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Professora vereadora Boletim Informativo Câmara Municipal de Curitiba Ano 7 | n.19 | Maio-Junho de 2011 Um mandato de oposição às injustiças e a favor dos trabalhadores e da cidade Ainda nesta edição: Tatau Godinho, assessora especial da SPM, defende que mulheres precisam se organizar para garantir e ampliar direitos. Página 4. Mobilização contra privatização das creches em Curitiba completa 10 anos. Página 3. Dr. Rosinha: “Compartilho com muitos curitibanos o sonho de morar em uma cidade que tenha justiça e dignidade em cada bairro, em cada vila.” Página 5. Ousadia que transforma! Página 2.

Boletim josete2011

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Professora

vereadora

Boletim Informativo

Câmara Municipal de Curitiba Ano 7 | n.19 | Maio-Junho de 2011

Um mandato de oposição às injustiças

e a favor dos trabalhadores

e da cidade

Ainda nesta edição:Tatau Godinho, assessora especial da SPM, defende que mulheres precisam se organizar para garantir e ampliar direitos. Página 4.Mobilização contra privatização das creches em Curitiba completa 10 anos. Página 3.

Dr. Rosinha:“Compartilho com muitos curitibanos o sonho de morar em uma cidade que tenha justiça e dignidade em cada bairro, em cada vila.” Página 5.

Ousadia que transforma!

Página 2.

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ComissõesA vereadora Professora Josete (PT) integra três importantes comissões na Câmara Municipal de Curitiba (CMC): a de Legislação, Justiça e Redação; a de Serviço Público e a da Revisão da Lei Orgânica Municipal. Nesses espaços, ela defende as necessidades dos trabalhadores(as) e dos movimentos sociais de Curitiba.

Lei OrgânicaNa Comissão da Lei Orgânica, o mandato continua defendendo redução do número de cargos na Mesa Diretora da Câmara para reduzir os gastos gerados com comissionados; a redução do recesso parlamentar; garantia da proporcionalidade partidária na composição da Mesa e das Comissões e 30% do Orçamento do Município para a Educação.

Mandato de oposição às

injustiças

Richa, Ducci e a absurda tarifa do transporte em CuritibaO mandato lutou contra o aumento da tarifa do transporte para R$ 2,50. Enquanto outras cidades têm redução da passagem, usuários de ônibus da capital paranaense pagam o preço pela incompetência do grupo político que há décadas está à frente da Prefeitura. Agora que Beto Richa está no Governo do Estado, ele poderia muito bem decretar a redução de ICMS dos insumos que interferem na composição da tarifa.

Fiscalização do ExecutivoApós denúncia do mandato, o prefeito Luciano Ducci (PSB) retirou de tramitação o projeto que, de forma camuflada e imoral, tentava “esquentar” irregularidades em vencimentos de comissionados. A intenção da Prefeitura era tentar corrigir medida equivocada cometida em 2008. Para isso, seria utilizada a mesma proposição que tratava da carreira dos auditores fiscais – se aprovado, o projeto poderia sofrer contestações judiciais, o que acabaria prejudicando esses trabalhadores. Mas a Prefeitura recuou e agora precisa revisar os planos de carreira de todas as categorias, além de responder na Justiça pelas irregularidades.

Mandato exige CPI para investigar máfia dos radaresO mandato continua cobrando explicações e investigações sérias sobre o escândalo dos radares. Com a Bancada de Oposição, exigimos a instalação de uma CPI para investigar as denúncias de pagamento de propina e de que seria possível apagar multas do sistema. Ainda pairam dúvidas sobre uma possível indenização milionária que Curitiba pode ser obrigada a pagar à Consilux. Após as denúncias veiculadas pela imprensa, o prefeito Luciano Ducci anunciou “rompimento” do contrato. Mas ficou só no discurso e tudo continua como antes, pois a empresa ainda opera os radares normalmente.

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Protestos da Rede Ampla Contra o Tarifaço mobilizaram dezenas de jovens em Curitiba.

e a favor dos trabalhadores e

da cidade

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A tática de usar projetos sobre assunto consensual para aprovar tema controverso também foi utilizada pela Prefeitura na votação da data base dos servidores, para os quais, neste ano, foi concedido reajuste de 6,5%, que repõe apenas a variação da inflação. O mesmo índice foi aplicado, pela primeira vez, aos agentes políticos – secretários municipais e vereadores. Para o mandato, minimamente, os assuntos deveriam ser discutidos em projetos diferentes. Na ocasião, ainda defendemos a reposição das perdas históricas dos servidores.

Defesa dos servidores(as)

Despejos e realocações truculentas em Curitiba

Tem passado desapercebido o drama de centenas de famílias que residem em áreas de ocupação de Curitiba. Elas sofrem com a desinformação, desrespeito e truculência da Cohab em realocações e despejos. Acompanhamos o que vem ocorrendo no Xaxim e no Sabará, onde dezenas de moradores estão sendo retirados das casas que conseguiram construir com muito esforço após décadas de trabalho. Por iniciativa da vereadora Professora Josete, a Câmara Municipal aprovou pedidos de informações oficiais à Prefeitura sobre essas situações. Também foram realizados diversos encontros, inclusive com representantes da Cohab.Questionamos, principalmente, a falta de critérios claros na definição de quem será retirado das suas casas para assumir financiamentos de

imóveis da Cohab em outros locais, geralmente bastante afastados dos bairros onde as famílias construíram boas residências – em muitos casos, poderia ser adotada a solução da regularização fundiária, prática que não é priorizada pelo município. Famílias que não estão em área de risco ou preservação ambiental estão sendo retiradas sem indenização, enquanto outras, que vivem às margens de rios e córregos, são completamente esquecidas. Não há informações públicas sobre as realocações e alguns despejos, aparentemente, foram realizados sem determinação judicial. Após a demolição das casas, o entulho não é retirado dos terrenos, o que gera ainda mais transtornos, como a multiplicação de roedores e insetos, além do risco de enchentes.Um morador do jardim Eldorado, na CIC, conta que um dia chegou do trabalho e avistou o trator começando a derrubar a casa de seis peças onde mora com a família: “O tratorista não foi informado de que a casa ainda estava habitada e, graças a Deus, pude chegar a tempo de salvar a vida dos meus dois filhos, de 12 e sete anos, que estavam lá dentro!” Mais informações sobre moradia popular em Curitiba no nosso site: www.professorajosete.com.br

A partir de 04 de agosto de 2014 o Brasil deverá estar livre dos lixões a céu aberto. Ficará proibido colocar em aterros sanitários qualquer tipo de resíduo que seja passível de reciclagem ou reutilização. Isso é o que define o artigo 54 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, regulamentada por decreto presidencial no fim do ano passado. Isso significa que os municípios brasileiros, para se adequar a nova legislação, terão que criar leis municipais para a implantação da coleta seletiva. Outro ponto fundamental da Política é a inclusão econômica, social e cultural das pessoas que vivem, convivem e sobrevivem das atividades de reutilização e reciclagem de produtos, materiais e embalagens pós-consumo.

Em quatro anos, lixões estarão proibidos no Brasil

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Apesar da mobilização dos servidores, Prefeitura ainda não repôs perdas históricas.

Moradores do Xaxim e do Sabará protestaram na Câmara

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Diariamente o Brasil produz 150 mil toneladas de lixo, das quais 40% são despejadas em aterros a céu aberto. O destino adequado do lixo é um problema que afeta a maioria das cidades - apenas 8% dos 5.565 dos municípios adotam programas de coleta seletiva.

3 Mandato da vereadora Professora Josete (Pt)

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Neste mês de maio, completa 10 anos a grande mobilização popular que conseguiu impedir a privatização das creches em Curitiba. Em 2001, o então prefeito Cássio Taniguchi publicou edital de concessão de 26 creches à iniciativa privada. A licitação previa que a empresa contratada poderia expandir a administração para os outros 126 centros municipais de educação infantil. O curioso é que poucos meses antes, na campanha à reeleição, Taniguchi havia prometido a construção de novas creches e ampliação do número de vagas. Na época, a Prefeitura investia cerca de R$ 140 mensais para cada criança matriculada. Com a licitação, o município reduziria o “gasto” para R$ 80, o que deixava nítida a intenção de fazer com que as famílias arcassem com a diferença. Outras preocupações eram a diminuição da qualidade do Ensino e o remanejamento de servidores.

Mobilização contra privatização das creches em Curitiba completa 10 anos

Houve diversos protestos e manifestações dos pais nas creches, na Prefeitura e na Câmara Municipal. Os sindicatos (Sismuc e Sismmac) e os mandatos do Partido dos Trabalhadores mobilizavam as comunidades. Sem diálogo, a Prefeitura tentava convencer de que a privatização seria algo bom para a cidade. Até que, em resposta à Ação movida pelo PT e pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente, a Justiça concedeu liminar contra a concessão. Em sua decisão, o juiz José Roberto Pinto Júnior, da 4ª Vara da Fazenda Pública, apontou que “o processo de privatização provocou justificado receio de que haveria prejuízo na qualidade do serviço, além da cobrança de mensalidade ou repasse de custos aos pais”. A privatização atingiria, de imediato, mais de três mil crianças (na sequência, todas as outras poderiam ser prejudicadas.

Trabalhadores, movimentos sociais e mandatos populares lutam pela consolidação do SUAS no Paraná Trabalhadores do SUAS, nosso mandato e outros mandatos populares têm lutado pela consolidação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no Paraná. Em maio, por iniciativa do deputado estadual Professor Lemos (PT), uma audiência pública na Assembleia Legislativa discutirá o tema – o deputado lidera a Frente Parlamentar da Assistência Social no Paraná. Um coletivo composto por representantes de diversas categorias profissionais que compõem o segmento dos trabalhadores do SUAS organiza um abaixo assinado que exige a consolidação do Sistema. Esse coletivo publicou recentemente uma carta aberta em defesa do SUAS. O documento ressalta que “o Sistema é uma importante conquista dos

trabalhadores(as) e da sociedade em geral para a realização dos seus direitos, por ampliar a proteção social brasileira e regulamentar o conteúdo específico da Assistência Social, na direção de um sistema universal de Seguridade Social”. Principal deliberação da III Conferência Nacional de Assistência Social, ocorrida em 2003, o SUAS precisa deixar de ser uma política de governo para se tornar uma política do Estado Brasileiro. Com o objetivo de regulamentá-lo, tramita no Senado Federal um Projeto de Lei (PLC 189/2010). Os trabalhadores e os movimentos sociais organizados defendem a proposta e se articulam pela aprovação imediata do projeto. O consenso é o de que é urgente superar a história de omissão do

Estado, as políticas clientelísticas, repressoras e pontuais, que só favoreceram o crescimento desigual, a cultura do favor e a pobreza concentrada. De forma descentralizada, potencializando esforços da União, estados e municípios, o SUAS fortalecido é a estratégia mais adequada para a qualificação e ampliação de serviços, programas, projetos e benefícios prestados à população.

CFP

Encontro Nacional dos Trabalhadores do SUAS (março): no evento, foi criado o Fórum Nacional dos Trabalhadores do SUAS

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Curitiba completou 318 anos. A cidade tem mais de 1 milhão e 746 mil habitantes, de acordo com IBGE e um PIB per capita de R$ 23,7 mil, segundo dados de 2008. Apesar de a propaganda oficial retratá-la como um lugar praticamente perfeito, a capital paranaense ainda convive com sérios problemas e dificuldades. Para abordar as múltiplas realidades e mitos acerca do município, entrevistamos o deputado federal Dr. Rosinha, pré-candidato a prefeito. Boa leitura!Qual é a sua relação com a cidade?Dr. Rosinha - Minha identidade com Curitiba tem a ver com minha própria história de vida. Vim para cá estudar medicina. Aqui tenho minha família, meus amigos. Aqui me formei e ajudei a cuidar de crianças como médico pediatra em postos de saúde na periferia.Junto com muitos outros servidores municipais, senti a necessidade de lutar por melhores condições de trabalho e mais recursos para a saúde. Assim, ajudei a criar o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba, o Sismuc. Como consequência desse trabalho fui eleito vereador em 1988 e, em seguida, deputado estadual. Em 1992, fui candidato a prefeito. Isso me aproximou ainda mais dos temas prioritários da cidade e da sua gente.Compartilho com muitos curitibanos

o sonho de morar em uma cidade que tenha justiça e dignidade em cada bairro, em cada vila.Qual é a sua avaliação da gestão do prefeito Luciano Ducci?Dr. Rosinha - Curitiba vem sendo administrada da mesma forma, pelos mesmos grupos políticos e econômicos há muitas décadas. Taniguchi, Beto Richa, Jaime Lerner e Luciano Ducci, entre outros, representam os interesses desses mesmos grupos, que não têm nada a ver com os interesses da maioria da população curitibana. Curitiba não presta contas e nem tampouco oferece canais reais de participação da população sobre a administração municipal. A gestão do transporte na cidade é boa, ótima, ruim ou péssima?Dr. Rosinha - Não é democrática. Falta transparência, controle público e participação popular. A Urbs age protegendo e defendendo os interesses do cartel dos empresários que há décadas domina o transporte coletivo da cidade.O que vemos é que a tarifa subiu acima da inflação, enquanto a qualidade vem caindo dia a dia. O desafio em Curitiba é aumentar a qualidade do sistema, baratear a tarifa e garantir de fato uma mobilidade urbana.Como você interpreta o rompimento do contrato com a Consilux?Dr. Rosinha - Quase tudo que a Prefeitura de Curitiba apresenta à mídia não passa de jogo de cena, como foi o falso rompimento de Richa e Taniguchi às vésperas da eleição em 2004.A Consilux é uma das muitas empresas privadas ilegalmente favorecidas ao longo dos anos pela Prefeitura de Curitiba. O grupo deles já privatizou a gestão da informática, a frota de veículos, a merenda escolar. Até as creches eles tentaram privatizar, mas a mobilização popular conseguiu impedir.No caso da Consilux, o prefeito, ao acenar com um cancelamento do

Entrevista com Dr. RosinhaServidor municipal, o deputado federal (PT-PR) e pré-candidato a prefeito de Curitiba fala sobre política, desafios, e mitos acerca da capital paranaense

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ara contrato, tenta nos iludir. Mas ele e

seu grupo sempre foram cúmplices de irregularidades, algumas delas sob investigação do Ministério Público. Outras já estão na Justiça, com ex-diretores da Urbs e o ex-prefeito Taniguchi como réus.Os números da violência em Curitiba nos últimos anos são assustadores. Como a cidade deve enfrentar isso?Dr. Rosinha - A taxa de homicídios em Curitiba no ano de 2008 foi de 56,5 a cada 100 mil habitantes, quase quatro vezes maior que a de São Paulo e o dobro da do Rio de Janeiro. Entre 1998 e 2008, os homicídios triplicaram por aqui. Mais jovens de 18 a 24 anos são assassinados aqui do que em São Paulo.A violência deve ser enfrentada com políticas públicas mais articuladas e efetivas. Além da mera repressão, é preciso operar políticas em diferentes áreas como Educação, Cultura, Lazer, Saúde. Os jovens devem ser priorizados. Os bairros da periferia, também.Como se deu a construção histórica do mito da “cidade modelo”?Dr. Rosinha - Essa expressão surgiu na década de 1970, durante a ditadura militar. Cidade ecológica, capital de primeiro mundo, cidade modelo, cidade da gente, não passam de motes publicitários bairristas. Servem para conduzir as pessoas em torno de interesses que são, na verdade, exclusivos de uma classe social.E a velha mídia contribui para a fabricação desta imagem de cidade sem contradições, sem problemas. E as contradições são tão evidentes que saltam aos olhos de qualquer cidadão quando sai de casa para ir ao trabalho, ao posto médico ou mesmo na procura de acesso a bens culturais de seu bairro.

Confira esta entrevista completa no site do mandato: www.professorajosete.com.brAcompanhe o Dr. Rosinha:Twitter: @drrosinhaFacebook: facebook.com/DoutorRosinha13

5 Mandato da vereadora Professora Josete (Pt)

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As mulheres brasileiras vivem um momento interessante. Pela primeira vez, temos uma presidenta. O mandato dela está quase completando os primeiros seis meses. Nessa caminhada, têm recebido destaque a manutenção e a ampliação de ações voltadas às políticas públicas para as mulheres. Para falar sobre esse nova realidade, o mandato entrevistou a cientista social Tatau Godinho, militante do Partido dos Trabalhadores (PT/PR) e do movimento de mulheres; doutora em Ciências Sociais pela PUC-SP e assessora especial da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) da Presidência da República. Que balanço você faz dos primeiros meses do Governo Dilma, tendo em vista o planejamento e execução de políticas públicas para as mulheres? Tatau Godinho: A presidenta anunciou algumas medidas que são bastante importantes, principalmente na área da Saúde. Mas a SPM vem trabalhando com os demais ministérios em diversos projetos. Com o MEC, por exemplo, temos discutido a capacitação de professores para que eles preparem aulas focadas na questão de igualdade entre homens e mulheres, algo fundamental para superarmos a questão da desigualdade entre os gêneros. Com

a Caixa Econômica Federal, estamos discutindo a ampliação do crédito para pequenas empreendedoras, para que elas possam investir nos seus negócios e ampliar a renda familiar. Também estão sendo encaminhadas propostas sobre os direitos das empregadas domésticas, entre outras ações. Algumas dessas políticas são novas. Mas é importante salientar a continuidade das anteriores.Qual é a função da Secretaria e quais as ações em andamento você considera de maior relevância? Tatau Godinho: A SPM tem o papel de discutir com os demais ministérios a coordenação e execução dessas políticas que comentei anteriormente. O objetivo é garantir que as conquistas sejam permanentes e estejam presentes nas ações dos diversos setores do governo. A ministra Irini Lopes (Secretaria de Políticas para as Mulheres) tem priorizado ações que ampliam a autonomia econômica das mulheres, por considerar que, dentro dos marcos de construção da igualdade, é fundamental que haja autonomia financeira. A Reforma Política é um tema em pauta neste ano. Quais as principais bandeiras a serem defendidas pelas mulheres para que possam efetivamente participar do pleito eleitoral em condições de igualdade com os homens?Tatau Godinho: Enquanto ativista do movimento de

mulheres, considero fundamental uma mudança nos padrões partidário e eleitoral, de maneira que as eleições percam o caráter individualizado. Defendo, principalmente, a adoção da lista partidária com alternância igualitária entre homens e mulheres para cargos políticos e o financiamento público e exclusivo de campanha.Por fim, que mensagem você deixa para as mulheres de Curitiba?Tatau Godinho: Vivemos um momento diferente. Uma mulher preside a República. Isso abre muitas oportunidades para que possamos ampliar nossos direitos, nossa participação no espaço político, a luta pela igualdade. Mas isso depende de organização. Então, é preciso que as mulheres se organizem para que nossos direitos sejam assegurados. A entrevista, na íntegra, está disponível no site do mandato:

Novo tempo para as mulheresAssessora da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) defende organização feminina para a garantia e ampliação de direitos

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Tatau Godinho: assessora da SPM e ativista do movimento de mulheres

Presidenta Dilma Rousseff é presenteada com camisa do Grupo de Apoio às Mulheres Mastectomizadas da Amazônia (GAMMA), durante campanha de combate ao câncer de mama e colo do útero (Manaus, AM): políticas do Governo Lula são mantidas e ampliadas.

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Bolet im inform at ivo. ano 7. n.19. m aio -junho de 20116

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As 10 diretrizes para o PNE 2011-2020I. Erradicação do analfabetismo; II. Universalização do atendimento escolar; III. Superação das desigualdades educacionais; IV. Melhoria da qualidade de ensino; V. Formação para o trabalho; VI. Promoção da sustentabilidade sócio-

ambiental; VII. Promoção humanística, científica e tecnológica; VIII. Estabelecimento de meta de aplicação

de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto;

IX. Valorização dos profissionais da Educação; e X. Difusão dos princípios da equidade,

do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação.

Municípios precisam garantir hora-atividade No mês de abril de 2011 a Educação Brasileira obteve uma grande vitória. Além de regulamentar o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) para os profissionais do magistério público da educação básica, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que estados e municípios precisam reservar 1/3 da jornada para o desempenho das atividades de interação com os educandos. Ou seja, cerca de 30% da jornada de trabalho dos professores precisam ser destinadas à hora-atividade. O piso e a hora atividade estavam sendo questionados no STF por governadores de cinco estados. Alguns municípios se anteciparam à decisão e já cumprem na íntegra o que determina a Lei 11.738/08. Curitiba também pode chegar a esse nível, se houver vontade política e compromisso com a Educação, pois a cidade já paga o PSPN e arrecada consideravelmente. Implantar a hora-atividade deve ser uma prioridade da Administração de Curitiba.

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No final do mês de abril, Fórum Paranaense em Defesa da Escola Pública reuniu-se em Curitiba. Em pauta, o PNE.

PNE: principal agenda da Educação em 2011

O mandato acompanha as discussões sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) para a próxima década (2011-2020). O projeto, de autoria do Executivo, vem sendo discutido com a sociedade em audiências, conferências e seminários. Para que as 10 diretrizes do PNE sejam cumpridas (box ao lado), são estabelecidas 20 metas e para cada meta são estabelecidas estratégias - ao todo, são 170 estratégias.A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes (UBES) apresentaram emendas ao Plano. Essas emendas visam assegurar a efetivação de propostas aprovadas na Conferência Nacional de Educação (Conae), como a apresentação de prazos para o cumprimento das metas e estratégias. As entidades querem que sejam retiradas ou modificadas partes do texto que são incoerentes, fortalecem o setor privado de ensino ou retrocedem no processo de gestão democrática.

FórumO Fórum Paranaense em Defesa da Escola Pública, em sua 30ª sessão, realizada em Curitiba no final do mês de abril, também referendou, melhorou e sistematizou emendas,

visando garantir qualidade à Educação pública, a partir de financiamento adequado, valorização dos profissionais, laicidade e gratuidade, da Educação Infantil ao Ensino Superior.

Setorial de EducaçãoO PNE também é prioridade em 2011 para o Setorial de Educação do PT Paraná. No Fórum em Defesa da Escola Pública, o Setorial alertou, entre outras questões, para a utilização do verbo “fomentar”. Ele é utilizado em 24 estratégias que se referem a grandes desafios a serem superados. Para o Setorial, não cabe ao PNE “fomentar”, mas sim “assegurar”, “garantir”, “implementar”. Se o PNE assegurar as diretrizes, metas e estratégias, certamente terá que acatar a proposta da Conae de ampliar o investimento do PIB para a Educação em 10%.

Audiências A Câmara dos Deputados promoverá, nos meses de maio e junho, no mínimo quatro audiências públicas no país para debater temas relacionados ao PNE. No Paraná, o deputado Estadual Professor Lemos (PT) protocolou pedido para realização de audiência na Assembleia Legislativa para o dia 6 de junho.

7 Mandato da vereadora Professora Josete (Pt)

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O mandato promove no dia 2 de junho o seminário “Gestão Democrática da Escola Pública”. O evento será realizado no auditório do Instituto Federal do Paraná (IFPR), na Rua João Negrão, 1285 (Rebouças), das 8h às 17h. Serão abordados temas como “Conselho Escolar e Associações de Pais, Professores e Funcionários”, “O PNE e os Desafios no Processo de Efetivação da Gestão Democrática”, entre outros. Os participantes recebem certificado de até oito horas. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo email [email protected] ou pelo telefone (41) 3350-4603. As vagas são limitadas.

Reflexão

Primeiro semestre do Governo Dilma

Seminário Gestão Democrática da Escola Pública

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SO Informativo do mandato da vereadora Professora Josete

Tiragem: 20 mil exemplares Impressão: Gráfica Popular . Endereço: Câmara Municipal de Curitiba, Rua Barão do Rio Branco, s/nº. CEP: 80010-902. Telefone: (41) 3350-4603. Fax: (41) 3350-4606.Email: [email protected]

Jornalista responsável: Erik Feitosa (DRT 7320/PR)

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TransparênciaCusteio do gabinete:A CMC fornece ao nosso gabinete materiais de escritório, além de selos e cotas para cópias/xerox. Temos à disposição um carro Parati ano 2009 (locado da empresa Ouro Verde) e 50 litros de combustível por semana. O salário bruto da vereadora é de R$ 9280,00 - o valor líquido, descontando o IPMC, ICS e o IR é de R$ 6.361,59. A soma dos salários de todos os assessores do gabinete é de R$ 38.326,16 (bruto).

“Dilma assumiu com muita disposição e determinação e vem fazendo um mandato excelente. Prova disto é o resultado de pesquisa divulgada recentemente quando o governo teve mais de 70% de aprovação. Nenhum governante do Brasil teve tamanha aprovação popular nos

100 primeiros dias de mandato. Isso não é por acaso. Ela vem determinando mais investimento na Saúde Pública, seja na distribuição de remédios para hipertensos e diabéticos ou o acréscimo de investimentos na Saúde da Mulher e da Criança. É um governo atento às demandas da Educação. Dilma pediu celeridade ao Projeto que trata do PNE. Dilma faz uma administração acima da média, relacionando-se muito bem com a base de apoio e tendo uma relação republicana com a oposição.” Professor Lemos, deputado estadual PT-PR

A programação completa está disponível no site: www.professorajosete.com.br

“Dilma vem dando continuidade ao

desenvolvimento econômico e social que

o Brasil experimentou ao longo do Governo Lula. Depois de uma

crise sem precedentes na economia mundial, o Brasil experimenta um momento altamente positivo na geração

de emprego e renda e vem demonstrando plena capacidade de administrar um processo inflacionário cuja origem é,

em sua maior parte, devida à conjuntura internacional. A condução na área econômica segue atenta e intransigente

quanto à estabilidade dos preços, porém não perde de vista a importância de continuarmos crescendo. Com

responsabilidade e coerência, Dilma conduz o país na rota certa para nos tornarmos uma nação cada vez mais desenvolvida.”

Gleisi Hoffman, senadora (PT-PR)