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O Homem, Deus e o Universo 9 – INDIVIDUALIDADE, UNICIDADE INDIVIDUAL E O RAIO DA MÔNADA (I)

O Homem, Deus e o Universo - Cap IX

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9 – INDIVIDUALIDADE, UNICIDADE INDIVIDUAL E O RAIO DA MÔNADA (I)

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Introdução É necessário ao aspirante estudar cuidadosamente as doutrinas ocultas concernentes aos três atributos da alma humana que constituem o título deste capítulo. Sem tais ideias bem claras e definidas, os esforços para dominar a natureza inferior podem ser mal dirigidos e resultar em perda de tempo e energia. O aspirante deve saber o que é possível e o que não é, e como atingir o que é possível. Há grande confusão quanto a essas questões importantes e somente no Ocultismo e nas doutrinas que nele se baseiam pode-se encontrar conhecimento fidedigno concernente à natureza da alma humana.

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Introdução Aqueles que estão seriamente tentando compreender os problemas mais profundos da vida não devem deixar que os preconceitos e as concepções errôneas sobre o Ocultismo, via de regra confundido com o pseudo-ocultismo, os impeça de examinar e estudar a Ciência Sagrada com seus conhecimentos reais e transcendentes das mais altas verdades da natureza e da prática da espiritualidade e do altruísmo. Vamos, antes de tudo, esclarecer suscintamente o que se entende por individualidade, unicidade individual e raio da Mônada, de acordo com o Ocultismo.

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Introdução Individualidade

centro da alma humana que age como um foco indestrutível, através do qual a mente e a consciência funcionam e as potencialidades nele ocultas gradualmente se vão tornando poderes ativos. A Mônada evolui sem cessar para uma altura cada vez maior de conhecimento e poder. Esse Centro Eterno de consciência, em torno do qual a vida da Mônada gira e evolui pode ser chamado de individualidade.

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Introdução Unicidade individual

a natureza fundamental em cada Mônada, determinando para sempre sua expressão e evolução na manifestação e distinguindo-a da expressão e manifestação de todas as outras Mônadas. Todas as Mônadas são essencialmente da natureza da Realidade e diferem somente no modo de expressão e pelos diversos caminhos seguidos no desenvolvimento de sua consciência e poder. Assim, cada alma desenvolve-se de acordo com a lei de seu ser tendo um padrão de sua natureza que é único e inexaurível, de modo a oferecer, infinitamente e sempre, novas experiências, já que cada Mônada está destina a tornar-se um Logos Solar e ainda mais do que isso.

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Introdução Embora individualmente únicas, as Mônadas estão divididas em sete grupos ou “raios” de acordo com os modos de expressão e caminhos seguidos ao longo de seus desenvolvimentos. As Mônadas de certo tipo mostram no começo de seus desenvolvimentos certas características comuns e representam papéis semelhantes em estágios mais adiantados. Vamos agora considerar a relação entre o raio monádico e a unicidade individual. Para tanto relembremos o estudo da dispersão da luz branca por um prisma (ver figura I do Cap 1).

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Introdução Sabemos que, embora haja sete cores, somente três são primárias, sendo as sete produzidas por diferentes combinações das três cores de acordo com a lei setenária indicada pelos números: 1, 2, 3, 12, 13, 23, 123. Temos três cores primárias no espectro (azul, vermelho e amarelo), três produzidas pela mistura de duas primárias (verde, laranja e violeta) e uma produzida pela combinação das três primárias (índigo).

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Introdução Embora vejamos cores separadas no espectro, sabemos que o espectro é realmente uma faixa contínua de vibrações eletromagnéticas. Não há intervalo separando uma vibração de outra ou uma irregularidade indicando a transição de uma para outra cor. Isso nos leva a supor que existe um número infinito de vibrações, um mistério que a ciência ainda não decifrou. Cada vibração tem seu comprimento de onda individual que a caracteriza.

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Introdução Devemos notar ainda que as sete cores do espectro, derivadas das três cores primárias, são um fenômeno puramente mental, produzido na mente, e essas divisões e classificações não existem nas próprias vibrações que formam uma série contínua. Se considerarmos as vibrações objetivamente, como entidades matemáticas, não veremos transição de uma cor para outra ou divisão em sete grupos de cores que se misturam entre si. Os aspectos objetivo e subjetivo do fenômeno podem ser representados pela seguinte figura em que as séries progressivas e contínuas são mostradas lado a lado.

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Introdução

Espetro da Luz Visível

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Introdução Assim, percebemos que um número infinito de vibrações luminosas, cada uma com seu comprimento de onda característico, é divisível em sete grupos derivados das cores primárias. Verificamos também que o fato da unicidade individual das vibrações é fundamental e mais profundo. Cada vibração é basicamente única, mas pertence a um dos sete grupos. Esse exemplo é uma ilustração quase perfeita das duas verdades que nos dizem que cada Mônada é individualmente única e diferente de qualquer outra Mônada e que cada uma pertence a um dos sete grupos, que determina, no mais amplo sentido do termo, seu caráter e a natureza do papel que ela representa no drama da manifestação durante seu longo curso de desenvolvimento espiritual.

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Introdução Como os sete raios diferem entre si? Ainda que misteriosa, é possível encontrar uma solução razoável com base nos três aspectos da consciência, Sat-Cit-Ânanda. Onde quer que encontremos um grupo de sete, devemos procurar um grupo de três, primários, de que os sete se derivam de acordo com a lei setenária. Notamos que, no caso das sete cores do espectro, estas cores relacionam-se com a consciência e são de caráter subjetivo. Nada há nelas que justifique sua subdivisão em sete grupos. Quando as vibrações afetam a consciência e são convertidas em sensações é que podem ser divididas em sete grupos. Temos assim que procurar uma base para esse agrupamento em sete cores ou sete raios no reino da consciência e correlacioná-los com os três aspectos da consciência.

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Introdução Os sete raios devem basear-se nas seguintes

combinações de Sat, Cit, Ânanda, de acordo com a

lei setenária:

1. Sat 4. Sat-Cit 5. Sat-Ânanda

2. Cit 6. Cit-Ânanda

3. Ânanda 7. Sat-Cit-Ânanda

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Introdução

Primeiros três raios: expressões do puro Sat, Cit ou Ânanda. As Mônadas desses raios exibem as respectivas qualidades de modo muito marcante. São as pessoas notadamente caracterizadas pelo amor ao poder, pela sede de conhecimento ou por uma natureza fortemente emocional Três raios seguintes: mistura de dois aspectos. As Mônadas mostras ambas as qualidades, algumas vezes predominando um e outras vezes outro. Com relação a pessoas desses raios, o que se pode dizer é que o terceiro aspecto é notadamente fraco, já que os outros dois parecem bem misturados. Último raio: os três aspectos estão inter-relacionados e cada qualidade pode predominar de forma alternada, mas nenhum expressando-se de forma marcante. Os que pertencem a esse raio são as pessoas mais difíceis de serem identificadas.

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Introdução O raio da Mônada deve ser, por sua própria natureza, inerente à natureza eterna da Mônada e não pode ser alterado. O raio é uma característica da Mônada eterna e não da individualidade ou personalidade temporárias, ainda que possa refletir-se nessas expressões. Somente quando a personalidade e a individualidade se tornarem suficientemente purificadas e úteis à Mônada e começarem a expressá-la é que seu raio poderá ser considerado como encontrando expressão nos planos inferiores. É absurdo identificar e encontrar correspondências dos raios com as fraquezas, temperamentos e idiossincrasias humanas.

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Introdução O mesmo se pode dizer da unicidade individual. A unicidade individual, como o raio, é também atributo da Mônada e não da individualidade (Âtmâ-Buddhi-Manas) ou da personalidade. A unicidade individual da Mônada começa a influenciar o curso de sua evolução desde o estágio primário, mas esta influencia não é muito pronunciada enquanto a Mônada não tiver adquirido controle atuante sobre seus veículos. O florescimento da unicidade individual tem início apenas quando a alma se libertou das ilusões e limitações da vida inferior e se tornou um Adepto.

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Introdução Uma lição importante que devemos tirar de nosso conhecimento sobre a unicidade individual é não tentar imitar outras pessoas ao desenvolver nossa natureza mental ou espiritual. Se assim o fizermos iremos abafar nossa verdadeira natureza e impedirmos nosso crescimento natural. Se assim o fizermos, cedo ou tarde teremos que destruir o molde artificial que criamos para, enfim, permitir a criação de um veículo que expresse nosso Eu, nossa unicidade individual.

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Introdução Vimos que a Mônada está continuamente se desenvolvendo de acordo com sua unicidade individual. Mas não há permanência em qualquer fase do desenvolvimento. A expressão da Mônada, de acordo com sua unicidade individual, está constantemente mudando no tempo e no espaço. Há apenas duas coisas que não mudam. Uma é o centro através do qual a expressão tem lugar. Este centro permanece separado dos outros e é Auto-existente ou indestrutível. A outra constante é o padrão eterno, base da unicidade individual e determinante da natureza e direção desse eterno desenvolvimento no tempo e no espaço.

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Introdução Vemos assim que a Mônada é um centro de Pura Consciência ou Realidade através do qual sua unicidade individual se manifesta numa série de expressões eternamente mutáveis ou em desenvolvimento. Sua individualidade pode, por conseguinte, ser considerada uma expressão de sua unicidade individual num determinado ponto no tempo e no espaço. Tal como o momento presente, uma divisão sempre em movimento entre o passado e o futuro, esse ponto tem uma existência momentânea.

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Introdução Mas, no verdadeiro desenvolvimento, que tem lugar no reino do tempo e do espaço, ele aparenta permanecer o mesmo por algum tempo e assim ter numa continuidade de existência ou estabilidade. Essa expressão, num certo período em que a mudança é muito pequena para ser notada, é que geralmente chamamos individualidade de uma pessoa.

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Introdução

FIM