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[BR_JC_10: JC-ESPECIAL-1_MATERIAL <0330_12_PET_02> [JC1] ... 30/03/10] Author:KTENORIO Date:22/03/10 Time:21:57
ww
w.jc.com
.br/cidades»
“OBRASILPRECISA
DEUM
PLANO
”
especialespecial
entrevista»
Dong-Shik
Shin
Ricaeorganizada.M
assemdem
ocracia
SUA
PE,AN
OSSA
REDEN
ÇÃ
O
JOR
NA
LD
OC
OM
MER
CIO
–O
Brasilviveum
mom
entode
renascimento
desua
indústrianaval,m
asjápresenciou
tentativassemelhantesem
outrasépocaseque
fracassaram.Q
ualé
ocam
inhopara
queessa
sejaum
aretom
adasustentável?
DO
NG
-SHIK
SHIN
–Nóscom
eçamosa
indústrianavalna
Coreiaquando
nossaeconom
iaera
miserável,a
rendaper
capitaera
deapenasUS$
70porano
eo
povom
orriade
fome.Investirna
fabri-cação
denavios
foium
planode
governo.O
Brasiltam
bémpode
avançarnesse
setor,m
aspara
issoé
necessárioelaborar
umplano
masterque
congregueasem
presas,ogoverno
ea
sociedadeem
tornode
umm
esmo
objetivo.Aindústria
nãopode
sedesenvolver
semm
e-tas,sem
uma
articulaçãosuprassetorial.Sem
oplano,não
estaríamos
naposição
emque
nosencontramoshoje.
JC–
AKom
actem
negóciosemváriospaíses,inclusive
comjoint-venturesna
China,Índia
eVietnã,que
estãoem
plenaexpansão
daconstrução
naval.Que
novosmercadosestão
nam
irada
empresa?
SHIN
–Hoje,a
Komac
estáfocada
narápida
expansãodo
mercado
asiático,mastam
bémquerdiversificarsua
carteirade
clien-tesnasAm
éricasdoNorte
edo
Sul,comdestaque
parao
Brasil,alémde
estarmos
prestandoatenção
aom
ercadoafricano.No
Brasil,esta-m
osatentos
àsdem
andasda
Petrobras,emfunção
dadescoberta
de
petróleoem
águasultraprofundas.JC
–Q
ualéo
papeldaKom
acna
parceriacom
aG
alvão-Alusa
noC
omplexo
IndustrialPortuáriode
Suape?SH
IN–
Oprojeto
noPorto
deSuape
coma
Galvão-Alusaé
paraa
construçãodeum
estaleiroespecializado
nafabricação
desondasdeper-
furaçãoe
plataformassem
i-submersíveis.A
Komac
seráresponsáveltan-
topelo
projetodo
sitedo
estaleiro,quantopelo
desenhodosnavios.Nós
também
elaboramospara
oconsórcio
umestudo
queaponta
astendên-ciasda
construçãonavalno
mundo.
JC–
Com
oa
Komac
estáestruturada
hoje?SH
IN–
AKom
acfoicriada
em1969.No
anopassado,nósjá
completam
os40anosde
história.Hoje,aem
presacongrega
800enge-
nheiros,emquatro
países(Coreia,China,Vietnã
eÍndia),e
foires-ponsávelpor50%
dosprojetosdeestaleirose
naviosnom
undo.JC
–Q
ueparceriasBrasile
Coreia
doSulpoderão
fazernaindústria
deconstrução
denavios?
SHIN
–O
Brasiltempoucosengenheirosde
estaleirosepode
aprendermuito
coma
Coreia.Somosum
importante
centrode
exce-lência
dosetor.Trabalham
osduro,comm
uitaforça
devontade
ede-
terminação.O
resultadodisso
foique,em25
anos,jánostornam
osonúm
eroum
dom
undo.Nãoem
volume
deprodução,m
as,comcerte-
za,emtecnologia.Poderem
ostransferiressaexperiência
prao
Brasil.
OESPETACULAR
SALTOCO
REANO
Com
oEstado
fortee
restriçõesC
omo
Estadoforte
erestrições
àsliberdadesindividuais,àsliberdadesindividuais,C
ingapuracresceu
evirou
Cingapura
cresceue
virouum
apotência
naárea
navalum
apotência
naárea
naval
CON
EXÃOD
ESENVO
LVIMEN
TO
Quandoa
Coreiado
Sulcomeçou
aconstruirnavios,nosanos70,o
Brasiljáocupava
osegundo
lugarnoranking
mundialdo
setor.Adéca-
dam
arcoutem
posdebonança
parao
mercado
brasileiro,enquantoos
coreanoslançavamao
marsuasprim
eirasembarcações.Trinta
anosde-pois,o
cursodas
águasm
udou.OBrasil
mergulhou
numa
criseque
quasefez
aatividade
desaparecernoPaíse
aCoreia
despontoucom
oli-
derançaglobal.Hoje,o
Brasilemerge
donaufrágio
nosetore
temo
paísasiático
como
benchmarking,um
aespécie
dereferencial,nessa
fasede
renascimento.
Orápido
crescimento
dajovem
indústrianavalcoreana
foiresultadode
uma
políticade
governo.Depoisdeum
aguerra
civilquevitim
ou3
milhõesde
habitantese
dividiua
penínsulaem
doispaíses,era
precisoestruturara
economia
danação.O
ex-generaleentão
presidenteda
Co-reia
doSul,Park
Chung-hee,governantedo
paísde1961
a1979,defen-
diaque
ocam
inhoera
tirarvantagemdascaracterísticasgeográficasda
península.“Opresidente
tinhacerteza
deque
asaída
paravencera
po-breza
seriapelo
mare
me
deua
missão
dedesenvolverna
Coreiaa
me-
lhorindústrianavaldo
mundo.Na
época,oscoreanosestavamdescren-
tesdapossibilidade
deserm
oslíderesemqualquercoisa
eachavam
quem
inhatarefa
eraum
aloucura”,conta
oengenheiro
Dong-ShikShin.
Maiorespecialista
dopaís,doutorShin,com
oé
chamado,tinha
ape-nas29
anosetrabalhava
noReino
Unidoquando
recebeua
convocaçãodo
presidenteChung-hee
paravoltar
àCoreia.Em
1961,foicriada
aCom
panhiaNacionaldeConstrução
Naval,queseriaa
pedrafundam
en-talda
edificaçãodo
setor.Aatividade
foieleitacom
oestratégica
paraa
redençãoeconôm
icado
paíserecebeu
apoiogovernam
ental.Paraatrair
investidoresinternacionais,ogoverno
começou
ainvestirem
infraestru-tura,oferecer
incentivosfiscais
àsem
presase
apostarna
construçãode
centrosdetreinam
entopara
qualificaram
ãode
obrado
país.“Convideim
eusalunosnoexteriora
nosajudaraconstruirum
esta-leiro
queo
mundo
nuncaviu
antes.Umem
preendimento
trêsvezes
maiorque
qualquerumno
Japão(referência
naépoca),com
acondi-
çãode
construirqualquergrandenavio
paraatenderao
mercado
mun-
dial”,recordadoutor
Shin.Elelem
braque
aCoreia
começou
acom
-prarbarcosantigosnosEstadosUnidos,Japão
eEuropa
paraestudaros
desenhos.Aem
preitadaabriu
caminho
paraa
implantação
dosestalei-rosHyundai,Sam
sunge
Daewoo.Cidadesplanejadascomeçaram
ase
levantarno
entornodos
empreendim
entos.NaIlha
deGeoje,onde
seinstalaram
váriosestaleiros,aSam
sungconstruiu
umhotelpara
rece-berexecutivos
eclientes
eum
condomínio
residencialparaabrigaros
funcionários.O
presidenteChung-heeacertouna
estratégiaea
regiãosuldo
paíssetransform
ouno
maisim
portantepolo
navaldom
undo.Hoje,congregasete
estaleirosdegrande
porte,oitoem
preendimentosm
édioseum
aca-
deiaprodutiva
com150
indústrias.Dosdez
maioresestaleirosdo
mundo,sete
estãona
Coreia.Opaísde-
témum
terçoda
carteirainternacionalde
produçãode
navios,atividadeque
éum
dosprincipais
motores
desua
economia
–responde
por6%
doPIB.Pelo
menos
200m
ilcoreanosestãoem
pregadosna
construçãonavale
écom
umver
essestrabalhadores
desfilandocom
uniforme
dosestaleirosdepoisdo
expediente,como
nahappy
hourembaresou
lan-chonetes,num
adem
onstraçãode
orgulhopela
profissão.A
indústrianavalfoium
adas
responsáveisportirara
Coreiado
Sulda
posiçãode
umdospaísesm
aispobresdaÁsia,na
décadade
50,paratransform
á-lana
12ªmaioreconom
iado
mundo
em
aisimportantedos
quatrotigres
asiáticos(tam
bémestão
nogrupo
Cingapura,Taiwane
HongKong).Além
daconstrução
denavios,avançaram
aindaasindús-
triasautomobilística,siderúrgica
ede
eletrônicos.Oatualpresidente
dopaísfoieleito
em2007.É
LeeM
yung-bak,umex-executivo
daHyundai.
Comquase50
milhõesdehabitantes,desdeosanos50
aCoreia
conse-guiu
aproeza
dem
ultiplicarseu
PIBper
capitade
US$70
paraUS$
24,8m
ilporhabitanteao
ano.
Ailhota
deC
ingapuraé
bastanteconhecida
porsuasleispeculiareseseverosm
étodosde
punição.Um
doscastigosmaispopulares
sãoasbastonadas(localm
enteconhecidas
como
caning).Ocorretivo
éaplicado
aquem
seatrevera
fazerpichações,furtar,brigarna
rua,consumirdrogasou
imigrar
ilegalmente.A
tépouco
tempo
asescolastam
bémaplicavam
aprática.O
sjuízesdãoa
sentençado
número
debastonadas
dependendodo
crime.O
bastãoé
debam
bue
temesferasnasextrem
idadesquecortam
apele.
Aprim
eiraperguntaquedoutorShin
nosfazquando
chegamosao
seuescritório,no
frenéticocentro
denegóciosde
Seul,ése
sabemos
quemele
é.Apresunçosaindagação,ditaem
umtom
amistoso,é
umatentativade
situarosjovensjornalistasocidentais.Estam
osdiantedo
paidaindústrianavalcoreana,do
homem
convocadoaiçaraC
oreiadoSul
aotopo
mundialdo
setor.Depoisde
assumirvários
cargosnogoverno,hoje,aos77
anos,doutorShin,com
oé
conhecidom
undialmente,se
dedicaàKomac,
consultoriaquecriou
háquatrodécadas.A
empresajá
assinouo
projetode
maisde
1.800navios,em
25países.
EmPernam
buco,prestaconsultoriaaoconsórcio
Galvão-Alusanaconstrução
deum
estaleiroem
Suape.
POLO
Ilhade
Geoje:aregião
dosestaleiros
SUÍÇ
AA
SIÁT
ICA
Cingapuraé
umexem
plode
crescimento
bemplanejado.Aproveitou
suavocação
marítim
ae
seexpandiu.H
oje,ocom
plexoportuário
dopaís
movim
entao
maior
volume
decontêineres
doplaneta
Guga
Matos/JC
Imagem
AT
RAÇ
ÃO
Suape:US$17
biem
obrasprivadas
Há31
anos,oCom
plexoIndustrialPortuário
deSuape
“brotava”nasterrasde
uma
regiãosecularm
enteenraizada
nocultivo
dacana-
de-açúcar.Apresença
doporto,localizado
entreosm
unicípiosdoCa-
bode
SantoAgostinho
eIpojuca
(GrandeRecife),não
mudaria
ape-nasa
paisagemcanavieira.Considerado
hojeo
maiorpolo
deinvesti-
mentosdo
Brasil,Suapesim
bolizaa
transiçãoeconôm
icade
Pernam-
buco.O
Estadodeixa
deter
uma
indústriapredom
inantemente
su-croalcooleira
parafigurar
emoutros
setoresde
relevânciaglobal,
aexem
plodo
refinode
petróleoe
daconstrução
naval.A
históriado
ex-canavieiroIzaque
JosédosSantosrealça
osignifica-
dodessa
transformação.“Passeidez
anosdam
inhavida
cortandoca-
na.Aosoitojá
ajudavam
eupaiam
arrandoosfardose
depoisaprendia
trabalharnocorte
mesm
o”,conta,lembrando
querecebia
oequiva-
lentea
R$45
porquinzena.Hoje,Izaqueé
encarregadode
logísticado
EstaleiroAtlântico
Sul(EAS),emSuape,e
temum
saláriode
R$941.
Aconstrução
doPorto
deSuape
foicontroversana
política.Algunsgruposachavam
queo
Estadonão
precisavade
umsegundo
porto.De-poisde
concretizado,oprojeto
acabourecebendo
apoiode
todasasges-tõesao
longodasúltim
astrêsdécadas.Osalto
deinvestim
entospúbli-coscom
eçoua
serpercebidoa
partirde2006,quando
oporto
recebeuR$
102m
ilhões.Emfunção
daescala
dosinvestim
entosanunciados,
ocrescim
entopassou
aserexponencial.“Em
2009o
valoraplicadofoi
deR$
436,6m
ilhõese
paraeste
anojá
estamos
projetandoR$
767,9m
ilhões”,adiantao
secretárioestadualde
Desenvolvimento
Econômi-
co,FernandoBezerra
Coelho.
Oaum
entodos
investimentos
públicosprecisa
serproporcionalao
tamanho
dainfraestrutura
demandada
pelosnegóciosemebulição
nocom
plexo.Osinvestim
entosprivados
jásom
amUS$
17bilhões
evão
crescerquandose
intensificaraatração
deem
presasquecom
plemen-
tama
cadeiaprodutiva
deem
preendimentosestruturadorescom
oesta-
leiro,refinariae
polopetroquím
ico.“A
economia
pernambucana
estáse
diversificandoa
partirdarevita-
lizaçãodo
setorindustrial”,analisa
oeconom
istaJorge
Jatobá,sócio-diretorda
CeplanConsultoria.O
PIBdo
Estado,deR$
63bilhões–
odécim
odo
País–
devealcançarR$
147bilhõesem
2020.Osmunicí-
piosdoentorno
deSuape
devemcrescerem
tornode
7%ao
ano.Para
acompanharo
crescimento
deSuape
estásendo
concluídoum
planodiretor,que
contacom
consultoriainternacionaldo
Portode
Ro-terdã,na
Holanda.Oobjetivo
éplanejaro
desenvolvimento
docom
ple-xo
numhorizonte
de30
anos.Alémdessa
preocupaçãode
anteveras
demandas,o
governocriou
umplano
deinternacionalização
parao
porto.Batizadade
SuapeGlobal,a
propostaé
apresentaraspotenciali-dadesdo
Estadono
exterioreatrairinvestidoresinternacionaispara
fo-m
entarumpolo
fornecedordebense
serviçosparaasindústriasde
pe-tróleo
egás,navale
offshore,assimcom
ofez
Cingapura.“Opovo
per-nam
bucanoprecisa
participardoque
estáacontecendo
emSuape.Não
queremosque
oporto
sejaum
enclaveno
Estado.Vamoslevaro
nome
deSuape
parafora
doBrasil,m
astambém
precisamosolharpara
den-tro,porque
noporto
estãoas
oportunidadesque
aspessoas
esperam”,
ponderao
governadordePernam
buco,EduardoCam
pos.
No
mapa-m
úndielaé
quaseim
perceptível.Nom
undodosne-
gócios,superlativa.Pobreem
recursosnaturais,masdona
deum
dosm
aioresProduto
InternoBruto
(PIB)per
capitado
planeta.Cosmopolita
e,aom
esmo
tempo,enraizada
nastra-diçõesculturais.Assim
éCingapura,apequena
ilhadepescadoresdo
su-deste
asiáticoque
venceua
miséria
ese
transformou
numim
portantecentro
financeiroe
industrial.Localizadano
Estreitode
Málaca,que
faza
ligaçãoentreo
Marda
Chinaeo
OceanoÍndico,a
cidade-Estadoépas-
sagemobrigatória
entrea
Europae
aÁsia.E
foipelom
arqueopaísen-
controuo
caminho
parao
desenvolvimento
econômico,aproveitando
aposição
geográficapara
exercitarsuavocação
deentreposto
comercial.
Depoisdaindependência,conquistada
em1963,oscingapurianosher-
daramdoscolonizadoresinglesesum
portoorganizado.A
estruturapare-
ceonipresente
nailha,com
navioseguindastesfazendo
parteda
paisa-gem
ese
misturando
aum
aarquitetura
urbanafuturista.O
complexo
portuárioostenta
am
aiorm
ovimentação
decontêineres
dom
undo,um
acarga
equivalentea
1,2bilhão
detoneladasanuais.Sua
geografiaprivilegiada
aindacoloca
Cingapuraem
destaquenasindústriasdecons-trução
ereparação
navaledo
refinode
petróleo.O
paísmultiétnico
–habitado
porchineses,indianos,malaiose
indo-nésios–
também
abrigaestrangeirosdo
mundo
inteiro,quedesembarca-
ramna
ilhacom
asempresasinternacionaisque
ogoverno
fazquestão
deatrair.Taxa
dedesem
pregode
3%,m
ãode
obraqualificada,educa-
çãoe
saúdede
qualidadee
baixacarga
tributáriasão
apenasalgunsdosfatoresque
explicamporque
acidade-Estado
temum
dosmelhoresam
-bientesde
negóciosdom
undo.Se
tudoparece
nolugar,é
graçasàforte
interferênciaestatal.O
mes-
mo
grupopolítico
estáno
poderdesdea
décadade
60.Hojeocupando
ocargo
de“m
inistrom
entor”,LeeKuan
Yewpassou
47anoscapitanean-
doo
país.Foiprimeiro-m
inistroe
ministro
sênioraté
cedera
cadeira,em
2004,paraserocupada
porseufilho
LeeHsien
Loong.
“LeeKuanYew
comandou
opaíscom
oquem
dirigeum
colégiointer-
no,dandopeteleco
nasorelhas
doscingapurianos.Ele
diziaque
ailha
eraum
anação
detrabalhadoresbraçaise,se
quisessealcançaro
pata-m
ardeum
paísdesenvolvido,precisavacom
eçaraprendendoa
nãocus-
pirna
rua,não
jogarpapel
nochão
erespeitar
ovizinho”,
analisaAm
auryPorto
Ribeiro,pesquisadordo
Institutode
RelaçõesInternacio-naisda
Universidadede
SãoPaulo
(USP)e
ex-embaixadordo
BrasilemCingapura.Foiassim
,dizele,que
opaís
setransform
ounum
aespécie
deSuíça
daÁsia
emtão
poucotem
po.“Parao
BrasilouPernam
bucocrescerem
nessavelocidade,seria
precisoum
arevolução
nosnossoshábi-tos.Tem
ossistemaspolítico
elegalmuito
diferentes.Nossopovo
foiacos-tum
adode
outram
aneira”,completa.
NaÁsia,m
uitospaísesseguema
teoriado
confucionismo,defendendo
queohom
empodeatingira
perfeiçãoporm
eioda
educaçãoetrilhando
osensinamentosdeixadospelosm
aisvelhos.Forjadanessa
filosofiachi-
nesa,ailhota
viveum
regime
deestím
uloà
punição.Deum
lado,opaísconvida
oscingapurianosaem
barcaremum
vertiginosocrescim
en-to
econômico
edesfrutarde
umpaísseguro,com
ruasdelim
pezaim
pe-cávele
quem
aispareceum
ailha
dafantasia.Poroutro,lim
itaasliber-
dadesindividuaisecoloca
rédeasnaim
prensa.“Em
presasdem
ídiasão
instituiçõesprivadas.Suasopiniões
nãopo-
deminterferirna
políticasocial,nem
terpodersobreosrum
osdopaís”,
defendeo
diretordo
Institutode
EstudosPolíticos
deCingapura,Ong
KengYong.É
umcontrolequetam
bémvalepara
aim
prensainternacio-
nal.Nachegada
aopaís,antesde
empunharcâm
erasecaptarim
agens,precisam
osde
autorizaçõespor
escrito,necessáriasinclusive
paraespa-
çospúblicos–de
uma
prosaicarua
apontosturísticos.
Oprofessorda
Faculdadede
Economia,Adm
inistraçãoe
Contabilida-de
daUniversidade
deSão
Paulo(FEA/USP)
Gilmar
Masiero
ressaltaa
diferençaentreosvaloresasiáticoseocidentais.“A
estruturam
entaleor-ganizacionaldo
povoda
Ásiaé
diferente,oconceito
dedem
ocraciatam
-bém
.Masnão
foisóo
fatorculturalqueestim
uloua
economia
deCin-
gapura.Elesformularam
políticasdeEstado
ede
continuidade,planeja-ram
suasestratégias
deacordo
coma
conjunturae
executaramo
queprojetaram
”,avalia.M
asierodiz
quefalta
aoBrasilplanejar,fazer
diagnósticos,conhecerasm
elhoresexperiênciasmundiaisequalificarsua
elitetécnico-burocrá-tica
paraexecutartudo
isso.“Precisamosdesenvolvera
vontadedeapren-der,sejam
liçõesdosasiáticos
ouque
nósmesm
oscriarmos.O
BrasilePernam
bucotêm
condiçõesde
crescernum
ritmo
mais
acelerado,mas
carecemde
boasestratégiasede
grandesestadistas”,enfatiza.