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Estudo do livro de Yvonne do Amaral Pereira elaborado pelo grupo de Estudo de terças - feiras da Sociedade Espírita Renovação em 27.05.2014

Nas voragens do pecado

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Page 1: Nas voragens do pecado

Estudo do livro de Yvonne do Amaral Pereira elaborado

pelo grupo de Estudo de terças-feiras da Sociedade

Espírita Renovação

em 27.05.2014

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Grupo de Estudos

Terças-feiras, 20h

SER

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Romance passado na França, por volta do ano de 1572, relata a luta

dos seguidores da reforma luterana e calvinista. Descreve a trama de

duas mulheres unidas num processo de vingança e obsessão contra o

responsável pelo massacre de sua família. Apresenta o pacto

obsessor, descrevendo os personagens principais: Otília de Louvigny,

noiva do pastor sacrificado Carlos Felipe; a irmã de Carlos, Ruth

Carolina e Luís de Narbone, o Capitão da Fé, que em seu fanatismo

sectário serve de instrumento ao clero e à rainha Catarina de Médicis

nas atrocidades contra os protestantes. Narra o plano de conquista e

o casamento de Ruth e Luís de Narbone com suas conseqüências

atrozes. Relata a consumação da vingança, a perseguição, ainda no

Plano Espiritual e o processo obsessivo nos dois planos de

existência. Conclui, apresentando as condições dos personagens no

Além e a necessidade da reencarnação para resgatar e aplacar as

consciências culpadas e ultrajadas.

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I. Otília de Louvigny

Chega ao Palácio de Raymond uma

carruagem trazendo a jovem Ruth

Carolina, única sobrevivente da família

Brethencourt-de-la-Chapelle à perseguição

dos hugenotes. Toma o nome da recém-

falecida noiva de seu amado irmão Carlos

Felipe, Otília de Louvigny-Raymond.

Quando a tropa do Capitão da Fé - Luis de

Narbonne - Ruth aparece no balcão e se

faz notar pelo principal causador da morte

de sua família, para quem arremessa uma

rosa rubra.

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II. Uma Família de Filantropos

Os Brethencourt-de-la-Chapelle viviam uma vida austera e trabalhosa no amanho da terra, em seu castelo às margens do Reno: O velho casal de Condes Carlos Felipe e Carolina, seus filhos varões Carlos Felipe II (médico, poeta e teólogo luterano), Clóvis e Felipe Eduardo (ex-oficiais militares); Felipe Rogério e Paulo Felipe (jovens estudantes de medicina) e a menina Ruth-Carolina. No início de agosto de 1572 chega a La Chapelle um oficial do Duque de Guise chamado Reginald de Troulles, trazendo uma carta de Luis de Narbonne advertindo-o quanto ao perigo de professar o protestantismo. Reginald vê Ruth cantando no jardim. Carlos dispensa Reginaldo de forma veemente. Ruth é envia para a casa de Otília.

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III. O Capitão da Fé

Poucos dia após “São Bartolomeu”, numa

tarde de domingo, Luis de Narbonne

comanda pessoalmente o massacre de toda

a família Brethancourt-de-la-Chapelle. Um

por um tombam Carlos II, seus pais, seus

irmãos, suas cunhadas, sobrinhos, os

visitantes do dia e os vizinhos assistiam ao

serviço dominical.

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IV. Pacto Obsessor

Ruth é avisada da morte de sua família

pelas mãos de Luis de Narbonne. A saúde

de Otília está por um fio. Ambas tramam

um plano de vingança. Ruth jura sobre a

Biblia destruir o Capitão da fé. Otília

morre. Ruth parte para Paris de posse do

nome e da fortuna de Otília.

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V. Seu Primeiro Amor

Narbonne, apaixona-se pela falsa Otília.

Ele pede que ela o encontre na missa.

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VI. Eva e a Serpente

A falsa Otília vai encontrá-lo na Igreja. Ela revela a intenção de oferecer seus serviços à Rainha. Luis tenta disuadí-la. Ela não cede. No Palácio é recebida por Catarina. A Rainha a desmascara, ao perceber sua semelhança com o irmão morto. Sem perder o controle, Ruth instiga a Rainha apresentando Luis como inimigo do trono. Ambas entram em acordo. Na manhã seguinte, emissário real parte em busca do irmão da verdadeira Otília, entregando-lhe novos encargos, com o intuito de afasta-lo por mais tempo da França.

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VII. Perfídia

Ruth passa a servir como Dama da Corte

de Catarina. Com o intuito de

incompatibilizar Luis com o clero, Ruth e a

Rainha envolvem Narbonne num

escandaloso escândalo diante da corte. As

Damas enciumadas acorrem para contar à

Rainha as calúnias tramadas no leito de

morte de Otília – que Luis seria filho

bastardo do rei e por isso, teria direito ao

trono.

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I. Estranhos Projetos

Três cartas chegam ao Palácio de

Narbonne: da Rainha (Convidando-o para

comparecer á corte imediatamente), do

Monsenhor de B... (Pedindo que ele se

apresenta-se de imediato à presença de seu

tutor e padrinho) e da falsa Otília(

Despedindo-se dele). Luis corre ao Louvre

e depois de se agastar com ele consegue a

permissão para casar-se com “Otília”.

Monsenhor de B... tenta alerta-lo, em vão.

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II. Núpcias

Luis e “Otilia” casam-se no dia de finados

daquele ano. Dama Blandina descobre que

Ruth ama Narbonne.

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III. Consequências de um baile

Quinze dias após, “Otília“ será apresentada

à corte como esposa de Narbonne, num

grande baile. Ruth canta diante da corte a

mesma canção que cantava em seu antigo

lar no Reno. Reginald de Troulles a

reconhece. Corre ao Convento para avisar

o Monsenhor que soube da morte de Otília

dias após o enlace. Monsenhor vai visitar o

filho adotivo em seu Palácio.

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IV. Anjo das Trevas

Na manhã daquele mesmo dia Ruth recebera uma carta do Príncipe Frederico, seu antigo admirador, que confessa seu amor e o desejo de leva-la com ele para a Baviera. Encontrando-se à sós com Ruth o Monsenhor revela conhecer-lhe a real identidade. Ruth mente que se afastará de Narbonne. Em seus aposentos, escreve à Rainha dizendo que tomou ciência de um plano contra o trono, elaborado por Narbonne. Quando volta ao salão encontra Monsenhor junto ao pálido Luis que tem nas mãos a carta que confirma a morte da verdadeira Otília. Ruth chama pelo espectro vingativo da noiva de Carlos

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IV. Fim de um sonho

Os esposos se confrontam. Monsenhor de B... e Reginald de Troulles tentam interferir e são ambos rechaçados por Narbonne. Luis toma-a nos braços, carrega-a pela casa, levando-a para a masmorra do castelo. Otília sussurra conselhos. Ruth diz ao esposo que deseja confessar-se. Pede que ele a leva até Saint-Germain, onde se casaram. Luis consente. Na igreja, Ruth pede ao marido que vá se confessar primeiro. Ruth sai da igreja para se encontrar com Blandida e o Príncipe Frederico deixando um bilhete para Narbonne.

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I. Um crime nas sombras

Narbonne fica uma hora em confissão.

Quanto volta encontra o bilhete da esposa

pedindo que a encontre no Louvre.

Catarina o rende e ele desaparece num

calabouço.

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II. O destino de um cavaleiro

Para a França Catarina diz que Narbonne

morreu. Chega mesmo a sepulta-lo. No

calabouço, Luis definha. Monsenhor de B...

morre de desgosto. Luis morre no cárcere.

Três anos haviam se passado.

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III. Parcelas do Mundo Invisível

No mundo espiritual a alma de Luis visita

os lugares onde viveu seu amor com Ruth.

O espírito de Otília e o de Narbonne se

enfrentam.

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IV. Como num Conto de Fadas

Na Baviera, Frederico desposa Ruth. A

antiga Condessa de Narbonne recebe carta

ameaçadora da Rainha da França.

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V. Almas supiciadas

Ruth enfrenta severa crise de consciência.

Narbonne, depois de perambular pelo

mundo, chega ao Castelo no Reno lá

encontrando a inimiga espiritual. Otília só

vê ruínas, mas Narbonne vê o palácio

intacto.

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I. A Família Espiritual

Dez anos de sua morte haviam se passado.

Junto à família de La-Chapelle Luis

reconhece a sua verdadeira família

espiritual.

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II. Glória do Amor

Narbonne é amparado pela Condessa

Carolina, sua mãe espiritual.

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III. Antigo Pacto

Luis reconhece seus filhos espirituais entre

as crianças trucidadas na manhã de

domingo de 1572. Ruth morre nos braços

de Frederico.

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Final. A Magna Carta

No mundo espiritual, reúnem-se os

personagem traçando planos para planos

futuros.

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Grupo: Marisa, Maria Chede, Gilana, e

a Zilda

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“A misericórdia é o complemento da brandura,

porquanto aquele que não for misericordioso

não poderá ser brando e pacifico. Ela consiste no

esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e

o rancor denotam alma sem elevação, nem

grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio

da alma elevada, que paira acima dos golpes que

lhe possam desferir. Uma é sempre ansiosa, de

sombria suscetibilidade e cheia de fel; a outra é

calma, toda mansidão e caridade.”

Page 31: Nas voragens do pecado

“Ai daquele que diz: nunca perdoarei. Esse, se

não for condenado pelos homens, sê-lo-á por

Deus. Com que direito reclamaria ele o perdão

de suas próprias faltas, se não perdoa as dos

outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não

deve ter limites, quando diz que cada um perdoe

ao seu irmão, não sete vezes, mas setenta vezes

sete vezes. ”

Kardec, Allan. O evangelho segundo o espiritismo, cap. X, item 4

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Segundo a própria autora Yvonne do Amaral

Pereira, o livro

NAS VORAGENS DO PECADO não é ficção.

Nele ela descreveu sua própria trajetória em vida

passada quando possuía a personalidade de

Ruth Carolina.

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Quando Ruth vivia rodeada de carinho, estima e segurança era

alegre e feliz... quando a dor e a tristeza visitaram sua intimidade

optou por emoções e sentimentos inferiores como o ódio vingança,

intriga, dando espaço para obsessão.

Tornou-se insuportável sua situação no Além Tumulo: Sentiu

remorsos, vergonha, tristeza, revolta, culpa... Somos imortais! A

vingança gera auto castigo. Devemos perdoar não sete vezes, mas até

setenta vezes sete... O obsessor só persegue porque os desejos,

pensamentos e inclinações do obsidiado se afinam com o obsessor...

As lições do Cristo, respeitadas e amadas, a prece extraída do

coração liberta facilmente do julgo obsessor. Reencarnação é

oportunidade.

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“O Homem sofre sempre a consequência de

suas faltas; não há uma só infração à Lei de

Deus que fique sem a correspondente punição.

A severidade do castigo é proporcional à

gravidade da falta.

Indeterminada é a duração do castigo, para

qualquer falta: fica subordinada ao

arrependimento do culpado e ao seu retorno à

senda do bem; a pena dura tanto quanto a

obstinação no mal; seria perpétua, se perpetua

fossa a obstinação; dura pouco, se pronto é o

arrependimento. ” Kardec, Allan O evangelho segundo o espiritismo, cap. XXVII, it 21.

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Nem sempre conseguimos perceber.

Os processos obsessivos, vastas vezes, porém

principiam de bagatelas:

O olhar de desconfiança... O momento de irritação...

Um grito de cólera... A tristeza sem motivo...

Uma frase pejorativa... O instante de impaciência...

A ponta de sarcasmo... A indisposição

descontrolada...

Estabelecida a ligação com as sombras por

semelhantes tomadas de invigilância, eis que surgem

as grandes brechas na organização da vida ou na

moradia da alma:

A desarmonia em casa... A rede de intriga... .

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A discórdia no grupo da ação... a treva do ressentimento...

O fogo da crítica... A discussão infeliz...

O veneno da queixa... O afastamento de companheiros...

A doença imaginária... A rixa sem propósito...

As obsessões que envolvem individualidades e equipes

quase sempre partem de inconveniências pequeninas que

devem ser evitadas, qual se procede com o minúsculo foco

de infecção.

Para isso, dispomos todos de recursos infalíveis, quais

sejam a dieta do silêncio, a vacina da tolerância, o

detergente do trabalho e o antisséptico da oração.

Emmanuel /Psicografia de Chico Xavier.

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Nome: Ruth Carolina de Brethencourt de La-Chapelle

Filha : Condes Felipe de Brethencourt de La-Chapelle e Carolina de Clairmont

Cinco(5) irmãos varões mais velhos do que ela

Carlos Felipe II – Médico e Teólogo Luterano

Clovis Felipe e Felipe Eduardo – Oficiais Militares

Felipe Rogério e Paulo Felipe – Estudantes de Ciências Médicas

Eram, portanto intelectuais de elevada formação, estudiosos, cultos mental e moralmente

avançados para a época em que viviam.

Ruth, jovem de radiosa formosura, angelical e graciosa qual uma figura de lenda, cuja

firmeza de caráter e elegância. Encantamento dos pais e da família, anjo bem-amado,

nascera quando maior era o entusiasmo de seus pais e irmãos pela crença da Reforma..

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Dado pela espiritualidade responsável pela sua reencarnação, a grande oportunidade do aproveitamento para o seu espírito evoluir.

1. A família com espíritos amigos2. A fé religiosa

3. O corpo saudável e belo4. A proteção dos familiares e amigos

5. Condições materiais

Quando do massacre aos protestantes, única sobrevivente da família La-Chapelle, Ruth, entrega ao desespero e lágrimas. Ruth Carolina perde toda sua família, seu lar, suas posses... Sua dor é intensa que ela optou

pelo sombrio caminho da vingança. A infeliz jovem teve a própria alma e o destino comprometidos por período seculares , que não se encerraram

nos dias atuais. Não buscou refugio na oração, na fé ensinada pela família, nos conselhos do seu querido irmão, Carlos Felipe II, que lhe

intuía ao perdão. A orientação de Gregório, o servo fiel. Não se comunicara com Frederico ( o noivo ) de sua pessoa desinteressada, por

ela imaginada, ressentida, por não vê-lo chegar à sua procura como amigo que era da família. E uma revolta íntima sombreou sua alma (

Frederico não foi ao seu encontro por ter tido a notícia de que ela, morrera.)

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Por grande amor em forma de proteção os La-Chapelle resolveram

enviar, a casula, Ruth, para o convívio de OTÍLIA DE LOUVIGNY,

aliança entre as duas famílias, para as núpcias de seus filhos, Carlos

e Otília, amigas que se amavam como irmãs. Seria o refúgio

perfeito, se a tragédia não as levassem para as garras da obsessão e

alta -obsessão.

Após se certificar como ocorreu com a digna família, trucidada,

Ruth, aterrorizada, infeliz, indecisa ante a própria inexperiência

seguindo o conselho do mesmo vizinho que mandara avisar do

acontecimento a retornar ao Solar de Louvigny, abrigando-se ao

lado de Otília.

Ela, refletiu, que sua querida Otília se encontrava gravemente

enferma e que impossível seria abandoná-la em momento tão

dramático. A alma infeliz que não sendo bastante generosa e heroica

para perdoar e esquecer as ofensas recebidas e voltar-se para

amor de PAI TODO PODEROSO em cuja crença encontraria

refrigério na alma.

Mas a infeliz sobrevivente prefere irradiar sinistras correntes

transmissoras de sentimentos ímpios agressivos, entrando em

sintonia com os de Otília.

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Duas almas em conúbios. Revolta, sintonia, o mesmo objetivo da vingança. O jovem capitão da

Fé, Luís de Narbonne, responsável pelo experminio do bem amado Carlos e os

protestantes do Reno. Otília , doente, traça o terrível plano diabólico, cruel , e , estabelecendo

um pacto aterrorizador, Ruth, aceita. Entre muitas coisas Otília promete obsidia lá após a

sua morte, orientando e protegendo na realização macabra. Aí começa a grande tragédia

desses espíritos nesta encarnação. Dores, sofrimentos, ódio, paixão, por fim o resgate.

Ruth renegara o respeito à própria crença para melhor servir os soezes interesses – vingança.

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Segue na arte da intriga, na dissimulação sobre humana. Faz outra aliança, desta vez com a soberana RAINHA CATARINA, que usou a grande fraqueza moral desta que se fez de cobradora contumaz na vereda do ódio.Perigosa e cruel aliança, que não termina com a morte do conde Luís, se estende por longos anos de resgate de dívidas contraída nesta encarnação.Uma vez culminada a missão que se impusera, Ruth, foge sobre o amparo do conde Frederico para as terras além do rio Reno, casa com ele. Mas Ruth entra na auto obsessão. O remorso, a falta de fé, as ligações malfazeja espirituais a castigavam trazendo sofrimentos à todos que lhe eram testemunhas do seu cair na degradação humana.

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DEZ ANOS SE PASSARAM...

Vamos encontrar a família espiritual.

No trabalho do resgate das almas

envolvidas na tragédia moral que

envolveu todos os La-Chapelle. Após

um período na pátria espiritual

foram convidados a reencarnação de

provas e expiação, Luís e Ruth. Ruth

estaria tendo há oportunidade de

escrever na página da VIDA um

novo capítulo.

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Ana Carolina, Maria Elisa Spinelli, Maria

Morotti, Péricles, Tainete e Walessa.

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Poder e Religião.

Reforma protestante (Luterana e Calvinista) –

ameaça política.

Massacre de São Bartolomeu – interesses

políticos.

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A formação:

Diziam ser filho bastardo do rei Henrique II. Foi

abandonado pela mãe e criado pelo Monsenhor

de B. (superior do convento em que foi criado) a

quem tinha como pai.

Seus títulos lhe foram doados pelo rei, a

instância do clero;

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A formação:

Devoto estudante de teologia;

Queria ser sacerdote;

Foi criado em um convento, recebendo distinta

educação;

Recebeu instrução militar;

Era aliado sincero do Duque de Guise e fiel

servidor do trono e da rainha Catarina.

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A personalidade – características positivas:

Fiel aos dogmas aos quais tinha sido

apresentado desde a infância;

Leal – “incapaz de uma deslealdade em

qualquer setor em que emprestasse suas

energias”;

Nobre, valoroso... Segundo as tradições;

Era amável e bondoso para com os servos, que o

amavam;

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A personalidade – características positivas:

Homem culto e de retidão de caráter (dentro

daquilo que professava);

Ótimo administrador;

Humildade – quando no cárcere.

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A personalidade – características negativas:

Conservador;

Fé irracional – fanatismo religioso: “A fé acima

de tudo”.

Orgulho e paixão sectarista;

Obcecado em suas crenças (Fé cega).

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A paixão por Ruth (Otília de Louvigny):

Quando a conheceu desarmou-se...

“Desejava amar e ser amado, padecer por amor,

exaltar-se de alegria e felicidade pelo amor, dar-

se inteiramente, fervorosamente,

apaixonadamente...”

Era terno, amável, amigo;

Porém... Fanático no amor! – Carência afetiva!

Page 51: Nas voragens do pecado

A prisão e a desencarnação:

Sofrimento!

Porém... Coração jovem e amoroso... Que não

sabia odiar!

Ainda amava Ruth fervorosamente!

Grande arrependimento e desejo de regenerar-

se!

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NECESSIDADE DE AMOR!

“Filho bastardo de um rei... assinalado, portanto, pela desgraça, desde o

berço... privado dos carinhos maternos, que não conseguiram reter junto de si

aquele que trazia nas veias um sangue adulterino, conquanto real... As

disciplinas férreas do Convento... Os rigores do quartel...

As devoções religiosas como único atrativo de uma vida sem alegrias...

Catarina de Médicis e sua política malsinada... São Bartolomeu...

Sangue! Horror! Sua indébita aliança com os Governos provinciais para a

caça aos "huguenotes"... As margens do Reno... A família de

La-Chapelle... Otília de Louvigny encobrindo a personalidade de Ruth, "a

linda princesa dos cabelos de ouro", que lhe transformara a vida,

reduzindo-o àquele impressionante destino...

Page 53: Nas voragens do pecado

NECESSIDADE DE AMOR!

“... Amo-te, condessa!... Enlace matrimonial... Traição de

amor... Amor... Sentimento da alma cuja grandeza e lealdade

ajudá-lo-iam a galgar as escarpas do progresso moral ....

Atirado a um calabouço infecto... Martirológio na prisão foi

cruel... Finalmente dormiu... Crente fanático de coração

simples... Criminoso sinceramente arrependido ... Coração

jovem e amoroso, que não sabia odiar... Inebriado sempre

numa saudade de amor... Deus Pai... ‘um lar só poderá ser

fundamentado no amor... E eu nunca me senti amado...

Minha mãe... Meu pai... Onde se encontraram eles... Minha

família... Família de Brethencourt de La-Chapelle!”

Page 54: Nas voragens do pecado

“A prece, por singela e pequenina

que se irradie de um coração

sincero, adquire potências

grandiosas, capazes de se

espraiarem pelo infinito até alcançar

o seio amantíssimo do Eterno.”

Page 55: Nas voragens do pecado

Grupo: Fatima Antunes, Laudelina

Renata, Roseli, Terezinha e Vera Pereira

Page 56: Nas voragens do pecado

Foi padrinho, mestre e pai adotivo de Luís de

Narbonne. Superior do Convento Dominicano,

criara e educara Luis e como seu tutor e

padrinho, Luis devia obediência e nutria

profundos laços de estima e respeito. Passou

todos os valores morais à Luís de Narbonne,

bem aconselhando-o durante vários momentos

na história.

Page 57: Nas voragens do pecado

1º Conselho:

Monsenhor de B. homem experiente, coração

habituado a longas ponderações, conversa com

Luis de Narbonne e o aconselha a desistir da

perseguição aos ¨huguenotes¨, compromisso que

tinha assumido com Guise e Catarina, prevendo

assim, consequências graves. Conheceu o Conde

Filipe de La Chapelle e não os considerava

revolucionários, assim intercedendo por eles.

Page 58: Nas voragens do pecado

“ – Luís, meu filho! Desgostam-me sobremodo

os compromissos que assumiste com Guise e

Catarina para um perseguição a ¨huguenote¨...

Prevejo consequências calamitosas para esse

empreendimento estranho... e observo que

existem aí mais interesses políticos e dinásticos

que mesmo religiosos... Detém-te, por quem és!

E deixa em paz, no seu rincão, os inofensivos de

La-Chapelle...” (Nas Voragens do Pecado, p. 49)

Page 59: Nas voragens do pecado

2º Conselho:

Também intercedeu aconselhando Luís de

Narbonne, estudante de teologia, a retirar-se para a

Espanha, pátria de sua mãe, a se ordenar para ter no

Clero um refúgio seguro e não se casar.

“ – Temo por ti, meu filho! O coração segreda-me

algo indefinível... Sinto esvoaçar ao derredor de nós

qualquer coisa de perturbador, que atordoa e

angunstia...(...)” (Nas Voragens do Pecado, p. 133)

Page 60: Nas voragens do pecado

Monsenhor de B. estranha a súbita simpatia

entre Otília e Catarina, esta que todos sabiam ser

desgostosa da existência de Luís.

“ – Ignoras porventura, Luís, que a Rainha te

odeia inexplicavelmente, e projeta a tua perda

para a primeira ocasião?... Por que se mostra

agora tão amável?(...)” (Nas Voragens do

Pecado, p. 133)

Page 61: Nas voragens do pecado

Porém, desesperado com a teimosia de seu

pupilo, sugere que em último caso Luís tome

Otília como amante o que acaba por precipitar o

fim da conversa, pois Luís se sente chocado ao

ouvir absurda hipótese.

Page 62: Nas voragens do pecado

3º Conselho:

Após reunir indícios da verdadeira identidade da

Condessa de Louvigny-Raymond - que Monsenhor

de B. obteve no Convento de Ursulinas onde a

verdadeira Otília ficara internada por sua própria

recomendação ao seu irmão, o Coronel Artur de

Louvigny-Raymond - tendo como testemunha

Reginaldo, leva ao conhecimento de Luís de

Narbonne a verdadeira identidade da pessoa a qual

ele havia se casado. Não era Otília, mas Ruth-

Carolina de La Chapelle, uma ¨huguenote¨.

Page 63: Nas voragens do pecado

Mesmo tendo o intento de contar toda a verdade

à Luís, pensa numa forma justa de resolver o

problema: “ Ajamos, contudo, com inteligência e

humanidade...devido entre os que se proclamam

cristãos...Não desejamos sua perda...(...)” (Nas

Voragens do Pecado, p. 170)

Page 64: Nas voragens do pecado

Inspirado por entidades benfazejas decidiu

conversar antes com Ruth sugerindo-lhe que se

afastasse de Luís e que ele, Monsenhor de B., o

consolaria, porém não conseguiu sensibilizar o

coração de Ruth. Então, ao ver o desespero de

Luís, seu querido pupilo, e a paixão que nutria

por sua esposa, não viu outra solução que a de

tudo contar para Catarina da terrível serpente

que haviam agasalhado.

Page 65: Nas voragens do pecado

Quando Luís de Narbonne desaparece, Monsenhor de B.

procura incessantemente pelo filho, acredita estar sendo

ajudado pela Rainha Catarina, suplica aos bispos das

dioceses, pede e conta com a ajuda dos antigos

companheiros de Luís e até de sua majestade o Rei Carlos

IX, porém um ano depois, o próprio Rei diz não haver

mais nada a fazer. Este foi o golpe mortal para Monsenhor

de B. que: “ (...) já bastante alquebrado pela idade e os

achaques, adoeceu, e, dois meses depois, entregava a alma

ao Criador, inconsolável pela desventura que se abatera

sobre o infeliz menino a quem amara como a um próprio

filho.” (Nas Voragens do Pecado, p. 258)

Page 66: Nas voragens do pecado

No plano espiritual, a família de Ruth-Carolina

relata que Monsenhor de B. foi, no momento

supremo, o eco de suas vozes que aconselhavam-

na a partir e não concluir a traição, o que,

infelizmente, não foi aceito por esta.

Page 67: Nas voragens do pecado

Cida Menezes, Amanda, Sérgio e Elisa

Page 68: Nas voragens do pecado

A Amanda vai pedir a todos para apagar a luz.

Amanda fala:

- Vamos receber dois espíritos que são colaboradores do Ministério da

Reencarnação, Eles vão analisar a memória espiritual de dois espíritos que

viveram na França no século XVI. Chamo agora Denis e Ameli.

Entra o Denis (Sérgio) e Ameli (Elisa) com os tablets.

Inicia com o diálogo:

- Hoje vamos analisar dois espíritos que estão se preparando para uma nova

oportunidade na Terra.

- Vamos começar pelo Príncipe Frederico?

Page 69: Nas voragens do pecado
Page 70: Nas voragens do pecado

Nessa época, príncipe Frederico tinha 28 anos. Era esbelto

e nobre, simples e comedido, culto e honrado. Fervoroso

adepto da Reforma Protestante, era discípulo de Carlos

Filipe, cultuava o Evangelho com desprendimento e

solicitude, digno de um fiel cristão.

Frederico passava longas temporadas no castelo com

Carlos Filipe, onde com este se instruía em assuntos da

nascente teologia reformista e na ciência do Evangelho.

Daí datava sua afeição por Ruth, quase fraterna, a quem

estranho destino aguardava.

Page 71: Nas voragens do pecado

Após Carlos Filipe II informar ao “correio” que não

iria sair da França e, de suas terras. Sua mãe opinava

que todos deveriam abandonar o Castelo e, ir para a

Alemanha.

No entanto, os varões da família, insistiam que

apenas as mulheres e as crianças atravessassem o

Reno e ficassem temporariamente hospedados com o

Príncipe Frederico, com quem se firmara um

contrato de aliança matrimonial para Ruth Carolina.

Page 72: Nas voragens do pecado

Ruth Carolina retorna, precipitadamente, à sua

terra natal e, constata, em desespero, que toda

sua família havia sido trucidada; suas terras

haviam sido depredadas e, as messes

incendiadas.

De início, a jovem Ruth pensou na possibilidade

de transpor o Reno, procurar o Príncipe

Frederico ou enviar um emissário, solicitando

sua proteção.

Page 73: Nas voragens do pecado

Ruth mal conhecia o projeto de casamento

estabelecido entre sua família e o príncipe, que

envolvia ela própria.

Então, decidiu que seria impossível abandonar

Otília em momento tão dramático, entendendo

como dever sagrado, balsamizar a dor de Otília

com sua presença, o qual, seria um lenitivo para

ela mesma.

Page 74: Nas voragens do pecado

Ruth Carolina já estava agora na Alemanha,

hospedada por um pequeno nobre, antigo e fiel

amigo de sua família: Príncipe Frederico. Ela dormia

profundamente, por 3 dias.

Aos pés da cama de Ruth, Príncipe Frederico

murmurava com Blandina, que havia prometido aos

pais de Ruth e, ao seu irmão Carlos Felipe II, que

iria velar por ela e torná-la feliz.

Assim que a ocasião permitisse. Ele iria desposar e,

cumprir com sua promessa.

Page 75: Nas voragens do pecado

Com a assistência de vários fidalgos da

redondeza onde morava e, com membros de sua

família, que Frederico mandara avisar e

convidar, e rodeados por aldeões, que entoavam

cânticos usuais nas cerimônias luteranas, um

representante da Reforma unia em matrimônio a

jovem Ruth e o príncipe Frederico.

Page 76: Nas voragens do pecado

Frederico era um esposo afável e paciente,

portador de bondade só comparado a sua

própria honradez, que rodeava a infeliz esposa

de todas as atenções e solicitudes possíveis a um

coração de boa-vontade, procurando levá-la a

esquecer o passado precipitoso.

Cuidou de Ruth até o final de sua vida...

Cumpriu sua promessa!

- Agora vamos para o segundo!

Page 77: Nas voragens do pecado
Page 78: Nas voragens do pecado

Varão dos Brethencourt de La-Chapelle. Médico,

poeta, teólogo luterano e missionário. Amado e

respeitado pela sua família. Tinha quatro

irmãos. A mais nova era Ruth. Era considerado o

segundo pai de Ruth, tinha uma predileção

sublime pela irmã. Carlos Felipe tinha uma

preocupação social de atender a todos com

igualdade.

Page 79: Nas voragens do pecado

Compromisso com Otília, porém sua alma

aspirava, de preferência, o amor divino. Desejava

amar a humanidade e não somente a uma

esposa. Desejava servir a todos os infelizes e não

somente a uma prole oriunda do seu sangue.

Page 80: Nas voragens do pecado

Recebimento da epístola do Capitão da Fé, Luís de

Narbonne

Conteúdo: uma gravíssima denúncia por propagar a

seita sacrílega de Martinho Lutero.

Pedido da carta: abandonar a França com toda a sua

família ou relegar a Reforma e aceitar o batismo da

Igreja Católica.

Resposta: Carlos Felipe diz que é um pedido

impertinente para ser aceito por um homem de

honra. Ele agiu com coragem por ser um entusiasta

do seu arrebatador ideal.

Page 81: Nas voragens do pecado

A família se reúne para ouvir a opinião de todos depois da carta do

Capitão da Fé. Ruth é a única que não participa. A maioria decide ir

embora e Carlos Felipe dá a sua opinião. Ele diz: “ide, portanto, mas

eu ficarei porque como médico não poderei abandonar os meus

pobres pacientes ao sabor dos próprios achaques e como pastor de

almas hei de oferecer-lhes o exemplo da fé e da honra do Evangelho

na hora dos inevitáveis testemunhos”. A família resolve consultar

Jesus. Eles abrem a Bíblia e leem o trecho que diz “se alguém quiser

vir nas minhas pegadas, renuncia a si mesmo, toma a sua cruz e

siga-me, porquanto, aquele que se quiser salvar a si mesmo perder-

se-á; e aquele que se perder por amor de mim e do Evangelho,

salvar-se-á”, Mateus, X,39.

A família decide levar Ruth para a casa de Otília até que o momento

de conflito passe.

Page 82: Nas voragens do pecado

Carlos Felipe, o fiel pregador evangélico, estava reunido para a

comunhão com o Céu no interior de um anfiteatro na residência dos

La-Chapelle. Ele ocupava a tribuna quando o local foi invadido. Ele,

então, diz: “Tende bom ânimo, irmãos. Jesus estará conosco. Soou o

momento do nosso supremo testemunho. Lembremo-nos dos

primeiros cristãos, que por amor à palavra do mestre, morreram

sorrindo e cantando à frente dos leões... O Senhor honra-nos com a

glória do martírio por seu nome... conhecemos a sua verdadeira

palavra! Estaremos, portanto, preparados para sabermos morrer

perdoando aqueles que nos ferem!...”

O chefe da tropa se aproxima dele. Com serenidade, Carlos pede

clemência a todos e que as tropas prendam somente a ele, o

responsável. O pedido não foi atendido e todos, pais, irmãos,

cunhadas, sobrinhos e visitantes do dia, são exterminados, inclusive

Carlos Felipe. Ele morreu com 32 anos.

Page 83: Nas voragens do pecado

Luís Narbone, após pedir ajuda aos céus, é atendido. Ele é

dirigido ao lar da família La-Chapelle, formosa instância

em cores delicadas e resplandecentes. Era o lar paterno, o

sacrossanto asilo onde gostaríamos todos de nos refazer

das amarguras que nos excruciam a existência. Ao

adentrar ao lar, ele vê na tribuna Carlos Felipe, com o

Evangelho do Senhor aberto à frente. A leitura era a

seguinte: “vinde a mim, vós que sofreis e estais

sobrecarregados e eu vos aliviarei. Aprendei comigo, que

sou humilde e manso de coração e encontrareis descanso

para as vossas almas porque o meu peso é suave e o meu

julgo é leve”. Luís de Narbone diz: “sim, era bem ele!

Carlos, o irmão que Ruth adorava”.

Page 84: Nas voragens do pecado

Ruth desejava muito rever o irmão no plano espiritual. A

mãe dela, Carolina, diz a ela: “Há um meio, minha filha,

de poderes reconquistar o direito de te reunires a teu

Carlos, assim como a todos que te amam. Um Deus

Criador e Todo-Poderoso existe cujas leis perfeitas,

imutáveis, eternas que tu repeles porque ainda não as

pudeste compreender, prescreve a supremacia do Amor

governando o destino das criaturas...”. Ruth aceita uma

nova oportunidade e recebe de presente um pequenino

volume, uma carta de Carlos Felipe.

Page 85: Nas voragens do pecado

Minha Ruth! Será necessário, indispensável, mesmo

urgente, o teu retorno a uma existência nova, na

sociedade terrena, a fim de reparares as afrontas que

tuas inconsequências fizeram a ti mesma, a tua

consciência de descendente dos Ser Divino e Criador,

que rege o universo sem fim... Volta à Terra, minha

Ruth... Renasce em outro corpo.

Vai... Não procures outro recurso porque não

encontrarás, não terás outro, não haverá outo!

Page 86: Nas voragens do pecado

E ainda hoje Carlos Felipe, Carolina, o velho Conde, venerando chefe

da amorável família de La-Chapelle, guiam, do mundo invisível, os

vultos tristes de Ruth, de Luís e de Otília.

- O que Carlos Felipe e o Príncipe Frederico tinham em comum?

- O amor fraterno por Ruth e o desejo de protegê-la.

Levantam-se falam e saem:

- E Ruth? Onde estará Ruth?

- Vamos lá? Levar as nossas anotações para os nossos superiores......

Page 87: Nas voragens do pecado

Grupo: Fatima Antunes, Laudelina

Renata, Roseli, Terezinha e Vera Pereira

Page 88: Nas voragens do pecado

Reginaldo de Troulles oficial da guarda pessoal

do Sr. Duque de Guise, foi enviado por ordem de

Luís Narbonne ao Castelo de La-Chapelle , com

mais três cavaleiros armados, era portador da

importante epístola destinada a Carlos Filipe II

que estava ausente, assim o oficial permaneceu

três dias na residência dos de La Chapelle. Foi

recebido pelo Conde Carlos Filipe de

Brethencourt de La–Chapelle de forma cortes e

aguardou paciente e impenetrável

Page 89: Nas voragens do pecado

Nesse tempo observou através de suas lentes de prevenções

religiosas e más intenções ,os hábitos da família ,que ali “ousavam

tratar do Evangelho de Jesus Cristo” a noite, o que do seu ponto de

vista, certamente seria “abuso sacrílego”. Verificou que os de La-

Chapelle não se submetiam a nenhum dogma ou prática religiosas

recomendados pelo rito romano; que não existia capela ou

campanário no Castelo, o que seria um “acinte ou desrespeito”, ; que

não havia um capelão oficiante e sequer vestígios do culto católico, o

que seria “heresia”; que o solar era frequentado diariamente por

vizinhos e colonos que iam estudar a Bíblia e aprender as letras com

a família, a qual se arvorava em preceptora das massas, visando a

atraí-las para o culto da Reforma, e que portanto os Brethencourt de

La-Chapelle eram positivamente nocivos não apenas ao governo de

Carlos IX, como principalmente à Igreja!

Page 90: Nas voragens do pecado

Reginaldo escreveu longas páginas de relatórios

minuciosos a seus superiores, sem manter

conversação ou corresponder à amabilidade dos

donos da casa, que procuravam cativá-lo de

todas as formas.

Mas aceitou o convite para no domingo a tarde

assistir a filha caçula Ruth Carolina cantar ao

som de uma harpa , ficando impressionado pelo

canto e emotividade do desempenho da jovem.

Page 91: Nas voragens do pecado

Na tarde do quarto dia entregou a Carlos que retornara ao Castelo, a

carta de Narbonne a qual relatava que os De La-Chapelle estavam

sendo considerados revolucionários devido a grave denúncia

recebida a seu respeito, como defensores da seita sacrílega de

Martinho Lutero e João Calvino. E fazia uma advertência, por

deferência aos ancestrais, leais cavaleiros das Santas Cruzadas, e

como admiração pelas qualidades pessoais de Carlos Filipe, de quem

ouviu reiterados elogios, aconselhando a prudente retirada da

França, ou relegar a Reforma, aceitando o batismo da Igreja Católica

Apostólica Romana perante as autoridades civis e eclesiásticas de

Paris, antes que fosse tarde e severas reações se iniciassem. Indicou

ainda o dever de agradecer a advertência ao amigo Artur de

Louvigny- Raymond, que intercedeu a favor daquela família.

Page 92: Nas voragens do pecado

Mais a frente na trama quando Ruth Carolina,

fazendo-se passar por Otília de Louvigny, já com o

título de Condessa de Narbonne, é apresentada a

Corte durante um baile, onde canta para o Rei e seus

súditos, Reginaldo de Troulles a reconhece como a

filha caçula dos De La- Chapelle.

“Que fazer ante a crítica emergência?”

Pensou em algumas atitudes:

Page 93: Nas voragens do pecado

1- Denunciar ao rei e a rainha?;

2- Cumprir seu dever de amigo e admirador de homem

íntegro e avisar Narbonne que fora vítima de

engodo/traição?Mas como encontrar audácia para

apresentar-se ao Capitão de Fé;

3- Silenciar? Mas e seus deveres de consciência ante a

realidade que feria a razão?...E seus deveres de militar

zeloso do decoro social?;

4- Chantagear e estorquir dinheiro de Ruth Carolina em

troca de seu silencio ou proteção, a fim de ascender na

sociedade? Mas teve medo do que Ruth seria capaz de

fazer com ele.

Page 94: Nas voragens do pecado

Nem por um momento Reginaldo se permitiu imaginar

que aquela jovem passava por compreensível

desequilíbrio, conhecendo-se sua história de perda

familiar de forma violenta, estando Ruth Carolina

desesperada.

Finalmente, decide transferir a responsabilidade com a

situação em questão, alertando o Monsenhor de B. através

de confissão na Igreja de Saint Germain, e hipocritamente

pede conselhos para o que deveria fazer, sendo que

Monsenhor agradece e pede segredo, caso contrário

Reginaldo veria a própria ruína.

Page 95: Nas voragens do pecado

Militar sob ordens, simples cavaleiro sem terras

nem haveres. Era circunspecto e rigoroso.

Considerava-se amigo sincero de Luís de

Narbonne. Era fanático religioso mais

intransigente que aquele, sendo que permitiria o

trucidamento da própria família se a julgasse

prejudicial aos interesses da Igreja ou do trono.

Revelou-se mercenário.