2º Trimestre de 2015 Igreja: IEAD-São Francisco do Guaporé-RO. Igreja: IEAD-São Francisco do Guaporé-RO. Pr. Pres. José Pr. Pres. José Fabiano Fabiano Gouveia. Gouveia. 1º Sup. Pb. Djalma Pedroso. 1º Sup. Pb. Djalma Pedroso. Professor: Pb. Edcarlos R. dos Professor: Pb. Edcarlos R. dos Santos. Santos. Lição Nº 10 – Jesus e o Dinheiro.
1. 2 Trimestre de 2015 Igreja: IEAD-So Francisco do
Guapor-RO.Igreja: IEAD-So Francisco do Guapor-RO. Pr. Pres. JosPr.
Pres. Jos FabianoFabiano Gouveia.Gouveia. 1 Sup. Pb. Djalma
Pedroso.1 Sup. Pb. Djalma Pedroso. Professor: Pb. Edcarlos R. dos
Santos.Professor: Pb. Edcarlos R. dos Santos. Lio N 10 Jesus e o
Dinheiro.
2. TEXTO UREO "E, vendo Jesus que ele ficara muito triste,
disse: Quo dificilmente entraro no Reino de Deus os que tm
riquezas!" (Lc 18.24). "E, vendo Jesus que ele ficara muito triste,
disse: Quo dificilmente entraro no Reino de Deus os que tm
riquezas!" (Lc 18.24). Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 2
3. VERDADE PRTICAVERDADE PRTICA As Escrituras no condenam a
aquisio honesta de riquezas, e, sim, o amor a elas dispensado. Pr.
Edcarlos Rodrigues dos Santos 3
4. OBJETIVO GERAL Como mordomos que somos, ensinar o uso
correto do dinheiro e dos bens confiados por Deus a ns, luz do
ensino de Jesus. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 4
5. OBJETIVOSAps esta aula, o aluno dever estar apto a:
PontuarPontuar o dinheiro, os bens e as posses na perspectiva
secular e na crist. ExplicarExplicar o dinheiro, os bens e as
posses na perspectiva do judasmo do tempo de Jesus.
ConhecerConhecer o que Jesus ensinou sobre o dinheiro, as posses e
os bens. ConscientizarConscientizar o aluno da importncia de
entesourar tesouros no cu. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 5
6. Interagindo com o Professor O assunto "dinheiro" no fcil de
ser tratado no meio evanglico. MuitosMuitos hoje tm sido levados
por caminhoshoje tm sido levados por caminhos nada bblicos e
evanglicos, quando onada bblicos e evanglicos, quando o assunto
dinheiro.assunto dinheiro. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 6
7. Interagindo com o Professor Entretanto, o nosso objeto de
estudoEntretanto, o nosso objeto de estudo o Evangelho de Lucas. o
Evangelho de Lucas. Ou seja, o que nos interessa saber o que a
Palavra de Deus, revelada em Lucas, diz acerca do dinheiro. Pr.
Edcarlos Rodrigues dos Santos 7
8. Interagindo com o Professor Qual o estilo de vida que o
cristoQual o estilo de vida que o cristo deve ter luz desse
texto?deve ter luz desse texto? o que nos interessa responder nesta
lio e tambm deve ser a pergunta que deve conduzir a aula quando
ministrada em sala. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 8
9. Ponto Central O dinheiro, os bens e as posses, na
perspectiva de JESUS, no devem ser o significado ltimo da vida. Pr.
Edcarlos Rodrigues dos Santos 9
10. VISO PANORMICA No A Prosperidade Luz da Bblia,A
Prosperidade Luz da Bblia, mostra como era formado o conceito de
prosperidade no antigoo conceito de prosperidade no antigo
Israel.Israel. Esses conceitos estavam em vigor nos dias de Jesus.
Eram duas as ideias mais comuns, pormEram duas as ideias mais
comuns, porm equivocadas, sobre a natureza das riquezasequivocadas,
sobre a natureza das riquezas. A primeira delas associava a riqueza
como uma ddiva de Deus a algum merecedor, e a pobrezapobreza como
uma marca do julgamento divino.como uma marca do julgamento divino.
Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 10
11. VISO PANORMICA Uma segunda associava a riqueza com a
maldade eUma segunda associava a riqueza com a maldade e a pobreza
com a piedade.a pobreza com a piedade. Essa forma de pensar est
presente tambm no mundo do Novo Testamento. Todavia as causas para
a pobreza no podem ser vistas de forma to simples assim. Pr.
Edcarlos Rodrigues dos Santos 11
12. VISO PANORMICA Eram vrios os principais fatores queEram
vrios os principais fatores que contribuam para a existncia de um
grandecontribuam para a existncia de um grande nmero de pobres em
Israel.nmero de pobres em Israel. claro que havia muitas variveis.
Mas para entendermos bem o quadro geral, precisamos considerar
alguns dos obstculos com que eles se defrontavam. Pr. Edcarlos
Rodrigues dos Santos 12
13. VISO PANORMICA 1. Impostos.1. Impostos. O sistema de
impostos constitua um grande pesoO sistema de impostos constitua um
grande peso para muitas famlias, para os pequenos agricultores
epara muitas famlias, para os pequenos agricultores e
negociantes.negociantes. Durante toda a histria da nao, os governos
impuseram pesadas taxas ao povo em geral, com o objetivo de
realizar seus projetos de construo ou cobrir os custos de suas
operaes militares. E foi justamente o excesso de impostos baixados
pelo rei Salomo que ocasionou a diviso do reino. 2. Desemprego.2.
Desemprego. Nas reas rurais, a presena de escravos no afetava muito
a economia, mas nas cidades sim, pois gerava forte desequilbrio nos
mercados de empregos. Como o preo dos escravos era muito baixo, os
ricos chegavam a ter um servo simplesmente para conduzir o seu
cavalo. Por isso o homem livre tinha que aprender um ofcio, sePor
isso o homem livre tinha que aprender um ofcio, se quisesse
conseguir um bom salrio.quisesse conseguir um bom salrio. 3. A
morte do chefe da famlia.3. A morte do chefe da famlia. A perda do
chefe da casa, que podiapodia ser causada por enfermidade, acidente
ou guerraser causada por enfermidade, acidente ou guerra,
geralmente deixava a famlia na pobreza, principalmente se os filhos
fossemprincipalmente se os filhos fossem pequenospequenos. Pr.
Edcarlos Rodrigues dos Santos 13
14. VISO PANORMICA 4. Seca e fome4. Seca e fome. s vezes a
prpria natureza destrua rapidamente toda a colheita de uma
temporada. A seca, o excesso de pragas, ou chuva em demasia fora de
poca, bembem como outras calamidades naturais acabavam com todocomo
outras calamidades naturais acabavam com todo o sustento de uma
famlia de uma hora para outra (SIo sustento de uma famlia de uma
hora para outra (SI 32.4).32.4). 5. Agiotagem.5. Agiotagem. Pela
lei, era proibido cobrar juros de emprstimos feitos a pobres (Ex
22.25). Mas apesar dessa recomendao divina, muitos credores tinham
atitudesmuitos credores tinham atitudes impiedosas, cobrando juros
exorbitantes eimpiedosas, cobrando juros exorbitantes e empregando
mtodos cruis para receber o pagamentoempregando mtodos cruis para
receber o pagamento da dvidada dvida. Isso sempre foi um problema
grave para os Israelitas, durante toda a sua histria. Pr. Edcarlos
Rodrigues dos Santos 14
15. VISO PANORMICA Com tantos limites no era de admirar que os
pobres se tornassem presas fceis dos mais ricos. Para sePara se
justificarem, os mais abastados costumavam fazerjustificarem, os
mais abastados costumavam fazer doaes, algumas delas bastantes
generosas, mas odoaes, algumas delas bastantes generosas, mas o
objetivo no era de fato amenizar a situao doobjetivo no era de fato
amenizar a situao do pobre, mas barganhar com Deus.pobre, mas
barganhar com Deus. A religio, em vez de cultivar os valores da
alma, fomentava apenas um legalismo exterior. Pr. Edcarlos
Rodrigues dos Santos 15
16. VISO PANORMICA Jesus denunciou essa religiosidade farisaica
O primeiro olhar de Jesus no se dirige somente ao pecado do ser
humano, mas ao seu sofrimento. Para Jesus, ao contrrio, a preocupao
tambm Para Jesus, ao contrrio, a preocupao tambm o sofrimento das
pessoas enfermas e desnutridaso sofrimento das pessoas enfermas e
desnutridas da Galileiada Galileia, a defesa dos camponeses
exploradosexplorados pelos poderosos latifundiriospelos poderosos
latifundirios, ou a acolhida aou a acolhida a pecadores e
prostitutas, excludos pela religiopecadores e prostitutas, excludos
pela religio. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 16
17. VISO PANORMICA Para Jesus, o grande pecado contra o projeto
deo grande pecado contra o projeto de DeusDeus consiste sobretudo
em resistirmos a tomarresistirmos a tomar parte no sofrimento dos
outros encerrando-nosparte no sofrimento dos outros encerrando-nos
em nosso prprio bem-estar.14em nosso prprio bem-estar.14 Pr.
Edcarlos Rodrigues dos Santos 17
18. VISO PANORMICA Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 18
19. VISO PANORMICA O cristianismo por ser uma crena de
naturezaO cristianismo por ser uma crena de natureza escatolgica no
estimulava a aquisio de possesescatolgica no estimulava a aquisio
de posses materiais.materiais. Os primitivos cristos, incluindo os
apstolos, mantinham a expectativa de que Jesus poderia voltar ainda
na sua gerao. 1 Tessalonicenses 4:16-171 Tessalonicenses 4:16-17 -
Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de
Deus, o prprio Senhor descer dos cus, e os mortos em Cristo
ressuscitaro primeiro. Depois ns, os que estivermos vivos, seremos
arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos
ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. Pr. Edcarlos
Rodrigues dos Santos 19
20. VISO PANORMICA Isso fazia com que a preocupao com aIsso
fazia com que a preocupao com a propagao da mensagem do reino se
tornassepropagao da mensagem do reino se tornasse suasua principal
fonte de motivao e no o acmulo deprincipal fonte de motivao e no o
acmulo de bens terrestres.bens terrestres. Pr. Edcarlos Rodrigues
dos Santos 20
21. INTRODUOINTRODUO O cristianismo bblico e ortodoxo sempreO
cristianismo bblico e ortodoxo sempre manteve uma posio de cautela
e at mesmomanteve uma posio de cautela e at mesmo reserva com
respeito ao uso do dinheiro ereserva com respeito ao uso do
dinheiro e aquisio de riquezas.aquisio de riquezas. Na verdade, os
primeiros lderes cristos, inspirados nos ensinos de Jesus, passaram
a desestimular a aquisio de bens materiais. Entretanto,Entretanto,
o secularismo e o materialismoo secularismo e o materialismo sempre
rondaram o arraial cristosempre rondaram o arraial cristo e,e, vez
porvez por outra, Mamon tem deixado suas marcas emoutra, Mamon tem
deixado suas marcas em nosso meio.nosso meio. Pr. Edcarlos
Rodrigues dos Santos 21
22. INTRODUOINTRODUO Jesus ensinou claramente que ns temos que
escolher entre dois senhores (Mateus 6:19-34). Mateus 13.22
diz:Mateus 13.22 diz: E o que foi semeado entre espinhos o que ouve
a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a seduo das riquezas
sufocam a palavra, ee a seduo das riquezas sufocam a palavra, e
fica infrutferafica infrutfera.. Apesar das doutrinas de muitas
igrejas hoje que dizem que a prosperidade evidncia daa prosperidade
evidncia da fidelidadefidelidade, a Bblia ensina que nem riqueza
nem pobreza, por si s, nos faz melhor servos de Deus. bom ter o
suficiente, mas no o excesso (Provrbios 30:7-9).]. Convido voc a
pensar maduramenteConvido voc a pensar maduramente sobre a f
crist.sobre a f crist.Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 22
23. I. O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR EI. O
DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTCRIST Tanto
no mundo antigo quanto no contemporneo, possvel observar que a
realidade material pareceu sempre se sobrepor espiritual. O
material passa aO material passa a dominar a vida das pessoas e
isso inclui dinheiro,dominar a vida das pessoas e isso inclui
dinheiro, bens e posses.bens e posses. Por essa perspectiva, o
material superestimado enquanto o espiritual ignorado e suplantadoo
espiritual ignorado e suplantado. 1. Perspectiva secular. Pr.
Edcarlos Rodrigues dos Santos 23
24. I. O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR EI. O
DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTCRIST Na
perspectiva secular quem tem dinheiro e posses valorizado (Lc
16.19; Mt 19.23). Na perspectiva secular quem no tem dinheiro nada
vale (Pv 22.7; Sl 10.2). Nesse contexto, quem tem posses
valorizado, e quem no as possui nada vale. O dinheiro, como valor
material que garante posses, ganha o status de senhor em vez de
servo. 2. Perspectiva Crist. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos
24
25. I. O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR EI. O
DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTCRIST
possvel que o dinheiro nos faa esquecer coisas mais importantes? As
riquezas podem -se tornar oAs riquezas podem -se tornar o centro da
nossa vida e tomar o lugar de Deus.centro da nossa vida e tomar o
lugar de Deus. O dinheiro pode dar-nos atitudes erradas sobre as
coisas materiais. A Bblia diz em Lucas 12:15 E disseE disse ao
povo: Acautelai-vos e guardai-vos de todaao povo: Acautelai-vos e
guardai-vos de toda espcie de cobia; porque a vida do homem
noespcie de cobia; porque a vida do homem no consiste na abundncia
das coisas que possuiconsiste na abundncia das coisas que
possui.... 1. Perspectiva secular. Pr. Edcarlos Rodrigues dos
Santos 25
26. I. O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR EI. O
DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTCRIST
interessante esse contraste entre o que a Bblia interessante esse
contraste entre o que a Bblia diz e o que o mundo pensa.diz e o que
o mundo pensa. Para o materialismo, omaterialismo, o que realmente
importa o ter,que realmente importa o ter, o sucesso financeiro a
prioridade da vida. 1 Timteo 6.9 1 Timteo 6.9 Mas os que querem
tornar-se ricosMas os que querem tornar-se ricos caem em tentao e
em lao, e em muitascaem em tentao e em lao, e em muitas
concupiscncias loucas e nocivas, as quaisconcupiscncias loucas e
nocivas, as quais submergem os homens na runa e na perdiosubmergem
os homens na runa e na perdio.]..]. 1. Perspectiva secular. Pr.
Edcarlos Rodrigues dos Santos 26
27. I. O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR EI. O
DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTCRIST No
contexto cristo, o mesmo Deus que fez o espiritual o mesmo que fez
o material. Nos ensinos de Cristo, no h um dualismodualismo entre
matria e espritomatria e esprito! Todavia, as coisas
espirituais,espirituais, por serem de natureza eterna, ganham
primaziaganham primazia sobre as materiais, que so apenas
temporaissobre as materiais, que so apenas temporais (Lc 10.41). Na
perspectiva crist, portanto, asNa perspectiva crist, portanto, as
dimenses material e espiritual devem coexistir.dimenses material e
espiritual devem coexistir. Assim como servimos a Deus com o nosso
esprito, nossa dimenso espiritual, devemos tambm servir com o nosso
corpo (1 Co 6.19,20; 1 Ts 5.23), nossa dimenso material. 2.
Perspectiva crist Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 27
28. I. O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR EI. O
DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTCRIST Dessa
forma, quem se tornou participante dos valores espirituais deve
tambm servir com seus bens materiais (Rm 15.26-27; Lc 8.3). Aqui, o
dinheiro, como valor material, no vistoAqui, o dinheiro, como valor
material, no visto como senhor, mas apenas comocomo senhor, mas
apenas como um servoum servo.. 2. Perspectiva crist Pr. Edcarlos
Rodrigues dos Santos 28
29. I. O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR EI. O
DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTCRIST Ainda
que citemos Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e no nas
coisas terrenas (Colossenses 3:2), a verdade que passamos a vida
buscando ea verdade que passamos a vida buscando e quase adorando
coisas materiais casas e carrosquase adorando coisas materiais
casas e carros bonitos, boa comida, pessoas de boa
aparncia,bonitos, boa comida, pessoas de boa aparncia, igrejas
confortveis e etc...igrejas confortveis e etc... 2. Perspectiva
crist Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 29
30. II. DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDASMO DO TEMPO DE JESUS No
judasmo do tempo de Jesus, a sociedade estava dividida em dois
grupos: os ricos e os pobres. Na classe mais abastada, estavam os
sacerdotes, participantes de uma elite que controlava o sistema de
sacrifcios e lucravam com ele, e os herodianos que possuam grandes
propriedades. 1. Ricos e pobres Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos
30
31. II. DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDASMO DO TEMPO DE JESUS Um
outro grupo era formado por membros da aristocracia judaica que
enriqueceu custa de impostos de suas propriedades e ao seu comrcio.
O ltimo grupo era formado por judeus comerciantes, que, embora no
possussem herdades, participavam ativamente da vida econmica da
nao. No extremo oposto dessa situao, estavam osNo extremo oposto
dessa situao, estavam os pobres! Estes eram "o povo da terra" (Lc
21.1-4).pobres! Estes eram "o povo da terra" (Lc 21.1-4). No
possuam nada e ainda eram oprimidos pelosNo possuam nada e ainda
eram oprimidos pelos ricos (Tg 2.6).ricos (Tg 2.6). 1. Ricos e
pobres Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 31
32. II. DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDASMO DO TEMPO DE JESUS
Sempre houve, na histria da humanidade, esta diviso de classes.
Naqueles dias, ainda mais. Desde as origens da cristandade
houveDesde as origens da cristandade houve convertidos ricos e que
esses ocuparam posioconvertidos ricos e que esses ocuparam posio de
destaque nas comunidades crists,de destaque nas comunidades crists,
sobretudo, nas comunidades gregas, como consta nas epstolas
paulinas. Ento fica evidente que o mau no oEnto fica evidente que o
mau no o dinheiro em si, mas o amor a eledinheiro em si, mas o amor
a ele. Lucas escreve seu livro um destinatrio rico! 1. Ricos e
pobres Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 32
33. II. DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDASMO DO TEMPO DE JESUS Na
cultura judaica nos dias de Jesus, a posse de bens materiais no era
vista como um mal em si. O expositor bblico P. H. Davids observa
que os exemplos de Abrao Gn cap. 12 v.v. 11-16, Salomo herana de
Davi - Guerras e J ntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do
mal (J 1:8). serviam de inspirao queles que almejavam a
prosperidade. A ideia era que os ricos prosperavamA ideia era que
os ricos prosperavam porque sobre eles estava o favor de
Deus.porque sobre eles estava o favor de Deus. 2. Generosidade e
prosperidade. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 33
34. II. DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDASMO DO TEMPO DE JESUS
Dessa forma, a prosperidade passou a ser associada piedade. Para
evitar a avareza e a ganncia, aPara evitar a avareza e a ganncia, a
tradio rabnica estimulava os ricos a seremtradio rabnica estimulava
os ricos a serem generosos e solidrios com os pobresgenerosos e
solidrios com os pobres, que era, que era maioria na
comunidade.maioria na comunidade. Evidentemente que essa concepo
estimulava apenas as aes exteriores, sem levar em conta as atitudes
interiores (Lc 21.4). 2. Generosidade e prosperidade. Pr. Edcarlos
Rodrigues dos Santos 34
35. II. DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDASMO DO TEMPO DE JESUS As
riquezas so, na perspectiva de Jesus, um obstculo, tanto salvao
como ao discipulado (Mt 19.21-24; 13.22). 2. Generosidade e
prosperidade. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 35
36. III. DINHEIRO, BENS E POSSSES NOS ENSINOS DE JESUS O ensino
de Jesus sobre o uso das riquezas foi muito mais radical do que
ensinava o judasmo e a tradio rabnica dos seus dias. Jesus,
aoJesus, ao contrrio dos rabinos, no associou a piedadecontrrio dos
rabinos, no associou a piedade com a prosperidadecom a
prosperidade. A riqueza de algum nada dizia sobre a sua real condio
espiritual. Para Jesus, o perigo das riquezas estava no fato de que
elas poderiam, at mesmo, se transformar numa personificao do mal e
reivindicar o culto para si. PorPor isso, advertiu: "No podeis
servir a Deus e [asisso, advertiu: "No podeis servir a Deus e [as
riquezas]" (Lc 16.13).riquezas]" (Lc 16.13). 1. Jesus alertou sobre
os perigos da riqueza Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 36
37. III. DINHEIRO, BENS E POSSSES NOS ENSINOS DE JESUS O
vocbulo traduzido como "riqueza", nesse texto, corresponde palavra
grega de origem aramaica Mammonas, traduzida na ARC como Mamom. A
riqueza pode se transformar em um dolo, ou deus, para aqueles que a
possui. 1. Jesus alertou sobre os perigos da riqueza Pr. Edcarlos
Rodrigues dos Santos 37
38. III. DINHEIRO, BENS E POSSSES NOS ENSINOS DE JESUS Nesse
aspecto, as riquezas tornam-se umNesse aspecto, as riquezas
tornam-se um obstculo no caminho daquele que serve a Deusobstculo
no caminho daquele que serve a Deus (Lc 8.14).(Lc 8.14). . Jesus
alertou sobre os perigos da riqueza Pr. Edcarlos Rodrigues dos
Santos 38
39. III. DINHEIRO, BENS E POSSSES NOS ENSINOS DE JESUS Quanto
atitude correta em relao a bens e o seu usufruto, o crente tem a
obrigao de ser fiel (16.11). O). O cristo no deve apegar-se s
riquezas como umcristo no deve apegar-se s riquezas como um tesouro
ou garantia pessoal;tesouro ou garantia pessoal; pelo contrrio,
deve abrir mo delas, colocando-as nas mos de DeusDeus para uso no
seu reino, promoo da causa de Cristo na terra, salvao dos perdidos
e atendimento de necessidades do prximo. Portanto, quem
possuiPortanto, quem possui riquezas e bens no deve julgar-se rico
em si, eriquezas e bens no deve julgar-se rico em si, e sim
administrador dos bens de Deus (12.31-48).sim administrador dos
bens de Deus (12.31-48). 1. Jesus alertou sobre os perigos da
riqueza Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 39
40. III. DINHEIRO, BENS E POSSSES NOS ENSINOS DE JESUS Embora
Jesus tenha mostrado que as riquezasEmbora Jesus tenha mostrado que
as riquezas podem, at mesmo, se tornar uma personificaopodem, at
mesmo, se tornar uma personificao do mal,do mal, Ele no as
demonizouEle no as demonizou.. No entanto, na perspectiva lucana,
Jesus desencoraja a aquisio de riquezas (Lc 12.13; 18.22) e
estimula a confiana em Deus. E havia uma razo para isso.E havia uma
razo para isso. 2. Jesus ensinou a confiana em Deus Pr. Edcarlos
Rodrigues dos Santos 40
41. III. DINHEIRO, BENS E POSSSES NOS ENSINOS DE JESUS Logo aps
mostrar os perigos da avareza a algum que queria fazer dEle um juiz
em uma questo relacionada a uma herana, Jesus revela a seus
discpulos que aJesus revela a seus discpulos que a melhor forma de
se proteger desse mal confiarmelhor forma de se proteger desse mal
confiar inteiramente na proviso divina (Lc 12.13-34).inteiramente
na proviso divina (Lc 12.13-34). As riquezas do a falsa sensao de
segurana e de independncia das coisas espirituais. Da, sua
recomendao para no se confiar nelas (Lc 12.33,34). 2. Jesus ensinou
a confiana em Deus Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 41
42. III. DINHEIRO, BENS E POSSSES NOS ENSINOS DE JESUS Seu tema
principal que os ricos mpiosSeu tema principal que os ricos mpios
frequentemente vencem na vida, enquanto osfrequentemente vencem na
vida, enquanto os pobres e devotos frequentemente sofrem.pobres e
devotos frequentemente sofrem. E emite uma ntida advertncia queles
que confiam nas riquezas. Os versculos introdutrios (49:1-4) contm
um chamado premente a que todos os povos dem ateno. 2. Jesus
ensinou a confiana em Deus Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos
42
43. III. DINHEIRO, BENS E POSSSES NOS ENSINOS DE JESUS Depois
de conseguir sua ateno, o escritor abre seu discurso com a
pergunta: "Por que hei de eu temer""Por que hei de eu temer"
(49:5).(49:5). Ele no est escrevendo por causa da inveja daqueles
que prosperam, ainda que alguns deles possam ser seus antagonistas.
Ele no tem motivo para temer, ainda que seus inimigos - os ricos e
os ambiciosos - temam. Por qu?Por qu? 2. Jesus ensinou a confiana
em Deus Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 43
44. III. DINHEIRO, BENS E POSSSES NOS ENSINOS DE JESUS Porque
no h felicidade duradoura ou satisfatria para eles. A futilidade de
confiar na riqueza terrestre e nas posses materiais graficamente
ressaltada nos versculos 5-12. Riquezas terrestres no daroRiquezas
terrestres no daro satisfao no dia mau.satisfao no dia mau. O
salmista apresenta diversas razes convincentes para isto. 1. As
riquezas no salvaro a vida de uma pessoa (49:7). 2. Jesus ensinou a
confiana em Deus Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 44
45. III. DINHEIRO, BENS E POSSSES NOS ENSINOS DE JESUS 2. As
riquezas no podem ser usadas como um resgate diante de Deus, "nem
pagar por ele a Deus o seu resgate". 3. As riquezas no salvaro a
alma de uma pessoa (49:8). 4. As riquezas no evitaro que qualquer
pessoa morra e deixe suas posses para outros (49:10). 5. Todavia, o
homem no permanece em sua ostentao; , antes, como os animais, que
perecem (49:12). 2. Jesus ensinou a confiana em Deus Pr. Edcarlos
Rodrigues dos Santos 45
46. III. DINHEIRO, BENS E POSSSES NOS ENSINOS DE JESUS O
versculo 20 uma repetio, como refro, do versculo 12. Se um homem
est em posio de honra "mas sem entendimento", ele apenas "como os
animais, que perecem". 2. Jesus ensinou a confiana em Deus Pr.
Edcarlos Rodrigues dos Santos 46
47. IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRIST Os lxicos
definem a avareza como um apegoa avareza como um apego demasiado e
srdido ao dinheiro e mesquinhez.demasiado e srdido ao dinheiro e
mesquinhez. O ensino de Jesus sobre o uso das riquezas vaio uso das
riquezas vai muito alm da simples doao de bens e aesmuito alm da
simples doao de bens e aes filantrpicas.filantrpicas. 1. Avaliando
a inteno do corao. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 47
48. IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRIST Os lxicos
definem a avareza como um apegoa avareza como um apego demasiado e
srdido ao dinheiro e mesquinhez.demasiado e srdido ao dinheiro e
mesquinhez. O ensino de Jesus sobre o uso das riquezas vaio uso das
riquezas vai muito alm da simples doao de bens e aesmuito alm da
simples doao de bens e aes filantrpicas.filantrpicas. Ele no se
limitava a avaliar apenas as aes exteriores, mas, sobretudo,
voltava-se parasobretudo, voltava-se para asas atitudes
interiores.atitudes interiores. 1. Avaliando a inteno do
coraointeno do corao. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 48
49. IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRIST No era,
portanto, apenas se desfazer dos bens, mas a atitude e inteno com
que isso era feito. Lc 11.40- Loucos! O que fez o exterior no fez
tambm o interior? Dai, antes esmola do queDai, antes esmola do que
tiverdes, e eis que tudo vos ser limpo.tiverdes, e eis que tudo vos
ser limpo. Mas ai de vs, fariseus, que dizimais a hortel, e a
arruda, e toda hortalias e desprezais o Juzo e o Amor de Deus!
Importa fazer essas coisas e no deixar as outras.Importa fazer
essas coisas e no deixar as outras. No era apenas doar, mas
doar-se. 1. Avaliando a inteno do coraointeno do corao. Pr.
Edcarlos Rodrigues dos Santos 49
50. IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRIST O que
Mordomia? Mordomia o manejo responsvel dos recursos do reino de
Deus que foram confiados a uma pessoa ou a um grupo. 1 Co 4.1-2.1
Co 4.1-2. Mordomo algum que administra os bens deMordomo algum que
administra os bens de outra pessoa.outra pessoa. Os bens no lhe
pertencem, mas ele pode usufruir deles enquanto os administra para
seu legtimo dono. Jesus contou a parbola doJesus contou a parbola
do administrador, ou mordomo infiel, para mostraradministrador, ou
mordomo infiel, para mostrar esse fato (Lc 16.1-13).esse fato (Lc
16.1-13). 2. Entesourando no cu. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos
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51. IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRIST Assim como os
filhos deste mundo so perspicazes e astutos no que diz respeito ao
uso de suas riquezas, assim tambm os filhos do Reino devem ser
sbios na aplicao de seus bens. O ensino da parbola que o melhor
investimento usar os recursos materiais adquiridos na propagao do
Reino de Deus e, dessa forma, ganhar amigos para a vida eterna (Lc
16.9). 2. Entesourando no cu. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos
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52. IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRIST O ensino da
parbola que o melhor investimento usar os recursos materiais
adquiridos na propagao do Reino de Deus e, dessa forma, ganhar
amigos para a vida eterna (Lc 16.9). Em Mateus 6:19-20 o Senhor
diz: No acumuleisNo acumuleis para vs outros tesouros sobre a
terra, onde apara vs outros tesouros sobre a terra, onde a traa e a
ferrugem corroem e onde os ladrestraa e a ferrugem corroem e onde
os ladres escavam e roubam; mas ajuntai para vs outrosescavam e
roubam; mas ajuntai para vs outros tesouros no cu....tesouros no
cu.... 2. Entesourando no cu. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos
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53. IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRIST Pensando que
trabalham para a salvao (tesouros no cu), sem saber trabalham para
a perdio (tesouros na terra). Em Mateus 7:21, Jesus diz muito sobre
esse tipo de engano: Nem todo que me diz Senhor, Senhor!Nem todo
que me diz Senhor, Senhor! entrar no reino dos cus; mas aquele que
faz aentrar no reino dos cus; mas aquele que faz a vontade do meu
Pai que est nos cus.vontade do meu Pai que est nos cus. 2.
Entesourando no cu. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 53
54. IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRIST 2.
Entesourando no cu. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 54
55. IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRIST Qual o
verdadeiro tesouro ento?Qual o verdadeiro tesouro ento? Como achar
um caminho certo e seguro para ele? Paulo responde: A mim, o menor
de todos os santos, me foi dadaA mim, o menor de todos os santos,
me foi dada esta graa de pregar aos gentios o evangelho dasesta
graa de pregar aos gentios o evangelho das insondveis riquezas de
Cristo (Efsios 3:8).insondveis riquezas de Cristo (Efsios 3:8). 2.
Entesourando no cu. Pr. Edcarlos Rodrigues dos Santos 55
56. IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRIST Confie sua
vida a ele e seja rico em benos celestiais! Bendito o Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abenoou com todas as bnos
espirituais nos lugares celestiais em Cristo (Efsios 1:3) Eis a o
mapa do verdadeiro tesouro: o evangelho dao evangelho da
salvao.salvao. 2. Entesourando no cu. Pr. Edcarlos Rodrigues dos
Santos 56
57. No h valor moral no dinheiro em si. Ter dinheiro pode ser
uma coisa boa ou ruim. Isso vai depender do conjunto de valores
daquele que o utiliza. Certamente, usar o dinheiro para ajudar uma
obra filantrpica, ou investir na obra missionria, uma coisa til e
louvvel. Todavia, usar esse dinheiro, como advertiu Jesus,
simplesmente com a atitude de querer mais posses, mais prestgio,
mais autossatisfao, acaba se tornando uma coisa ruim. Concluso. Pr.
Edcarlos Rodrigues dos Santos 57