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MéDico De Homens E De Almas Juliana Ramires

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Maravilhoso!

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Page 2: MéDico De Homens E De Almas   Juliana Ramires

A obra-prima "Médicos de Homens e de almas",

da escritora Taylor Caldwell levou 46 anos para ser concluído.

Um livro que começou a ser escrito quando a autora tinha apenas 12 anos de

idade e que resultou numa história emocionante

sobre a vida de São Lucas, um dos apóstolos de Jesus Cristo.

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Lucano, como era conhecido, diminutivo de Lucas

e São Lucas porque ele foi considerado santo, não conheceu pessoalmente o Nazareno,

mas sabia da Sua existência e sentia que um laço muito forte os uniam, mesmo sem nunca

terem se encontrado. Ele foi um médico muito respeitado, que

ajudava primeiramente os pobres, para depois ajudar os ricos.

Curava com poções que fazia, mas não sabia que podia curar,

também, com as emoções, que eram refletidas pelo contato das suas

mãos com a pele do doente.

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O médico foi um dos maiores defensores da fé cristã

e não acreditava que Jesus teria vindo para a Terra

somente para salvar os judeus, e sim, para salvar a todos os homens. A Bíblia o apresenta como o médico de

coração generoso, bem instruído

e autor de um dos Evangelhos e do Livro de Atos.

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O primeiro contato direto de São Lucas com Cristo foi quando criança. Junto a um dos seus instrutores e amigo Keptah, também médico, presenciou a estrela que anunciava a chegada

do Salvador.

Depois, já adulto, estava na porta de casa quando o céu escureceu,

como se a noite atropelasse o dia, o momento que o Filho de Deus

estava de braços abertos, pregado na cruz e sendo observado

por Prisco, irmão de Lucano.

Foi Prisco quem relatou com muita precisão um dos momentos

mais emocionantes do livro: a crucificação.

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Tudo o que o médico escreveu no seu Evangelho

foi adquirido através de pesquisas, ouvindo os testemunhos dos discípulos,

dos apóstolos e das demais pessoas que O conheceram.

Ele pessoalmente não presenciou nada. Porém, quem lhe contou as histórias foi muito

preciso e detalhista. No início da sua parte na Bíblia o escritor já

deixa claro a sua posição diante dos fatos descritos:

ele nada viu mas tudo ouviu...

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Um dos momentos mais emocionantes do livro

é o testemunho de Maria,mãe de Cristo

que se segue...

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- Estou procurando Maria, a Mãe de Jesus, senhora,

disse Lucano, fiz uma longa viagem para falar com ela.

Sem responder, ela subiu os degraus, e Lucano viu,

pelo reflexo da luz, que era jovem e flexível, vestida com um tecido barato, azul-escuro,

e usando véu branco. Enquanto subia os degraus, o rosto dela

levantou-se para o médico, e ele percebeu que a mulher era

extremamente bela, de faces lisas e pálidas adelgaçando-se no

queixo onde havia uma covinha.

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Tinha o nariz delicado, os lábios de um rosa suave

e os olhos azuis mais encantadores que o médico já vira.

Um caracol de cabelo dourado escapara do véu.

Seu corpo e sua esbeltez eram os de uma jovenzinha,

e seus pés descalços, muito brancos.

Então, em pé diante dele, cheia de simples dignidade, ela disse:

- Sou eu.

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Lucano estava estupefato. Segundo tudo o que ouvira, Maria devia ter

agora quarenta e oito anos, e ainda assim mostrava o aspecto e a

juventude de uma jovem princesa, gentilmente nobre e infinitamente suave.

Não havia rugas marcando-lhe a carne, e ela sorria, indagadora,

para Lucano, mostrando dentes pequenos, que pareciam pérolas perfeitas. Contudo,

olhando-a, ele percebeu que ela sofria uma sutil modificação, tornava-se mais velha,

enchia-se de desgosto e tristeza, curvava-se um pouco.

Então, de novo, estava misteriosamente jovem e ereta,

calma como uma estátua, com a fronte lisa e branca.

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Lucano, sem saber por que, começou a tremer.

Estava dominado pela reverência e pelo amor. Desejava ajoelhar-se diante dela e beijar-lhe

as mãos que o trabalho gastara.

Entretanto, Maria fixava nele um olhar sem curiosidade,

e seus olhos azuis pareciam transpassar-lhe a alma.

-Sou Lucano, médico grego, senhora, murmurou ele, vim de longe

para ver-te pois amo e sirvo teu Filho, embora nunca O tenha visto,

a não ser em meus sonhos.

Então ela lhe disse:-Sentemo-nos atrás da casa, na sombra,

Lucano

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Lucano disse-lhe da sua longa amargura, depois de sua longa busca.

Contou-lhe as histórias de Jesus, que ouvira. Então, tendo terminado sua história, Lucano

ficou silencioso. Olhava o perfil de Maria e ele parecia-lhe

concentrar as feições de todas as mulheres que amara.

A tranqüilidade dela invadiu-o, e ele sentiu-se repleto de paz.

-Queres saber a meu respeito, disse ela muito docemente,

e sobre meu filho. Eu te direi.

E passou a contar toda a sua história desde a anunciação.

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Ao final, Lucano tomou-lhe as mãos e beijou-as dizendo:

-Feliz sou eu por ter ouvido estas coisas dos teus lábios, Senhora.

-Não mereço tal felicidade.Contemplava-a com reverência, e pensava: “Realmente, ela é a que não tem pecado, a

que nasceu e viveu sem pecado, a que suportou o mal sem jamais ter sido

tocada por ele. Ela conheceu a dor, mas não a culpa. Ela chorou, mas não por transgressões

próprias. Ela amou, mas seu amor era puro como o luar.

Ela caminhou entre o terror e o desgosto. Mas não há sombras em seu espírito,

nem impureza em suas mãos.

Ela é bendita entre as mulheres”.

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-Só Deus pode julgar se um homem merece ou não a felicidade,

disse Maria docemente, Tu sofreste muito, e Ele te trouxe para junto de Si.

-Senhora, teu Filho sempre soube quem Ele era?

Desde sua infância?

Maria meditou, depois inclinou a cabeça...

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-Acredito que sim. Sei que sim. Mesmo em seu berço, que José, meu marido,

fez tão amorosamente com suas próprias mãos,

Ele parecia estar sempre meditando. Foi o mais doce dos bebês.

Jamais chorava, nem mesmo quando tinha fome.

Parecia conhecer-nos desde o dia em que nasceu.

Às vezes, à noite, eu erguia uma lâmpada sobre Ele,

para ter certeza de que tudo estava bem, e de que Ele dormia. Ele abria então seus olhos queridos e sorria,

tranqüilizando-me...

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Foi um menino forte e vigoroso, obediente, mas muitas vezes silencioso.

Divertia-se com os brinquedos que José fazia para Ele

e brincava como as outras crianças brincam.

Mas, no meio de seus brinquedos, ficava de súbito imóvel,

como se pensasse ou refletisse...

Era isso que aborrecia as outras crianças, isto, e seu súbito afastar-se delas,

para ficar sozinho...

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Não falamos com Ele sobre o seu nascimento e sua missão.

Havia como que um entendimento entre nós todos.

Certa vez, Ele me encontrou chorando, pois eu compreendia,

vagamente, seu fado inexorável, segundo as profecias.

Sou mãe, Lucano...

Meu filho era mais querido para mim que a própria vida,

e às vezes meu coração quase se despedaçava

quando eu ousava pensar se a humanidade seria digna Dele.

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Quando me viu chorando, e então tinha dez anos de idade,

veio ter comigo, abraçou-me e apertou-me contra o Seu peito de menino, calado e

consolador.

Não me fez perguntas. Enxugou delicadamente meus olhos, e eu estalei novamente em soluços.

Finalmente, Ele disse:

“Não deves chorar minha mãe, pois eu estou sempre contigo”.

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-Devo deixar-te agora, disse Lucano.

Ela confirmou, com um movimento de cabeça.

- Eu sei. Que a paz seja contigo, Lucano.

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Ele então, deixou-a, caminhando vagarosamente,

na descida da rua estreita. Então, chegando-se ao fim, voltou-se, e olhou

para Maria.

Ela estava em pé, contra o cenário de fundo das montanhas ardentes

e bronzeadas, e pareceu a Lucano que a Senhora se fizera muito alta,

que estava vestida de pura luz, e que seu rosto irradiava luminosidade.

Tinha o aspecto incrivelmente belo e cheio de paz.

Ela ergueu a mão, para Lucano, em adeus e em benção...

 

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Taylor Taylor CaldwellCaldwell

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Créditos

Formatação: Juliana RamiresTexto: “Médico de Homens e de Almas”Autora: Taylor CaldwellMúsica: “Instrumental”

[email protected][email protected] – Agosto de 2009Agosto de 2009