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Programa de Postgrado DOUTORADO EM CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO CLEIDIMARA ALVES A INTERVENÇÃO DA POLITICA PUBLICA NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DE PORTO VELHO: UM FOCO NA INFRAESTRUTURA Assunção - Paraguai 2014

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Programa de Postgrado

DOUTORADO EM CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

CLEIDIMARA ALVES

A INTERVENÇÃO DA POLITICA PUBLICA NA MELHORIA DA

QUALIDADE DE VIDA DE PORTO VELHO:

UM FOCO NA INFRAESTRUTURA

Assunção - Paraguai

2014

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CLEIDIMARA ALVES

A INTERVENÇÃO DA POLITICA PUBLICA NA MELHORIA DA QUALIDADE DE

VIDA DE PORTO VELHO: UM FOCO NA INFRAESTRUTURA

Tese apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciências do Movimento Humano

da Universidade San Carlos de Assunção como

requisito de avaliação para obtenção do título de

Doutora em Ciências do Movimento Humano.

Orientadora: Drª Judite Filgueiras Rodrigues

Assunção - Paraguai

2014

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FICHA CATALOGRÁFICA (No verso da segunda Folha)

FICHA CATALOGRÁFICA

ALVES, C. (2014).

A Intervenção da Política Pública na melhoria da qualidade de vida de Porto

Velho: Um foco na Infraestrutura.

Cleidimara Alves. (90 fls.).

Orientadora: Prof. Drª Judite Filgueiras Rodrigues.

Tese acadêmica em Movimento Humano.

Curso de Doutorado em Ciências do Movimento Humano - SÃO CARLOS - 2014.

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CLEIDIMARA ALVES

A INTERVENÇÃO DA POLITICA PUBLICA NA MELHORIA DA QUALIDADE DE

VIDA DE PORTO VELHO:

UM FOCO NA INFRAESTRUTURA

Tese aprovada em ______/______/______ Orientador: Profa. Dra. Judite Filgueiras Rodrigues

Banca Examinadora

Examinador (a): ___________________________________ Examinador (a):____________________________________ Examinador (a):____________________________________ Examinador (a):____________________________________

Assunção - Paraguai

2014

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DEDICATÓRIA

Meus Pais: Darci Alves e Maria Alves (In

Memorian);

Meus irmãos: Clayton José Alves, Cleidson

Alves, Cleida Marcia Alves, Darciclei Alves e

Francisca Patrícia Alves (In Memorian).

A Jamilis Nogueira Passos eterna companheira

e amiga.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus,

Aos meus familiares,

Aos meus amigos e amigas,

Aos meus professores, em especial, a amiga

orientadora Dra. Judite Filgueiras Rodrigues.

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“Para cultivar a sabedoria, é preciso força interior. Sem crescimento interno, é difícil conquistar a autoconfiança e a coragem necessária. Sem elas, nossa vida se complica. O impossível torna-se possível com a força de vontade.”

Dalai Lama

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RESUMO

A presente Tese de Doutorado traz como tema “A intervenção da política pública na melhoria da qualidade de vida de Porto Velho: Um foco na Infraestrutura”. Considera-se a cidade de Porto Velho/RO como espaço urbano que pode ser analisado como um conjunto de pontos, linhas e áreas. E a partir da percepção que seus habitantes ou alguns de seus segmentos têm do espaço urbano e de suas partes traz outro modo possível de analisar a estrutura social, processos e funções urbanas. Por outro lado ainda, o espaço urbano, como qualquer outro objeto social, pode ser abordado segundo um paradigma de consenso ou de conflito. Assim, tem por finalidade entender o processo que vai de sua formulação à avaliação dos resultados e como os movimentos populares podem dele participar, seja para tentar influir nas políticas já em vigor, seja para apresentar processos interventivos que possam atender aos interesses da maioria da população. A metodologia aplicada para o trabalho foi uma pesquisa qualitativa, descritiva, com abordagem bibliográfica e de campo. Conclui-se que o êxito das políticas públicas depende de diversos fatores e seu conhecimento é de suma importância para a realidade, definindo o conteúdo e a gestão dos programas de utilidade pública. Fundamentar o conhecimento na realidade concreta, ou seja, nas circunstâncias que a população tem vivido no dia a dia, tem permitido maior eficiência de atuação e nova forma de intervenção, capaz de valorizar os aspectos positivos e as tentativas de resposta às necessidades já construídas pela pessoa e sua comunidade. Assim, fortalecer as tentativas tem sido representado numa decisão importante e inovadora no panorama dos programas públicos.

Palavras-chave: Políticas Públicas, Intervenção, Infraestrutura; Qualidade de vida.

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RESUMEN

La presente Tesis Doctoral tiene como tema "La intervención de las políticas públicas en la mejora de la calidad de vida de Porto Velho : Un enfoque en la infraestructura. " La ciudad de Porto Velho / RO es considerado como un espacio urbano que se puede analizar como un conjunto de puntos, líneas y áreas. Y a partir de la percepción de que sus habitantes o algunas de sus partes tienen el espacio urbano y sus partes trae otra posible forma de analizar la estructura social , los procesos y las funciones urbanas . Aún más, el espacio urbano , como cualquier otro fin comercial , se puede abordar desde un paradigma de consenso o conflicto. De este modo se pretende comprender el proceso de formulación de evaluar los resultados y cómo los movimientos de base pueden participar en el mismo, es tratar de influir en las políticas que ya están en su lugar, es la introducción de procedimientos de intervención que pueden servir a los intereses de la mayoría . La metodología utilizada para el estudio fue una investigación cualitativa, descriptiva, con aproximación bibliográfica y de campo. Se concluye que el éxito de las políticas públicas depende de varios factores y su conocimiento es de vital importancia a la realidad , la definición del contenido y la gestión de programas de utilidad . Se sabe que la base de conocimientos en la realidad , es decir , en circunstancias que la gente ha vivido en el día a día , ha permitido una mayor eficacia de la operación y una nueva forma de intervención , capaces de apreciar los aspectos positivos y trata de responder a la requisitos ya construidos por la persona y la comunidad. De esta manera fortalecer los intentos han sido representados en importante e innovador paso en el panorama de los programas públicos. Palabras-clave: Política Pública. Calidad de Vida. Infraestructura. Intervención.

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ABSTRACT

This Doctoral Thesis has as theme " The intervention of public policy in improving the quality of life of Porto Velho : A focus on infrastructure ." The city of Porto Velho / RO is considered as an urban space that can be analyzed as a set of points , lines and areas . And from the perception that its inhabitants or some of its parts have the urban space and its parts brings another possible way of analyzing the social structure , processes and urban functions . Still further , the urban space , like any other business purpose , can be approached from a paradigm of consensus or conflict . Thus aims to understand the process from formulation to assess the results and how grassroots movements can participate in it , is to try to influence the policies already in place , is to introduce interventional procedures that can serve the interests of the majority . The methodology used for the study was a qualitative , descriptive research with bibliographical and field approach . It is concluded that the success of public policies depends on various factors and their knowledge is of paramount importance to the reality , defining the content and management of utility programs . It is known that the knowledge base in reality , ie , in circumstances that people have lived from day to day , has allowed greater efficiency of operation and a new form of intervention, able to appreciate the positive aspects and attempts to answer the requirements already built by the person and community. Thus strengthen the attempts have been represented in important and innovative move in the panorama of public programs.

Key-words: Public Policy. Quality of Life. Infrastructure. Intervention.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01: MAPA DOS BAIRROS DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO/RO

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LISTA DE TABELAS

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 01: Existe espaço para prática de atividade física............................

GRÁFICO 2: Se existe, há quanto tempo?.........................................................

GRÁFICO 03: Você realiza atividade física no seu bairro?................................

GRÁFICO 04: Se não existe esse espaço no seu bairro, como você pratica

atividade física?................................................................................................

GRÁFICO 05: Se no seu bairro tivesse esses espaços para prática da atividade

física, seria bom para você? Por quê?...............................................................

GRÁFICO 06: Que mudança teve na sua vida depois da inauguração desse

espaço físico no seu bairro?.............................................................................

GRÁFICO 07: A falta desses espaços para prática da atividade física influencia

em algo na sua vida?.........................................................................................

GRÁFICO 08: Um bairro que possui estrutura física para prática da atividade

esportiva traz qualidade de vida para sua população?......................................

GRÁFICO 09: Para Você que não possui infraestrutura no seu bairro o que isso

acarreta para comunidade do bairro?..............................................................

GRÁFICO 10: Porto Velho possui uma política pública voltada para a qualidade

de vida de seus moradores?...............................................................................

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LISTA DE APÊNDICES

Prova piloto.....................................................................................................

Questionário.....................................................................................................

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LISTA DE ANEXOS

ANEXO A – PROJETO...................................................................................

ANEXO B – PROVA PILOTO.........................................................................

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SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

OMS - Organização Mundial da Saúde

OPAS - Organização Pan-Americana da Saúde

RO - Rondônia

UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância

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SUMÁRIO

Resumo.......................................................................................................................

Resumen.....................................................................................................................

Abstract........................................................................................................................

Lista de gráficos..........................................................................................................

Lista de apêndices......................................................................................................

Lista de anexos...........................................................................................................

Símbolos e abreviaturas.............................................................................................

INTRODUÇÃO...........................................................................................................

1 MARCO TEÓRICO..................................................................................................

2 MARCO METODOLOGICO.....................................................................................

2.1 ABORDAGEM GERAL DA PESQUISA.................................................................

2.2 TIPO DE INVESTIGAÇÃO...................................................................................

2.3 POPULAÇÃO........................................................................................................

2.3.1 Característica da População.............................................................................

2.4 AMOSTRA............................................................................................................

2.4.1 Caracterização da Amostra................................................................................

2.5 LOCAL DO ESTUDO............................................................................................

2.6 UNIVERSO DA PESQUISA...................................................................................

2.7 POPULAÇÃO ALVO..............................................................................................

2.8 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO...............................................................................

2.9 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS........................................................

2.10 PROVA PILOTO..................................................................................................

3 MARCO ANALÍTICO................................................................................................

3.1 ASPECTOS ÉTICOS............................................................................................

3.2 PROJETOS PILOTO..........................................................................................

3.3 TIPO DE AMOSTRAGEM...................................................................................

3.4 O RETORNO DA INFORMAÇÃO.......................................................................

3.5 PROCEDIMENTOS DA ANÁLISE DOS DADOS..............................................

3.6 ANÁLISE EXPLORATÓRIA DOS DADOS..........................................................

3.7 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..................................

4 CONCLUSÃOE RECOMENDAÇÕES...................................................................

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.........................................................................

ANEXOS..................................................................................................................

APÊNDICES..............................................................................................................

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INTRODUÇÃO

A qualidade de vida tem sido um tema recorrente na implantação de diversas

políticas públicas, podendo ser retratada através da evolução das estratégias de

planejamento urbano desde meados do século XIX até os dias atuais, havendo

grande evolução teórica e prática em relação às políticas públicas de qualidade de

vida.

Novos segmentos da sociedade têm sido incorporados ao alvo das políticas

de planejamento urbano, focando uma melhoria da qualidade de vida. É visto que

várias capitais brasileiras tem adotado medidas no sentido de inovar o planejamento

urbano para a melhoria da qualidade de vida.

A capital do estado de Rondônia, Porto Velho apresenta alguns espaços

físicos voltados á prática da atividade física. São poucos os parques e praças

construídos e ainda assim foram mal distribuídos, tendo em vista que em alguns

bairros existem ate mais de um desses espaços enquanto que em outros bairros da

cidade não possuem nem mesmo áreas designadas a construção desses espaços

de lazer.

Observamos que a população acaba por procurar outras alternativas para a

pratica do lazer e da atividade física tornado – se um contraponto ao processo de

privatização do lazer e mesmo da qualidade de vida que tem caracterizado a

evolução das sociedades pós-modernas que vem buscando cada vez mais as

academias e parques privatizados, uma vez que não se encontra esses espaços

oferecido pelo poder público.

Entre as políticas públicas mais recentes associadas à qualidade de vida e

que tem uma preocupação mais centrada na população está na construção de

espaços físicos. Mas, infelizmente só as encontramos em teorias e promessas

políticas que raramente saem do papel. As promessas são muitas, mas dificilmente

a população recebe o que foi prometido nas campanhas eleitoreiras.

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Buscaremos refletir assim, as relações estabelecidas entre a qualidade de

vida e a implantação de equipamentos públicos, tendo como referencial os

investimentos nos espaços públicos da cidade de Porto Velho.

E possível compreender que a qualidade de vida tem sido perpassada pela

interação dos sujeitos, definida pela sociedade capitalista, em que o nascimento de

novos paradigmas tem possibilitado uma compreensão de que a melhoria da saúde

e da qualidade de vida está conectada com a adoção de estilos de vida saudáveis.

Conceituando isso, é colocado de maneira diretamente relacionada à saúde e à

atividade física, ao ponto que esta última tem sido estabelecida como uma ponte

direta para a melhoria e manutenção da saúde.

Esta tese doutoral aborda as políticas públicas na melhoria da qualidade de

vida de Porto Velho/RO, com o título “A intervenção da política pública na melhoria

da qualidade de vida de Porto Velho/RO. Um foco na infraestrutura”.

Um dos problemas questionadores quanto ao tema são os recursos e as

prioridades na aplicação dos mesmos, no qual por um processo desordenado, onde

muitos recursos são transferidos sem planejamento ou prioridades, traz prejuízos na

implantação desses espaços físicos.

As transferências de negociação podem ser consideradas através da

posição política, o prestígio e a vinculação partidária dos prefeitos e parlamentares

cujas alianças são pautadas pelos interesses eleitorais e clientelistas (TEIXEIRA,

2002).

Nesse sentido, a qualidade de vida pode ser vista como uma utopia em

relação ao problema das desigualdades e das diferenças sociais existentes na

cidade. Novos bairros são criados a cidade vai crescendo e se desenvolvendo, mas

os espaços públicos direcionados a áreas de lazer são esquecidos. Ou não deixam

essas áreas reservadas para futuras construções ou acabam por utilizarem para

outros fins as áreas existentes. Assim, pode-se ver cada vez mais a população tendo

que sair de seus bairros para prática da atividade física ou tendo que procurar

espaços privados como: clubes e academias privativos.

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Deve-se observar a complexa relação entre qualidade de vida, saúde e

atividade física. A qual se expressa na análise dos objetivos, possibilidades,

condições de vida e realização do sujeito, adequando a prática ao estilo de vida de

forma consciente e positiva à saúde clínica, emocional e social dos moradores de

uma cidade (MARANHO, 2013).

Assim, analisar as relações existentes entre os bairros de Porto Velho que

possuem espaços para prática de atividade física e lazer e os que não possuem

esses espaços, é o objetivo geral desta investigação.

Para entender a influência que os espaços públicos podem causar aos seus

moradores destacamos os seguintes objetivos específicos:

Localizar os espaços públicos existentes para prática de atividade física em

Porto Velho - RO;

Investigar o perfil dos usuários dos bairros que possuem espaços para prática

da atividade física em Porto Velho – RO;

Investigar o perfil dos usuários dos bairros que não possuem espaços para

pratica de atividade física em Porto Velho - RO;

Investigar se há e quais mudanças na vida dos moradores dos bairros que

existem esses espaços físicos;

Investigar se há e quais mudanças na vida dos moradores dos bairros que

não existem esses espaços físicos.

Diante dos problemas em questão, faz-se o levantamento possibilitando uma

prova empírica, havendo um enfoque qualitativo, fazendo alusão a um estudo

comparativo entre os bairros manipulando as variáveis que poderiam interferir nos

resultados da pesquisa: nível cultural dos sujeitos da pesquisa e influência política.

Por isso, a pergunta principal do problema é: Qual a relação que existe na

vida do morador que possui espaços físicos para á prática de atividade física e lazer

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no seu bairro com a do morador que não possui? Frente a este problema outras

questões surgiram:

Quais os espaços públicos existentes para prática de atividade física nos

bairros de Porto Velho – RO?

Qual o perfil dos usuários dos bairros que possuem espaços para prática de

atividade física em Porto Velho – RO?

Qual o perfil dos usuários dos bairros que não possuem espaços para prática

de atividade física em Porto Velho – RO?

Quais as mudanças na vida dos moradores dos bairros que possuem esses

espaços físicos?

Quais as mudanças na vida dos moradores dos bairros onde não existem

esses espaços físicos?

A presente tese é justificada por três razões essenciais. A primeira por

realizar uma investigação dos espaços existentes em Porto Velho, e a segunda,

porque através da pesquisa podem-se verificar os benefícios que esses moradores

possuem quando em seu bairro existe espaço para prática da atividade física. E a

terceira razão consiste em poder contribuir com esses dados para implantação de

uma política pública voltada na qualidade de vida através da construção de espaços

físicos nos bairros de Porto Velho.

Rondônia passa atualmente por um momento especial na sua história, mas

especificamente Porto Velho que é a capital do estado e que convive com a

construção das duas usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.

Não dá pra negar que com a construção das hidrelétricas, surgem mais

oportunidades de trabalho e com isso chegam milhares de pessoas a Porto Velho,

capital de Rondônia. Situada ao norte do Brasil, é uma cidade de médio porte; é a

cidade que mais tem sido afetada por este fenômeno migratório. Com uma extensão

territorial de 34.068,50 km², a cidade tem vivido um aumento populacional

gigantesco. Em 2007 tinha uma população de 369.345 (IBGE, 2007), em 2009

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aumentou para 382.829 (IBGE, 2009b), atualmente sua população é de 442 701

habitantes.

O estudo em questão investiga os espaços públicos existente nos bairros de

Porto Velho destinados à prática de Esporte e de Lazer estabelecendo uma relação

entre os bairros que possuem esses espaços e os bairros que não possuem. No

objetivo geral busca-se a relação entre esses bairros e a influência que traz aos

moradores. Já os objetivos específicos investigam os espaços disponíveis, o perfil

desses usuários e as mudanças na vida dos mesmos.

O estudo visa buscar informações e criar ferramentas para que possa ser

sugerida aos gestores municipal como forma de conscientizar o poder público a

ofertar espaços para prática da atividade física nos bairros que ainda não possuem

esses espaços.

Dessa forma busca-se propor um projeto de políticas públicas municipais

voltadas a infraestrutura para a melhoria da qualidade de vida da população.

Percebe-se a necessidade da criação de projetos de políticas públicas com

olhar voltado a grande explosão demográfica que vive Porto Velho. Portanto, urge

um estudo criterioso em relação à existência da demanda para que não haja

atropelamento na implantação desses espaços.

A participação da comunidade junto ao poder público é fundamental para

proteger, fiscalizar, manter, ampliar e reformar os espaços esportivos e de lazer

garantindo a ocupação humanizada; e que os mesmos não sejam destinados a

outros fins que não o da prática de esporte e de lazer.

O profissional de Educação Física é fundamental nesse projeto, uma vez

que o mesmo poderá fazer as orientações à comunidade e a gestão adequada

desses espaços.

Assim, esta tese doutoral esta estruturada em quatro capítulos. O primeiro

capítulo aborda o conceito de Análise de Política e, Qualidade de Vida introduzindo,

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simultaneamente, à bibliografia produzida pelos principais autores que se dedicam a

estes tópicos e os demais conceitos a eles relacionados.

O segundo capítulo, apresenta uma abordagem geral da pesquisa,

discorrendo sobre a metodologia adotada.

O terceiro capítulo apresenta a análise dos dados, com as considerações do

que foi possível delinear a partir da pesquisa realizada e das reflexões teóricas

alicerçadas nos achados da literatura e nos resultados obtidos durante o trabalho de

campo. As conclusões e as recomendações desta tese são apresentadas no quarto

capítulo.

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1 QUALIDADE DE VIDA X POLITICA PUBLICA

A partir dos objetivos, do problema e das perguntas de investigação

abordadas no capítulo anterior, a elaboração do marco teórico enfatiza uma revisão

de literatura após a construção de uma metanalise sobre o tema. Discute a presente

tese de doutorado uma política pública para Porto Velho na busca da qualidade de

vida. Questiona-se o planejamento e investimento na infraestrutura dos bairros para

prática da atividade física e lazer.

1.1 QUALIDADE DE VIDA

Ao analisar o termo qualidade de vida pode-se perceber que há duas formas

de abordagem. Uma está relacionada ao seu emprego dentro de uma linguagem

cotidiana, linguagem popular e empregada pelos profissionais da área e outra está

relacionada ao campo cientifico.

Em 1964 nos Estados Unidos quem primeiro empregou o termo qualidade

de vida foi Lyndon Johnson, ex-presidente dos Estados Unidos.

Mais, o termo qualidade de vida foi ganhando alcance mundial muito

rapidamente e assim foi se construindo muitos conceitos devido o seu caráter

interdisciplinar.

As divergências sobre esse conceito continuam entre os pesquisadores do

mundo todo, apesar de vários debates em torno do tema “qualidade de vida”.

Para Rocha et al. (2000), conceituar qualidade de vida tem se mostrado um

desafio contínuo.

Em decorrência disso, muitos termos são utilizados na literatura como

sinônimos de qualidade de vida, tais como: boa condição de vida, bem-estar, e

satisfação na vida (MANSO; SIMÕES, 2007).

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Sabe-se que a prática de atividades físicas tem sido uma forma de salvar e

caminhar para o inevitável, levando para uma boa saúde, levando para a felicidade.

A atividade física tornou-se capaz de resolver todos os problemas, colocando assim,

forma de relaxamento, quanto á solução para males de saúde por sedentarismo

(LOVISOLO, 2002).

A ideia de estilo de vida saudável e busca da qualidade de vida por meio de

estímulo à aquisição de bens de consumo e serviços, validando que, não tem

contestado a importância da atividade física, mas sim a visão que se adquiriu em

relação a essa prática, como prioridade na rotina das pessoas e também nos

grandes centros urbanos.

A utilização dos espaços e equipamentos implantados na cidade de Porto

Velho/RO é o momento de lazer para os moradores, compreendendo que pode ser

composto como atividade de vida cotidiana, perpassadas por fatores que atuam

sobre a sociedade interagindo com as dinâmicas da economia, política, cultura e

qualidade de vida.

Sabe-se que na sociedade contemporânea existe uma ligação entre a

atividade física e o lazer, não sendo dissociados do conceito de saúde e qualidade

de vida. É visto que a atividade física pode ser colocada como uma das maneiras de

compensação dos efeitos de vida da sociedade, colocando como catalisadora do

tempo livre.

Segundo Marques (2007) descreve que a íntima relação entre a prática de

atividade física e a condição de saúde tem sido associada de maneira positiva, onde

ambas podem ser compatíveis entre si e com a realização prática do sujeito e seus

objetivos, que a saúde pode ser um complexo que engloba vários fatores como, por

exemplo, a atividade física.

No último século as condições de vida e saúde têm melhorado de forma

contínua e sustentada na maioria dos países, graças aos avanços na saúde pública,

na medicina e nos progressos políticos, econômicos, sociais e ambientais.

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Estudos de diferentes autores e os relatórios sobre a saúde mundial (WHO,

1998) e da região das Américas (OPAS,1998) são conclusivos a respeito. Na

América Latina, por exemplo, a expectativa de vida cresceu de 50 anos, depois da II

Guerra Mundial, para 67 anos, em 1990, e para 69 anos, em 1995. Mas, essas

mesmas organizações são taxativas ao informar que mesmo havendo tal melhoria a

desigualdade também é permanente na condição de vida e saúde entre os países

e, dentro deles, entre regiões e grupos sociais.

O stress é uma das questões mais apontadas quando se refere á saúde e

qualidade de vida. Por isso os gestores têm buscado uma resposta para sociedade

procurando sanar tais problemas de saúde em investimentos crescentes em

assistência médica, construindo hospitais, Upas, postos de saúde. Mesmo que se

identifique ainda que as medidas preventivas através da prática de atividade física

em espaços como praças e quadras são primordiais para promoção da saúde, bem

como para melhoria das condições de vida em geral.

1.1.1 Saúde e qualidade de vida

Políticos e pensadores ao longo da história tem se ocupado com os temas

sobre saúde e qualidade de vida.

Johann Peter Frank no século XVIII, quando ocupava as funções de diretor

geral de saúde pública da Lombardia austríaca e professor da Faculdade de

Medicina, escreveu, no seu célebre A miséria do povo, mãe das enfermidades, que a

pobreza e as más condições de vida, trabalho, nutrição etc. eram as principais

causas das doenças, preconizando, mais do que reformas sanitárias, amplas

reformas sociais e econômicas (Sigerist, 1956). Chadwick, na primeira metade do

século passado, referindo-se à situação de saúde dos ingleses, afirmava que a

saúde era afetada – para melhor ou para pior – pelo estado dos ambientes social e

físico, reconhecendo, ainda, que a pobreza era muitas vezes a conseqüência de

doenças pelas quais os indivíduos não podiam ser responsabilizados e que a

doença era um fator importante no aumento do número de pobres (Rosen, 1979).

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Sigerist (1956), Chadwick não queria apenas aliviar os efeitos das más

condições de vida e da saúde dos pobres ingleses, mas sim transformar suas

causas econômicas, sociais e físicas.

Diante desses efeitos vividos pela população é que os gestores tinham que

pensar numa política pública voltada ao bem estar do cidadão.

Há muito tempo tem se questionado o papel da medicina, da saúde pública

e, num sentido mais genérico, do setor saúde no enfrentamento do que seriam as

causas mais amplas e gerais dos problemas de saúde em uma determinada

comunidade ou grupo, aquelas que fugiriam ao objeto propriamente médico da

questão saúde.

Na Alemanha, Virchow por exemplo, nos anos que precederam a revolução

de 1848, liderou um poderoso movimento de reforma médica, através do qual

defendia que a medicina é uma ciência social e a política não é mais do que a

medicina em grande escala (Sigerist, 1956). Daí a importância de se pensar política

e fazer política voltada para sociedade de fato.

Precisamos de uma política voltada aos anseios da sociedade, onde os

mesmos possam usufruir daquilo que é seu por direito.

A saúde, nessa concepção mais ampla, é mais do que ausência de doença

é um estado adequado de bem-estar físico, mental e social que permite aos

indivíduos identificar e realizar suas aspirações e satisfazer suas necessidades. À

idéia de assistência, de cura, é, então, incorporado o aspecto da promoção da

saúde.

A promoção da saúde é um processo, através do qual a população se

capacita e busca os meios para conseguir controlar os fatores que favorecem seu

bem-estar e o da comunidade ou que a podem estar pondo em risco, tornando-a

vulnerável ao adoecimento e prejudicando sua qualidade de vida (Ottawa, 1986).

Na Carta de Ottawa são definidas cinco áreas operacionais para

implementar a estratégia de promoção da saúde:

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1) elaboração de políticas públicas saudáveis;

2) criação de ambientes favoráveis;

3) fortalecimento da ação comunitária;

4) desenvolvimento de habilidades pessoais e mudanças nos estilos de vida e

5) reorientação dos serviços de saúde.

1.1.2 Promoção da saúde

Nos últimos 25 anos a promoção da saúde vem sendo entendida como

estratégia promissora para enfrentar os múltiplos problemas de saúde que afetam as

populações humanas e seus entornos. Uma concepção ampla do processo saúde-

doença e de seus determinantes, propõe a articulação de saberes técnicos e

populares, e a mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e

privados, para seu enfrentamento e resolução.

A Carta de Ottawa (WHO, 1986), tem pouco mais de dez anos que foi

divulgada em um dos documentos fundadores da promoção da saúde atual, este

termo está associado a um conjunto de valores: qualidade de vida, saúde,

solidariedade, eqüidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e

parceria, entre outros. Refere-se também a uma combinação de estratégias: ações

do Estado (políticas públicas saudáveis), da comunidade (reforço da ação

comunitária), de indivíduos (desenvolvimento de habilidades pessoais), do sistema

de saúde (reorientação do sistema de saúde) e de parcerias intersetoriais. Isto é,

trabalha com a ideia de responsabilização.

E, política pública é envolver a comunidade nas propostas, é faze – los parte

do processo e ouvir as posições ideológicas e anseios. Mas, na realidade não é isso

que vemos dos políticos. O que se tem são projetos eleitoreiros, mal planejados e

sem objetividade para os que necessitam.

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29

Nos últimos vinte anos o conceito moderno de promoção da saúde surgiu e

se desenvolveu, de forma mais vigorosa nos países em desenvolvimento,

particularmente no Canadá, Estados Unidos e países da Europa Ocidental.

Quatro importantes Conferências Internacionais sobre Promoção da Saúde,

realizadas nos últimos 12 anos – em Ottawa (WHO, 1986), Adelaide (WHO, 1988),

Sundsvall (WHO, 1991) e Jacarta (WHO, 1997) –, desenvolveram as bases

conceituais e políticas da promoção da saúde.

Em 1992, na América Latina,realizou-se a Conferência Internacional de

Promoção da Saúde (OPAS, 1992), trazendo formalmente o tema para o contexto

sub-regional. Sigerist (1946, apud Rosen, 1979) foi um dos primeiros autores a

referir o termo, quando definiram as quatro tarefas essenciais da medicina: a

promoção da saúde, a prevenção das doenças, a recuperação dos enfermos e a

reabilitação, e afirmou que a saúde se promove proporcionando condições de vida

decentes, boas condições de trabalho, educação, cultura física e formas de lazer e

descanso, para o que pediu o esforço coordenado de políticos, setores sindicais e

empresariais, educadores e médicos.

Em 1976, Leavell & Clark especialistas em saúde, definiram normas e

fixarão padrões utilizando o conceito de promoção da saúde ao desenvolverem o

modelo da história natural da doença, que comportaria três níveis de prevenção.

Dentro dessas três fases de prevenção existiriam pelo menos cinco níveis distintos,

nos quais poderiam se aplicados medidas preventivas, dependendo do grau de

conhecimento da história natural de cada doença.

A prevenção primária, a ser desenvolvida no período de pré-patogênese,

consta de medidas destinadas a desenvolver uma saúde geral melhor, pela proteção

específica do homem contra agentes patológicos ou pelo estabelecimento de

barreiras contra os agentes do meio ambiente. A educação em saúde é elemento

importante para esse objetivo. Afirmam os autores que os procedimentos para a

promoção da saúde incluem um bom padrão de nutrição, ajustado às várias fases do

desenvolvimento humano; o atendimento das necessidades para o desenvolvimento

ótimo da personalidade, incluindo o aconselhamento e educação adequados dos

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30

pais, em atividades individuais ou de grupos; educação sexual e aconselhamento

pré-nupcial; moradia adequada á recreação e condições agradáveis no lar e no

trabalho (BUSS, 1999).

Terris, em 1992 com a segunda revolução epidemiológica – o movimento de

prevenção das doenças crônicas –, a promoção da saúde passou a associar-se a

medidas preventivas sobre o ambiente físico e sobre os estilos de vida, e não mais

voltadas exclusivamente para indivíduos e famílias.

Sutherland & Fulton (1992) conceitua a promoção da saúde em dois grandes

grupos. No primeiro deles, a promoção da saúde consiste nas atividades dirigidas à

transformação dos comportamentos dos indivíduos, focando nos seus estilos de vida

e localizando - os no seio das famílias e, no máximo, no ambiente das culturas da

comunidade em que se encontram. Neste caso, os programas de atividades de

promoção da saúde tenderiam a se concentrar em ambiente familiar.

Baseado nessas teorias é que buscamos um projeto de política publica

voltada a infra – estrutura nos bairros, onde familiares e vizinhos pudessem usufruir

de estruturas publicas voltadas a qualidade de vida e saúde sem precisar se

ausentar de seu bairro ou se propor a espaços privativos. Causando ônus a família

que por muitas vezes não possuem recurso financeiro para que toda família pudesse

participar de um programa de atividade física em uma academia ou clube.

A promoção de saúde tem sua definição na Carta de Ottawa como o

processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade

de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo

(WHO, 1986).

Para Gutierrez (1994, apud Gutierrez, M. et al., 1997), promoção da saúde é

o conjunto de atividades, processos e recursos, de ordem institucional,

governamental ou da cidadania, orientados a propiciar a melhoria das condições de

bem-estar e acesso a bens e serviços sociais, que favoreçam o desenvolvimento de

conhecimentos, atitudes e comportamentos favoráveis ao cuidado da saúde e o

desenvolvimento de estratégias que permitam à população maior controle sobre sua

saúde e suas condições de vida, a níveis individual e coletivo.

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31

Em 1978, a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou em

colaboração com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a I

Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, que se realizou em

Alma-Ata.

A conferência trouxe um novo enfoque para o campo da saúde, colocando a

meta de “saúde para todos no ano 2000” e recomendando a adoção de um conjunto

de oito elementos essenciais: educação dirigida aos problemas de saúde

prevalentes e métodos para sua prevenção e controle; promoção do suprimento de

alimentos e nutrição adequada; abastecimento de água e saneamento básico

apropriados; atenção materno infantil, incluindo o planejamento familiar; imunização

contra as principais doenças infecciosas; prevenção e controle de doenças

endêmicas;tratamento apropriado de doenças comuns e acidentes; e distribuição de

medicamentos básicos (ADRIANO et al., 2000).

1.1.3 Intersetorialidade, município saudável e Políticas públicas saudáveis

Não é novo o reconhecimento da contribuição das políticas públicas no

debate sobre promoção da saúde e qualidade de vida, da governabilidade, da

gestão social integrada, da intersetorialidade, das estratégias dos municípios

saudáveis e do desenvolvimento local. Tais mecanismos são utilizados como

estratégias operacionais concretos para a implementação da promoção da saúde e

da qualidade de vida.

Nem sempre os efeitos das políticas que impulsionam a economia urbano-

industrial são satisfatórios. Na grande maioria esses efeitos são dramáticos e isso

ocorre desde o século XX com: desigualdades sociais, danos ambientais

irreparáveis em alguns casos, ambientes sociais mórbidos geradores de sociopatias

e psicopatias (violência, drogas etc.). (ADRIANO et al., 2000).

A grande verdade é que a idéia moderna de políticas públicas saudáveis

deveria envolver um duplo compromisso: o compromisso político de situar a saúde

no topo da agenda pública, promovendo-a de setor da administração a critério de

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32

governo, e o compromisso técnico de enfatizar, como foco de intervenção, os fatores

determinantes do processo saúde-doença.

A nova concepção de Estado, subjacente à proposta das políticas públicas

saudáveis, é aquela que (re) estabelece a centralidade de seu caráter público e de

sua responsabilidade social, isto é, seu compromisso com o interesse público e com

o bem comum. Numa perspectiva de reforma do Estado, isso implica um esforço

(desenho institucional) de superar déficits de eficiência/efetividade (capacidade de

fazer o que deve ser feito) e déficits de representatividade/sensibilidade (capacidade

de definir o que precisa ser feito, segundo o interesse e as necessidades da

sociedade).

Serão sempre fruto de interlocução e pactuação entre atores sociais em

situação, a idéia de políticas públicas como iniciativas exclusivas ou monopolísticas

do aparelho estatal.

A participação da sociedade numa nova distribuição de deveres e direitos

entre o Estado e a sociedade, entre indivíduos e coletivos, entre público e privado,

não deve ser entendida como concessão ou normatividade burocrática, mas sim

como pré - requisito institucional e político para a definição das necessidades da

população, onde poderíamos definir a “saúde que queremos”.

Para a viabilidade e efetividade das políticas publicas isso não é apenas

uma circunstância desejável, mas uma condição indispensável. Um cuidado

importante é evitar que a defesa necessária de políticas públicas saudáveis implique

uma subordinação de outros setores governamentais à esfera da saúde, gerando

resistências e suscitando isolamentos.

Para OPAS (1992), a interdisciplinaridade tem o seu fundamento cognitivo

como ferramenta a intersetorialidade operacional, para as políticas saudáveis. Para

não se limitarem a uma normatividade burocrática socialmente natimorta, devem

suscitar ou partir de pactos horizontais com parceiros de outros setores

governamentais e de outras comunidades epistêmicas, como os urbanistas, os

educadores etc.

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33

A intersetorialidade pode ser definida como o processo no qual objetivos,

estratégias, atividades e recursos de cada setor são considerados segundo suas

repercussões e efeitos nos objetivos, estratégias, atividades e recursos dos demais

setores (OPAS, 1992).

Do ponto de vista conceitual, a intersetorialidade procura superar a visão

isolada e fragmentada na formulação e implementação de políticas e na organização

do setor saúde. Significa adotar uma perspectiva global para a análise da questão

saúde, e não somente do setor saúde, incorporando o maior número possível de

conhecimentos sobre outras áreas de políticas públicas, como, por exemplo,

educação, trabalho e renda, meio ambiente, habitação.

Não há receitas prontas para se alcançar políticas públicas saudável. Os

profissionais de saúde, os movimentos sociais e as organizações populares,

políticos e autoridades públicas têm responsabilidades sobre as repercussões

positivas ou negativas que as políticas públicas têm sobre a situação de saúde e as

condições de vida de uma comunidade. Daí a importância de se buscar em conjunto

estratégia para a promoção dessa política.

Planejar, criar estratégias, conhecer a realidade local. São ações conjuntas

que deve acontecer entre comunidade, movimentos sociais e políticos em busca da

promoção da política da saúde.

1.2 POLÍTICAS PÚBLICAS

Pode-se dizer que as políticas públicas são diretrizes, princípios norteadores

de ação do poder público; regras e procedimentos para as relações entre poder

público e sociedade, mediações entre atores da sociedade e do Estado. As políticas

são explícitas, sistematizadas em documentos, como por exemplo, leis, programas,

linhas de financiamento, orientando assim, ações envolvidas aplicadas de recursos

públicos.

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34

Nem sempre há compatibilidade entre as intervenções e declarações de

vontade e as ações desenvolvidas, devendo enfim, ser consideradas como não-

ações, omissões, formando manifestação de políticas representando opções e

orientações dos que ocupam os cargos.

Segundo Teixeira (2002), as políticas públicas são traduzidas no processo de

elaboração e implantação nos resultados, formas de exercício do poder político,

podendo ser envolvido na distribuição e redistribuição de poder, havendo o papel do

conflito social nos processos de decisão, a repartição de custos e benefícios sociais.

O poder pode ser considerado numa relação social que envolve muitos

projetos e interesses contraditórios, havendo necessidade de mediações sociais e

institucionais, podendo obter um mínimo de consenso para as políticas públicas,

podendo ser legitimadas o obtidas na eficácia (TEIXEIRA, 2002).

Assim, quando se trata de planejamento e gestão devem ser intersetoriais e

intersistêmicos para representar a união entre os setores. A integração é a

articulação de saberes e de experiências na identificação participativa de problemas

coletivos, nas decisões integradas sobre políticas e investimentos, com o objetivo de

obter retorno social, com efeitos sinérgicos, no desenvolvimento econômico-social e

na superação da exclusão social (JUNQUEIRA, 1998; INOJOSA, 1998).

O que poderia ter como ideal numa gestão pública seria a mudança de atitude

dos gestores públicos, onde os mesmos pudessem mudar suas atitudes, predispor

políticos, acadêmicos e técnicos para a interação e integração de saberes entre si e

destes com a população.

Assim, poderia se de fato vislumbrar uma política voltada para melhoria da

qualidade de vida de uma cidade.

Para Gobert, Muller (1987), as políticas públicas são aqui entendidas como o

“Estado em ação”. É o Estado implantando um projeto de governo, através de

programas, de ações voltadas para setores específicos da sociedade.

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35

Com o passar do tempo inúmeras transformações ocorreram diversificando

assim as funções do estado que deveria desenvolver diversas ações em áreas

diferentes para promover resultados significativos á população.

No século XVIII e XIX o principal objetivo do estado era a segurança pública e

a defesa externa em caso de ataque dos inimigos.

Assim, elaborar uma política pública significa definir quem decide o quê,

quando, com que consequências e para quem. Podem ser definidas com a natureza

do regime político em que se vive, com o grau de organização da sociedade civil e

com a cultura política vigente.

É distinguido que as políticas públicas de políticas governamentais, onde a

segunda citada são públicas, embora sejam estatais. Para serem públicas, é preciso

considerar a quem de destinam os resultados ou benefícios, e também ao processo

de elaboração é submetido ao debate público.

A sociedade civil tem sido cada vez mais presente nas questões de interesse

geral, tornando a publicização fundamental. As políticas públicas têm tratado de

recursos públicos diretamente ou através de renúncia fiscal (isenções), ou de regular

relações que envolvem interesses públicos, no qual são realizados o campo

extremamente contraditório, quando entrecruzam os interesses e visões de mundo

conflitantes e onde os limites entre público e privado são de difícil demarcação. Daí

existe a necessidade quanto ao debate público, transparência, elaboração em

espaços públicos e não nos gabinetes governamentais (TEIXEIRA, 2002).

Conceituando as políticas públicas, essas são consideradas como um

processo dinâmico, com negociações, pressões, mobilizações, alianças ou coalizões

de interesses. São compreendidas pela formação de uma agenda que pode refletir

ou não os interesses dos setores majoritários da população, a depender do grau de

mobilização da sociedade civil para se fazer ouvir e do grau de institucionalização de

mecanismos que viabilizem sua participação.

É preciso entender composição de classe, mecanismos internos de decisão

dos vários aparelhos, seus conflitos e alianças internas da estrutura de poder, que

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36

não é monolítica ou impermeável às pressões sociais, já que nela se refletem os

conflitos da sociedade.

Na sociedade civil também há uma diversidade de interesses e de visões que

precisa ser debatida, confrontada, negociada, buscando-se um consenso mínimo.

Essa formulação hoje se torna complexa devido à fragmentação das organizações,

apesar de algumas iniciativas de articulação em alguns setores.

Alguns elementos de conteúdo e de processo na estruturação das políticas

públicas já estão claros, tais como: sustentabilidade, democratização, eficácia,

transparência, participação, qualidade de vida. Esses elementos precisam ser

traduzidos, contudo em parâmetros objetivos, para que possam nortear a

elaboração, implementação e avaliação das políticas propostas.

1.2.1 Modalidade de Políticas Públicas

Segundo nas palavras de Rodrigues (2007), para entender o conceito de

política pública deve-se considerar:

A distinção entre política e decisão;

Entre política e administração;

Que política envolve tanto intenções quanto comportamentos, tanto ação

como não ação;

Que pode determinar impactos não esperados;

Que os propósitos podem ser definidos ex post: racionalização;

Que ela é um processo que se estabelece ao longo do tempo, que envolve

relações intra e interorganizações;

Que é estabelecida no âmbito governamental, mas envolve múltiplos atores;

Que é definida subjetivamente segundo as visões conceituais adotadas.

Uma política pública geralmente envolve mais do que uma decisão e requer

diversas ações estrategicamente selecionadas para implementar as decisões

tomadas. Já uma decisão política corresponde a uma escolha dentre um leque de

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37

alternativas, conforme a hierarquia das preferências dos atores envolvidos,

expressando em maior ou menor grau certa adequação entre os fins pretendidos e

os meios disponíveis.

Embora uma política pública implique decisão política, nem toda decisão

política chega a constituir uma política pública. Por mais óbvio que possa parecer, as

políticas públicas são públicas e não privadas ou apenas coletivas. A sua dimensão

pública é dada pelo seu caráter imperativo. Isto significa que uma das suas

características centrais é o fato de que são decisões e ações revestidas da

autoridade soberana do poder público.

As políticas públicas envolvem, portanto, atividades políticas numa instância

que, uma vez articulada vai conformando o contexto no qual uma sucessão de

decisões futuras poderá ser tomada.

Rodrigues (2007) ainda descreve que ao trabalhar com Análise de Políticas

precisa-se lembrar de que o termo política pode ser empregado de muitas maneiras:

Campo de atividade ou envolvimento governamental;

Objetivo ou situação desejada;

Propósito específico em geral relacionado a outros de menor ou maior ordem;

Decisões do governo frente a situações emergenciais;

Autorização formal, ainda que sem viabilidade de implementação;

Programa envolvendo leis, organizações, recursos;

Resultado;

Impacto;

Teoria ou modelo que busca explicar a relação entre ações e resultados;

Processo.

As definições e os cuidados que se deve tomar mostram que na Análise de

Política há levar em conta que os aspectos políticos são inerentes ao processo de

elaboração de políticas e que a política envolve uma teia de decisões e o

desenvolvimento de ações no tempo, mais do que uma decisão isolada.

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38

Consideram-se importantes alguns tipos de políticas, para que se possa

definir o tipo de atuação que se pode ter frente a sua formulação e implementação.

Vários critérios podem ser utilizados.

Quanto à natureza ou grau da intervenção:

a) estrutural – buscam interferir em relações estruturais como renda, emprego,

propriedade etc.

b) conjuntural ou emergencial – objetivam amainar uma situação temporária,

imediata.

Quanto à abrangência dos possíveis benefícios:

a) universais – para todos os cidadãos

b) segmentais – para um segmento da população, caracterizado por um fator

determinado (idade, condição física, gênero etc.)

c) fragmentadas – destinadas a grupos sociais dentro de cada segmento.

Quanto aos impactos que podem causar aos beneficiários, ou ao seu papel

nas relações sociais:

a) distributivas – visam distribuir benefícios individuais; costumam ser

instrumentalizadas pelo clientelismo;

b) redistributivas – visam redistribuir recursos entre os grupos sociais: buscando

creta equidade, retiram recursos de um grupo para beneficiar outros, o que provoca

conflitos;

c) regulatória – visam definir regras e procedimentos que regulem comportamento

dos atores para atender interesses gerais da sociedade; não visariam benefícios

imediatos para qualquer grupo.

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39

1.2.2 Formas Diferentes de encarar as Políticas Públicas

É visto que a visão liberal pode se opor na universalidade dos benefícios de

uma política social. As desigualdades sociais podem se resultar de decisões

individuais, cabendo à política social um papel residual no ajuste de seus efeitos.

Segundo Teixeira (2002, p. 4):

Na visão social-democrata, concebem-se os benefícios sociais como proteção aos mais fracos, como compensação aos desajustes da supremacia do capital, o que, ao mesmo tempo, garante sua reprodução e legitimação; as políticas públicas têm o papel regulador das relações econômico-sociais, são constituídos fundos públicos para serem utilizados em investimentos em áreas estratégicas para o desenvolvimento e em programas sociais.

Assim, é visto que a concepção pode ser traduzida no sistema do chamado

Estado de Bem Estar Social, havendo um aparato muito elevado, sendo

relativamente distribuído e reconhecido numa série de direitos sociais, mas também

a um controle político burocrático da vida dos cidadãos considerado como objetos,

como meros consumidores de bens públicos. A partir dos anos 70, esse modelo

entra em crise devido às mudanças no processo de acumulação, com novas

tecnologias, novos padrões de relações de trabalho, provocando o esgotamento das

possibilidades de atendimento às necessidades crescentes da população, o

burocratismo, a ineficiência do aparelho governamental.

Com a falência do Estado protetor e o agravamento da crise social, o

neoliberalismo, responsabilizando a política de intervencionismo pela estagnação

econômica e pelo parasitismo social, propõe um ajuste estrutural, visando

principalmente o equilíbrio financeiro, com uma drástica redução dos gastos sociais,

uma política social seletiva e emergencial. A globalização torna o processo de

formulação de políticas públicas mais complexas, estando em jogo, em cada país,

interesses internacionais representados por forças sociais com um forte poder de

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40

interferência nas decisões quando essas não são diretamente ditadas por

organismos multilaterais.

1.2.3 Dimensões Atuais das Políticas Públicas

Alguns aspectos precisam ser considerados no processo de formulação de

políticas públicas, no momento em que a sociedade civil é chamada a dele

participar. Como exemplo, Identidade – iniciativas de proposições para responder

questões constituem um elemento importante no processo de formação de

identidade coletiva dos atores sociais.

Por isso, Teixeira (2002, p. 4-5) descreve esses aspectos:

Plataformas Políticas - as políticas públicas expressam o sentido do desenvolvimento histórico-social dos atores sociais na disputa para construir a hegemonia; refletem, pois, as concepções que têm do papel do Estado e da sociedade civil, constituindo programas de ações que respondem as suas carências e demandas.

Mediações Institucionais – as políticas públicas traduzem mediações entre interesses e valores dos diversos atores que se defrontam em espaços públicos para negociar soluções para o conjunto da sociedade ou determinados grupos sociais.

Dimensão Estratégica - as políticas públicas diretamente ao modelo econômico e à constituição de fundos públicos assumem aspecto estratégico, quando se constituem referência e base para a definição de outras políticas ou programas em determinadas áreas. As opções estratégicas devem considerar, ao mesmo tempo, as inovações tecnológicas e a reestruturação produtiva e os seus efeitos sobre o emprego e o agravamento das desigualdades sociais, buscando-se alternativas que redirecionem o emprego não apenas da forma compensatória que torna seus beneficiários meros objetos da assistência, mas que os tornem cidadãos ativos, contribuindo, através de novas formas de inserção social, para o desenvolvimento da sociedade.

1.3 A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL

Pode-se perceber que só há mudanças no conteúdo e na metodologia das

políticas públicas com mudanças nas elites políticas, na composição do poder

político, no qual podem ser ocorridas as mudanças mais substantivas quando são

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41

efetivamente compostas do poder, podendo obter conquistas sociais através da

mobilização social, da ação coletiva, sobretudo quando esta passa a ter um

conteúdo de proposição, de debate público de alternativas e não de mera crítica.

Para isso, é necessário que as proposições sejam legitimadas por um amplo

consenso e que tenham uma abrangência maior que os interesses corporativos ou

setoriais.

Essa é a realidade atualmente do processo social em que a sociedade civil,

no qual pode ser articulada em suas organizações representativas em espaços

públicos, passa a exercer um papel político amplo de construir alternativas nos

vários campos de atuação do Estado e de oferecê-las ao debate público,

coparticipando, inclusive, na sua implementação e gestão.

Há atualmente no Brasil uma série de experiências desenvolvidas por ONGs

e organizações de base que podem servir de referência para a elaboração de

propostas e alternativas de políticas públicas.

Muitos canais institucionais podem utilizar debate, desde os Conselhos de

Gestão até espaços autônomos já em funcionamento ou a serem criados em áreas

específicas. Deve-se também usar alguns mecanismos, de natureza administrativa,

judicial ou parlamentar, criados a partir da Constituição Federal de 1988, para

exercer, junto ao Estado, um papel mais ativo e propositivo, inclusive de controle e

avaliação de ações negociadas.

1.4 POLÍTICAS PÚBLICAS MUNICIPAIS

Através da Constituição Federal de 1988, os municípios adquirem a

autonomia política, através da elaboração de sua própria lei orgânica e demais leis e

da escolha direta de seus governantes. Ampliam sua competência em áreas

importantes como a política urbana e transportes coletivos.

Apesar do aumento de sua capacidade financeira, a participação dos

municípios na receita tributária global não supera os 18 ou 20%. Entretanto, são

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42

assumidos muitos encargos e responsabilidades das outras esferas, o que os obriga

a negociar recursos nos diversos programas federais ou estaduais. Com uma frágil

base econômica, ao lado da ineficiência administrativa, os recursos próprios na

maioria dos municípios não vão além dos 5% do total da receita. Dessa forma, a

autonomia de realizar políticas próprias sem vinculação aos programas federais e

estaduais é mínima (TEIXEIRA, 2002).

Segundo Lopes e Amaral (2008, p. 30) informam que:

Para um município ser capaz de criar e gerenciar Políticas Públicas de qualidade é necessário, além dos recursos financeiros, planejamento de longo prazo. Ou seja, é importante que os atores políticos definam um objetivo e o melhor caminho para alcançá-lo. Isso facilitará a elaboração e execução das políticas, bem como permitirá uma integração entre elas, evitando ações contraditórias por parte da administração.

Os prefeitos, na maioria dos municípios com base político-eleitoral nas elites

proprietárias, não assumem os riscos de uma política tributária mais realista. A

política econômica neoliberal acentua os impactos sobre o emprego, a renda e as

condições de vida nos municípios. Os municípios, até então alheios às questões

econômicas, vêem-se pressionados a realizar programas de geração de renda e

emprego. Nem assim, é decidida a iniciativa na questão agrícola ou rural, apesar de

a maioria deles terem sua sustentação econômica nesse setor.

1.5 COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS

Competências são responsabilidades e encargos atribuídos a cada esfera

governamental para realizar sua gestão. São definidas na Constituição Federal e, no

caso dos municípios, detalhadas nas Leis Orgânicas. Há competências privativas de

cada esfera governamental e as comuns e concorrentes. O município tem ampla

autonomia para definir suas políticas e aplicar seus recursos, no caso das

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43

competências privativas ou exclusivas. Elas são definidas no art. 30 da Constituição

Federal:

a) legislar sobre assuntos de interesse local, expressão bastante abrangente, detalhada na Lei Orgânica. b) instituir e arrecadar impostos sobre serviços, predial urbano, transmissão intervivos de bens imóveis, varejo de combustíveis líquidos.

O município pode, ainda, regular matérias conforme peculiaridades locais, ou,

em caso de omissão de outra esfera, não sendo competência exclusiva, preencher a

lacuna.

Nas áreas tradicionalmente objeto de políticas públicas, como assistência

social, meio ambiente, habitação, saneamento, produção agro-pecuária,

abastecimento alimentar, educação, saúde, o município tem competência comum

com a União e o Estado, a ser exercida com a cooperação dessas esferas de poder,

pela transferência de recursos, ou pela cooperação técnica. Atualmente não são

regulamentadas, as fronteiras entre as esferas de poder permanecem indefinidas,

resultando na superposição de atividades (TEIXEIRA, 2002).

Assim, o problema maior são os recursos, onde tem sido um processo de

descentralização desordenado, onde muitos encargos estão sendo transferidos sem

os recursos. Estes dependem das chamadas transferências negociadas, que

consideram a posição política, o prestígio e a vinculação partidária dos prefeitos e

parlamentares, cujas alianças se pautam, em grande parte, pelos interesses

eleitoreiros e clientelistas.

As receitas dos fundos de participação podem ser distribuídas através de

critérios concentrados com renda tributária em poucos municípios, onde o

desenvolvimento econômico pode ser maior. As parcelas transferidas diminuem com

a recessão que reduz os recursos e com as políticas de ajuste fiscal que repassam

parte dos recursos para fundos como o de Estabilização Fiscal (TEIXEIRA, 2002).

A administração dos municípios pode ficar precária com o desmonte, nos

últimos anos, com as agências técnicas federais e estaduais que lhe prestavam

assistência. Na política neoliberal, a descentralização é, principalmente, a

transferência da responsabilidade da execução e custeio de políticas para a família e

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44

a sociedade. Em paralelo, mantém-se a transferência de subvenções sociais para

entidades indicadas, com critérios político-eleitorais, por parlamentares ou outras

instâncias do poder, pulverizando recursos sem priorizar as necessidades da

população (TEIXEIRA, 2002).

Assim, propor, formular e participar da gestão de alternativas de políticas

públicas é enorme desafio para a sociedade civil, onde possivelmente é tratado da

distribuição e alocação dos recursos públicos e da composição do poder público.

1.6 ESPAÇOS DE ESPORTE E LAZER

Atualmente, existem algumas praças que oferecem academias ao ar livre em

espaços públicos da cidade de Porto Velho, sendo divididos em alguns bairros da

cidade.

Essas academias são descritas pela prefeitura como equipamentos que visam

melhorar a condição física, qualidade de vida e saúde das pessoas. No mesmo

sentido, há diversos projetos de lei de vereadores do município que também

justificam a sua instalação enquanto estratégia de melhoria da qualidade de vida da

população residente no entorno.

Segundo Maranhão (2013), as academias ao ar livre ou academias da

terceira idade não possuem peso, utilizam a força do corpo para exercícios de

musculação e alongamento, em que, segundo a Prefeitura Municipal da cidade,

criam resistência e geram benefícios personalizados independentemente da idade,

peso e sexo. São indicadas para maiores de 12 anos e especialmente para pessoas

da terceira idade.

A implantação de alguns aparelhos de academias no município está instalada

em praças e parques.

Pode-se considerar que as academias, no entanto, não podem ser vistas

como uma política isolada de qualidade de vida. Elas fazem parte de um rol de

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45

medidas que compõem uma política pública integrada de qualidade de vida, assim

como o seu uso não pode ser entendido simplesmente como estratégia de ocupação

de determinado território.

Se estes equipamentos contribuem para solucionar ou amenizar problemas

como a violência, este papel só lhes é atribuído enquanto componente de uma

política de intervenção no espaço urbano que contempla diversas estratégias, entre

elas a melhoria da qualidade de vida (MARANHO, 2013).

2 MARCO METODOLOGICO

Este capítulo busca fundamentar as bases da escolha metodológica e as

implicações do método de pesquisa utilizado, justificando a abordagem quanto à

investigação através de questionário qualitativo como a mais apropriada a esse tipo

de estudo e apresentando os instrumentos e os procedimentos da coleta de dados.

2.1 ABORDAGEM GERAL DA PESQUISA

Os procedimentos metodológicos necessários à realização desta pesquisa

partem da abordagem qualitativa, a qual permite descrever, analisar e compreender

efetivamente os desafios que as políticas públicas poderão promover para a

melhoria da qualidade de vida dos moradores do município de Porto Velho.

A opção por essa abordagem refere-se à facilidade que a mesma apresenta

para a descrição do conhecimento a ser produzido cientificamente. É, também, por

meio do auxílio de fontes bibliográficas que tratam da temática que será possível

efetivar a construção do conhecimento proposto para a investigação, gerando

conhecimentos científicos significativos que possam auxiliar na proposta de uma

política pública voltada a saúde e a qualidade de vida que servira como suporte para

Page 46: Tese mara alves 08 01-14 (1) (1)

46

os futuros gestores do município de Porto Velho e pesquisadores interessados no

estudo da temática.

Para a investigação do problema foram coletados dois tipos de material: o

primeiro, em livros, revistas, periódicos e artigos especializados de autores diversos,

consistindo, portanto, no levantamento dos temas e documentos referentes ao

assunto; o segundo material foi obtido com a aplicação de um questionário de

investigação, contendo perguntas abertas.

Na abordagem qualitativa não se utilizam mensurações estatísticas, mas tem

foco nos processos, no costume de constituição do modelo educativo implantado e

de como houve a adaptação para um modelo de mediação pedagógica que envolve

os sujeitos da pesquisa (GIL, 2008).

O estudo de pesquisa qualitativa pode supor um corte temporal-espacial de

determinado fenômeno por parte do pesquisador. O corte pode ser definido o campo

e a dimensão desenvolvendo o trabalho, mapeando o território. Os métodos

qualitativos se assemelham a procedimentos de interpretação dos fenômenos que

são empregados diariamente, tendo a mesma natureza dos dados que o

pesquisador qualitativo emprega em sua pesquisa.

Por fim, tem sua dimensão nas fontes de entrevistas, a abordagem

quantitativa busca respostas nos questionários como processo investigativo a partir

de uma amostragem de sujeitos da pesquisa (MARCONI; LAKATOS, 2011).

2.2 TIPO DE INVESTIGAÇÃO

É visto nos estudos de pesquisa qualitativa que são diferidas entre si quanto

ao método, à forma e aos objetivos.

Godoy (1995, p. 62) é ressaltado a diversidade existente entre os trabalhos

qualitativos e enumera um conjunto de características essenciais capazes de

identificar uma pesquisa desse tipo quanto a:

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47

(1) O ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento fundamental;

(2) O caráter descritivo; (3) O significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida como

preocupação do investigador; (4) Enfoque indutivo.

A pesquisa qualitativa tem assumido significados no campo das ciências

sociais, compreendendo um conjunto de diferentes técnicas interpretativas, visando

descrever e decodificar os componentes de um sistema complexo de significados.

Nessa pesquisa foi aplicado um questionário com questões abertas para que

através das respostas dos moradores da cidade de Porto Velho para que se possa

investigar se possui infraestrutura para a prática da atividade física e quais

benefícios esses moradores adquirem quando praticam essas atividades, quais

modalidades eles praticam, quais as mudanças esses moradores perceberam na

sua qualidade de vida.

Foram pesquisados bairros de Porto Velho que possuem essas estruturas e

os bairros que não possuem, para que a partir das respostas dadas para que se

possa fazer um comparativo entre os bairros.

Espera-se que através dessa investigação surja uma proposta de política

pública para a gestão municipal de Porto Velho, traçando um diagnóstico da real

necessidade de infraestrutura e a importância desses espaços para a melhoria da

qualidade de vida dos moradores.

2.3 POPULAÇÃO

Porto Velho possui atualmente 44 bairros, divididos em quatro zonas que

são: Zona Leste, Zona Sul, Zona Norte e Zona Central.

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48

O questionário de investigação foi aplicado em 24 bairros da cidade que

correspondem a 10% da população da cidade.

2.3.1 Característica da População

As pessoas que participaram da pesquisa são servidores públicos,

professores e entre outras profissões. Ainda, a escolaridade destes participantes tem

ensino fundamental, ensino médio, graduação e outros fins.

A maior parte destes pesquisadores é do sexo feminino e tem a idade entre

23 e acima de 45 anos. E ainda, a maioria destes são pessoas que nasceram em

Porto Velho.

Portanto, é visto que são moradores dos bairros que frequentam praças ou

outros tipos de lazer em lugares públicos que realizam exercícios para se obter

qualidade de vida melhor.

2.4 AMOSTRA

Os bairros foram escolhidos dentro de cada zona de forma aleatória, ou seja,

pessoas conhecidas que moram nesses 24 bairros do município de Porto Velho/RO.

2.4.1 Caracterização da Amostra

A amostra foi por moradores de cada bairro divididos por zona, para que,

logo após, pudessem ser aplicados 550 questionários no total, sendo que foram

recolhidos 390 destes.

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49

2.4.1.1 Critérios de seleção da amostra

Os questionários foram aplicados nesses 24 bairros, sendo que, fizeram

parte da pesquisa apenas àqueles que preencheram todas as questões do presente

questionário e ainda que tenham sido preenchidos por pessoas acima de 18 anos

moradores do município de Porto Velho/RO.

2.4.1.2 Unidade de Análise da Amostra

Cada um dos moradores dos bairros pesquisados.

2.4.1.3 Tamanho da Amostra

A presente pesquisa foi realizada com o método da regra de três para se

obter os cálculos através de porcentagem, conforme os dados colhidos, realizando

assim, melhor entendimento por gráficos.

A escolha dos bairros foi feita de forma aleatória por sorteio.

Foram pesquisados 24 bairros por zona e aplicados 550 questionários em

cada bairro de Porto Velho, totalizando assim 390 questionários recebidos para

tabulação dos dados.

Foram divididos em quatro zonas do município de Porto Velho, sendo estes:

Zona Leste, Zona Sul, Zona Norte e Zona Central.

2.5 LOCAL DO ESTUDO

O local do estudo foi realizado nos bairros do município de Porto Velho/RO.

Se retratando do local em estudo, é visto que este município foi oficializada

em 2 de outubro de 1914, Porto Velho foi criada por desbravadores por volta de

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50

1907, durante a construção da E.F. Madeira- Mamoré. Em plena Floresta

Amazônica, e inserida na maior bacia hidrográfica do globo, onde os rios ainda

governam a vida dos homens, é a Capital do estado de Rondônia. Fica nas

barrancas da margem direita do rio Madeira, o maior afluente da margem direita do

rio Amazonas (PREFEITURA DE PORTO VELHO, 2014).

Desde meados do sec. XIX, nos primeiros movimentos para construir uma

ferrovia que possibilitasse superar o trecho encachoeirado do rio Madeira (cerca de

380km) e dar vazão à borracha produzida na Bolívia e na região de Guajará Mirim, a

localidade escolhida para construção do porto onde o caucho seria transbordado

para os navios seguindo então para a Europa e os EUA, foi Santo Antônio do

Madeira, província de Mato Grosso.

As dificuldades de construção e operação de um porto fluvial, em frente aos

rochedos da cachoeira de Santo Antônio, fizeram com que construtores e armadores

utilizassem o pequeno porto amazônico localizado 7km abaixo, em local muito mais

favorável.

Em 15 de janeiro de 1873, o Imperador Pedro II assinou o Decreto-Lei nº

5.024, autorizando navios mercantes de todas as nações subirem o Rio Madeira. Em

decorrência, foram construídas modernas facilidades de atracação em Santo

Antônio, que passou a ser denominado Porto Novo.

O porto velho dos militares continuou a ser usado por sua maior segurança,

apesar das dificuldades operacionais e da distância até Santo Antônio, ponto inicial

da EFMM – Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

Percival Farquar, proprietário da empresa que afinal conseguiu concluir a

ferrovia em 1912, desde 1907 usava o velho porto para descarregar materiais para a

obra e, quando decidiu que o ponto inicial da ferrovia seria aquele (já na província do

Amazonas), tornou-se o verdadeiro fundador da cidade que, quando foi afinal

oficializada pela Assembleia do Amazonas, recebeu o nome Porto Velho. Hoje, a

capital de Rondônia.

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51

Após a conclusão da obra da E.F.M-M em 1912 e a retirada dos operários, a

população local era de cerca de 1.000 almas. Então, o maior de todos os bairros era

onde moravam os barbadianos - Barbadoes Town - construídos em área de

concessão da ferrovia. As moradias abrigavam principalmente trabalhadores negros

oriundos das Ilhas Britânicas do Caribe, genericamente denominados barbadianos.

Ali residiam, pois vieram com suas famílias, e nas residências construídas pela

ferrovia para os trabalhadores só podiam morar solteiros.

Era privilégio dos dirigentes morar com as famílias. Com o tempo passou a

abrigar moradores das mais de duas dezenas de nacionalidades de trabalhadores

que para cá acorreram. Essas frágeis e quase insalubres aglomerações, associadas

às construções da Madeira-Mamoré foram à origem da cidade de Porto Velho, criada

em 02 de outubro de 1914. Muitos operários, migrantes e imigrantes moravam em

bairros de casas de madeira e palha, construídas fora da área de concessão da

ferrovia.

Assim, Porto Velho nasceu das instalações portuárias, ferroviárias e

residenciais da Madeira-Mamoré Railway. A área não industrial das obras tinha uma

concepção urbana bem estruturada, onde moravam os funcionários mais

qualificados da empresa, onde estavam os armazéns de produtos diversos, etc. De

modo que, nos primórdios havia como duas cidades: a área de concessão da

ferrovia e a área pública. Duas pequenas povoações, com aspectos muito distintos.

Era separada por uma linha fronteiriça denominada Avenida Divisória, a

atual Avenida Presidente Dutra. Na área da railway predominavam os idiomas inglês

e espanhol, usados inclusive nas ordens de serviço, avisos e correspondência da

Companhia. Apenas nos atos oficiais, e pelos brasileiros era usada a língua

portuguesa. Cada uma dessas povoações tinham comércio, segurança e, quase, leis

próprias. Com vantagens para os ferroviários, em face de realidade econômica das

duas comunidades. Até mesmo uma espécie de força de segurança operava na área

de concessão da empresa, independente da força policial do estado do Amazonas.

Essa situação gerou conflitos frequentes, entre as autoridades constituídas e

os representantes da Railway. Portanto, embora as mortes a lamentar durante sua

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52

construção tenham sido muitas, a ferrovia da morte, como chegou a ser denominada

a Estrada de Ferro Madeira Mamoré é, na verdade a ferrovia da vida, para Porto

Velho e seu povo. A importância da EFMM para a formação da cidade pode ser

medida pelo texto da lei de sua criação, aprovada pela Assembleia Legislativa do

Amazonas, que diz: Art. 2º. - O Poder Executivo fica autorizado a entrar em acordo

com o governo Federal, a Madeira-Mamoré Railway Company e os proprietários de

terras para a fundação imediata da povoação, aproveitando na medida do possível,

as obras do saneamento feitas ali por aquela companhia, e abrir os créditos

necessários à execução da presente lei (PREFEITURA DE PORTO VELHO, 2014).

Nos seus primeiros 60 anos, o desenvolvimento da cidade esteve

umbilicalmente ligado às operações da ferrovia. Enquanto a borracha apresentou

valor comercial significativo, houve crescimento e progresso. Nos períodos de

desvalorização da borracha, devido às condições do comércio internacional e a

inoperância empresarial e governamental, estagnação e pobreza.

A moderna história de Porto Velho começa com a descoberta de cassiterita

(minério de estanho) nos velhos seringais no final dos anos 50, e de ouro no rio

Madeira. Mas, principalmente, com a decisão do governo federal, no final dos anos

70, de abrir nova fronteira agrícola no então Território Federal de Rondônia, como

meio ocupar e desenvolver essa região segundo os princípios da segurança

nacional vigentes.

Além de aliviar tensões fundiárias principalmente nos estados do sul, por

meio da transferência de grandes contingentes populacionais para o novo Eldorado

Quase 1 milhão de pessoas migrou para Rondônia, e Porto Velho evoluiu

rapidamente, de 90.000 para 400.000 habitantes.

A cidade (e o estado) tornou-se um novo caldeirão cultural, onde se

misturam hábitos e sotaques de todos os quadrantes do país. Juntaram-se ao Boi-

bumbá e forró (de origem nordestina), o vaneirão (gaúcho); ao tacacá e açaí, o

chimarrão; à alpercata, a bota e o chapéu de vaqueiro. O desenvolvimento da

pecuária incorporou as festas de peões e os rodeios aos folguedos juninos

(PREFEITURA DE PORTO VELHO, 2014).

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53

Esta migração intensa provocou um explosivo crescimento da cidade,

particularmente na década de 80. Hoje a urbe mostra as feridas decorrentes desse

crescimento desordenado. Os bairros periféricos são pouco mais que um

aglomerado de casebres de madeira cobertos de palha, sem ordenação ou

infraestrutura. Em grande parte resultam de invasões de terras ainda não ocupadas,

por parte de uma população sem teto, que aqui chegava num ritmo não

acompanhado pelas instituições públicas.

Os nomes desses bairros expressam bem as condições de sua criação. São

o Esperança da Comunidade, o Pantanal, o Socialista, etc. Apenas o centro, uma

herança dos desbravadores, apresenta características de urbanização definidas. Os

bairros que se interpõe entre o centro e a periferia mostram bem essa condição.

Ruas ainda por asfaltar e sem calçadas, rede de esgotos inexistente, casebres de

madeira ao lado de belas residências. A redução na taxa de crescimento

demográfico da década atual, por outro lado, tem permitido que rapidamente os

moradores e os órgãos públicos programem melhorias que já são visíveis.

A cidade hoje conta com a Universidade Federal de Rondônia (UNIR), que

dispõe de campus avançados em diversas cidades do interior, e quatro faculdades

particulares, formando entre outros profissionais: advogados, economistas,

matemáticos, contabilistas, administradores, geógrafos, odontólogos, biólogos e

processadores de dados (PREFEITURA DE PORTO VELHO, 2014).

A rede escolar de primeiro e segundo graus absorve a população estudantil.

Não sem as deficiências que se observam em todos os setores da educação, em

todo o país, se isso pode servir de consolo. Nesse ponto, vale uma observação:

além da Madeira-Mamoré, o Rio Madeira foi e é fundamental para a vida da cidade.

E há uma verdadeira relação de amor entre a população e o rio, do qual se

diz que, quem bebe de suas águas, ainda que vá embora, volta sempre. Navegando

pelos rios Madeira e Amazonas, a cidade encontra-se a 3.061km do litoral norte do

Brasil, nas proximidades de Belém do Pará. São 1.108km pelo Madeira desde Porto

Velho até a sua foz cerca de 200km a jusante de Manaus, e o restante pelo grande

rio-mar, o Amazonas (PREFEITURA DE PORTO VELHO, 2014).

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54

Esta magnífica hidrovia natural poderá tornar-se em pouco tempo o grande

impulsionador da economia do estado, e da cidade em particular, à medida que as

melhorias que se vem implementando tornem mais seguras e rápidas as viagens até

Manaus e Belém. A vida dos ribeirinhos (beiradeiros) certamente tornar-se-á mais

fácil também.

2.6 UNIVERSO DA PESQUISA

Delimitação geográfica em relação ao local do estudo

FIGURA 01: MAPA DOS BAIRROS DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO/RO

FONTE: www.madeiramamorehotel.com.br (2014)

Page 55: Tese mara alves 08 01-14 (1) (1)

55

Justificar de maneira adequada a delimitação geográfica em relação ao

universo adotado

2.7 POPULAÇÃO ALVO

Porto Velho possui atualmente 44 bairros, divididos em quatro zonas que

são: Zona Leste, Zona Sul, Zona Norte e Zona Central.

O questionário de investigação foi aplicado em 24 bairros da cidade que

correspondem a 10% da população da cidade.

2.8 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

Bairros do município de Porto Velho.

2.9 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS

Durante a pesquisa, não houve nenhuma autorização, pois o presente

trabalho não precisou de nenhum órgão público para realizar tal pesquisa, até

porque as informações colhidas até o presente momento foram retiradas de grandes

autores que lançaram sobre a história de Rondônia e também sobre a qualidade de

vida e também das políticas públicas.

A aplicação dos questionários nos bairros foi realizada pela pesquisadora e

por seus colaboradores orientados anteriormente em projeto piloto. Posteriormente

os questionários foram analisados e tabulados.

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56

A análise foi realizada de acordo com as questões de investigação e

planilhadas em Excel, sendo utilizado modelo de gráfico para melhor visualização

dos resultados obtidos.

2.10 PROVA PILOTO

Antes da aplicação do questionário da pesquisa, foi aplicado um questionário

piloto para a validação do mesmo. Nenhum morador participante da pesquisa teve

seu nome revelado. No formulário da pesquisa teve um cabeçalho explicativo do

objetivo da pesquisa e os dados da pesquisadora.

A prova piloto possibilitou também o trabalho dos aplicadores.

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57

3 MARCO ANALÍTICO

Este capítulo faz uma análise da pesquisa realizada na sua íntegra.

Discutem as questões relativas ao problema, variáveis e objetivos propostos bem

como o levantamento das informações disponíveis. Realiza uma análise exploratória

dos dados por meio da tabulação dos resultados.

3.1 ASPECTOS ÉTICOS

Os entrevistados não tiveram suas identidades reveladas e podem ter

acesso ao resultado da pesquisa.

3.2 PROJETO PILOTO

O projeto piloto foi aplicado aleatoriamente às pessoas que se dispuseram, a

colaborar com a pesquisa. (Conforme em anexo A).

3.3 TIPO DE AMOSTRAGEM

As amostras foram os moradores de bairros do município de Porto

Velho/RO.

Sabe-se que a amostragem é o passo mais importante dentro do contexto

da obtenção do resultado final, visto que, feita inadequadamente, a análise

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58

quantitativa ou qualitativa se esvazia do ponto de vista científico (BAIULESCU;

DUMITRESCU, 1991)

3.4 O RETORNO DA INFORMAÇÃO

A pesquisa foi disponibilizada para os participantes e demais interessados.

Após a defesa, os resultados serão apresentados ao poder público municipal

de Porto Velho: Prefeitura e Câmara de Vereadores.

3.5 PROCEDIMENTOS DA ANÁLISE DOS DADOS

Os dados foram tabulados em Excel e transformados os resultados em

gráficos, usando a estatística descritiva.

3.6 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

São apresentados abaixo os resultados da pesquisa, em forma de gráfico em

forma de pizza para melhor visualização.

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59

GRÁFICO 01: Existe espaço para prática de atividade física

Fonte: Autora, 2014

O gráfico acima traz como resultado quanto a existência de espaço para

prática de atividade física e 77% responderam que não tem espaço e 23%

responderam que tem. Sabe-se que geralmente os que responderam afirmativo,

provavelmente tem alguma área de lazer para realizar a prática de atividade física.

GRÁFICO 2: Se existe, há quanto tempo?

Fonte: Autora, 2014

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60

Neste resultado, verificou-se que quanto a existência, foi respondido que

50% não existe área para prática. 25% responderam que existe entre 5 a 10 anos

uma área de lazer no bairro; 10% responderam que existe entre 1 a 5 anos e de 10

a 15 anos. E apenas 5% responderam que existe uma área há mais de 15 anos.

Observa-se que é a existência de área de lazer é precário.

GRÁFICO 03: Você realiza atividade física no seu bairro?

Fonte: Autora, 2014

Quanto ao resultado acima sobre atividade física no bairro, se é realizado,

observou-se que 74% responderam que realizam atividade física e apenas 26% não

realizam.

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61

GRÁFICO 04: Se não existe esse espaço no seu bairro, como você pratica

atividade física?

Fonte: Autora, 2014

Foi observado quanto a não existência de um espaço, 29% responderam que

realizam em academia; 26% responderam que exercitam em outros lugares, 23%

responderam que praticam em clube e 22% responderam que não praticam.

GRÁFICO 05: Se no seu bairro tivesse esses espaços para prática da atividade

física, seria bom para você? Por quê?

Fonte: Autora, 2014

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62

Quanto ao espaço, se tivesse este no bairro para a prática de atividade física,

foi observado que 49% responderam que não pagaria academia e nem clube para

poder se exercitar. 25% responderam que ganharia tempo; 24% responderam que

teria mais motivação e apenas 2% responderam como outros.

GRÁFICO 06: Que mudança teve na sua vida depois da inauguração desse

espaço físico no seu bairro?

Fonte: Autora, 2014

O gráfico acima verifica qual mudança teve na vida depois de inaugurado um

espaço físico no bairro, e 57% responderam que começaram a praticar atividade

física, 37% responderam que economizaram tempo e dinheiro, 5% responderam que

nada mudou e 1% responderam que outros.

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63

GRÁFICO 07: A falta desses espaços para prática da atividade física influencia

em algo na sua vida?

Fonte: Autora, 2014

Quanto à falta dos espaços para prática da atividade física, se tem

influenciado em algo na vida dos moradores, observou-se que 41% influenciou na

vida e na comunidade, 32% influenciou apenas na vida dos moradores, 19%

responderam que ganharam tempo e dinheiro e 9% responderam em nada.

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64

GRÁFICO 08: Um bairro que possui estrutura física para prática da atividade

esportiva traz qualidade de vida para sua população?

Fonte: Autora, 2014

O gráfico acima demonstra que se um bairro que possui estrutura física para

a prática da atividade esportiva, se traz qualidade de vida para sua população,

observou-se que 76% responderam que com certeza e muito, 21% responderam que

um pouco e apenas 3% responderam que não.

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65

GRÁFICO 09: Para Você que não possui infraestrutura no seu bairro o que isso

acarreta para comunidade do bairro?

Fonte: Autora, 2014

O gráfico acima informa que se não possui infraestrutura no bairro o que

pode ser acarretado e 72% responderam que pode acarretar na falta de qualidade

de vida, 23% responderam que acarreta no aumento da marginalização, 4%

responderam outros e apenas 1% responderam que pode acarretar prejuízo

financeiro.

GRÁFICO 10: Porto Velho possui uma política pública voltada para a qualidade

de vida de seus moradores.

Fonte: Autora, 2014

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66

E por fim, se no município de Porto Velho possuí uma política pública

voltada para a qualidade de vida de seus moradores, foi observado que 81%

responderam que não e 19% disseram que sim.

4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

A presente tese teve por objetivo analisar as relações existentes entre os

bairros de Porto Velho que possuem espaços para prática de atividade física e lazer

e os que não possuem esses espaços.

As políticas públicas repercutem na economia e na sociedade, daí a

importância da inter-relaçao, Estado, política, economia e sociedade. Trazendo

dessa forma um interesse comum, com contribuições e avanços, saído de uma

política teórica e empírica para uma política voltada aos anseios da sociedade..

O principal foco analítico da política pública está na identificação do tipo de

problema que se visa corrigir, na chegada desse problema ao sistema político e à

sociedade política, e nas instituições/ regras poderão assim, modelar a decisão e a

implementação da política pública.

E através dos resultados obtidos nessa pesquisa observou-se que a

comunidade pesquisada busca em outros bairros a infra – estrutura que falta no seu

bairro para poder se exercitar.

Os moradores querem melhoria, bem estar, qualidade de vida, por isso,

buscam a intervenção aos órgãos públicos. Para que os governantes possam

projetar áreas de lazer e esporte em cada bairro.

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67

Assim, toda comunidade teriam os mesmos direitos, onde não precisariam

utilizar – se de clubes, academias, ou dos espaços físicos de outros bairros para

praticar seu lazer e sua atividade física.

Muitos moradores não querem pagar academia, clubes ou sair de seu bairro

para praticar atividade física ou de lazer e obter uma qualidade de vida. Com isso

podemos observar o grande prejuízo causado a população que se torna ociosa,

acarretando vários problemas de saúde, social,psicológico.

Na cidade de Porto Velho, frente o fenômeno da migração, faz-se necessário

uma revolução no planejamento urbano, situando o esporte e o lazer como parte

deste processo de ampliação das políticas urbanísticas da cidade. Neste contexto, a

descentralização ou gestão compartilhada pela comunidade dos espaços esportivos

é importante, permitindo aos usuários a ocupação democrática e com

responsabilidade.

Considera-se que os espaços públicos disponíveis não garantem à demanda

da população atual. Portanto, é de vital importância desenvolver, projetos para o

atendimento deste novo contingente populacional da cidade.

Dessa forma busca-se propor um projeto de políticas públicas municipais

voltadas a infraestrutura para a melhoria da qualidade de vida da população.

Diante do exposto, os objetivos do presente trabalho foram alcançados, pois

através dos resultados pode – se observar a necessidade de se criar uma política

pùblica voltada para infra-estrutura em Porto Velho.

.

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68

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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MARCONI, Marina de.; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica - 6 Ed. – São Paulo: Atlas, 2011.

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RODRIGUES, Judite Filgueiras. Políticas públicas e sua análise. Resenha - Curso de Doutorado em Ciências do Movimento Humano da UTIC - Universidade Tecnológica Intercontinental como requisito parcial de avaliação. Ciudad del Leste, PY, Maio de 2007

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Page 70: Tese mara alves 08 01-14 (1) (1)

70

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71

ANEXOS

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ANEXO A

Programa de Postgrado

DOUTORADO EM CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

CLEIDIMARA ALVES

A INTERVENÇÃO DA POLITICA PUBLICA NA MELHORIA DA QUALIDADE DE

VIDA DE PORTO VELHO.

UM FOCO NA INFRAESTRUTURA

Assunção - 2013

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73

CLEIDIMARA ALVES

A INTERVENÇÃO DA POLITICA PUBLICA NA MELHORIA DA QUALIDADE

DE VIDA DE PORTO VELHO.

UM FOCO NA INFRAESTRUTURA

Projeto de Pesquisa apresentado como pré-

requisito para aprovação no Curso de Doutorado

em Ciências do Movimento Humano na

Universidade San Carlos – PY.

Doutoranda: Cleidimara Alves

Orientadora: Drª Judite Filgueiras Rodrigues

Assunção – Paraguai

2014

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74

SUMÁRIO

1 - PERCEPÇÃO DO PROBLEMA...................................................................

2 - FORMULAÇÃO DO PROBLEMA GENÉRICO...........................................

3 - PERGUNTAS DE INVESTIGAÇÃO............................................................

4 – OBJETIVOS...............................................................................................

4.1 -OBJETIVO GERAL..................................................................................

4.2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................

5 – JUSTIFICATIVA.........................................................................................

6 - REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................

6.1 QUALIDADE DE VIDA.............................................................................. 6.2 - POLÍTICA PÚBLICA................................................................................. 7 - DESENHO METODOLOGICO..................................................................... 8 - ENFOQUE E NIVEIS DE INVESTIGACAO................................................. 9 - ÁREA DE ESTUDO..................................................................................... 10 - UNIVERSO DA PESQUISA....................................................................... 11 – POPULAÇÃO........................................................................................... 12 – AMOSTRA................................................................................................ 13 - TIPO DE AMOSTRA................................................................................. 14 - UNIDADE DE AMOSTRAGEM.................................................................. 15 - CRITERIOS DE INCLUSAO DA AMOSTRA............................................ 16 – PROCEDIMENTOS.................................................................................. 17 - PLANO DE ANALISE................................................................................ 18 – CONSIDERACOES ETICAS.................................................................... 19 – CRONOGRAMA........................................................................................ 20 - RESULTADOS ESPERADOS...................................................................

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21 - CRONOGRAMA ORÇAMENTÁRIO........................................................

REFERÊNCIAS.................................................................................................

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A INTERVENÇÃO DA POLITICA PUBLICA NA MELHORIA DA QUALIDADE

DE VIDA DE PORTO VELHO.

UM FOCO NA INFRAESTRUTURA

1 - PERCEPÇÃO DO PROBLEMA

Investigar a relação entre os bairros que possuem espaços físicos para

prática da atividade física com os bairros que não possuem esses espaços e que

influência traz na vida desses moradores.

2 - FORMULAÇÃO DO PROBLEMA GENÉRICO

Qual a relação que existe na vida do morador que possui espaços físicos para

á prática de atividade física e lazer no seu bairro com a do morador que não possui?

3 - PERGUNTAS DE INVESTIGAÇÃO

1 - Quais os espaços públicos existentes para prática de atividade física nos bairros

de Porto Velho – Ro ?

2 - Qual o perfil dos usuários dos bairros que possuem espaços para prática da

atividade física em Porto Velho – Ro ?

3 - Qual o perfil dos usuários dos bairros que não possuem espaços para prática de

atividade física em Porto Velho – Ro?

4 - Quais as mudanças na vida dos moradores dos bairros que possuem esses

espaços físicos?

5 - Quais as mudanças na vida dos moradores dos bairros que não existem esses

espaços físicos?

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77

4 - OBJETIVOS

4.1 -OBJETIVO GERAL

Analisar quais as relações existentes entre os bairros de Porto Velho que

possuem espaços para prática de atividade física e lazer e os que não possuem

esses espaços e que influência traz aos seus moradores.

4.2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Localizar os espaços públicos existentes para prática de atividade física em

Porto Velho - Ro ;

Investigar o perfil dos usuários dos bairros que possuem espaços para prática

da atividade física em Porto Velho – Ro;

Investigar o perfil dos usuários dos bairros que não possuem espaços para

pratica de atividade física em Porto Velho - Ro;

Investigar se há e quais mudanças na vida dos moradores dos bairros que

existem esses espaços físicos;

Investigar se há e quais mudanças na vida dos moradores dos bairros que

não existem esses espaços físicos

5 - JUSTIFICATIVA

Rondônia passa atualmente por um momento especial na sua história, mas

especificamente Porto Velho que é a capital do estado e que convive com a

construção das duas usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.

Não podemos negar que com a construção das hidrelétricas surgem mais

oportunidades de trabalho e com isso chegam milhares de pessoas a Porto Velho,

capital de Rondônia. Situada ao norte do Brasil, é uma cidade de médio porte; é a

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78

cidade que mais tem sido afetada por este fenômeno migratório. Com uma extensão

territorial de 34.068,50 km², a cidade tem vivido um aumento populacional

gigantesco. Em 2007 tinha uma população de 369.345 (IBGE, 2007), em 2009

aumentou para 382.829 (IBGE, 2009b), atualmente sua população é de 442 701

habitantes.

O estudo em questão busca investigar os espaços públicos existente nos

bairros de Porto Velho destinados à prática de Esporte e de Lazer e ao mesmo

tempo estabelecer uma relação entre os bairros que possuem esses espaços e os

bairros que não possuem. No objetivo geral buscaremos a relação entre esses

bairros e a influência que traz aos moradores. Já nos objetivos específicos

buscaremos investigar os espaços disponíveis, o perfil desses usuários e as

mudanças na vida dos mesmos.

O estudo visa buscar informações e criar ferramentas para que possa ser

sugerida aos gestores municipal como forma de conscientizar o poder público a

ofertar espaços para prática da atividade física nos bairros que ainda não possuem

esses espaços.

Dessa forma busca – se propor um projeto de políticas pública municipal

voltada a infra – estrutura para a melhoria da qualidade de vida da população.

Podemos perceber que faz – se necessário a criação de projetos de políticas

públicas com olhar voltado a grande explosão demográfica que vive Porto Velho.

Portanto, um estudo criterioso em relação à existência da demanda deve ser feito

para que não haja atropelamento na implantação desses espaços.

A participação da comunidade junto ao poder público é fundamental para

proteger, fiscalizar, manter, ampliar e reformar os espaços esportivos e de lazer

garantindo a ocupação humanizada; e que os mesmos não sejam destinados a

outros fins que não o da prática de esporte e de lazer.

O profissional de Educação Física é fundamental nesse projeto, uma vez que

o mesmo poderá fazer as orientações à comunidade e a gestão adequada desses

espaços.

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6 - REFERENCIAL TEÓRICO

Discute a presente tese de doutorado uma política pública para Porto Velho

na busca da qualidade de vida. Questiona-se o planejamento e investimento nas

infraestruturas dos bairros para prática da atividade física e lazer.

6.1 Qualidade de Vida

Ao analisarmos o termo qualidade de vida podemos perceber que há duas

formas de abordagem. Uma relacionada ao seu emprego dentro de uma linguagem

cotidiana, linguagem popular e empregada pelos profissionais da área e a outra

relacionada ao campo cientifico.

Em 1964 nos Estados Unidos quem primeiro empregou o termo qualidade de

vida foi Lyndon Johnson, ex-presidente dos Estados Unidos.

Mais, o termo qualidade de vida foi ganhando alcance mundial muito

rapidamente e assim foi se construindo muitos conceitos devido o seu caráter

interdisciplinar.

As divergências sobre esse conceito continua entre os pesquisadores do

mundo todo,apesar de vários debates em torno do tema “qualidade de vida”.

Para (ROCHA et al., 2000), conceituar qualidade de vida tem se mostrado um

desafio contínuo. Em decorrência disso, muitos termos são utilizados na literatura

como sinônimos de qualidade de vida, tais como: boa condição de vida, bem-estar, e

satisfação na vida (MANSO; SIMÕES, 2007).

6.2 - Política Pública

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80

Planejamento e gestão devem ser intersetoriais e intersistêmicos para ,

representar a união entre os setores. A integração é a articulação de saberes e de

experiências na identificação participativa de problemas coletivos, nas decisões

integradas sobre políticas e investimentos, com o objetivo de obter retorno social,

com efeitos sinérgicos, no desenvolvimento econômico-social e na superação da

exclusão social (Junqueira, 1998; Inojosa, 1998).

O que poderíamos ter como ideal numa gestão pública seria a mudança de

atitude dos gestores públicos, onde os mesmos pudessem mudar suas atitudes,

predispor políticos, acadêmicos e técnicos para a interação e integração de saberes

entre si e destes com a população.

Assim poderíamos vislumbrar uma política voltada para melhoria da qualidade

de vida de uma cidade.

Para (Gobert, Muller, 1987); Políticas públicas são aqui entendidas como o

“Estado em ação”. É o Estado implantando um projeto de governo, através de

programas, de ações voltadas para setores específicos da sociedade.

Com o passar do tempo inúmeras transformações ocorreram diversificando

assim as funções do estado que deveria desenvolver diversas ações em áreas

diferentes para promover resultados significativos á população.

No século XVIII e XIX o principal objetivo do estado era a segurança pública e

a defesa externa em caso de ataque dos inimigos

7 - DESENHO METODOLOGICO

Investigação através de questionário qualitativo.

8 - ENFOQUE E NIVEIS DE INVESTIGACAO:

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Nessa pesquisa será aplicado um questionário com questões abertas para

que através das respostas dos moradores da cidade de Porto Velho possamos

investigar se possui infraestrutura para a prática da atividade física e quais

benefícios esses moradores adquirem quando praticam essas atividades, quais

modalidades eles praticam, quais as mudanças esses moradores perceberam na

sua qualidade de vida.

Serão pesquisados bairros de Porto Velho que possuem essas estruturas e

os bairros que não possuem, para que a partir das respostas dadas possamos fazer

um comparativo entre os bairros.

Esperamos que através dessa investigação surja uma proposta de política

pública para a gestão municipal de Porto Velho, traçando um diagnóstico da real

necessidade de infraestrutura e a importância desses espaços para a melhoria da

qualidade de vida dos moradores.

9 - ÁREA DE ESTUDO

Serão pesquisados moradores de diversos bairros do município de Porto

Velho, que estão distribuídos por zonas.

10 - UNIVERSO DA PESQUISA

Porto Velho possui 44 bairros divididos em 04 zonas.

11 - POPULAÇÃO

Para o estudo serão pesquisados 50% dos bairros de Porto Velho, totalizando

22 bairros escolhidos atingindo 10% da população de cidade.

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12 - AMOSTRA:

Os bairros serão escolhidos dentro de cada zona de forma aleatória.

13 - TIPO DE AMOSTRA:

A amostra será por moradores de cada bairro divididos por zona e serão

aplicados 400 questionários.

14 - UNIDADE DE AMOSTRAGEM:

Serão pesquisados 06 bairros por zona e aplicados 20 questionários em cada

bairro de Porto Velho, totalizando assim 440 questionários aplicados, mas para

tabulação serão usados 400 questionários.

15 - CRITERIOS DE INCLUSAO DA AMOSTRA:

Os questionários que farão parte da pesquisa serão os que forem devolvidos

com todas as questões preenchidas e que tenham sido preenchidos por pessoas

acima de 18 anos moradoras de Porto Velho.

16 - PROCEDIMENTOS

A aplicação dos questionários nos bairros será realizada pela pesquisadora e

por seus colaboradores orientados. Posteriormente os questionários serão

analisados e tabulados.

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83

17 - PLANO DE ANALISE

A análise será realizado de acordo com as questões de investigação e

planilhadas em Excel, utilizando – se gráficos.

18 – CONSIDERACOES ETICAS:

Antes da aplicação do questionário da pesquisa, será aplicado um

questionário piloto para verificar a validação do mesmo. Nenhum morador

participante da pesquisa terá seu nome revelado. No formulário da pesquisa terá um

cabeçalho explicativo do objetivo da pesquisa e os dados da pesquisadora.

19 - CRONOGRAMA

AÇAO INÍCIO FIM

LEVANTAMENTO DA

LITERATURA

JUNHO/13 AGOSTO/13

PROJETO JULHO/13 AGOSTO/13

ELABORAÇÃO DO

QUESTIONARIO

AGOSTO/13 AGOSTO/13

APLICAÇÃO DO

QUESTIONARIO PILOTO

SETEMBRO/13 SETEMBRO/13

APLICAÇÃO DO

QUESTIONARIO

OUTUBRO/13 OUTUBRO/13

TABULAÇÃO DOS

DADOS

NOVEMBRO/13 DEZEMBRO/13

REVISÃO DA TESE JULHO/13 JANEIRO/14

DEFESA JULHO/14 JULHO/14

AJUSTES JULHO/14 AGOSTO/14

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20 - RESULTADOS ESPERADOS

Após a investigação busca-se listar os bairros de Porto Velho que possuem

infraestrutura para prática de atividade física e os que não possuem, verificando se

existem influências na melhoria da qualidade de vida dos moradores que possuem

essas estruturas físicas em seu bairro.

21 - CRONOGRAMA ORÇAMENTÁRIO

MATERIAL QUANTIDADE VL. UNITÁRIO VL. TOTAL

Papel A4 03 resmas R$ 28,00 R$ 84,00

cartucho 01 und R$ 32,00 R$ 32,00

combustível 30LT R$ 90,00 R$ 90,00

Caneta azul/preta 05 und R$ 1,50 R$ 7,50

TOTAL R$ 213,50

REFERÊNCIAS

AMARAL, Jeferson Ney – CALDAS, Ricardo Wahrendorff – LOPES, Brenner – Manual de Políticas Públicas: conceitos e práticas – Belo Horizonte: Sebrae/MG, 2008. 48 p.

MOTA, Vanderlan Santos. Espaços Públicos de Lazer em Manaus: O papel das

políticas públicas. Manaus, AM: Valer, 2008.

SIMÃO, Berenice Perpetua. S588a Atuação das IES e desenvolvimento regional: pesquisa com extensão ou extensão com pesquisa?Porto Velho, Rondônia, 2010.

WERNECK, Christianne Luce Gomes;; ISAYAMA, Hélder Ferreira. Lazer, recreação

e educação física. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2003.

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85

WIKIPÉDIA. Porto Velho. Disponível em www.wikipédia, pesquisa realizada em

21/09/13 às 22:43.

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86

APÊNDICES 01

Programa de Postgrado

DOUTORADO EM CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

CLEIDIMARA ALVES

PROVA PILOTO

TEMA DA PESQUISA

A INTERVENÇÃO DA POLITICA PUBLICA NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DE PORTO VELHO.

UM FOCO NA INFRA – ESTRUTURA

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87

Asunción - 2013

A INTERVENÇÃO DA POLITICA PUBLICA NA MELHORIA DA QUALIDADE

DE VIDA DE PORTO VELHO.

UM FOCO NA INFRA – ESTRUTURA

Projeto para aplicação do questionário de

investigação da Pesquisa que será apresentada

como pré-requisito para aprovação no Curso de

Doutorado em Ciências do Movimento Humano

na Universidade San Carlos – PY.

Doutoranda: Cleidimara Alves

Orientadora: Drª Judite Filgueiras Rodrigues

Asunción – 2013

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88

1 – APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

O questionário será aplicado por colaboradores que foram treinados pela

pesquisadora para realizar a pesquisa.

2 – METODO DE APLICAÇÃO

Será aplicado o questionário para moradores do município de Porto Velho maiores

de 18 anos.

3 – MATERIAL UTILIZADO

Questionário elaborado e caneta.

5 - JUSTIFICATIVA

Fez – se necessário a aplicação de uma prova piloto para que se validasse o

questionário e também fizesse a capacitação dos colaboradores da pesquisa.

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APÊNDICE 02

DOUTORANDA EM CIÊNCIA DO MOVIMENTO HUMANO

UNIVERSIDADE SAN CARLOS – PY

CLEIDIMARA ALVES

ORIENTADORA: Dra. JUDITE FILGUEIRAS RODRIGUES

Prezado (a) Morador (a)

Este questionário tem como objetivo investigar se existe infra – estrutura para

prática da atividade física nos bairros de Porto Velho e quais benefícios trazem a

comunidade.

Pretende – se com essa pesquisa propor aos gestores municipal uma política

publica voltada para qualidade de vida dos moradores da cidade de Porto Velho

através da implantação e ou implementação de espaços para essa prática.

Tal investigação servirá para elaboração do trabalho final de conclusão do

curso de Doutorado em Ciência da Educação(Tese). Sua colaboração será de suma

importância.

Bairro realizado a pesquisa:...........................................

Zona:.......................................

Bairro em que reside:.........................................................................................

Profissão............................................................Escolaridade.....................................

Sexo:...................Idade...................

Nasceu na cidade de:.................................................................Estado:....................

RESPONDA AS PERGUNTAS ABAIXO CONFORME SUA OPINIÃO:

01 – No seu bairro existe espaço para prática de atividade física?

02 – Se existe á quanto tempo?

03 – Você realiza atividade física no seu bairro?

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90

04 – Se não existe esse espaço no seu bairro como Você pratica atividade

física?

05 – Se no seu bairro tivesse esses espaços para prática da atividade física

seria bom pra Você? Por quê?

06 – Que mudança teve na sua vida depois da inauguração desse espaço

físico no seu bairro?

07 - A falta desses espaços para prática da atividade física influencia em algo na

sua vida?

08 - Um bairro que possui estrutura física para prática da atividade esportiva

traz qualidade de vida para sua população?

09 - Para Você que não possui infra – estrutura no seu bairro o que isso

acarreta para comunidade do bairro?

10 - Na sua opinião, Porto Velho possui uma política pública voltada para a

qualidade de vida de seus moradores?

OBRIGADA PELA COLABORAÇÃO !!!!!!