Upload
ivan-luizio-magalhaes
View
1.411
Download
2
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Organizações de alta performance como 7-Eleven Japan, Cemex, ING Direct, Toyota e UPS, têm utilizado os princípios da Arquitetura Corporativa (Enterprise Architecture – EA) para reduzir custos enquanto incrementam sua agilidade em executar a estratégia de negócio, fazendo mais com menos. Elas utilizam a Arquitetura Corporativa como guia para integrar os diferentes aspectos de uma organização, propiciando a definição dos processos de negócio essenciais e os respectivos sistemas de TI de forma totalmente integrada com os objetivos estratégicos estabelecidos.
Citation preview
Prof. Ivan Luizio Magalhães ([email protected] m)
Arquitetura Corporativa Habilitando a execução da Estratégia de Negócio
“É verdade que não vemos em lugar algum demolirem todos os
edifícios de uma cidade, com o exclusivo propósito de
reconstruí-los de outra maneira, e de tornar assim suas ruas
mais belas; mas vê-se na realidade que muitos derrubam suas
casas para reconstruí-las, sendo ainda por vezes obrigados a
fazê-lo, quando elas correm risco de cair por si próprias, por
seus alicerces não se encontrarem muito firmes”.
René Descartes
Filósofo, Físico e Matemático
(1596 – 1650)
Resumo
Organizações de alta performance como 7-Eleven Japan, Cemex, ING Direct,
Toyota e UPS, têm utilizado os princípios da Arquitetura Corporativa (Enterprise
Architecture – EA) para reduzir custos enquanto incrementam sua agilidade em executar
a estratégia de negócio, fazendo mais com menos. Elas utilizam a Arquitetura Corporativa
como guia para integrar os diferentes aspectos de uma organização, propiciando a
definição dos processos de negócio essenciais e os respectivos sistemas de Tecnologia
da Informação (TI) de forma totalmente integrada com os objetivos estratégicos
estabelecidos.
Introdução
As organizações, de forma consciente ou não, têm uma Arquitetura Corporativa,
mas usualmente esta não é a arquitetura certa. Dentro de cada organização existe um
conjunto de processos de negócio e sistemas de Tecnologia da Informação (TI) que
executam milhares de transações diárias que mantém a organização no negócio –
Prof. Ivan Luizio Magalhães ([email protected] m)
recebimento de pedidos, compra de insumos, entrega de produtos e pagamento de
funcionários, por exemplo. A forma como estes processos de negócio e sistemas de TI
são estruturados – a Arquitetura Corporativa da organização – pode auxiliar ou atrapalhar
os esforços para executar a estratégia de negócio. Tal fato, em muitos casos, é o principal
habilitador da competitividade para a organização. Desta forma, embora seja cada vez
mais evidente a importância de se pensar uma Arquitetura Corporativa para a
organização, isto não garante que as organizações farão a Arquitetura Corporativa
correta.
O grande desafio para a elaboração de uma Arquitetura Corporativa é fazê-la de
modo a suportar a dinâmica atual dos diferentes negócios, considerando sempre a
possibilidade de processos de fusões e aquisições, mudanças no ambiente, incremento
da competitividade ou simplesmente a necessidade de uma constante manutenção de
modo à sempre garantir a máxima de se fazer mais com menos.
Para alcançar uma Arquitetura Corporativa correta, as organizações devem focar
nas necessidades advindas da estratégia de negócio e não apenas na arquitetura de TI.
A maioria das organizações tem um “arquiteto”, geralmente em TI, cuja função é
desenvolver e aprimorar a Arquitetura Corporativa da organização, sempre em constante
contato com as áreas de negócio e sob influência da estratégia de negócio. No entanto,
estes esforços costumam privilegiar a arquitetura de TI, tendo baixo impacto no negócio.
Nesta situação, os arquitetos corporativos produzem complexos diagramas com
numerosos detalhes, desconectados da realidade do negócio e, portanto, com um baixo
nível de usabilidade. Infelizmente, poucas organizações ultrapassam estes esforços. A
chave para o sucesso é focar no alto nível da Arquitetura Corporativa, ou seja, no
conjunto formado pelo modelo de negócio, estratégia de negócio, organização lógica do
conjunto de processos de negócio e a arquitetura de serviços de TI.
Organizações de alta performance desenvolvem sua Arquitetura Corporativa, e a
utilizam para guiar a evolução dos seus processos de negócio e sistemas de TI,
impulsionando sua capacidade de crescimento sustentável. As organizações de alta
performance definem o “como” fazer do negócio (um modelo de operação), e
desenvolvem a arquitetura dos processos de negócio e sistemas críticos de TI para suas
atuais e futuras operações. Elas utilizam a Arquitetura Corporativa para orientar a
evolução da estrutura original de seus processos de negócio e sistemas de TI. Desta
forma, as organizações de alta performance exploram esta estrutura original,
incrementando novas iniciativas para torná-la ainda mais forte, e utilizando-a como uma
ferramenta competitiva para aproveitar novas oportunidades de negócio. E apenas um
Prof. Ivan Luizio Magalhães ([email protected] m)
pequeno percentual das organizações faz desta capacidade uma vantagem competitiva –
estima-se que 5% das organizações ou menos.
Utilizar a Arquitetura Corporativa para construir uma infra-estrutura de processos
de negócio e sistemas de TI estável possibilita à organização maior agilidade, menor
tempo para iniciar a venda de um novo produto/serviço (“Time-to-Market”), menor risco e
menor gasto, tanto em investimento quanto em despesa.
Em um mundo dos negócios que está mudando mais rápido do que nunca, as
organizações de alta performance têm uma infra-estrutura de negócio estável, baseada
na automatização dos seus processos de negócio essenciais. Essa infra-estrutura de
negócio possibilita que tais organizações sejam mais eficientes e mais ágeis do que os
seus concorrentes. Com a cadeia de suprimentos global, pressões por vendas mais
rápidas, regulamentação mais complexa, e, com o incremento dos aspectos demográficos
e dos desejos de cada cliente, as organizações não conseguem antecipar-se ao futuro.
No entanto, elas podem tomar decisões que podem torná-lo melhor. Então, com baixo
custo e alta qualidade, elas podem criar uma infra-estrutura de negócio estável e
consistente em um mundo turbulento. Com uma forte infra-estrutura de negócio as
grandes organizações deslizam com maior tranqüilidade dentro da próxima oportunidade
enquanto os seus concorrentes fracassam.
O objetivo da Arquitetura Corporativa é fornecer estruturas e ferramentas para
permitir que as organizações desenvolvam e executem suas estratégias de negócio,
orientando-as como projetar e implementar infra-estruturas de negócio estáveis, a partir
das quais se desenvolvam os processos de negócio e os sistemas de TI que permitirão às
organizações alcançarem suas visões de negócio.
Definição de Arquitetura Corporativa
A Arquitetura Corporativa como parte de uma estratégia de negócio é um valioso
recurso para executivos “C-level” determinados a “obter informação tecnológica correta”
em suas organizações. Ao contrário da tendência de adotar um conjunto desconexo de
soluções para abordar toda a questão, a Arquitetura Corporativa privilegia os modelos de
operações de negócios e indica como desenvolver uma infra-estrutura de negócio
apropriada para a execução da estratégia de negócio traçada pela organização. Este
modelo fornece uma fundação para execução e crescimento da organização. De modo
geral, a Arquitetura Corporativa é um manual prático para líderes que buscam identificar e
Prof. Ivan Luizio Magalhães ([email protected] m)
colher os benefícios dos processos de negócio e da TI na exata medida para as
características e necessidades dos seus negócios.