2. Sendo a capelania hospitalar uma expresso especfica de
cuidado, voltada a pessoas internadas em instituies de sade, esse
captulo visa esclarecer, num primeiro momento, o sentido, os
correlatos bblicos e a dimenso ontolgica do cuidar. Ainda assim, o
cuidado pastoral em meio ao ambiente hospitalar, tangencia um campo
prtico do saber teolgico. CAPELANIA HOSPITALAR
3. H de se refletir ento, acerca de um possvel construto terico
que fundamente teologicamente o cuidar. Para tanto, prope-se
atentar para o tema da dignidade humana, - seu alicerce bblico-,
tendo como objetivo descortinar a ilao existente entre a dignidade
humana e o prprio cuidar. CAPELANIA HOSPITALAR
4. CUIDAR Para alguns estudiosos, o termo cuidar advm do latim
cura, - em sua forma arcaica se escrevia coera -, sendo utilizado
num contexto relacional de amor e amizade, expressando uma atitude
de cuidado, de desvelo, de preocupao e de inquietao em relao a
algum ou a algo estimado. CAPELANIA HOSPITALAR
5. J outros derivam cuidado de cogitare-cogitatus, apesar de
seu sentido no se distanciar do de cura, isto , significa cogitar,
pensar, mostrar ateno e interesse, revelar uma atitude de desvelo e
de preocupao. CAPELANIA HOSPITALAR
6. Tal propsito surge quando a existncia de algum ou de algo
passa a ter importncia pessoal, existencial, e, por consequncia,
estabelece-se uma dedicao e uma preocupao frente vida do/a outro/a
ou frente a algo. CAPELANIA HOSPITALAR
7. CAPELANIA HOSPITALAR A capelania hospitalar, como uma
dimenso da poimnica crist, edifica um campo da teologia,
especificamente da teologia prtica. Ainda assim, na medida em que
se destina a pessoas, no caso, enfermas, o dilogo que esta mantm,
sobretudo, com a psicologia de fundamental importncia. CAPELANIA
HOSPITALAR
8. Nesse sentido, torna-se pertinente elucidar o movimento da
clnica pastoral que historicamente reorientou a ao pastoral. A
partir desse movimento as cincias da sade passaram a ser vistas no
como concorrentes da pastoral hospitalar, mas como parceiras.
CAPELANIA HOSPITALAR
9. A expresso clnica pastoral surgiu nos Estados Unidos para
designar um crculo especial de formao de pastores/as e estudantes
ou diconos e diaconisas para a visitao e o acompanhamento de
pessoas doentes em hospitais ou clnicas psiquitricas. CAPELANIA
HOSPITALAR
10. Assim, atentar-se- para o surgimento da clnica pastoral e o
seu contato com a psicologia, tendo como objetivo apontar para as
virtudes desse movimento e sua contribuio para a capelania
hospitalar. CAPELANIA HOSPITALAR
11. CONTATO DA CAPELANIA HOSPITALAR COM A PSICOLOGIA Cada
cincia ou campo de conhecimento humano especfico e fundamenta-se
num proprium. Todavia, inegvel que as diversas cincias encontram
pontos de interseco no excludentes, e sim convergentes. CAPELANIA
HOSPITALAR
12. Uma convergncia que permite um dilogo enriquecedor,
construtivo e complementar tanto no que tange ao embasamento
terico, quanto aplicabilidade deste referencial terico na prxis.
CAPELANIA HOSPITALAR
13. Ainda assim, na medida em que a teologia exercida por seres
humanos (sujeitos) e, por outro, ela volta-se a esse ser (objeto),
para ser coerente com seu teocentrismo, precisa se tornar
antropocntrica para melhor cumprir sua tarefa de entender a pessoa
humana. CAPELANIA HOSPITALAR
14. Decorrente disso, a poimnica como ministrio de ajuda s
pessoas, para ser eficaz junto a estas, necessita dialogar e fazer
uso de um campo de saber que estuda os fenmenos psquicos do ser
humano. CAPELANIA HOSPITALAR
15. Partindo dessa premissa, pode-se afirmar que o ponto de
interseco da teologia com a psicologia o prprio ser humano. ele o
fundamento de um dilogo entre uma cincia antropocntrica
(psicologia) e outra teocntrica (teologia), afinal a psicologia
auxilia, sensivelmente, a assistncia espiritual junto ao leito,
proporo que apresenta acessos e teorias sobre a psique humana.
CAPELANIA HOSPITALAR
16. A HOSPITALIDADE NA CAPELANIA HOSPITALAR O termo
hospitalidade o contrrio de xenofobia. Enquanto este se refere a
uma atitude que se ope ao/ estranho/a (xenos) e rejeita o/a
diferente, a filoxenia ou hospitalidade, uma atitude que aceita a
pessoa prxima como uma igual. CAPELANIA HOSPITALAR
17. Em outras palavras, ela se ope segregao e excluso, pois
acolhe o/a outro/a em sua condio essencial de vida. Ainda assim,
uma atitude de hospitalidade principia no no ato de acolher, mas
sim no reconhecimento digno do/a outro/a. CAPELANIA HOSPITALAR
18. CONCLUSO A capelania hospitalar quer ser um desdobramento
dessa comunho em meio ao ambiente hospitalar e como tal, encontra
no prprio pastorear de Cristo, no apenas seu fundamento ltimo, mas,
concomitantemente, seu alicerce prtico, aqui denominado de
implicaes do ministrio de Cristo para a capelania hospitalar.
CAPELANIA HOSPITALAR