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2º Trimestre 2014 - Lição 01 E Deu Dons aos Homens

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Lição 1 - E deu dons aos homensLIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultosTema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinárioComentário: Pr. Elinaldo Renovato de LimaComplementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida SilvaQuestionárioNÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS EEXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃOhttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm

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Acesse esses vídeos para estudar sobre as lições deste trimestrehttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/donsdoespiritosanto.htmhttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv2trim2011.htmhttp://www.youtube.com/view_play_list?p=BCB8960712BA30F7http://www.youtube.com/view_play_list?p=F34997F404695042http://www.youtube.com/view_play_list?p=C088E8A8B53D6636

TEXTO ÁUREO “Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens” (Ef 4.11).

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VERDADE PRÁTICAOs dons são dádivas divinas para igreja cumprir sua missão até que o Noivo venha busca-la.

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LEITURA DIÁRIASegunda - I Cor 12.4 Há diversidade de donsTerça - I Cor 12.20 Os dons e a unidade da IgrejaQuarta - I Cor 12.11 A concessão dos donsQuinta - I Cor 12.27 Membros do corpo de CRISTOSexta - I Cor 12.31 Procurai com zelo os melhores donsSábado - Ef 4.12 Os dons são para aperfeiçoar os santos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 12.3-8; 1 Coríntios 12.4-7Romanos 123 - Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber,mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que DEUS repartiu a cada um. 4 - Porque assimcomo em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, 5 - assim nós,que somos muitos, somos um só corpo em CRISTO, mas individualmente somos membros uns dos outros. 6 -De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medidada fé; 7 - se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; 8 - ou o que exorta, useesse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercitamisericórdia, com alegria.1 Coríntios 124 - Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. 5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhoré o mesmo. 6 - E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos. 7 - Mas amanifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil.

Interação - O comentarista das lições é o pastor Elinaldo Renovato, autor de diversos livros publicadospela CPAD, líder da Assembleia de DEUS em Parnamirim, RN, e professor universitário.

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Resumo da Lição 1 - E deu dons aos homensI - OS DONS NA BÍBLIA1. No Antigo Testamento.2. No Novo Testamento.3. Uma dádiva para a Igreja.II - OS DONS DE SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS1. Dons relacionados ao serviço cristão.2. Conhecendo os dons espirituais.3. Acerca dos dons ministeriais.III - CORINTO: UMA IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃODOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11)1. Os dons são importantes.2. Diversidade dos dons.3. Autossuficiência e humildade.

SINOPSE DO TÓPICO (1) - Nas páginas do Novo Testamento os dons estão à disposição de todos os crentes,com o propósito de edificar a Igreja de CRISTO.SINOPSE DO TÓPICO (2) - Nenhum membro do corpo de CRISTO é autossuficiente, dependemos de CRISTO,assim como dependemos uns dos outros. Para que a Igreja, o corpo de CRISTO, seja edificada pelos donsministeriais é necessário que eles sejam utilizados para o benefício de todos.SINOPSE DO TÓPICO (3) - Não existe um dom mais importante que o outro, todos vêm diretamente de DEUS esão úteis para a edificação do Corpo de CRISTO,

BIBLIOGRAFIA SUGERIDAHORTON, Stanley M. A Doutrina do ESPÍRITO SANTO no Antigo e Novo Testamento. 12. ed. Rio de Janeiro:CPAD, 2012.HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

PERGUNTA - VOCÊ JÁ OROU POR UM PARALÍTICO E ELE ANDOU? VOCÊ JÁ OROU POR UM CEGO E

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ELE PASSOU A VER? VOCÊ JÁ OROU POR UM SURDO E ELE PASSOU A OUVIR? VOCÊ JÁ VENDEUUMA PROPRIEDADE SUA PARA AJUDAR AOS IRMÃOS MAIS POBRES DA IGREJA? VOCÊ JÁ PASSOUPOR UM JEJUM PROLONGADO E OROU POR DIAS, EM FAVOR DE ALGUM IRMÃO(Ã) DA IGREJA?ESTES SÃO SINAIS NORMAIS NUMA IGREJA QUE REALMENTE SERVE A CRISTO. O QUE ESTÁACONTECENDO?

Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.36.Neste trimestre, estudaremos sobre os dons ministeriais e espirituais. Depois da morte e ressurreição deCRISTO, acreditamos que os dons são um dos assuntos mais relevantes do Novo Testamento para a Igreja deCRISTO. Os dons espirituais e ministeriais são dádivas divinas para a Igreja atual. Alguns erroneamente afirmamque os dons foram apenas para a igreja do primeiro século. Esta afirmação contraria a Bíblia, que diz em Joel2.28 " E há de ser, depois, derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, vossos filhos e filhas profetizarão,os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões". Os dons são para a Igreja de CRISTO até a suaSegunda Vinda. O apóstolo Paulo declarou aos coríntios que não devemos ser ignorantes a respeito dos dons(1Co 12.1).Na Palavra de DEUS, encontramos três listas principais que tratam a respeito dos dons. As três listas secompletam. Podemos encontrar a primeira lista em Romanos 12.4-8. Aqui estão relacionados os dons deserviço. A segunda lista está em 1 Coríntios 12 e nela encontramos listados os dons espirituais. A terceirarelação se encontra em Efésios 4.11, onde encontramos os dons ministeriais. Tanto os dons de serviço quantoos ministeriais e espirituais têm como propósito a edificação do Corpo de CRISTO.Usando os dons de maneira a agradar a DEUSOs dons devem ser utilizados com um propósito específico, a fim de que o nome de CRISTO seja glorificado.Quem deseja os dons necessita compreender que toda a nossa capacidade e habilidade vem do Senhor. É umacapacidade sobrenatural, não é inata. Estas habilidades são resultado único da graça divina em nossas vidas.No uso dos dons, o crente também precisa conscientizar-se de que o Corpo de CRISTO é formado por váriosmembros, com funções diferentes, mas isso não significa que um é mais importante que o outro. Todos têm oseu valor e devem funcionar em harmonia, visando o bem de todos. Não existe um dom que seja superior aosoutros, eles se complementam para a glória do Senhor.Não seja ignorante quanto aos dons espirituaisOs dons é um assunto tão importante para a igreja, que Paulo exorta aos Coríntios a que todos sejam instruídosno assunto (1Co 12.1). A falta de conhecimento leva ao fanatismo, gerando sérios problemas. A cidade deCorinto era marcada pela idolatria. O Brasil também tem uma diversidade religiosa grande, muitos irmãos emnossas igrejas vieram de religiões idólatras, onde o uso de "poderes místicos" é comum. Precisamos estudar, àluz da Palavra, a respeito dos dons a fim de que venhamos discernir os verdadeiros dons do ESPÍRITO. A faltade ensino contribui para surgimento de muitas heresias.

Observação minha - Ev. Luiz Henrique - Todos, na igreja, podem e devem ser usados em dons espirituais(dados pelo ESPÍRITO SANTO), mas nem todos podem exercer um ministério (Pessoas escolhidas paraliderarem a Igreja). Todos podem e devem ser usados em dons espirituais e todos podem e devem ter umdom de serviço na obra de DEUS, ou seja, estarem desenvolvendo uma tarefa específica de serviço (dadapelo PAI) dentro do corpo de CRISTO, que é a Igreja.

COMENTÁRIOINTRODUÇÃO

DEUS, o Criador de todas as coisas, do universo, dos seres vivos e do homem, compraz-se em ser umdoador de bênçãos. Faz parte de sua natureza divina, do seu caráter e de sua essência, concederdádivas ou dons ao ser criado à sua imagem, conforme a sua semelhança. Ao criar o ser humano,homem e mulher, deu-lhes o sopro divino, o primeiro dom, o dom da vida.DEUS propiciou a redenção da humanidade, com a promessa da “semente da mulher” (Gn 3.15), quehaveria de ferir a cabeça da serpente, o Diabo e seus seguidores. JESUS, a maior dádiva de DEUS àhumanidade, nasceria de uma mulher (cf. Is 7.14), para ser morto, em sacrifício pelo homem perdido, etornar-se o vencedor do pecado, da morte e do Diabo. A salvação foi o maior dom de DEUS ao mundo(Jo 3.16). O dom da vida eterna, em CRISTO JESUS.Na Nova Aliança (Novo Testamento), como parte do plano de DEUS, em CRISTO JESUS, Ele resolveudar “dons aos homens” (Ef 4.8), após sua vitória sobre a morte e sobre todos os poderes do mal. Indoalém dos “dons naturais”, JESUS resolveu capacitar seus servos, integrantes de sua Igreja, dando-lhesdons {carismas), que são postos à disposição de todos os salvos, no seio da comunidade cristã.Os dons são “ferramentas”, por assim dizer, à disposição da igreja, para que essa exerça sua missãoprofética, de proclamadora do evangelho de CRISTO, de modo eficaz, contra “...os principados, contraas potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade,

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nos lugares celestiais” (Ef 6.12), usando a “armadura do salvo”, na guerra espiritual sem tréguas a quetodo salvo é submetido. Neste estudo, veremos o que são os dons, seu propósito e sua classificação, ecomo são postos à disposição dos salvos em CRISTO JESUS.Nunca foi tão necessária a manifestação dos dons do ESPÍRITO SANTO, como nos dias atuais vistoque estamos vivendo numa sociedade corrompida pelo pecado e enganada por falsos milagres eensinamentos que contradizem o verdadeiro evangelho de Nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO.Existe em toda a Bíblia Sagrada pelo menos quatorze palavras para referir-se a dons, cinco delas emhebraico e nove em grego. Porém o apóstolo Paulo emprega a palavra charisma, para indicar os dons doESPÍRITO SANTO, as suas graças, gratuitamente conferidas para a obra do ministério (1 Co12.4,9,28,30,31). A Palavra Charisma é usada por dezessete vezes no Novo Testamento, com certasvariedades de aplicação.As habilidades dadas a cada pessoa pelo ESPÍRITO SANTO são chamadas de dons espirituais. Ecapacita a quem os recebe para ministrar às necessidades principalmente do Corpo de CRISTO que é aIgreja. Nesta análise, de natureza introdutória, chamamos de “dons de DEUS” a todos os carismasconcedidos por DEUS, de diversas formas, como recursos de origem divina, que têm o propósito decapacitar os salvos em CRISTO JESUS, como membros da Igreja, para que esta alcance sua Missão eseus objetivos, definidos pelo seu Senhor, Cabeça e Mestre.

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.Editora CPAD. pag. 9-11. Observação minha (Ev. Luiz Henrique) - Existem Dons de DEUS PAI (dons de serviço - Rm 12.4-8), Donsde DEUS Filho JESUS CRISTO (dons ministeriais - Ef 4.11,12) e Dons do ESPÍRITO SANTO (donsespirituais - 1 Co 12.7-10)

DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE1Co 12.7 “Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”.PERSPECTIVA GERAL. Uma das maneiras do ESPÍRITO SANTO manifestar-se é através de umavariedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do ESPÍRITOvisam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26). Esses dons e ministérios não são osmesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir naigreja de modo mais permanente. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentesmaneiras.(1) As manifestações do ESPÍRITO dão-se de acordo com a vontade do ESPÍRITO (12.11), ao surgir anecessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).(2) Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dompara atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom(12.31; 14.1).(3) É anticíclico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) émais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível.Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que DEUS aprova tudoquanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do ESPÍRITO, com o fruto do ESPÍRITO, o qualse relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).(4) Satanás pode imitar a manifestação dos dons do ESPÍRITO, ou falsos crentes disfarçados comoservos de CRISTO podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crentenão deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de DEUS,porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).OS DONS ESPIRITUAIS. Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que oESPÍRITO SANTO concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características dessesdons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.(1) Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediantea operação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de DEUSou a sabedoria do ESPÍRITO SANTO a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22).Não se trata aqui da sabedoria comum de DEUS, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudoe meditação nas coisas de DEUS e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).(2) Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada peloESPÍRITO SANTO, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdadesbíblicas. (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).(3) Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial,comunicada pelo ESPÍRITO SANTO, capacitando o crente a crer em DEUS para a realização de coisasextraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que frequentemente opera emconjunto com outras manifestações do ESPÍRITO, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20; Mc

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11.22-24; Lc 17.6).(4) Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, pormeios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas dediferentes enfermidades ou doenças e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de DEUS.Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de CRISTO (cf. 12.11,30), todavia,todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também havercura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).(5) Dom de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nasleis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de DEUS contra Satanás e osespíritos malignos (ver Jo 6.2).(6) Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestaçãomomentânea do ESPÍRITO da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Comodom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja comoministros profetas. Como manifestação do ESPÍRITO, a profecia está potencialmente disponível a todocristão cheio dEle (At 2.16-18).Quanto à profecia, como manifestação do ESPÍRITO, observe o seguinte:(a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente deDEUS, sob o impulso do ESPÍRITO SANTO (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermãopreviamente preparado (Observação minha - Ev. Luiz Henrique - e nem se trata de mandar alguémprofetizar, pois a profecia é manifestação sobrenatural - não se pensa para falar).(b) Tanto no AT, como no NT, profetizar é proclamar a vontade de DEUS e exortar e levar o seu povo àretidão, à fidelidade e à paciência (14.3).(c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou proveredificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31).(d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão naigreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32;1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de DEUS (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vidados ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a CRISTO (12.3).(e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de DEUS e não a do homem. Não há no NT umsó texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. Amensagem profética ocorria na igreja somente quando DEUS usava um crente para isso (12.11).(7) Dom de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada peloESPÍRITO, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se umamensagem provém do ESPÍRITO SANTO ou não (ver 14.29; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando osfalsos mestres (ver Mt 24.5) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (ver 1Tm 4.1), essedom espiritual será extremamente importante para a igreja.(Observação minha - Ev. Luiz Henrique - Esse dom é muito útil para se descobrirsobrenaturalmente a origem das mensagens e manifestações sobrenaturais na Igreja, bem como,para se detectar a presença de demônios nas pessoas e sua consequente expulsão).(8) Dom de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua)como manifestação sobrenatural do ESPÍRITO, notemos os seguintes fatos:(a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g.,“línguas... dos anjos” (13.1; ver cap. 14). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quasesempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). (Observação minha -Ev. Luiz Henrique - existem 4 tipos de línguas espirituais - Língua para falar como o estrangeiro -1 Co 14, Língua de oração recebida no batismo para edificação própria - 1 Co 14, língua para serinterpretada - 1 co 12 e língua para intercessão - Rm 8).(b) O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o ESPÍRITO de DEUS, queentrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com DEUS (i.e., na oração, nolouvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente(14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do ESPÍRITO SANTO, à parteda atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20).(c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser, (Observação minha - Ev. Luiz Henrique - namaioria das vezes, pois algumas vezes é normal que todos se alegrem e falem em línguas juntospor um breve período de louvor e adoração a DEUS) - seguidas de sua interpretação, também peloESPÍRITO, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Elapode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6).(d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas peloESPÍRITO, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28). (Observação minha - Ev. LuizHenrique - Paulo recomenda falar consigo mesmo, ou seja falar bem baixinho só para vocêmesmo ouvir, não atrapalhando outros a ouvirem a pregação ou ensino da Palavra de DEUS).

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(9) Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo ESPÍRITOSANTO, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada emlínguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e aoração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda doESPÍRITO SANTO. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação dacongregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através dequem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possainterpretá-las (14.13).

STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD,1995.

(Observação minha - Ev. Luiz Henrique - Todos os dons espirituais foram manifestos por DEUS no AntigoTestamento, mas não da forma como hoje que podem ser manifestos por todos os crentes; lá só algunspoucos privilegiados eram usados.

I- OS DONS NA BÍBLIA1. No Antigo Testamento.

A palavra “dom” tem vários significados no texto bíblico. No Antigo Testamento, escrito em hebraico, hávárias palavras que traduzem o sentido de “dom”. Dentre elas, destacamos os termos mattan, com osentido de alguma coisa oferecida gratuitamente, ou “um presente”, como em Provérbios 19.6; 21.14; oucomo dote, dádiva (Gn 34.12). Há o termo maseth, que também significa “presente”, “dádiva” (Et 2.18; Jr40.5); a mais usada, no entanto, é minchach, que ocorre duzentas e nove vezes, com o significado de“oferta”, “presente” (SI 45.12; 72.10). Em todas as ocorrências, o sentido é sempre o de algo que é dadoou oferecido gratuitamente. No Antigo Testamento, os dons eram concedidos a pessoas específicas,chamadas por DEUS para cumprir determinadas missões. Os dons não estavam à disposição de todo opovo de DEUS.

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.Editora CPAD. pag. 11-12.

DOM1)- PALAVRAS ENVOLVIDAS.A tradução dom envolve um grande número de palavras hebraicas e gregas:1. Mattan, palavra hebraica usada por cinco vezes: Gên. 34:12; Núm. 18:11; Pro. 18:11: 19:6: 21:14.Esse termo, e seus derivados, dão a entender algo oferecido gratuitamente (Pro. 19:6), a obtenção deum favor (Pro. 18:16; 21:14), a expressão religiosa de ação de graças (Num, 18:11), um dote (Gn.34:12), a possessão de uma herança (Gên. 25:6; H Crô. 21:3: Eze. 46:16,17) ou mesmo um suborno(Pro. 15:27; Bel. 7:7).2. Nisseth, «dom", «coisa elevada... Essa palavra hebraica é usada por apenas uma vez, em 11 Sam..19:42.3. Maseth, «íom-, «peso», «elevação". Palavra hebraica usada por apenas duas vezes com o sentido dedom: Est. 2:18 e Jer. 40:5.4. Shochaâ, «suborno», «recompensa». Palavra hebraica empregada por vinte e três vezes, como emÊxo. 23:8; Deu. 16:19; 11 Os, 19:7; Pro. 6:35; 17:8,23; Isa. 1:23; Eze. 22:12.5. Minchah, «oferta .., «presente". Palavra hebraica usada por duzentas e nove vezes, embora apenaspor trinta e cinco vezes com o sentido de «dom" ou «presente». Por exemplo: II Sam. 8:2,6; I Crô.18:2,6; II Crô. 26:8; 32:23; Sal. 45:12; Gn, 32:13,18,20,21; 33:10; Jz. 3:15,17,18; I Sam. 10:27: I Reis4:21; II Reis 8:.8,9; 11 Cr. 9:24; Sal. 72:10; Isa. 39:1: Os.10:6.6: Didomi, «dar», que aparece por quatrocentas e treze vezes no Novo Testamento, em todas asconexões imagináveis, algumas vezes com a ideia de dar um presente qualquer e outras vezes, semesse sentido. Ver Mat. 4:9; 5:31; Mar. 2:26; Luc. 1:32: João 1:12; Rom. 4:20: I Cor. 1:4; Efé. 1:17: Heb.2:13: Tia. 1:5; I João 3:23,24; Apo. 1:1; 2:7,10,17; 8:2; 9:1, etc.7. Anéthama, «algo devotado a DEUS». Palavra grega usada por sete vezes: Luc, 21:5: Atos 23:14;Rom. 9:3; I Cor. 12:3: 16:22; ou, 1:8,9.8. Doma, «presente», que indica algum presente sagrado ou profano. Vocábulo grego utilizado por cincovezes: Mat. 7:11: Luc. 11:13; Efé. 4:8 (Citando Sal. 68:19); Fil. 4:17.9. Dôsis, «dom», indicando os múltiplos dons de DEUS, dados a todos, uma palavra grega usada porduas vezes: Fil. 4:15 e Tia. 1:17.10. Dorea, que indica dons ou presentes de vários tipos, sagrados ou profanos. Palavra usada por onzevezes: João 4:10; Atos 2:38; 8:20; 10:45; Rom. 5:15,17; H Cor. 9:15; Efé. 3:7; 4:7; Heb. 6:4.11. Dorema, uma palavra geral para «dom", usada em Rom. 5:16 e Tia. 1:17.12. Merismôs, «dom.., palavra que se deriva da ideia de dividir. Usada por duas vezes: Heb. 2:4 e 4:12.

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13. Cháns, palavra que também significa graça, mas que pode ter a ideia de «dom gratuito". Usada poruma vez, em 2 Cor. 8:4, para indicar ofertas enviadas para aliviar as necessidades dos santos.14. Charism«, palavra para indicar os dons do ESPÍRITO, as suas graças gratuitamente conferidas, paraa obra do ministério (I Cor. 12:4,9,28,30,31).Além disso, enfoca o dom da graça de DEUS, que nos traz a salvação (Rom, 5-:15,16). Essa palavra éusada por dezessete vezes no Novo Testamento, com certa variedade de aplicações. Ver também Rom,1:11; 6:23; 11:29; 12:6; I Cor. 1:7; 7:7; II Cor. 1:11: I Tim. 4:14; 11 Tim. 1:6; I Ped. 4:10. Essa palavra éusada principalmente para indicar alguma espécie de dom espiritual ou divino.

2)- ATIVIDADE E ATITUDE DE QUEM DÁ.Nas antigas sociedades neolíticas e da era do bronze, conforme somos informados através dasevidências arqueológicas, a outorga de presentes era uma prática comum. As razões para a doação depresentes eram variadas e isso é refletido nas palavras hebraicas examinadas acima. Membros de umafamília se presenteavam mutuamente como sinal de estima e amor. Esses presentes eram conferidosem ocasiões especiais, como por ocasião dos noivados, dos casamentos, de nascimentos e de morte.Também havia presentes dados a superiores, com a finalidade de agradar e esses presentes, algumasvezes, assumiam a natureza de suborno ou peita, quando algum favor especial era buscado, ou quandose esperava evitar que algum castigo fosse aplicado. A adoração religiosa requeria doações da parte dosparticipantes, a fim de que pudesse ser mantido o culto.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 211-212.2. No Novo Testamento.

No Novo Testamento, escrito em grego, a palavra “dom” assume de igual modo significados diversos. Otermo “doma” indica a oferta de um “presente”, “boa coisa” (Mt 7.11); o “pão nosso” é uma dádiva deDEUS (Lc 11.13); “dons”, concedidos por DEUS aos homens (Ef 4.8), com base no Salmo 68.19. Apalavra cháris indica “dom gratuito”, ou “graça” (2 Co 8.4). O termo charisma é muito utilizado emestudos bíblicos, pois tem o significado de “dons do ESPÍRITO”, concedidos pela graça de DEUS, compropósitos muito elevados; é relacionado ao termo ta charismata, utilizado em 1 Coríntios12.4,9,28,30,31, que tem o sentido de “dons da graça”. Há o termo grego ta pneumática, usado porPaulo, em 1 Coríntios 12.1; 14.1, que se refere a “dons espirituais”. Em o Novo Testamento, os dons deDEUS estão à disposição de todos os que creem, com a finalidade de promover graça, poder e unção àIgreja no exercício de sua missão, de forma que CRISTO seja glorificado.

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.Editora CPAD. pag. 12.

Fl 4.15.Paulo aparentemente está lembrando seus amigos filipenses de que eles ocupavam um lugarúnico em suas atividades missionárias: nenhuma igreja se associou (gr. ekoinõnèsen), isto é, na obra doevangelho, comigo (Seesemann, op. cit., p. 33) no tocante a dar e receber, senão unicamente vósoutros.Os filipenses deram e eles também receberam, presumivelmente bens espirituais, da parte de Paulo(como em 1 Co 9:11; cf. Rm 15:27). Eles haviam sustentado Paulo em seus labores apostólicos, desdeo começo. Até mesmo antes de ele deixar a Macedônia, os filipenses estavam envolvidos em seu duploministério.(Observação minha - Ev. Luiz Henrique - O que marcou o relacionamento de Paulo com osfilipenses foi que eles deram a parte material (de menor valor) e receberam a espiritual (de maiorvalor - provavelmente Paulo se relaciona aqui à salvação, ao batismo no ESPÍRITO SANTO e aosdons que eles receberam pela imposição de mãos de Paulo como ele impôs sobre Timóteo paraque ele recebesse um dom do ESPÍRITO SANTO.

LOPES. Hernandes Dias. Filipenses. Editora Hagnos. pag. 180-181.3. Uma dádiva para a Igreja.

Rm 12.6. Tendo, porem, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada - Os dons são vários; a graçaé uma só (Se profecia Ela, considerada um dom extraordinário.(Observação minha - Ev. Luiz Henrique - Profecia é para edificação, exortação e consolação -revela o relacionamento íntimo do crente ou a busca por esse relacionamento por parte dodescrente).Rm 12.7. Se ministério - Como diáconos. Se ensino Catecúmenos; para os quais Instrutoresparticulares eram nomeados. Se exortação - Cuja responsabilidade particular era incentivar os cristãosao serviço e ao conforta-los nas suas tribulações.Rm 12. 8. O que preside - Aquele que cuida do rebanho. Quem exerce misericórdia de todas asmaneiras. Com alegria - Regozijando-se quem tem tal oportunidade.

Wesley, John. Romanos: notas explicativas. Editora Cedro. pag. 89-90.Rm 12.6 — Dons. A palavra grega (chárisma) é uma regência às habilidades determinadas por DEUS,

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as quais deveriam ser utilizadas para edificar os membros do corpo de CRISTO. Embora os dons deDEUS não possam ser cancelados ou mudados (Rm 11.29), eles podem ser administrados e podem serdesenvolvidos (1 Pe 4-10).Profecia. Esta palavra é usada aqui como uma referência geral a todos os dons espirituais que envolvemo anúncio da Palavra de DEUS. Por exemplo, em 1 Co 14-3, o termo exortação é um dom relacionado àprofecia. Em um sentido mais estrito, profecia significa a revelação da vontade de DEUS em umasituação particular (At 13.1-3).Rm 12.7,8 — Ministério. Ou seja, serviço. Aqui são nomeados sete dons de serviço: socorro,misericórdia, fé, discernimento de espíritos, liderança, administração e mordomia.

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento comrecursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 394.

II OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS.1. Os Dons relacionado ao serviço cristão.

A Igreja, como “Corpo de CRISTO”, precisa de poder, de unção e de manifestações espirituais, que seexpressam genuinamente através dos dons espirituais. Esses dons são indispensáveis à unidade e àação da Igreja, por diversas razões.1) Na espera pela vinda de JESUS. Em toda a sua história, desde sua fundação por JESUS CRISTO,a Igreja tem sido a instituição mais atacada pelas forças do mal. Ela nasceu debaixo da perseguição.Impérios humanos tentaram destruí-la, apagando seu nome da face da terra. Filosofias humanistas ematerialistas tentaram sufocá-la, abafando sua mensagem; sistemas políticos totalitários e ateístas, aserviço do Diabo, tentaram eliminar sua influência no mundo.Os ataques contra a integridade espiritual da Igreja continuam, ao longo dos séculos. Como Noiva doCordeiro, Ela precisa de poder para vencer às mais diferentes investidas malignas, na longa espera peloNoivo. Ainda que, no século XXI, haja, no meio das igrejas locais, recursos que os primeiros cristãosnão possuíam, em termos teológicos, educacionais ou tecnológicos, o único recurso que lhe dácondições de suplantar o império do mal é o Poder do ESPÍRITO SANTO. E este poder se manifesta naoperação sobrenatural dos dons espirituais.2) Os dons espirituais fazem a diferença. Na parábola das Dez Virgens (Mt 25.1-13), JESUSdemonstrou a seus discípulos que a chegada do Noivo poderia demorar. As cinco virgens loucasrepresentam a parte da Igreja que não estará preparada para esperar a Volta de JESUS. As virgensprudentes representam os crentes salvos, que, além de terem o “azeite” nas lâmpadas, ou em suasvidas e testemunho, têm “azeite” nas vasilhas de reserva.O “azeite” representa a presença e o poder do ESPÍRITO SANTO na vida dos crentes que vão subir aoencontro do Senhor JESUS CRISTO (cf. 1 Ts4.16,17). Os dons espirituais é que fazem a diferença, atuando no meio da igreja, nesses “tempostrabalhosos” (2 Tm 3.1), em que a pecaminosidade e a rebeldia contra DEUS estão aumentando. Hámilhares e milhares de “igrejas”, mas só vão subir ao encontro do Noivo os crentes salvos, santos eirrepreensíveis para a vinda de JESUS (1 Ts 5.23).3) Os dons podem ser abundantes. A igreja de Corinto é um exemplo eloquente de que uma igrejacristã pode experimentar a ocorrência de uma variedade enorme de dons espirituais. Na introdução à suaprimeira Carta aos Coríntios, Paulo tece considerações elogiosas àqueles crentes, acentuando quenenhum dom (espiritual) lhes faltava, “esperando a manifestação de nosso Senhor JESUS CRISTO” (1Co 1.7), que os haveria de confirmar até o fim para serem” irrepreensíveis no Dia de Nosso SenhorJESUS CRISTO (1 Co 1.8).4) Os dons são indispensáveis à evangelização. A missão da Igreja, levada a efeito através das igrejaslocais, é de proclamar o evangelho. Nos tempos pós-modernos, a incredulidade, a frieza e a indiferençapelo evangelho de CRISTO é tão grande e tão latente, que, sem a manifestação espiritual de formaevidente, as pessoas não vão saber discernir entre os falsos evangelhos e o verdadeiro evangelho deJESUS. Sempre houve essa necessidade.Nos primórdios da evangelização, através de JESUS CRISTO, as pessoas criam nEle, a ponto demultidões segui-lo, não só pela sua mensagem que tinha autoridade, e fazia diferença (Jo 7.46), mas,principalmente, por causa dos sinais e prodígios que Ele fazia.Os dons espirituais devem ser utilizados na igreja, respeitados os requisitos e condições estabelecidosna palavra de DEUS. Fora disso, há o risco de haver manifestações espúrias ou falsas em relação aoverdadeiro caráter dos dons.1. OS DONS DEVEM SER EXERCIDOS COM AMORA divisão da Bíblia em capítulos só ocorreu em 1227 e, em versículos, em 1551.2 Quando se lê ocapítulo 12 de 1 Coríntios, sobre os dons espirituais e se passa para o capítulo seguinte, sobre o amorcristão, tem-se a impressão de que são temas distintos. Na verdade, originalmente, antes da divisão daBíblia em capítulos, o texto dos capítulos 12 a 14 trata do mesmo tema dos dons.

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Paulo termina o capítulo 12, com sua belíssima dissertação sobre os dons espirituais, com umaexortação por demais relevante, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vosmostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co 12.31 — grifo nosso). Que “caminho ainda maisexcelente” é esse? A resposta vem de imediato, na ligação entre o último versículo do capítulo 12 e oprimeiro versículo do capítulo 13, quando o apóstolo dá sequência ao seu precioso ensino sobre os donsespirituais. E afirma de modo peremptório: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos enão tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o domde profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneiratal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria” (1 Co 13.1,2).A GENUIDADE DOS DONS ESPIRITUAISFica bem claro que, se os crentes tiverem dons espirituais em abundância, mas não tiverem amor, oexercício desses carismas de nada adianta diante de DEUS. Nesses dois versículos Paulo mostra asíntese da inutilidade dos dons, quando usados sem amor.2. OS DONS DEVEM SER USADOS DE ACORDO COM A PALAVRAA Palavra de DEUS deve ser a referência número um para qualquer atividade ou manifestação na igreja?“Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (SI 119.105). E o ESPÍRITOSANTO quem inspira a Palavra de DEUS e a seus escritores. Logo, não há nenhuma justificativa paraque um dom seja exercido em desacordo com os preceitos da Palavra de DEUS.3. OS DONS NÃO DÃO ORIGEM A DOUTRINASA fonte primordial e única de qualquer doutrina, na igreja cristã, é a Palavra de DEUS. É altamentedanoso para a integridade espiritual de qualquer igreja, quando um líder, ou um outro membro da igreja,apresenta como doutrina aquilo que não tem fundamento na Bíblia. Determinado obreiro ensinou que oscrentes que possuem internet estão em pecado. Para se dizer que algo é pecado é necessáriofundamentar na Palavra de DEUS. Na realidade, tal ensino é fruto de opinião pessoal do líder. Docontrário, é imposição autoritária, que só traz prejuízo à obra do Senhor. Ensinar que quem usa ainternet de maneira ilícita, para visualizar coisas que não agradam a DEUS, está pecando, é correto,mas afirmar que possuir internet é pecado é abuso de autoridade ministerial. Não há necessidade deoutra fonte de doutrina além da Palavra de DEUS (G1 1.8,9).4. QUEM TEM UM DOM DEVE SER MAIS HUMILDEOs dons espirituais são parte das riquezas sobrenaturais, concedidas pelo ESPÍRITO SANTO aosservos do Senhor, com o objetivo de servir à igreja. Jamais o portador de um dom deve orgulhar-se eportar-se de modo arrogante ou autoritário. Deve agir, sabendo que “Temos, porém, esse tesouro emvasos de barro, para que a excelência do poder seja de DEUS e não de nós” (2 Co 4.7). Nunca devemosesquecer de que o ESPÍRITO SANTO glorifica a CRISTO e não ao homem (Jo 16.14). Se o que tem odom não tiver essa consciência de humildade, poderá perder a graça para usá-lo. DEUS não admite queo seu louvor seja transferido para ninguém.

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.Editora CPAD. pag. 16-20.

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO - Os dons são faculdades da pessoa divina operando no crente.OS DONS VOCACIONAIS Romanos 12:6-8Repartir, Dividir, Distribuir; Presidir, Aquele que dirige; Misericórdia (Sentimento doloroso causado pelamiséria de outro).

Autor desconhecido.2. Conhecendo os Dons Espirituais.

I Cor 12.4-6 — Dons. A palavra usada para dons, pela primeira vez, contrasta com pneumaúkon de 1Coríntios 12.1. Charismata se refere a dons da graça de DEUS em cada cristão, por meio dos quaisDEUS pode fortalecer Seu povo. Diversidade aparece nos versículos 4 ,5 e 6 sob a forma da mesmapalavra grega. Observe a diversidade na obra da Trindade. No versículo 4, o ESPÍRITO distribui cada umdeles ao cristão (1 Co 12.11). No versículo 5, o Filho de DEUS determina ao cristão o modo específicocomo o dom é manifestado no corpo (1 Co 12.12-27).No versículo 6, o Pai provê a força ao cristão no exercício do dom (1 Co 12.28). DEUS opera Suavontade por meio de Seu povo de muitas maneiras. Ninguém foi colocado no corpo para ser igual a outromembro nem para exercer a mesma função. O ESPÍRITO é o mesmo [...] o Senhor é o mesmo [...] omesmo DEUS. Embora as pessoas recebam dons diferentes do Altíssimo, DEUS e Sua obra estãounidos. Sejam quais forem os dons que diversas pessoas tenham ou não, o único DEUS opera todasessas coisas (v. 11).12.7-11 — A cada um para o que for útil expressa o principal ensino de Paulo sobre a obra doESPÍRITO. DEUS opera nos cristãos para beneficiar todo o corpo, não simplesmente o cristãoisoladamente (v. 25,26). O cristão é um veículo por meio do qual DEUS opera a fortificação e unidade detodo o corpo, e não a finalidade da obra de DEUS.Porque a um [...] e a outro. As duas palavras gregas (allos [...] heteros) enfatizam a diversidade e

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iniciam uma lista de charismata que são distribuídos por DEUS por todo o Seu Corpo. A ninguém é dadotodos os dons, nem a todos é dado um único dom, como o de línguas. Pelo contrário, os várioscharismata, ou dons da graça, são distribuídos para que haja diversidade no corpo unificado.Os vários dons — de ciência, sabedoria, fé, de curar, operação de maravilhas, profecia, o dom dediscernir os espíritos, a variedade de línguas, a interpretação das línguas — provavelmente, eram muitoperceptíveis para os coríntios, mas é difícil para nós, dois mil anos depois, conhecermos sua naturezaexata.Palavra da ciência parece ser a capacidade de discursar a respeito da doutrina; não o conhecimento emsi, mas a habilidade do discurso.Palavra da sabedoria é completamente o oposto da palavra da ciência e se refere às obras práticas ouéticas do conhecimento, similares ao que se observa em Provérbios. Este dom ajudou a solucionar oproblema da distribuição de alimento em Atos 6. Fé parece ser a capacidade de crer que DEUS é capazde feitos extraordinários.Operação de maravilhas, provavelmente, seria a capacidade de realizar obras como as de Moisés, osprofetas, ou talvez alguns milagres da natureza que se observam nos Evangelhos. Note que DEUSparticularmente usou estes dons para confirmar a verdade proferida por meio dos primeiros apóstolos(Hb 2.3,4).Profecia é o prenúncio ou a predição da revelação de DEUS, seja a “nova” revelação ou a elucidaçãodivina do que já se sabe. Mais do que um simples ensino ou pregação, esta ação é fruto da capacitação,mas não da inspiração, do ESPÍRITO.Pedro demonstrou este dom no Pentecostes.O dom de discernir os espíritos pode referir-se à capacidade de distinguir as obras de DEUS da atividadedemoníaca na igreja.A variedade de línguas, provavelmente, faz menção à capacidade de o indivíduo falar várias línguas quejamais estudou. A interpretação de línguas é a capacidade de explicar ou interpretar as línguas faladasna congregação, para que todo o grupo de cristãos possa beneficiar-se com a oração feita (1 Co 14-16)por quem fala em línguas (1 Co 14-13,28). Como quer, não como nós queremos. Se os cristãos devemou não buscar algum dos dons do ESPÍRITO é uma questão discutida em 1 Coríntios 12.31.12.12-31 — Paulo tenta ajudar os cristãos coríntios carnais a abandonarem seus desejos carnais ebuscarem a unidade do corpo e servirem com os dons que DEUS lhes dera (v. 7,25,26).12.12-14 — Porque [...] pois [...] Porque. Observe o desenvolvimento da ideia enquanto o ESPÍRITO deDEUS continua a dar a CRISTO a glória (Jo 16.12-14; 1 Co 12.3).12.12.13 — Assim é CRISTO também. A analogia do corpo humano ilustra a necessidade de unidade nadiversidade no Corpo de CRISTO.12.13 — Um. O apóstolo continua a enfatizar a unidade: um ESPÍRITO, um corpo, um ESPÍRITO.Paulo nega que o ESPÍRITO esteja dividido nos grupos mencionados nos capítulos 3 e 4- Todos oscristãos (v. 3) estão cheios do mesmo DEUS. Todos nós fomos batizados em um ESPÍRITO. CRISTO,a Cabeça do Corpo, exaltada e que ascendeu ao céu, é o Agente ativo que põe o novo membro do Corpona esfera do ESPÍRITO SANTO, para que ele seja cuidado e protegido. Todos os cristãos sãobatizados, formando o Corpo, na esfera do ESPÍRITO SANTO e, por isso, fazem parte do Corpo deCRISTO, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres. Ninguém é superior a ninguém na Igreja deCRISTO; todos entram da mesma forma: pela fé na promessa de Abraão (G1 3.26-29). Cada um de nóstem a mesma porção do mesmo ESPÍRITO de DEUS: todos temos bebido de um ESPÍRITO (v. 13c).Alguns dos coríntios — provavelmente os pneumatikon (v. 1) — acreditavam que somente determinadosindivíduos com dons estavam, especialmente, em harmonia com o ESPÍRITO, mas Paulo põe cadacristão em pé de igualdade no ESPÍRITO. Dificilmente, beber se refere ao fato de todos participarem domesmo cálice da ceia do Senhor. O ESPÍRITO não somente nos envolve no batismo, mas, uma vez quetemos bebido dele, também habita em nós.

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento comrecursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 433-435.

Outros assuntos podiam ser adiados até que o apóstolo pudesse ser capaz de realizar seu plano devisitar Corinto, mas o assunto abordado por ele nesta secção precisava ser resolvido logo: Mas sobre ascoisas espirituais, isto é, os dons e poderes, irmãos, não quero que sejais ignorantes. Queria ensinar osuso correto dos dons espirituais, exatamente assim como lhes dera a informação correta sobre acelebração da ceia do Senhor. Pois com estes dons estava ligada certa porção de perigo, visto queeram, falando de modo mais geral, fenômenos sobrenaturais que precediam do ESPÍRITO e quepertenciam à Sua esfera. Ele, para colocar seus ouvintes na posição correta frente à admoestação queestá para fazer, e para conservá-los no adequado estado de humildade quanto à sua total falta de méritona aceitação destes dons, lembra-os de sua anterior situação gentia: Sabeis que uma vez éreis gentios,sendo levados aos ídolos mudos, do modo como éreis conduzidos. Aqui estão expressos doispensamentos, a saber, que o paganismo é uma alienação do verdadeiro DEUS, e que ele é uma

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escravidão da pior espécie.Ser conduzido ao culto de ídolos, os quais o apóstolo caracteriza como mudos, sem voz, Sl. 115. 5;135. 16, caracteriza todo o mundo pagão. Os gentios são levados a este culto tolo e fútil. Seussacerdotes sabem muito bem do fato que o que afirmam não tem fundamento. Conservam, porém, opovo sob supersticiosa escravidão. Segundo o aceno de seus sacerdotes os gentios ignorantes seprostravam em culto aos seus ídolos mortos, cuja mudez fazia parte de sua nulidade, e que jamaisretornaram com uma só resposta, não importando quão urgente fosse a súplica. O conhecimento de suasituação anterior foi assim como sempre, fazendo, por meio do contraste, aparecer em suas mentes agraça de DEUS de modo ainda mais maravilhoso.Os coríntios, porém, ainda não entenderam exatamente a maneira como o ESPÍRITO de DEUS realizouSua obra em seus corações, como exercia Seu poder. Isto levou Paulo a prosseguir na instrução deles.Por isso, para que pudessem formar um juízo correto das operações e dos dons do ESPÍRITO, ele osinforma que ninguém quando fala no ESPÍRITO de DEUS diz: JESUS está amaldiçoado; e ninguémpode dizer: JESUS é Senhor, se não somente no ESPÍRITO SANTO. Os espíritos da falsidade e o daverdade estavam lutando entre si em Corinto, e aqui está registrado o grito de guerra de cada partido.Aquilo que estava amaldiçoado ou anátema, no sentido como usado pelos judeus, era votado a DEUSpara a destruição, como estando sob Sua maldição. Dizer que alguém ou alguma coisa era anátema foipronunciar o juramento da execração sobre a pessoa ou coisa em questão. Os judeus fanáticos fizerameste seu brado em seu ataque incessante contra a religião cristã, e a expressão tão chamativa foi capazde ser abarcada pelas hordas gentias sempre que foi colocada em movimento qualquer demonstraçãocontra os cristãos. Desde o princípio estava, pois, certo que ninguém que usava esta forma de blasfêmiapodia ser considerado como alguém que falava pelo ESPÍRITO de DEUS. Sem interessar qual fosseneste sentido sua pretensão, o fato permaneceu que um tal blasfemador estava e precisava permanecerfora do âmbito do cristianismo até que mudasse completamente. Nesse ponto também merece serconsiderada a observação de Lutero: “Pois o que ele aqui chama ‘amaldiçoar JESUS’ não é somenteisto, que uma pessoa blasfema publicamente e amaldiçoa o nome ou a pessoa de CRISTO, como ofizeram os judeus ateus ou os gentios.... mas [isto também é feito] quando qualquer um dentre oscristãos louva o ESPÍRITO SANTO, mas não prega corretamente a CRISTO como o fundamento denossa salvação, mas o negligencia e o rejeita em favor de algo diferente, com o pretexto que isto sederiva do ESPÍRITO SANTO e é muito melhor e mais necessário do que a doutrina comum doevangelho.”15) Por outro, a sincera confissão: JESUS é Senhor, é um produto de verdadeira fé, e porisso não pode ser feito pela razão e força de qualquer pessoa. Cf. 1.Jo. 4. 2ss. É um reconhecimento deCRISTO com a plena percepção de Sua obra da redenção, tal como operada pelo poder do ESPÍRITOSANTO. Mas, visto que esta confissão pública é a obra principal dos pastores cristãos, segue que estasobras do apóstolo se aplicam a estes com força invulgar. “Chamar JESUS o Senhor é confessar-se Seuservo e só buscar sua honra, como alguém que foi enviado por Ele ou que tem Sua palavra emandamento. Pois aqui ele fala principalmente do ofício que prega de CRISTO e que traz Seumandamento. Onde este ministério está em uso e dirige as pessoas a CRISTO (como para o Senhor),isto com certeza é a pregação do ESPÍRITO SANTO.... Desta forma também não pode ser feito sem oESPÍRITO santo, quando qualquer cristão em seu labor ou em sua situação chama com todasinceridade CRISTO seu Senhor, isto é, conclui com certeza que nisso O está servindo.”16)Esta unidade na fé na confissão traz agora ricos frutos em “distribuições de dons da graça, serviços etrabalhos”: Mas há distribuições, diversidades, variedades de dons, mas o mesmo ESPÍRITO; e hávariedade de ministérios, mas o mesmo Senhor; e há variedades de efeitos, mas o mesmo DEUS queopera, que realiza, tudo em todos. Aqui o apóstolo contrasta os ídolos mudos dos gentios com o DEUStrino onipotente dos cristãos, sendo que o primeiro é incapaz de falar ou de exercer qualquer poder, maso último se revela com onipotente poder na igreja e na congregação dos santos. O ESPÍRITO, o Senhore DEUS Pai estão incessante e graciosamente ativos na edificação da igreja por meio dos talentos queconcederam aos cristãos individuais. Todos os eminentes dotes, qualificações, capacidades doscristãos, e que são algo particular à sua condição como cristãos, sejam os de curar, de milagres, delínguas, de profecia, de excelente exposição da Bíblia, de edificante aplicação da palavra, sãoconcedidos pelo ESPÍRITO SANTO, por aquele um ESPÍRITO. E estes dons maravilhosos da graça sãoaplicados na igreja nos vários ofícios e ministérios, que são as múltiplas funções e esferas de trabalho,Ef. 4. 12, mas sempre sob a direção do único Senhor, JESUS CRISTO, o Rei da Igreja, e a feitos a Ele.É no interesse Dele que os cristãos sempre deviam usar seus dons, cada um sem exceção qualquer naforma como CRISTO lhos repartiu. Pois, somente quando os vários dons, nos multiformes ofícios epostos, forem usados no serviço do único Senhor, será alcançado o propósito do Senhor quandoconcedeu os dons. Desta forma há, finalmente vários efeitos das atividades dos cristãos, proporcionaisaos dons e à sua posição de trabalho. Mas é um só DEUS que constantemente efetua tudo quanto énecessário para o bem de Sua igreja, e Ele reparte a todos os verdadeiros cristãos incessantemente dorico tesouro dos Seus dons. Desta forma o DEUS trino é o manancial de toda graça e poder na igreja,

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sendo o despenseiro imediato de todo bem e dom perfeito. “O ESPÍRITO acende o fogo dos dons daedificação, o Filho direciona os raios dos ministérios da edificação, o Pai cria o calor das forças deedificação: Numa essência indivisa o DEUS trino governa Sua igreja; que insulto causar divisões em seumeio!”17)

KRETZMANN. Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concórdia Publishing House.Há outros trechos de Paulo onde é empregado o termo grego «charismata», como nos versículos quatro,nove, vinte e oito, trinta e trinta e um deste capítulo. Essa palavra é traduzida por «dom», em Rom. 1:11;6:23; 11:29; 12:6; II Cor. 1:11; 4:14; 1:16 e 4:10. Aqui, entretanto, é usada a palavra grega«pneumatikon», que significa «(coisas) espirituais». Portanto, podem estar aqui em foco os «poderes»ou «manifestações espirituais», embora essas manifestações sejam definidas como «dons», norestante deste décimo segundo capítulo. Essa palavra pode ser do gênero masculino ou do gêneroneutro, o que significa que pode indicar pessoas ou coisas, respectivamente; mas aqui a ideia de«coisas» se torna auto-evidente.«...a respeito...» Provavelmente uma referência à inquirição feita pelos crentes de Corinto, em umamissiva dirigida a Paulo, como também se vê em I Cor. 7:1. Ou então essa expressão pode ser umasimples designação de modificação de assunto, em que se passaria para outro tema.«...não quero que sejais ignorantes...» Essa fórmula paulina indica os assuntos que merecem nossacautelosa atenção. (Ver I Cor. 10:1 e comparar com Rom. 1:13; 11:25; II Cor. 1:8; I Tes. 4:13). Porém,também pode estar subentendido que a despeito de todo o seu pretenso conhecimento, bem como daposse de tais dons, devido ao seu abuso, faltava-lhes o conhecimento essencial a respeito desses donse de seu propósito. Aqueles coríntios vinham usando os dons espirituais para sua própria exaltação,como parte de suas facções e de sua adoração a «heróis», ao invés de fazerem-no para a glória deCRISTO. Ora, isso era uma «ignorância» essencial sobre a questão da natureza e do uso dos donsespirituais.«...irmãos...» Essa palavra é de vez em quando usada por Paulo para suavizar suas declaraçõesásperas, mostrando seu afeto, reconhecendo que estava identificado com eles, em CRISTO, conformetem sido frequentemente empregado em outros trechos desta epístola. (Ver I Cor. 1:11,26; 2:1; 3:1 e10:1). Paulo também empregou a expressão «meus amados», em I Cor. 10:14. Mas, em I Cor. 11:1,volta ele a empregar a palavra «irmãos».«...ignorantes...», isto é, acerca dos meios, dos usos e dos propósitos dos dons espirituais,especialmente em face do fato que servem para exaltar a JESUS CRISTO e devem proceder da parte doESPÍRITO SANTO (ver o terceiro versículo deste capítulo), em contraste com sua anterior idolatria, queenvolvia todas as modalidades de elementos prejudiciais (ver o segundo versículo). Os verdadeiros donsespirituais e seu devido emprego devem ser encarados como um sinal digno de confiança que oscrentes de Corinto tinham abandonado sua adoração idólatra, pertencendo agora a um novo Senhor.Porém, os abusos por eles cometidos punham tudo isso em dúvida.O grande derramamento do ESPÍRITO, que se observa na posse e uso dos autênticos dons espirituais,é tema da profecia de Joel. Até mesmo a antiga literatura judaica se referia ao mesmo como sinal da«nova era». Porém, o emprego desses dons espirituais deve ser feito de acordo com regras espirituais,pois, de outro modo, nada significarão.«Tendo os crentes de Corinto se desviado de um cristianismo simples, prático, agora empregavam osdons do ESPÍRITO sem qualquer preocupação de edificarem a igreja. Antes, davam maior valor àscaracterísticas mais espetaculares, aquelas que eram capazes de mais facilmente impressionar ossentidos. Por essa razão é que Paulo se sentiu constrangido a instruí-los no ‘verdadeiro e correto usodesses dons, advertindo-os contra a possibilidade de confundir a inspiração genuína com a excitaçãofanática (Neander, in loc.).

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol.4. pag. 189-190.3. A cerca dos dons Ministeriais.

Ministérios são serviços ou funções exercidos na igreja local, como parte do Corpo de CRISTO, que é asua Igreja. No âmbito cristão, ministérios são serviços que devem ser exercidos por pessoas quetenham a mentalidade de servas de CRISTO. Quem não pode ser servo não pode ser ministro na Igrejade CRISTO. Ele disse que não veio para ser servido, mas para ser servo (Mt 20.28).O LADO ESPIRITUAL DA IGREJAIgreja de JESUS CRISTO é espiritual e humana. No lado espiritual, precisa de poder espiritual, desabedoria espiritual, de capacitação espiritual. Daí, a necessidade dos dons espirituais, como foi vistono item anterior. O lado espiritual reflete a natureza da Igreja como organismo, ou o Corpo de CRISTO,Paulo discerniu bem o aspecto espiritual da Igreja, como organismo espiritual ao dizer: “Antes, seguindoa verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO, do qual todo o corpo,bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz oaumento do corpo, para sua edificação em amor” (Ef 4.15,16).

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O LADO HUMANO DA IGREJANo lado humano, a Igreja precisa de liderança. E esta não pode ser exercida apenas pela capacidadehumana, intelectual, teológica, por mais que tais capacitações sejam importantes. A liderançaeclesiástica deve ser espiritual, ministerial e administrativa. Os ministérios ou serviços (gr. diakonion),indispensáveis ao ordenamento e o funcionamento da igreja dependem da graça de DEUS. Os donsministeriais fortalecem a unidade da Igreja, atuando de modo equilibrado ao lado dos espirituais.Os líderes cristãos podem ter formação secular ou teológica, mas não podem prescindir da legitimaçãoatravés dos dons que os capacitam para liderar o Corpo de CRISTO na Terra. Antes de tudo, precisamter convicção da chamada de DEUS para serem servos-líderes.JESUS, o Dono e Senhor da Igreja, só dá dons a homens que têm esse perfil de homens-servos. Osdons espirituais estão à disposição de todos os crentes, de todos os salvos. Mas os dons ministeriaissão específicos para homens que têm a chamada de DEUS para o ministério de servir à Igreja.

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.Editora CPAD. pag. 20-21.

Ef 4.11. Paulo passa a falar agora dos dons específicos que Ele deu aos homens. A luz dos versículos7, 8 não devemos entender concedeu como um mero equivalente para “designou”. Todos, em seusministérios particulares, são dons de DEUS à Igreja. “Devemos a CRISTO o fato de termos ministros doevangelho”, diz Calvino. A Igreja pode indicar homens para diferentes trabalhos e funções, mas, amenos que tenham os dons do ESPÍRITO e sejam, portanto, eles mesmos os dons de CRISTO à SuaIgreja, sua indicação será sem valor. A expressão também “serve para lembrar aos ministros que osdons do ESPÍRITO não são para enriquecimento pessoal, e sim para enriquecimento da Igreja” (Allan).Se esta epístola tivesse sido escrita numa data posterior, conforme o pensamento de alguns, seriaquase impossível não existir referência ao ministério local dos bispos, presbíteros e diáconos, os quaisse tornaram da maior importância para a Igreja. Assim, o apóstolo não está pensando nos ministros deCRISTO em seus ofícios, mas sim em seus dons espirituais específicos e suas tarefas, e havia muitosque não estavam limitados a uma determinada localidade no exercício de suas funções para a edificaçãoda Igreja. Este fato explica a seleção que encontramos aqui e na lista semelhante em 1 Coríntios 12:28.Em primeiro lugar estavam os apóstolos. A palavra apóstolos é usada no Novo Testamento com trêssentidos diferentes. Podia significar simplesmente um mensageiro, como é aparentemente o caso emFilipenses 2:25 sentido esse que podemos deixar de lado aqui. Era usada acima de tudo para os doze,que por todo o Novo Testamento ocuparam uma posição especial e preeminente (1 Co 15:5; Ap 21:14).Mas lemos a respeito de outros como apóstolos, não apenas o próprio Paulo e Barnabé (At 14:14), mastambém Tiago, o irmão do Senhor (G1 1:19), Silas (1 Ts 2:7), e Júnias e Andrônico que sãomencionados apenas em Romanos 16:7. De fato, parece terem existido alguns que podem serverdadeiramente chamados de apóstolos (1 Co 15:7), mas que não conhecemos nem de nome. Deacordo com as palavras de Paulo em 1 Coríntios 9:1 parece que uma das qualidades para o apostoladoera a de ter visto o Senhor JESUS ressurreto, e de ter sido enviado por Ele, e, dessa forma, terassumido pessoalmente o compromisso como membro considerado fundador (Ef 2:20), consagrado aotrabalho de edificação da Igreja. 1 Se a qualificação para ser apóstolo era a de ter visto o Senhorressurreto e de ter sido enviado por Ele, a prova de ser apóstolo eram seus labores no poder deCRISTO, inclusive “por sinais, prodígios e poderes miraculosos” (2 Co 12:12).Os profetas (veja comentário sobre 2:20 e 3:5) estavam intimamente associados a eles na obra daedificação da Igreja a partir de seus fundamentos e eram, portanto, essenciais como dons de CRISTO àIgreja. É difícil, para nós, ver de uma forma isolada o ministério dos profetas, mas eles se destacamclaramente no Novo Testamento como homens de fala inspirada, cujo ministério da palavra foi damáxima importância para a jovem Igreja. As vezes podiam prever o futuro, como em Atos 11:28 e 21:9,11, mas tal como os profetas do Antigo Testamento, sua grande obra era proclamar a palavra de DEUS.Isto podia acontecer quando mostravam os pecados dos homens com poder convencedor (1 Co 14:24),ou quando fortaleciam a Igreja pela palavra de exortação. Esta segunda ideia está claramente ilustradaem Atos 15:32, onde se diz que “Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos commuitos conselhos e os fortaleceram”.A partir da própria definição de apóstolo é evidente que seu ministério devia cessar com a morte daprimeira geração da Igreja. O ministério, ou pelo menos o nome, de profeta também logo morreu naIgreja. Sua obra, que era receber e declarar a palavra de DEUS sob inspiração direta do ESPÍRITO, eramais vital antes da existência de um cânon das Escrituras do Novo Testamento. Em escritos dosegundo século lemos acerca de profetas, mas em importância decrescente. Os escritos apostólicoscomeçavam a ser lidos largamente e aceitos como autorizados, e estes foram paulatinamentesubstituindo a autoridade dos profetas. Ao mesmo tempo, o ministério local assumiu cada vez maisimportância, maior que a dos ministros itinerantes, e a isto, acrescentou-se o problema de que surgirammuitos falsos mestres e “profetas” por conta própria que iam de lugar em lugar, como vendedoresambulantes, cada um a oferecer sua mercadoria.

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A seguir, vêm os evangelistas. Apenas duas outras referências no Novo Testamento aos evangelistaspodem nos guiar às suas funções e trabalho. Em Atos 21:8 Filipe, cujas quatro filhas eram profetisas, échamado de evangelista, e em 2 Tm 4:5 Paulo chama Timóteo para fazer “o trabalho de um evangelista”.Podemos presumir que o trabalho deles era uma obra itinerante de pregação orientada pelos apóstolos,e parece ser justo chamá-los de “a milícia missionária da Igreja” (Barclay).Juntos então, aparecem os pastores e mestres (palavras ligadas pelo mesmo artigo em grego). Épossível que esta frase descreva os ministros da igreja local, enquanto as três primeiras categorias sãoconsideradas como pertencentes à Igreja universal. Mais provavelmente, o pensamento dominante éainda de funções e dons espirituais. Apóstolos e evangelistas têm a tarefa específica de plantar a Igrejaem cada lugar, profetas a de trazer uma palavra específica de DEUS para uma dada situação. Ospastores e mestres são dotados para assumirem a responsabilidade pela edificação da Igreja dia a dia.Não há uma nítida linha divisória entre os dois. Os deveres do pastor são: prover o rebanho de alimentoespiritual e procurar protegê-lo de perigos espirituais. Nosso Senhor utilizou esta palavra em João10:11,14 para descrever Sua própria obra, sendo sempre Ele mesmo, o sumo Pastor (Hb 13:20; 1 Pe2:25; 5:4), sob Quem os homens são chamados a pastorear “o rebanho de DEUS” (1 Pe 5:2; Jo 21:15;At 20:28). Cada pastor deve ser “apto para ensinar” (1 Tm 3,2; Tt 1:9), embora seja evidente que algunspossuem preeminentemente o dom de ensino, e pode-se dizer que formam uma divisão particular doministério dentro da Igreja e que são um dom especial de CRISTO a Seu povo (At 13:1; Rm 12:7, 1 Co12:28).12. Agora são usadas neste versículo três frases para descrever o propósito dos dons espirituais queacabam de ser mencionados. A diferença de preposições em grego indica que elas não podem estarseparadas, pois a segunda frase é dependente da primeira, e a terceira é dependente das duas que aprecedem.1 Em primeiro lugar portanto, o ministério da Igreja lhe é entregue com vistas aoaperfeiçoamento dos santos. A palavra usada (katartismos) não se encontra em qualquer outro lugar doNovo Testamento, embora o verbo correspondente seja usado no sentido de consertar alguma coisa (Mt4:21); de DEUS ter formado no princípio o universo de acordo com o modelo e ordem pretendidos (Hb11:3); e de restaurar a saúde espiritual de alguém que sofreu queda (G1 6:1). Todavia, a palavra pode tero sentido de “aperfeiçoar” o que está deficiente, na fé dos cristãos (1 Ts 3:10; Hb 13:21; 1 Pe 5:10) epodemos dizer com Robinson que a palavra dá a ideia de “levar os santos a tornarem-se aptos para odesempenho de suas funções no Corpo, sem deixar implícita uma restauração de um estadodesordenado”. Alcançar tal condição não é um fim em si mesmo, mas tem um propósito que é dehabilitá-los para o desempenho do seu serviço. Tão claramente quanto no versículo 7, isto deixa implícitoque cada cristão tem um serviço a desempenhar, uma tarefa e função espirituais no corpo. A palavraempregada aqui (diakonia; ou o verbo correspondente) diz respeito ao serviço feito pelos servos da casa(Lc 10:40; 17:8; 22:26s; At 6:2), refere-se, portanto, não só ao trabalho específico daqueles que vieram aser conhecidos como “diáconos”, mas é usada também num sentido mais geral da palavra que se referea todo “serviço” da igreja (3:7).O que é feito para os santos, e pelos santos, é para a edificação do corpo de CRISTO. A palavraoikodome foi utilizada em 2:21, mas tem aqui um sentido mais amplo. A Igreja vai sendo construída eaumentada e seus membros são edificados, à medida que cada membro usa seus dons individuaissegundo o que o Senhor da Igreja ordena, e, desta forma, cada crente desempenha um serviço espiritualpara com seus companheiros no Corpo e para com a Cabeça. Não há necessariamente confusão demetáforas quanto ao sentido dado a oikodomê com o corpo, mas o apóstolo acha que a metáfora docorpo é mais adequada do que qualquer outra por causa do que deseja falar logo adiante a respeito docrescimento e unidade da Igreja.Ef 13. Todas as três frases no versículo 12 descrevem o processo que ocorre na vida da Igreja. Mas oapóstolo jamais poderia pensar em um processo sem fixar os olhos no alvo. O verbo empregado noprincípio do versículo (katantaõ) é usado nove vezes em Atos com referência aos viajantes que chegama seu destino.1 (At 26:7 e Fp 3:11 para uso semelhante ao daqui). E o ponto de chegada da jornada daIgreja é descrito de três modos. O primeiro é a unidade da fé. Quando a fé (veja comentário sobre oversículo 5) é corretamente participada, pessoas com diferentes origens de erro e ignorância chegam auma compreensão crescente da única “esperança”, a uma dependência também crescente do único“Senhor”, e, assim sendo, a uma apreciação progressiva do único “corpo”. O alvo, portanto, deve ser aunidade na fé.Segundo, embora já se tenha dito o suficiente para tornar isto evidente, enfatiza-se que fé não é apenasaceitar-se uma coleção de dog mas, e obter-se assim a unidade. É algo mais profundo e mais pessoal.É a unidade no pleno conhecimento do Filho de DEUS (veja comentário sobre 1:17). Jamaisconheceremos uma pessoa apenas com a mente; e o conhecimento de uma tal Pessoa deve envolver amais profunda comunhão. Pois esta Pessoa é o Filho de DEUS, e esta é uma das raras vezes, emtodas as epístolas paulinas, que este título aparece (Rm 1:4; G1 2:20; 1 Ts 1:10). Quando Paulo fala darelação do Senhor com Sua Igreja e com o propósito do Pai, em geral usa o título “CRISTO”, mas

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“quando O descreve como o objeto daquela fé e conhecimento em que nossa unidade será finalmentecompreendida” (Robinson), fala dEle em Sua posição única como o Filho de DEUS.Mas esse conhecimento, que é comunhão com o Filho de DEUS, envolve a experiência plena de vida“em CRISTO”, e, portanto, de desenvolvimento até a perfeita varonilidade, à medida da estatura daplenitude de CRISTO. Todas as diferentes expressões aqui falam de maturidade. A palavra traduzida porperfeita (teleios) possui a conotação de desenvolvimento pleno em 1 Coríntios 2:6; 14:20 e Hebreus5:14. Varonilidade significa aqui o estado de ser adulto, como em 1 Coríntios 13:11, onde a palavratambém é contrastada com nêpios, que é usada no próximo versículo aqui para designar crianças. Osingular, além do mais, expressa novamente o pensamento de que maturidade envolve unidade; os“muitos” devem se tornar um “novo homem” (2:15). Então a palavra usada para estatura, que pode ter osentido de idade (Jo 9:21, 23) ou de estatura física (Lc 19:3), fala figuradamente de maturidade, cujopadrão é nada menos que a plenitude de CRISTO. Tal como em 1:23, alguns interpretam esta expressãocomo “a medida do CRISTO perfeito”, perfeição esta que Ele atinge ao preencher-se de Sua Igreja.Outros entendem a expressão como aquilo que CRISTO preenche. Parece-nos que a melhorinterpretação é a mesma que de 1:23, isto é, como posse completa dos dons e graça de CRISTO, osquais Ele procura dar aos homens. Ele mesmo possui a própria plenitude de DEUS (Cl 1:19; 2:9); Elequer que o cristão seja preenchido de tudo o que Ele possa comunicar. É irrelevante que este alvo possaou não ser alcançado nesta vida. O importante é que o cristão deve marchar firme para frente levado poresta alta ambição.Ef 4.14. Não mais deve haver imaturidade, que é própria de meninos (nêpioi), e que é caracterizada pelainstabilidade face às pressões das diferentes doutrinas e padrões de vida. A expressão agitados de umlado para outro corresponde à forma verbal do substantivo k ludõn, que é usado em Lucas 8:24 comreferência à “fúria das águas” do mar da Galileia, e em Tiago 1:6 sobre a “onda do mar”; RV neste últimocaso é o vento que agita as ondas, mas aqui em Efésios a ilustração diz respeito a um barco sacudidopela tempestade e levado ao redor. O verbo grego periphero que se encontra traduzido mais vivamentena NEB amiúde dá a ideia de uma agitação tão violenta que pode tontear uma pessoa. Os cristãos jápercebiam a necessidade de se manterem firmes contra os vários tipos de vento de doutrina que aepístola correlata — Aos Colossenses — bem mostra. Suas atividades são primeiramente descritas pelapalavra kubia, que literalmente significa “jogar dados”, dando então a ideia de trapaça, fraude ouartimanha-, e, segundo, por astúcia (panourgia), palavra que foi usada como relação aos inquisidores denosso Senhor em Lucas 20:23 e em 2 Coríntios 11:3 acerca da astúcia da serpente. Quando os homensse desviam do caminho da verdade (a palavra grega planê, “erro”, significa literalmente “desvio”), nãohesitam em usar planos enganosos e meios astutos para levar outros a segui-los. O indivíduo instável esem leme é facilmente desviado de seu rumo, pois não existem apenas aqueles que são enganados ese desviam sem o perceber, mas há também aqueles que aguardam a ocasião, e induzem outros aoerro (2 Tm 3:13).Ef 4.15. Os pregadores da verdade, por sua parte, não podem nem devem usar esses métodos (2 Co4:2); devem agir com toda simplicidade e retidão, mas ao mesmo tempo estarem prevenidos quanto aosmétodos que seus inimigos podem usar. São embaixadores da verdade e devem ser encontradosseguindo a verdade1 Além do mais, devem fazê-lo em amor. Aquilo que os cristãos defendem e amaneira como o fazem, deve estar em contraste total com os homens mencionados no versículo 14.Estes homens enganam os outros em benefício próprio, ao passo que o cristão deve levar adiante averdade a fim de trazer benefício espiritual a outros, e deve ser feito de uma forma tão cativante comosó o amor será capaz de fazê-lo. Então, por meio de uma metáfora completamente diferente daquelaque usou para descrever o indivíduo imaturo como “agitado ao redor”, semelhante a um pequeno barconum temporal, diz que eles crescerão em maturidade espiritual e em estabilidade. Esse crescimento éem CRISTO, e o desenvolvimento da vida de modo a ser encontrado mais e mais nEle; tudo, portantocada parte da vida, encontra seu centro, objeto e alvo em relação a Ele e em união com Ele. Apreposição poderia também ser traduzida “em direção de” ou “até”, de forma que o crescimentoobjetivando Sua perfeita humanidade seja o padrão, como ficou expresso no versículo 13.Não se pense que aqui o apóstolo toma a significação de “crescimento” e de “Cabeça” de forma aconfundir ambas as ideias. Devemos considerar primeiro, a ideia de crescimento, e entãoseparadamente, a ideia de CRISTO como o cabeça. Isto já foi expresso em 1:22 e o será novamente em5:23. Tanto o crescimento, como a própria atividade de cada um dos membros, estão sob Sua direção.Os membros só podem ser saudáveis e fortes quando cada um é obediente ao Seu controle. O próximoversículo desenvolve este ponto.Ef 4.16. É somente de CRISTO, como Cabeça, que o corpo recebe toda sua capacidade para crescer epara desenvolver sua atividade, recebendo assim uma direção única para funcionar como entidadecoordenada. Colossenses 2:19 é um texto paralelo bem próximo deste versículo, e ambos deveriam serestudados em conjunto, embora não se encontre ali a palavra que é traduzida por bem ajustado. Essapalavra só aparece outra vez no Novo Testamento em Ef. 2:21. Deriva de uma palavra (harmos) que

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designa um tipo de junta ou amarração usada na construção de edifícios, ou para as juntas dearticulação do corpo. O segundo particípio (sunbibazomenon) é empregado para a ação de reunir, ligarcoisas ou pessoas, para reconciliar aqueles que tenham brigado e também para relacionar fatos ouargumentos num plano de aula ou programa de ensino. Assim, ambos os particípios têm o sentidodaquela unidade funcional que se torna possível entre os membros, quando orientados pelo Cabeça.Mas depois desses particípios o grego já se torna difícil. A palavra traduzida junta (haphê) possuiinúmeros significados. Denota basicamente “toque”, de sorte que pode significar “contato”, “ponto decontato” ou “pegas”, e estes sentidos levaram os comentadores a uma variedade de interpretações. Ouso da palavra tanto no contexto quanto no âmbito restrito da medicina justifica a sua tradução por“junta”, e assim, afirma que é pelo auxilio de toda junta, com que o corpo é equipado, é que ocrescimento e funcionamento verdadeiros se tornam possíveis. Em outras palavras, o corpo dependepara seu crescimento e atividade: da direção do Senhor, de Sua provisão para tudo o que necessita(compare versículos 11, 12), e também do bom relacionamento entre os membros.E agora estamos de volta com uma palavra que se tornou familiar nesta epístola (1,19 e 3:7), pois oapóstolo deixa de considerar os membros e a conexão entre eles para tratar da justa cooperação de todoo corpo. A “energização” de DEUS no corpo todo torna possível este funcionamento de cada parte, emsua medida e de acordo com sua necessidade. Então menciona-se mais uma vez o propósito docrescimento, e está claro que cada membro não procura o seu próprio crescimento, mas o do corpocomo um todo: não sua própria edificação, mas a edificação do todo. Basicamente, a edificação não é oaumento numérico da Igreja, mas o crescimento espiritual. E este crescimento é acima de tudo emamor. Esta pequena frase aparece novamente (1:4; 3:17; 4:2; 5:2), pois o amor determina que cadamembro procurará a edificação de todos. Então, sem dúvida, se houver a comunhão da convivência emamor e a demonstração da verdade em amor, o aumento numérico virá como consequência natural.

Francis Foulkes. Efésios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 97-104.Ef 4.11 O mesmo que levou cativos os poderes também concedeu dons à sua igreja: “os apóstolos, osprofetas, os evangelistas, os pastores e mestres”. Diferentemente do v. 7, onde se falava da distribuiçãode dons individuais para todos os membros da igreja, Paulo aqui designa determinadas pessoas comodom de CRISTO. Em vista da proximidade do presente trecho com Ef 1.20-23 é preciso chamar atençãopara o fato de que em Ef 1.22 o CRISTO exaltado foi “concedido” como cabeça sobre a igreja toda. LogoCRISTO é a “dádiva principal” para sua igreja, no seio da qual ele próprio “concede” determinadaspessoas.De modo diverso da listagem análoga em 1Co 12.28-30, Paulo emprega aqui o artigo definido para cadauma das pessoas. Isso permitiria concluir que na carta aos Efésios não se trata da tarefa em geral, masdo grupo claramente delimitado de representantes incumbidos do serviço específico. Essa diferençatambém é constatável em relação a Rm 12.6s, onde são arroladas não as respectivas pessoas, mascada uma das atividades: profecia, diaconia, exortação, etc.No mesmo sentido Paulo havia falado também em Ef 2.20 do “fundamento dos apóstolos e profetas” eem Ef 3.5 de “seus santos apóstolos e profetas”. Diante das demais considerações em Ef 4.12ss,parece que essa ênfase refere-se especificamente às tarefas de proclamação, direção e ensino. Porisso não são mencionados aqui outros dons da graça que aparecem em Rm 12 e 1Co 12.Não se deve esquecer que também na primeira carta aos Coríntios os dons da palavra e as pessoasagraciadas com eles aparecem no começo das respectivas listas, de modo que o tratamento do conflitocausado por fenômenos entusiastas é marcado por uma clara premissa: isso diz respeito em 1Co 12.8 àpalavra da sabedoria e à palavra do conhecimento, dadas pelo ESPÍRITO, e em 1Co 12.28“primeiramente a apóstolos, em segundo lugar a profetas, e em terceiro lugar, a mestres”. A combinaçãode “profetas e mestres” ocorre em At 13.1. Em 1Tm 2.7 (também em 2Tm 1.11) Paulo relaciona consigomesmo o serviço de “pregador” (cf. “evangelista”), apóstolo e mestre (dos gentios). É digno de nota quetambém esse trecho está visivelmente próximo de Ef 4.4ss: a confissão do único DEUS e do únicoMediador entre DEUS e os humanos, que se “deu” como pagamento de resgate, é seguida pela transiçãopara a investidura de Paulo como “arauto” desse evento de salvação.Segundo esse pensamento CRISTO presenteou sua igreja com dons, i. é, com pessoas incumbidas ecapacitadas que possuem uma relevância fundamental para a construção e o crescimento da igreja.Trata-se aqui daqueles que proclamaram e explicaram o evangelho da salvação em JESUS CRISTO deacordo com a situação atual dos ouvintes, bem como firmaram, exortaram e encorajaram as incipientesigrejas através dessa palavra.Nesse contexto duas coisas são irrenunciáveis: a importância das referidas pessoas como “detentoresde cargo” não vem delas mesmas. Pelo contrário, são presentes do Senhor à igreja dele. Elas, por suavez, receberam seus dons daquele que é o verdadeiro presente para a igreja (Ef 1.23). Possuemimportância fundamental para a constituição da igreja, motivo pelo qual de forma alguma podem serarbitrariamente substituídos.Ef 4.12 A finalidade para a qual CRISTO concedeu os “dons” é indicada por meio de três segmentos da

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frase. A concatenação das diversas afirmações entre si apresenta alguns problemas. Em especialcumpre esclarecer se a parte intermediária “para a obra do serviço” se refere aos santos ou aos“detentores de cargos” no sentido daqueles que são incumbidos “de uma obra do serviço”. Uma vez queisso não pode ser decidido unicamente com base na estrutura gramatical, é preciso dar a seguinteexplicação a partir do contexto: as diversas pessoas incumbidas foram dadas “para o preparo (grego:pros) dos santos para (grego: eis) a obra do serviço, para (grego: eis) a edificação do corpo de CRISTO”.Portanto, o sentido seria este: os “detentores de cargos” têm a tarefa de preparar os crentes a fim deque eles por seu turno possam assumir serviços. O corpo de CRISTO é edificado por meio de ambas asatividades – o preparo por meio dos grupos citados (em seu todo, não apenas por pastores e mestres) ea obra dos santos.O termo “preparar” é empregado no NT no sentido de “equipar”, “firmar”: p. ex., conforme 1Ts 3.10 Paulovisa consolidar a fé dos tessalonicenses acrescentando aquilo que ainda lhes falta. Em 1Co 1.10 otermo refere-se a “cunhar o caráter” em vista da unidade da igreja (cf. Gl 6.1). Nisso os membros daigreja devem ajudar-se uns aos outros (cf. 2Co 13.11). Em consonância, a tarefa dos pregadores,dirigentes e pastores consiste em firmar e fortalecer os crentes na confiança em JESUS CRISTO, bemcomo equipá-los para a percepção de suas próprias tarefas. Na verdade podemos relacionar “a obra doserviço” (grego: ergon diakonias) sobretudo com o serviço ao evangelho, a proclamação. Contudo, issosalienta apenas a característica especial da diaconia incumbida por JESUS CRISTO: pelo fato de que opróprio Senhor é o servo (Lc 22.27; Jo 13.4ss) e sua vida, paixão e morte são o “serviço” por excelência(Mc 10.45; par.), que é disseminado exclusivamente pela proclamação do evangelho, por isso toda adiaconia brota dessa palavra e é sustentada por ela. Por essa razão uma diaconia desse tipo épredominantemente “diaconia da reconciliação” (2Co 5.18) e consiste no “serviço ao evangelho” (cf. Fp2.22).Em uma forma de expressão comparável ao presente versículo Paulo encoraja os coríntios em 1Co15.58 a destacar “na obra do Senhor” (cf. 1Co 16.10 a respeito de Timóteo), evidentemente descrevendoassim a abrangência total da atuação cristã. O cumprimento das respectivas tarefas por pessoas santasespecificamente incumbidas serve à “edificação do corpo de CRISTO”. Foi citada, portanto, a palavrabásica da vida da igreja em seu todo: tudo o que acontece dentro da igreja local e na igreja cristã emgeral precisa servir à “edificação”. Isso marca a linha básica da argumentação diante da igreja emCorinto: na igreja tem vez não o que talvez até seja lícito, individualmente emocionante, mas só aquiloque edifica (1Co 10.23; 14.3s,14,26), e por isso sobretudo o amor (1Co 8.1).Ef 4.13 A edificação, o crescimento do corpo de CRISTO, estão direcionados para um alvo que éindicado neste versículo. A expressão “chegar” pode significar literalmente alcançar um lugar (diversasvezes em At: p. ex., At 16.1; 18.19; etc.), mas também pode ser usada em sentido figurado (o fim dostempos chegou: 1Co 10.11). Assim como aqui, em Fp 3.11 ela implica a atenta orientação rumo ao alvovisado, quando Paulo afirma de si: “para alcançar a ressurreição dentre os mortos”.Pode parecer estranho que desde já a igreja seja a “plenitude de CRISTO”, concidadã crente dos santos,família de DEUS, pedra no templo santo, e que apesar disso ainda se diga que haverá um crescimento,um vir a ser. A mesma duplicação já chamara atenção no contexto da herança colocada à disposição:os direitos já foram transferidos, mas ainda não se tomou posse dela (Ef 1.18; 2.7). Consequentementea plenitude de CRISTO é ponto de partida e alvo de todo o crescimento.Agora isso passa a ser relacionado a uma situação concreta: na realidade pode haver na igreja uma sófé, visto que esta só pode ser fé em um só Senhor JESUS CRISTO (Ef 4.5). Na realidade a “unidade doESPÍRITO” é algo dado, porque o ESPÍRITO SANTO é um só (Ef 4.3). Não obstante cabe “segurar”essa unidade, ou “chegar” a ela. A força motriz de todos os esforços nessa direção não é a utopia deuma igreja unificada, mas a realidade do único corpo de CRISTO.A unidade da fé está estreitamente ligada à “unidade do conhecimento”, que por sua vez se concentra no“Filho de DEUS”. Em Ef 1.17-19 Paulo já suplicara pelo ESPÍRITO da sabedoria, para que os leitoresreconheçam a esperança e a força resultante da ressurreição de CRISTO. De maneira semelhante Cl 2.2interliga o esforço para que “os corações sejam unidos em amor” e o “conhecimento do mistério deDEUS: CRISTO”. Por isso uma fé aumentada e um conhecimento aprofundado do Filho de DEUScaracterizam o crescimento da unidade eclesial.À unidade corresponde a perfeição. A igreja, “todos nós”, devemos nos tornar “seres humanos perfeitos”:“unidade e perfeição constituem o alvo da igreja, e o CRISTO concede participação a cada um nessaunidade e perfeição; ao procurar „chegar‟, impelido pela palavra de DEUS, o indivíduo cresce em direçãoao alvo da totalidade.”Discordando de tentativas equivocadas de derivação de concepções gnósticas, o “ser humano perfeito”deve ser entendido como a pessoa amadurecida, adulta. Isso é elucidado pela segunda expressão: “paraa medida cheia da plenitude de CRISTO”. “Medida plena” é a tradução literal para “medida da idade davida” ou também “medida da estatura”. Trata-se da “idade adulta” ou da “medida cheia da figura”. Otrabalho dos encarregados edifica o corpo de CRISTO. Terá alcançado seu tamanho completo “quando

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todos que são destinados à igreja segundo o plano divino de salvação pertencerem à igreja… A igreja,que é o corpo do CRISTO, constitui na estatura completa o pleroma de CRISTO.”Ef 4.14 Tendo esse alvo diante dos olhos, Paulo passa à análise dos problemas com os quais osdestinatários da carta estão sendo confrontados. Estabelece uma relação com a figura da pessoa adultaà qual os crentes devem “chegar”, e exorta que superem a imaturidade e a idade infantil: “para que nãomais sejamos menores”, que se deixam influenciar facilmente. No NT a pessoa “menor de idade”, acriança, é considerada de diversas maneiras. Por um lado a criança depende de outros, tornando-semodelo de confiança (Mt 18.3) e tem a promessa de receber o reino dos céus (Mt 11.25, cf. 19.14). Poressa razão os crentes podem ser chamados “pequenos filhos de DEUS”. Por outro lado destaca-se oaspecto de que o adolescente se deixa ludibriar e carece de firmeza, perfazendo algo que cabe superar(cf. Gl 4.1-3; 1Co 3.1; 13.11).A falta de firmeza mostra-se particularmente desvantajosa na associação com uma ilustração danavegação: “agitados de um lado para outro pelas ondas e levados ao redor por todo vento de doutrina”.Quando falta crescimento na fé e no conhecimento do Filho de DEUS (v. 13) na vida da igreja ou docristão, quando o trabalho na igreja não serve ao objetivo da edificação do corpo de CRISTO, então talsituação se assemelha à de um navio que está indefesamente exposto ao jogo do vento e das ondas. Nocaso, “toda espécie de doutrina” não se refere ao “calor” externo da perseguição anticristã (cf. 1Pe 4.12),mas à multiplicidade das heresias cristãs.A figura da navegação transita para a ilustração do jogo de dados. Quem não estiver firme, torna-sejoguete. O resultado desse tipo de jogo é aleatório – um contraste total com a certeza da fé, com aposição enraizada no amor de CRISTO.Por meio de um adendo, o jogo, que já é “tortuoso”, passa a ser até mesmo “jogo ludibrioso”: “peloprocedimento com artimanha, que visa o logro”.Por trás de tal ardileza que se manifesta especialmente por meio de doutrina acessível, agradável,porém enganosa, encontra-se o diabo (cf. Ef 6.11). Sobre essa “artimanha” Paulo também fala em 2Co11.3: através dela a serpente seduziu Eva para a queda do pecado. Esse processo torna-se exemplopara aquilo que planejam os hereges em Corinto: desviar os crentes da “singeleza e pureza” direcionadaspara CRISTO. Dessa forma pessoas tornam-se vítimas do “embuste”. Ele se firma quando o “amor pelaverdade” é rejeitado, quando a fé na mentira ocupa o espaço da fé na verdade (2Ts 2.10ss). Emcontrapartida, o modo de agir de Paulo em suas igrejas sempre se caracterizou por franqueza e retidão,decorrentes do evangelho (cf. 1Ts 2.3: sem engano; 2Co 4.2: sem astúcia).15 Ao ardil e ao engano são contrapostas “verdade” e “amor”: “e falar a verdade em amor”. Nessaformulação aparece (de forma cruzada) no lugar do engano a verdade, enquanto a artimanha é superadapelo amor.A expressão “falar a verdade” (grego: aletheuein) ocorre somente neste versículo e em Gl 4.16, podendotambém ser traduzida por “ser veraz”. A marca da revelação de JESUS CRISTO é a luz, a verdade (cf.Jo 1.14,17; etc.). Em consonância, o evangelho é “palavra da verdade” (Ef 1.13; Cl 1.5; cf. Gl 2.5,14).Logo, também os mensageiros do evangelho são marcados em todo seu serviço pela verdade. Isso éilustrado, p. ex., de forma impressionante em 2Co 4.2: “Rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, seocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de DEUS; antes, nos recomendamos àconsciência de todo homem, na presença de DEUS, pela manifestação da verdade.”A verdade deve ser dita “em amor”, pelo que se rejeita qualquer artimanha. A franqueza resultante daverdade alia-se à cordialidade e à retidão que brotam do amor (cf. Fp 2.1). O que vale para a relaçãoentre fé e amor (Ef 1.15) também deve ser aplicado à relação entre verdade e amor: ambos têm origemna revelação de DEUS e são confiados aos crentes para o trato uns com os outros.Por isso não é possível impedir que a verdade seja escândalo apelando ao amor, nem marginalizar oamor em nome da verdade.Pois a ligação de verdade e amor viabiliza o crescimento da igreja rumo a seu alvo: “e crescer em tudonaquele que é a cabeça, CRISTO”.Com o termo “crescer” Paulo retoma a figura do “ser humano adulto” do v. 13. O termo designa tanto oaumento de cada um na fé (cf. a mesma intenção em Ef 3.16ss), como o crescimento do corpo da igreja(cf. Ef 2.21).Esse crescimento deve incluir “tudo” (não: o universo) no âmbito da igreja: todo membro, toda atividadeno corpo recebe a orientação a partir do cabeça, em direção do qual tudo deve estar voltado. O que valepara cada cristão (aumento na fé, no amor e particularmente no conhecimento do amor de CRISTO: Ef3.17ss) deve impactar toda a igreja.16 A partir do cabeça resulta, no encerramento dessas considerações sobre a unidade e o crescimentodo corpo que CRISTO presenteia com dons, o ensejo de ilustrar resumidamente a concomitância e oentrelaçamento desse organismo singular.Viabilizado por esse cabeça e emanando dele “o corpo todo efetua… o crescimento do corpo para aedificação de si próprio no amor”. O corpo “todo”, até as menores ramificações, recebe de CRISTO

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impulso e vigor para o crescimento, para a edificação. Como em Ef 2.20ss, aparecem também aqui ladoa lado as figuras do corpo e da construção. Com o crescimento do corpo em direção do cabeça amplia-se também a construção, favorecendo a sua conclusão. A ligação vital com o cabeça, a única coisa quetorna viável esse “efetuar”, exclui a possibilidade de que essa “edificação de si próprio” possa tratar-sede um agir autocrático da igreja. A igreja somente pode ser reconhecida a partir de seu cabeça,CRISTO. Toda vez que ela perde isso de vista, o presente trecho visa estimular a retornar para ocabeça.Todo o corpo é “bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta de apoio”. De maneira muitosemelhante, Paulo diz, em Cl 2.19: “… o cabeça, a partir do qual o corpo todo é apoiado por articulaçõese tendões e mantido coeso e cresce pelo agir de DEUS.”Quando se entende o v. 16 como síntese de Ef 4.7-15, as “juntas de apoio”, que possuem uma funçãocentral para a coesão do corpo, serão relacionadas com as pessoas incumbidas das tarefas citadas nov. 11.Também aqui é preciso chamar novamente atenção para o fato de que a tarefa de apoio daquelesespecificamente incumbidos apenas é possível a partir de sua ligação vital com o cabeça, uma vez quenão representam apenas “dons” para o corpo, mas que também receberam os “dons” pessoalmente deCRISTO, de acordo com a vontade dele (Ef 4.7s).Essa coesão é fomentada “segundo a força atribuída a cada parte”. A formulação “a cada” retoma o v. 7,motivo pelo qual igualmente não deve ser restrito aos que são especificamente encarregados, mas àtotalidade dos que creem: a cada um foi concedida, de acordo com a medida do dom de CRISTO, agraça com os dons dela decorrentes. De forma análoga o corpo é favorecido por todos os membros.Isso ocorre conforme a força medida para cada parte (cf. Ef 3.7 com vistas ao próprio Paulo).Assim este versículo sintetiza de fato todo o trecho precedente: partindo da unidade de DEUS e de seuagir no corpo de CRISTO, o olhar se estende para a multiplicidade dos dons distribuídos aos crentes. Naseqüência, Paulo destaca as tarefas específicas dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores emestres no preparo dos santos, para que a igreja de CRISTO possa alcançar a idade adulta e resistir adoutrinas ardilosas e enganosas. Por fim o apóstolo enfoca novamente a cooperação de todos naedificação do corpo. A característica marcante de toda a incumbência é que a edificação acontece “noamor” (v. 13). Isso sucede quando o conhecimento do amor de CRISTO (Ef 3.19) cresce mais e mais epor isso também se fala a verdade em amor (Ef 4.15).

Eberhard Hahn. Comentário Esperança Cartas aos Efésios. Editora Evangélica Esperança.A Classificação dos Dons (4.11)Tudo indica que Paulo, quando escreveu estas palavras, tinha em mente a lista dos ministériosrelacionados em 1 Coríntios 12.28. A passagem coríntia compreende uma lista mais longa de donsespirituais (charismata). Mas nesta passagem, Paulo está interessado em apresentar os ofíciosnecessários para a expansão e sustento da igreja. CRISTO deu à igreja os apóstolos: os ministrossupremos, os doze que haviam visto o Senhor ressurreto e recebido suas tarefas diretamente dele. Osprofetas têm posição proximal à dos apóstolos, e o seu dom especial era o de ministério inspirado.Foulkes afirma que a função primária dos profetas era similar à dos profetas do Antigo Testamento:“anunciar” a palavra de DEUS. Porém, ocasionalmente prediziam acontecimentos futuros, como em Atos11.28 e 21.9,.. Os evangelistas eram pregadores itinerantes, que iam de lugar em lugar para ganhar osincrédulos (cf. 2 Tm 4.5), de modo muito semelhante como se faz hoje.Certos intérpretes sugerem que as primeiras três categorias se aplicam à igreja universal, ao passo queas outras duas se ajustam especificamente à igreja local. Pastores são pastores de um rebanho decomunicantes; a palavra grega (poimen) empregada aqui significa, literalmente, “pastor de ovelhas”. Atarefa dos pastores é alimentar o rebanho e protegê-lo dos perigos espirituais. Doutores pode ser umaoutra função do pastor. Bruce afirma que estes dois termos “denotam a mesma e uma única classe dehomens”. Contudo, pode ser que os doutores representem uma classe de responsabilidade um tantoquanto menor que os pastores, mas que, mesmo assim, detêm lugar especial na igreja. Os cincoministérios são concedidos pelo ESPÍRITO e dados por CRISTO à sua igreja.O Propósito dos Dons (4.12-16)Falando principalmente da vida interior da comunidade cristã, Paulo descreve o propósito para o qualCRISTO deu à igreja estes ministérios. Pelo menos quatro dimensões do propósito divino sãodistinguíveis.a) Estes ministérios são dados para edificar ou construir o corpo de CRISTO (12). As três frases nesteversículo, cada uma separada por uma vírgula (RC), dão a impressão de que o apóstolo expressa umpropósito triplo. No idioma original, a ênfase está na última frase: “Ele fez isso para preparar o povo deDEUS para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de CRISTO” (NTLH). O objetivo destes servosespeciais é ocasionar um aperfeiçoamento (katartismos, lit., “adaptação” ou “equipamento”) para a obrado ministério (diakonias). A expectativa é que haverá um trabalho ativo e frutífero para o Senhor, com oresultado de que a igreja será edificada. A medida que as almas são ganhas, a vida da comunidade se

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aprofunda e se fortalece pelo serviço unificador da igreja.b) Estes dons ministeriais são dados para promover maturidade. O versículo 13 rememora o anterior eoferece explicação adicional da “edificação” da igreja. Uma vez mais, Paulo usa três frases, cada umainiciada com a preposição grega eis: 1) à unidade da fé; 2) a varão perfeito; 3) à medida da estaturacompleta de CRISTO. Estas não são ideias paralelas. A primeira fala do meio da maturidade, a segundafala da realidade da maturidade e a terceira fala da medida da maturidade. Uma tradução melhor doversículo seria esta: “Assim, todos finalmente atingiremos a unidade inerente em nossa fé e em nossoconhecimento do Filho de DEUS, e chegaremos à maturidade, medida por nada menos que a estaturacompleta de CRISTO” (NEB).A unidade da fé e do conhecimento do Filho de DEUS constitui o meio do amadurecimento (cf. RA). Aunidade é um dom do ESPÍRITO (cf. 3), mas requer-se fé e conhecimento para recebê-la. Neste texto, afé é a resposta que damos ao Filho de DEUS e a nossa confiança nele — DEUS manifestado na carneque morreu no Calvário em nosso benefício. Aqui, conhecimento (epignosis) é semelhante à fé no pontoem que significa “compreensão, familiaridade, discernimento”. Não devemos equipará-lo a conhecimentointelectual, mas a relações pessoais. A unidade se origina dessa intimidade com o Filho proporcionadapela graça. Paulo não está falando da experiência inicial com CRISTO. O apóstolo se preocupa com ocrescimento e aumento em entendimento e compreensão dos propósitos e vontade de DEUS conformeestão revelados em associação com CRISTO. Os membros da igreja podem e devem ter talcrescimento em maior medida enquanto o servem.A varão perfeito refere-se ao nível de maturidade coletiva e individual na igreja, no qual o poder de DEUSse manifesta inteiramente em santidade e justiça. Tal estado será atingido em seu significado máximofuturamente, quando possuirmos a graça de CRISTO na perfeição da ressurreição (cf. Fp 3.7-16).A medida da estatura completa de CRISTO é o padrão de medida que determina a maturidade cristã.Hodge escreve: “A igreja se torna adulta, homem perfeito, quando alcança a perfeição de CRISTO”. Achave para interpretar o versículo é a expressão estatura completa de CRISTO. Qual é esta estatura?Salmond diz que é “a soma das qualidades que fazem o que ele é”. Quando a igreja está à altura damaturidade plena do seu Senhor, ela é perfeita. E à medida que cresce em direção a essa maturidade,ela fica mais próxima de sua meta em CRISTO. Precisamos também destacar que não há crescimentona igreja separadamente de nosso crescimento individual como crente. É cada um de nósindividualmente que tem de se dirigir com empenho à estatura completa de CRISTO.c) Estes ministérios são dados para garantir a estabilidade na igreja diante de doutrinas divergentes e doengano de homens (14). Esta é consequência natural da maturidade, como Paulo indica por sua fraseintrodutória: Para que não sejamos mais meninos. Uma das evidências claras de imaturidade é aincapacidade de resistir, de forma inteligente e espiritual, as declarações das falsas doutrinas. Aspalavras de Paulo são pitorescas. O termo inconstantes só ocorre aqui no Novo Testamento e é derivadode k ludon (“vagalhão” ou “onda”). Por conseguinte, o verbo significa literalmente “ser lançado pelasondas”. Cristãos imaturos são como barcos açoitados pela tempestade. Levados em roda vem dapalavra gregaperiphero, que tem a ideia de oscilar violentamente. Boas traduções dos dois termos são:“levados de um lado para outro pelas ondas” e “jogados para cá e para lá por toda nova rajada de ensino”(cf. BJ, NVI). Atarefa dos ministros é pôr mão forte no leme da igreja, mantê-la firme e fornecer o lastrodoutrinário mediante um ministério fiel de pregação e ensino.Aqueles que introduzem falsos ensinos, nos quais os crentes instáveis caem vítimas, enganam a simesmos e também enganam fraudulosamente os outros. Esta fase é mais bem traduzida por “fazemuso de todo tipo de dispositivo inconstante para induzir ao erro” (Weymouth). Eles usam de engano (lit.,“jogo de dados”). Metaforicamente, veio a significar “artimanha” (BJ, RA). Moule declara corretamente oaviso de Paulo: “Há pessoas próximas de vós que não só vos desviam, mas o fazem de propósito,pondo armadilhas premeditadas e organizando métodos bem elaborados, com o objetivo de afastá-losde CRISTO a quem eles não amam”. A única proteção adequada contra a sutileza da heresia é uma fécrescente e um conhecimento progressivo da verdade. Os ministros têm de proporcionar a oportunidadede tal maturação para assim garantir a estabilidade na igreja.d) Estes ministérios são dados para possibilitar o crescimento em CRISTO. Seguindo a verdade (15) éderivado do verbo grego aletheuo, geralmente traduzido por “falar a verdade” (cf. CH, NTLH). Mas hámais no pensamento de Paulo do que proferir sons articulados. Ele pensa em termos de viver e agir.Dale comenta: “A verdade tem de ser a vida de todos os cristãos. A revelação de DEUS em CRISTOtem de influenciar e inspirar todas as atividades dos cristãos. A verdade tinha de se encarnar nosefésios, tinha de se corporificar neles. [...] Não era apenas para falar, mas para vivenciá-la”. E esta vidaera para ser vivida em caridade (“em amor”, ACF, AEC, BAB, BJ, CH, NVI, RA), quer dizer, com osmotivos e inclinações que o amor evoca. As pessoas confessam e vivem asperamente certa porção deverdade, mas a comunidade cristã sempre tem de se expressar em amor. O resultado será o movimentoprogressivo em direção à perfeição de CRISTO, a cabeça da igreja. Repare que esta ideia éessencialmente idêntica ao pensamento do versículo 13. Além disso, esta ação positiva é a melhor

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defesa contra os efeitos do erro descritos no versículo 14.No versículo 16, o apóstolo retorna à analogia do corpo e se serve disso para enfatizar a unidade queCRISTO, a cabeça, traz para a igreja. Ele visualiza a estrutura maravilhosa e intricada do corpo humanocom suas partes unidas de modo bem ajustado e ligado (“bem unido e consolidado”, NEB). Na analogia,juntas referem-se aos ligamentos pelos quais as partes do corpo se unem. Quando o corpo estáfuncionando segundo ajusta operação de cada parte, quer dizer, quando cada parte é ativada de acordocom o seu propósito, a harmonia prevalece e o crescimento é certo. CRISTO é, obviamente, o centro ea origem de toda a vida espiritual. Ele dá “coesão e poder vital para o crescimento”.40 Este crescimentoresulta na edificação ou “construção” (BAB) da igreja em amor (cf. 1.4; 3.17; 4.2; 5.2). A estrutura tem aver principalmente com o desenvolvimento espiritual interno, mas quando a igreja é interiormente forteela aumenta numericamente.Em suma, Paulo vê a unidade da igreja em termos orgânicos e não organizacionais. A verdadeiraunidade é interior e resultado de um organismo saudável. O ESPÍRITO cria essa unidade; não é obra dehomens, por mais inteligentes ou apessoados que sejam. Quando esta unidade prevalece, compartilhadapor cada membro e motivada pela fidelidade de ministros talentosos, a igreja cresce em simetria ebeleza, para espanto do mundo não crente.Nos versículos 4 a 16, o pensamento da medida da estatura completa de CRISTO sugere o tema “OAlvo Ultimo do Cristão”. 1) O meio para esse fim. Ensinar e pregar a Palavra de DEUS, 11,12; 2) Ocompêndio do ideal, 4-7,15. A fé incorporada e o corpo incorporado, 16; 3) A proximidade da meta numcaráter estável, 14. CRISTO no trono do coração. A igreja unida (G. B. Williamson).

Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 160-163.

III - CORINTO: UMA IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11)1. Os dons são importantes.

OBJETIVOS DOS DONSGlorificação de JESUS Jo. 16: 14 Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há deanunciar.Expansão do Evangelho Rom. 15: 19 Por força de sinais e prodígios, pelo poder do ESPÍRITO SANTO;de maneira que desde Jerusalém e circunvizinhanças, até ao Ilírico, tenho divulgado o evangelho deCRISTO.Edificação da Igreja I Cor. 14: 12 Assim também vós, visto que desejais dons espirituais, procuraiprogredir, para a edificação da Igreja.Confirmação da Palavra Mc. 16: 20 E eles, tendo partido, pregaram a em toda parte, cooperando comeles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam.

FATBI. Faculdade Teológica Bereana Internacional Módulo De Teologia Sistemática Curso BachareladoEm Teologia.

Agora o apóstolo mostra como se manifestavam os vários dons do ESPÍRITO, nos quais a congregaçãoera tão rica, e qual o propósito que eles deviam guardar em mente: Mas a cada um (cristão) está sendodada a manifestação do ESPÍRITO visando o proveito comum. Ele fala de modo muito geral, afirmandoque cada cristão possui algum dom da graça, um dom que não foi meramente derramado sobre ele emcerta ocasião no vago e distante passado, mas que lhe é concedido dia após dia. Por isso, seu alvo eobjetivo não é servir ao engrandecimento e gozo pessoal, mas ser colocado à disposição e ao ministériodo proveito espiritual da congregação inteira e da igreja. Cada cristão devia revelar-se um bomdespenseiro da multiforme graça de DEUS, 1.Pe. 4. 10; Mt. 25. 14-30.Paulo mostra por meio de certo número de exemplos como exatamente os talentos espirituais doscristãos individuais deviam servir para o benefício da congregação toda: A um foi dada pelo ESPÍRITO,por meio do Seu poder, a palavra de sabedoria. Teve um saber excepcionalmente completo das grandesverdades da Escritura, ou seja, do mistério do evangelho,da palavra da cruz, e de modo claro e convincente pôde expô-las em seu conjunto. Mas a outro foi dadaa palavra de conhecimento, segundo o mesmo ESPÍRITO, orientado pelo Seu poder. Teve o dom deaplicar a palavra de DEUS a casos individuais na vida, lançar de modo apropriado luz sobre eles, fazeras conclusões corretas na base dum claro conhecimento. O saber é mais teórico, conhecimento é maisprático. São estas em especial as qualificações do professor e pastor.Na segunda série de dons, a um outro é dada fé, no mesmo ESPÍRITO, unicamente no Seu poder eoutorga. Não é aquela fé que aceita a salvação em CRISTO, ou seja, não a fé que justifica, mas umaconfiança forte e inabalável no DEUS onipotente ou no poder de CRISTO, como algo capaz de se revelarem feitos extraordinários e realizar o que aos homens parece impossível.18) Este dom de fé heroica foiespecialmente necessária nos dias antigos da igreja, mas desde então apareceu em muitos servos doSenhor, que, com a assistência do Senhor, realizaram o aparentemente sobrenatural. A um outro foramdados na concessão do mesmo ESPÍRITO os dons das curas. Nos dias antigos houve cristãos que

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foram capazes de curar os doentes sem o uso de medicamentos e para realizar outras coisasmilagrosas, como sejam: ressuscitar os mortos, castigar os maus por meio duma manifestaçãoextraordinária da ira de DEUS, como no caso de Ananias e Safira, Elimas, etc. Com estes donsestiveram intimamente ligados os atos de poder, e a operação de milagres em geral.Paulo menciona no terceiro grupo de dons, que a outro cristão é dada profecia, o que não só inclui ahabilidade de ver o futuro e pré-anunciar eventos vindouros, mas também a de aplicar a palavra deDEUS no ensino e na admoestação. “A profecia é que alguém pode interpretar e explicar corretamente aEscritura, e dela comprovar, de modo vigoroso, a doutrina da fé e a doutrina falsa; por meio dela tambémadmoestar o povo, ameaçar ou fortalecer e confortar, indicando, enquanto isto, a ira vindoura, o castigo ea vingança sobre os descrentes e desobedientes, e, por outro, o socorro divino e a recompensa para oscristãos e piedosos; assim como os profetas o fizeram à base da palavra de DEUS, tanto da lei comodas promessas.”19) A outro é dado o discernir espíritos, que é a capacidade de, rapidamente, distinguirentre verdadeiros e falsos mestres, 2.Ts. 2. 9; 1.Jo. 4. 1.Quando Satanás descobriu que aberta inimizade e perseguição não tiveram o sucesso que seus planosquiseram, então ele empregou a astúcia e atuação escondida, fazendo surgir falsos mestres exatamenteno meio das congregações cristãs, cujas línguas fluentes muitas vezes conseguir introduzir doutrinasdiferentes do puro evangelho pregado pelos apóstolos. Por isso uma pessoa que tem a capacidade paralogo discriminar, para desmascarar a posição dúbia e perigosa dos falsos mestres, foi uma valiosaaprovação na congregação. A mais outro cristão foram dadas tipos de línguas, sendo ele capaz parafalar as grandes coisas de DEUS em línguas estranhas, que jamais estudara, Mc. 16. 17, ou ele podialouvar o Senhor numa língua totalmente nova e desconhecida, virtualmente na língua dos anjos, cap. 13.1. Contudo, visto que estes dons em si mesmo teriam sido inúteis, o Senhor também havia concedido aum outro a interpretação de línguas, ou seja, a capacidade de traduzir a língua desconhecida para obenefício da congregação, para a edificação dos ouvintes.Claramente o apóstolo lembra seus leitores que, não importando a imensa diferença entre eles, nãoimportando a inclinação que houve entre os detentores dos diferentes talentos para exaltar seus donspessoais, todos estes dons haviam sido operadas por um e o mesmo ESPÍRITO, quando distribuiu acada pessoa individual exatamente como Sua vontade o ditava. Aqui se destacam dois pensamentos:Que é tão somente o ESPÍRITO que lida com cada indivíduo, que é Sua escolha e juízo que determinamos dons, mas também que não podia haver qualquer ideia de mérito da parte de quem os recebeu; amedida do ESPÍRITO SANTO é a sua vontade e seu conselho pessoal e gracioso.Nota: Dos dons aqui mencionados pelo apóstolo, quatro desapareceram completamente do meio daigreja cristã, os outros cinco ainda são encontrados, ainda que em medida menor.Desapareceram completamente o dom de curar sem a aplicação de remédios, o dom de operar outrosmilagres, o dom de falar línguas estranhas sem algum estudo e uso prévio, e por último o dom deinterpretar tais línguas que jamais se estudou. Este, porém, não é o caso com os outros donsmencionados pelos apóstolos, a saber, com os dons de falar pelo ESPÍRITO com sabedoria e comconhecimento, com o dom de profetizar, isto é, de expor as Escrituras, com o dom de uma féexcepcionalmente alta, forte e heroica, e por fim com o dom de distinguir entre os espíritos.”20) Se estesdons ao menos tivessem sido empregados mais vezes, em toda humildade, para o benefício da igreja!

KRETZMANN. Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concórdia Publishing House.2. Diversidade dos dons.

Dons de manifestação do ESPÍRITOVamos agora classificar ou agrupar os dons com o objetivo de entender melhor o assunto. A primeiraclassificação é a dos dons de manifestação do ESPÍRITO em número de nove, conforme I Coríntios12.8-10. Esses dons são formas de capacitação sobrenatural de pessoas, para a “edificação do corpode CRISTO” como um todo, e também para a bem-aventurança de seus membros, individualmente(vv.3-5,12,17,26).Os capítulos 12 a 14 de I Coríntios têm a ver com esses maravilhosos dons. Eles são de atuaçãoeventual, inesperada e imprevista (quanto ao portador do dom), tudo dependendo da soberania de DEUSna sua operação. Esses dons manifestam o saber de DEUS, o poder de DEUS e a mensagem deDEUS.Dons que manifestam 0 saber de DEUS (I Co 12.8-10). Esses dons manifestam a multiforme sabedoriade DEUS:1) A palavra da sabedoria (v.8). E um dom de manifestação da sabedoria sobrenatural, pelo ESPÍRITOSANTO. E um dom altamente necessário no governo da igreja, pastoreio, administração, liderança,direção de qualquer encargo na igreja e nas suas instituições.2) A palavra da ciência (v.8). “Ciência” equivale, aqui, a “conhecimento”. Ê um dom de manifestação deconhecimento sobrenatural pelo ESPÍRITO SANTO; de fatos, de causas, de ensinamentos, deensinadores, etc.3) O dom de discernir os espíritos (v.IO). No original, os dois termos que designam este dom estão no

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plural. E um dom de conhecimento e de revelação sobrenaturais pelo ESPÍRITO SANTO. E um dom deproteção divina para não sermos enganados e prejudicados por Satanás e seus demônios, e tambémpelos homens. Uma das principais atividades de Satanás é enganar (Ap 12.9; 20.8,10; I Tm 4.1). Oshomens também enganam (Ef 4.14; I Jo 2.26; 2 Jo v.7). Líderes em geral — inclusive de música —,pastores, evangelistas, mestres, precisam muito deste dom para não serem enganados.Dons que manifestam o poder de DEUS (I Co 12.9,10). Esses dons manifestam a poder dinâmico deDEUS:1) A fé (v.9). E um dom de manifestação de poder sobrenatural pelo ESPÍRITO SANTO. Superação eeliminação de obstáculos sejam quais forem, e de impedimentos; liberação do poder de DEUS;intercessão. Não se trata aqui da fé no seu sentido salvífico (Ef 2.8); ou fé como fruto do ESPÍRITO (G15.22); ou fé significando o corpo de doutrinas bíblicas (G1 1.23); ou fé como o aspecto puramenteespiritual da vida cristã (2 Co 13.5). Trata-se da fé chamada “fé especial”, “fé miraculosa”. Este domopera também em conjunto com vários outros dons.2) 05 dom de curar. Ou “dons de curas”, literalmente (v.9). Isto é, este dom é multiforme na suaconstituição e na sua operação. Ê uma sublime mensagem para os enfermos, não importando a suadoença. São dons de manifestação de poder sobrenatural pelo ESPÍRITO SANTO para a cura dasdoenças e enfermidades do corpo, da alma e do espírito, para crentes e descrentes.Esses “dons de curas” operam de várias maneiras: através da Palavra; através de outro dom; umapalavra de ordem; um olhar; mãos, etc. Os dons de curas abrangem o ser humano em sua totalidade; jáo dom da fé, além do ser humano, abrange tudo mais, conforme os planos e propósitos de DEUS.3) A operação de maravilhas (v. 10). No original, os dois termos que designam este dom estão no plural:“operações de maravilhas”. São operações de milagres extraordinários, surpreendentes, pasmosos;prodígios espantosos pelo poder de DEUS, para despertar e converter incrédulos, céticos, oponentes,crentes duvidosos. Leia João 6; Atos 8.6,13; 19.11; e Josué 10.12-14.Dons que manifestam a mensagem de DEUS (I Co 12.10). Esses dons manifestam a mensagem daparte de DEUS, poderosa, vivificante, criativa, edificante e consoladora (E em torno desses três últimosdons que ocorre mais falta de disciplina e de ordem nas igrejas, como também ocorreu em Corinto.).1) A profecia (v. 10). E um dom de manifestação sobrenatural de mensagem verbal pelo ESPÍRITO,para “edificação, exortação e consolação” do povo de DEUS (I Co 14.3). E um dom necessário a todosos que ministram a Palavra; que trabalham com a Palavra (cf. Lc 1.2b; I Tm 5.7). O grau da profecia naigreja hoje não é o mesmo da “profecia da Escritura” (2 Pe 1.20), que é infalível — a profecia da Bíblia.A profecia na igreja deve ser, pois, julgada. De fato, a Bíblia declara: “Em parte profetizamos” (I Co13.9). A profecia da igreja está sujeita a falhas por parte do profeta; daí a recomendação bíblica de ICoríntios 14.29: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”.Por que a profecia é denominada o principal dom, conforme I Coríntios 13.2 e 14.1,5,39? Porque aprofecia edifica a igreja como um corpo, e não apenas como indivíduos. Também porque a profecia é ummeio de expressão de muitos dons (I Tm 4.14a). A maior parte do tempo do culto deve ser para aministração da Palavra de DEUS, e não para a profecia, conquanto seja esta tão importante (I Co 14.29).2) A variedade de línguas (v. 10). É um dom de expressão plural, como indica o seu título. È um milagrelinguístico sobrenatural. Nem todos os crentes batizados com o ESPÍRITO SANTO recebem este dom(I Co 12.30). Já as línguas como evidência física inicial do batismo, todos ao serem batizados noESPÍRITO SANTO as falam.As mensagens em línguas mediante este dom devem ser interpretadas para que a igreja recebaedificação (I Co 14.5,27). O crente portador deste dom, ao falar em línguas perante a congregação, nãohavendo intérprete por DEUS suscitado, deve este crente falar somente “consigo e com DEUS” (I Co14.4,28), isto é, falar em silêncio.3) A interpretação das línguas (v. 10). Ê um dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural,pelo ESPÍRITO SANTO. Não se trata de “tradução de línguas”, mas de “interpretação de línguas”.Tradução tem a ver com palavras em si; interpretação tem a ver com mensagem. As línguas estranhascomo dom espiritual, quando interpretadas, assemelham-se ao dom de profecia, mas não é a mesmacoisa. O dom de interpretação é um dom em si mesmo, e não uma duplicação do dom de profecia (cf. ICo 12.10,30; 14.5,13,26-28).Dons de ministérios práticos São administrações de serviços práticos, individuais e em grupo (Rm 12.6-8; I Co 12.28-30). Nestas passagens, eles aparecem juntamente com os demais dons espirituais, e sobo mesmo título original charismata — “dons da graça”. São dons de ministração residentes no portador,pela natureza de sua finalidade junto às pessoas ou grupos: assistência, serviço, socorro, auxílio,amparo, provisão. São dons residentes nos seus portadores, pela natureza e objetivos de sua ação.Estes dons têm sido pouco estudados na igreja. Daí os equívocos e dúvidas existentes. São da mesmanatureza espiritual e sobrenatural dos demais dons da graça de DEUS. A Bíblia os coloca em conjuntocom os demais dons (I Co 12.28). Ela usa para esses dons o mesmo termo original empregado para osdons de I Coríntios 12.4-10: charismata (Rm 12.6-8).

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Ministério (Rm 12.7). Ministração, servir, prestar serviço material e espiritual, sem primeiramente esperarrecompensa, reconhecimento, retribuição, remuneração, com motivação e capacitação mediante estedom. E servir capacitado sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO.Ensinar (Rm 12.7). Ensinar no sentido didático, como deixa claro o original. E o dom espiritual deensinar, tanto na teoria, como na prática; ensinar fazendo; ensinar a fazer; ensinar a entender; treinaroutros. Educar no sentido técnico desta palavra. Não confundir com o ministério do ensino, que tem aver com ministros do evangelho, segundo Efésios 4. II e Atos 13.1 (“profetas e mestres”).Exortar (Rm 12.8). Exortar, aqui, é como dom: ajudar, assistir, encorajar, animar, consolar, unir pessoasdesunidas, que não se falam; admoestar.Repartir (Rm 12.8). O sentido no original é dar generosamente, doar, oferecer, distribuir aosnecessitados em primeiramente esperar recompensa ou reconhecimento, movido pelo ESPÍRITOSANTO. Este dom ocupa-se da benevolência, beneficência, humanitarismo, filantropia, altruísmo.Presidir (Rm 12.8). E conduzir, dirigir, organizar, liderar, governar, orientar com segurança,conhecimento, sabedoria e discernimento espiritual. Isso em se tratando de igreja, congregação,instituição, etc. Para alguém presidir desta maneira, só mesmo tendo de DEUS este dom! A tendêncianatural de quem lidera e preside é ser duro, dominar somente pela autoridade, ser insensível.Exercitar misericórdia (Rm 12.8). Este dom refere-se a assistência aos sofredores, necessitados,carentes; fracos, enfermos, presos, visitação, compaixão.Socorros (I Co 12.28). Literalmente “achegar-se para socorrer”. É o caso de enfermos, exaustos,famintos, órfãos, viúvas, etc. È um dom de ação plural.Governos (I Co 12.28). E um dom plural no seu exercício. Ê dirigir, guiar e conduzir com segurança edestreza. O termo original sugere pilotar uma embarcação com segurança, destreza e responsabilidade.Dons na área do ministérioEsses dons são enumerados em Efésios 4.11 e I Coríntios 12.28, 29, a saber: apóstolos, profetas,evangelistas, pastores, doutores ou mestres.Alvos e resultados dos dons espirituais. De acordo com I Coríntios 12.7, “a manifestação do ESPÍRITOé dada a cada um para o que for útil”. Vejamos quais são os alvos e resultados dos dons espirituais:1) A glorificação do Senhor JESUS em escala muito além da natural e humana (Jo 16.14).2) A confirmação da Palavra de DEUS anunciada, pregada e ensinada (Mc 16.17-20; Hb 2.3,4).3) O crescimento constante e real, em quantidade e qualidade, da obra de DEUS na igreja, naevangelização e nas missões (At 6.7; 19.20; 9.31; Rm 15.19\4) A “edificação” espiritual da igreja de DEUS como um corpo e como membros individualmente (I Co12.12-27). JESUS afirmou: “Eu edificarei a minha igreja” (Mc 16.18), mas na ocasião Ele não disse comoia edificar. Mas em Atos e nas Epístolas vemos que é em parte através desses dons divinos de queestamos a tratar.5) O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12). Isso jamais é possível por parte do homem, ou dascoisas desta vida, mas é possível para DEUS (c£ Lc 18.27).O exercício dos dons do ESPÍRITO. Toda energia e poder sem controle é desastroso. Estudando ICoríntios 14.26,32,33 e 40, vemos que DEUS nos concede dons, mas não é responsável pelo mau usodeles, por desobediência do portador à doutrina bíblica, ou por ignorância desta. A eletricidade quandodomada nas subestações, torna-se apropriada ao consumo doméstico, mas nas linhas de alta tensão életal e destruidora. Também não adianta ter um bom freio no carro sem o seu potente motor, comomuitos fazem nas igrejas mornas, frias e secas. Elas têm freio e direção no “carro”, porém falta-lhes oativo e poderoso motor.O uso dos dons na igreja deve ser regulado e equilibrado pela Palavra de DEUS, corretamenteentendida, interpretada e aplicada. A Palavra e o ESPÍRITO interpenetram-se e combinam-se em suaoperação conjunta na igreja. A Palavra é a espada do ESPÍRITO, e o ESPÍRITO interpreta e emprega aPalavra.Na igreja, a predominância da doutrina do Senhor corrige erros, evita confusão e repara estragos. Ela,quando ensinada e aplicada, neutraliza o fanatismo, que é zelo religioso sem entendimento — sãoexageros, práticas antibíblicas, emocionalismo, gritaria e outros desmandos. Por sua vez, quando oESPÍRITO predomina, neutraliza o formalismo, que é excesso de regras, regulamentos, legalismo, rotinareligiosa, formalidades secas e enjoativas, mornidão, fórmulas, ritos e coisas assim.Quem recebe dons de DEUS, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que a Palavra ensina sobreo exercício deles. Em Corinto havia abuso dos dons, enquanto em Tessalônica havia carência deles, portanto refreio. E de pasmar em nossas igrejas a carência da doutrina bíblica sobre essas manifestaçõesdo ESPÍRITO — os dons espirituais. O resultado disso aí está em muitos lugares: fanatismo, práticasantibíblicas, meninices, confusão, escândalo e desonra para o evangelho que pregamos.No exercício dos dons e de outras manifestações do ESPÍRITO SANTO, ninguém que ajadesordenadamente e cause confusão, dentro da congregação e fora dela, venha a dizer que está agindoassim por direção do ESPÍRITO SANTO. Ele não é o autor de tais coisas!

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Responsabilidade quanto aos dons. É preciso haver responsabilidade quanto aos dons, a fim de que nãohaja mau uso deles.1) Conhecer os dons. “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (I Co 12.1).2) Buscar os dons. “Procurai com zelo os melhores dons” (I Co 12.31).3) Zelar pelos dons. “Procurai com zelo os dos espirituais” (I Co I4.I).4) Ser abundante nos dons. “Procurai progredir neles, para a edificação da igreja” (I Co 14.12, ARA).5) Ter autodisciplina nos dons. “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” (I Co 14.32).6) Ter decência e ordem no exercício dos dons. “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (I Co14.40).Portanto, poder, mais, curas, libertação e maravilhas devem caracterizar um genuíno avivamento plenode renovação espiritual e pentecostal. No entanto, tudo deve ser livre de escândalos, engano,falsificação, e segundo a decência e ordem que a Palavra de DEUS preceitua (I Co 14.26-40).

Antônio Gilberto. Teologia Sistemática Pentecostal. Editora CPAD. pag.196-202.Os dons de DEUSNotemos o que Paulo diz: “E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo emtodos” (1 Coríntios 12.6).A palavra “operações” refere-se ao método usado para pregar o evangelho. Para ser mais específico,refere-se à estratégia usada para que o evangelho alcance o mundo todo. Meios eficientes e programaspara testemunhar o evangelho incluem a abertura de novas igrejas, reavivamento, estabelecimento emanutenção de escolas e hospitais. Essas ações pertencem às diversas operações que DEUS usa parao avanço do evangelho.Os dons de JESUSPaulo também diz: “E também há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo” (I Coríntios12.5). Isso quer dizer que JESUS CRISTO tem dado o dom de ministrar a alguns cristãos, para quepossam ocupar posição de liderança e realizar trabalhos dentro da igreja. Assim como toda organizaçãona terra requer liderança responsável, a igreja, o corpo de CRISTO, também o exige.O ministério é explicado em diversos lugares na Bíblia. Como exemplo, em I Coríntios 12.27-28 lemos:“Ora, vós sois corpo de CRISTO e, individualmente, membros desse corpo. A uns pôs DEUS na igreja,primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores demilagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”.Com respeito a esses ministérios, Paulo escreveu em Efésios 4.11: “E ele mesmo deu uns paraapóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”. Esseversículo nos mostra que, como cristãos, não podemos escolher o tipo de ministério que gostaríamos deter dentro da igreja. Sem dúvida, cada um de nós deve descobrir o dom de JESUS que nos foi dado e,então, servir a DEUS fielmente naquele tipo de serviço para o qual fomos escolhidos.Os dons do ESPÍRITOConcluímos, então, que os dons são dados pelo ESPÍRITO SANTO: “Há diversidade de dons, mas oESPÍRITO é o mesmo” (I Coríntios 12.4).Dons do ESPÍRITO SANTO são os instrumentos de poder que levam adiante, com sucesso, arealização e administração do trabalho de DEUS em sua igreja.Quando se planeja construir uma casa e o arquiteto, construtor e especialistas são escolhidos, todas asferramentas e materiais necessários para a construção são trazidos e usados, para que o projetoobtenha sucesso e seja efetuado o mais rápido possível.Quando há um grande trabalho a ser realizado para DEUS, os dons do ESPÍRITO SANTO sãodistribuídos a diferentes cristãos dentro da igreja, o corpo de CRISTO. Esses dons capacitam oscristãos a completar o trabalho de DEUS com responsabilidade e eficiência; e o trabalho desenvolve-segraças ao ESPÍRITO SANTO.Existem nove dons do ESPÍRITO SANTO, e podem ser divididos em três grupos como segue:1. Os dons de revelaçãoa. O dom da palavra da sabedoriab. O dom da palavra da ciênciac. O dom de discernimento de espíritos2. Os dons de podera. O dom de féb. O dom de curac. O dom de operar milagres3. Os dons vocaisa. O dom de línguasb. O dom de interpretação de línguasc. O dom de profeciaOs dons de revelação referem-se à comunicação sobrenatural, revelada pelo ESPÍRITO SANTO ao

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coração daquele que recebe esse dom. O conhecimento de experiências e situações de outras pessoas,que é revelado mediante esses dons, só se tornará público quando a pessoa que recebe um ou todosesses dons decide falar.Os dons de poder são dons grandiosos pelos quais o poder de DEUS se manifesta, a fim de transmitiruma resposta miraculosa mediante uma intervenção divina, sobrenatural. Por meio desses dons aspessoas e seu ambiente são transformados.Os dons vocais tratam da comunicação sobrenatural que o ESPÍRITO SANTO de DEUS revela, usandoa voz humana. Não somente a pessoa que usa os dons, mas outras ao seu redor podem ouvir acomunicação, pois esses dons são recebidos pelos sentidos.Todos os tipos de dons são distribuídos às pessoas pelo ESPÍRITO SANTO, de acordo com sua própriavontade, para o benefício e crescimento da igreja, o corpo de CRISTO.

DAVID YONGGI CHO. O ESPÍRITO SANTO, Meu Companheiro. Editora Vida. pag. 116-119.3. Autossuficiência e humildade.

Utilizando Os Dons Espirituais1. Não são meios pelos quais nos autoglorifiquemos. Tal atitude seria contrária ao inteiro espírito doevangelho. Mas que tal atitude havia na igreja de Corinto é algo que fica transparente no décimo quartocapítulo de I Coríntios.2. Os dons espirituais visam a edificação, e devem servir de meios para conduzir os homens na direçãoda perfeição, em CRISTO (ver Efé. 4:11 e ss.).3. Precisam ser exercidos no ambiente do amor (ver I Cor. 13), pois o amor é maior que qualquer domespiritual. A nossa preocupação deveria ser: «Mediante 0 uso deste dom, como posso ajudar os homensa serem transformados mais profundamente segundo a imagem de CRISTO?» Ou então: «Como podereiservir a outros, material e espiritualmente, pelo meu ministério caracterizado por dons espirituais?»4. Cada membro do corpo de CRISTO deveria possuir algum dom espiritual, e cada dom é uma funçãodo corpo. Paulo emprega uma metáfora baseada na fisiologia, em I Cor. 12:12-31, a qual é muiinstrutiva.«...a graça que nos foi dada...» Todos os dons espirituais começam e têm por base a graça de DEUS,tal como 0 apóstolo dos gentios já havia demonstrado, em seu próprio caso, porque, ao ser chamadopara 0 apostolado, foi chamado através da dispensação da graça de DEUS. (Ver o terceiro versículodeste mesmo capítulo). Todas as demais funções espirituais são igualmente alicerçadas nessepropósito divino, atuadas nos homens mediante o ESPÍRITO SANTO.Neste ponto, a medida da fé e. a. «graça que nos foi dada» significam essencialmente a mesma coisa.Ambas as passagens referem-se à «graça» do ESPÍRITO, como fundamento de toda a outorga dosdons espirituais. Aquilo que fala da fé enfatiza a base em que a graça se desenvolve e floresce. DizBrown (in loc.)referindo-se ao terceiro versículo deste capítulo: «A fé é aqui vista como a entrada e como o canteiro detodas as outras graças, sendo assim a faculdade receptiva da semente renovada». A própria fé, cujoinício tem lugar quando da regeneração, e que frutifica na vida cristã diária, por ser o princípiotransmissor de vida, em si mesma é uma graça de DEUS, porque é conferida aos homens, emborasempre em cooperação com a vontade humana.Neste versículo, «...dons...» é tradução do termo grego «charismata»,. O vocábulo grego técnico paratodos os chamados «dons espirituais». Todos esses dons são proporcionados e inspirados peloESPÍRITO SANTO, não 'se tratando meramente das manifestações miraculosas. Paulo não entra aquiem longa descrição sobre os dons do ESPÍRITO, e nem mesmo chega a mencionar os donsespecialmente «miraculosos», segundo faz no paralelo do décimo segundo capítulo da primeira epístolaaos Coríntios. Portanto, suas explicações são muito menos extensas neste décimo segundo capítulo daepístola aos Romanos, simplesmente porque 0 apóstolo dos gentios não foi obrigado a tentar corrigirabusos sérios, conforme se deu no caso de sua epístola aos Coríntios.O Uso E O Abuso Dos Dons Espirituais1. Quando a epístola aos Romanos foi escrita, os dons espirituais ainda não haviam cessado. Nãopodemos usar 0 trecho de I Cor. 13:10, como texto de prova do ensino que supostamente os donsespirituais desapareceriam dentro da era cristã, pois o que é «perfeito»—que finalmente eliminará anecessidade de certos dons espirituais—é a «parousia» (ou segunda vinda de CRISTO), e não o términodo cânon neotestamentário.2. Entre os dons espirituais, alguns são perturbadores por haverem sido imitados e abusados, a saber,alguns dons miraculosos como as línguas, a interpretação de línguas e os milagres de curas. Háalgumas indicações, dentro da tradição profética, de que a espiritualidade continuará avançando até umponto em que os dons espirituais controvertidos chegarão a ser substituídos por formas de expressãoespirituais mais elevadas. Então os verdadeiros crentes unir-se-ão ao redor de uma mais altaespiritualidade. Portanto, estamos progredindo para um ponto mais avançado, melhor que uma simplesrestauração.

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As manifestações místicas não procedem necessariamente do reino da luz, e é muito engenhosa aquelaatitude que pensa que simplesmente porque são buscadas em «nome» do Senhor JESUS, que osbenefícios espirituais assim adquiridos procedem do ESPÍRITO SANTO. Blasfêmias e vulgaridades têmsido ouvidas em línguas, nas igrejas evangélicas, supostamente no nome do Senhor JESUS. Apossessão demoníaca não é incomum em algumas igrejas evangélicas onde a psyche é escancarada àsinfluências espirituais externas. Isso prova que os «demônios» se fazem presentes; e, estandopresentes os demônios, são eles os provocadores de muitas das manifestações que ali se efetuam.Há uma igreja evangélica, que este autor conhece pessoalmente, onde ocorre o chamado «fenômeno doperfume». Trata-se do aparecimento repentino do odor de rosas, embora diferente do perfume das rosasterrestres. Naquela igreja supõe-se que tal perfume aparece quando o Senhor JESUS se faz presenteentre seu povo. Essa opinião é aceita pelos membros da citada igreja sem qualquer sombra de dúvida;mas certamente ficariam muito surpreendidos se soubessem que esse fenômeno e bastante comum emcentros espíritas, onde nenhuma reivindicação é feita da presença de JESUS CRISTO, mas tãosomente da presença de vários «espíritos». Além disso, essa mesma experiência é comum para certosindivíduos, com frequência em conexão com a suposta volta de algum ente amado já falecido, como algoque muito se repete, usualmente em tempos de crise, quando tal «presença» se torna psicologicamentenecessária. Eles «reconhecem» que o espírito da pessoa falecida se fez presente mediante o citadoperfume, usualmente de alguma espécie de flor. O famoso «Arigó», aqui no Brasil, com frequênciaproduzia o «fenômeno do perfume», simplesmente pondo um vaso qualquer com água sobre uma mesa,a qual prontamente adquiria o odor do perfume. Tudo isso dizemos para advertência a pessoas maispsicologicamente destreinadas, as quais facilmente supõem que qualquer ocorrência diferente eaparentemente miraculosa procede necessariamente do ESPÍRITO SANTO de DEUS.3. Em cada século, os dons espirituais são desesperadoramente necessários para o bem da igreja, emseu desenvolvimento (ver o que diz Efé. 4:11 e ss.); mas esses dons podem ser exercidos segundomoldes diferentes dos do primeiro século cristão, ou em moldes superiores àqueles de eras passadas.Estamos aguardando exatamente esta última alternativa.4. Foram dadas notas completas sobre o «batismo do ESPÍRITO e os dons espirituais», incluindo odom das línguas, em Atos 2:4.Quanto aos abusos, consideremos as notas abaixo;Os Dons, Que Fiquem Para Sempre! Mas Cuidado Com Os Abusos1. Paulo nos ensina a buscar os dons (ver I Cor. 12:31).2. Abundam, entretanto, os abusos e as imitações.a. A mera alma humana, em seus poderes psíquicos, pode duplicar a todos esses dons espirituais, poiso homem é um espírito e está revestido de poderes espirituais. O psiquismo pode servir de base desupostos dons espirituais. Têm sido feitos estudos, que demonstram a existência de línguas telepáticas,e que os estados alterados da consciência podem produzir inspiração suficiente para que alguémprofetize e diga maravilhas, meramente porque o espírito humano, por si mesmo, é uma maravilha e estádotado de admiráveis poderes.b! Existem poderes estranhos, demoníacos e outros, que podem influenciar um homem, imitando osdons espirituais.c. Mas também existe a presença do ESPÍRITO SANTO, e sua função é doar os dons espirituais,embora estes possam funcionar em moldes diferentes dos do primeiro século, como também possammanifestar-se de maneiras mais avançadas, do que aquelas que até agora têm sido reconhecidas entrenós. Como poderia suceder que não estamos envolvidos no avanço espiritual? Esse avanço nosconduzirá até à perfeição em CRISTO, conforme formos sendo transformados em sua imagem (verRom. 8:29). Isso irá sendo realizado pelo poder do ESPÍRITO (ver II Cor. 3:18), e nesse processoterminaremos maiores do que jamais foi Paulo, dotados finalmente de poderes muito superiores aosdele. Portanto, talvez até seja errado, ficarmos contemplando de volta ao primeiro século, desejando arestauração nos moldes da igreja primitiva. A verdadeira fé e uma elevada espiritualidade quiçá prefiramolhar para o futuro avanço, para uma forma que nos faça subir acima de abusos e imitações. Que aindanão possuímos esse tipo de fé é evidente.Contrariamente à ideia que diz que os dons espirituais «não são para nós», mas estavam reservados àsprimeiras gerações cristãs tão somente, diz Newell (in loc.), em excelente comentário: «Essa é umatríplice suposição: 1. Procura desculpar nosso próprio estado espiritual inferior; 2. pior ainda, é que lançaa culpa sobre DEUS, no que tange ao fracasso da igreja quanto a essa particularidade; e 3. eleva opresente estado dos crentes como suficiente e superior ao estado de coisas que prevalecia nos temposem que o ESPÍRITO SANTO era conhecido em seu poder».«...profecia...» (Ver Atos 13:1 e Efé. 4:1, onde são distinguidos os «profetas» dos «mestres» cristãos -«profetas do N.T.», ver Atos 11:27). Nas Sagradas Escrituras, os «profetas» são as seguintes pessoas:1. Algumas vezes são aqueles que, em sentido muito especial, foram escolhidos para algum ministériode revelação das verdades, através de revelações ou oráculos, conforme se verificava no caso dos

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profetas do A.T. Esses profetas do A.T., quanto à sua posição e autoridade, eram um tantosemelhantes aos apóstolos do N.T. O oficio espiritual deles era especial. Não há razão alguma para asuposição de que isso não pode continuar ocorrendo hoje em dia. Talvez indivíduos como Lutero, JoãoWesley e tantos outros, na história da igreja, incluindo até mesmo outros de menor envergadura, emboratenham sido elevados acima dos mestres e ministros comuns do evangelho, possam ser chamados«profetas». São pessoas encarregadas de alguma missão elevada, que falam com uma unção incomumdo ESPÍRITO SANTO. No sentido secundário da palavra, tais indivíduos também podem ser chamados«apóstolos», conforme esclarecemos em Atos 14:4. Esses «apóstolos» seriam os mais elevados dentreesses «profetas».2. Os profetas da igreja cristã primitiva evidentemente eram homens de considerável habilidade psíquica,capazes de proferirem declarações inspiradas, não sendo confundidos com os pregadores ordinários. Noexercício dos dons espirituais, ocupavam posição secundária somente em relação aos apóstolos,conforme depreendemos de passagens neotestamentárias como I Cor. 12:28; Efé. 2:20; 3:5; 4:11 e Apo.22:9. (Ver igualmente Atos 13:1; 15:32 e 21:9,10). Esses profetas do N.T. exerciam seu ofício em virtudedo recebimento de dons carismáticos, e não por sanção ou nomeação oficial por parte das igrejaslocais, porquanto não há o menor laivo de evidência que a posição deles fosse alcançada através daconsagração a esse ofício. O trecho de I Cor. 14:29-39 mostra-nos que algumas vezes esses profetasse deixavam arrastar em seu entusiasmo ao ponto de produzirem a desordem nos cultos, o que Paulocensurou severamente.Evidentemente surgiram dúvidas, até mesmo naqueles dias primitivos, acerca da autenticidade dos donsespirituais de alguns desses «profetas», ao ponto de suspeitar-se que seus poderes procediam defontes malignas. (Ver I João 4:1 e I Tes. 5:20,21). Os poderes sobrenaturais, manifestamente superioresàquilo que se poderia esperar da parte das capacidades humanas normais, são sempre :difíceis de julgarquanto à sua origem exata; o máximo que podemos fazer é aplicar as palavras do Senhor JESUS, quedisse: «...pelos seus frutos os conhecereis» (Mat. 7:20). Infelizmente, o critério moderno de julgar taispessoas tem degenerado ao teste que declara: «Por suas denominações os conhecereis». Esse critérioé fruto do sectarismo.Judas e Silas, nas páginas do N.T., são chamados «profetas» (ver Atos 14:4 e 15:32). Esses possuíamuma inspiração superior à daqueles que falavam em línguas (ver I Cor. 14:3). João Batista, por igualmodo, foi chamado de «profeta» (ver Luc. 7:26), embora não tivesse exercido qualquer dom miraculoso.Entretanto, foi um elevadíssimo mestre, enviado por DEUS, e predisse o futuro com discernimentoprofético.3. Os profetas, não obstante, não profetizaram sempre e necessariamente o futuro, embora tal funçãoevidentemente não fosse incomum entre eles. (Ver Atos 21:4,9-11). Nessa oportunidade, a profecianeotestamentária incluiu o conhecimento prévio, embora isso não faça parte necessária da profecia.Entretanto, é fenômeno comum, entre aqueles que possuem dons psíquicos, possuírem algumdiscernimento quanto a alguns acontecimentos futuros. Contudo, a profecia consiste muito mais de uma«afirmação inspirada» do que da predição do futuro. Todavia, é muito difícil fazer a separação dessasduas funções, no mesmo indivíduo.Ê bem provável que certo número dos profetas existentes na época do apóstolo Paulo tivesse pertencidoaos setenta discípulos especiais de JESUS, e que são mencionados como encarregados de missãoespecial (conforme o modelo da missão apostólica), no décimo capítulo do evangelho de Lucas, emboranão haja nenhuma razão para limitarmos a esfera de serviço profético a tão exíguo número de homens,como também não é correto supor que não pode haver profetas em nossos próprios dias, segundo osmoldes dos dias do N.T., ou segundo outros moldes.O dom da profecia visa especialmente a consolar e edificar a igreja, além de ter a serventia deconvencer os incrédulos presentes sobre as verdades do evangelho. A importância do ensino foi assimsalientada, porquanto um dom especial é conferido a certos, para que se tornem mestres maispoderosos. Além disso, não devemos supor que os «mestres» também não sejam diretamenteinspirados pelo ESPÍRITO SANTO, já que esse é um dos ministérios formados pelo ESPÍRITO deDEUS. Contudo, esse ministério é mais sutil, menos psiquicamente poderoso, mais geral e menosimediato; também é mais quieto e menos espetacular, estando mais limitado ao uso inspirado dosdocumentos sagrados—a Bíblia—como sua fonte, do que sucede no caso da inspiração imediata, quenão depende dos documentos escritos, conforme se dá no caso dos profetas.«Os profetas, que são associados aos apóstolos como o alicerce da igreja (ver Efé. 2:20), porquantopodem revelar a mente de DEUS, segundo me parece, em certo sentido subordinado podem existir atéos nossos dias, sendo aqueles que não meramente ensinam e esclarecem doutrinas ordinárias eproveitosas, mas também que, devido a uma energia especial do ESPÍRITO SANTO, podem desdobrare transmitir a mente de CRISTO à igreja cristã, nos casos em que esta mostrar-se ignorante da mesma(embora tal mentalidade esteja oculta nas Escrituras), podendo desvendar à igreja verdades bíblicasantes escondidas, através do poder do testemunho do ESPÍRITO de DEUS, de conformidade com as

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circunstâncias presentes da igreja e das espectativas futuras para o mundo. Isso faz deles, para todosos efeitos práticos, profetas (embora nenhum fato novo seja revelado, mas tudo já esteja presente naPalavra de DEUS); os quais, por isso mesmo, tornam-se uma bênção direta e uma dádiva de JESUSCRISTO à sua igreja, quanto à sua necessidade e aparecimento, embora eles se apeguem firmemente àPalavra, sem o que, entretanto, a igreja não possuiria o poder dessa Palavra». (Darby, in loc.).«...segundo a proporção da fé...« Visto que essa expressão é um tanto obscura, tem ela recebido certavariedade de interpretações, como segue:1. Alguns pensam que se trata da fé subjetiva. Diz Tholuck (irt loc.): «O profeta se mantém dentro doslimites de seu dom profético, que lhe é atribuído pela sua individualidade». Essa interpretação incluiigualmente a ideia de sua própria «receptividade», ou seja, como ele se entrega para ser instrumentopara o exercício de seu dom. Cada homem tem um certo desenvolvimento em sua espiritualidade.Portanto, cada qual exerce o seu dom de conformidade com seu desenvolvimento espiritual, e isso deconformidade com a sua «proporção da fé», ou seja, com a proporção de seu desenvolvimento espiritual,no que diz respeito à função de seu ofício. Ainda uma subcategoria dessa fé subjetiva é aquela ideiaque diz que, para cada qual, DEUS tem determinado certa medida da «graça» da «fé», ou seja, dadotação espiritual, em que cada indivíduo labora de conformidade com a mesma. Isso concorda com oterceiro versículo deste capítulo, bem como com a ideia geral de havermos recebido alguma medida da«graça», que nos capacita a ministrar, devendo ser reputada como parte da ideia aqui tencionada. Nãoobstante, essa «graça» não se mostrará eficaz a menos que seja exercida com fé pessoal, e de acordocom o desenvolvimento espiritual do indivíduo, que depende do princípio da fé. Por essa razão é quedisse Meyer (in loc.) ׳. «...de acordo com a força, a clareza, o fervor e outras qualidades da fé que lhestiver sido outorgada; de tal modo que 0 caráter e 0 modo de falar se conformem com as regras e oslimites que são subentendidos na proporção de seu grau individual de fé».2. Outros estudiosos preferem pensar na fé objetiva, isto é, pensar haver aqui alusão à regra dasEscrituras ou revelação divina, a regra ou padrão de doutrina cristã, que é a autoridade seguida pelaigreja cristã, dependendo do ponto de vista do intérprete. Essa seria a «analogia fidei», ou seja, o padrãode revelação, especialmente aquele exibido nas Sagradas Escrituras. E isso significa, por sua vez, queas profecias transmitidas por meio de quem quer que seja devem conformar-se a esse padrão, nãoultrapassando do mesmo. Paulo realmente apelou para certos cânones fundamentais da verdade, se nãomesmo a confissões eclesiásticas formais, aplicadas às doutrinas neotestamentárias; e com frequênciaesse apóstolo citava o A.T. como documento autoritativo. (Quanto aos «cânones fundamentais daverdade, segundo Paulo», ver Gl. 1:8; 6:16; Fil. 3:16; II Tim. 3:15,16). Não obstante, não podemos incluiraqui a «autoridade eclesiástica», ou mesmo algum cânon de fé estabelecido pelo homem no N.T.,conforme alguns intérpretes de tendências mais eclesiásticas gostariam de fazer-nos crer, porque, aotempo em que Paulo assim escreveu, não havia essa autoridade estabelecida no seio da igrejaneotestamentária, além do fato que o cânon do N.T. estava longe de ficar completo.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol.3. pag. 812-814.

A utilidade (12.6b-8). Temos vários dons. Nesta lista, os dons são dados pelo Pai. Em I Coríntios 12, osdons são dados pelo ESPÍRITO. Em Efésios 4, os dons são dados pelo Filho. Os dons mencionadosem Romanos 12.6-8 são divididos em duas categorias: dons de fala (profecia, ensino e exortação) edons de serviço (servir, contribuir, liderança e mostrar misericórdia).1014 E bastante óbvio que oapóstolo não está falando de cargos, mas de dons. Nem todo dom implica um cargo diferente. Muitosdons não exigem nenhum cargo.1015 Consideraremos a seguir esses dons espirituais.- O dom de profecia. “[...] se profecia, seja segundo a proporção da fé” (12.6b). William Barclay diz que,no Novo Testamento, a profecia raramente tem a ver com a predição do futuro; geralmente se refere àproclamação da Palavra de DEUS (I Co 14.3,24,31).1016 Devemos fazer uma distinção entre o ofício deprofeta no Antigo e Novo Testamentos e o dom de profecia. Hoje não há mais profetas no sentidodaqueles primeiros profetas, que se tornaram o fundamento da igreja (Ef 2.20) e receberam a revelaçãodivina para o registro das Escrituras. Hoje qualquer manifestação subsequente deste dom deve sersubmetida à doutrina autorizada dos apóstolos e profetas originais, conforme consta do cânon dasEscrituras. Hoje DEUS não revela mais “verdade nova” diretamente. Sendo, assim, o dom de profecia éo dom de entender as Escrituras e explicá-las. É apresentar ao povo de DEUS verdades recebidas nãopor revelação direta, mas pelo estudo cuidadoso da Palavra de DEUS, completa e infalível. QuandoPaulo diz: “Se profecia, seja segundo a proporção da fé”, precisamos entender que “fé” aqui não ésubjetiva, mas fé objetiva, ou seja, o conteúdo geral das Escrituras (Jd 3; I Pe 4.10,11).

LOPES, Hernandes Dias. Romanos: a alegria triunfante no meio das provas. Editora Hagnos. pag. 404-405.A humildade no Uso dos Dons de DEUS. 12:3-8.3. Na introdução da questão dos dons, Paulo fala da graça que lhe foi dada para capacitá-lo a ser umapóstolo. Depois ele exorta cada um dos seus leitores a que não sejam arrogantes, isto é, que nãopensem bem demais sobre si mesmos. Ele apela para um jogo de palavras, usando diversos termos

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gregos que têm a palavra "mente" ou "pensar" como elemento básico – que não pense de si mesmo,além do que convém (saber), antes, pense com moderação (com equilíbrio na avaliação). Devemos fazeruma auto-avaliação quanto ao que DEUS repartiu a cada um. Paulo aqui não fala da "fé salvadora" masantes de "uma fé que impulsiona uma pessoa na obra de DEUS". A "fé salvadora" não seria o padrãopara um auto-exame correto. Só o orgulho poderia dizer: "Veja quanta fé salvadora eu tenho". Mas é comhumildade que se diz: "Eis aqui a fé que eu tive na execução desta ou daquela tarefa particular paraDEUS". Isto apenas leva à oração, "Senhor, aumenta a nossa fé" (veja Lc. 17:5). Na lista dos heróis dafé em Hb. 11, vemos que a medida da fé dada, corresponde à tarefa a ser realizada.4,5. O um só corpo do qual os muitos são membros, enquanto ao mesmo tempo são, individualmente,membros uns dos outros, é a Igreja universal, constituída de todos os crentes em CRISTO. (Veja I Co.10:17; 12:12, 13, 28; Ef. 1:22, 23; 2:15b, 16; 4:3-6, 11-13, 15, 16; 5:22-30; Cl. 1:17, 18, 24, 25). Osímbolo do corpo descreve a Igreja como um organismo, com cada membro recebendo vida de CRISTO(veja Cl. 3:3). Uma vez que todos os membros recebem sua vida de CRISTO, eles todos se pertencemmutuamente. Grupos locais de crentes são a manifestação local do corpo de CRISTO, a Igreja. Talgrupo local é corpo de CRISTO, mas não todo o corpo de CRISTO (veja I Co. 12:27). O corpo deCRISTO consiste da totalidade dos crentes que estão unidos a CRISTO, a cabeça da Igreja. 6. A graçade DEUS concedida a crentes individualmente, está comprovada nos diferentes dons. Paulo faz umalista dos dons e depois diz de que modo cada um deve ser usado. Em cada caso o leitor, para entender,deve suprir o verbo, vamos usá-lo, seguido do dom particular. Se profecia, seja (vamos usá-la) segundoa proporção da fé, ou no correto relacionamento com a fé. Fé aqui significa o corpo da fé, da crença oudoutrina (veja Arndt, pistis, 3, págs. 669-670). A profecia, que tem a intenção de exortar, encorajar econfortar (veja I Co. 14:3), deve ser usada no devido relacionamento, com a verdade revelada de DEUS.

Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular Romanos. pag. 97-98.(1) Porque qualquer coisa boa que tenhamos, foi DEUS que repartiu a nós; todo dom perfeito e bom“...vem do alto” (Tg 1.17). O que temos, que não temos recebido? E, se o recebemos, por que nosgloriamos? (1 Co 4.7). O homem mais competente e melhor do mundo não é mais nem melhor do que oque a livre graça de DEUS faz dele cada dia. Quando estamos pensando em nós mesmos, devemos noslembrar de pensar não como temos alcançado, como se nossa força e o poder de nossa mão tivessemadquirido esses dons, mas pensar quão generoso DEUS tem sido para conosco, pois é Ele quem nos dápoder para fazer qualquer coisa que é boa e nele está toda a nossa suficiência.(2) Porque DEUS concede seus dons em certa medida:“...conforme a medida da fé...". Observe: Ele chama de medida da fé a medida dos dons espirituais,pois essa é a graça radical. O que temos e fazemos de bom é certo e aceitável na medida em que estáfundamentado na fé, e flui da fé, e não vai além dela. Ora, a fé e os outros dons espirituais com ela sãoconcedidos por medida, como a Infinita Sabedoria vê que é adequado para nós. CRISTO tinha oESPÍRITO que lhe fora dado sem medida (Jo 3.34). Mas os santos o têm por medida (Ef 4.7).CRISTO, que tinha dons sem medida, era meigo e humilde; e nós, que os temos de forma limitada,seremos arrogantes e orgulhosos?(3) Porque DEUS repartiu dons tanto aos outros como a nós: “...repartiu a cada um”. Tivéssemos omonopólio do ESPÍRITO, ou um documento que nos garantisse sermos proprietários exclusivos dosdons espirituais, podia haver alguma base para essa presunção; mas outros têm sua parte assim comonós. DEUS é Pai de todos, e CRISTO, a raiz de todos os santos, de quem eles obtêm virtude; e porisso, não é conveniente nos tornarmos arrogantes e desprezarmos os outros, como se apenas nósfôssemos o povo de bem com DEUS e os únicos possuidores da sabedoria. Ele ilustra esse raciocíniocom uma comparação extraída dos membros do corpo natural (como em 1 Co 12.12; Ef 4.16): “Porqueassim como em um corpo temos muitos membros...” (w. 4,5). Observe aqui: [1] Todos os santosformam um corpo em CRISTO, que é a cabeça do corpo e o centro comum de sua unidade. Os crentesnão estão no mundo como um grupo desordenado e confuso, mas estão organizados e unidos, já queestão unidos a uma cabeça comum e movidos e animados por um ESPÍRITO comum a todos. [2] Oscrentes individuais são membros desse corpo, partes componentes, o que significa que são menos doque o todo, e estão em relação com o todo, derivando vida e vigor da cabeça. Alguns membros do corposão maiores e mais úteis que outros e cada um recebe vigor da cabeça de acordo com a sua proporção.Se o dedinho recebesse tanta nutrição quanto a perna, quão inconveniente e prejudicial seria! Devemosnos lembrar que não somos o todo; pensamos além do que é adequado se pensamos assim; somosapenas partes e membros. [3] “...nem todos os membros têm a mesma operação” (v. 4), mas cada umpossui seu respectivo lugar e função que lhe foi designado.A função do olho é ver, a função da mão é trabalhar etc. Assim também ocorre no corpo místico: algunssão qualificados e chamados para um tipo de função; outros são, da mesma forma, preparados echamados para outro tipo de função. Os magistrados, os ministros, as pessoas, em uma comunidadecristã, têm seus vários ofícios, e não devem se intrometer uns nas funções dos outros, nem entrar emconflito na execução de suas várias funções. [4] Cada membro tem o seu lugar e a sua função, para o

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bem e o beneficio do todo e de todos os outros membros. Não somos apenas membros de CRISTO,mas “...membros uns dos outros” (v. 5). Permanecemos em relação uns com os outros; estamosencarregados de fazer todo o bem que pudermos reciprocamente e agir em união para o benefíciocomum. Veja isso ilustrado em detalhes em 1 Coríntios 12.14ss. Por essa razão, não devemos ficarinchados com presunção de nossos próprios talentos, porque, qualquer coisa que tenhamos, foirecebida, e não recebemos para nós mesmos, mas para o bem de outros.2. Um uso sóbrio dos dons que DEUS nos tem concedido. Como não devemos, por um lado, estarorgulhosos de nossos talentos, assim, por outro lado, não devemos enterrá-los. Tomemos cuidado paraque, sob pretensão de humildade e abnegação, não sejamos vagarosos em nos colocar à disposiçãopara o bem de outros. Não devemos dizer: “Eu não sou nada, por isso, me sentarei e não farei nada”;mas: “Eu não sou nada em mim mesmo e, por isso, me colocarei ao máximo na força da graça deCRISTO”. Ele especifica as funções eclesiásticas designadas em igrejas particulares, em cujodesempenho cada um deve pensar em cumprir o seu próprio dever, para preservar a ordem e promover aedificação na igreja, cada um conhecendo o seu lugar e ocupando-o. “De modo que, tendo diferentesdons”. O seguinte raciocínio particular completa o sentido desse raciocínio geral. Tendo dons, usemo-los. Autoridade e habilidade para a obra ministerial são dons de DEUS. Diferentes dons. O propósitoimediato é diferente, embora o alvo último de todos seja o mesmo, “...segundo a graça...”, charismatakata ten charin. A livre graça de DEUS é a fonte e a origem de todos os dons que são concedidos aoshomens. E a graça que designa a função, qualifica e dirige as pessoas e que opera tanto o quererquanto o realizar. Havia, na igreja primitiva, dons extraordinários de línguas, de discernimento e de cura;mas o apóstolo fala aqui daqueles que são comuns (compare com 1 Co 12.4; 1 Tm 4.14; 1 Pe 4.10). Eleespecifica sete dons em particular (w. 6-8), os quais parecem significar várias funções distintas, usadaspela estrutura consultiva de muitas igrejas primitivas, principalmente as maiores. Existem dois donsgerais aqui expressos por “profecia” e “ministério”, o primeiro sendo a função dos bispos, e o último, afunção dos diáconos (esses dois eram os únicos ofícios estabelecidos - Fp 1.1). Mas a obra particularque pertence a cada um desses podia ser, e parece que era, dividida e distribuída por consentimento eacordo geral, para que isso pudesse ser feito mais eficazmente, porque aquilo que é função de todosnão é função de ninguém, e aquele que é vir unius negotii - homem de uma tarefa desempenha melhor asua função. Assim Davi separou os levitas (1 Cr 23.4,5), e nessa sabedoria é proveitoso se conduzir.Consequentemente, os cinco últimos serão reduzidos aos dois primeiros. (1) Profecia, “...se é profecia^seja ela segundo a medida da fé”. Não significa os dons extraordinários de predizer o futuro, mas o ofíciocomum de pregar a palavra: assim profetizar é considerado em 1 Coríntios 14.1-3ss.; 11.4; ITessalonicenses 5.20. A obra dos profetas do Antigo Testamento não foi apenas a de predizer o futuro,mas advertir o povo a respeito do pecado e dos deveres, e serem aqueles que o lembravam a respeitodo que eles sabiam antes. E assim, os pregadores do evangelho são profetas, e de fato, até onde vai arevelação da palavra, predizem o futuro. A pregação refere-se à condição eterna dos homens, apontadiretamente para um estado futuro. Então, aqueles que pregam a palavra devem fazê-lo segundo amedida da fé - kata ten analogian tes pisteos, isto é: [1] Quanto ao modo do nosso profetizar, isso deveser feito de acordo com a medida da graça da fé. Ele tinha falado no versículo 3 a respeito da medida dafé repartida a cada homem. Que aquele que prega coloque toda a sua fé no trabalho, para gravar asverdades que prega sobre o seu próprio coração em primeiro lugar. Como as pessoas não conseguemouvir bem, também os pregadores não conseguem pregar bem, sem fé. Primeiro creia, depois fale (SI116.10; 2 Co 4.13). E devemos nos lembrar da medida da fé - que, embora nenhum homem deixe de tê-la, porém muitos têm-na além de nós mesmos; e por isso devemos permitir que outros tenham umaporção de conhecimento e habilidade para instruir, assim como nós, até aqueles que diferem de nós emcoisas menores. “Tu tens fé? Tenham-na para ti mesmo; e não faça dela uma regra para os outros,lembrando que a tens recebido apenas em tua medida”.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora CPAD. pag. 387-388.

·...Servi uns aos outros...· De modo geral, mas particularmente aqui devemos entender ·trabalho físico»,isto é, a partilha de alimentos, de abrigo e de dinheiro, tal como na hospitalidade que acabara de serrecomendada.·...conforme o dom que recebeu...· O trecho de Rom. 12:7 focaliza um dom de ·ministério», isto é, boasobras na forma de esmolas, de cuidados pelos enfermos, e de hospitalidade. Alguns crentes sãoespecialmente dotados pelo ESPÍRITO, tomando-se·ricos em atos de caridade, dispostos à realizaçãode serviço bondoso, o que fazem com maneiras graciosas e corteses. Talvez alguns médicos,enfermeiras e filantropos, quando são também crentes espirituais, recebem tal dom, além de outros, quetêm a oportunidade especial de ministrar as necessidades físicas dos outros.Algumas vezes tais pessoas também recebem amplos meios financeiros capacitando-se assim de semostrarem generosas em alto grau. O judaísmo e o cristianismo primitivo enfatizavam grandemente aimportância das esmolas. (Atos 3:2. Comparar também com Tia. 1:27, onde a ·religião pura é definida

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como a visita aos órfãos e às viúvas, em suas aflições, isto é, mediante a ministração às suasnecessidades, além de conservar-se o crente imaculado do mundo). Tal ministração é a prática da regraáurea de CRISTO, uma duplicação do seu amor. Portanto, esse ·ministério· é apenas a concretizaçãoda lei do amor, mencionada no oitavo versículo deste capítulo.Este versículo, naturalmente, não só fala do dom especial da ·ministração às necessidades físicas»,mas também impõe a todos os crentes o mesmo costume, ao ponto em que suas habilidade secircunstâncias lhes permitirem a participação. Cada homem tem um ·dom»; e, no presente versículo,sem dúvida cada crente deve contribuir com o seu próprio. Em outras palavras, DEUS abençoa umhomem, e então ele tem os ·meios» para realizar um serviço de caridade para com outros, sem importarse esse serviço consiste cm hospedar alguém, cm dar esmolas ou em cuidar de enfermos ounecessitados. E assim aprendemos aquele principio básico, tão comum nas páginas do N.T., e quedetermina: Recebemos a fim de dar, não a fim de amontoar bens para nosso próprio conforto. Feliz é ohomem que crê nisso e o pratica. Todo crente é um «mordomo, e não um *proprietário» daquilo quepossui. O mordomo deve mostrar-se ativo no «uso* de seus bens cm favor dc outrem, e não na tentativade juntar mais ainda para si mesmo.·...despenseiros...· Cada pessoa é ímpar e tem uma missão sem igual, agora e na eternidade. (Ver Apo.2:17). Ele recebe habilidades necessárias para o exercício apropriado de sua missão. Também recebeos meios financeiros para poder realizar sua obra. Sua missão o transforma no tipo de pessoa que poderealizar um serviço específico. Um crente também pode receber várias missões; e todas ascoletivamente consideradas, visam fazer dele um indivíduo sem par. Uma missão é um meio deexpressar a graça de DEUS para com outros, pois nenhuma missão visa apenas o benefício do próprioindivíduo. Todos os dons de DEUS se originam em sua ·graça*. Essa é a fonte de tudo de bom quepossuímos. Portanto, quando ministramos a outros, cm qualquer sentido que seja. meramenteespalhamos ao redor a graça de DEUS, do modo que nos foi apontado. A mordomia subentende tantoque nos foi confiada certa missão como também a existência de uma necessidade autêntica. A graça deDEUS se reveste de variedade infinita, resultando em dádivas abundantes aos homens. Tornamo-nosministros mediante quem essa abundância é distribuída. Não ·possuímos* aquilo que a graça de DEUSnos dá. pois tudo nos foi dado por empréstimo, temporariamente. Se nos recusarmos a contribuir, logodeixaremos de receber. Quando o povo de Israel ficou cobiçoso e recolheu mais maná do que era misterpara o suprimento de um dia, o maná se estragou e soltou mau cheiro, tomando-se inútil. Assim, ohomem que recebe mas não dá logo se tornará inútil como despenseiro da graça de DEUS, e sua almaserá estragada, perdendo toda a similaridade com a natureza espiritual de CRISTO. O próprio CRISTOveio para servir, e não para ser servido. (Ver Mat. 20:28).«...multiforme graça...» No grego, o adjetivo é ·poik ilos·, «diversificado», «de muitas espécies*. A graçadivina se manifesta de muitos modos e se concretiza na vida humana de muitas maneiras. Cada crenterecebeu tal graça, e está na obrigação moral de concedê-la a outros.·...graça...» (*graça*, ver Efé. 2:8). O que possuímos que não tenhamos recebido de DEUS? *Pois quemé que te faz sobressair? c que tens tu que não tenhas recebido? e. se o recebeste, por que tevanglorias, como se o não ti veras recebido?» (I Cor. 4:7). Alguns agem como se o que têm foraproduzido por eles mesmos.Concede-nos graça tal que possamos cumprir tua vontade.E proferir tuas palavras e andar diante de teu rosto.Profundos e calmos, como águas profundas e tranquilas.Concede-nos tal graça.(Christina Roasetti)Dom: Consideremos os pontos seguintes a respeito: 1. Envolve qualquer coisa doada gratuitamente. 2.Indica alguma bênção dada graciosamente por DEUS, de qualquer espécie, aos pecadores (ver Rom.5:15.16 e 11:29). 3. Indica a graça da salvação (ver Efé. 2:9), mediante a qual a salvação é conferidaaos homens. 4. Indica um preparo gracioso e divino para o serviço, algum dom espiritual, algumaoperação extraordinária do ESPÍRITO SANTO (ver I Tim . 4:14) ou mesmo os dons do ESPÍRITO Santoto (ver os capítulos doze a catorze da primeira epistola aos Coríntios). 5. Indica a abundância depossessões físicas, usadas para benefício alheio: ou bens materiais suficientes para que delespossamos contribuir, embora não naquela profusão que poderíamos chamar de «abundante». Esse é osentido que está em foco, talvez com alguma mistura com a quarta posição.Esta passagem pode ser ilustrada pela parábola dos ·talentos», narrada pelo Senhor JESUS, em Mat.25:15. Alguns intérpretes acreditam que Pedro alude aqui a essa tradição, embora tal narrativa ainda nãotivesse tomado forma escrita nos evangelhos canônicos, porquanto esta primeira epistola de Pedro foiescrita antes dos mesmos, com a única exceção possível do evangelho de Marcos.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol.6. pag. 156-157.

I Pe 4.10 Cada um, conforme recebeu um dom da graça – servi uns aos outros com ele como bons

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administradores da multiforme graça de DEUS. Visto que os dons da graça (em grego: charisma) sãodados pelo ESPÍRITO SANTO, eles também são chamados de “dons do ESPÍRITO” (1Co 14.1). Esteversículo presta uma importante contribuição para a pergunta a respeito do que são os carismas e comodevem ser exercidos. O contexto demonstra que ser hospitaleiro, falar a palavra de DEUS e exercer adiaconia são serviços dos dons da graça. O NT, portanto, não restringe o termo “dom da graça” aos donsparticularmente notórios, p. ex., cura de enfermos (1Co 12.9) ou línguas (1Co 12.10; 14.13). Quempratica de modo alegre e consciente a hospitalidade provavelmente obteve um carisma para isso.Porém, todo aquele que recebeu um dom para a edificação da igreja é um “carismático”. Pedro nãoescreve: “cada um, quando recebeu um dom da graça”, mas como (ou: “na proporção em que”) recebeu.Logo tem por certo que cada cristão participa da multiforme graça de DEUS, que consequentementetambém possui dons da graça. Não é possível produzi-los a partir de si mesmo, mas somente recebê-los. É verdade que podemos “buscá-los” (1Co 14.1), mas sempre continuarão sendo dádiva de DEUSatravés do ESPÍRITO SANTO. Servi uns aos outros com eles significa: os dons da graça foram dadospara o serviço mútuo. Obviamente os dons não devem ser mal usados pelo seu detentor, p. ex. para afama pessoal, pois então se tornam uma ameaça. Os dons da graça que nos foram confiados nãodevem nos tornar “carismáticos” deslumbrados, mas servidores humildes e singelos. Desse modo adádiva se torna incumbência. Cada qual é servo do outro, essa é a ordem da igreja de JESUS. Comobons administradores da multiforme graça de DEUS. A graça de DEUS é sua dadivosa dedicação aosseus (cf. o comentário a 1Pe 1.13). Multiforme ela é na medida em que exerce uma obra diversificada naigreja e em cada cristão (cf., p. ex., 1Pe 5.10). Como graça multiforme ela também é suficiente paratodas as múltiplas carências da igreja. Administradores é o nome dado pelo próprio JESUS a seusdiscípulos em várias parábolas (Lc 16.1; cf. Mt 25.14ss). Um administrador é caracterizado pelo fato deter recebido dádivas em confiança para o serviço, que não são de sua propriedade. Cabe-lhe prestarcontas sobre seu uso, razão pela qual tem de aproveitar tempo e oportunidade, enquanto possui osdons. Um laborioso empenho em prol de seu Senhor com os dons da graça que lhe foram confiadosconstitui o bom administrador.

Uwe Holmer. Comentário Esperança I Pedro. Editora Evangélica Esperança.10. Vida na comunidade cristã é vida de serviço aos outros. JESUS foi o Servo de DEUS, Aquele que“não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10.45). Na Sua vida, tal como nos mostram osEvangelhos, Ele demonstrou esse princípio, servindo ao Seu povo e aos Seus (como ilustrado em Jo13.1-17). Servi uns aos outros é, assim, um chamado a sair de si mesmo e dos seus problemas, e sededicar aos outros. É nessa exteriorização que está o fundamento da ética cristã, como vida de serviçoaos outros “enquanto outros” (ou seja, não uma extensão de mim próprio, ou “outros” a quem eucomando ou manipulo, e coloco dentro do meu esquema). A palavra grega é diakonuntes, de onde vemdiaconia, serviço. Aqui, ela tem um significado abrangente, incluindo todo tipo de serviço que se podeprestar a outros (em palavra e ação).Essa diaconia é possível porque todos receberam dons com os quais podem servir aos outros. Charismaé o termo usualmente empregado no N.T. para se referir aos chamados “dons espirituais”. São várias asdefinições e especificações deles (cf. 1 Co 12; Rm 12; Ef 4); trata-se de capacidades que DEUSconcede a todos os cristãos (associadas à habitação do ESPÍRITO SANTO neles, 1 Co 12.7) para oserviço dentro do contexto da comunidade cristã. Podem se tratar de talentos naturais que recebem umnovo impulso e uma nova orientação pela ação do ESPÍRITO, ou de capacitações originais, concedidasao crente para que com elas sirva aos outros. Esta questão dos dons às vezes tem causado polêmicasentre os cristãos. Nunca devemos perder de vista que são dados soberanamente pelo ESPÍRITOSANTO, e que sua função é servir (nada mais que isso; usá-los para autopromoção é absolutamentecontrário à sua natureza, sendo uma atitude exemplarmente repreendida em At 8.18-24).Importante é também que cada um dos crentes recebeu um dom, o que, de saída, nivela a todos, etoma todos igualmente importantes uns para os outros. Cada um deve colocar o dom que tem a serviçode todos, porque, ao receberem dons, os cristãos se tomam despenseiros da graça de DEUS. A charis(graça) é a fonte dos charisma (dons, carismas). Quem os recebe, recebe graça de DEUS, e os recebepor causa da graça de DEUS que lhes concedeu o ESPÍRITO SANTO. Ter um dom espiritual, então, éter um “depósito de graça”, que deve extravasar (porque graça é para ser doada). Despenseiros éoikonomoi, um termo técnico referente ao mordomo, o administrador da casa (lembrando que “casa” é aoikos do mundo da época, uma instituição social fundamental, a “comunidade doméstica” que incluíafamília e trabalhadores, bem como os hóspedes). O oikonomos era o encarregado de atender asnecessidades de todos, administrando os bens nessa direção. E uma bela figura para o papel doscristãos na igreja (e note-se que todos o são). Todos na “casa de DEUS” têm necessidade de “graça”, etodos são chamados a suprir essa necessidade mutuamente. E não devemos espiritualizar em demasiaa questão, pois essas necessidades muitas vezes serão bem materiais e rotineiras. E o chamado aindaé para ser bons despenseiros, estando implícito que se pode não ser um bom administrador da graça deDEUS. Vem a propósito aqui a parábola do bom e do mau oikonomos (mordomo), de Lc 12.42-48

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(especialmente pelo contexto escatológico).A graça de DEUS, por fim, é multiforme. Visualmente, isso seria como um cristal que reflete a luz emvários matizes e uma sempre nova e surpreendente combinação de cores e tons. Esse conceito éimportante e tem sido desprezado na prática, muitas vezes, pelos cristãos. Está subentendido que aquestão dos dons é sempre dinâmica. Não podemos deduzir uma lista fixa de dons a partir daspassagens do N.T. que falam sobre o assunto, e mantê-los a todo custo como os únicos donsespirituais. DEUS dá os dons de modo multiforme, de acordo com as características locais e asnecessidades do momento. Quando a situação muda, quando novos quadros se apresentam, Ele daráos dons de forma apropriada à nova realidade, sempre nos surpreendendo com o Seu agir. Multiformetambém significa, para um mundo dividido como o nosso em culturas e características regionaisbastante diferenciadas, que o ESPÍRITO leva em conta essa diversificação e trabalha dentro dela.Indispensável nas relações entre os cristãos (também a nível internacional) é a eliminação de todoresquício de prepotência e espírito de julgamento, e a disposição ao amor e ao serviço ao outro comooutro (respeitando-o e valorizando-o naquilo em que é diferente de mim ou de nós).

Ênio R. Mueller. I Pedro Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 238-239.ELABORADO: Pb Alessandro Silva.Colaboradores: Escriba Digital. (www.gospelbook.net)

Questionário da Lição 1 - E deu dons aos homensResponda conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultosTema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinárioComplete os espaços vazios e marque com "V "as respostas verdadeiras e com "F "as falsas TEXTO ÁUREO1- Complete:“Pelo que diz: Subindo ao __alto__, levou__ cativo__ o cativeiro e deu __dons__ aos homens” (Ef 4.11).

VERDADE PRÁTICA2- Complete:Os __dons__ são dádivas divinas para__ igreja__ cumprir sua missão até que o __Noivo__ venha busca-la. COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO3- Como a Bíblia de Estudo Pentecostal define "dons” e para que servem?( ) Como “manifestações sobrenaturais concedidas da parte do ESPÍRITO SANTO, e que operam através doscrentes, para o seu bem comum".( ) Além de auxiliar o Corpo de CRISTO no exercício da grande Comissão, os dons divinos subsidiam ossantos para que cheguem à unidade da fé (Ef 4.12,13). I - OS DONS NA BÍBLIA4- Como eram os dons no Antigo Testamento e de qual palavra se originam?( ) O Dicionário Bíblico Wycliffe mostra que há várias palavras hebraicas que significam "dádiva".( ) A origem dessas palavras está na raiz hebraica nathan, que significa "dar".( ) Podemos afirmar que no Antigo Testamento há vislumbres dos dons divinos concedidos a pessoaspeculiares como reis, sacerdotes, profetas e outros.( ) Todavia, os dons divinos não estavam acessíveis ao povo de DEUS da Antiga Aliança como observamos noregime da Nova Aliança. 5- Como eram os dons ao longo do Novo Testamento e de qual palavra se originam?( ) O Dicionário Bíblico Wycliffe informa ainda que ao longo do Novo Testamento a palavra "dom" aparece comdiferentes significados, que se relacionam ao verbo grego didomi.( ) Este verbo representa o sentido ativo da palavra "dar" em Filipenses 4.15.( ) Na Nova Aliança, os dons de DEUS estão disponíveis para que a Igreja, em nome de JESUS, promova alibertação dos cativos, ministre a cura aos doentes e proclame a salvação do homem para a glória de DEUS.( ) O Novo Testamento também deixa claro que todos os crentes têm acesso direto a DEUS através deCRISTO JESUS e, por isso, podem receber os dons do ESPÍRITO. 6- Para sermos mais didáticos e eficientes no estudo a respeito dos dons, em quais partes devemos dividireste assunto?( ) Em três categorias principais: Dons de Serviço, Dons Espirituais e Dons Ministeriais.( ) Esta divisão acompanha a classificação dos dons conforme se encontra nas epístolas paulinas aosRomanos, I Coríntios e Efésios, respectivamente.

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( ) Insistimos, porém, que esta classificação é apenas um recurso didático, pois quando o apóstolo expõe oassunto em suas cartas, ele não parece querer exaurir os dons em uma lista, antes, preocupa-se em exortar osirmãos a buscá-los e usá-los para encorajar, confortar e edificar a Igreja de CRISTO, bem como glorificar aDEUS e evangelizar o mundo. II - OS DONS DE SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS.7- Quais são os Dons relacionados ao serviço cristão e onde estão listados?( ) Em Romanos 12 o apóstolo Paulo admoesta a igreja, lembrando-a de que o membro do Corpo de CRISTOnão pode se achar autossuficiente.( ) Assim como um membro do corpo humano depende dos outros para exercer a sua função, na igrejanecessitamos uns dos outros para o fortalecimento da nossa vida espiritual e comunhão em CRISTO.( ) Por isso, a categoria de dons apresentada em Romanos 12 traz a ideia da manutenção dessa comunhãodos santos, pois ao falarmos de serviços, subentende-se que quem serve está prestando um serviço paraalguém.( ) Observe os dons de serviço listados por Paulo em Romanos: Ministério (oficio diaconal), exortação(encorajamento), repartir, presidir e exercer misericórdia.( ) Note que esses dons estão relacionados com uma ação em prol do outro, do próximo.( ) Portanto, se você tem um dom, deve usá-lo em benefício da Igreja de CRISTO na Terra. 8- Quais os dons espirituais e como Paulo os vê? ( ) "Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" (I Co 12.1).( ) Os dons listados em I Coríntios 12 são: Palavra da sabedoria; palavra da ciência; fé; curas; operação demaravilhas; profecia; discernimento de espíritos; variedades de línguas; interpretação de línguas.( ) Apesar de as manifestações sobrenaturais pertencerem ao mundo espiritual, isto é, a uma categoriaparticular da experiência religiosa do crente, o apóstolo Paulo desejava que as igrejas, e em especial a deCorinto, conhecessem algumas considerações importantes sobre os dons espirituais. 9 - Qual era a característica predominante em Corinto, segundo o Comentário Bíblico Beacon (CPAD),apesar dos dons ali operantes?( ) Era a vida pregressa dos membros envolvidos com idolatria.( ) Muitas manifestações espirituais na igreja lembravam a experiência mística das religiões de mistérios. 10- Os coríntios precisavam ser ensinados de forma correta sobre a existência dos dons e de sua utilizaçãodentro do culto e fora dele. Por que devemos ensinar sobre os dons?( ) À luz da Palavra de DEUS, devemos ensinar a respeito dos dons espirituais para que a igreja seja edificada. ( ) A Bíblia traz os ensinos corretos sobre o uso dos dons, e se há distorções nessa esfera, estas acontecempor algumas igrejas não ensinarem de forma correta o que a Bíblia diz.( ) Isso contribui para o surgimento do fanatismo religioso, da corrupção doutrinária dos movimentos estranhose de muitas heresias.( ) Portanto, o ensino correto das Escrituras nos orienta sobre a forma adequada da utilização dos dons eprevine o surgimento de práticas condenáveis no culto. 11- O que a Bíblia ensina sobre os dons ministeriais?( ) A Epístola de Paulo aos Efésios classifica os dons ministeriais assim: Apóstolos, profetas, evangelistas,pastores e doutores (4.11).( ) Os propósitos de o Senhor concedê-los à Igreja, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, são, em primeirolugar, capacitar o povo de DEUS para o serviço cristão; em segundo, promover o crescimento da igreja local;terceiro, desenvolver a vida espiritual dos discípulos de JESUS (4.12-16). ( ) O Senhor deu a sua Igreja ministros para servi-la com zelo e amor (1 Pe 5.2,3).( ) O ensino do Novo Testamento acerca do exercício ministerial está ligado a concepção evangélica de serviço(Mt 20.20-28; Jo I3.1-11), jamais à perspectiva centralizadora e sacerdotal do Antigo Testamento. III - CORINTO: UMA IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11)12- Os dons são importantes?( ) O apóstolo Paulo faz questão de tratar desse assunto com os crentes de Corinto que estavamsupervalorizando alguns dons em detrimento de outros.( ) Precisamos resgatar a noção de serviço que JESUS CRISTO ensinou nos Evangelhos, pois todos os donsvêm diretamente de DEUS para melhor servirmos à igreja de CRISTO.

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13- Qual o argumento utilizado pelos Cessacionistas (pessoas que defendem a errônea ideia de que osdons espirituais cessaram no primeiro século) para não admitirem os dons na atualidade?( ) Dizem que os crentes pentecostais tendem a se achar superiores uns aos outros por terem algum dom.( ) Lamentavelmente, isto é verdade em muitos lugares. 14- O que a Bíblia ensina sobre a diversidade dos dons?( ) O que mais nos chama a atenção na lista de dons apresentada por Paulo em 1 Coríntios 12 não são osnove dons, mas a diversidade deles.( ) Isto denota a unidade da Igreja de CRISTO, mas simultaneamente a sua multiplicidade.( ) O Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento tem razão quando fala que "talvez Paulo tenhaselecionado estes noves dons por serem adequados à situação que havia em Corinto".( ) Se compararmos a lista de 1 Coríntios com Romanos e também Efésios, veremos que outros dons sãorelacionados de acordo com as necessidades de cada igreja local. 15- Como devem ser a autossuficiência e humildade na vida daquele que é usado em dons?( ) Os dons espirituais são concedidos aos crentes pela graça de DEUS, e não por méritos pessoais (Rm 12.6;I Pe 4.10).( ) Não podemos orgulhar-nos e portar-nos de modo arrogante e autoritário no exercício dos dons, mas comhumildade e temor a DEUS.( ) Não devemos usar o dom que DEUS nos deu com orgulho, visando à exaltação pessoal. Isto é pecadocontra o Senhor e contra a Igreja!( ) Use o dom com um coração sincero e transbordante de amor pelo próximo (1 Co 13).( ) Não foi por acaso que o capitulo 13 (Amor) de 1 Coríntios foi colocado entre o 12 (dons) e o do 14 (língua eprofecia). CONCLUSÃO16- Complete:O estudo dos __dons__ de DEUS aos homens é amplo e nos apresenta recursos pelos quais podemos__servir__ ao Senhor e a sua Igreja. Esses __dons__ são para os nossos dias, pois não há na Bíblia nenhumversículo que diga que os __dons__ espirituais deixaram de existir com a morte do último apóstolo. Portanto,busquemos os __dons__ do ESPÍRITO SANTO, pois estão à nossa disposição. Eles são um exemplo da__multiforme__ graça de DEUS em dispensar instrumentos __espirituais__ para a Igreja na história.

RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm AJUDACPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE- http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmBÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPADBíblia de estudo - Aplicação Pessoal.CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. (CPAD)STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPADO NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. DouglasDicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD.Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD.James, por Hendrickson Publishers - Edição Contemporânea, da Editora Vida, Traduzido pelo Rev. OswaldoRamos.DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Êxodo. pag. 2.Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 141.http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/http://www.gospelbook.netwww.ebdweb.com.brhttp://www.escoladominical.nethttp://www.portalebd.org.br/

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31/3/2014 Lição 1 - E deu dons aos homens

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