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Escola de Parapente Asas a Serra Instrução de parapente e voo duplos Texto Claudia Terra Fotos Claudia Terra e Asas da Serra

Matéria com escola de instrução de parapente Asas da Serra

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Escola de Parapente Asas a Serra

Instrução de parapente e voo duplos

Texto Claudia Terra

Fotos Claudia Terra e Asas da Serra

Escola Asas da Serra : Onde voar é um estilo de Vida.

Escola que muitos gostariam de frequentar, afinal é uma escola onde se ensina os alunos a

realizarem um dos sonhos mais antigos da humanidade, voar, no caso, de parapente. Uma

das modalidades da prática do voo livre, juntamente com a asa delta.

A Asas da Serra, está com menos de 5 anos de anos de criação, mas já chega com um grande

diferencial, sendo esse, a realização das aulas também durante a semana. A maioria das

escolas só oferecem aulas nos finais de semana. E para facilitar a vida dos alunos, que não

moram na cidade, seu idealizador e instrutor Carlos Henrique Carvalho, tem parcerias com

algumas pousadas para sua escola. Além disso, os alunos são levados aos eventos de voo livre

para conhecerem, se integrarem ao meio e voarem, se já tiverem em condições para isso. Os

alunos também têm uma página com fotos e vídeos das suas aulas no site da escola.

A escola fica em Miguel Pereira, interior do estado do Rio de Janeiro. Região turística com

muitas belezas naturais e ótimo clima. Muito procurada pelos amantes dos esportes radicais

como off road e voo livre. A cidade está entre as pertencentes ao histórico Vale do Círculo do

Café Fluminense, que tem entre seus atrativos , suntuosos casarões antigos e muitas fazendas

da época do império, ótima opção turística pra quem curte história e arquitetura. A cidade

atende muito bem o turista com sua gastronomia e confortável acomodação nas muitas de

suas pousadas.

Possui duas rampas naturais que possibilitam a decolagem tanto de asa delta, quanto de

parapente. Sendo que a rampa do quadrante N/NE fica de frente para a cidade, possibilitando

panorâmicos sobre a cidade. Há vários pontos para pouso, sendo o oficial na área da torre de

telefone, em frente à rampa, a cerca de 2 km dessa. As rampas estão sob os cuidados da

AVlMP ( Associação de Voo Livre de Miguel Pereira ). A associação tem 13 associados e foi

fundada em 2010, seu atual presidente é o piloto e instrutor Carlos Henrique.

De acordo com Carlos Henrique a prática do voo livre sempre existiu na cidade, porém, com

a criação da AVLMP e da Asas da Serra o voo livre esta atingindo novos horizontes e cada vez

atraindo mais pilotos e entusiastas ao voo livre. Nas rampas locais sempre têm alguém

decolando e, não só nos finais de semana, claro, período de maior disputa por espaço nas

decolagens. Nos finais de semana o movimento é grande entre instrutores pilotos e turistas à

espera da realização do seu primeiro duplo. A cidade traz ao seu céu pilotos de todo o país e

do exterior. Assim, diante do sucesso do esporte na área, algumas pousadas fizeram parceria

com a escola e incluíram voo livre nos seus pacotes.

No voo livre não há distinção de classe social, idade ou gênero. Com muita grana ou pouca,

Homens, mulheres, adolescentes e pessoas mais velhas voam com o mesmo entusiasmo,

numa harmoniosa integração, onde só o que conta é o prazer de voar. E na escola Asas da

Serra, essa união é muito intensa. A amizade é no estilo família e esta muito além das rampas,

das aulas. Sempre há confraternizações antes e depois dos voos! Na Asas da Serra não existe

ex-aluno; existi sim, sempre mais um piloto para integrar-se ao grupo e voar pelas rampas do

Brasil e exterior. Como fazem os tradicionais grupos de motociclistas estradeiros, só que aqui,

a irmandade é para ganhar os céus!

Aliás, a Asas da Serra tem muito do espírito motociclístico na sua história, há muitos

motociclistas na escola. Outra coisa que lembra os motociclistas, é que cada aluno da escola,

acaba se tornando mais um amigo do grupo e o instrutor Carlos Henrique, faz questão que

essa aproximação aconteça e se estenda para pós formação do piloto. De acordo com seus

alunos atuais e ex-alunos, ele sempre faz questão de ver a galera voando junto e sempre que

está por perto continua a orientá-los nos voos.

Além disso, a escola tem um dedicado instrutor que motiva o aluno a realizar o sonho de ser

piloto, o que deveria ser regra entre todas. Há, infelizmente, pilotos que se passam por

instrutores e não passam nada de positivo para o aluno e ainda o coloca em risco até durante

as aulas. Foi o que aconteceu com Anísio Assumpção, o primeiro aluno da Asas da Serra e

atual secretário da Associação de Voo Livre de Miguel Pereira e idealizador do ótimo bem

elaborado site da Asas da Serra. Ele conta que antes de vir fazer os cursos na Asas da Serra,

havia passado por uma outra escola, onde nessa, não só não conseguiu voar, como se

machucou varias vezes e ainda saiu de lá achando que nunca conseguiria voar. Mas encontrou

o instrutor certo, concluiu o curso e vive a cada decolagem seu sonho de voar. Anísio é

motociclista, conheceu Carlos Henrique, também motociclista, em um evento motociclístico.

“ Na época o Carlos estava pensando em abrir a escola. “Eu me matriculei como primeiro

aluno da Asas da Serra. Em dois meses fiz meu primeiro voo solo em Miguel Pereira mesmo,

comprei meu equipamento e estou, hoje, com 50 voos e sem nenhuma fratura”. Ele é a

prova do que um instrutor pode ou não fazer pelo sonho de voar de voar de um aluno.

Como em muitos os segmentos da sociedade, no voo livre também há mercenários e pessoas

que, não só não se preocupam com a boa imagem do esporte, como também não dão a

mínima importância à segurança e ao bem estar dos seus alunos e até mesmo dos turistas em

voos duplos. Assim, quem quer voar, tem que ser cuidadoso na hora de escolher seu instrutor,

sua escola. Escolher por menor preço, não é a melhor opção; escolher como pagar o mais caro

em mais vezes, isso sim pode ser uma boa opção, se tem certeza que vale a pena.

A escola Asas da Serra oferece os cursos básico e intermediário. Além das aulas práticas a

escola disponibiliza uma pequena apostila como complementação do curso básico. Valor total

dos 2 cursos é R$ 2500,00 e podem ser pagos em até 5 parcelas.

A duração dos cursos, como disse o instrutor Carlos Henrique, vai depender da dedicação do

aluno às aulas. Estimasse um período aproximado de 2 a 4 meses para se concluir os cursos.

Qualquer pessoa pode fazer os cursos, se tiver menos de 18 anos é necessária a autorização

dos pais ou responsáveis.

Para fazer o curso o aluno não precisa ter equipamento próprio. A escola disponibiliza tudo,

mas para evoluir no voo é importante que, ao concluir o curso, o aluno tenha o seu próprio

equipamento de voo. No caso da Asas da Serra, ela vende equipamentos completos e

acessórios para os novos pilotos. Há parapentes de vários preços, mas a partir de R$

10.000,00 um piloto recém formado pega um equipamento completo. Lembrando que a

compra correta desse é tão importante quanto a escolha do instrutor, da escola. O instrutor é

o melhor conselheiro também nesta hora e vai dar a orientação para a aquisição de um

equipamento certo, de acordo com o nível técnico e peso do piloto.

Na Asas da Serra, quando o aluno faz o primeiro voo solo, ele recebe o “batismo”, que na

verdade é um churrasco patrocinado por ele mesmo, e quando há muita gente participando

ele tem ajuda de todos nesse custo. O churrasco rola sem cerveja, quando a galera vai voar

depois dessa confraternização, como constatado ao realizar essa matéria, quando acontecia o

churrasco do recém formado Jeff que acaba de fazer sua primeira decolagem e fala da

sensação desse momento: “Depois de dois meses de curso fiz meu primeiro voo solo.

Indescritível! Não tive medo, pois o Carlão passa muita confiança para o aluno. O voo é

fantástico! É como se você tivesse nascido com asas!” Ele concluiu curso na Asas da Serra

recentemente e por coincidência fez o primeiro voo na mesma rampa, em Niterói-RJ, onde

havia feito o seu voo duplo há alguns anos. Muito feliz com a conquista de ser piloto, agora

aguarda com ansiedade a chegada do seu equipamento de voo que acaba de comprar.

As aulas são ministradas pelo instrutor Carlos Henrique Carvalho e dois monitores: seus filhos

Pedro Henrique Carvalho e Paulo Henrique Carvalho, que auxiliam diretamente os alunos no

manejo do equipamento. As aulas sempre acontecem num sítio em Miguel Pereira, podendo

também, acontecerem em outras cidades, especialmente no caso das aulas para alunos mais

avançados no aprendizado, quando acontecem as esperadas viagens de instrução.

Monitores não precisam ter vastas horas de voos, podem ser alunos recém formados, como é o caso de Pedro Henrique piloto novato que começa agora a participar de competições. De acordo com Pedro, seu trabalho é observar o que os alunos fazem de errado e direciona-los ao caminho certo. ”Eu gosto de fazer isso, pois a cada informação ou orientação que eu passo, também estou aprendendo”.

Alem dos cursos instrução, a escola também realiza voos duplos, voos turísticos, panorâmicos

. A duração de cada voo é, em média, de 20 min. Podendo variar de acordo com as condições

meteorológicas e as condições de entusiasmo do passageiro durante o voo. Mas a maioria

curte muito e espera que o voo dure o máximo possível. Além disso, há aqueles que depois do

primeiro duplo decidem partir para os voos de instrução e fazem o curso. Como foi o caso do

próprio criador da Asas da Serra, que logo a após seu duplo, que nem estava planejado,

decidiu fazer o curso e como ele diz: “para quem ama fortes emoções, a única alternativa

após o voo duplo é se tornar piloto”. E como todas as paixões, a sua paixão pelo esporte não

foi planejada, mas foi imediata e duradoura e por isso o voo livre é, há 8 anos, parte

inseparável da sua vida. Ele afirma ser plenamente feliz com o voo livre e como a maioria dos

voadores, o considera mais que do um esporte, é um estilo de vida. É! fazer duplo é

sensacional, mas nada como o prazer de voar com suas próprias asas, ou velas, no caso dos

parapentes.

E, por falar em voos turísticos, a escola está começando a levar grupos de pilotos para voarem

no exterior, inicialmente pela América do Sul. A primeira viagem aconteceu em 2011 para o

Chile, em Iquique paraíso chileno para vários pilotos do mundo. De acordo com Carlos

Henrique, a ideia é voar e ter novas experiências de voos em novos locais, além de, é claro, de

promover, com essas viagens uma maior integração de amizade entre os pilotos brasileiros e

estrangeiros pela evolução do esporte. A próxima viagem está sendo agendada para março de

2014. Serão cerca 10 dias com muitos voos e venturas no país andino.

A equipe Asas da Serra também têm uma grande preocupação com a preservação da natureza

e para amenizar o desmatamento, ela tem o projeto Semear, que a princípio, consiste no ato

simples de, durante os voos duplos o carona jogar sementes de árvores nativas nas áreas

desmatadas da região.

O idealizador da Asas da Serra é o instrutor Carlos Henrique Carvalho. Piloto com mais de 8

anos de experiência com parapente, com mais 500 horas de voos e experiência de voos em

dezenas de rampas brasileiras e algumas no exterior (America do Sul e Europa), tem vários

cursos SIVS (simulação de incidentes em voo. Nesse tipo de curso a decolagem do parapente

é feita com reboque conectado a uma lancha. Em seguida, o parapente é desconectado e

segue em voo de instrução. O curso acontece com piloto executando as manobras

sobrevoando uma represa, seguindo instruções via rádio do instrutor do curso em terra).

Importante curso que todo piloto, inclusive novatos, deve fazer a cada dois anos, para entre

outras coisas, saber se sair de situações difíceis durante qualquer tipo de voo, seja duplo, seja

de competição. Tem formação específica como instrutor, dentro das normas legais do setor.

Tem participações nos principais campeonatos nacionais, as quais, além do lado competitivo,

têm para si o propósito de mantê-lo em forma com os voos de longas distancias, que são

seus favoritos. Sua categoria de voo é a Sport e seu maior tempo de voo é cerca de 5 horas.

Voa com todos os tipos de velas, porém, tem como favoritas a alemã Chili3 e a espanhola

Fenix.

Conheceu o voo livre quando foi levado por amigo a fazer um voo duplo de parapente na

Bahia, quando estava em uma viagem de moto. Até então não conhecia nada deste esporte.

Mas seu encantamento pelo voo de parapente foi imediato e assim o voo livre entrou na sua

vida, na se sua família e na de muitos novos amigos que veem na curiosidade fazerem um

duplo e “viram” pilotos!

A Asas da Serra é como uma grande família, uma grande irmandade. Para ser membro basta

fazer o curso, amar voar e estar com os amigos. Carlos Henrique faz questão que seus pilotos

veteranos e novatos voem, viagem e curtam juntos esse velho sonho da humanidade que é

voar! A idealização da escola é o começo de um novo e promissor momento do voo livre na

região de Miguel Pereira. Além das atividades natas da escola, seu idealizador e amigos, têm

planos de promover mais o esporte com, por exemplo, a realização de eventos de

competição ou encontros de voo livre. E pelo entusiasmo de todos, certamente a tranquila

Miguel Pereira ficará cada vez mais colorida com a “primavera” de parapentes no céu, para a

alegria e encantamento de muitos. Bons voos a todos e até a próxima!

Esta matéria esta disponível

na 5ª edição da Revista

Aviex

asasdaserraparapente.com.br/

http://www.coracaoverde.com.br/

entusiastaadventure.blogspot.com.br

aviexmagazine.blogspot.com.br