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FATAP - Faculdade de Teologia
Adventista da Promessa
Livros Históricos
Antigo Testamento
Doscente: Jailton
Discente: Levi Grovo
Maio/2014
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Introdução
Nessa obra, trataremos sobre os chamados livros históricos (Josué a Ester),
12 (doze) livros que compõe o Antigo Testamento que relatam a história da
nação de Israel. Compreendendo o período da entrada em Canaã e passa
por todo o contexto vivido pelo povo hebreu em seus altos e baixos. Estes
livros relatam a história dessa nação escolhida por Deus, os heróis desses
relatos, bem como aqueles que contribuíram para o afastamento do povo de
Deus.
Abordaremos o períodos dos Juízes, que finda com Samuel ungindo os
primeiros reis da nação de Israel. Após o período monárquico, onde
reinaram pela ordem Saul, Davi e Salomão, houve a separação das tribos,
com isso, dez tribos do norte formam o Reino de Israel e duas da linhagem
de Davi permanecem em Judá.
O fim do Reino do Norte foi marcado pela queda de Samaria pelos Assírios.
Cada livro contará suas particularidades específicas, que marcaram a vida
daqueles que viveram naquele período, tanto líderes como liderados e no
presente trará a memória a luz da verdade que inspirada por Deus vem
orientar e conduzir nosso entendimento em toda a verdade.
Como não imaginar os que esses homens viverão, Josué e sua liderança
sobre os israelitas. Missão recebida após a morte de Moisés. Como receber a
missão de suceder o grande líder e marchar rumo a conquista da terra
prometida. Quantas batalhas travadas, seja pelo norte, sul enfim.
Os Juízes, que mostraria o caos em Israel devido a falta de autoridade, e as
consequências arrasadoras do pecado e acima de tudo Deus disposto a
resgatar aqueles que por meio do arrependimento se dispusessem voltar ao
Deus de Israel.
Rute, nos dá um exemplo de perseverança e confiança a fim de nos instruir
em sabedoria diante de um Deus que frequentemente usa meios
improváveis para fazer cumpri seus planos.
Assim, iremos compartilhar por meio desse estudo o conhecimento adquirido
e poder aplicá-lo nas páginas seguintes desse trabalho.
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Josué
Segundo a informação das obras indicadas de leitura é o primeiro livro
listado no cânon hebraico, estando entre os livros dos profetas anteriores.
Digamos que apropriadamente recebeu o nome de seu personagem
principal, que domina entre os capítulos do livro.
A proposta central do livro é o poder inegável e irresistível poder de Deus
para com o povo escolhido, levando-os a vencer os mais temidos desafios e
adentrar ao lugar prometido por seu Deus.
Quanto à autoria e data, segundo as obras de pesquisas uma característica é
que seja anônima e outra deduz que o livro tenha sido composto por Josué,
tendo sido baseada nos detalhes que só Josué poderia ter conhecido,
embora pudesse ter relatado posteriormente a outros mais tarde.
Entretanto, citam o texto de Js. 5:1,6, como escrito de próprio punho , pois
se encontra na primeira pessoa do plural.
Por desobediência, Moisés, foi impedido de entrar em Canaã. Assim, Josué
recebe a missão de entrar, conduzir o povo. Tal região fora anteriormente
prometida por Deus a Abraão. Deus havia prometido esta terra, e ali
haveriam de habitar no lugar dado como promessa.
Deus estava no controle, tanto é que nos preparativos dessa conquista o
próprio Deus orienta Josué. Mais tarde, viriam os confrontos, as guerras
seriam inevitáveis. Sucessivas campanhas de invasão e posse da vitória que
o Senhor lhes entregaria.
Após esse evento, ocorre a partilha, ou seja, a divisão das tribos e seus
respectivos territórios.
Ocorreram eventos diversos entre eles “o longo dia de Josué” relatado no
capítulo 10, talvez esse seja o mais extraordinário, pois ocorre o
prolongamento do dia. Claro que, para os leigos ou estudiosos tal
acontecimento causaria desastres impensáveis, acarretando males diversos
ao planeta. Embora, segundo alguns pesquisadores não tenham sido
encontrados documentos para confirmar tais notícias.
Juízes
O segundo livro, da lista dos históricos faz parte do período do sistema
teocrático de Israel. Em Israel não havia liderança concentração como foi
com Moisés e Josué. Com isso, o estado moral do povo estava de mal a pior.
É nesse contexto que o livro vai mostrar a terrível situação da nação de
Israel. E nesse contexto, o livro de Juízes mostra a falha de Israel vivendo o
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sistema da teocracia. Evidenciando, a infidelidade ao Senhor mesmo estando
sob a liderança de homens nomeados por Deus. O que se nota, são os
repetitivos fracassos das tribos instaladas na terra de Canaã.
Sua estrutura retrata a morte de Josué, os constantes altos e baixos, ora
debaixo da opressão e ora eufóricos e felizes com a libertação obtida, bem
como a condição social na época.
Em Canaã havia terras a serem conquistadas, caberia a cada tribo
conquistar os territórios restantes. O povo tinha o direito, entretanto faltava-
lhes a posse, para que, após isso passassem a usufruir de tudo o que o
Senhor os havia concedido.
Sua autoria segundo as obras pesquisada é desconhecida, segundo a
tradição cristã Samuel é considerado autor desse livro. Esse período vai de
1350 à 1053 a.C. A declaração que ocorre em Josué 18.1 e 19.1, “naqueles
dias não havia rei em Israel”, dá ares que indica a escrita do livro no período
monárquico. Segundo a obra de Gleason L. Archer, Jr.:
“A maior probalidade é de que o livro foi completado no começo de reinado
de Davi”.
É esperançoso o início do povo na terra, inclusive nota-se a busca pela
direção de Deus haja vista os desafios de novas conquista, entretanto, esse
quadro logo foi modificado pelas ameaçadoras permissões, quando os filhos
de Benjamim, Manasés agiram de maneira contrária ao que fora posto por
Deus.
Assim, a aliança fora quebrada, o povo persistiu em desobedecer a Deus,
não fazendo o que foi determinado por Deus, bem como estabelecendo
alianças com outros povos.
Rute
O livro possui o nome da personalidade principal, Rute. Embora a tradição
judaica atribua autoria do livro a Samuel. O intento do relato é descrever o
ocorrência entre os ascendentes de Davi que explica a introdução de sangue
não israelita na linhagem da sua família. Aliás, prova o inigualável alcance
da graça de Deus, mostrando-se pronto a dar aos povos guarida e
comunhão aos necessitados.
Quanto a data, a referência é o período dos juízes. Por ter sido mencionado
nominalmente no livro, não foi o livro escrito antes da era do rei Davi.
Entretanto, críticos da escola liberal, insistem numa data vindouro ao
reinado de Josias. Outro fato importante é quanto ao período da escrita,
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onde a maior parte dos críticos atribui ao Livro a data de 550 a.C., no
período do exílio.
Ressalta-se a Lei do Levirato, registrada no livro de Lv. 25.25,26, que
garantia a viúva sem filhos o direito do bens do marido mediante um filho
gerado pelo irmão do falecido.
O ensinamento obtido se resume em três pontos;
- Apresenta uma predemonstração duma dádiva maior do porvir, desta
forma, não somente para os judeus, mas os gentios poderiam juntar se a
comunhão de Israel.
- Outro importante ensino é que Deus é o Senhor provedor.
- E por fim, Boaz assemelha ao Cristo, ou seja, pré-anúncio da graça de
cristo para com os povos.
I e II Samuel
Relatam o período da fundação da monarquia, período que vai de 1.100 a
586 a.C., livro descreve o início da monarquia, bem como os reinado de
Saul e Davi. Incluindo a carreira de Samuel, bem como a autoria do livro.
Carl Janse diz: “o propósito de Deus sempre foi o de reinar como Rei nos
corações dos israelitas” (1Sm 8:7, 12:12). O sistema a ser firmado era uma
ligação de Teocracia com Monarquia, desta forma, Deus reinaria , por meio
de líderes diretamente escolhidos por Ele. No entanto, pela história esse
sistema na verdade é rejeitado, prevalecendo a Monarquia Humana.
O livro inicia no período anterior a monarquia de Israel, relatando a oração
de Ana mãe de Samuel, assim como a entrega dle aos cuidados de Eli.
Inicia-se o ministério de Samuel, mas em contra partida apresenta o declínio
da família de Eli.
Tal período teve início com o Rei Saul em 1.100 a.C., passando por Davi e
posteriormente Salomão seu filho. Ocorreu em aproximadamente 931 a.C.,
a divisão das tribos. Ficando a tribos do norte e Judá. Após a divisão, foram
ao total 19 reis que reinarão sobre Israel.
O início da Monarquia esta registrado nos capítulos 8-12, onde encontra
registrado a solicitação do povo de Israel ao profeta a fim de se obter um rei
para que governace sobre eles. Fica claro a escolha do homem e a recusa da
parte de Deus, isso porque, Saul ultrapassa limites estabelecidos por Deus.
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Por fim, Deus constitui Davi rei sobre todo o Israel, permitindo-o triunfar
sobre seus inimigos, bem como é relatado seus fracassos na frente do
poderoso governo do reino unido de Israel. Com aproximadamente 30 anos
Davi eleva-se ao posto de rei sobre todo o Israel.
Davi passa por aflições, uma mulher chamada Bate-Seba, ao qual se deita
com ela, vindo a cometer pecados ainda maiores. No final do livro Davi é
exortado e busca reconciliar-se com Deus rogando misericórdia.
I e II Reis
1 e 2 reis formavam um único livro, na bíblia hebraica. Datado sua escrita
no período de 562 a 536 a.C., e que sua escrita foi feita por um judeu cativo
na babilônia, embora a tradição talmúdica atribui sua escrita ao profeta
Jeremias.
Os livros é um balanço das carreiras dos reis de Israel e Judá, iniciada na
época do rei Salomão até a queda da monarquia.
Davi morre, Salomão manda matar Adonias seu próprio irmão. Salomão
inicia bem sua trajetória, mas acaba por se contaminar com muitas e
diversas mulheres estrangeiras, o que acaba gerando perversidade em seu
coração e passa com isso a adorar outros deuses.
Surge após a divisão dos reinos os Profetas e reis, um embate emblemático
entre Elias o profeta lutando contra a idolatria instalada em Israel.
I e II Crônicas
A partir do livro de Crônicas até Ester será relatado o período pós exílico, em
559 a.C., Ciro, governa a Pérsia. Em 539 a.C., Ciro domina a Babilônia e,
assim decreta a volta dos judeus.
Não são todos os que retornam, primeiramente sobre a liderança de
Jorobabel, com a missão de reconstruírem o templo. Mais tarde, Esdras
retorna a Jerusalém, com o objetivo de fazer a reforma religiosa ou ainda
espiritual da nação. Enfim, Neemias retorna para cooperar na reconstrução
dos muros da cidade.
Embora não seja conhecido o autor do livro, a tradição talmúdica atribui a
autoria a Esdras, devido seu envolvimento com a reforma religiosa.
Possivelmente ocorrido em 450 a 425 a.C.
Segunda Crônica enfatiza em seus capítulos iniciais os fatos ocorrido no
reinado de Salomão. Inclusive a honrosa tarefa de construir o templo do
Senhor. E finda com a história dos reis de Judá.
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Esdras
Esdras foi considerado escritor do livro, descendente de Arão, destacado
como o primeiro sumo sacerdote. Esdras possuía uma linhagem em família
importante dentro do contexto religioso, bom escritor e competente instrutor
da Lei.
Quanto a crítica sobre o autor do livro, os especialistas da bíblia são
uníssono em atribuir a Esdras a escrita do livro.
Há divergências quanto ao período da escrita entre Moody, que alega 456
a.C. a 444 a.C., Stanley sugere 430 a.C. a 425 a.C. No livro os capítulos
iniciais descrevem os acontecimentos dos dois ou três anos do reinado de
Ciro, bem como outros seis primeiros anos do reinado de Dario.
Retornam os exilado, Ciro consenti quant ao regresso profetizado pelo
profeta Jeremias. Esdras diante do caos espiritual fica tremendamente
aborrecido, haja vista a indolência instalada no meio do povo, com cultos
idólatras entre outras ocasiões.
Neemias
Filhos de Hacalias, Neemias irmão de Hanani, vindo a ser governador de
Judá, após o retorno do cativeiro.
Pelas evidências seja ele o próprio autor do livro, sedo que outros estudiosos
atribuem a Esdras a autoria do livro, entretanto, acreditamos ser mesmo de
Neemias.
Historicamente, há evidência de que Neemias servia ao rei Artaxerxes como
coopeiro, tal rei que casaria com Ester. O período segundo os estudiosos é
por volta de 430 a.C.
O livro trata sobre a chegada de Neemias a Jerusalém, e a proposta da
construção dos muros, ele fica incomodado com a situação de seus
compatriotas, as notícias eram horrendas, a situação era de miséria e
desprezo.
Ele retorna inspeciona os muros, percebe a oposição dos inimigos, mas
conclui com êxito a reconstrução dos muros.
Ester
Também conhecida como Hadassa, judia da tribo de Benjamim, da qual seus
pais morreram na época do exílio na babilônia. Mordecai seu primo a criou.
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Quanto a autoria segundo os relatos há nos escritos o nacionalismo judeu,
sendo escrito logo após o reinado de Assuero. Livro pós exílico escrito em
460 a.C.
Ester é escolhida como rainha, Vasti é destituída da condição de rainha e
logo Ester é elevada a condição de Rainha, cominando com uma conspiração
contra os judeus, desta feita por Hamã em um plano maquiavélico.
Entretanto Mordecai busca junto a Ester um plano de resistêcia. E naquilo
que lhe cabia Ester literalmente salva os judeus, quando ela se propõe a
reunir-se com o Rei a fim de interceder pelo seu povo.
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Bibliografia
Antigo Testamento – Pentateuco e Históricos - Núcleo de estudos teológicos
da faculdade de teologia adventista da promessa – FATAP
Merece confiança o Antigo Testamento – Jr. Gleason L. Archer
Lições Bíblicas – Altos & Baixos do povo de Deus – Igreja Adventista da
Promessa – Revista para estudos na escola bíblica.