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Hospital Geral: mais denúncias e descasos INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CAXIAS Nº 35 - MARÇO/2014 EXAME DE RAIO-X M uitas denúncias já foram feitas, mas os pro- blemas continuam como é o caso da falta de mais leitos para os pacientes com doenças infeccio- sas e de equipamentos de proteção individual dos trabalhadores ao cuidar destes doentes. Na sala de raio-x a irregularidade é de arreben- tar com o trabalhador e o paciente. O servidor tra- balha sem uso do colete de chumbo, sem o crachá que mede a quantidade de radioatividade e como os demais trabalhadores da saúde, não recebe insalu- bridade. A estrutura física da cozinha adoece as cozinhei- ras. Quando chove, a água retorna pelo esgoto inun- A possibilidade de contrair doen- ças ao buscar um atendimento na saúde pública em Caxias é enor- me, isso já não é novidade, pois o Ministério Público não toma as devidas providências, isso também não é novidade, mas é sempre importante denunciar, para fazer a comparação, que enquanto os Coutinhos se tratam em São Paulo, os Caxienses morrem à espera por atendimento. Se o paciente precisa de raio-x, en- tra na sala que realiza o exame junto dando o refeitório e por cima, através das goteiras. Toda área da saúde de Caxias precisa de uma atitude urgente do Ministério Público. Outro absurdo, é a forma tirânica de administrar dos Coutinhos, imposta no hospital, que é tão grande contra os tra- balhadores da Saúde posto que são obrigados a trabalhar mes- mo doentes, não têm direito de tirar nenhum atentado médico, tem que trabalhar até morrer, veja proibição com a foto ao lado. O s Coutinhos cometem crimes constantemente, esta foto é a prova de mais um. O Gover- no divulga em outdoor o Programa como se toda a rede municipal de ensino os alunos tivessem sidos contemplados com um computador. Sabe-se que apenas algumas esco- las da zona rural foram contempla- das com o Programa. Entretanto, há localidades que os alunos nem chegam a ligar o laptop, pois falta energia elétrica na escola. N a zona urbana, as escolas não foram contempladas com o Programa. Existem escolas com no máximo 10(dez) computadores e mesmo assim, alguns continuam Fraudes e mentiras na Educação Municipal Pequena amostra da precariedade e imundice no Hospital Geral, ao invés de um ambiente salubre é um lugar proliferado de bacterias, fungos e vírus com o técnico sem o uso do avental de chumbo para se prevenir da ra- dioatividade, falta banheiro para os pacientes se trocarem, e têm muitos ratos. O exame não é de confiança, o aparelho revelador é antigo, ainda manual e não recebe a manutenção. Os Coutinhos para não fugir à re- gra de pagar o pior salário da região, pagam a um técnico que se expõe a tamanha radioatividade, um salário de apenas R$ 763,00, sem insalubri- dade, enquanto deveria pagar no mí- nimo R$ 1.712,00. nas caixas, outros quebrados, e ou- tros já estão em laboratórios, porém sem funcionar por falta de profis- sional da área. JORNAL-SINTRAP-N-35-VALENDO.indd 1 10/03/2014 09:20:06

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Hospital Geral:mais denúncias e descasos

INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CAXIAS Nº 35 - MARÇO/2014

EXAME DE RAIO-X

Muitas denúncias já foram feitas, mas os pro-blemas continuam como é o caso da falta de

mais leitos para os pacientes com doenças infeccio-sas e de equipamentos de proteção individual dos trabalhadores ao cuidar destes doentes.

Na sala de raio-x a irregularidade é de arreben-tar com o trabalhador e o paciente. O servidor tra-balha sem uso do colete de chumbo, sem o crachá que mede a quantidade de radioatividade e como os demais trabalhadores da saúde, não recebe insalu-bridade.

A estrutura física da cozinha adoece as cozinhei-ras. Quando chove, a água retorna pelo esgoto inun-

A possibilidade de contrair doen-ças ao buscar um atendimento na saúde pública em Caxias é enor-me, isso já não é novidade, pois o Ministério Público não toma as devidas providências, isso também não é novidade, mas é sempre importante denunciar, para fazer a comparação, que enquanto os Coutinhos se tratam em São Paulo, os Caxienses morrem à espera por atendimento.

Se o paciente precisa de raio-x, en-tra na sala que realiza o exame junto

dando o refeitório e por cima, através das goteiras. Toda área da saúde de Caxias precisa de uma atitude urgente do Ministério Público.

Outro absurdo, é a forma tirânica de administrar dos Coutinhos, imposta no hospital, que é tão grande contra os tra-balhadores da Saúde posto que são obrigados a trabalhar mes-mo doentes, não têm direito de tirar nenhum atentado médico, tem que trabalhar até morrer, veja proibição com a foto ao lado.

Os Coutinhos cometem crimes constantemente, esta foto

é a prova de mais um. O Gover-no divulga em outdoor o Programa como se toda a rede municipal de ensino os alunos tivessem sidos contemplados com um computador. Sabe-se que apenas algumas esco-las da zona rural foram contempla-das com o Programa. Entretanto, há localidades que os alunos nem chegam a ligar o laptop, pois falta energia elétrica na escola.

Na zona urbana, as escolas não foram contempladas com

o Programa. Existem escolas com no máximo 10(dez) computadores e mesmo assim, alguns continuam

Fraudes e mentiras na Educação Municipal

Pequena amostra da precariedade e imundice no Hospital Geral, ao invés de um ambiente salubre é um lugar proliferado de bacterias, fungos e vírus

com o técnico sem o uso do avental de chumbo para se prevenir da ra-dioatividade, falta banheiro para os pacientes se trocarem, e têm muitos ratos. O exame não é de confiança, o aparelho revelador é antigo, ainda manual e não recebe a manutenção.

Os Coutinhos para não fugir à re-gra de pagar o pior salário da região, pagam a um técnico que se expõe a tamanha radioatividade, um salário de apenas R$ 763,00, sem insalubri-dade, enquanto deveria pagar no mí-nimo R$ 1.712,00.

nas caixas, outros quebrados, e ou-tros já estão em laboratórios, porém

sem funcionar por falta de profis-sional da área.

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2 Informativo SINTRAP

Conquista e materialização de direitos - luta eternaA bem elaborada matéria “a di-

ficil tarefa”, do Professor Benigno, relembra e reforça toda a luta dos trabalhadores públicos municipais de Caxias pelo cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Re-muneração Municipal desde sua formulação em 2000. Os prin-cipais desrespeitos são: a valo-rização vertical que é garantida por formação (graduação e pós--graduação) que segundo o Plano deveria ser efetivada após 30 dias da solicitação, isso não ocorre; o cálculo do salário base que não é feito conforme o definido na re-ferida lei e, da mesma forma, a dispersão salarial.

Quanto à Lei do Piso (Lei Fe-deral nº 11.738, de 16.07.2008), desde que entrou em vigor o SINTRAP vem enfrentando a ti-rania dos Coutinhos para garan-tir a materialização do art. 2º, § 4°, que parece ser o único art. a

favorecer os trabalhadores ao definir 2/3 da jornada do professor como parte máxima de interação com alu-nos, garantindo, por outro lado, 1/3 da jornada de trabalho para ativida-des extraclasse do professor. O ime-diato cumprimento desta lei supera a necessidade de reformulação do Plano de Cargos dos trabalhadores da educação, posto que, ela tem amplitude nacional.

Se aprofundarmos a análise veremos que, exceto a atualiza-ção do artigo 45, § 1º e § 2º que se refere à parte da jornada do professor para atividade extra-classe, o PCCR dos trabalhadores da educação pública municipal de Caxias tem conquistas relativa-mente avançadas quando compa-rado a muitos outros PCCR, inclu-sive, aos vizinhos Timon e Codó que realizaram reformulação reti-rando direitos dos trabalhadores. Assim, nossa luta tem que con-

tinuar forte para efetivarmos as conquistas asseguradas pelo Pla-no vigente e continuar organizan-do o movimento para avançarmos em novas conquistas.

Obviamente, que novas conquis-tas se efetivam por meio de refor-mulações das leis em vigor, no en-tanto, estas reformulações também, são os meios pelos quais os poderes retiram diretos já conquistados, in-clusive, históricos, como aconteceu com os trabalhadores da educação estadual do Maranhão que tiveram vários direitos roubados por refor-mulações de seu PCCR.

Deste modo, precisamos estar organizados com um movimento forte e vigilantes a qualquer mani-festação de reformular nosso Pla-no, para que não sejam retirados os direitos assegurados à duras penas, em enfrentamentos as oli-garquias que se alternam no poder municipal.

Muitas são as dificuldades dessa difícil missão. A co-

meçar pela desvalorização, em todos os sentidos, dos Educado-res. Embora bem qualificados, a remuneração não condiz com o nível e essencialidade da função. Mesmo assim, os Professores são os profissionais que mais gostam de fazer Pós-Graduação (e fazem mesmo). O desrespeito começa pelas autoridades governamen-tais. Senão, vejamos o exemplo de Caxias:

Nossa categoria está com o Plano de Cargo, Carreira e Remu-neração - PCCR - há muito tempo sendo desrespeitado, pois o Pla-no em vigor nunca foi cumprido em sua totalidade e a Lei Fede-ral nº. 11.738, de 16.07.2008, que ficou conhecida como LEI DO PISO, obriga a atualização dos planos até então existentes, para poderem se adequar à refe-rida lei. O Governo Municipal de Caxias insiste em “desconhecer” essa lei;

No art. 2º, § 4°, a LEI DO PISO fixa o limite máximo de 2/3 (dois

A difícil tarefa

Educar é mais que uma profissão é, antes de tudo, uma missão com

requinte de arte. Cumprir essa missão com sucesso é tarefa difícil para aqueles que se pro-põem a exercer as atividades de Educador, especialmente porque a maior recompensa é a simples satisfação de, ao final de cada ciclo educativo, poder contem-plar seus educandos preparados para a vida.

terços) da carga horária da jorna-da de trabalho dos profissionais do magistério para atividades de sala de aula (interação direta com os educandos), ficando o restante da carga horária reservado para ati-vidades fora da sala de aula (ati-vidades extraclasse) tais como: planejamento pedagógico, corre-ção de provas, trabalhos e ativi-dades, preparação de aulas, etc. Todavia, a Secretária Municipal de Educação de Caxias, além de não cumprir a LEI DO PISO, ordenou a todos os diretores de escolas que sobrecarreguem os Mestres com uma jornada acima daquela per-mitida por lei, ou seja, obrigou os diretores a se tornarem coautores desse crime;

O não cumprimento da LEI DO PISO, no tocante a disponibiliza-ção de 1/3 (um terço) da carga horária para atividades pedagó-gicas (extraclasse), gera a dupla jornada, na qual o Educador se vê obrigado a fazer o planejamento, a correção de provas, trabalhos, atividades e a preparação de aulas nos seus momentos de descanso e até mesmo em sua residência, comprometendo, assim, sua qua-lidade de vida e de sua família, além de prejudicar sua recompo-sição física e mental após cada jornada estressante de trabalho, o que produz consequências drásti-cas para a Educação de qualidade que tanto se almeja.

Um exemplo concreto disso é o que ocorre na escola Professor Ar-lindo Fernandes de Oliveira, loca-lizada no conjunto residencial do bairro Teso Duro. A diretora não respeitou nem o recesso dos pro-

fessores, que foram obrigados a retornarem para iniciarem as aulas antes de terminarem o re-cesso. Além disso, a escola não providenciou os Diários de Clas-se e nem a Secretaria Municipal de Educação para os Mestres re-gistrarem o acompanhamento e desenvolvimento dos educandos. Os Educadores, principalmen-te os contratados – que eram a maioria – foram “aconselhados” pela direção a comprarem seus próprios diários, dispondo de seus salários (destinado a seu alimento) para financiar despe-sas obrigatórias para a Prefeitu-ra, como se já não bastasse os pincéis e apagadores que a SE-MEDUC não fornece aos Mestres. Até quando ficaremos passivos?

- A remuneração dos Edu-cadores Municipais de Caxias é a pior da Região. O Prefeito e a Secretária de Educação mostram descaso para com a categoria e toda a comunidade escolar, pois ao não atenderem e não nego-ciarem com seus representantes as justas reivindicações dos Mes-tres, estão aumentando as insa-tisfações e revoltas naqueles que têm a difícil tarefa de formar ci-dadãos honestos, trabalhadores, conscientes e cumpridores da lei.

Fica, porém, aqui, a interro-gação: como o Professor/Mestre/Educador poderá cumprir, satis-fatoriamente, sua árdua e impor-tantíssima missão enquanto está sofrendo tantas violações?

Professor Benigno Lima Nascimento. Formado em Ciências

Biológicas e em Psicanálise Especialista em Microbiologia.

Os Coutinhos nãocumprem o 1/3 dajornada - Lei Federal

A partir de julho de 2008 to-dos os professores tem o direito garantido em Lei Federal a 1/3 da jornada semanal fora da sala de aula para as atividades de estudos e planejamentos. Em Caxias os professores nunca ti-veram a garantia deste direito. Todo ano a Secretária de Educa-ção, ao contrário da Lei, aumen-ta a carga horária de trabalho.

Este ano, enquanto o Sin-dicato denuncia o não cumpri-mento de 1/3 da jornada para os professores e entra com uma Ação Judicial, para a Justiça determinar o cumprimento da Lei, a Secretária apresenta um calendário anual, onde reserva apenas um dia por mês, para o planejamento, o qual não é con-tado como um dia letivo, ferindo assim a Lei do Piso que determi-na que seja reservado 1/3 da jornada, semanalmente, para estudos e planejamento.

Assim conforme o calendá-rio da Secretária, será agregada mais 32 horas de trabalho na jor-nada do professor para que seja cumprido os 200 dias letivos. Deste modo, o professor será obrigado a trabalhar sem receber, porque não está contido na jor-nada o planejamento e também não é pago como hora extra.

Qual o entendimento que a Secretária tem de planejamen-to? Ao que parece para Se-cretária o Planejamento não é uma atividade pedagógica que norteia o trabalho do professor, mas uma atividade de punição. Se não contar como jornada de trabalho, o professor não pode levar falta e vai se quiser.

Pais de alunosda escola CostaSobrinho

Converse com seus filhos, pora que eles não encostem nas paredes dos banheiros da Escola por que estão prestes a desabar, não entrem de dois alunos e não empurrem a porta dos banhei-ros. Eles devem obedecer ao vi-gia que fica na porta controlando a entrada individual, pois o de-sastre está prestes a acontecer! Todas as autoridades já foram avisadas, Corpo de Bombeiro, Defesa Civil, Secretaria de Infra-estrutura, Secretaria de Educa-ção e Promotoria Pública Estadu-al e mesmo assim os banheiros não foram interditados e o risco de acidente está cada vez mais evidente.

AVISO

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3 Informativo SINTRAP

Jornalista/Diagramador: Giovani CastroContatos: (86) 8817-6606 / 9473-7039 | E-mail: [email protected]

Acrisio Mota, Silvana Moura, NazeréLima, Arimatéia Rocha, Zenaide Rocha, Francinete Soares, Carla de Nazeré, Creusimar Alencar, Jesus

Santana, Francinaldo, Auricélia

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SEM NOÇÃOTem diretor de escola so-

licitando dos professores que preencha online as caderne-tas do ano passado. Um ano letivo que já foi concluído e que na época assim como agora as escolas não tinham e nem têm um sistema pre-parado para a tarefa. É todo dia mais serviço para o pro-fessor.

REFORMA MEIA PAREDENa creche São Vicente de

Paula ocorreu reforma geral. Para quem chega de fora, pensa que ficou perfeita. Mas para os professores que tra-balham lá, ainda sofrem mui-to, pois o barulho de uma turma interfere no desenvol-vimento do trabalho da ou-tra. As salas continuam sepa-radas por meia parede.

PRIVATIZAÇÃOOs vereadores se apossam

de toda a prestação do servi-ço público de Caxias, primei-ro foi a coleta de lixo com os carros compressor. Comenta--se agora que o vereador Ma-rio Assunção se prepara para criar uma empresa para ter-ceirizar o serviço de vigilân-cia. É assim que vereadores crescem seu patrimônio, fa-zendo negociatas com o go-verno.

AÇÃO DO POVODo jeito que o povo tem

feito com o Prefeito, tem que fazer com os Vereadores, vaiar onde for citado ou apa-recer.

POVOADO CAXIRIMBUNo posto de saúde do po-

voado Caxirimbu, a zeladora foi demitida, agora os ou-tros funcionários estão sendo obrigados a fazerem a lim-peza do posto, por ordem da enfermeira de “confiança” do Prefeito que passa o tempo todo os ameaçando de de-missão.

MOTORISTASA situação dos trabalha-

dores municipais é péssima em todos os setores, com os motoristas não é diferente, a fome é de arrebentar. As diá-rias que recebem em viagens não dão para suas despesas com alimentação; a maioria das secretarias não pagam as diárias antes da viagem, chegam a passar um mês en-rolando; os valores das diá-rias estipulado no decreto, é baixo, apenas R$ 60,00 e para os motoristas da Secre-taria de Saúde que estão de plantão só pagam R$ 50,00 e para os que estão de folga no seu sossego recebem R$ 100,00, após 30 dias.

D E N Ú N C I A SMesmo com tanta evolução

da ciência e na medicina pare-ce que a população de Caxias vai voltar ao tratamento das benzedeiras, chás caseiros, garrafadas e promessas, devi-do a falta de respeito do gover-no com a população carente, muitos que procuram a saú-de pública se não tiver algum recurso o atendimento não é concluído.

Uma criança ao chegar ao Hospital Infantil para fazer de-terminados exames demora o dia inteiro. Quando consegue fazer o exame o médico de plantão se recusa a fazer cirur-gia, porque já está de saída e a

Hospital Infantil mendiga ambulânciacriança fica para o atendimen-to do outro plantonista. Toda essa demora é devido às más condições de trabalho que não favorece o atendimento. No Hospital Infantil não tem uma ambulância para transportar a criança que precisa fazer um exame fora, ficam os técnicos e enfermeiros mendigando um carro da Secretaria de Saúde ou a família que viabiliza.

Este atendimento é demo-rado porque quando um tra-balhador vai levar uma criança para fazer exames, a ambu-lância do SAMU não vai buscá--lo e quando vai já se passa-ram muitas horas de espera. E

também quando o trabalhador entra de férias ou de licença, não é colocado outro para re-alizar seu trabalho, o serviço é acumulado para os que ficam e o atendimento se torna mais moroso.

Nos exames de sangue, mui-tas vezes são coletados pelos técnicos de enfermagem, quan-do deveriam ser feitos por téc-nicos de laboratórios. O pior é que os materiais coletados são transportados de forma irres-ponsável, isto é, quem trans-porta são pessoas sem habi-litação alguma, sem nenhum equipamento adequado, em motos sem proteção alguma.

Na Maternidade Carmo-sina Coutinho, o desrespei-to com os trabalhadores e a população é visível, pois são obrigados a beberem água direto da torneira, são mais de 150 atendimentos diários de pacientes e visitantes, lá existe apenas um bebedouro no corredor do setor de obs-tetrícia, sem falar no calor

Maternidade Carmosina Coutinhoinsuportável dentro das enfer-marias, que muitas vezes as famílias têm que levar ventila-dores de suas casas para seus pacientes.

Um crime, os técnicos de enfermagem estão sendo co-agidos a fazerem medica-ção sem prescrição médica. E aqueles que se negam a fa-zer a medicação, estão sendo

ameaçados de demissões por uma determinada enfermeira de “confiança” do governo.

Assim como nos outros lo-cais de trabalho da saúde, na Maternidade Carmosina Couti-nho também os trabalhadores não têm onde repousar, quan-do estão muitos cansados, fica em uma sala pequena sem cama e sem ventilador.

PSF do CasteloBranco, mais umabandonado

É difícil entender que um local que cuida da saúde fique em abando-no como é comum à situ-ação dos Postos de Saúde de Caxias, a realidade de um Posto é transportada para a maioria. Muitos de-veriam estar interditados, isto se a vigilância sanitá-ria e o Ministério Público cumprisse seu papel.

No Posto de Saúde do Castelo Branco a situação é esta: não tem filtro, o es-goto é a céu aberto espa-lhando mau cheiro e con-taminação; banheiro com entupimento; mofo em todas as salas; o médico atende na sala do dentis-ta porque a sua sala tem cheiro de cocô e xixi de gato e rato; os prontuários dos pacientes são guarda-dos em uma caixa de pa-pelão por falta de armário; a caixa d’água tem vaza-mento e não tem tampa.

Na localidade Trabalhosa, a situação continua crítica, pois lá os alunos estudavam dentro de uma tapera, como já foi denun-ciado por este Jornal “A Voz do Trabalhador” e na Revista Nova Escola em dezembro de 2011. O governo Coutinho, para ludibriar os moradores daquela localida-de, começou a construir uma es-cola de alvenaria em 2012, fez campanha para eleger seu so-brinho, porém nunca concluiu a construção da escola.

A comunidade local decidiu que seus filhos iriam estudar na escola nova, mes-mo que esta não esteja concluída, o governo que de-testa educação, não está dando nenhuma assis-tência, pois os “móveis” são os mesmo do tempo da tapera.

Mais descaso na Escola TrabalhosaOutra comprovação do desca-

so com a Educação caxiense, é que nesta localidade, está lotada uma professora especialista em braile, porém na redondeza não há um aluno sequer que neces-site de seus trabalhos. A profes-sora fica constrangida por não fazer nada e que pode ser útil em outra escola. Já na escola Guiomar Cruz Assunção neces-sita de um profissional em braile e não tem.

A secretária de Educação sabe desta situação, mas não faz nada para mudar esse descaso.

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4 Informativo SINTRAP

Irregularidades na prestação de contas do FUNDEBA representação dos professo-

res no Conselho do FUNDEB re-quereu a presença do Presidente do Caxias-Prev a comparecer a uma das reuniões ordinárias para que explicasse porque as licen-ças saúde e licenças maternidade continuavam sendo pagas irre-gularmente na folha do FUNDEB e como era feito o ressarcimento destas despesas para a Educação. O Presidente do Caxias – Prev, compareceu no dia 20 de feve-reiro de 2014 ao Conselho e a re-presentação dos professores fez a sabatina sobre a caixa preta do Fundo de Pensão e Aposentado-rias (Caxias-Prev).

A pergunta sobre a irregulari-dade foi lançada e na maior cara limpa, Anísio Vieira Chaves Neto, Presidente do Caxias-Prev, falou que “o Caxias – Prev é um fundo muito fácil de pegar o dinheiro”; “que daqui a 10 anos as aposenta-dorias estarão mais difíceis”; fal-ta perito para analisar as licenças saúde, por não haver concurso pú-blico e o salário é baixo. Por isso a Secretária de Educação continua pagando as licenças e no momen-to de repassar o desconto arreca-dado dos servidores é descontado o valor das licenças.

Na reunião do Conselho do FUNDEB a cena mais artificial foi o presidente querer sustentar que há prestação de contas dos recur-sos do Fundo para o Conselho no Caxias – Prev que está funcionan-do. A verdade é que o Sindicato fez uma representação junto ao Ministério Público pela falta de re-gularização deste Conselho, uma vez que os representantes dos servidores eleitos no interior do Sindicato em uma Assembleia Ge-ral específica não foram empossa-dos. Mesmo a representação dos professores colocando esta infor-mação o Presidente insistiu que foi intimado pelo Ministério Público, que esteve por lá e colocou em pratos limpos e o Conselho está normalizado e funcionando. Outra irregularidade, como pode o Con-selho estar normal e funcionando, se os representantes dos servi-dores nunca foram empossados e não receberam uma convocatória para reunião?

O Fundo, segundo Anísio Vieira Chaves Neto, tem uma arrecada-ção mensal de R$ 800.000,00 (oi-tocentos mil reais) e uma despesa de mais ou menos 700 pensões e aposentadorias e mais 26 funcio-nários. Eram mais funcionários,

mas o Tribunal de Contas deter-minou que demitissem 16 funcio-nários para enxugar a folha com os gafanhotos. A maior revelação foi que o Fundo paga as despesas de licenças saúde e licenças ma-ternidade, COMO? A Secretária de Educação desconta estas despesas antes de repassar a arrecadação para o Caixas-Prev. Se for assim mesmo, mais uma prova de de-sonestidade de Sílvia Carvalho, a Secretária faz uma prestação de contas incluindo as despesas de licença saúde e maternidade na Folha do FUNDEB, isso é percebido todo mês desde o início do manda-to dos Coutinhos em 2005.

Apesar do Conselho do FUNDEB ser composto pela maioria de ser-vidores públicos municipais de Ca-xias e dentre eles sete serem pro-fessores, as perguntas só partiram da representação dos professores escolhidas no Sindicato, os ou-tros cinco se mantiveram cala-dos ou defendendo o Governo. Foi como se o assunto não lhes interessassem, pois estão ali ce-gamente apenas para aprovar as contas do Fundeb todos os me-ses, mesmo com as irregularida-des apontadas pela representa-ção dos professores.

O Sindicato protocolou um ofício solicitando uma

audiência e entregou cópia em cada gabinete de vereador, mas na hora da sessão não foi colocado em pauta o ofício. Os professores que estavam na plenária se retiraram e fizeram uso do carro de som chamando a atenção de quem passava e da imprensa.

Com esta atitude os Vereado-res foram acuados, uns saíram de imediato, Antonio Luís, irmã Nelzi, Luís Carlos, Manoel da Ca-çamba e Benvinda, com medo de juntar mais gente. Jerônimo saiu se escondendo por traz de Ana Lúcia que passou escoltada pela segurança da Câmara, os ou-tros mais defensores do Gover-no, Paulo Simão, Luís Lacerda e Mário Assunção chamaram a po-

Fechar a Câmara de Vereadores é um benefício para Caxias

lícia para serem escoltados. Com a presença da polícia protegendo os Vereadores o grito dos popula-res foi em coro “polícia protegendo bandido”!

Na sessão seguinte o Sindica-to insistiu com a mesma ação de protocolar ofícios solicitando a au-diência pública, o resultado com os Vereadores não foi diferente, a maioria não compareceu à sessão e os presentes não assumiram a discussão, preferiram não rea-lizar nenhum trabalho alegando falta de quórum. Então população caxiense, existe oposição em Ca-xias? Parece que todos estão sob o comando do Prefeito. Nunca será possível uma representação dessa fazer defesa verdadeira dos sofri-mentos e das necessidades dos trabalhadores.

O Vereador Durval Junior saiu

chamando os professores de va-gabundos. Virou rotina Vereador de Caxias ridicularizar professor.Em outro momento Catulé bateu na cara de uma professora, José Claudio fez gestos obscenos para outra e agora foi Durval Junior agredindo verbalmente. Ora lei-tores, se os professores que têm duas jornadas de trabalho em sala de aula são chamados de vagabundos, os vereadores que não fazem nada, são o quê?

Os vereadores que se dizem oposição teriam que, no mínimo, ler o ofício e provocar a abertu-ra do espaço para os trabalha-dores fazerem a exposição da pauta de reivindicação dos ser-vidores públicos municipais e como está o atendimento des-tes serviços à população. O mí-nimo não aconteceu, então se fechar a Câmara de Vereadores, a população só tem a lucrar, por-que será menos um órgão públi-co que os trabalhadores susten-tam sem funcionar a seu favor. É um grupo que vive muito bem às custa dos trabalhos de mui-tos, que produzem a riqueza do município para eles negociarem com o prefeito pousando de re-presentantes do povo.

Novamente a Câmara de Vereadores provou para a popula-ção de Caxias que não tem nenhum sentido sua existência.

A população assistiu o desrespeito dos Vereadores em discutir os problemas dos trabalhadores, quando tocam no assunto é só para encher linguiça, fazer discurso de falsa oposição para sair na mídia, ao perceberem que a coisa é séria e que os trabalhadores irão pegar pesado, fingem que não sabem do problema para não se envolverem. Foi assim com os trabalhadores públicos municipais de Caxias antes do Carnaval.

Vereador Durval Júnioragride trabalhadordo Hospital Geral

Há muito tempo não se pre-sencia qualquer postura de Ve-reador que demonstre o menor compromisso com as necessida-des do povo. Os indivíduos que vem ocupando as cadeiras legis-lativas de Caxias a cada dia de-monstram que o único interesse é participar da divisão dos recur-sos públicos, seja entrando no rateio dos recursos públicos, seja apenas pelos altos salários e as gordas verbas de gabinete.

Mais grave ainda é constatar que, além de verdadeiros san-guessugas e parasitas que vivem do sangue dos trabalhadores, es-ses vereadores estão cada vez mais se tornando também agres-sores físicos e verbais aos que não suportam “carregá-los” nas costas, calados, e os denunciam.

O “vereador” Durval Júnior, não se contentando com a agres-são do dia 26/02/2014, quando saiu da farsa da “sessão” cha-mando os trabalhadores de va-gabundos, justamente porque denunciavam o picadeiro de oportunistas que virou a Câmara de Caxias, foi até o Hospital Geral onde, juntamente, com familia-res, agrediu profundamente um trabalhador da saúde, em pleno local de trabalho e no exercício da sua função, chamando-o de vagabundo e fazendo ameaças, inclusive de demissão.

É claro que o trabalhador não se intimidou e encarou o agres-sor, e logo que saiu do trabalho foi ao 1º Distrito Policial e regis-trou um boletim de ocorrência, que será peça para uma Ação ju-dicial que o trabalhador moverá contra o “vereador” por injúria, assédio e danos morais.

Mas povo tem a resposta na “ponta da língua” à pergunta quem é vagabundo: os professo-res? o trabalhador da saúde? que todos os dias penam sob uma dura jornada de trabalho, rece-bendo 1,5 salários mínimos ou alguém que recebe R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), para vestir um paletó e ficar ro-dando em uma confortável cadei-ra de estofado, por alguns minu-tos durante dois dias na semana?

Parece que em Caxias não teremos outra possibilidade a não ser procurar uma forma de acabar com a Câmara de Verea-dores, por dois motivos: acabar com parte da farra com os recur-sos públicos e acabar com o cen-tro de formação de agressores.

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