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PR. HANDERSON XAVIER | SLIDESHARE.NET/VIVAAIGREJA 1 OS PROFETAS MAIORES I. QUESTÕES INTRODUTÓRIAS A. Os livros proféticos foram escritos entre 760 e 460 a. C., mas não há profecias apenas nos livros proféticos. 1. Abraão é chamado de profeta (Gn 20:7) 2. Isaque, Jacó e José profetizaram acerca de seus filhos (Gn 27, 49, 50) 3. Moisés era reconhecido como profeta (Dt 18:18; 34:10) 4. Arão era o profeta de Moisés por ser seu porta-voz (Êx 7:1) 5. Miriã é chamada de profetisa por causa do seu cântico (Êx 15:20) 6. Eldade e Meldade (Nm 11:26-30) 7. Débora (Jz 4:4) 8. Samuel (1 Sm 8:7, 10). Natã (2 Sm 5:9) 9. Elias e Eliseu (1 Rs 17 – 2 Rs 13) B. Há profecias em diversos Salmos, principalmente profecias messiânicas. 1. Salmo 22 2. Salmo 72 C. Quem eram os profetas? 1. Eram chamados de: 2. Homens de Deus (1 Rs 17:18) 3. Servo do Senhor (II Sm 7) 4. Mensageiro do Senhor (Is 42:19) 5. Intérprete (Is 43:27) 6. Vigia (Atalaia) (Hc 2:1-2; Ez 33:2) 7. Homem de Espírito (homem espiritual) (Os 9:7; Mq 3:8) 8. Vidente (I Sm 9:9-19; Is 30:10; Am 7:12) 9. Profeta (Êx 7:1; Gn 20:7) D. O significado do termo “profeta”. 1. ro’eh e hôzeh: “vidente”. Parece enfatizar as visões e sonhos. 2. nâbi: profeta. Alguém que era chamado para falar por outra pessoa. 3. Profetas eram porta-vozes que falavam em nome de Deus. 4. Profetas não apenas viam o futuro. Viam “além”. E. A vocação profética 1. Revelação sobrenatural, como Isaías (6:1-13) e Jeremias (1:2-10) 2. Substituição, como Elias e Eliseu (1 Rs 19:19-21) 3. Sempre como resultado da vontade divina F. A base da autoridade profética. 1. Inspiração: É a base da autoridade profética (2 Pe 1:20). “Assim diz o Senhor”. Garante sua INERRÊNCIA. Garante sua INFALIBILIDADE. Garante sua CONFIABILIDADE. 2. Revelação: Deus mostra o que Ele quer aos Seus profetas (Dn 2:19; Am 3:7).

Os Profetas Maiores: estudo introdutório

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OS PROFETAS MAIORES

I. QUESTÕES INTRODUTÓRIAS A. Os livros proféticos foram escritos entre 760 e 460 a. C., mas não há profecias apenas nos livros proféticos.

1. Abraão é chamado de profeta (Gn 20:7) 2. Isaque, Jacó e José profetizaram acerca de seus filhos (Gn 27, 49, 50) 3. Moisés era reconhecido como profeta (Dt 18:18; 34:10) 4. Arão era o profeta de Moisés por ser seu porta-voz (Êx 7:1) 5. Miriã é chamada de profetisa por causa do seu cântico (Êx 15:20) 6. Eldade e Meldade (Nm 11:26-30) 7. Débora (Jz 4:4) 8. Samuel (1 Sm 8:7, 10). Natã (2 Sm 5:9) 9. Elias e Eliseu (1 Rs 17 – 2 Rs 13)

B. Há profecias em diversos Salmos, principalmente profecias messiânicas.

1. Salmo 22 2. Salmo 72

C. Quem eram os profetas?

1. Eram chamados de: 2. Homens de Deus (1 Rs 17:18) 3. Servo do Senhor (II Sm 7) 4. Mensageiro do Senhor (Is 42:19) 5. Intérprete (Is 43:27) 6. Vigia (Atalaia) (Hc 2:1-2; Ez 33:2) 7. Homem de Espírito (homem espiritual) (Os 9:7; Mq 3:8) 8. Vidente (I Sm 9:9-19; Is 30:10; Am 7:12) 9. Profeta (Êx 7:1; Gn 20:7)

D. O significado do termo “profeta”.

1. ro’eh e hôzeh: “vidente”. Parece enfatizar as visões e sonhos. 2. nâbi: profeta. Alguém que era chamado para falar por outra pessoa. 3. Profetas eram porta-vozes que falavam em nome de Deus. 4. Profetas não apenas viam o futuro. Viam “além”.

E. A vocação profética

1. Revelação sobrenatural, como Isaías (6:1-13) e Jeremias (1:2-10) 2. Substituição, como Elias e Eliseu (1 Rs 19:19-21) 3. Sempre como resultado da vontade divina

F. A base da autoridade profética.

1. Inspiração: É a base da autoridade profética (2 Pe 1:20).

“Assim diz o Senhor”.

Garante sua INERRÊNCIA.

Garante sua INFALIBILIDADE.

Garante sua CONFIABILIDADE. 2. Revelação: Deus mostra o que Ele quer aos Seus profetas (Dn 2:19; Am 3:7).

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Não é intuição humana.

Os fatos revelados a Isaías sobre os fatos vindouros são tão corretos que fazem alguns teólogos defenderem não um, mas três autores para o livro de Isaías.

A sucessão de reinos em Daniel é tão correta que alguns críticos dizem que o livro foi escrito bem depois dos acontecimentos.

Não há explicação racional para a profecia bíblia. G. O ofício do profeta.

O ofício profético se centrava na ALIANÇA.

Sempre se remetiam à aliança entre Deus e Seu povo (Is 24:5; Jr 11; Dn 9:10). 1. Receber e comunicar a revelação de Deus. 2. Reformar a nação quando distante de Deus. 3. Preservar a verdadeira adoração. 4. Retornar ao compromisso com a Aliança.

H. O que é uma profecia?

Normalmente entendemos profecia como “prever o futuro”.

Este sentido é sempre secundário.

O futuro previsto tem como base a situação presente do povo.

Normalmente, as profecias tratavam acerca da situação espiritual do povo e o chamado de Deus ao arrependimento.

1. Poderiam vir como revelações diretas. Era a maneira mais comum. Deus falava de forma audível aos seus profetas. “Veio a ele a palavra do Senhor” (Jr 1:2). “Ouve a palavra do Senhor” (Jr 24) “Assim diz o Senhor” (Is 22:15)

2. Poderiam vir como visões e sonhos. Visões: (Is 29:7; Dn 7:2) O profeta estava consciente. Sonhos: (Dn 7:1-14) O profeta não estava consciente.

3. Poderiam ser “ações simbólicas”.

Também chamadas e “profecias de representação” ou “parábolas produzidas”.

Eram “dramatizações” ordenadas por Deus que chamavam a atenção das pessoas.

Exemplos: Jr 18; 19; 32 e Ez 5:1-4.

Eram seguidas de uma profecia oral ou escrita. I. O profeta e o transe.

1. Alguns sustentam que os profetas experimentavam “alucinações extáticas” ou o chamado “transe de possessão”, comuns no paganismo da época.

2. Não há nenhuma evidência de que este tenha sido o método de Deus revelar Sua mensagem ao povo.

3. Pelo contrário, o conteúdo e a forma como foi recebida e transmitida a mensagem, bem como a reação dos ouvintes, deixam claro que o profeta estava plenamente consciente.

J. Dificuldades com a interpretação das profecias:

1. O problema histórico.

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As profecias não seguem uma ordem cronológica rígida.

Para compreender a profecia é preciso encaixa-la em seu contexto.

Toda profecia foi motivada por um fator presente, mesmo que aponte para o futuro.

Precisamos saber: a. Para quem foi dada a profecia. b. Qual a situação da época (histórica, política, cultural, econômica, etc).

2. A questão do cumprimento.

Algumas profecias apontam para cumprimentos progressivos.

Outras apontam para eventos históricos distintos.

Nem sempre é claro o tempo do cumprimento das profecias.

Exemplo de Daniel 9:27, 11:31 e 12:11. Esta profecia se cumpriu em 167 a.C., por ocasião da destruição de Jerusalém em 70 d.C. e se cumprirá novamente no final dos tempos.

3. As várias formas de proclamação profética.

O discurso de julgamento.

As profecias de salvação.

Os “ais”.

As profecias messiânicas.

Profecias escatológicas.

Entre outras. 4. Os ricos tipos literários

A literatura profética está entre as mais difíceis de serem interpretadas porque são ricas na utilização de recursos literários como: a. Poesia b. Sabedoria c. Simbologia d. Personificação e. Metáfora

L. A importância do estudo das profecias.

A maior parte das profecias já se cumpriram. Resta menos de 1% a serem cumpridas.

Elas foram direcionadas à pessoas, povos e situações específicas.

Como “profecias preditivas” não se repetem.

Quais as razões para as estudarmos? 1. Apresentam Deus como Senhor dos senhores e Senhor da história. 2. Mostram o pecado do homem e a fidelidade de Deus. 3. Mostram um Deus gracioso e misericordioso. 4. Fundamentam a esperança do povo de Deus. 5. Nelas, Deus está se revelando em palavras e ações. 6. Representam a ligação entre a Lei e a Graça.

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LIVRO DE ISAÍAS (DATA: 740-680 a.C.) Isaías (“o Senhor é salvação”), filho de Amós, vivia em Jerusalém (Is 7:1-3). Alguns sustentam

que seria de família real, mas, de qualquer forma, tinha boa educação, o que pode ser visto nos seus escritos primorosos e ricos em figuras de linguagem.

Conforme é evidente pelo título do livro (1:1), Isaías profetizou durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. Foi chamado como profeta “no ano da morte do rei Uzias” (6:1), isto é, em 740 a. C.; sua última aparição, conforme pode ser datado com certeza, foi no tempo da campanha de Senaqueribe contra Jerusalém (entre 701 e 688 A.C.).

Isaías era casado; sua esposa é chamada de “a profetiza” (8:3), talvez devido ao fato que ela igualmente profetizava ou simplesmente por ser esposa do profeta. Dois filhos são mencionados, ambos os quais receberam nomes simbólicos (8:18).

Isaías e Miquéias foram contemporâneos (cf. 1:1 com Mq 1:1). A atividade de Isaías foi precedida pela de Amós e Oséias (Am 1:1 e Os 1:1). Amós e Miquéias profetizaram principalmente contra as tribos do norte; Isaías e Miquéias concentraram suas profecias principalmente em Judá e Jerusalém (1:1). Por causa das várias profecias messiânicas ele é chamado de “evangelista do Antigo Testamento” ou “profeta evangélico”.

Contexto O livro e suas profecias podem ser dividas em 2 grupos: 1. Contextualizam o presente e fala de acontecimentos futuros (1-39) 2. Do cativeiro babilônico para ainda mais no futuro (40-66) CONTEXTUALIZAÇÃO

Uzias morreu por volta de 740 a. C. Durante seu reinado a nação experimentou um notável progresso econômico (2 Cr 26:6-15) e tentaram se restabelecer como potência política.

Jotão reinou sobre Judá de 750 a 731 a. C. como corregente do seu pai Uzias e depois com seu filho Acaz. Judá estava forte economicamente, mas moralmente e espiritualmente pobre. O reino tinha apostatado da fé. A primeiras profecias de Isaías tratam sobre o afastamento da nação dos ditames da Aliança com o Senhor. Mas o cenário político mundial muda quando a Assíria subjuga a Síria, tornando-se a maior potência mundial. Sob o reinado de Tiglate-Pileser III (745-727 a. C.) toda a rota de Nínive até Damasco fica dominada.

Acaz reinou sobre Judá entre 735 a 715 a. C. Foi um dos piores reis de Judá, sendo insolente e desobediente à Aliança com Deus. No seu reinado, Acaz viu-se entremetido na aliança política da Síria e Israel (siro-efraimita) contra a Assíria. Aconselhado por Isaías a confiar em Deus, preferiu estabelecer uma aliança com os Assírios, tornado toda a nação vassala. Como consequência, a Assíria invadiu e destruiu a capital do reino do norte, Samaria, no ano 722 a.C.

Ezequias reinou entre 729 e 686 a.C. Foi um rei piedoso que conduziu o reino numa série de reformas religiosas. Rebelou-se contra o rei assírio Senaqueribe (705 – 681 a. C.) que sitiou Jerusalém em 701 a.C. tramando sua completa destruição (o fato é narrado em 2 Rs 19). Milagrosamente o Senhor livra Jerusalém. Ezequias, após ser livrado da morte por Deus em resposta à sua oração, apresenta aos embaixadores da Babilônia todos os seus tesouros, recebendo a condenação do profeta (Is 39:6)

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PRIMEIRA PARTE (1 A 39) I. Profecias referentes a Judá e Jerusalém (1:1-12:6)

É denunciada a religiosidade vazia da nação. A mistura de observância ritual e corrupção moral são abominadas por Deus de maneira veemente. De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene. As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal. Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas (1:11-17)

É introduzido o conceito de “remanescente”, “restante fiel” ou simplesmente “resto”. Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado algum remanescente, já como Sodoma seríamos, e semelhantes a Gomorra (1:9).

O Dia do Senhor é prometido em Isaías. Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido (2:12).

A figura de Israel como a “vinha”. Agora cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha num outeiro fértil (5:1).

A promessa de uma criança. Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel (7:14). Ver Mt 1:23. Ver o nascimento da criança em Is 8.

As profecias messiânicas. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (9:6). Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor (11:1,2)

II. Profecias dirigidas contra nações estrangeiras e hostis (13:1-23:18)

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Contra a Babilônia (13:1-14:27)

Contra a Filístia (14:28-32)

Contra Moabe (15:1-16:14)

Contra Damasco (Síria) e Efraim (Israel) (17:1-14)

Contra Etiópia e Egito (18:1-20:6)

Contra Babilônia, Edom e Arábia (21:1-17)

Contra Jerusalém (22:1-25)

Contra Tiro (23:1-18) III. O apocalipse de Isaías: os castigos de Jeová sobre o pecado do mundo (24:1-27:13)

A razão é a quebra da Aliança (24:5).

A esperança no futuro. Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse (25:8).

A destruição das nações ímpias: a serpente veloz, a serpente sinuosa e o dragão (27:1). IV. Profecias contra Efraim, Jerusalém e Líbano (28:1-33:24)

Israel é rejeitado (28:1-13) e Deus trará os assírios contra seu povo.

A perversão de Jerusalém será punida com a invasão da Babilônia. Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os

seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído (29:13).

Profecia contra a aliança com o Egito (30-31)

Profecia sobre o reinado de Deus sobre Israel (32-33)

O ministério do Messias: 1. Reinar como o Rei justo da terra (32.1): Príncipes honestos reinarão sob seu comando. 2. Restaurar e regenerar Israel (32.2-4): Todos voltarão os olhos para Deus e o ouvirão. 3. Corrigir todos os erros (32.5-8): O ímpio será exposto, mas os gene­rosos serão abençoados

por tudo o que fazem. 4. Suprir as necessidades de todo o povo (33.16): Eles terão uma fortaleza, comida e água. 5. Anunciar a paz mundial (33.18-24): O Senhor reinará e será juiz e rei. Ele cuidará de seu

povo e o salvará.

O ministério do Espírito de Deus (32.15-20) 1. Ungir o povo de Deus (32.15): O Espírito será derramado dos céus. 2. Gerar justiça mundial (32.16-1 7): A justiça de Deus trará paz. 3. Garantir colheitas abundantes (32.18-20): Onde quer que o povo plante, terá colheitas

generosas.

Advertências contra Israel no presente (32:9-33:1)

Oração pedindo livramento (33:2-4)

A promessa de livramento (33:5-24)

V. Profecias que proclamam a queda de Edom e a redenção de Israel (34:1-35:10)

Juízo de Deus sobre as nações (34:1-4). Referência ao final dos tempos.

Juízo de Deus sobre Edom (34:5-17). Eram parentes dos judeus.

A restauração de Israel (35:1-10).

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VI. Apêndice histórico: A vida e a atividade de Isaías durante o reino de Ezequias (36:1-39:8)

A tentativa de invasão assíria a Jerusalém no reinado de Ezequias (36:1-37:38).

A enfermidade de Ezequias e sua cura (38).

A visita dos embaixadores da Babilônia e o orgulho de Ezequias (39). SEGUNDA PARTE (40 A 66) VII. Libertação do domínio da Babilônia (40:1-48:22)

Profecia sobre João Batista e o Messias (40:1-9)

Quem Deus é (40:10-31) 1. Poderoso (v. 10, 26) 2. Bondoso (v. 11) 3. Onipotente (v. 12) 4. Onisciente (v. 13, 14, 15, 28) 5. Soberano (v. 22, 23) 6. Santo (v. 25) 7. Sustentador (v. 29-31)

Deus levanta o rei persa Ciro (41) Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te

fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça. Eis que, envergonhados e confundidos serão todos os que se indignaram contra ti; tornar-se-ão em nada, e os que contenderem contigo, perecerão. Buscá-los-ás, porém não os acharás; os que pelejarem contigo, tornar-se-ão em nada, e como coisa que não é nada, os que guerrearem contigo. Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, eu te ajudo. Não temas, tu verme de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu redentor é o Santo de Israel (41:10-14).

A profecia sobre o Messias (42).

O Deus verdadeiro diz: Não temas! (43).

Deus é a garantia do cumprimento de Suas promessas (44).

O imperador persa Ciro é o instrumento do juízo de Deus (45). Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as

nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão (45:1).

Deus julgará a Babilônia e ela não mais se levantará (46, 47).

O castigo é resultado da dureza para com um Deus misericordioso (48). Ah! Se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos, então seria a tua paz como o rio, e a

tua justiça como as ondas do mar! Também a tua descendência seria como a areia, e os que procedem das tuas entranhas como os seus grãos; o seu nome nunca seria cortado nem destruído de diante de mim (48:18,19)

VIII. Redenção pelo sofrimento e sacrifício (49:1-57:21)

A redenção e o Redentor (49).

Israel abandonou o Senhor e deve voltar a confiar nEle (50).

Promessa de restauração (51).

A proclamação das boas novas (52).

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OS PROFETAS MAIORES

Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina (52:7).

O servo sofredor (53).

Cântico de alegria pela libertação (54).

Um chamado universal à conversão (55).

Deus congrega todas as pessoas (56).

A impiedade da idolatria (57). IX. O triunfo do reino e o domínio universal de Jeová (58:1-66:24)

Os pecados de Israel (o jejum verdadeiro e o sábado) (58).

Os pecados de Israel (a justiça) (59).

A glória e a restauração de Israel (60).

O pregador das boas novas (61). A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos

os tristes (61:2). Esta profecia cumpriu parcialmente em Cristo (Lc 4:16). Entra a questão da profecia e tempo.

Deus não desamparará Israel (62).

A ira de Deus e a oração de arrependimento (63).

A esperança da restauração (64).

O destino dos jutos e dos injustos (65).

O consolo pra Israel (66).

LIVRO DE JEREMIAS (740-680 A.C.)

Jeremias nasceu em Anatote, uma pequena vila 5 km ao norte de Jerusalém. Era filho de um sacerdote chamado Hilquias. Nunca se casou. Sua história cobre um período de 40 anos – desde a sua chamada durante o reinado de Josias (626 A.C.) até a queda de Jerusalém em 587 A.C. Nessas quatro décadas, a região passou pelo seu mais turbulento período histórico. A Assíria, que destruíra as tribos do norte (Israel) caiu ante o poder de uma nova potência militar: a Babilônia. A vida e os tempos de Jeremias, que caem dentro desse importantíssimo período, estão notavelmente documentados, e os pontos íntimos de sua personalidade são mais vividamente retratados que os outros profetas.

Quando Jeremias foi chamado para o ofício proféticos era ainda “uma criança”, um termo ambíguo que descreve a infância e a adolescência em seus últimos anos. Era um período posterior a longa apostasia promovida pelo rei Manassés (2 Rs 21:1 e segs.) e os impérios egípcios e babilônicos

ano aceitável dia da vingança

ano aceitável

dia da vingança

lapso de tempo

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lutavam entre si. Vale salientar que Jerusalém ficava no caminho entre as duas nações: Egito e Babilônia.

Sem dúvida muitos em Judá ansiavam pelo raiar do dia que poria fim à prolongada noite de sessenta anos de degeneração moral da nação. Jeremias foi criado numa piedosa família sacerdotal (1:1). Seu nome pode significar “Jeová exalta” ou “Jeová derruba”. Jeremias profetizou durante os reinados de Josias, Jeoacaz, Jeoaquim (Eliaquim), Joaquim e Zedequias.

A personalidade de Jeremias é aquela mais claramente pintada dentre todos os profetas do Antigo Testamento. De fato, não é exagero dizer que a fim de entendermos o que o Antigo testamento quer dizer com o vocábulo “profeta”, é necessário estudar o livro de Jeremias. A chamada de Jeremias, sua vocação como anunciador da palavra de Deus, a autoridade com que essa lhe era comunicada, a maneira como a mesma lhe era revelada, sua distinção claríssima entre o verdadeiro e o falso profeta, suas mensagens e os dilemas agonizantes em que foi envolvido devido à sua fidelidade – tudo é delineado nos oráculos de Jeremias com uma autoridade simplesmente irresistível. Isso se deve à correlação entre a experiência espiritual e emocional do profeta para com seu ministério profético.

Suas emoções são vividamente exibidas até mesmo em seus discursos. Pelo conteúdo de sua pregação é claro que Jeremias era homem de notáveis contrastes. Era ao mesmo tempo gentil e tenaz, afetuoso e inflexível. Nele, as fraquezas da carne contendiam com as energias do espírito. As aspirações naturais da juventude foram negadas ao jovem profeta. Ele insistia no arrependimento por parte do povo judeu que, no entanto era incapaz de contrição. Ele desmascarou os pecados da nação e anunciou seu julgamento sabendo que tudo isso seria inútil para salvá-los. Aqueles a quem amava, odiavam-no. Sendo leal patriota, foi chamado de traidor. Esse profeta de esperança imorredoura teve de exibir a falácia das esperanças de seu próprio povo. Esse intercessor-sacerdote foi ordenado a não mais interceder pelos seus. Esse amante de Judá, foi maltratado por Judá.

As profecias do livro não seguem uma ordem cronológica, mas lógica. O arranjo em ordem cronológica seria: (1) Josias (1 – 20, excetuando 12:7-13, 27); (2) Jeoacaz (nada); (3) Jeoaquim (26; 22; 23; 25; 35; 36; 45; 33; 12:7-13, 27); (4) Joaquim (13:18 segs.; 20:24-30; 52:31-34); (5) Zedequias (advertências: 24; 29; 27; 28; 51:59, 60; promessas: 30 – 33; o cerco: 21; 34; 37 – 39); (6) depois da queda de Jerusalém (40 – 44); (7) profecias contra as nações (41 – 51); (8) apêndice histórico (52).

Uma característica importante do livro de Jeremias é que ele se utilizou do serviço do escriba Baruque para compilar suas profecias. CONTEXTUALIZAÇÃO Podemos dividir o ministério de Jeremias em 4 estágios:

1. Durante o governo de Josias (639-609 a.C.). Entrou no ministério no 13º ano do seu reinado (Jr 1:2). Apoiou as reformas implementadas durante o reinado (2 Rs 22 e 23) e foi contemporâneo da profetisa Hulda, concordando com esta que Jerusalém seria destruída por causa dos pecados cometidos.

2. Jeoacaz assume o trono com a morte de Josias mas governou por apenas 3 anos. O faraó Neco

o destronou e o levou para o Egito por recusar-se a pagar-lhe tributo, deixando em seu lugar Jeoiaquim. Predisse que o próximo rei, Joaquim, seria levado cativo para a Babilônia. A partir deste estágio, Jeremias começa a sofrer dura oposição. Durante o reinado de Jeoiaquim, o rei Nabucodonosor invadiu Judá e levou cativo os nobres, entre eles o profeta Daniel e seus amigos – 1ª deportação. Este seria, de acordo com Jeremias, o início de um cativeiro que demoraria 70 anos (Jr 25).

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3. Joaquim é levado cativo na 2ª deportação em 597 a.C. (o profeta Ezequiel estava entre os deportados). Durante o reinado de Zedequias (597-586 a.C.), último rei de Judá, os falsos profetas se tornam uma forte oposição a Jeremias (Jr 28 e 29). Seguindo o conselho dos falsos profetas, Zedequias rebelou-se contra os caldeus em 589 a.C. Nabucodonosor sitiou e invadiu Jerusalém. Em 586 a.C. os caldeus invadem Jerusalém destruindo-a completamente e segue a 3ª e última deportação.

4. Após a destruição de Jerusalém, Nabucodonosor instaura Gedalias como governador (Jr 40),

mas este é assassinado por um grupo de judeus. Com medo de represálias, eles fogem para o Egito levando como refém Jeremias. Sua última profecia acontece no Egito e está registrada em Jr 44:1-30.

I. O chamado de Jeremias (1:1-9) II. Coleção de discursos (2:1-33:26)

Primeiros oráculos (2:1-6:30).

Sermão do templo e abusos no culto (7:1-8:3).

Assuntos diversos (8:4-10:25).

Eventos na vida de Jeremias (11:1-13:27).

Seca e outras catástrofes (14:1-15:21).

Advertência e promessas (16:1-17:18).

A santificação do sábado (17:19-27).

Lições do oleiro (18:1-20:18).

Oráculos contra leis, profetas e povo (21:1-24:10).

O exílio babilônico (25:1-29:32).

O livro de consolação (30:1-35:19).

III. Apêndice histórico (34:1-35:19)

Advertência a Zedequias (34:1-7).

Revogada a libertação de escravos (34:8-22).

O exemplo dos recabitas (35:1-19).

IV. Julgamentos e sofrimentos de Jeremias (36:1-45:5)

Jeoaquim e os rolos (36:1-32).

Cerco e queda de Jerusalém (37:1-40:6).

Gedalias e o seu assassinato (40:7-41:18).

A fuga para o Egito (42:1-43:7).

Jeremias no Egito (43:8-44:30).

Oráculos para Baruque (45:1-5).

V. Oráculos contra nações estrangeiras (46:1-51:64)

Contra o Egito (46:1-28).

Contra os filisteus (47:1-7).

Contra Moabe (48:1-47).

Contra os amonitas (49:1-6).

Contra Edom (49:7-22).

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Contra Damasco (49:23-27).

Contra Quedar e Hazor (49:28-33).

Contra Helão (49:34-39).

Contra a Babilônia (50:1-3).

VI. Apêndice histórico 52.1-34

O reinado de Zedequias (52:1-3).

Cerco e queda de Jerusalém (52:4-27).

Sumário de três deportações (52:28-30).

Libertação de Joaquim (52:31-34). LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS (586-585 a.C.)

O profeta derrama seu coração em profunda aflição e dor por causa da terrível sorte de Jerusalém nas mãos dos seus captores babilônicos em 587 A.C. Ele reconhece que a culpa da nação fez-lhe sobrevir sua ruína. Falsos profetas tranquilizavam dizendo que tudo ia bem, por isso não admitiram seus pecados e não se arrependeram. Mesmo assim, em meio a tanta infelicidade e angústia, o autor vê um raio de esperança. Porque Deus é um Deus de aliança, que sempre guarda suas promessas. Há esperança em Israel para o arrependido (3:25-29).

A estrutura poética do livro: Os primeiros quatro capítulos são acrósticos, pois cada versículo começa com uma letra do

alfabeto hebraico de modo que cada capítulo contém 22 versículos. No capítulo 3, cada 3 linhas consecutivas começam com uma letra do alfabeto hebraico, daí 66 versículos.

I. Primeiro poema (1:1-22)

A desolação de Jerusalém (1:1-7)

Pecado produz sofrimento (1:8-11)

Um grito pedindo compaixão (1:12-22)

II. Segundo poema (2:1-22)

O Senhor é um inimigo (2:1-9)

Os horrores da fome (2:10-13)

Profetas falsos e verdadeiros (2:14-17)

Um apelo em prol de súplicas (2:18-22)

III. Terceiro poema (3:1-66)

O clamor dos aflitos (3:1-21)

As misericórdias de Deus (3:22-39)

Uma chamada à conversão (3:40-42)

As tristezas do pecado (3:43-54)

Consolo e maldição (3:55-66)

IV. Quarto poema (4:1-22)

Então e agora (4:1-12)

As consequências do pecado (4:13-20)

Edom não escapará (4:21, 22)

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V. Quinto poema (5:1-22)

Um apelo em prol de misericórdia (5:1-10)

A vergonha do pecado (5:11-18)

O eterno trono de Deus (5:19-22)

LIVRO DE EZEQUIEL (592-570 a.C.)

Ezequiel (Deus fortalece), filho de Buzi, era membro de uma família sacerdotal relacionada com o templo em Jerusalém. Foi deportado para a Babilônia com Joaquim em 597 A.C. (2 Rs 24:14-17). Ele se estabeleceu na vila de Tel-abibe, perto do rio Quebar. Cinco anos mais tarde recebeu sua chamada como profeta (Ez 1:2), possivelmente com a idade de trinta anos (1:1). Viveu pelo menos durante outros vinte e dois anos (29:17). O ministério de Ezequiel aos judeus na Babilônia se deu ao tempo em que Jeremias profetizava aos judeus na Palestina e na época em que Daniel iniciava seu ministério na Babilônia. Como Isaías, sua mensagem foi de denúncia e consolação. Características da profecia de Ezequiel 1. Alegorias e ações proféticas.

Alegorias: Jerusalém como vinha (15), esposa (16), águias imperiais (17) e dinastia davídica como uma leoa (19), espada do juízo (21), Oolá e Oolibá representando Samaria e Jerusalém, entre outras.

Ações proféticas: Texto Ação profética Significado 4:1-3 Esboçar Jerusalém num tijolo A cidade será cercada 4:4-18 Deitar-se por um lado por 390 dias, Os anos da iniquidade e punição sobre o direito por 40 dias. 4:9-17 Comer comida racionada Fome em Jerusalém 5:1-12 Raspar, pesar e queimar o cabelo, O remanescente será poupado a terceira parte lançar ao vento 12:1-12 Sair com a bagagem por um buraco cavado Certeza do exílio na parede 21:18-23 Traçar uma rota para o exército babilônio Deus fará os babilônios passarem por forçando o rei a lançar sortes para saber Jerusalém qual caminho tomar 25:15-24 Sua esposa morre O povo sofrerá morte ou exílio

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2. As visões e teofanias

Em Jeremias, a segurança do povo estava na presença do Templo de Jerusalém. Em Ezequiel, Deus não está limitado ao Templo (Ez 1). A teofanias são comuns em Ezequiel. Nelas Deus se manifesta de maneira visível.

I. O início da visão e chamada de Ezequiel 1.1-3.21

Visões introdutórias 1.1-28

O encargo dos profetas 2.1-3.21

II. Profecias e visões sobre a destruição de Jerusalém 3.22-24.27

Oráculos de julgamento 3.22-7.27

Visões de idolatria no templo 8.1-11.25

O exílio e cativeiro de Judá 12.1-24.27

III. Oráculos da ruína contra nações estrangeiras 25.1-32.32

Contra Amom 25.1-7

Contra Moabe 25.8-11

Contra Edom 25.12-14

Contra a Filistia 25.15-17

Contra Tiro 26.1-28.19

Contra Sidom 28.20-26

Contra Egito 29.1-32.32

IV. Profecias de restauração 33.1-48.35

Ezequiel como vigia 33.1-33

Deus como Pastor 34.1-31

Julgamento contra Edom 35.1-15

Restauração de Israel 36.1-37.28

Julgamento contra Gogue 38.1-39.29

Restauração do templo 40.1-46.24

Restauração da terra 47.1-48.35

LIVRO DE DANIEL (605 – 537 A.C.)

Poucas coisas chamam tanto a atenção no livro de Daniel quanto o próprio Daniel. Daniel (Deus é meu juiz) é o quarto dos chamados profetas “maiores”. Era um israelita de origem real ou nobre que foi levado cativo para a Babilônia por Nabucodonosor, no terceiro ano do reinado de Jeoaquim, tendo sido treinado para o serviço do monarca babilônico em companhia de diversos companheiros (Dn 1:1-6). Conforme um costume do tempo, foi-lhe dado o nome babilônico de Beltessazar. Ganhou reputação inicialmente como intérprete de visões alheias, e então como intérprete de suas próprias visões, nas quais predisse o triunfo futuro do reino messiânico. Renomado por sua sagacidade, ocupou sucessivamente os principais postos governamentais sob Nabucodonosor, Belsazar e Dario.

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O livro de Daniel é, na sua maior parte, uma história profética dos poderes gentílicos mundiais desde o reinado de Nabucodonosor até a vinda de Cristo. O tema de Daniel pode ser resumido da seguinte maneira: Deus revelado como o que domina a elevação e queda dos reinos deste mundo até a sua destruição final e que estabelece seu próprio reino. Por causa de suas muitas visões, o livro de Daniel tem sido chamado “O Apocalipse do Antigo Testamento”. O livro abrange cerca de 73 anos, desde Nabucodonosor até Ciro.

I. As convicções religiosas de Daniel (1:1-21)

O exílio de Judá (1:1-2).

A decisão de Daniel de manter-se separado (1:3-21).

II. O primeiro sonho de Nabucodonosor (2:1-49)

O sonho esquecido (2:1-28).

A revelação e a interpretação de Daniel (2:29-45).

Daniel é honrado através de promoção (2:46-49).

III. A libertação da fornalha de fogo (3:1-30)

Convocação para adorar a estátua de ouro (3:1-7).

A recusa dos três hebreus de se prostrarem perante a estátua (3:8-18).

Os três hebreus são miraculosamente protegidos (3:19-25).

O rei confessa o Deus verdadeiro (3:26-30).

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IV. O segundo sonho de Nabucodonosor (4:1-37)

O sonho de Nabucodonosor (4:1-37).

A Interpretação da Daniel (4:19-27).

O cumprimento do sonho (4:28-33).

A oração e restauração de Nabucodonosor (4:34-37).

V. A festa blasfema de Belsazar (5:1-31)

A escrita manual na parede (5:1-9).

A interpretação de Daniel da escritura (5:10-31).

VI. Daniel na cova dos leões (6:1-28)

Complô contra Daniel (6:1-9).

Daniel é lançado na cova dos leões (6:10-17).

Daniel é liberado (6:18-28).

VII. A primeira visão de Daniel (7:1-28)

O sonho da Daniel sobre os quatro animais (7:1-14).

A Interpretação de Daniel (7:15-28).

VIII. A segunda visão de Daniel (8:1-27)

O sonho de Daniel sobre um carneiro, um bode e sobre os chifres (8:1-14).

A interpretação de Gabriel (8:15-27).

IX. A profecia das setentas semanas (9:1-17)

A oração de Daniel (9:1-19).

A Visão da Daniel (9:20-27).

X. A visão final de Daniel (10:1-12:13)

A visão de Daniel de um ser glorioso (10:1-9).

A visita de um anjo (10:10-21).

Guerra entre reis do Norte e do Sul (11:2-45).

O tempo da tribulação (12:1-13).

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