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Lição 12 – 1EM Atividade I III - “CANTIGA DE MALDIZER" Meu senhor arcebispo, and’eu escomungado porque fiz lealdade; enganou-me o pecado (1)! Soltade-m’, ai (2), senhor, e jurarei, mandado que seja traëdor. Se traiçon fezesse, nunca vo-la diria; mais (3) pois fiz lealdade, vel (4) por Santa Maria, soltade-m’, ai, senhor, e jurarei, mandado que seja traëdor. Per mia maleventura tive hun en Sousa e dei-o a seu don’ e tenho que fiz gran cousa (5). Soltade-m’ ai, senhor, e jurarei, mandado que seja traëdor. Por meus negros pecados tive hun castelo forte e dei-o a seu don’, e hei medo da morte. Soltad-m’, ai, senhor, mandado que seja traëdor. (Diego Pezelho) 1. o demônio enganou-me; 2. absolvei-me, ai; 3. mas; 4. oh!, ah!, ai! (segundo Rodrigues Lapa); 5. parece-me ter cometido um ato grave (segundo Rodrigues Lapa). II - “CANTIGA DE ESCÁRNIO” Ai, dona fea, foste-vos queixar porque vos nunca louv’-en meu trobar mais ora quero fazer un cantar en que vos loarei toda via (1), e vedes como vos quero loar dona fea, velha e sandia (2). Ai dona fea! se Deus me perdon! e pois havedes tan gran coraçon que vos eu loe en esta razon (3), vos quero já loar toda via, e vedes qual será a loaçon: dona fea, velha e sandia! Dona fea, nunca vos eu loei en meu trobar, pero (4) muito trobei; mais ora já um bom cantar farei en que vos loarei toda via; e direi-vos como vos loarei: dona fea, velha e sandia! (João Garcia de Guilhade) 1. para sempre; 2. louca, demente; 3. que eu a louve por este motivo; 4. porém, todavia. I - “CANTAR D’AMIGO” Vi eu, mia madr’, andar as barcas eno mar: e moiro-me d’amor. Fui eu, madre, veer as barcas eno ler (1): e moiro-me d’amor. As barcas eno mar a foi-las aguardar: e moiro-me d’amor As barcas eno ler E foi-las atender (2) e moiro-me d’amor E foi-las aguardar e non o pud’achar: e moiro-me d’amor. (Nuno F. Torneol) 1. praia; 2. esperar.

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Lição 12 – 1EM

Atividade I

III - “CANTIGA DE MALDIZER"

Meu senhor arcebispo, and’eu escomungadoporque fiz lealdade; enganou-me o pecado (1)! Soltade-m’, ai (2), senhor, e jurarei, mandado que seja traëdor.

Se traiçon fezesse, nunca vo-la diria;mais (3) pois fiz lealdade, vel (4) por Santa Maria,soltade-m’, ai, senhor, e jurarei, mandado que seja traëdor.

Per mia maleventura tive hun en Sousae dei-o a seu don’ e tenho que fiz gran cousa (5).Soltade-m’ ai, senhor, e jurarei, mandado que seja traëdor.

Por meus negros pecados tive hun castelo forte e dei-o a seu don’, e hei medo da morte. Soltad-m’, ai, senhor, mandado que seja traëdor. (Diego Pezelho)

1. o demônio enganou-me; 2. absolvei-me, ai; 3. mas; 4. oh!, ah!, ai! (segundo Rodrigues Lapa); 5. parece-me ter cometido um ato grave (segundo Rodrigues Lapa).

II - “CANTIGA DE ESCÁRNIO”

Ai, dona fea, foste-vos queixar  porque vos nunca louv’-en meu trobar  mais ora quero fazer un cantar  en que vos loarei toda via (1),  e vedes como vos quero loar dona fea, velha e sandia (2).  Ai dona fea! se Deus me perdon!  e pois havedes tan gran coraçon  que vos eu loe en esta razon (3),  vos quero já loar toda via,  e vedes qual será a loaçon:  dona fea, velha e sandia!  Dona fea, nunca vos eu loei  en meu trobar, pero (4) muito trobei;  mais ora já um bom cantar farei  en que vos loarei toda via;  e direi-vos como vos loarei:  dona fea, velha e sandia!

         (João Garcia de Guilhade)

1. para sempre; 2. louca, demente; 3. que eu a louve por este motivo; 4. porém, todavia.  

I - “CANTAR D’AMIGO”

Vi eu, mia madr’, andar  as barcas eno mar:  e moiro-me d’amor. 

Fui eu, madre, veer  as barcas eno ler (1):  e moiro-me d’amor. 

As barcas eno mar  a foi-las aguardar:  e moiro-me d’amor  As barcas eno ler  E foi-las atender (2)   e moiro-me d’amor 

E foi-las aguardar  e non o pud’achar:  e moiro-me d’amor.

(Nuno F. Torneol)

   1. praia;  2. esperar.

1) Identifique as principais características dos três textos analisando suas diferenças. 2) Faça uma análise, explicando, com suas palavras, o que o eu-lírico expressa em cada cantiga.

Atividade IIAnalise cada palavra do texto abaixo no que diz respeito à acentuação, justificando o porquê de receber ou não acento. Cientistas criam menor lâmpada do mundo Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, inventaram a menor lâmpada incandescente do mundo. A novidade foi publicada na edição online de quarta-feira da revista Physical Review Letters. O filamento utilizado na lâmpada é feito de um único nano-tubo de carbono com apenas 100 átomos de espessura. É impossível enxergar o filamento com a lâmpada apagada a olho nu, mas, quando ligada, é possível ver um pequeno ponto luminoso. Usar filamentos de carbono em uma lâmpada não é novidade, Thomas Edison usou carbono em sua criação. Mas desta vez, o filamento é 100.000 vezes mais estreito e 10.000 vezes mais curto que a de Edison. Com a novidade, os cientistas poderão explorar meios econômicos de iluminação, uma vez que os estudiosos já pensam em ir além das lâmpadas fluorescentes e que as lâmpadas de LED ainda são caras. Outro grande ganho para os cientistas foi poder explorar a fronteira entre a termodinâmica e a mecânica quântica - duas teorias aparentemente incompatíveis.

Atividade III

(UFRJ 2004) “Minha impressão é que a cultura popular já ganhou a parada...Há 30 ou 40 anos, quando a gente discutia sobre música popular brasileira, sobre os novos baianos velhos, sobre a questão da técnica, a bossa nova, dizia-se que a cultura de massa ai invadir e tomar conta de tudo. Agora, não apenas os baiano, mas outros, inclusive os ‘rapistas’, se impusera, independentemente da cultura de massas, e estão tendo a revanche, num movimento de baixo para cima...” Milton Santos, Território e sociedade.Nesse trecho de entrevista, Milton Santos faz uso de uma linguagem coloquial.Com base nos dois primeiros períodos do texto, retire dois exemplos que comprovem aafirmação acima. Justifique sua resposta.