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INSTITUTO RACINE Pós- Graduação em Desenvolvimento e Pesquisa de Produtos Cosméticos Cosmetologia Avançada José Eder Fontana Marisa César Domingues Protta Carolina Kei Miyazaki AVALIAÇÃO DE UM CREME FACIAL CONTENDO MELITINA COMO AUXILIAR NO TRATAMENTO COSMÉTICO ANTISSINAIS SÃO PAULO 2014

Trabalho de Conclusão de Curso - avaliação de um creme facial contendo melitina como auxiliar no tratamento cosmetico antissinais - racine 2014-

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INSTITUTO RACINE

Pós- Graduação em Desenvolvimento e Pesquisa de Produtos Cosméticos –

Cosmetologia Avançada

José Eder Fontana

Marisa César Domingues Protta

Carolina Kei Miyazaki

AVALIAÇÃO DE UM CREME FACIAL CONTENDO MELITINA COMO AUXILIAR NO TRATAMENTO COSMÉTICO ANTISSINAIS

SÃO PAULO

2014

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José Eder Fontana

Marisa César Domingues Protta

Carolina Kei Miyazaki

AVALIAÇÃO DE UM CREME FACIAL CONTENDO MELITINA COMO AUXILIAR NO TRATAMENTO COSMÉTICO ANTISSINAIS

Trabalho de Conclusão de Curso de

Pós Graduação apresentado ao

Instituto Racine como requisito parcial

para obtenção de título de especialista

em Pesquisa e Desenvolvimento de

Produtos Cosméticos – Cosmetologia

Avançada

ORIENTADORA: Profa. Carla Aparecida

Pedriali Moraes

SÃO PAULO

2014

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Fontana, José Eder

Avaliação de um creme facial contendo MELITINA como auxiliar

no tratamento cosmético antissinais \ Jose Eder Fontana, Carolina

Kei Miyazaki, Marisa C.D. Protta. São Paulo: RCN 2014, 60f.

Orientação: Professora. Carla Aparecida Pedriali Moraes.

Trabalho de Conclusão de Curso de Pesquisa e Desenvolvimento de

Produtos Cosméticos – Instituto Racine, 2014.

1. Melitina. 2. Anti Rugas. 3. Antissinais. 4. Veneno de Abelhas. 5. Bee

venon .

I. Título

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José Eder Fontana

Marisa César Domingues Protta

Carolina Kei Miyazaki

AVALIAÇÃO DE UM CREME FACIAL CONTENDO MELITINA COMO AUXILIAR NO TRATAMENTO COSMÉTICO ANTISSINAIS

Comissão Avaliadora

Professora Carla Aparecida Pedriali Moraes

Assinatura ___________________________________________________

Data da Aprovação:

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos pais,

cônjuges e filhos os quais serviram de apoio e

incentivo em todos os momentos.

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AGRADECIMENTOS

A Professora Carla Aparecida Pedriali Moraes pelo apoio e incentivo constantes,

tanto em aulas como na elaboração deste Trabalho de Conclusão de Curso.

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RESUMO

O envelhecimento cutâneo facial é um processo fisiológico que fatalmente resultará no

aparecimento de rugas ou sinais de expressão. Uns apresentarão estes sinais proeminentes

mais rapidamente e outros os terão com menos intensidade e mais tardiamente. O presente

trabalho propõe a utilização de um ativo oriundo do veneno das abelhas, a melitina, como um

possível redutor destes sinais. A melitina é um composto formado por uma mistura complexa

de aminoácidos, peptídeos, carboidratos, lipídeos, enzimas entre outros, cujo mecanismo de

ação pressupõe aumento de fluxo sanguíneo e o estimulo a produção de colágeno além de

inibir a produção de metaloproteinas que podem causar danos ao colágeno em formação. Um

creme baseado na formulação cold cream foi desenvolvido e 0,085% de melitina como ativo

foi adicionado. A segurança de uso foi testada por meio de testes da Avaliação Dermatológica

de Compatibilidade Tópica que envolveu testes de Irritabilidade Dérmica Primária (IDP),

Acumulada (IDA) e Sensibilização Dérmica (SD) cujos resultados demonstraram total

inocuidade alergênica nos 59 indivíduos de ambos os sexos testados. A Eficácia de Uso foi

testada por meio de um Ensaio Clínico para os itens Hidratação, Maciez, Firmeza e Rugas de

Expressão, pontuados em uma escala de 1 a 5. Os indivíduos aplicaram o creme no tempo

inicial T0 e durante os 30 dias subsequentes T30. As medições foram realizadas por médico

dermatologista nos tempos T0 e T30. Com um grau de significância estatística de 5% (teste t

de student) pode-se observar que houve melhora para os itens: Hidratação e Maciez. O

percentual de voluntárias com algum grau de melhora observada clinicamente após o uso do

produto por 30 dias foi de: 65% para Hidratação; 52% para Maciez; 4% para Firmeza. No

ensaio Clinico Subjetivo, realizado em paralelo, os resultados foram comparados aos mesmos

itens mencionados acima no tempo T0 e após 30 dias de uso T30 onde a percepção do

individuo pôde ser captada por meio do preenchimento de um questionário específico no

último dia de avaliação. Os resultados foram: 96% dos voluntários declararam que a pele

ficou hidratada ou muito hidratada, 56% declararam que a pele apresentou maciez intensa ou

muito intensa, 21% declararam que a pele ficou com firmeza intensa ou muito intensa, 17%

declararam que as rugas de expressão ficaram leves ou ausentes. Outro questionário de

Atributos do produto contendo os seguintes itens :Perfume, Espalhabilidade, Toque na Pele e

Intenção de Compra também foi distribuído no último dia da avaliação e os resultados foram:

39% manifestaram que o perfume é bom ou excelente; 82% manifestaram que a

espalhabilidade é boa ou fácil; 83% declararam que o toque na pele do produto é macio ou

possui a textura macia; 91% declararam que provavelmente ou com certeza comprariam o

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produto. Podemos concluir que o uso da Melitina veiculado em um cold cream, neste

trabalho, foi eficaz na hidratação e maciez da pele, no entanto sua eficácia no tange a firmeza

e presença de rugas foi discreto o que sugere que outros trabalhos devam ser realizados.

Contudo no que tange a segurança de uso se mostrou totalmente inócua.

Palavras Chave: 1. Melitina. 2. Antirrugas. 3. Antissinais. 4. Veneno de Abelhas. 5. Bee venon

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ABSTRACT

The aging facial skin is a physiological process which inevitably results in the appearance of

wrinkles or expression signals. In some people these prominent effects will appear faster and

in other this effects will appear later and with less intensity. This paper proposes the use of an

asset derived from bee venom, melittin. Melittin is a compound composed of a complex

mixture of amino acids, peptides, carbohydrates, lipids, enzymes and others, which

mechanism of action involves an increased blood flow and stimulation of collagen

production, besides inhibiting the production of metalloproteins that can cause damage to

collagen formation. A cream based on cold cream formulation was developed and added

0.085 % of melittin as active. The product was safety tested using the Evaluation of Topical

Dermatological compatibility involving the Primary Dermal Irritation (IDP) Dermal

Accumulated (IDA) and Dermal Sensitization (SD) tests which results shows the total

allergen safety in 59 individuals of both genders that participated in the test. The efficacy of

use was tested through a Clinical Trial for hydration, smoothness, firmness and wrinkles and

this items was scored on a scale of 1 to 5. Subjects applied the cream at the initial time T0 and

during the next 30 days T30. The measurements were performed by a dermatologist at T0 and

T30. With a value of statistical significance of 5 % (Student t test) an improvement can be

observed for the items: hydration and smoothness. The percentage of volunteers with some

degree of clinical improvement observed after using the product for 30 days were: 65 % for

Hydration; 52 % for Softener; 4 % for Firmness. In the Subjective clinical trial, conducted in

parallel, the results were compared in the same items mentioned above at -T0- and after 30

days of use -T30- . The self-perception could be captured by a specific questionnaire

completed on the last day evaluation. The results were: 96 % of volunteers stated that the skin

was very hydrated or moisturized, 56 % stated intense or very intense softness, 21 % said

intense or very intense firmness, 17 % stated that wrinkles were mild or absent. Other product

attributes questionnaire containing the following items: scent/perfume, Spreadability, Touch

Skin and Purchase Intention was also distributed on the last day of the assessment and the

results were: 39 % stated that the smell / perfume is good or excellent; 82 % indicated that the

spreadability is good or easy; 83 % declared that the skin touch of the product is soft or has

soft texture; 91 % said they probably or definitely buy the product. We can conclude that the

use of Melittin, in a typical cold cream, in this paper was effective in skin hydration and

smoothness, however its effectiveness in terms of firmness and wrinkles presence was

discreet suggesting that other studies should be conducted.

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However regarding the safety of use it was proved totally safe.

Key Words: 1. Melittin. 2. Anti-wrinkle. 3. Antiaging. 4. Bees Poison. 5. Bee Venon

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 - Médias das avaliações clínicas no decorrer do tempo experimental para os

itens: Hidratação, Maciez, Firmeza e Rugas de Expressão ......................................................26

GRÁFICO 2 - Porcentagem de voluntários que apresentaram melhora, através da avaliação

clínica, para os itens: Hidratação, Maciez, Firmeza e Rugas de Expressão .............................26

GRÁFICO 3 - Avaliação Subjetiva Hidratação T30 ...............................................................27

GRÁFICO 4 - Avaliação Subjetiva Maciez T30 .....................................................................27

GRÁFICO 5 - Avaliação Subjetiva Firmeza T30 ....................................................................27

GRÁFICO 6 - Avaliação Subjetiva Rugas de Expressão T30 .................................................27

GRÁFICO 7 - Avaliação do produto quanto ao Cheiro/Perfume ............................................28

GRÁFICO 8 - Avaliação do produto quanto a Espalhabilidade ..............................................28

GRÁFICO 9 - Avaliação do produto quanto ao toque na Pele ................................................28

GRÁFICO 10 - Intenção de Compra .......................................................................................28

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Comparação de produtos contendo ativos antirrugas ........................................10

TABELA 2 - Fórmula utilizada para a preparação do creme antirrugas .................................13

TABELA 3 - Cronograma do estudo de Irritabilidade Dérmica Primária ...............................18

TABELA 4 - Cronograma do estudo de Irritabilidade Dérmica Acumulada ..........................19

TABELA 5 - Cronograma do estudo de Sensibilização Dérmica ...........................................20

TABELA 6 - Tabela com a escala de graduação do ensaio de eficácia clínica .......................21

TABELA 7 - Tabela de avaliações de atributos ......................................................................22

TABELA 7.1- Teste IDP, IDA e SD versus Reação Positiva...................................................23

TABELA 8 - Resultados obtidos nas avaliações de Irritação Dérmica Primária e

Acumulada............................................................................................................24

TABELA 9 - Resultados obtidos nas avaliações de Sensibilização Dérmica ..........................25

TABELA 10 - Resultados do teste T de Student para os itens Hidratação, Maciez, Firmeza e

Rugas de Expressão, avaliados nos tempos experimentais ..................................26

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LISTA DE ANEXOS

ANEXO A - Informações Gerais sobre a extração do veneno de abelhas ...............................37

ANEXO B - Protocolos dos ensaios de IDP, IDA e SD ..........................................................38

ANEXO C - Protocolos dos ensaios de avaliação de eficácia na redução dos sinais do

envelhecimento facial .........................................................................................40

ANEXO D - Escala de Fototipos de Fitzpatrick ......................................................................43

ANEXO E - Informações Técnicas sobre as Matérias Primas Usadas ....................................44

ANEXO F - Informações detalhadas sobre Critérios Exclusão de Dados ...............................46

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Aparelho extrator de veneno de abelhas..............................................................15

FIGURA 2 - Placas de vidro coletoras de veneno de abelhas .................................................15

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LISTA DE ABREVIATURAS

IDP - Irritabilidade Dérmica Primária

IDA - Irritabilidade Dérmica Acumulada

SD - Sensibilidade Dérmica

UV - Ultra Violeta

DMAE - Dimetilaminietanol

UVA - Ultra Violeta tipo A

UVB - Ultra Violeta tipo B

BHT - Butil Hidroxi Tolueno

ICDRG - International Contact Dermatitis Research Group

GCP - Good Clinical Pratices (Boas Praticas Clínicas)

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Sumário

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1

2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 3

3. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 3

3.1. OBJETIVO GERAL ................................................................................................................ 3

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................... 3

4. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 4

4.1. A PELE E O APARECIMENTO DE RUGAS ............................................................................. 4

4.2. MATÉRIAS-PRIMAS ANTISSINAIS NO MERCADO ................................................................ 7

4.3. FORMULAÇÕES DO MERCADO ............................................................................................ 9

4.4. A MELITINA ....................................................................................................................... 11

5. MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................................. 13

5.1. FÓRMULA QUANTITATIVA UTILIZADA ............................................................................. 13

5.2. PROCEDIMENTO DE PREPARAÇÃO DA FÓRMULA ............................................................. 14

5.3. EQUIPAMENTOS E MÉTODOS .................................................................................. 14

5.3.1. MÉTODOS PARA EXTRAÇÃO DE VENENO DE ABELHAS .................................................... 14

5.3.2. EQUIPAMENTOS DE EXTRAÇÃO DE VENENO DE ABELHAS ............................................... 15

5.3.3. MODO DE OPERAÇÃO....................................................................................................... 16

5.3.4. RASPAGEM DO VENENO ................................................................................................... 16

5.4. AVALIAÇÃO DERMATOLÓGICA DE COMPATIBILIDADE TÓPICA, IRRITABILIDADE

DÉRMICA PRIMÁRIA (IDP), ACUMULADA (IDA) E SENSIBILIZAÇÃO DÉRMICA (SD) ........... 17

5.4.1. MÉTODO DE TESTE DE IRRITABILIDADE DÉRMICA PRIMÁRIA .......................................... 18

5.4.2. MÉTODO DE TESTE DE IRRITABILIDADE DÉRMICA ACUMULADA ..................................... 19

5.4.3. MÉTODO DE TESTE DE SENSIBILIDADE DÉRMICA – SD .................................................... 19

5.4.4. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NOS TESTES DE IDP, IDA E SD.......................................... 20

5.5. MÉTODO DE AVALIAÇÕES CLÍNICAS NA REDUÇÃO DOS SINAIS DO ENVELHECIMENTO

FACIAL ...................................................................................................................................... 20

5.6. MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA SUBJETIVA NA REDUÇÃO DOS SINAIS DO

ENVELHECIMENTO FACIAL ...................................................................................................... 22

5.7. MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE ATRIBUTOS .......................................................................... 22

6. RESULTADOS ................................................................................................................... 23

6.1. RESULTADO DA AVALIAÇÃO DERMATOLÓGICA DE COMPATIBILIDADE TÓPICA,

IRRITABILIDADE DÉRMICA PRIMÁRIA (IDP), ACUMULADA (IDA) E SENSIBILIZAÇÃO

DÉRMICA (SD).......................................................................................................................... 23

6.2. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO CLÍNICA ............................................................................ 26

6.3. AVALIAÇÃO SUBJETIVA .................................................................................................... 27

6.4. AVALIAÇÃO DE ATRIBUTOS FÍSICOS ................................................................................ 28

7. DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 29

7.1. SEGURANÇA DE USO .......................................................................................................... 29

7.2. AVALIAÇÃO CLINICA E AVALIAÇÃO SUBJETIVA ............................................................. 29

7.3. AVALIAÇÃO DE ATRIBUTOS FÍSICOS ................................................................................ 30

7.4. DISCUSSÃO GERAL ............................................................................................................. 30

8. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 31

9. REFERÊNCIAS: ................................................................................................................ 32

10. ANEXOS............................................................................................................................ 37

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1. INTRODUÇÃO

Antissinais é e sempre será uma importante fonte de pesquisa em cosmetologia como

nos mostra a própria história desta área da ciência.

De acordo com historiadores, os Egípcios foram os primeiros usuários de cosméticos e

produtos de toucador em larga escala. Há relatos de que alguns tipos de minérios foram

utilizados como sombras de olhos, e alguns tipos de extratos vegetais, como por exemplo, a

henna, que foi utilizada como realçadores e auxiliares de beleza, ao disfarçarem

irregularidades da pele, entre eles as rugas (TREVISAN; MENDA, 2011).

Na era Romana, por volta do ano 180 D.C., um médico grego chamado Claudius

Galeno realizou sua própria pesquisa científica na manipulação de produtos cosméticos,

iniciando assim a era galênica dos produtos químico-farmacêuticos. Galeno desenvolveu um

produto chamado Unguentum Refrigerans, também conhecido como Cold Cream1, baseado

em cera de abelha e bórax, e que, provavelmente, era usado também no tratamento antissinais

(SÍLVIA, TANIA REGINA, 2008).

Desde o nascimento, a pele está sujeita ao processo biológico de fenômenos fisiológicos

do envelhecimento (GOBBO, 2010). Esse pode ser classificado como extrínseco ou

intrínseco, sendo o primeiro causado por fatores ambientais tais como: radiação UV e fumo, e

o segundo causado por fatores cronológicos, ou seja, por degradação, ao longo do tempo, dos

componentes do próprio organismo.

Com o aumento da expectativa de vida, o interesse pelo retardo do envelhecimento tem

aumentado, principalmente quando se trata de cuidados estéticos. Hoje, conta-se com uma

moderna tecnologia e recurso que podem maximizar os resultados de tratamentos a fim de se

retardar os efeitos fisiológicos do envelhecimento (SOUZA; JUNIOR, 2008).

Dessa forma, a preocupação com os cuidados da aparência torna a área de pesquisas em

produtos que ofereçam benefícios à sua beleza, muito atrativa. Umas das categorias desses

produtos são os considerados antissinais os quais auxiliam a reduzir linhas de expressões e

rugas, utilizados principalmente na área do rosto.

1 Creme frio formulado a partir de óleo e água. É utilizado para hidratar a pele e suavizar queimaduras solares. O

Creme Protetor Hidratante com Água Termal da La Roche Posay é considerado um cold cream, por exemplo.

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As rugas são geralmente formadas pela diminuição do colágeno e a perda da retenção de

água celular, que ocorre naturalmente com o avanço da idade. Elas consistem em formação de

sulco na superfície da pele devido à degeneração e diminuição dos tecidos elásticos

(RIBEIRO, 2010).

As fibras de colágeno e as fibras elásticas são responsáveis em manter a aparência de

uma pele rejuvenescida. Estas fibras, por estarem dispostas de uma maneira única na derme,

tem a capacidade de formarem uma rede de sustentação (LIMPIANGKANAN, 2010). Com o

envelhecimento, os níveis de colágeno vão diminuindo (AZULAY, 2008).

Ainda de acordo com (RIBEIRO, 2010), uma boa formulação cosmética para peles

envelhecidas, deve ser capaz de atuar em diferentes fenômenos responsáveis pelo

aparecimento de sinais de envelhecimento. Dessa forma, a formulação deve conter pelo

menos uma mistura de ativos que possam conferir maior hidratação, fotoproteção, redução de

radicais livres e principalmente, os que possuem capacidade de melhorar o metabolismo da

pele. A vitamina C e o DMAE Bitartarato seriam bons exemplos de ativos utilizados

amplamente por formuladores além da vitamina A ou Retinol e a provitamina B5 ou d-

pantenol que são exemplos de ativos capazes de melhorar o metabolismo da pele, pois atuam

diretamente em fenômenos fisiológicos do envelhecimento da pele.

A vitamina C (ácido ascórbico) é um antioxidante que ocorre na natureza, quando

incorporada em formulações cosméticas, é utilizada com o propósito de prevenir e tratar a

pele danificada pelo sol, doando elétrons de modo sequencial, neutralizando os radicais livres

e protegendo as estruturas intracelulares do estresse oxidativo (DRAELOS, 2009). Quando

utilizada topicamente, a vitamina C pode diminuir a quebra do colágeno, aumentar a síntese

de colágeno tipo I, conferir elasticidade e firmeza à pele e reduzir a síntese de melanina

(DRAELOS, 2009; KEDE; SABATOVICH, 2009).

Como comentado acima, outro ativo utilizado na indústria cosmética é o

Dimetilaminoetanol (DMAE) Bitartarato. O DMAE bitartarato é um antioxidante e

estabilizador de membrana capaz de fazer com que a mesma se torne mais resistente ao

estresse oxidativo e se estabilize (PERRICONE, 2001).

A melitina é um peptídeo antimicrobiano isolado do veneno da abelha Apis melífera

(Bee Venon) que tem a característica de romper membranas lipídicas, formar poros, causar

fusão de membranas e hemólise. Esse peptídeo compõe 50% do peso seco do veneno e é

caracterizado por possuir 26 aminoácidos e carga +5 ou +6 quando o resíduo de Glicina é

protonado em pH 7 (RAGHURAMAN; CHATTOPADHYAY, 2006).

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Considerando a importância de ativos que possuem a capacidade de atuar diretamente

no envelhecimento da pele, como os citados anteriormente, esse trabalho consiste em avaliar e

discutir os estudos realizados em um creme à base de melitina - presente em toxinas de

abelhas (apitoxina). Esse creme contém uma concentração de melitina que tem a capacidade

de simular uma reação fisiológica a uma picada de abelha, porém mais branda. Isso leva ao

organismo desencadear uma reação a essas toxinas, sendo capaz de aumentar o fluxo

sanguíneo, bem como a produção de colágeno, substância que fortalece os tecidos do corpo e

de elastina, proteína que confere flexibilidade (LEE et al., 2004), eliminando as células

mortas e reduzindo as rugas.

2. JUSTIFICATIVA

A ação anti-inflamatória da melitina já foi amplamente estudada e sua aplicação é maior

na área de medicamentos. Considerando a importância de ativos que possuem a capacidade de

atuar diretamente no envelhecimento da pele e a reduzida informação do uso dessa substância

na área cosmética, percebemos uma possível oportunidade de ampliar seu potencial de uso no

mercado cosmético para fins estéticos e dispor aos novos formuladores uma bibliografia

contendo estudos realizados em um produto contendo tal substância.

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

Estudo da eficácia antissinais e da inocuidade alergênica da melitina em uma

formulação de creme tipo Cold Cream, caracterizado por ser uma emulsão Óleo em Água

(O/A) e possuir ótimas propriedades de hidratação, permeabilidade cutânea, de ação

intradérmica e por ser ideal para veiculação de ativos hidro e lipossolúveis.

3.2. Objetivos Específicos

(a) Apresentação de uma discussão, com base em levantamentos da literatura técnica a

respeito da melitina, relativos ao seu uso na área Cosmética;

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(b) Apresentação de resultados da Avaliação Dermatológica de Compatibilidade Tópica

que envolveu testes de Irritabilidade Dérmica Primária (IDP), Acumulada (IDA) e

Sensibilização Dérmica (SD);

(c) Apresentação de resultados de Avaliações Clínica e Subjetiva na redução dos sinais

do envelhecimento facial.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1. A Pele e o Aparecimento de Rugas

A pele é um órgão complexo e é considerado como um revestimento protetor de toda a

superfície do corpo (HOARE, 2010). É o maior órgão do corpo humano, chegando a

constituir 16% do peso corporal total. Além de conferir proteção ao corpo, outras funções

podem ser atribuídas a esse órgão: controle de temperatura, sensorial, estética, absorção da

radiação ultravioleta (UV), síntese de vitamina D e eliminação de algumas substâncias

químicas (RIBEIRO, 2010). Do ponto de vista estético, a pele constitui a fachada, ou

aparência que determina o perfil característico do homem e o diferencia de forma única na

natureza. Suas variações são determinantes nas diferentes características raciais, sexuais e

individuais que existem na população humana (CORRÊA, 2012).

Em análises histológicas da pele, é possível observar duas camadas básicas: a epiderme

e a derme. Abaixo dessas, encontra-se uma camada formada por tecido adiposo, conhecida

como hipoderme (RIBEIRO, 2010). A epiderme é separada da derme por um conjunto de

células chamada lâmina basal (CORRÊA, 2012).

A epiderme consiste em uma estrutura formada por diferentes camadas de

queratinócitos (células epiteliais). Essas são estratificadas e sofrem diferenciação à medida

que saem da camada basal até a superfície mais externa da pele. Essas camadas são

conhecidas como basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea (RIBEIRO, 2010).

A camada basal, também chamada de germinativa, é a única camada de células em que

essas se encontram na fase de divisão celular e proliferação. A camada espinhosa é formada

por células ativas com citoplasma denso e repleto de substâncias como aminoácidos. As

células da camada granulosa possuem núcleos achatados e granulares, mas em fase de maior

diferenciação possuem o núcleo oval. Nelas estão presentes os grânulos de queratohialina. A

camada lúcida é formada por células homogêneas e transparentes e que se encontram mortas.

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A camada córnea é composta por células mortas, de forma achatada, fina e sem núcleo. É essa

camada que sofre constante esfoliação devido a algum processo mecânico ou químico

(HOARE, 2010).

A derme é formada por um tecido resistente e elástico, proporcionando assim,

resistência física frente à agressão mecânica. Além disso, é responsável pelo fornecimento de

nutrientes à epiderme (RIBEIRO, 2010).

A derme é dividida em duas regiões: papilar e reticular. Ambas são compostas por

células, fibras e substância fundamental amorfa, além de fibroblastos, histiócitos, células

endoteliais e mastócitos. As fibras presentes são as colágenas, reticulares e elásticas

(CORRÊA, 2012).

O colágeno é sintetizado pelos fibroblastos na forma de pro-colágeno, seu precursor.

Esse, quando se encontra no meio extracelular, sofre ação enzimática formando unidades de

tropocolágenos, que se polimerizam formando as fibras de colágeno (RIBEIRO, 2010). Tem a

característica de ser uma fibra de proteína dura, branca e inelástica, encontrada em feixes

paralelos à superfície da pele e é responsável por conferir resistência à pele (HOARE, 2010).

Já a elastina, apesar de ser produzida também pelos fibroblastos, são proteínas amarelas

e estão dispostas de forma que formam uma rede (HOARE, 2010). São muito ramificadas,

retas e altamente resistentes. Geralmente são mais espessas na derme papilar e mais fina na

derme reticular (RIBEIRO, 2010). Por causa dessa formação e características, conferem à pele

a capacidade de se estender e voltar à posição original (HOARE, 2010).

As fibras reticulares são produzidas pelo colágeno proteico e formam uma rede de

ramificações que possuem a função de apoio (HOARE, 2010).

Na derme, estão presentes também glucosaminoglicanas como o ácido hialurônico,

sulfato de heparana, sulfato de condroitina, entre outros. Essas moléculas possuem a

capacidade de se ligarem à um proteína formando um composto conhecido como

proteoglucanas. Esses compostos são altamente hidrofílicos, ou seja, possuem forte

capacidade de se ligarem a moléculas de água. Consequentemente são responsáveis por reter

água na derme, bem como e conferir a turgescência cutânea (RIBEIRO, 2010).

Em condições normais, ou seja, natural, a pele está constantemente se renovando de

forma equilibrada entre a quantidade de componentes produzidos e degradados. Porém, com o

envelhecimento desse órgão, essa dinâmica se encontra prejudicada (PUPO, 2012).

O processo de envelhecimento da pele é um fenômeno biológico (BATISTELA, 2007)

complexo, geralmente classificado como: envelhecimento intrínseco e envelhecimento

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extrínseco. O primeiro se refere às mudanças ocorridas na pele que são programadas

geneticamente e que ocorre de maneira semelhante em qualquer outro órgão do corpo. O

segundo se refere às exposições repetitivas a substâncias ou situações danosas ao tecido

cutâneo (HIRATA et al, 2004).

O envelhecimento intrínseco é influenciado por quatro processos distintos: controle

metabólico, resistência ao estresse, desregulação gênica e estabilidade genética. Em relação

ao controle metabólico, pode ocorrer interferência pelo descontrole de regulação da secreção

de certos hormônios como o luteinizante e o do crescimento. O estresse oxidativo é

relacionado ao excesso de formação de radicais livres pelo corpo. Esses componentes são

altamente reativos e são de grande importância por participarem e promoverem uma série de

reações necessárias à manutenção do organismo, porém, fabricado em excesso, pode reagir de

forma não equilibrada com o DNA, lipídeos, proteínas e carboidratos. Já a desregulação

gênica e estabilidade genética se referem ao fato de que o próprio envelhecimento intrínseco

causa uma redução na atividade das células da pele devido a alterações de moléculas que

regulam o crescimento de fibroblastos, além do aumento de degradação de fibras elásticas e

colágeno por metaloproteínas, devido à redução de inibidores dessas enzimas (MORAES,

2012). Como o crescimento de fibroblastos no tecido conjuntivo se encontra deficiente, ocorre

consequentemente, a redução da produção do colágeno (PUPO, 2012). Deve-se considerar

também que ocorre o enfraquecimento dos vasos superficiais e redução da superfície de

contato entre a derme e epiderme, desencadeando assim a desnutrição da epiderme

(MORAES, 2012).

O envelhecimento extrínseco está relacionado às alterações cutâneas causadas

principalmente pelo foto-envelhecimento, conhecido como envelhecimento causado por

exposição ao sol. Porém, outros fatores também possuem a capacidade de interferir nesse

processo de envelhecimento, como a exposição à poluição, fumo, radicais livres, entre outros

(RIBEIRO, 2010).

O envelhecimento que ocorre pela idade, ou seja, o intrínseco, geralmente é mais suave,

lento e gradual, apresentando mudanças ou danos estéticos muito pequenos. Já o

envelhecimento proveniente da exposição à fatores ambientais é mais agressivo, sendo

considerado responsável por modificações severas da superfície da pele (BATISTELA,2007).

Não há um processo único de envelhecimento da pele, existem influências multifatoriais,

sendo elas genéticas, metabólicas, adquiridas ou provenientes do ambiente agindo em

diferentes mecanismos (BATISTELA, 2007).

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7

A formação de rugas ocorre principalmente devido a fatores externos, como a exposição

aos raios ultravioleta, esse responsável por modificações mais perceptíveis à pele

(BATISTELA, 2007). O tecido conjuntivo de uma pele envelhecida apresenta elasticidade e

turgor inadequados. Isso acontece porque o colágeno não se encontra em sua forma natural e

não podem deslizar entre si facilmente, além de apresentarem estruturas mais rígidas

reduzindo o seu poder de absorver umidade. Além disso, o órgão apresenta quantidades

reduzidas de mucopolissacarídeos que possuem capacidade de se ligar à água presente, que

consequentemente, reduz também o turgor comum de uma pele jovem (HIRATA, et. al,

2004).

De acordo com Ribeiro (2010), todas essas alterações contribuem para a redução da

capacidade da pele em reter água na região da derme, ocorrendo a diminuição do turgor e

tornando a situação favorável à formação de rugas. Além disso, de acordo com Pupo (2012), o

aparecimento de rugas ocorre devido a perda de elasticidade da pele causada pela rápida

degradação do colágeno.

4.2. Matérias-Primas Antissinais no Mercado

Existem no mercado, diversas matérias-primas que possuem propriedade antissinais

e/ou antienvelhecimento. Para possuir tal propriedade, deve-se levar em consideração que a

substância tenha capacidade de atuar em algum fenômeno responsável pelo aparecimento dos

sinais de envelhecimento. Sendo assim, existem os fotoprotetores, os que diminuem a

formação ou ação de radicais livres, os que hidratam a epiderme e principalmente, os que

melhoram o metabolismo dérmico e epidérmico (RIBEIRO, 2010).

É possível associar a proteção da pele contra a radiação ultravioleta, utilizando

sequestradores de radicais livres e substâncias que possuam alguma ação anti-inflamatória,

que reduzem a reação eritematosa (pele avermelhada) e também a peroxidação da membrana

celular por radicais livres. Dessa forma, pode-se minimizar o envelhecimento precoce da pele

(MORAES, 2012).

As substâncias fotoprotetoras, são aquelas que possuem a capacidade de proteger a pele

de absorver as radiações UVB e UVA emitidas pelo sol. É o caso da benzofenona 3, um

composto aromático, com presença de um grupo doador de elétrons. Essa estrutura molecular

permite absorver os raios UVA ao invés da pele (DAVOLOS; et al, 2007). Sua fórmula é

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C14H12O3 com pico de absorção em 290 nm, usado geralmente em associação a outros filtros

UVB em bloqueadores solares de elevado FPS (MAPRIC, 2014).

Existem trabalhos científicos que demonstram atividade fotoquimioprotetora de

flavonoides presentes em vegetais. O ácido ferúlico (ácido 4-hidroxi-3-metoxi-cinâmico tem

demostrado ação protetora aos fosfolipídios presentes nas membranas dos efeitos da

peroxidação lipídica, ou seja, atua como um anti radical livre. Além disso, confere à pele

proteção contra a formação de eritema induzido por raios UVB (MORAES, 2012).

Os radicais livres estão associados ao envelhecimento da pele, pois possuem a

capacidade de causar alterações estruturais e fisiológicas no organismo. A vitamina A e

vitamina C possuem a propriedade de combater radicais livres sendo conhecidos como

antioxidantes (GUERRA; et al, 1994) e como cofator em reações para produção de colágeno

(RIBEIRO, 2010). Além disso, de acordo com Draelos (2009), a vitamina C é utilizada como

prevenção e para peles danificadas pelo sol, pois tem a capacidade de doar elétrons,

neutralizando radicais livres e protegendo as estruturas intracelulares do possível estresse

oxidativo causado pelos raios UV. Ainda de acordo com Draelos (2009), quando utilizada de

forma tópica, ou seja, presente em formulações de emulsões, pode reduzir a quebra de

colágeno, aumentar a síntese de colágeno conferindo elasticidade e firmeza à pele.

A vitamina A, também conhecida como retinol (C36H60O2), é bem absorvida pela pele

possuindo uma ação moderadora da produção de queratina e estimula o desenvolvimento e

maturação das células da pele. Em formulações cosméticas se encontra associada a vitaminas

D e E e é indicada para pessoas com a pele seca ou sujeita a exposições à intempéries.

Seu efeito cosmético torna a pele mais lisa e macia (MAPRIC, 2013). O retinol e seus

derivados favorecem a manutenção da pele normal devido a sua capacidade de atuar no

processo de hiperqueratinização, na diferenciação das células epiteliais e na síntese de

colágeno. Essa capacidade propicia à pele maciez e consequentemente uma aparência mais

jovem e saudável (CATEC, 2011).

O DMAE ou dimetilaminoetanol é classificado como um antioxidantes e, portanto,

possui a capacidade de estabilizar a membrana celular. Além disso, tem a capacidade de fazer

com que a membrana se torne mais resistente à ação de radicais livres (MAPRIC, 2013). Sua

molécula tem peso molecular de 89,14 e que devido a isso, tende a atravessar a barreira da

pele com facilidade. Estruturalmente, o DMAE é análogo ao neurotransmissor colina e possui

a capacidade de aumentar a biossíntese de acetilcolina tanto no sistema nervoso central quanto

na derme. Na derme, a acetilcolina tem como função ser um citotransmissor se ligando a

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receptores de células de fibroblastos, queratinócitos e células endoteliais modulando

atividades como proliferação, diferenciação e migração. Além disso, possui capacidade

antioxidante e anti-inflamatória (FIORINI et al, 2008).

O DMAE bitartarato (C4H11NO.C4H6O6) é indicado em formulações com efeito lifting

para o rosto, ou seja, área ao redor dos olhos e pálpebras, além do pescoço. É utilizado

também em formulações antirrugas e antienvelhecimento (MAPRIC, 2013). Pode muitas

vezes ser associado a ativos como o ácido glicólico e a vitamina C, tendo como benefício

associado a prevenção de danos causados pelos raios UV (FIORINI et al, 2008).

Com o envelhecimento, a lubrificação e hidratação da pele ficam prejudicadas. Assim, o

uso de produtos contendo hidratantes e lipídeos ajudam a repor e melhorar essas

características. As matérias-primas comumente utilizadas são os lipídeos vegetais, pois além

de conferirem a lubrificação, causa oclusão da cútis, aumentado a retenção de água e dessa

forma, a hidratação da epiderme. O óleo de buriti é um exemplo desse tipo de matéria-prima

(RIBEIRO, 2010).

O óleo de buriti possui a capacidade de aumentar a elasticidade da pele, bem como

reduzir o ressecamento da pele exposta a radiação solar. Além disso, auxilia na regeneração

dos lipídeos presentes na camada córnea de pele, sendo indicado para formulações antiaging

(MAPRIC, 2013).

A pró-vitamina B5, também conhecida como d-pantenol, é um exemplo de matéria-

prima capaz de melhorar o metabolismo dérmico e epidérmico, pois ao ser aplicado

topicamente, é convertida em ácido pantotênico, um componente natural da pele

(GUIMARÃES, et al, 2011). Além disso, de acordo com (RIBEIRO, 2010), aumenta a

regeneração celular.

O ácido lático e o glicólico, também possuem capacidade de melhorar o metabolismo

dérmico, pois quando usados de forma correta e contínua, podem aumentar a espessura da

pele. Além disso, aumentam a deposição de colágeno e outros componentes do tecido

conjuntivo. Dessa forma, reduzem o aspecto da pele envelhecida (RIBEIRO, 2010).

4.3. Formulações do Mercado

A fim de exemplificar o uso de matérias-primas com propriedades antissinais e/ou

antienvelhecimento, alguns produtos disponíveis no mercado de cosméticos são descritos no

tabela abaixo:

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Tabela 1 - Comparação de produtos contendo ativos antirrugas. Produto Empresa Ativos

SINEIK® Germed®

Acico Hialurônico Hidrolizado;

Diaminobutiroil Dipeptideo;

Palmitoil Tripeptideo -5

NEODERM COMPLEX® ADCOS®

Ácido Glicólico 10%; Niacinamida 4%; Óleo de Semente de Uva; Alantoína

ACTIVE C® LA ROCHE-POSAY® Vitamina C 5%

DMAE PLUS CREME® VALMARI®

Retinol; Extrato de Melancia; PCA Sódio; Algisium C; DMAE

LINE SMOOTHING EYE CREAM®

PALMER’S®

Extrato Oenothera; Shea Butter; Cocoa Butter; Vitamin E; Milk Proteins; Peptides; Retinol

O produto da Germed®, SINEIK

®, de acordo com a propaganda escrita em seu site,

afirma que o produto possui uma associação adequada de ativos emolientes, hidratantes e

regeneradores que auxiliam na prevenção do envelhecimento cutâneo. Utiliza em sua

formulação um peptídeo que mimetiza a ação do veneno de cobra atuando dessa forma como

um potente antirrugas e um outro peptídeo que estimula a síntese de colágeno.

O produto da LA ROCHE POSAY®, ACTIVE C

®, de acordo com a propaganda escrita

no site da empresa, afirma que o produto intensifica a síntese do colágeno, suaviza o aspecto

da pele. Além disso, melhora o seu brilho que é apagado pelo envelhecimento cronológico.

O produto da VALMARI®, DEMAE PLUS CREME

®, de acordo com a propaganda

escrita no site da empresa, afirma que sua fórmula age com efeito firmador e antirrugas. Seu

uso resulta em uma pele tonificada e luminosa.

O produto PALMER’S®, LINE SMOOTHING EYE CREAM

®, de acordo com a

propaganda escrita no site da empresa, afirma que é um rico hidratante para a região dos olhos

contendo uma mistura de ingredientes suaves que atuam como antiaging e hidratante. Além

disso, a sua fórmula suave reduz o aspecto de linhas finas ao redor dos olhos sem causar

irritação.

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4.4. A Melitina

O veneno da abelha Apis mellifera, também conhecido como apitoxina ou bee venom,

possui componentes com alto peso molecular. A composição exata e completa desse produto,

ainda não está totalmente elucidada, porém, sabe-se que é formado por uma mistura complexa

de aminoácidos, peptídeos, carboidratos, lipídeos, enzimas entre outros. Dentre os compostos

já isolados, um dos mais importantes é a melitina (SILVA, 2009).

A melitina é um peptídeo que compõe 50% do peso seco do veneno da abelha e possui

26 aminoácidos podendo ter carga +5 ou +6 caso o resíduo do aminoácido Gly (glicina) esteja

protonado. Isso ocorre em meio de pH 7 (MANZINI, 2011). A sequência de aminoácidos em

sua forma monomérica é NH2-Gly-Ile-Gly-Ala-Val-Leu-Lys-Val-Leu-Thr-Thr-Gly-Leu-Pro-

Ala-Leu-Ile-Ser-Trp-Ile-Lys-Arg-Lys-Arg-Gln-Gln-CONH2 (WEINBERG, 2011). Abaixo

mostramos a estrutura química da MELITINA a partir do tetrâmero:

MELITINA – (BEE VENOM) -CAS RN: 37231-28-0

Sinônimos: Melitten, Melittin, Forapine, Mellitin, Forapin, Melittin I, Melittin-T, Honeybee

melittin, Bee venon melittin, Melittin (honeybee), Melittin (major), Melittin (apis cerana),

Melittin (major) (8CI), C2H6, PKS043, EINECS 253-417-7,

GIGAVLKVLTTGLPALISWIKRKRQQ-NH2, LS-89467, LS-89468,

GIGAVLKVLTTGLPALISWIKRKRQQ-NH2 MELITTIN

Fórmula Molecular: C131H229N39O31 Peso Molecular: 2846,462660 g/mol

Segundo Baker (1995), a melitina possui efeitos sobre a membrana celular devido a sua

afinidade por fosfolipídios. Para Monette (1995), a melitina é um peptídeo catiônico que

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possui atividade na membrana devido a capacidade de causar micelização de algumas

proteínas, impedindo assim a ruptura da membrana. Já em outros tipos de proteínas presentes

na membrana, é capaz de desempenhar um efeito estabilizador.

A modulação dos efeitos da melitina sobre a estrutura e organização da membrana

depende da natureza do componente lipídico da mesma. Algumas propriedades físicas do

componente lipídico parecem contribuir para a arquitetura resultante da interação

melitina/lipídeo. Não se observa nenhuma lise celular nas membranas quando a melitina

interage com os lipídeos de carga negativa presente na camada bilamelar da célular, em

compensação, a ligação da melitina com lipídeos de carga alterada é prejudicial a vitalidade

celular. Isso indica que há polimorfismos nas macroestruturas melitina/lipídeo (SHARMA,

1993).

O veneno de abelha já possui estudos demonstrando ser efetivo em tratamentos de

alergia, feridas, queimaduras e outras doenças de pele (DUNCAN, 2013). Ainda de acordo

com (DUNCAN 2013) a melitina pode ser aplicada topicamente para acelerar a resolução de

uma ferida devido a sua capacidade de regenerar a pele. Isso porque além de desencadear

outros fatores, causa inibição da produção de metaloproteínas da matriz celular e que é

importante para a redução de danos ao colágeno.

De acordo com o claim descrito pela empresa RODIAL, o veneno de abelha é usado

para imitar a própria picada de abelha na pele. Isso causa um aumento do fluxo sanguíneo na

área aplicada estimulando a produção de colágeno e elastina.

Já para a empresa MANUKA DOCTOR, o claim presente em seu site afirma que os

benefícios incluem: aumento de regeneração celular, redução da aparência de cicatrizes,

auxilia no tratamento e redução de linhas finas e rugas; auxilia na formação de colágeno e

reduz o envelhecimento causado por raios UV.

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5. MATERIAIS E MÉTODOS

5.1. Fórmula Quantitativa Utilizada

A fórmula utilizada para a preparação do creme antirrugas tem como base o Cold Cream

onde foi adicionado e estabilizado a melitina (Bee Venon). Vide a tabela 2 abaixo:

Tabela 2: Fórmula utilizada para a preparação do creme antirrugas.

* 0.17% de Bee Venon equivale a aproximadamente 0.085% de MELITINA ativa

s cremes do tipo O/A (óleo em água) apresentam elevado poder de penetração cutânea,

pois devido a suas propriedades umectantes, são capazes de atravessar a barreira lipídica

presente na pele. São fortemente hidrófilos favorecendo a migração iônica por osmose além

de possuírem a capacidade de combinarem com proteínas celulares e dessa forma, serem

excelentes veículos de ativos.

A formulação resultou num creme de cor branca com odor característico do produto

onde o pH variou entre de 4,50 - 6,80, a viscosidade variou entre 50-90.000 cps e densidade

final ficou entre 0,887-0,900 g/mL.

FASE INGREDIENTES – INCI NAME- CAS # % Função

A

CETEARYL ALCOHOL\POLYSORBATE 60

67762-27-0\ 9005-67-8

12,00 Base auto-

emulsionante

CETYL ACETATE\ACETYLATED LANOLIN ALCOHOL

629-70--\ 61788-49-6

3,75 Mistura de Emolientes

OCTYL STEARATE 109-36-4 3.75 Emoliete

ALMOND OIL - SWEET 8007-690 22,85 Emoliente

BUTYLATED,HYDROXYTOLUENE-BHT 128-37-0 0,10 Antioxidante

B

METHYLPARABEN 99-76-3 0,18 Conservante

PROPYLPARABEN 94-13-3 0,15 Conservante

PROPYLENE GLICOL 57-55-6 6,20 Umectante

C AQUA 7732-18-5 50,75 Veículo

D BEE POLLEN EXTRACT

INDEX ABC 3a ED. Pg 1050

0,10 Ativo

BEE VENON 37231-28-0 0,17* Ativo

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5.2. Procedimento de Preparação da Fórmula

Em recipientes adequados, pesar as matérias-primas de acordo com a fase a qual

pertence. Aquecer a Fase A e a Fase C a uma temperatura de aproximadamente 75 0C. Verter

o conteúdo da Fase C na Fase A sob agitação. Quando a mistura atingir aproximadamente 45

0C, adicionar a Fase B homogeneizada. Manter a agitação por 20 (vinte) minutos. Deixar essa

mistura repousar por no mínimo 24 (vinte e quatro) horas.

Para o preparo da Fase D, com o auxílio de um pistilo e um Gral, triturar o veneno de

abelha junto ao pólen, ambos secos com uma pequena quantidade da mistura obtida

anteriormente. O suficiente apenas até a obtenção de uma mistura uniforme e sem grumos. É

necessário que essa operação seja realizada em ambiente com exaustão (capela de exaustão).

Após a preparação da Fase D, vertê-la sobre o resto da mistura e misturar bem, até que

se obtenha uma mistura uniforme.

O creme acima preparado é envasado em potes de plástico e devidamente identificados

para serem utilizados nos testes de Irritabilidade Dérmica Primária - IDP, Irritabilidade

Dérmica Acumulada - IDA e Sensibilização Dérmica – SD.

5.3. EQUIPAMENTOS E MÉTODOS

5.3.1. Métodos para Extração de Veneno de Abelhas

Utilizando o equipamento de extração de veneno conforme descrito no item abaixo (ver

Figuras 1 e 2), quando as abelhas pousam sobre a placa, recebem um choque e reagem

tentando ferroar o vidro e depositando assim, uma carga de veneno. Liberam também uma

secreção de feromônio, que atrai mais abelhas. O veneno perde seus óleos voláteis e adere à

placa, sob a forma de um pó de cor marfim. Desligado o aparelho esse material é raspado e

conservado sob-refrigeração para não se deteriorar.

O aparelho em uso conjunto com várias placas de vidro eletrificadas terá capacidade de

extrair cerca de 400 gramas de apitoxina por mês, um aumento de capacidade de extração

extraordinária levando-se em conta que cada inseto carrega em seu corpo apenas 10

milionésimos de grama (Anexo A).

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5.3.2. Equipamentos de Extração de Veneno de Abelhas

O aparelho para extração de veneno de abelhas consiste de um potenciômetro (Figura 1)

que emite choques elétricos de baixa potência suficiente para estimular as glândulas ejetoras

de veneno, que estão situadas na parte posterior das abelhas. Os fios que transmitirão o

choque elétrico são enrolados em uma placa de madeira, a qual possui um entalhe por onde

uma lâmina de vidro se encaixará. Esta lâmina de vidro funciona como uma ¨gaveta¨ e é

colocada na entrada da colmeia, exatamente onde as abelhas devem pousar ao entrarem na

colmeia, o cabo elétrico é conectado ao potenciômetro e o sistema é então ligado ao rede

elétrica. Seus componentes são:

- 1 placa coletoras

- 1 lâmina de vidro

- 1 bateria interna

- 1 caixa eletrônica

- 1 Chicote com 10 plugs RCA (20 metros)

Figura 1 - Aparelho Extrator Figura 2 - Placas Coletoras com lâminas

de vidro

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5.3.3. Modo de Operação

Colocar o aparelho na entrada (alvado) da colmeia, deixando uma distância de um

centímetro da parede de entrada.

Regular o potenciômetro de choque até que as abelhas comecem a ferroar a lâmina de

vidro. Deixar o aparelho ligado por cerca de 45 minutos, ou até que não haja mais abelhas

sobre a placa coletora, onde aconselha-se a coletar da mesma colmeia após 3 dias. Após um

dia de coleta, limpar os filamentos com um pequeno pano com álcool, tendo o cuidado para

não amassar ou entortar os fios.

Após o tempo de coleta, trocar a lâmina de vidro, e caso ainda não esteja cheia de

veneno, totalmente opaca, colocar em outra colmeia repetindo a operação, ou caso cheia

trocar por outra lâmina limpa.

5.3.4. Raspagem do Veneno

Colocar as lâminas de vidro sobre uma superfície lisa e escura, e com uma espátula de

aço inox, ou lâmina de estilete, proceder a raspagem até que não fique mais veneno grudado,

o veneno deve sair seco, branco ou levemente bege, e deve ser imediatamente transferido para

um recipiente limpo de vidro âmbar ou plástico e proteger com lâmina de alumínio, por fora

do vidro. Após a raspagem, as lâminas de vidro devem ser lavadas com água e sabão neutro, e

depois também ser limpa com álcool e armazenada em lugar seco e limpo.

Considerações:

A mortandade de abelhas neste processo é insignificante, sendo bem menor do que em

uma colheita de mel.

Aconselha-se repetir o processo de três em três dias na mesma colmeia para não

estressar as abelhas. Em época de produção de mel, poderá ocorrer queda de 25 ou 30%. Não

aconselhamos usar o extrator de veneno junto com produção de geleia real.

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5.4. Avaliação dermatológica de Compatibilidade Tópica, Irritabilidade Dérmica

Primária (IDP), Acumulada (IDA) e Sensibilização Dérmica (SD)

Produtos cosméticos necessitam de ensaios clínicos em humanos, para que as empresas

possam oferecer aos consumidores, o máximo de segurança com o menor risco, garantindo as

melhores condições de uso do produto. A partir das informações pré-clínicas coletadas, deve

haver a comprovação de segurança de uso por humanos. Os ensaios de compatibilidade têm

por objetivo comprovar a inocuidade dos produtos em pele humana. São realizados de modo

geral com apósitos oclusivos ou semi-oclusivos (patch tests) ou em modelos abertos (open

tests). Representam o primeiro contato do produto acabado com um ser humano, e por isso

devem seguir premissas de ordem ética (levantamento prévio de dados pré-clínicos segundo

Resolução 196/96 do MS) e de Boas Práticas Clínicas. Há várias metodologias e critérios de

avaliação na literatura.

O estudo de avaliação de ausência de irritação dérmica primária pode ser considerado

como a primeira etapa clínica. Quando realizado de forma isolada na avaliação de novos

produtos, não é suficiente para comprovação de segurança.

A avaliação de irritação dérmica acumulada tem sido realizada por no mínimo três

semanas de aplicação e 50 voluntários, o que normalmente atende às exigências de todas as

agências regulatórias mundiais. Porém existem outros modelos de avaliação clínica

estabelecidos que permitam um número menor de voluntários em prazos diferentes, desde que

haja uma sustentação técnica adequada.

Em geral, a interpretação dos resultados considera a escala do International Contact

Dermatitis Research Group – ICDRG (DRAIZE, 1965; MAILBACH; EPSTEIN, 1965;

KLIGMAN; WOODING, 1967; WILKINSON, 1970; MARZULLI, 1975; CTFA, 1991;

FISHER, 1995; WALKER et al., 1997; MARZULLI, 2008).

O ensaio de Irritabilidade Dérmica Primaria (IDP) tem como objetivo comprovar a

ausência de potencial de irritação primária ou alergia (sensibilização) do produto.

Esses estudos têm por objetivo comprovar a ausência de reações alérgicas por

sensibilização (reações imunes de hipersensibilidade tardia ou do tipo IV) e contemplam 3

fases: indução, repouso e desafio.

O teste de sensibilização dérmica SD tem as mesmas premissas do teste de

compatibilidade e consiste em uma série de aplicações de forma semi-oclusiva ou oclusiva, de

acordo com o produto a ser avaliado em, no mínimo, 50 voluntários, seguindo a interpretação

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dos resultados considerando o ICDRG. Para produtos irritantes, deve ser realizado com

amostras diluídas, de forma a não induzir resultados falsos positivos (DRAIZE, 1965;

MAILBACH, EPSTEIN, 1965; AGRUP, 1968; SHELANSKI; SHELANSKI, 1979 DOOMS;

GOOSSENS, 1993; FISHER,1995).

Todos os testes de IDP, IDA e SD foram todos realizados nas dependências da empresa

MEDCIN onde se encontram os originais e os arquivos dos dados.

Todos os protocolos dos ensaios em humanos de IDP, IDA e SD estão descritos no

Anexos 2 e 3.

5.4.1. Método de Teste de Irritabilidade Dérmica Primária

Os ensaios devem contemplar um número mínimo de voluntários (50) com critérios de

inclusão e exclusão previamente padronizados (Anexos 2 e 3) . O produto é aplicado de forma

aberta, semi-oclusiva ou oclusiva, de acordo com o produto a ser avaliado. A duração do

contato e periodicidade das leituras são padronizadas. A interpretação dos resultados deve ser

feita considerando o ICDRG (International Contact Dermatitis Research Group). A avaliação

deve ser feita por dermatologista.

Foram aplicados no dorso dos voluntários apósitos contendo 0,02 mL do produto em

estudo puro, solução fisiológica ou óleo mineral usado como controle. Após dois dias os

apósitos foram retirados e a região foi avaliada. Caso houvesse algum indício de positividade,

realizar-se-ia uma nova avaliação após 30 minutos. Ao final de quatro dias após aplicação,

foram realizadas novas avaliações, conforme cronograma mostrado na Tabela 3.

As avaliações foram realizadas conforme escala de leitura preconizada pelo

International Contact Dermatitis Research Group (ICDRG) e anotadas em uma Brochura de

Investigação contendo a compilação de todos os dados durante o estudo.

Tabela 3. Cronograma do estudo de Irritabilidade Dérmica Primária.

Page 36: Trabalho de Conclusão de Curso - avaliação de um creme facial contendo melitina como auxiliar no tratamento cosmetico antissinais - racine 2014-

19

5.4.2. Método de Teste de Irritabilidade Dérmica Acumulada

Paralelamente ao estudo de Irritabilidade Dérmica Primária (IDP), foi realizado o estudo

de Irritabilidade Dérmica Acumulada (IDA), aplicando no dorso dos voluntários apósitos

contendo 0,02 mL do produto em estudo puro, solução fisiológica ou óleo mineral, usados

como controle. Estes ensaios seguiram os protocolos conforme Anexo B e C e o cronograma

conforme Tabela 4 abaixo.

Tabela 4. Cronograma do estudo de Irritabilidade Dérmica Acumulada

5.4.3. Método de Teste de Sensibilidade Dérmica – SD

O ensaio de Sensibilidade Dérmica (SD) foi conduzido após a realização dos ensaios de

IDP e IDA, os voluntários ficaram em intervalo por duas semanas e retornaram para a fase de

sensibilização (desafio), na qual foram aplicados apósitos em áreas que não foram ocluídas

anteriormente. Conforme Tabela 5, os voluntários retornaram para as avaliações seguintes.

Completada a última etapa do teste de SD, os voluntários passaram por uma nova

avaliação dermatológica, que comparou as condições iniciais do voluntário com as condições

apresentadas após a participação.

Durante os estudos os voluntários foram instruídos a não agitar ou molhar os apósitos,

não iniciar o uso de produtos tópicos novos durante o período de avaliação, não se expor

diretamente ao sol, comparecer no horário estipulado para reavaliações e comunicar ao

Instituto caso fosse necessário o uso de algum medicamento ou realização de algum

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20

tratamento durante o estudo. Estes ensaios seguiram os protocolos conforme Anexos 2 e 3 e o

cronograma apresentado na Tabela 5 abaixo.

Tabela 5. Cronograma do estudo de Sensibilização Dérmica

5.4.4. Equipamentos Utilizados nos Testes de IDP, IDA e SD

Balança semi-analítica.

Utilidades

Apósitos semi-oclusivos compostos por discos de papel de filtro (100% celulose) de 1

cm de diâmetro e fita adesiva semipermeável Micropore®;

Solução fisiológica;

Óleo mineral;

Amostra do produto puro.

5.5. Método de avaliações clínicas na redução dos sinais do envelhecimento facial

Os voluntários foram inicialmente recrutados a partir dos critérios indicados na

SELEÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS (Anexo 2 e 3). Somente indivíduos que possuíam os

requisitos necessários segundo os critérios da seleção citados anteriormente, e que

compreenderam, aceitaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram

incluídos no estudo.

A metodologia aplicada consistiu em avaliar os voluntários segundo os parâmetros de

Hidratação, Maciez, Firmeza e Rugas de Expressão no T-0d inicial, sem o uso do creme e no

T-30d, após 30 dias de uso.

Esta avaliação foi feita por médico dermatologista e seguiu uma escala de 5 notas, ver

Tabela 6 abaixo, para cada item avaliado, definidas previamente para a orientação da análise

Page 38: Trabalho de Conclusão de Curso - avaliação de um creme facial contendo melitina como auxiliar no tratamento cosmetico antissinais - racine 2014-

21

que foi feita de forma padronizada, no início e ao final do estudo, onde o aumento da nota

representa a melhora do item avaliado.

Tabela 6. Escala para teste de eficácia clinica

Hidratação

NOTAS DESCRITIVO

1 Muito ressecado, esbranquiçado e descamativo 2 Ressecado 3 Levemente Hidratado 4 Hidratado 5 Muito Hidratado, com brilho e luminosidade

Maciez

NOTAS DESCRITIVO

1 Muito leve (comparável com a pele da área pré-tibial) 2 Leve 3 Moderada 4 Intensa 5 Muito Intensa (comparável com a pele da face interna do braço)

Firmeza

NOTAS DESCRITIVO

1 Muito leve 2 Leve 3 Moderada 4 Intensa 5 Muito Intensa

Rugas de Expressão

NOTAS DESCRITIVO

1 Linhas muito intensas (sulcos) 2 Intensa 3 Moderada 4 Leve 5 Ausência de rugas

Após a avaliação clínica inicial T-0d, as amostras foram distribuídas juntamente com

uma cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido contendo as informações

pertinentes ao modo de uso definidas previamente (Anexo 2 e 3).

Após 30 dias de uso do produto investigacional os voluntários retornaram ao Instituto

para nova avaliação clínica feita por medico dermatologista, para verificar a integridade da

Page 39: Trabalho de Conclusão de Curso - avaliação de um creme facial contendo melitina como auxiliar no tratamento cosmetico antissinais - racine 2014-

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pele e/ ou mucosa e confirmar a ausência de formação de eritema, edema, descamação,

vesiculação ou outro sinal clínico no local que o produto foi utilizado.

Para fins de comparação, foram avaliados novamente os mesmos parâmetros clínicos,

com relação aos itens: Hidratação, Maciez, Firmeza e Rugas de Expressão.

5.6. Método de avaliação de eficácia subjetiva na redução dos sinais do envelhecimento

facial

Adicionalmente a visita final, os voluntários se auto avaliaram (avaliação subjetiva T30)

com relação aos mesmos itens da avaliação clínica citados acima por meio de uma escala de 0

a 5, conforme Tabela 6.

Uma tolerância de ± 2 dias foi permitida para o retorno dos voluntários na a avaliação

final.

5.7. Método de avaliação de atributos

Os voluntários também responderam um questionário referente a alguns atributos do

produto como segue na Tabela 7 abaixo:

Tabela 7. Avaliação de atributos

QUESITOS PERGUNTAS DIRETAS

Cheiro/Perfume Péssimo ruim Indiferente

bom

excelente \ ideal

Espalhabilidade Muito difícil \ruim Difícil Normal Boa fácil e agradável

Toque na Pele Grudento demais,

pegajoso,

intolerável

Toque

grudento

Toque

indiferente

Toque macio

Textura macia,

diferenciada,

muito agradável

Intenção de

Compra

Com certeza

compraria

Provavel-

mente

compraria

Não sei se

compraria ou

não

Provavelment

e não

compraria

Com certeza não

compraria

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23

6. RESULTADOS

6.1. Resultado da Avaliação Dermatológica de Compatibilidade Tópica, Irritabilidade

Dérmica Primária (IDP), acumulada (IDA) e Sensibilização Dérmica (SD)

Como podemos observar na Tabela Resumo 7.1 não houve reações adversas durante o uso do

creme proposto.

Tabela Resumo 7.1: Teste IDP,IDA e SD versus Reação Positiva

TESTE REAÇÃO POSITIVA*

IDP 0

IDA 0

SD 0 *-Numero de sujeitos submetidos ao teste

As Tabelas 8 e 9 abaixo mostram em detalhes os resultados das avaliações

dermatologias de irritabilidade dérmica primaria, acumulada e sensibilização dérmica

respectivamente.

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24

TABELA 8: Resultados obtidos nas avaliações de Irritação Dérmica Primária e Acumulada.

Legenda:

Escala de Leitura do ICDRG

A B A B A B A B A B A B A B A B A B A B

1 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

2 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

3 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

4 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

5 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

6 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

7 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

8 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

9 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

10 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

11 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

12 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

13 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

14 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

15 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

16 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

17 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

18 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

19 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

20 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

21 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

22 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

23 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

24 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

25 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

26 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

27 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

28 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

29 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

30 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

31 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

32 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

33 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

34 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

35 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

36 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

37 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

38 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

39 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

40 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

41 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

42 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

43 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

44

45 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

46 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

47 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

48 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

49 ­ ­

50 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

51 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

52 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

53 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

54 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

55 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

56 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

57 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

58 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

59 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

F EXCLUIDO

F F

F F

F

F

F

F

F

NÃO SELECIONADO

F

F

F

F

F

F

F

IDP IDA

Dias de Avaliações dos Sítios após Aplicação dos Apósitos

F

Vol.

F

12° 15° 17° 19°5° 10°3° 5° 3° 8°

Sítios Apósitos

A Controle Negativo B Produto Testado

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Tabela 9: Resultados obtidos nas avaliações de Sensibilização Dérmica.

Legenda:

Sítios Apósitos

A Controle Negativo

B Produto Testado

Escala de Leitura do ICDRG

Dias de Avaliações dos Sítios após Aplicação dos Apósitos

A B A B A B

1 ­ ­ ­ ­ ­ ­

2 ­ ­ ­ ­ ­ ­

3 ­ ­ ­ ­ ­ ­

4 ­ ­ ­ ­ ­ ­

5 ­ ­ ­ ­ ­ ­

6 ­ ­ ­ ­ ­ ­

7 ­ ­ ­ ­ ­ ­

8 ­ ­ ­ ­ ­ ­

9 ­ ­ ­ ­ ­ ­

10 ­ ­ ­ ­ ­

11 ­ ­ ­ ­ ­ ­

12 ­ ­ ­ ­ ­ ­

13 ­ ­ ­ ­ ­ ­

14 ­ ­ ­ ­ ­ ­

15 ­ ­ ­ ­ ­ ­

16 ­ ­ ­ ­ ­ ­

17 ­ ­ ­ ­ ­ ­

18 ­ ­ ­ ­ ­ ­

19 ­ ­ ­ ­ ­ ­

20 ­ ­ ­ ­ ­ ­

21 ­ ­ ­ ­ ­ ­

22 ­ ­ ­ ­ ­ ­

23 ­ ­ ­ ­

24 ­ ­ ­ ­ ­ ­

25 ­ ­ ­ ­ ­ ­

26 ­ ­

27 ­ ­ ­ ­ ­ ­

28 ­ ­ ­ ­ ­ ­

29 ­ ­ ­ ­ ­ ­

30 ­ ­ ­ ­ ­ ­

31 ­ ­ ­ ­ ­ ­

32 ­ ­ ­ ­ ­ ­

33 ­ ­ ­ ­ ­ ­

34 ­ ­ ­ ­ ­ ­

35 ­ ­ ­ ­ ­ ­

36 ­ ­ ­ ­ ­ ­

37 ­ ­ ­ ­ ­ ­

38 ­ ­ ­ ­ ­ ­

39 ­ ­ ­ ­ ­ ­

40 ­ ­ ­ ­ ­ ­

41 ­ ­ ­ ­ ­ ­

42 ­ ­ ­ ­ ­ ­

43 ­ ­ ­ ­ ­ ­

44

45 ­ ­ ­ ­

46 ­ ­ ­ ­

47 ­ ­ ­ ­ ­ ­

48 ­ ­ ­ ­ ­ ­

49

50 ­ ­ ­ ­ ­ ­

51 ­ ­ ­ ­ ­ ­

52 ­ ­ ­ ­ ­ ­

53 ­ ­ ­ ­ ­ ­

54 ­ ­ ­ ­ ­ ­

55 ­ ­ ­ ­ ­ ­

56

57 ­ ­ ­ ­ ­ ­

58 ­ ­ ­ ­ ­ ­

59 ­ ­ ­ ­ ­ ­

não incluido

F

F

excluido

F excluido

SD

F

Vol. 36° 38° 39°

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6.2. Resultados da Avaliação Clínica

O Gráfico 1 abaixo mostra as médias das notas obtidas inicialmente (T0) e ao final do

estudo (T30), segundo os critérios de avaliação clínica para os itens: Hidratação, Maciez,

Firmeza e Rugas de Expressão. O percentual de voluntários com algum grau de melhora

observada clinicamente após o uso do produto por 30 dias foi de: 65% para Hidratação, 52%

para Maciez e 4% para Firmeza conforme mostra o Gráfico 2 abaixo:

Todos os 23 voluntários finalizaram o estudo sem apresentar reação constatada ou

referida na pele, sob monitoramento dermatológico. O aumento da média indica melhora para

o item avaliado.

Gráfico 1: Gráfico 2:

Os resultados acima foram tratados estatisticamente utilizando-se o teste T de Student e

conforme mostrado na Tabela 10 abaixo pudemos observar que houve melhora

estatisticamente significativa para os itens: Hidratação e Maciez, após o uso do produto por 30

dias.

Tabela 10: Resultados do teste T de Student: Hidratação, Maciez, Firmeza e Rugas de

Expressão

Item estudado T0 – T30 * Conclusão

Hidratação <0,001 Rejeita a hipótese**

Maciez <0,001 Rejeita a hipótese**

Firmeza 0,328 Não Rejeita a hipótese**

Rugas de

Expressão

0,328 Não Rejeita a hipótese**

2,702,40 2,40

2,30

3,30

3,002,50

2,30

HIDRATAÇÃO MACIEZ FIRMEZA RUGAS DE EXPRESSAO

t-0 t-30MÉDIA DAS AVALIAÇÕES

65%

52%

4%0

HIDRATAÇÃO MACIEZ FIRMEZA RUGAS DE EXPRESSÃO

PERCENTUAL DE VOLUNTÁRIOS COM MELHORA

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* Nível de Significância: 5%

** Hipótese: não existe diferença entre os tempos experimentais, n = 23.

6.3. Avaliação Subjetiva

Os gráficos 3, 4, 5 e 6 abaixo mostram os resultados das avaliações subjetivas realizadas no

final do estudo (T30), após utilização do produto:

0% 4%

79%

4%

13%

Gráfico 6 > RUGAS DE EXPRESSÃO

LINHAS MUITO INTENSAS INTENSA MODERADA LEVE AUSENCIA DE RUGAS

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6.4. Avaliação de Atributos Físicos

Os gráficos 7, 8 e 9 mostram os resultados dos atributos físicos do creme compilados dos

questionários recebidos após a avaliação subjetiva com 30 dias de uso.

O gráfico 10 mostra os resultados após compilação da intenção de compra por partes dos

usuários

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O detalhamento dos resultados informando número de sujeitos que foram desclassificados

desde início ou foram desclassificados durante os teste estão descritos no Anexo F e Tabelas 8

e 9.

7. DISCUSSÃO

7.1. Segurança de uso

O creme contendo Melitina, conforme fórmula expressa no item 3.1, foi avaliado

seguindo o protocolo de Estudo Clínico de Compatibilidade Cutânea Tópica, cujo testes

envolveram: Avaliação da Irritabilidade Dérmica Primária, Irritabilidade Dérmica Acumulada

e Sensibilização Dérmica, nos permitiram considerar que:

Não foi observado potencial de Irritação Dérmica Primária;

Não foi observado potencial de Irritação Dérmica Acumulada;

Não foi observado potencial de Sensibilização Dérmica.

7.2. Avaliação Clinica e Avaliação Subjetiva

Uma análise detalhada dos resultados obtidos na avaliação de Eficácia na Redução dos

sinais do Envelhecimento Facial, demonstrado pelo Estudo Clínico e Subjetivos nas

condições em que a fórmula expressa no item 5.1 foi aplicada nos voluntários é possível

considerar que:

Na avaliação clínica, o uso do produto por 30 dias proporcionou melhora

estatisticamente significativa para os itens Hidratação e Maciez; Para o item Firmeza a

melhora foi marginal e sem significância estatística; Para o item Rugas de Expressão

(ausência ou diminuição) não houve alteração.

De acordo com os resultados da avaliação subjetiva a percepção da maior parte da

população de voluntários avaliados que usaram o produto por 30 dias, proporcionou

resultados positivos para todos os itens avaliados: Hidratação, Maciez, Firmeza e

Rugas de Expressão, conforme demonstrado abaixo:

96% dos voluntários declararam que a pele ficou hidratada ou muito hidratada

56% dos voluntários declararam que a pele apresentou maciez intensa ou muito

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30

intensa

21% dos voluntários declararam que a pele ficou com firmeza intensa ou muito

intensa

17% dos voluntários declararam que as rugas de expressão ficaram leves ou

ausentes.

7.3. Avaliação de Atributos Físicos

Na avaliação de atributos, foi possível observar os seguintes resultados positivos:

39% dos voluntários manifestaram que o cheiro/perfume do produto é bom ou

excelente;

82% dos voluntários manifestaram que a espalhabilidade é boa ou fácil;

83% dos voluntários declararam que o toque na pele do produto é macio ou possui

a textura macia;

91% dos voluntários manifestaram que provavelmente ou com certeza comprariam

o produto.

7.4. Discussão geral

O creme proposto não apresentou nenhum indício de alergia ou efeito adverso

conforme ficaram demonstrados nos resultados das avaliações de IDP, IDA e SD.

Entendemos que a concentração de Melitina presente neste creme, que foi da ordem de

0.085% , mostrou-se seguro ao uso.

Nas avaliações clínica e subjetiva o que vimos foram dados positivos para itens como

hidratação da pele e maciez após o uso do produto. A resposta positiva no item hidratação

pode ser atribuída ao tipo de creme que escolhemos para veicular o ativo Melitina, um cold

cream, e esse é reconhecidamente como um creme hidratante de alta performance. No que diz

respeito ao aspecto maciez a resposta positiva poderia ser atribuída a presença do octil

estearato e do óleo de amêndoas presentes na formulação.

Um resultado encorajador foi obtido na avaliação subjetiva onde 17% dos voluntários

declararam que houve uma diminuição das rugas ou até ausência delas após 30 dias de uso.

Não podemos afirmar e tão pouco negar que a presença da Melitina pode ter influenciado

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31

nesta resposta, que apesar de ser subjetiva, sem valor estatístico, deve ser levada em

consideração e explorada em trabalhos futuros.

Uma explicação para esta resposta pode ser o mecanismo proposto para a ação da

melitina, que segundo LEE (2004), consiste na capacidade do ativo em simular brandamente

uma picada de abelha e a reação decorrente disso seria a capacidade de aumentar o fluxo

sanguíneo no local bem como a produção de colágeno. Ainda segundo (DUNCAN ,2013), a

melitina causa inibição da produção de metaloproteínas da matriz celular e que é importante

para a redução de danos ao colágeno.

Como sabemos, o colágeno fornece sustentação à pele e é importante para o seu vigor

e sua resistência. Alterações em relação a sua estrutura e quantidade parecem ser fatores

importantes na formação de rugas (GILCHREST; KRUTMANN, 2007).

Outra resposta estimulante foi observada na avaliação de atributo, pois demonstrou

que o produto possui um grande potencial de mercado a ser explorado á medida em que a

intenção de compra foi da ordem de 93%, um índice sem dúvida elevado.

Esse trabalho consiste apenas como um estímulo à procura por novos dados e

resultados. Ainda existem pesquisas que devem ser realizadas para a total elucidação da sua

atividade, testes em outras concentrações de uso entre outras características pertinentes.

8. CONCLUSÃO

O presente trabalho atingiu seu objetivo à medida que demonstrou a inocuidade

alergênica do creme proposto contendo Melitina em todos os indivíduos testados e

demonstrou melhoras significantes em avaliações clínicas de itens como hidratação e maciez

da pele quando comparados ao creme placebo.

Apesar de os resultados do estudo clínico não terem demonstrado eficácia no item

redução de rugas e resultado marginal no item firmeza, o mesmo não ocorreu nas avaliações

subjetivas, os quais tiveram valores relevantes. De certa forma estes valores de avaliação

subjetiva foram corroborados com os resultados das avaliações de atributos os quais se

mostraram elevados, principalmente na intenção de compra do produto.

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10. ANEXOS

ANEXO A

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A EXTRAÇÃO DO VENENO DE ABELHAS

O preço de cada grama da apitoxina já alcançou 5 (cinco) vezes mais que o mesmo peso em

ouro no mercado internacional, tornando-a uma fonte de renda adicional ao apicultor, ao invés

de apenas uma ameaça.

Entretanto, o problema estava em como extraí-lo de forma eficiente. O processo utilizado em

laboratório de pesquisa tinha o inconveniente de servir apenas para quando se trabalha com

abelhas mortas e em pequenas quantidades, de forma artesanal, retirando-se o ferrão do inseto

e apertando a extremidade do seu corpo até que saísse toda a apitoxina.

Com a criação de um aparelho, em 1987, desenvolvido por Ciro Gomes Protta, deu então um

primeiro passo para a extração comercial da apitoxina no Brasil, possibilitando a coleta do

veneno de até 10 colmeias simultaneamente.

O mais importante foi que não é necessário sacrificar os insetos. Quando as abelhas pousam

sobre a placa, recebem um choque e reagem tentando ferroar o vidro e depositando assim,

uma carga de veneno. Liberam também uma secreção de ferômonio, que atrai mais abelhas. O

veneno perde seus óleos voláteis e adere à placa, sob a forma de um pó de cor marfim.

Desligado o aparelho esse material é raspado e conservado sob refrigeração para não se

deteriorar.

O aparelho em uso conjunto com várias placas de vidro eletrificadas, terá capacidade de

extrair cerca de 400 gramas de apitoxina por mês, um aumento de capacidade de extração

extraordinária levando-se em conta que cada inseto carrega em seu corpo apenas 10

milionésimos de grama.

O apicultor disposto a produzir apitoxina tem que ser extremamente rigoroso nos cuidados

técnicos para a coleta do material, já que sua procedência, uniformidade e pureza do veneno

serão bastante exigidas.

A apitoxina não pode ser exposta ao ar livre e ao calor por muito tempo, sob o risco de

alteração na sua composição. Por causa disso, cada utilização do tempo tem que ser feita por

um tempo muito curto.

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ANEXO B

PROTOCOLOS DOS ENSAIOS DE IDP, IDA E SD

A Considerações éticas sobre os testes

Os estudos foram conduzidos de acordo com as normas de Boas Práticas Clínicas (GCP), as

normas internacionais de pesquisa para seres humanos (Declaração de Helsinque) e a

resolução nº. 196 de 10 de Outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde e suas

complementares.

B Seleção de voluntários

Amostragem populacional:

Foram selecionados 59 voluntários de ambos os sexos de acordo com os critérios de

INCLUSÃO e NÃO-INCLUSÃO listados abaixo para realização do estudo. Os indivíduos

participantes foram identificados pelas quatro primeiras letras do primeiro nome e a primeira

letra do último sobrenome, um número de identificação individual (gerado por sistema

eletrônico) e um número protocolar anotados na Ficha Clínica do Voluntário.

C Critérios de inclusão

Faixa etária: 18 a 60 anos;

Fotótipos: I, II, III e IV (Anexo D);

Pele da região de teste íntegra;

Concordância em obedecer aos procedimentos do ensaio e comparecer à clínica nos

dias e horários determinados para as avaliações médicas e para aplicação e leitura dos

apósitos;

Assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido.

D Critérios de não-inclusão

Gestação e lactação;

Uso de drogas antiinflamatórias 30 dias e/ou imunossupressora por até três meses

antes da seleção;

Doenças que causam supressão da imunidade, tais como Diabetes, HIV, etc.;

Antecedentes pessoais de atopia;

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ANEXO B (continuação)

História de sensibilização ou irritação a produtos tópicos;

Patologias cutâneas ativas (locais e/ ou disseminadas) que possam interferir nos

resultados do estudo;

Uso de novas drogas e / ou cosméticos durante o experimento;

Reatividade cutânea;

Participação anterior em um estudo com o mesmo produto em teste;

Voluntários que apresentam imunodeficiência congênita ou adquirida conhecidas;

Histórico clínico relevante ou atual evidência de abuso de álcool ou outras drogas;

Histórico conhecido ou intolerância suspeita a qualquer ingrediente dos produtos em

estudo (produtos em teste ou comparadores)

E Ficha clínica do voluntário

Foi gerada uma Ficha Clínica para cada voluntário, sendo que todas as páginas foram

identificadas com o número do painel e carimbadas com o número do voluntário (gerado por

sistema eletrônico).

F Termo de consentimento livre e esclarecido

Os indivíduos participantes foram identificados pelas quatro primeiras letras do primeiro

nome e a primeira letra do último sobrenome, um número de identificação individual (gerado

por sistema eletrônico) e um número protocolar anotados no Termo de Consentimento Livre

Esclarecido. Uma cópia do Termo contemplando todas as informações sobre o estudo foi

entregue ao voluntário.

G Duração do teste

Os ensaios de IDP, IDA e SD ao todo duraram seis semanas.

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ANEXO C

PROTOCOLOS DOS TESTES DE EFICACIA CLINICA E SUBJETIVA

A Considerações éticas sobre os testes

Este estudo foi conduzido de acordo com as normas de Boas Práticas Clínicas (GCP), as

normas internacionais de pesquisa para seres humanos (Declaração de Helsinque) a resolução

nº. 196 de 10 de Outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde e suas complementares.

B Seleção de voluntários

Amostragem populacional:

Foram necessários 23 (vinte e três) voluntários para participar do estudo, com os seguintes

critérios de inclusão e exclusão listados nos itens abaixo

C Critérios de inclusão

CHECAGEM DOS CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Fototipo de I à IV na escala de Fitzpatrick;

Voluntários do sexo feminino na faixa etária de 35 a 65 anos;

Sinais de envelhecimento cutâneo classificados como grau II, III ou IV na escala de

Larnier;

Concordância em obedecer aos procedimentos do ensaio e comparecer a clínica nos

dias e horários determinados para a aplicação e leituras;

Assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

D Critérios de não-inclusão

CHECAGEM DOS CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Gestação/lactação ou intenção de engravidar no período do estudo;

Uso de drogas anti-inflamatórias, imunossupressoras, anti-histamínicos e/ ou novas

drogas por até 15 dias antes da seleção;

Antecedentes atópicos ou alérgicos a produtos cosméticos;

Patologias e/ou lesões cutâneas ativas (local e/ou disseminadas) na área de avaliação;

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ANEXO C (Continuação)

Marcas cutâneas na área experimental que interfiram na avaliação de possíveis reações

cutâneas (distúrbios da pigmentação, má-formações vasculares, cicatrizes, aumento de

pilosidade, efélides e nevus em grande quantidade, queimaduras solares);

Patologias que causam supressão da imunidade, tais como diabetes, HIV, etc.;

Patologias endócrinas tais como tireoidopatias, distúrbios ovarianos ou de glândula

adrenal;

Voluntários portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida conhecidas;

Histórico clínico relevante ou atual evidencia de abuso de álcool ou outras drogas;

Histórico conhecido ou intolerância suspeita a produtos da mesma categoria;

Exposição solar intensa até 15 dias antes da avaliação;

Tratamento estético ou dermatológico na área de avaliação até 04 semanas antes da

seleção;

Profissionais diretamente envolvidos na realização do presente estudo;

Outras condições consideradas pelo médico avaliador como razoáveis para

desqualificação da participação do estudo. Se Sim, deverá ser descrito em observação

na ficha clínica.

E Ficha clínica do voluntário

Foi gerada uma Ficha Clínica para cada voluntário, onde todas as páginas foram identificadas

com o número de ensaio e carimbadas com o número do voluntário (gerado por sistema

eletrônico).

F Termo de consentimento livre e esclarecido

Os indivíduos participantes tiveram as quatro primeiras letras do primeiro nome e a primeira

letra do último sobrenome, um número de identificação individual (gerado por sistema

eletrônico) anotados no Termo de Consentimento Livre Esclarecido.

Uma cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido contemplando todas as

informações sobre o estudo foi entregue ao voluntário.

G Duração dos testes

Duração de 30 dias, com tolerância de ± 2dias.

H Orientações durante o uso:

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ANEXO C (Continuação)

Modo de uso:

- Aplicar uma camada fina do creme sobre a pele friccionando por alguns minutos.

Precauções:

- Manter o produto bem fechado;

- Manter os produtos fora do alcance de crianças;

- Caso ocorra contato com os olhos, enxágue e procure a equipe médica da Medcin.

Durante o período de teste é importante:

- Comunicar ao médico qualquer uso de medicamento ou qualquer outro produto cosmético;

- Evitar a mudança de produtos para higiene. Ex.: Hidratantes corporais, sabonetes,

desodorantes, etc.;

- Comparecer na data combinada;

- Evitar exposição ao sol por motivos de bronzeamento;

- O produto só deverá ser utilizado durante o período de estudo, somente nas semanas

especificadas no modo de uso.

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ANEXO D

Escala de Fototipos de Fitzpatrick

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ANEXO E

SOBRE AS MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS

Foi utilizado uma pré-mistura de cetearyl alcohol e polysorbate 60 desses componentes

cuja marca comercial é conhecida como POLAWAX®, produzida pela empresa Farmacam.

Dosado em cerca de 30% do material graxo contido na formulação, esse material difere de

maneira significativa dos tipos mais antigos de ceras auto-emulsionantes, visto que suas

propriedades emulsionantes de óleo em água não derivam da presença de tensoativos

aniônicos ou de álcool graxo sulfatado, de álcalis, gomas e similares. É de natureza não-

iônica, não se deteriora com aquecimento de 150 – 152 ºC,é uma cera auto-emulsionante de

alta densidade, produzindo emulsões espessas e sólidas sem a adição de outras ceras

enrijecedoras em concentrações tão baixas quanto 5%, embora uma concentração de 10%

possa proporcionar estabilidade superior.

Foi utilizado uma pré-mistura de cetyl acetate, acetylated lanolin cuja marca comercial é

conhecida como Crodalan®, produzida pela empresa Croda. É uma mistura de emolientes de

álcoois acetilados e álcool de lanolina acetilada, um derivado de lanolina não tensoativo para

aplicações em cuidado pessoal.

Possui cor clara e baixa viscosidade, é um emoliente dotado de excelentes propriedades

de dispersão sobre a pele. É de natureza completamente não pegajosa ou cerosa. Sendo um

derivado do álcool de lanolina, por acetilação. Sua elevada capacidade de dispersão sobre a

pele proporciona uma agradável sensação de maciez. Compõe cerca de 9% da quantidade de

ácidos graxos da formulação.

O octyl stearate é um emoliente; ela confere à pele uma aparência macia e suave,

evitando a perda de água. Além disso, é também um agente espessante. Compõe outros 9% da

quantidade de ácidos graxos da formulação.

O óleo de amêndoas é extraído a partir de amêndoas secas por meio de um processo

chamado prensagem a frio. Possui em sua composição derivados de vitaminas E, A e D.

Também é rico em ácidos oléico e linoléico. É utilizado principalmente como um produto de

cuidado de pele. Alguns benefícios incluem alto poder hidratante e de lubrificação mantendo

a umidade da pele por mecanismo de oclusão. Além disso, possui capacidade de ser absorvido

pela pele podendo restaurar o pH normal da pele e permitir que a pele tenha brilho,

preservando assim a sua umidade.

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ANEXO E (Continuação)

O BHT ou Butilhidroxitolueno é comercializado sob a forma de cristais brancos finos e

é solúvel em diversos óleos e gorduras. É um dos antioxidantes mais utilizados possuindo um

custo benefício excelente.

O Propileno Glicol USP/EP é completamente miscível em água e muitos materiais

orgânicos como álcoois, ésteres, éteres, aldeídos, assim como muitos óleos e gorduras

vegetais e animais. Esta propriedade é benéfica na solubilização e estabilização de produtos

para cosméticos e alimentos. A sua baixa toxicidade permite que seja utilizado como aditivo

direto em alimentos e produtos farmacêuticos. Tem capacidade de atrair e reter água em um

produto. Em emulsões de cremes para as mãos óleo-em-água (O/A) típicas, o propileno glicol

ajuda a estabilizar a emulsão e também atua hidratando a pele aliviando o ressecamento.

Produtos contra envelhecimento contendo colágeno são desenhados para rejuvenescer a

camada dérmica da pele. A habilidade do propileno glicol em penetrar através da pele pode

aumentar a efetividade de produtos contendo colágeno.

O pólen apícola é um aglomerado de pólen de flores de várias fontes vegetais, os quais

são coletados pelas abelhas e misturados com néctar e secreções das glândulas

hipofaringeanas, como as enzimas α e β-glicosidase. (SERRA-BONVEHÍ et.al, 2001). O

pólen contém nutrientes como carboidratos, proteínas, aminoácidos, lipídeos, vitaminas e

minerais, além de carotenóides, flavonoides e fitosterois (SERRA-BONVEHÍ et.al, 2001)

sendo o motivo da sua utilização como alimento alternativo e/ou suplemento alimentar. (D. C.

et.al, 2006).

O pólen, a própolis e o mel têm recentemente recebido atenção especial entre os

pesquisadores de todo o mundo, devido principalmente as suas propriedades biológicas, como

atividade antibacteriana (PÉREZ-ARQUILLUE et.al, 2006), antifúngica (PÉREZ-

ARQUILLUE et. al, 2001), antiinflamatória (BORELLI et. al., 2002), anticariogênica

(ALMAS et. al, 2002) e imunomodulatória (ORSOLIC, 2003). Estudos têm demonstrado que

a ação biológica do pólen é devida à presença de compostos fenolicos, tais como flavonoides,

ácidos fenolicos e diterpenos fenolicos, que dentre outras propriedades biológicas possuem

ação antioxidante (BOGDANOV, 2004).

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ANEXO F

INFORMAÇÕES DETALHADAS SOBRE CRITÉRIOS EXCLUSÃO DE DADOS

Irritabilidade Dérmica Primaria

Nenhum dos 58 voluntários iniciantes apresentou reação positiva ao produto ou aos

controles. A voluntária 49 foi excluída, pois fez somente a visita 01 referente a essa fase, não

retornando para as demais visitas do estudo. Concluíram esse período de estudo 57

voluntários, entretanto 06 resultados não foram considerados como válidos devido a 05

ausências (voluntários 05, 24, 26, 27 e 30). A Tabela 6 apresenta os resultados individuais da

Irritação Dérmica Primária.

Irritabilidade Dérmica Acumulada

Nenhum dos 58 voluntários iniciantes apresentou reação positiva ao produto ou aos

controles. A voluntária 49 foi excluída, pois fez somente a visita 01 referente a essa fase, não

retornando para as demais visitas do estudo. 57 voluntários finalizaram e as ausências não

comprometeram os resultados obtidos, conforme representado na Tabela 8.

Sensibilização Dérmica

Finalizaram essa fase 56 voluntários dos 57 que iniciaram. . A voluntária 56 não

compareceu às visitas 10 e 11 pertencentes à Sensibilização Dérmica, assim não houve

aplicação do produto nem tampouco foram coletadas leituras. Não houve prejuízo aos dados

referentes às fases anteriores.