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Estudos Dirigidos O Médium Vamos falar aqui alguns assuntos sobre o Médium e Ser Médium.

13.01 O Médium I 20 jan 2015

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Estudos DirigidosO Médium

Vamos falar aqui alguns assuntos

sobre o Médium eSer Médium.

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Capítulo XIVDos Médiuns

159. Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dosEspíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente (quefaz parte) ao homem; não constitui, portanto, um privilégioexclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela nãopossuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, maisou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificamaqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bemcaracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade,o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. Éde notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesmamaneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidãoespecial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resultaque formam tantas variedades, quantas são as espécies demanifestações. As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; ados médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dosvidentes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dospneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.

FIM

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Capítulo XVIIDa Formaçãodos Médiuns

203. (...) Para que um Espírito possacomunicar-se, preciso é que haja entre elee o médium relações fluídicas, que nemsempre se estabelecem instantaneamente.Só à medida que a faculdade sedesenvolve, é que o médium adquirepouco a pouco a aptidão necessária parapôr-se em comunicação com o Espíritoque se apresente. (...)

FIM

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Capítulo XXDa Influência Moral

do Médium

227. Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de uminstrumento, exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspec-to moral. Pois que, para se comunicar, o Espírito desencarnado seidentifica com o Espírito do médium, esta identificação não se podeverificar, senão havendo, entre um e outro, simpatia e, se assim élícito dizer-se, afinidade. A alma exerce sobre o Espírito livre umaespécie de atração, ou de repulsão, conforme o grau da semelhan-ça existente entre eles. Ora, os bons têm afinidade com os bons eos maus com os maus, donde se segue que as qualidades morais domédium exercem influência capital sobre a natureza dos Espíritosque por ele se comunicam. Se o médium é vicioso, em torno delese vêm grupar os Espíritos inferiores, sempre prontos a tomar olugar aos bons Espíritos evocados. As qualidades que, de prefe-rência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, asimplicidade do coração, o amor do próximo, o desprendimentodas coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, oegoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade etodas as paixões que escravizam o homem à matéria.

FIM

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Capítulo XXDa Influência Moral

do Médium

230. A seguinte instrução deu-no-la, sobre o assunto, um Espírito dequem temos inserido muitas comunicações:

“Já o dissemos: os médiuns, apenas como tais, só secundária influ-ência exercem nas comunicações dos Espíritos; o papel deles é o deuma máquina elétrica, que transmite os despachos telegráficos, de umponto da Terra a outro ponto distante. Assim, quando queremos ditaruma comunicação, agimos sobre o médium, como o empregado dotelégrafo sobre o aparelho, isto é, do mesmo modo que o tique-taquedo telégrafo traça, a milhares de léguas, sobre uma tira de papel, ossinais reprodutores do despacho, também nós comunicamos, por meiodo aparelho mediúnico, através das distâncias incomensuráveis queseparam o mundo visível do mundo invisível, o mundo imaterial domundo carnal, o que vos queremos ensinar.

Mas, assim como as influências atmosféricas atuam, perturbando, muitas vezes, astransmissões do telégrafo elétrico, igualmente a influência moral do médium atua eperturba, às vezes, a transmissão dos nossos despachos de além-túmulo, porque somosobrigados a fazê-los passar por um meio que lhes é contrário. Entretanto, essa influência,amiúde, se anula, pela nossa energia e vontade, e nenhum ato perturbador se manifesta.Com efeito, os ditados de alto alcance filosófico, as comunicações de perfeita moralidadesão transmitidas algumas vezes por médiuns impróprios a esses ensinos superiores;enquanto que, por outro lado, comunicações pouco edificantes chegam também, às vezes,por médiuns que se envergonham de lhes haverem servido de condutores. CONTINUA

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Capítulo XXDa Influência Moral

do Médium

“Em tese geral, pode afirmar-se que os Espíritos atraem Espíritos quelhes são similares e que raramente os Espíritos das plêiadas elevadas secomunicam por aparelhos maus condutores, quando têm à mão bonsaparelhos mediúnicos, bons médiuns, numa palavra.

“Os médiuns levianos e pouco sérios atraem, pois, Espíritos da mesmanatureza; por isso é que suas comunicações se mostram cheias de bana-lidades, frivolidades, ideias truncadas e, não raro, muito heterodoxas,espiriticamente falando. Certamente, podem eles dizer, e às vezesdizem, coisas aproveitáveis; mas, nesse caso, principalmente, é que umexame severo e escrupuloso se faz necessário, porquanto, de envoltacom essas coisas aproveitáveis, Espíritos hipócritas insinuam, comhabilidade e preconcebida perfídia, fatos de pura invencionice,asserções mentirosas, a fim de iludir a boa-fé dos que lhes dispensamatenção.

“Devem riscar-se, então, sem piedade, toda palavra, toda frase equívoca e só conservar doditado o que a lógica possa aceitar, ou o que a Doutrina já ensinou. As comunicações destanatureza só são de temer para os espíritas que trabalham isolados, para os grupos novos,ou pouco esclarecidos, visto que, nas reuniões onde os adeptos estão adiantados e jáadquiriram experiência, a gralha perde o seu tempo a se adornar com as penas do pavão:acaba sempre desmascarada.

CONTINUA

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Capítulo XXDa Influência Moral

do Médium

“Não falarei dos médiuns que se comprazem em solicitar e recebercomunicações obscenas. Deixemos se deleitem na companhia dos Espí-ritos cínicos. Aliás, os autores das comunicações desta ordem buscam,por si mesmos, a solidão e o isolamento; porquanto só desprezo e nojopoderão causar entre os membros dos grupos filosóficos e sérios. Onde,porém, a influência moral do médium se faz realmente sentir, é quandoele substitui, pelas que lhe são pessoais, as ideias que os Espíritos seesforçam por lhe sugerir e também quando tira da sua imaginação teo-rias fantásticas que, de boa-fé, julga resultarem de uma comunicaçãointuitiva. É de apostar-se então mil contra um que isso não passa de re-flexo do próprio Espírito do médium. Dá-se mesmo o fato curioso demover-se a mão do médium, quase mecanicamente às vezes, impelidapor um Espírito secundário e zombeteiro. É essa a pedra de toquecontra a qual vêm quebrar-se as imaginações ardentes, por isso que,arrebatados pelo ímpeto de suas próprias ideias, pelas lentejoulas deseus conhecimentos literários, os médiuns desconhecem o ditadomodesto de um Espírito criterioso e, abandonando a presa pelasombra, o substituem por uma paráfrase empolada.

“Contra este escolho terrível vêm igualmente chocar-se as personalidades ambiciosas que,em falta das comunicações que os bons Espíritos lhes recusam, apresentam suas própriasobras como sendo desses Espíritos. Daí a necessidade de serem, os diretores dos gruposespíritas, dotados de fino tato, de rara sagacidade, para discernir as comunica-ções autênticas das que não o são e para não ferir os que se iludem a si mesmos. CONTINUA

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Capítulo XXDa Influência Moral

do Médium

“Na dúvida, abstém-te, diz um dos vossos velhos provérbios. Não admi-tais, portanto, senão o que seja, aos vossos olhos, de manifesta evidên-cia. Desde que uma opinião nova venha a ser expendida, por poucoque vos pareça duvidosa, fazei-a passar pelo crisol da razão e da lógicae rejeitai desassombradamente o que a razão e o bom-senso reprova-rem. Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade,uma só teoria errônea. Efetivamente, sobre essa teoria poderíeis edifi-car um sistema completo, que desmoronaria ao primeiro sopro da ver-dade, como um monumento edificado sobre areia movediça, ao passoque, se rejeitardes hoje algumas verdades, porque não vos são de-monstradas clara e logicamente, mais tarde um fato brutal, ou umademonstração irrefutável virá afirmar-vos a sua autenticidade.

“Lembrai-vos, no entanto, ó espíritas! de que, para Deus e para os bons Espíritos, só há um impossível: a injustiça e a iniquidade.

“O Espiritismo já está bastante espalhado entre os homens e já moralizou suficientementeos adeptos sinceros da sua santa doutrina, para que os Espíritos já não se vejam constran-gidos a usar de maus instrumentos, de médiuns imperfeitos. Se, pois, agora, um médium,qualquer que ele seja, se tornar objeto de legítima suspeição, pelo seu proceder, pelosseus costumes, pelo seu orgulho, pela sua falta de amor e de caridade, repeli, repeli suascomunicações, porquanto aí estará uma serpente oculta entre as ervas. É esta a conclusãoa que chego sobre a influência moral dos médiuns.”

ERASTO.FIM

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Capítulo XXIIDa Mediunidade

nos Animais

236. (...) Que é um médium? É o ser, é o indivíduo que serve de traçode união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmentecom os homens: Espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium,não há comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, de qualquernatureza que seja.

“Há um princípio que, estou certo, todos os espíritas admitem, é que ossemelhantes atuam com seus semelhantes e como seus semelhantes.Ora, quais são os semelhantes dos Espíritos, senão os Espíritos, encar-nados ou não? Será preciso que vo-lo repitamos incessantemente? Poisbem! repeti-lo-ei ainda: o vosso perispírito e o nosso procedem domesmo meio, são de natureza idêntica, são, numa palavra, semelhan-tes. Possuem uma propriedade de assimilação mais ou menos desen-volvida, de magnetização mais ou menos vigorosa, que nos permite anós, Espíritos desencarnados e encarnados, pormo-nos muito pronta efacilmente em comunicação.

“Enfim, o que é peculiar aos médiuns, o que é da essência mesma da individualidadedeles, é uma afinidade especial e, ao mesmo tempo, uma força de expansão particular,que lhes suprimem toda refratariedade e estabelecem, entre eles e nós, uma espécie decorrente, uma espécie de fusão, que nos facilita as comunicações. É, em suma, essarefratariedade da matéria que se opõe ao desenvolvimento da mediunidade, na maiorparte dos que não são médiuns.

FIMERASTO.

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Médiuns

É possível ao médium distinguir as alterações psíquicas e orgânicas que lhe são próprias das que estão procedendo dos

espíritos desencarnados?

Divaldo - Um dos comportamentos iniciais do médium deve ser o de estudar-se. Daí ser necessário estudar a mediunidade.

Eu, por exemplo, quando comecei o exercício da mediunidade, ia a umafesta e assimilava de tal forma o psiquismo do ambiente, que me tornavaa pessoa mais contente dali. Se ia a um casamento eu ficava mais feliz queo noivo. Se ia a um enterro ficava mais choroso que a viúva, porque mecontaminava psiquicamente, e ficava muito difícil saber como era a minhapersonalidade. Pois, de acordo com o local, havia como que um mimetismo, isto é, eu assimilava o efeito do ambiente.

Lentamente, estudando a minha personalidade, as minhas dificuldades e comportamen-tos, logrei traçar o meu perfil pessoal, e estabelecer uma conduta medial para que aqueles que vivem comigo saibam como eu sou, e daí possam avaliar os meus estados mediúnicos.

De início, o médium terá algumas dificuldades, porque o fenômeno produz uma interpo-sição de personalidades estranhas a sua própria personalidade. Somando-se velhas difi-culdades à sensibilidade mediúnica, o sensitivo passa a ter muito aguçadas as reminis-cências das vidas pretéritas, não o caráter da consciência, mas o somatório das experiên-cias.

CONTINUA

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Médiuns

Recordo-me que, em determinada época da minha vida, terminada uma palestra ou reunião mediúnica, eu tinha uma necessidade impe-riosa de caminhar. Caminhar até a exaustão física. Naquele período claro-escuro da mediunidade, sem saber exatamente como encontrar a paz, os espíritos me receitaram trabalho físico, para que, cansado, fosse obrigado ao repouso físico, porque tinha dificuldades de dormir. A vida física era-me muito ativa e, mesmo quando o corpo caía no colapso, a mente continuava excitada, e eu me levantava no dia seguinte pior do que havia deitado. Então, às vezes, eu preferia não deitar.

Com o tempo fui formando meu perfil de comportamento, de personalidade, aprendendo a assumir a responsabilidade dos insucessos e a transferir para os Mentores os resultados das ações positivas que são sempre de Deus, enquanto os erros são sempre nossos.

Estaremos sempre em sintonia com espíritos de comportamento idêntico ao nosso. Daí, o médium vai medindo as suas reações, suas mágoas, ciúmes, invejas, e irá identificando asreações positivas, a beleza, o desejo de servir. Por fim, aprende a selecionar quando é ele e quando são os espíritos que estão agindo por seu intermédio.

FIM

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Médiuns

Quais são os requisitos necessários aos médiuns que militam na tarefa mediúnica?

Raul - Percebendo que a mediunidade é uma faculdade mental, ela independe de o indivíduo ser nobre ou devasso. Sendo a mediunidade essa luz do espírito que se projeta através da carne, admitiremos tam-bém poder encontrá-la representando a treva do espírito que escorre através do soma. E exatamente por isso, percebemos que o médium deverá ajustar-se, quando deseje servir com o Cristo.

Logo, os requisitos para o exercício da mediunidade no enfoque espírita serão o exercício da humildade, da humildade que não se converte em subserviência, mas que é a atitude de reconhecimento da grandeza da vida em face da nossa pequenez pessoal; o espírito de estudo, de apercebimento continuado das leis que nos regem, que nos governam.

Atrelado às forças do bem, ajustar-se ao esforço de vivenciar as lições evangélicas, reno-vando, gradativamente, os panoramas da própria existência, domando as inclinações in-felizes, inferiores, elevando o padrão mental para que sua mentalização se dirija para o sentido nobre, fazendo-o cada vez mais vibrátil nas mãos das Entidades Felizes.

CONTINUA

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Médiuns

O médium espírita deverá estar sempre voltado para aumentar o seu patrimônio de conhecimento das coisas, dando-nos conta de que o Espírito da Verdade nos disse ser necessário o amor que assiste, que guarda, que renuncia, que serve, e, ao mesmo tempo, a instrução que de maneira alguma representará apenas o diploma acadêmico, mas que é esse engrandecimento do caráter, da inteligência, esse amadure-cimento que, muitas vezes, o diploma não confere. Exatamente aí o médium deverá ater-se ao estudo, ao trabalho, à abnegação ao seme-lhante, e nesse esforço estará logrando também subir a ladeira para conquistar a humildade.

Numa colocação feita pelo espírito Albino Teixeira, através de Chico Xavier, no livro Paz e Renovação (1), diz ele que o melhor médium para o mundo espiritual não é o que seja portador de múltiplas faculdades, mas é aquele que esteja sempre disposto a aprender e sempre pronto a servir.

(1) XAVIER, F. C. Paz e renovação, diversos espíritos, capítulo 34, 4ª edição, CEC, Uberaba-MG, 1979.

FIM

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Os médiuns, essencialmente caracterizados pela sua dissociação aní-mica e fácil exteriorização do seu duplo, são suscetíveis de serem magnetizados, quer por desencarnados (transe), quer por encarnados (hipnose), operando-se, assim, o desdobramento integral; mas tam-bém a magnetização pode efetivar-se apenas em localizado campo especial, como sucede na psicografia mecânica, limitada ao antebra-ço e mão, fenômeno raro, tendo tido Portugal um dos melhores mé-diuns escreventes mecânicos mundiais — Fernando de Lacerda (*) —, quer por este processo produziu essa admirável obra de psicografia supranormal — “Do País da Luz” (4vols.) — apreciada e enaltecida no estrangeiro.

No entanto, a maioria dos médiuns psicógrafos são geralmente intuitivos e algumas vezes semi-mecânicos, donde derivam certas lacunas e deficiências nas manifestações subjeti-vas do Além, sobretudo quando a sua preparação moral, intelectual e de cultura sejam de-ficientes.

É por esse motivo que todos os autores espíritas recomendam com toda a solicitude e in-sistência aos médiuns a necessidade imprescindível duma dupla higiene: moral, pela ri-gorosa prática dos preceitos cristão; intelectual, pelo desenvolvimento duma cultura geral, e em especial, pelo estudo e conhecimento dos princípios básicos do Espiritismo, especial-mente na sua relação de conjunto.

CONTINUA

Psicografia mecânica, semi-mecânica e intuitiva = falaremos sobre este assunto mais adiante.

Capítulo VIExperiências de HectorDurville e de L. Lefranc

(*) No Brasil temos Francisco Cândido Xavier como exemplo de médium escrevente mecânico.

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Se, para o grupo dos fenômenos físicos supranormais, estes conhe-cimentos têm uma ação secundária, em compensação, para as mani-festações supranormais de ordem subjetiva, tem uma importância capital e decisiva, no valor e transcendência das comunicações me-diúnicas.

Poucos são os médiuns que tenham o pleno conhecimento das graves responsabilidades da elevada função social que lhes foi confiada, e documprimento dos deveres inerentes a tão nobre e delicada missão, como instrumentos da grande renovação filosófica e religiosa que há de conduzir a Humanidade, liberta de superstições e de dogmas, ao majestoso e fecundo templo da Religião-ciência, tendo por cúpulaa Fraternidade Universal, unindo todos os povos, de pólo a pólo, de mundo a mundo, numa mesma vibração sintônica de Luz, Paz e Amor, num amplexo de regate e de redenção, tendo por catedral a majes-tosa e magnificente Natureza, expressa nos esplendores da Divina Criação.

FIM

Capítulo VIExperiências de HectorDurville e de L. Lefranc

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Quarta ParteCapítulo 19

A melhor maneira que conheço de intensificar a Alta Percepção Au-ditiva consiste em ficar sentado à espera de orientação. Pegue lápis e papel, sente-se numa posição de meditação confortável, concentre-se e eleve a consciência. Formule uma pergunta em sua mente o mais claramente possível. Em seguida, focalize o desejo de conhecer a verdade acerca da pergunta, seja qual for a resposta. Feito isso,escreva a pergunta no papel. Deixe a caneta e o papel ao alcance da mão focalize e silencie a mente. Espere que lhe chegue uma respos-ta. Depois de algum tempo em silêncio, começará a recebê-la, em forma de imagens, sentimentos, conceitos gerais, palavras ou até de cheiros. Escreva a resposta, seja ela qual for. Você talvez ache que o que está escrevendo não tem importância, mas continue escreven-do.

A forma pela qual sobrevém a informação pode variar. Não se preocupe com isso e escre-va. A escrita acabará orientando a informação de modo que ela se transforme em sons.Concentre-se em ouvir diretamente as palavras que lhe chegam. Pratique, pratique, pra-tique. Escreva tudo o que ouvir, não deixe nada de fora. Depois que acabar de escrever, ponha o papel de lado, pelo menos por quatro horas. Volvido esse tempo, leia o que escre-veu. Você o achará interessante. Tenha sempre um caderno de apontamentos para esse fim.

FIM

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Capítulo 16.

Consciente do significado do instante para cada consulente (pessoaque pede consulta), dispensava atenção a todos com gentileza epaciência, procurando sempre iluminar-lhes a mente com osensinamentos do Espiritismo, de forma que adquirisse responsa-bilidade diante dos acontecimentos, evitando tornar-se-Ihe o guruou o psicoterapeuta de toda hora, como, não raro, ocorre.

Sendo bem atendidos, alguns clientes da fraternidade abdicam dodever de pensar e de agir, procurando contínua orientação e inces-sante ajuda, sem contribuir com o próprio esforço para as decisões eações que lhes dizem respeito.

FIM

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Capítulo 17.

O ministério da mediunidade ainda constitui um grande desafio parao Espírito em processo de reajustamento e de auto-iluminação.

O médium, não somente é convidado à luta contra as más inclina-ções que procedem do caminho percorrido em outras etapas, comotambém àquela que deve travar com os adversários desencarnados,que ainda se comprazem em molestar os obreiros da ordem,procurando manter o estágio de sombras e de ignorância que pre-domina em muitos segmentos da sociedade terrena.

Sentindo-se, invariavelmente a sós e carregando o fardo de muitasaflições internas, que não se encoraja a apresentar a ninguém, desdeque a sua é a tarefa de aliviar o seu próximo, é instado a silêncios ho-méricos e a testemunhos constantes, que o capacitam para empre-endimentos mais relevantes. No entanto, como toda ascensão ésempre assinalada por grande esforço e expressivos padecimentospessoais, deve ele equipar-se de coragem e de resistência moral, afim de enfrentar os empecilhos e gratuitas perseguições conformeaconteceu com Jesus, que lhe deve permanecer na condição de Mo-delo irretocável.

FIM

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– Por minha parte – interferiu uma simpática senhora, também donosso Plano – acreditei que a mediunidade de que me encontravainvestida, deveria ser praticada somente nos dias reservados àsreuniões que frequentava. Não me conscientizei de que se é médiumdurante as 24 horas do dia... Assim, tenho hoje a tarefa de estimularos companheiros portadores de faculdades mediúnicas a que nãodesfaleçam nas lutas e não se permitam justificativas para postergaros benefícios que podem ser distribuídos mediante a aplicação dasforças espirituais de que são portadores.

Capítulo 18."Olvidam-se (esquecem) muitos amigos do exercício mediúnico deque, à medida que se entregam ao afã educativo das faculdades,mais ampla penetração conseguem nas dimensões extrafísicas. Diavirá, no entanto, em que a mediunidade estará tão natural em todasas vidas que os indivíduos se tornarão maleáveis, dóceis à inspiraçãodos seus Guias espirituais, alargando as fronteiras da vida física... "

FIM

Uma opinião sobre a mediunidade...

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Capítulo 15

Dentro de um caminhão...

A turbamulta (multidão) de espíritos se adentrara pela cabina docarro, na qual se acomodavam os familiares distraídos, sem nadaperceberem, em razão de terem os centros da sensibilidademediúnica anestesiados, por falta do exercício mental da meditação,do recolhimento, das idéias superiores.

FIM

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Capítulo 32

É muito difícil o relacionamento entre mundos constituídos porvibrações de diverso teor, quais o da matéria carnal e o do Espíritodesencarnado.

Transitar entre esses dois estados de percepção consciente torna-seum severo desafio para as criaturas, particularmente aquelas quesão portadoras de faculdades mediúnicas.

Momentos ocorrem em que as situações antípodas (opostas) seconfundem, produzindo indecifráveis estados d'alma, em que aconsciência atual padece as injunções das experiências anteriores,de outra reencarnação, e das transmissões vigorosas das mentes emdesalinho, liberadas da matéria.

Poderíamos dizer que a consciência padece a constrição das lembranças arquivadas noinconsciente e das idéias que lhe são impostas por meio do superconsciente...

Em tais situações, os médiuns sofrem, incompreendidos por aqueles que não experi-mentam os mesmos sucessos, que têm dificuldade em atender essas modificações decomportamento e humor, e que somente com o sacrifício na educação da vontadeesclarecida, e do equilíbrio, com dificuldade logrado, conseguem traçar uma linha de con-duta normal, o que, de forma alguma, queira expressar cessação das difíceis conjunturas.

CONTINUA

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Capítulo 32

É que, nesse estágio, superando-se, o medianeiro consegue sobreporo que deve fazer ao que lhe acontece e não tem o direito de de-monstrá-lo, a fim de evitar impressões desagradáveis sobre a suaconduta moral e psíquica, bem como liberar-se de criar ambiente dedesagrado ou mal-estar em sua volta.

FIM

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Capítulo 3

Sem dúvida, sendo a mediunidade uma faculdade inerente ao Espí-rito, que a deve dignificar mediante o seu correto exercício, todos osseres humanos, de alguma forma, são-lhe portadores.

Quando se expressa mais ostensivamente, em razão de compromis-sos espirituais anteriores, é campo muito vasto a joeirar (observarcom atenção), exigindo comportamento consentâneo com a magni-tude de que se reveste. Ao mesmo tempo, em razão das defecções econquistas morais do seu possuidor, situa-se em faixa vibratóriacorrespondente ao grau evolutivo do mesmo, produzindo sintoniacom Entidades que lhe correspondem ao apelo de ondasequivalentes.

Assim sendo, torna-se veículo dos pensamentos e induções próprios à sintonia, todosaqueles, encarnados ou não, que são semelhantes aos sentimentos do médium.

Por isso mesmo, quando irrompe a mediunidade, não raro, se transforma em gravetormento para o seu portador, por colocá-lo em campo diferente do habitual, expondo-oàs mais diferentes condutas morais e mentais, procedentes do mundo espiritual, e que sesucedem de maneira volumosa e perturbadora.

CONTINUA

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Desequipado de conhecimento e de recursos para contrabalançar asondas psíquicas e as sensações físicas delas decorrentes, experi-menta distúrbios nervosos, tais a ansiedade, a depressão, a insegu-rança, o mal-estar físico, as cefalalgias, os problemas de estômago,de intestinos, as tonturas, e que resultam da absorção das energiasnegativas que lhe são direcionadas pelos próprios adversários, assimcomo por outros Espíritos, perversos uns, zombeteiros outros,malquerentes quase todos eles...

Capítulo 3

Quando, no entanto, o medianeiro toma conhecimento das liçõeseducativas do Espiritismo, especialmente através das diretrizes segu-ras de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, o roteiro de segurançase lhe desenha com maior eficiência, convidando-o a submeter-se aocompromisso sério de trabalhar pelo próprio como pelo bemcomum.

À medida que se moraliza, o médium se equipa de resistências para vencer as perse-guições espirituais, que são um grande entrave ao êxito do seu ministério, particularmentetendo em vista as paixões inferiores que constituem um grande desafio a enfrentar a todomomento.

A mediunidade, portanto, pode ser uma provação dolorosa, que se transforma em tarefade ascensão, ou um sublime labor missionário que, assim mesmo, não isenta o indivíduodos testemunhos, das dificuldades, das renúncias e da vigilância constante que devemanter. FIM

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Capítulo 6

Embora nem todos os indivíduos possuam faculdades ostensivas,que se expressem em forma sonambúlica ou inconsciente, quantogostariam muitos, que justificam suas dúvidas por tomarem partenas comunicações mais ou menos lúcidas na área da consciência, ofenômeno é bem caracterizado, oferecendo fatores para avaliaçãoequilibrada de quem se empenhe em realizá-lo. À medida que o seuexercício se faz equilibrado, sistemático, ordeiro, surgem melhorespossibilidades para o intercâmbio, ampliando os recursos domedianeiro, que deverá aprimorar-se mais, ante o estímulo de quese vê objeto.

FIM

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Capítulo 10

– Todas as criaturas terrestres – Espíritos reencarnados que são –possuem percepção mediúnica, que o futuro se encarregará deestudar com seriedade, a fim de ser utilizada com elevação,tornando-se um sentido a mais que será conquistado a pouco epouco, lentamente incorporando-se aos demais sensoriais.

O eminente Codificador informou que a mediunidade radica-se noorganismo, sendo, portanto, uma conquista do processo evolutivopara facilitar o crescimento do Espírito, que no corpo imprimiu essafunção.

FIM

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Capítulo 13

“(...) a mediunidade bem exercida faculta ao seu possuidor momen-tos de incomparável beleza e ventura, contatos espirituais insupe-ráveis, facultando a conquista de afeições duradouras e abençoadas,que se lhes tornam enriquecimento especial para os dias do futuroimortal.

“Ao mesmo tempo, como existem aqueles que criam dificuldades esombreiam as horas do medianeiro com dores excruciantes, produ-zindo dificuldade de todo teor, aproximam-se também criaturas deelevada estatura moral, que o cercam de bondade e legítima afetivi-dade, envolvendo-o em orações de reconforto moral e ânimo, a fimde que seja vitorioso no ministério desafiador.

“Não são poucos esses amigos ideais do servidor de Jesus na mediu-nidade dignificada, que estão sempre próximos para o ajudar semqualquer interesse de retribuição, tocados pelos seus exemplos de fée de coragem, de dedicação e de trabalho.”

FIM

“Mediunidade bem exercida...”

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Capítulo 18

O médium é chamado a atenção de suas responsabilidades,no plano espiritual, pelos seus protetores.

– Que tem o querido irmão feito da fé renovada? Como se tem utili-zado dos recursos mediúnicos, ora movimentados por forças inferio-res? Como se encoraja a tentar unir César e Jesus no mesmo reci-piente de prazer e proclamar que a vida deve ser fruída sem qual-quer desvio das suas concessões?

Outras interrogações foram apresentadas com amor e severidade, afim de que ficassem impressos na memória espiritual todos os acon-tecimentos daquela noite incomparável.

– Somando-se a esses desatinos de comportamento moral e psicológico – prosseguiu onobre Mentor – advertimo-lo que os Mensageiros que o amparam têm encontrado difi-culdades para manter o contato psíquico, porque os seus centros de captação mediúnicaestão sintonizados com as faixas de baixa frequência que decorrem das suas aspiraçõesocupadas por ativistas infelizes.

“A mente do médium deve sempre estar vinculada aos ideais de enobrecimento,impedindo, desse modo, a interferência dos Espíritos vulgares, que se comprazem nailusão, estimulando conduta equivocada, para mais estreitarem a comunhão psíquica comaqueles que os albergam no mundo íntimo.

CONTINUA

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Capítulo 18

O médium é chamado a atenção de suas responsabilidades,no plano espiritual, pelos seus protetores.

Nunca faltam recursos preciosos para a preservação da saúde inte-rior, tais: a oração, as leituras edificantes, o trabalho de socorro fra-ternal, tanto quanto o social que diz respeito aos valores existenciais,a meditação, o espairecimento sadio, a conversação edificante, ointercâmbio de pensamentos elevados...

“Somente dessa forma, é possível preservar o psiquismo das incur-sões desastrosas, propiciadas pelos servidores das paixões subalter-nas. Nesse sentido, o caro irmão tem-se permitido a cultura da ocio-sidade espiritual, negligenciando os deveres, para ter tempo deentregar-se ao culto da personalidade e ao prazer nas rodas elegan-tes do anedotário picante e vulgar, tanto quanto da exibição devalores que estão longe de ser legítimos...

“Para onde pretende direcionar os passos? Que tem feito dos tesouros mediúnicos quedeveriam ser aplicados para enxugar lágrimas e diminuir aflições? Onde o devotamento àcausa do Bem?

“A simples presença nas reuniões que propiciam a exaltação do ego, nas quais a chocarricee a insensatez campeiam, somente traz maior contingente de responsabilidade nãoatendida.

CONTINUA

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Capítulo 18

O médium é chamado a atenção de suas responsabilidades,no plano espiritual, pelos seus protetores.

Torna-se urgente que faça uma avaliação de conduta, a fim deretomar a charrua sem olhar para trás. Fracasso hoje, significacompromisso adiado para mais tarde com aumento de gravesdeveres.

FIM

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A LutaProssegue

Todos aqueles, portanto, quedesejam manter intercâmbio com osEspíritos, equipem-se com valoresmorais e intelectuais, de modo a seprecatarem (prevenirem) contra assurpresas e ciladas que lhes podemser apresentadas. Outrossim,busquem manter sintonia com osseus Guias, capacitados para osorientar e conduzir emcometimentos de tal natureza.

Sobre a tarefa mediúnica...

FIM

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Estudos Dirigidos

Vamos dar uma pausa por aqui.

http://vivenciasespiritualismo.net/index.htmLuiz Antonio Brasil

Périclis [email protected]