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Estado de São Paulo adota Programa de Compras Públicas Sustentáveis A sustentabilidade vem adquirindo cada vez mais importância no Estado com o maior poder de consumo do Brasil através do Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis. Agindo de modo responsável, pretende-se influenciar positivamente o mercado consumidor e a economia como um todo. Resumo O Estado de São Paulo vem passando nos últimos anos por uma evolução no que diz respeito à inserção das variáveis socioambientais em seus procedimentos, sendo que, na presente gestão, a busca pela eficiência da máquina administrativa constitui um dos principais objetivos, tendo em vista a necessidade de melhor aproveitamento dos recursos, tanto financeiros quanto humanos. Na condição de responsável pela maior parte do PIB nacional, São Paulo é o Estado com o maior poder de consumo do País, de forma que o aspecto ambiental vem adquirindo cada vez mais importância em razão do referido poder de consumo causar impactos diretos e indiretos sobre os recursos naturais. Tal situação demanda criatividade por parte dos gestores públicos para a solução de questões dessa natureza, sem que haja prejuízos ao desenvolvimento econômico. Preocupado com essas questões, o Governo José Serra, cujo término ocorrerá em 2011, vem procurando, por meio das instituições competentes, inserir as variáveis social e ambiental em suas compras e contratações, o que foi oficializado por meio da criação do Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis. O Programa foi instituído pelo Decreto estadual nº. 53.336, de 20 de agosto de 2008, entretanto, o tema “compras públicas sustentáveis” já vinha sendo discutido há algum tempo, antes de culminar no instrumento legal mencionado. Importância da questão Todos os anos, grande parte dos recursos orçamentários do Estado de São Paulo são aplicados na aquisição de produtos e na contratação de serviços, necessários ao adequado funcionamento dos serviços prestados, atingindo um percentual considerável do PIB (Produto Interno Bruto) do País – cerca de 10%. Fica demonstrada, portanto, a enorme influência do Estado como agente econômico, podendo impactar positivamente a economia e estimulando Estudos de casos Estado de São Paulo, Brasil

Compras sustentáveis - Estado de São Paulo

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Estudo de caso realizado pelo ICLEI, sobre compras públicas sustentáveis no Estado de São Paulo

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Page 1: Compras sustentáveis - Estado de São Paulo

Estado de São Paulo adota Programa de Compras Públicas Sustentáveis

A sustentabilidade vem adquirindo cada vez mais importância no Estado com o maior poder de consumo do Brasil através do Programa Estadual de Contratações

Públicas Sustentáveis. Agindo de modo responsável, pretende-se influenciar positivamente o mercado consumidor e a economia como um todo.

Resumo

O Estado de São Paulo vem passando nos últimos anos por uma evolução no que diz respeito à inserção das variáveis socioambientais em seus procedimentos, sendo que, na presente gestão, a busca pela eficiência da máquina administrativa constitui um dos principais objetivos, tendo em vista a necessidade de melhor aproveitamento dos recursos, tanto financeiros quanto humanos.

Na condição de responsável pela maior parte do PIB nacional, São Paulo é o Estado com o maior poder de consumo do País, de forma que o aspecto ambiental vem adquirindo cada vez mais importância em razão do referido poder de consumo causar impactos diretos e indiretos sobre os recursos naturais. Tal situação demanda criatividade por parte dos gestores públicos para a solução de questões dessa natureza, sem que haja prejuízos ao desenvolvimento econômico.

Preocupado com essas questões, o Governo José Serra, cujo término ocorrerá em 2011, vem procurando, por meio das instituições competentes, inserir as variáveis social e ambiental em suas compras e contratações, o que foi oficializado por meio da criação do Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis.

O Programa foi instituído pelo Decreto estadual nº. 53.336, de 20 de agosto de 2008, entretanto, o tema “compras públicas sustentáveis” já vinha sendo discutido há algum tempo, antes de culminar no instrumento legal mencionado.

Importância da questão

Todos os anos, grande parte dos recursos orçamentários do Estado de São Paulo são aplicados na aquisição de produtos e na contratação de serviços, necessários ao adequado funcionamento dos serviços prestados, atingindo um percentual considerável do PIB (Produto Interno Bruto) do País – cerca de 10%. Fica demonstrada, portanto, a enorme influência do Estado como agente econômico, podendo impactar positivamente a economia e estimulando

Estudos de casosEstado de São Paulo, Brasil

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negócios responsáveis sob o ponto de vista socioambiental.

Assim, mediante a aprovação de políticas públicas, construídas coletivamente, com a participação de todos os atores envolvidos, é importante que governos, como o do Estado de São Paulo, comecem a fazer compras mais responsáveis, tais como: mobiliário proveniente de manejo florestal sustentável com cadeia de custódia legalizada, carros que utilizem combustíveis menos poluentes, equipamentos de informática energeticamente eficientes, lâmpadas menos poluentes e mais eficientes, etc.

Além disso, o governo, enquanto indutor de políticas sociais e públicas, deve servir de exemplo nesse sentido, ou seja, os consumidores institucionais devem agir de modo responsável, tendo em vista a sua influência no mercado consumidor e na economia como um todo.

Ademais, a adoção de critérios sociais e ambientais nas compras e contratações realizadas pela administração pública constitui um processo de melhoramento contínuo, adequando os efeitos ambientais das condutas do Poder Público à política de prevenção de impactos negativos ao meio ambiente.

Considerando que a Administração Pública está sujeita ao controle da legalidade de seus atos, a institucionalização do Programa, foi possível por meio de instrumento normativo compatível, acompanhado de uma política voltada para o desenvolvimento sustentável. Essa é uma medida de fundamental importância para operacionalizar a sustentabilidade no consumo praticado pelo Poder Público.

Nome do ProjetoPrograma Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis

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Perfil do EstadoPopulação 41.001.973 hab.Área 248.209 km²PIB US$ 279,2 bilhões Orçamento estadual R$ 118,2 bilhões [2009]

Fonte: Secretaria de Economia e Planejamento

O caso do Estado de São Paulo

ContextoEm países desenvolvidos e em algumas cidades do Brasil já é possível verificar os resultados decorrentes da implementação do conceito de compras sustentáveis, privilegiando-se os fornecedores comprometidos com o uso racional dos recursos naturais, pressionando as outras empresas a se adaptarem aos padrões de responsabilidade socioambiental sob pena de perderem

sua competitividade no mercado.

O Estado de São Paulo, localizado na Região Sudeste do País, é o principal centro

financeiro do País e um dos maiores da

América Latina.

Preocupado com a má utilização e gerenciamento dos recursos

naturais decorrentes da compras e contratações públicas, o governo estadual instituiu, por meio da Resolução CC-53/04, um Grupo Técnico incumbido da elaboração de estudos e da prestação de assessoria técnica e jurídica na área ambiental, visando a introdução de critérios ambientais compatíveis com as políticas socioambientais do Governo. Além disso, houve preocupação

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relativamente à ampliação dos sistemas eletrônicos de aquisição de bens e serviços utilizados pelo Estado.

Como marco legal dos trabalhos desenvolvidos pelo Grupo Técnico, foi publicado o Decreto estadual nº. 50.170, de 04 de novembro de 2005, que instituiu o Selo SOCIOAMBIENTAL no âmbito da Administração Pública estadual. Esse Decreto prevê, dentre outras coisas, que o desenvolvimento e a implantação de políticas, programas e ações de Governo devem considerar a adoção de critérios sociais e ambientais compatíveis com as diretrizes de desenvolvimento sustentável.

Assim, as especificações técnicas dos bens e serviços que adotem ao menos um dos critérios elencados no referido instrumento legal (economia no consumo de água e energia, minimização na geração de resíduos, redução de emissão de poluentes etc.) estarão aptas a receber o Selo.

Descrição do caso

As compras públicas sustentáveis foram implementadas no estado de São Paulo através de uma série de decretos sobre questões específicas (como o uso de CFCs, eficiência energética etc.), que gerou um conjunto de ações com impactos socioambientais positivos em diversos mercados envolvidos no fornecimento de produtos e serviços ao estado. Ao mesmo tempo, o governo organizou informações sobre critérios de responsabilidade socioambiental adotados pelas empresas no estado por meio de cadastros de fornecedores e distribuição de selos de reconhecimento.

Segundo a legislação atualmente existente no Estado, verifica-se uma série de normas relativas à proteção do meio ambiente relacionadas ao uso do CFC (Decreto Estadual nº. 41.629, de 10 de março de 1997), à obrigatoriedade de aquisição de veículos movidos a álcool (Decreto Estadual nº. 42.836, de 2 de fevereiro de 1998) e à redução do consumo e racionalização do uso de água (Decreto Estadual nº. 48.138, de 7 de outubro de 2003).

Além disso, no Estado de São Paulo, já é possível verificar algumas medidas adotadas com o objetivo de preservar o meio ambiente, dentre as quais se destacam o Decreto Estadual nº 45.643/01, que dispõe sobre a obrigatoriedade da aquisição pela Administração Pública Estadual de lâmpadas de maior eficiência energética e menor teor de mercúrio. O Decreto Estadual nº 53.047, de 02 de junho de 2008, criou o Cadastro Estadual das Pessoas Jurídicas que comercializam, no Estado de São Paulo, produtos e subprodutos de origem nativa – CADMADEIRA e estabeleceu procedimentos de controle ambiental para a aquisição de produtos e subprodutos de madeira de origem nativa em obras e serviços de engenharia contratados pelo Estado de São Paulo.

Nesse contexto, a Secretaria do Meio Ambiente (SMA) do Estado de São Paulo ficou com a atribuição de apontar, dentre os itens do Catálogo de Materiais do Sistema Integrado de Informações Físico-Financeiras (CADMAT/SIAFISICO), aqueles que por suas especificações atendem aos requisitos para a concessão do Selo. A Secretaria de Gestão Pública avaliza a relação de itens, a qual é posteriormente enviada à Secretaria da Fazenda, responsável pela administração do Catálogo. Atualmente a visualização

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do Selo encontra-se em fase de implementação pela Secretaria da Fazenda juntamente com a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (PRODESP), a fim de permitir a visualização do Selo pelo público em geral no site da Bolsa Eletrônica de Compras (www.bec.sp.gov.br).

Em relação aos serviços comumente prestados no âmbito do Estado, a Casa Civil criou o Cadastro de Serviços Terceirizados (www.cadterc.sp.gov.br). Essa ferramenta é parte integrante do Sistema Estratégico de Informações do Estado de São Paulo (SEI), no qual foram publicados estudos, na forma de volumes, visando à padronização e homogeneização das especificações técnicas relativas aos serviços terceirizados contratados pelos órgãos estaduais, sendo, portanto, de uso obrigatório pela Administração.

Todos os atuais 17 volumes desse cadastro contemplam critérios sociais e/ou ambientais nas especificações técnicas e nas condições de execução dos serviços, o que permitiu a concessão do Selo SOCIOAMBIENTAL para essas especificações.Pode-se afirmar que essa forma de gerir os negócios públicos propiciou uma significativa economia de

recursos, ensejando uma modificação substancial nos padrões tradicionais de gestão da administração. A economia de recursos decorreu da padronização das especificações técnicas dos serviços, as quais passaram a ser adotadas por todos os órgãos da Administração. Foram incluídos requisitos de economia relativamente à utilização de embalagens econômicas, utilização de veículos bi-combustíveis, com idade máxima de uso determinada e obrigatoriedade de manutenção preventiva, a fim de garantir o baixo consumo de combustível, dentre outros aspectos. A economia de recursos decorre, ainda, do fato de esses serviços serem contratados por meio de licitações na modalidade pregão, que, em razão dos lances que ocorrem durante as sessões, permitem a contratação por valores inferiores aos inicialmente estimados.

O Governo reforçou sua postura frente ao desenvolvimento sustentável do Estado ao celebrar, em 2007, Convênio com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, por meio de seu Escritório de Projetos no Brasil. O Estado de São Paulo se caracterizou como um dos três governos-piloto no âmbito do Projeto “Fomentando Compras Públicas Sustentáveis no Brasil” (CPS-Brasil), do qual também participam o Governo de Minas Gerais e o Município de São Paulo. O convênio contempla atividades como eventos de sensibilização, estudos relativos à disponibilidade de produtos sustentáveis no mercado (em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas - GVces), mapeamento de consumo, dentre outras.

Recentemente foi instituído, nos termos do Decreto estadual nº. 53.336, de 20 de agosto de 2008, o Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis, parceria entre

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a Secretaria de Gestão Pública, responsável pela coordenação do Programa, e a Secretaria do Meio Ambiente, com a atribuição de elaborar estudos e prestar assessoria técnica na área ambiental.

Dentre as atividades a serem desenvolvidas no âmbito do Programa estão previstas:1. A capacitação de funcionários

relativamente à inserção de critérios sócio-ambientais nos editais de licitação;

2. A orientação para a aquisição e contratação dos bens e serviços cuja especificação tenha recebido o Selo SOCIOAMBIENTAL e

3. A elaboração de Relatórios de Sustentabilidade pelos órgãos e entidades.

Essas tarefas têm como finalidade diagnosticar o atual perfil de consumo do Estado para posterior estabelecimento de metas de redução e adequação.

O artigo 5º do Decreto prevê a proposição de diretrizes e procedimentos voltados ao fomento da adoção de critérios sócio-ambientais a serem efetivados no Estado de São Paulo, bem como a articulação dos diversos órgãos e entidades da Administração estadual necessária para a implementação do Programa. Para alcançar este objetivo foram criadas Comissões Internas de Contratações Sustentáveis do Estado de São Paulo.Em cada órgão ou entidade foi nomeada uma Comissão Interna de Contratações Públicas Sustentáveis. Cada Comissão tem no mínimo dois membros, que serão designados pelo dirigente do órgão. São atribuições da Comissão:

• Implantar o Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis no órgão ou entidade a que pertence,

• Empreender ações visando conscientizar e envolver todos os servidores, em especial aqueles diretamente ligados aos setores de compras e contratações, na implantação do programa;

• Submeter à Secretaria de Gestão Pública, ao final de cada exercício, um relatório detalhado das ações e programas desenvolvidos.

Foi realizado, no dia 26 de novembro de 2008, o Primeiro Encontro Técnico das Comissões. O evento, que marcou o início dos trabalhos a serem desenvolvidos no âmbito do Programa, contou com a participação de cerca de oitenta servidores da Administração Pública Estadual.

Atualmente, as Comissões vêm passando por um processo de capacitação para o tema, por meio de curso de ensino à distância – “Licitação Sustentável” – bem como por um intenso processo de troca de informações por meio de ferramenta de Internet criada especificamente para essa finalidade (www.comprassustentaveis.net), na qual os membros das Comissões podem editar textos, inserir notícias referentes ao tema, bem como ter acesso à relação dos itens contemplado com o Selo SOCIOAMBIENTAL, enquanto o mesmo não se encontra efetivamente disponibilizado no CADMAT.

www.comprassustentaveis.net

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Considerando-se o elevado poder de compra do Estado, a priorização de bens e serviços considerados ambientalmente sustentáveis ensejará a inovação das formas de produção por parte dos fornecedores, que buscarão atender aos requisitos estabelecidos pela Administração. Ressalte-se que todo o processo de ampliação da relação dos itens do CADMAT aptos a receber o Selo SOCIOAMBIENTAL vem acompanhado de um diálogo constante da Secretaria do Meio Ambiente com o setor produtivo, a fim de garantir o atendimento da demanda por produtos ambientalmente amigáveis pelo mercado fornecedor.

Resultados

Tanto o Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente em parceira com a Secretaria de Gestão Pública, quanto o Projeto CPS-Brasil, fruto da parceria da SMA com o ICLEI, vêm apresentando resultados positivos, apesar de algumas dificuldades encontradas, especialmente as de natureza jurídica e de postura por parte dos atores envolvidos.

O primeiro resultado concreto do Programa será a elaboração do Relatório de Sustentabilidade do Estado. A partir dos relatórios encaminhados pelos diversos órgãos e entidades da Administração estadual, o Relatório de Sustentabilidade do Estado simbolizará a inovação do Governo no tema, pois será o primeiro relatório de sustentabilidade nos moldes do Global Reporting Initiative (GRI) publicado por um ente governamental no Brasil. O Relatório permitirá a elaboração de um inventário de consumo a partir do qual serão estabelecidas as metas de adequação baseadas na escolha de produtos considerados sustentáveis.

Dentro da parceria firmada com o ICLEI, verificou-se um avanço significativo na questão da sensibilização e conscientização dos atores envolvidos nos processos de compras para o tema da sustentabilidade. Isso foi alcançado especialmente por meio de eventos realizados com o objetivo de demonstrar o impacto positivo da inserção de critérios socioambientais nas licitações, inclusive no que diz respeito aos recursos financeiros, permitindo a instauração de um processo contínuo de mudança de comportamento e estabelecimento de novos paradigmas de consumo.

Lições aprendidas

Considerando que o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo baseia-se no relacionamento e interação entre os diversos atores relevantes, sejam eles públicos ou privados, ficou demonstrado o poder que tais parcerias representam para a consolidação de um sistema de compras ambiental, econômica e socialmente amigáveis, apoiado em critérios técnicos e no envolvimento do corpo de funcionários para a implementação das boas práticas.

O aspecto cultural se mostrou uma importante barreira a ser transposta na administração pública. A resistência a mudança se mostrou um fator de primeira grandeza ao se tentar implementar critérios socioambientais nas compras públicas do Estado. Também foi identificado que o complexo e federalizado código de leis brasileiro, dificulta a inovação em partes do governo e, apesar de funcionarem para a justiça dos processos, pode funcionar como um mecanismo de atraso a inovação e estabelecimento das compras públicas sustentáveis.

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Por maior que seja a resistência por parte de alguns, o tema vem sendo inserido, mesmo que lentamente, no cotidiano dos órgãos e entidades estaduais de forma gradual, porém com a efetividade necessária para garantir seu estabelecimento de forma sólida no Poder Público estadual.

Replicabilidade

Os trabalhos relativos ao incentivo da sustentabilidade nos processos de compras e contratações do Estado de São Paulo é passível de replicação em outros Estados e, municípios inclusive. É perfeitamente legal a celebração de convênios com os municípios com sede e foro no Estado de São Paulo para que estes possam utilizar a Bolsa Eletrônica de Compras do Governo de São Paulo – BEC/SP para suas aquisições e contratações. Estes municípios estão portanto, aptos a servir-se dos mecanismos existentes, dentre os quais a visualização do Selo SOCIOAMBIENTAL no momento da escolha dos produtos existentes no CADMAT.

Em outros Estados, a replicação pode acontecer de forma ainda mais eficiente, bastando que sejam consolidadas normativas e mecanismos de capacitação de recursos humanos para que seja criado um programa similar ao existente no Estado de São Paulo.

Representantes de governos que já possuem políticas de sustentabilidade e governos nos quais o tema ainda é incipiente procuram pela equipe da SMA, por meio do canal de comunicação disponibilizado em www.ambiente.sp.gov.br/adminisLicitacoes.php, no qual podem obter diversas informações sobre o assunto, incluindo legislação aplicável.

Equipe

A coordenação do Programa Estadual de Contratações Públicas é realizada pela Secretaria de Gestão, com apoio da Secretaria do Meio Ambiente (SMA).

A SMA representa o Estado de São Paulo no Projeto realizado em parceria com o ICLEI, concentrando as atividades, em ambos os casos, na Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA).

Contatos

• Secretaria de Estado do Meio AmbienteCoordenadoria de Planejamento Ambiental - CPLAwww.ambiente.sp.gov.br

Data de publicaçãoJunho de 2009

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ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade é uma associação internacional de governos locais implementando o

desenvolvimento sustentável. A missão do ICLEI é construir e servir a um movimento mundial de governos locais para alcançar melhorias tangíveis na sustentabilidade global com foco especial nas condições ambientais através de ações locais cumulativas.

Escritório de Projetos no BrasilAv. IV Centenário, 1268, sala 215 Portão 7A do Parque IbirapueraCEP 04030-000 São Paulo, SP BrasilTel: +55-11-5084 3079 Fax: + 55-11-5084 3082 www.iclei.org/lacs/portugues