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CRISTIANISMO ANTIGO E MEDIEVAL

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Palestra Espírita elaborada por Jorge Luiz, Fortaleza, Ceará, Brasil. email: [email protected] Visite o blog: www.canteiroideias.blogspost.com.br

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“Os que são verdadeiramente seus discípulos expulsamdemônios de fato. (...) Outros preveem coisas que acontecerão;têm visões e dizem profecias (...) outros, ainda, curam osdoentes impondo as mãos sobre eles, que ficam em completasaúde.

Sim, e além disso, como eu disse, até mortos foramressuscitados e permaneceram vivos entre nós por muitos anos.O que devo mais dizer? Não é possível dizer quantos dons aigreja no mundo todo recebeu em nome de Jesus Cristo e usatodos os dias em benefício das nações, sem enganar ninguémnem aceitar dinheiro algum.”

(IRINEU apud, PAGELS, Elaine in “Além de Toda Crença”)

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IRENEU DE LYON: Padre

grego, teólogo e escritor cristão,

nasceu no ano 130, na província

romana da Ásia Menor, hoje

Turquia, provavelmente em

Esmirna.

Morreu no ano 202, em

Lugdunum, Gália, atual Lyon.Um entalhe de Santo Ireneu,

Bispo de Lugdunum na Gália.

(atual Lyon na França)

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“Os homens enfrentavam fogo, espada e

crucificações, feras selvagens e as profundezas do

mar, tinham os membros aleijados, eram marcados

com ferro quente, tinham os olhos arrancados e

todo o corpo mutilado. (...) As mulheres, também,

não menos que os homens, eram fortalecidas pela

doutrina da palavra divina, de modo que algumas

enfrentavam as mesmas provações dos homens,

carregando os mesmos prêmios de excelência.”

(CESARÉIA, Eusébio de in “História Eclesiástica”)

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“Se o Tibre atinge asmuralhas, se o Nilo nãoconsegue subir até oscampos, se o céu não semove ou se a terra nãoo faz, se há fome oupeste, o clamor é um só:‘aos leões os cristãos.’”

(TERTULIANO apud, JOHNSON, in “História do Cristianismo”)

(Tetuliano – 160 – 220)

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Religião Oficial do Império

BREVE RESUMO HISTÓRICO

Império Romano (Século IV)

(VEYNE, Paul in “Quando o nosso mundo se tornou cristão”)

Oriente

2 co-imperadores

Ocidente

Licínio e Constantino

Itália e Roma

Maxêncio

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“O imperador Constantino era pessoalmente

dotado de faculdades mediúnicas e sujeito à

influência dos Espíritos. Os principais sucessos

de sua vida – sua conversão ao Cristianismo, a

fundação do Bizâncio, etc – assinalam-se por

intervenções ocultas, (...)”

(DENIS, Léon in “Cristianismo e Espiritismo”)

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“É preciso nunca esquecer, que a revolução

religiosa feita por Constantino em 312 foi

talvez o ato mais audacioso alguma vez

levado a cabo por um autocrata,

desafiando e desprezando o que pensava a

grande maioria de seus súditos.”

(BURY, ap. VEYNE, P. in “Quando o nosso mundo se tornou cristão”)

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“Mas Constantino, potentado imaginativo e até

megalómano, era também um homem de ação,

modelado pela prudência e pela energia;

alcançou pois os seus propósitos: o trono

romano tornou-se cristão e a Igreja

transformou-se numa potência. Sem

Constantino, o cristianismo teria permanecido

uma seita de vanguarda.”

(VEYNE, Paul in “Quando o nosso mundo se tornou cristão”)

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“Seu Édito de Milão se referia de maneira

favorável aos cristãos – (...). O édito

estabelecia: “Os cristãos e todos os outros

dever ser livres para seguir a religião que

preferirem, de modo que o Deus que habita o

Céu possa ser propício a nós e aos que

estiverem sobre as nossas ordens.”

(BLAINEY, Geoffrey in “Uma breve história do Cristianismo”)

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“É na data de 29 de

outubro de 312 (e não

na do pretenso “édito

de Milão” em 313) que

se pode situar o marco-

fronteira entre a

antiguidade pagã e a

época cristã.”

(VEYNE, Paul in “Quando o nosso mundo se tornou cristão”)

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“O assim chamado “Édito de Milão”,por meio do qual o Império Romanoinverteu sua política de hostilidadepara com o cristianismo e concedeu-lhe pelo reconhecimento legal, foi umdos acontecimentos decisivos dahistóriamundial”

(JOHNSON, Paul in “História do Cristianismo”)

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O Advento de Teodósio I

“A nova orientação se apresentou com

toda a clareza no edito da religião

“Cunctus populus”, promulgado em

Tessalônica a 28 de fevereiro de 380. Com

esse ato, Teodósio pretendia, antes de

tudo, manifestar a sua determinação de

restaurar a unidade religiosa do império

sobre a base da ortodoxia nicena, o edito

marcava o fim do arianismo.”

(ALBERIGO, G. org. in “História dos Concílios Ecumênicos”)

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Teodósio I “O Grande”

(347 a 395)

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A Organização da Igreja

“O problema, na verdade, gira em torno da existência

de uma classe clerical à parte e exclusiva. (...)

Constantino, tendo reconhecido o cristianismo - (...)

sentiu que não tinha alternativa a não ser admitir a

existência de uma classe clerical e prover

adequadamente sua subsistência. Claro que nada

havia de novo nisso. O imperador fora o Pontifex

Maximus dos deuses, assim como, agora, considerava-

se um bispo.”

(JOHNSON, Paul in “História do Cristianismo”)

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“A realidade eclesial também passa a ser objeto da

política do imperador, que vê a Igreja como um

elemento fundamental do seu projeto de governo,

Então o concílio, de estrutura interna da Igreja,

expressão de sua comunhão de fé e disciplina -, passa a

ser um instrumento para a realização do novo papel

público de que a Igreja se investiu, para sustentar o

bem-estar e a unidade do Estado.”

(ALBERIGO, G. org. in “História dos Concílios Ecumênicos”)

OS CONCÍLIOS E OS DOGMAS

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“O primado a eles (os quatro primeiros concílios)

concedido deriva sobretudo do fato de que

formularam dogmas fundamentais do cristianismo,

relativamente à Trindade (com Nicéia e o

Constantinopolitano I) e à Encarnação (com Éfeso -

e Calcedônia). Por isso, já Gregório Magno os via,

junto com os evangelhos, como a pedra quadrangular

colocada como fundamento do edifício da fé.”

(ALBERIGO, G. org. in “História dos Concílios Ecumênicos”)

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CONCÍLIO

CONCÍLIO ANO DOGMAS

Niceia I 325 • A divindade de Jesus

Constantinopla I 381 • A divindade do E. Santo - Trindade

Éfeso431 • Cristo, uma só pessoa e

duas naturezas;• Maternidade divina de

Maria.

Calcedônia 451 • Afirmação das duas naturezas de Jesus

Constantinopla II 553 • Considera heresia a reencarnação

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reencarnação

(ALBERIGO, G. org. in “História dos Concílios Ecumênicos”)

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“Pode ver-se no livro do padre de Longueval

(História da Igreja Galicana) como, à medida

que se constitui a obra dogmática da Igreja,

nos primeiros séculos, os Espíritos afastam-se

pouco a pouco dos cristãos ortodoxos, para

inspirar os que eram então designados sob o

nome de heresiarcas.”

(DENIS, Léon in “Cristianismo e Espiritismo”)

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“Na verdade, os nazarenos – lembremo-nos de que

esse termo fora, a princípio, sinônimo de cristãos, o

primeiro, com certeza, usado para designá-los – viram-

se pouco a pouco relegados à categoria de seita. E isso

porque, tanto no plano da observância quanto no da

doutrina, se apegavam a posições ultrapassadas pela

evolução da grande Igreja, cujos membros provinham

dos meios pagãos, e pela progressiva elaboração do que

viria a tornar-se ortodoxia.”

(BENOIT, A. & SIMON, M. in Judaísmo e Cristianismo Antigo)

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“Claro está que as seitas que proliferaram

a partir dos troncos da Reforma

Protestante do século XVI, assim como

outras correntes espiritualistas, são

rotuladas pelo Vaticano como sendo

seitas heréticas.”

(CAJAZEIRAS, F. in “Elementos de Teologia Espírita”)

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A SUPREMACIA DA IGREJA

“(...) Não se segue que esta serva

não fosse também padrona; a

verdadeira religião é necessária

à salvação do Império, ela é o

fim supremo de todas as

coisas;(...)”(VEYNE, Paul in “Quando o nosso mundo se tornou cristão”)

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“O pensamento do Cristo subsiste no ensino da Igreja

e nos sagrados textos, mesclado, porém de vários

elementos, de opiniões ulteriores, introduzidos pelos

papas e concílios, cujo intuito era assegurar,

fortalecer, tornar inabalável a autoridade da Igreja.

Tal foi o objetivo colimado através dos séculos, o

pensamento que inspirou todos os retoques feitos nos

primitivos documentos.”

(DENIS, Léon in “Cristianismo e Espiritismo”)

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Grande Cisma do Oriente

Século XI (1054)

Motivos

O Cisma

SÉCULO XX (1965)

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“A cristandade estava efetivamente

dividida em três; uma Igreja Oriental

e uma Igreja Ocidental, na verdade

dividida em duas. Por cerca de 30

anos, o novo cisma foi um golpe no

prestígio que valorizava a unidade.”

(BLAINEY, Geoffrey in “Uma breve história do cristianismo”)

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Em RomaPapa Urbano VI (1378 - 1389)

Papa Bonifácio IX (1389 - 1404)

Papa Inocêncio VII (1404 - 1406)

Papa Gregório XII (1406 - 1417)

Em AvinhãoAntipapa Clemente VII (1378 - 1394)

Antipapa Bento XIII (1394 – 1417)

Em PisaAntipapa Alexandre V (1409-1410)

Antipapa João XXIII (1410 - 1417)

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O Patriarca Atenágoras e o Papa Paulo VI

(1964)

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De Mártires a Perseguidores

“O tempo avançara: em 312

a religião tolerada era o

Cristianismo, em 324 era o

Paganismo”

(VEYNE, Paul in “Quando o nosso mundo se tornou cristão”)

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INQUISIÇÃO

“A codificação da legislação contra heresia ocorreu em

meio século, aproximadamente entre 1180 e 1230,

quando culminou na criação de um tribunal

permanente, municiado de frades dominicanos, que

trabalhavam a partir de uma base fixa, em conjunto

com o episcopado, e dispunham de generosa dose de

autoridade. O sistema permanente foi denominado de

reforma; na verdade, incorporou todos os abusos das

práticas anteriores e acrescentou mais alguns novos.”

(JOHNSON, Paul in “História do Cristianismo”)

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“As casas em que viviam (os hereges) tinham de ser postas

abaixo e convertidas em esgotos ou depósitos de lixo. Sendo

difícil garantir as acusações de crimes em pensamento, a

Inquisição lançava mão de procedimentos banidos em outros

tribunais, transgredindo, assim, os decretos municipais, as

leis escritas e consuetudinárias e praticamente todos os

aspectos da jurisprudência estabelecida. (...) O objetivo,

simplesmente, era gerar condenações a todo custo; só

assim, pensava-se, a heresia poderia ser extinta.”

(JOHNSON, Paul in “História do Cristianismo”)

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CRUZADAS

(JOHNSON, Paul in “História do Cristianismo”)

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“Poderá alguém tolerar que nem

sequer compartilhemos

(os europeus) por igual a terra

habitada com os muçulmanos?

(JOHNSON, Paul in “História do Cristianismo”)

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“De um modo geral, o efeito

das cruzadas foi solapar o

conteúdo intelectual do Islã,

destruir as chances de

adaptação pacífica ao

cristianismo e tornar os

muçulmanos muito menos

tolerantes: os cruzados

fossilizaram o Islã em uma

postura fanática.”(JOHNSON, Paul in “História do Cristianismo”)

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“Desde o século III, afirmavam (os Espíritos)

que os dogmas impostos pela Igreja, como um

desafio à razão, não eram mais que um

obscurecimento do pensamento do Cristo.

Combatiam o fausto já excessivo e escandaloso

dos bispos, insurgindo-se energicamente contra

o que aos seus olhos era uma corrupção moral.”

(LONGUEVAL apud, DENIS, L. in “Cristianismo e Espiritismo”)

O Clero Romano na Idade Média

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“No final do século XII, as indulgências eramconcedidas a príncipes seculares por motivospolíticos. Pouco depois, os indivíduos já tinhampermissão para comprar indulgências plenáriasde confessores em seus leitos de morte; istosignificava que podiam ingressar de pronto noCéu, desde que morressem em estado de graça,imediatamente após a confissão plena.”

(JOHNSON, Paul in “História do Cristianismo”)

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“Quando o prior de Cantuária foi instalado, em

1309, havia seis mil convidados, que consumiram 53

quartas de trigo, 58 de malte, onze tonéis de vinho,

trinta e seis bois, cem porcos, duzentos leitões, mil

gansos, setecentos e noventa capões, galinhas e

frangas, vinte e quatro cisnes, seiscentos coelhos,

dezesseis capas de músculo, nove mil e seiscentos

ovos e assim por diante, (...).”

(JOHNSON, Paul in “História do Cristianismo”)