora.

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Nós nos perguntamos: Quem sou eu para ser Brilhante,

Maravilhoso, Talentoso e Fabuloso?

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Na realidade, quem é você para não ser? Você é filho do Universo. Se fazer pequeno não ajuda o mundo.

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Não há iluminação em se encolher, para que os outros não se sintam inseguros quando estão perto

de você.

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Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentro de nós. Não está apenas em um de nós:

está em todos nós.

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E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente, damos às outras pessoas

permissão para fazer o mesmo.

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“E conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera os outros”.

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Imagem: Terra Dreams Texto: Nelson Mandela Formatação: [email protected] Música: Muxima (Valdemar Bastos)

Adaptação ir.`. Wagner da Cruz .`. M .`. I .`. Site: www.momentos-pps.com.br

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