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Antracnose e Morte Descendente da Mangueira Discentes: Anderson dos Santos Lennon Kledson Docente: Brainer UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

Antracnose e Morte Descendente da Mangueira

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Antracnose e Morte Descendente da Mangueira

Discentes: Anderson dos SantosLennon Kledson

Docente: Brainer

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

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A manga (Mangifera indica Linn.) é uma fruta tipicamente tropical. Bem adaptada ao solo brasileiro e ao gosto da população.

TAXONOMIA

Reino Plantae

Divisão Magnoliophyta

Classe Magnoliopsida

Ordem Sapindales

Família Anacardiaceae

Género Mangifera

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A mangueira - Mangifera indica, L. Dicotyledonae, Família Anacardiaceae

Foi trazida ao Brasil pelos portugueses, tornando-se uma das principais frutíferas cultivadas no Nordeste brasileiro

É originária da Ásia, (Índia)

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A manga do Brasil tem o mercado interno como a principal fonte de escoamento da produção.

As nossas exportações de manga ainda não alcançaram 10% do volume total produzido no país.

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PAISES PRODUTORES % DO TOTAL

Índia 50,20 China 10,40 México 8,91 Paquistão 7,34 Indonésia 6,22 Tailândia 5,41 Brasil 3,17 Filipinas 1,95 Outros 12,4Mundo 100,00

A produção mundial de manga e de aproximadamente 24 milhões de toneladas

TABELA 1- Principais países produtores de manga

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Países Exportação (t.)Participação

(%)

Participação

acumulada (%)

México 206.782 33,83 -

Brasil 67.172 10,99 44,82

Paquistão 48.453 7,93 52,75

Filipinas 40.031 6,55 59,30

Índia 37.110 6,07 65,37

Holanda 34.477 5,64 71,01

Equador 25.502 4,17 75,18

Peru 21.070 3,45 78,63

Bélgica 13.965 2,28 80,91

Guatemala 12.948 2,12 83,03

África do sul 12.341 2,02 85,05

Outros 91.383 14,95 100,00

Mundo 611.234 100,00 -

TABELA 2. Principais países exportadores de manga no mundo em 2000.

 Fonte: FAO, 2002 (dados básicos).

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ESTADOS PRODUTORES % DO TOTAL

São Paulo 40,52 Minas Gerais 11,85 Bahia 8,86 Pernambuco 6,62 Piauí 6,59 Rio Grande do Norte 4,58 Ceará 4,33 Paraíba 3,52 Alagoas 2,10 Mundo 100,00

TABELA 3 –Principais Estados Produtores de Manga, A.E.B. (1994).

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Causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioide.

Antracnose Glomerella cingulata

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Nas folhas novas, a doença causa numerosas e pequenas manchas salientes, arredondadas ou irregulares, de tamanho variável e coloração marrom.

Sintomas:

Que podem evoluir para um secamento descendente, da ponta para a base, causando desfolha do ramo.

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Na raque da inflorescência e suas ramificações, aparecem pequenas manchas de coloração marrom-escura, profundas e secas, alongadas no sentido longitudinal, destruindo grande número de flores.

Em inflorescências, surgem pontuações escuras que se tornam alongadas e profundas, provocando a morte de flores e queda de frutos jovens.

Sintomas:

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Quando a infecção é em frutos, o patógeno pode permanecer quiescente e os sintomas surgirem durante o amadurecimento em pós-colheita. 

Durante o amadurecimento, manchas marrom-escuras a pretas, geralmente arredondadas e levemente deprimidas podem se desenvolver em qualquer parte do fruto.

Com a evolução dos sintomas, as manchas se tornam maiores e mais deprimidas, com pequenas rachaduras em certos casos, levando ao apodrecimento do fruto.

Sintomas:

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Etiologia

Glomerella cingulata subdivisão

Ascomycotina Colletotrichum gloeosporioides

Ordem Melanconiales Família Melanconiaceae.

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Produzidos durante todo o ano em lesões novas ou velhas de folhas, ramos verdes ou secos, inflorescências mumificadas e nas raques desenvolvidas;

Disseminação dos conídios pode ocorrem pela ação da água ou da irrigação por aspersão.

Temperaturas de 10 a 30 ºC

Umidade Relativa acima

de 95%

Maior produção de conídios

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Menor Viabilidade dos Esporos

Períodos Úmidos Seguidos de Períodos Secos

Ocorrência de epidemias

Longos Períodos de chuva

Ativo Crescimento e florescimento

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Controle

CULTURAL

Maior espaçamento favorecendo a ventilação e insolação das plantas.

Podas leves abrindo a copa para penetração dos raios solares.

Podas de limpeza reduzindo as fontes de inóculo e instalação dos pomares em regiões mais secas.

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Controle

QUÍMICO

Fungicidas orgânicos zineb, maneb e captan, em pulverizações semanais durante o florescimento.

Cúpricos nas pulverizações pós-florescimento.

Fungicidas Sistêmicos e de contato

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Controle

Tabela 4. Produtos registrados para o controle químico de Antracnose.

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Nos pomares cujos frutos se destinam à exportação, é recomendável fazer-se duas pulverizações com benomyl a 0,03% ou prochloraz a 0,045%, iniciadas 15 dias antes e nas vésperas do início da colheita.

Tratamento pós-colheita consiste na imersão dos frutos em uma solução fungicida a 55 ºC durante 5 minutos

Controle

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Morte Descendente - Physalospora rhodina (Berk & Curt.)Cooke (Botryodiplodia theobromae Pat)

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Morte Descendente - Physalospora rhodina (Berk & Curt.)Cooke (Botryodiplodia theobromae Pat)

Morte Descendente da Magueira

Áreas Irrigadas do Nordeste Brasileiro

Disseminando

Regiões Produtoras Brasileiras

ÁfricaÁsiaAmérica Central

Prejuízos

à Cultu

ra

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Sintomas

Inicialmente, é observada, próximo a extremidade do ramo novo, a formação de lesão escura e seca.

Progride da casca para o lenho, às vezes com exudação de goma de coloração marrom na região da gema.

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Sintomas

As folhas secam, nos ramos atacados, secam, ficam retorcidos, de coloração palha com pecílos necrosados e escuros.

As inflorescências secam, reduzindo drasticamente a produtividade do pomar.

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Sintomas

Nos frutos maduros, observam-se manchas de coloração escura, com bordos bem definidos. A casca do fruto, na região lesionada, apresenta rachaduras expondo a polpa.

A penetração do fruto dá-se diretamente pelo pedúnculo ou através de ferimentos, causando um rápido apodrecimento ou queda.

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Etiologia

A morte descendente é causada pelo fungo Botryodiplodia theobromae, fase anamórfica de Physalospora rhodina.

HifaSeptada

Hialina

Granular

GutuladaVerde escura

Picnídios

Sub-Globoso

Separados

Rostrado

Globoso

Isolados

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Etiologia

Quando Imaturos:

Conídios Hialinos Ovais Não septados

Na Maturidades:

Conídios

Adquirem coloração pardo-escuros com um septo transversal, não constrito e estriado longitudinalmente, sendo liberados dos picnídios através de um ostíolo apical na forma de massa escura.

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Etiologia

Apesar de poder penetrar diretamente no tecido sadio do hospedeiro, seu desenvolvimento é muito mais intenso quando a infecção ocorre a partir de um ferimento.

Temperatura entre 27 e 32 ºC e umidade relativa do ar variando entre 80 a 85 % são condições ideais para infecção.

O fungo frutifica nos ramos doentes ou secos onde sobrevive como saprófita, sendo disseminado pelo vento.

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Controle

Utilização de mudas sadias;

Poda sistemática de limpeza no pomar;

Pulverização do pomar com tiabendazole (240 g/100 L de água ou benomyl (60 g/ 100 L água;

Evitar períodos prolongados de estresse e adubar adequadamente o pomar com macro e micronutrientes (Ca, Mg, B, Zn).

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Kimat, H.; Amorim L.; Rezende, J.A.M.; Filho B. A.; Camargo L.E.A. Manual de Fitopatologia. Quarta edição. São Paulo – SP: Editora Agronômica Ceres Ltda. 223-228

Referências

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